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Direito Empresarial II - Professor Schmidt

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DIREITO EMPRESARIAL II
SOCIEDADES
Código Comercial/ 1850 – boa parte das sociedades do CC (não rege todos os tipos societários) – com exceção de sociedade limitada, encontra-se no Código Comercial. Há Leis de Propriedade Industrial, falência, arbitragem na época do império. Assim, sempre houve esta ideia de sociedade. Algumas sociedades empresariais têm origem no século XVI e XVII. A Companhia das Indias Ocidentais era uma sociedade, a primeira multinacional. Então esta ideia de pessoas se juntarem para o fim de exercer uma atividade empresarial já é de 1800 e pouco.
Então a sociedade não é nada de novo no mundo do comércio.
Conceito: Artigo 981, CC – Sociedade é uma união de pessoas (físicas ou jurídicas). Atividade empresaria só pode ser desenvolvida por 3 formas (empresário individual, EIRELI ou uma Sociedade empresária. Eu tenho uma sociedade de advogados, que é uma sociedade não empresária por definição legal, ou seja, porque a Lei diz que não é. Se eu sou uma sociedade não empresária, eu sou uma sociedade simples.
- Sociedades empresárias:
> Não personificadas – não tem personalidade jurídica - Sociedade Comum – Em cota de Participação - 
> Personificadas – tem personalidade jurídica - Em comandita simples, comanditas por ações, sociedade anônima, limitada e em nome coletivo
O problema do artigo 981 não está conceituando uma sociedade mas sim um contrato de sociedade. O novo código comercial (projeto de lei 1572/2011), no artigo 106 diz que “celebram sociedade as pessoas...” então, ele deixou claro a conjugação de esforços de pessoas para um objetivo comum. Talvez em razão disso, existe um equívoco de entender a sociedade como um exercício coletivo da empresa, ou seja, várias pessoas se juntam para exercer atividade empresaria, mas quem exerce? Os sócios ou a sociedade? A sociedade! A pessoa jurídica não se confunde com seus integrantes, ou seja, cada um tem o seu patrimônio, a prova disso é a desconsideração da personalidade jurídica (art. 50 CC e 28 CDC). Se são coisas diferentes com patrimônios diferentes, significa que eu não posso conceituar sociedade como um exercício coletivo da empresa, pois o sócio não é empresário, sócio é sócio. Eu não posso dizer que sociedade é exercício coletivo de empresa, pois não é, a sociedade, mesmo que limitada pode ter um administrador não-sócio.
Este conceito de sociedade que nós temos no 981 do CC, trouxemos a exemplo do conceito de empresa do 966, trouxemos do direito italiano, é o artigo 2237 do Direito Italiano “Com contrato de sociedade, duas ou mais pessoa conferem bens ou serviços, para o exercício em comum de uma atividade econômica com a finalidade de dividir os resultados”. 
EIRELLI (980-A, CC)- A empresa está para atividade, como o estudo está para atividade, o estudante está responsável pelo seu resultado e não o estudo. A empresa não tem responsabilidade e sim o empresário. Isso surgiu para limitar a responsabilidade do empresário individual. Isso não é uma sociedade, é um empresário individual.
 Enunciado 206 Jornadas de Direito Civil – A contribuição do Sócio exclusivamente em prestação de serviços é permitida na sociedade cooperativa e na sociedade simples propriamente dita.
Enunciado 396 Jornadas de Direito Civil – A capacidade para contratar a constituição da sociedade (capacidade civil), submete-se a lei vigente no momento do registro (Em 2015 houve uma alteração no CC em relação à capacidade relativa). 
Enunciado 474 Jornadas de Direito Civil – Os profissionais liberais podem organizar-se sob a forma de sociedade simples, convencionando a responsabilidade limitada dos sócios... 
Enunciado 475 Jornadas de Direito Civil – Considerando-se ser da essência do contrato da sociedade a partilha do risco entre os sócios, não desfigura a sociedade simples o fato do contrato social prever a distribuição de lucros, rateio de despesas e concurso de auxiliares. O fato de uma sociedade ser simples, portanto não empresária, não significa que eu não posso ter lucro.
REsp. 1277.240/SP - TRATA DA AVALIAÇÃO E PARTILHA DE DISSOLUÇÃO DE SOCIEDADE DE ADVOGADOS
Súmula 227 STJ – a Pessoa Jurídica pode sofrer dano moral – decorre do artigo 252 do CC, que manda aplicar no que couber à pessoa jurídica, os direitos da personalidade. 
Enunciado 286 – Os direitos da personalidade são direitos inerentes e essências à pessoa humana, não sendo as pessoas jurídicas possuidoras de tal direito.
Sociedade Entre Cônjuges: Artigo 977, CC – Enunciados 204 e 205 Jornada de Direito Empresarial.
No caso de S/A de Capital Fechado, se aplica o artigo 977 também – artigo 5º da Lei de introdução as normas Brasileiras.
Sociedade Rural: Artigo 97, CC, - Lei 11.101 – LREF 48 da Lei 11/01. É o único exemplo em que o registro da atividade possui natureza constitutiva.
TIPOS SOCIETÁRIOS
Sociedade simples
 - Pura
 - Não Pura
-----
983, CC- só existem determinados tipos societários (sociedade simples, pura, LTDA, jamais simples S.A ou Cooperativa) Sociedades empresárias com Personalidade jurídica e sem personalidade jurídica (sociedade em comum, e em conta de participação) LTDA, comandita simples, por ações e anônima e essas sociedades personificadas mudam as responsabilidades dos sócios. Que vai definir o tipo de sociedade que eu quero fazer é até onde eu quero me responsabilizar com esta sociedade. É claro que como nunca ninguém quer se responsabilizar por obrigações da sociedade, esta sociedade de responsabilidade ilimitada, ninguém faz. Isso era comum até 1919, porque não existia sociedade limitada, 
983, par. único – o caput do 983 diz que podemos constituir uma sociedade de acordo com os tipos que tem no código (liberdade de associação), é o direito que tenho de me associar, que não é absoluto devido ao princípio da livre concorrência.
O que temos no parágrafo são as limitações a escolha dos tipos societários. Quando ele diz que a sociedade empresária segundo um dos tipos do artigo 1039 em diante, ou seja, você pode constituir uma sociedade desde que nos tipos personificados.
A sociedade em conta de participação não tem personalidade jurídica mas é uma sociedade regular. O código criou uma sociedade regular sem personalidade jurídica.
“Ressalvado a cooperativa” – porque tem legislação própria.
Instituição Financeira é necessariamente S.A – 
Enunciado 57, Jornadas de Direito Civil – “a opção pelo tipo empresarial não afasta a natureza simples da sociedade” – A sociedade simples não perde a sua natureza – sociedade não empresária – pelo fato de se constituir de acordo com um dos tipos de sociedade...
Enunciado 208, Jornadas de Direito Civil – as normas do Código Civil para sociedade em comum e em conta de participação (que também não tem personalidade jurídica) são aplicáveis independentemente da atividade dos sócios ou do sócio ostensivo, se ou não própria empresária sujeito a registro.
Ou seja, sociedade não personificada, pouco importa se empresária ou simples, não interessa o objeto, o tratamento é o mesmo.
A SOCIEDADE COMUM SE NÃO TEM PERSONALIDADE JURÍDICA, SOCIEDADE E SÓCIO ACABA SENDO A MESMA COISA, ENTÃO, SOCIEDADE COMUM ACABA SENDO UMA SOCIEDADE IRREGULAR. TODAVIA, EU POSSO TER UMA SOCIEDADE EMPRESÁRIA FORA DA LEGALIDADE. MAS TAMBVÉM POSSO TER UMA SOCIEDADE SIMPLES FORA DA LEGALIDADE, ENTÕ O TRATAMENTO DE SOCIEDADE EM COMUM.
A melhor forma de se cometer uma ilegalidade é dentro da legalidade, pois temos mecanismos de contorno.
A sociedade em comum é o pior negócio do planeta.
Enunciado 382, Jornadas de Direito Civil – “Nas sociedades, o regitor observa a natureza da atividade empresarial ou não, as demais questões seguem as normas pertinentes ao tipo societário adotado, são exceções a sociedades por ações e as cooperativas. Pois sociedade simples vai para o registro de pessoa jurídicas, sociedades empresarias vai para .... Feito isso, tem as que tem lei própria, e as que são regidas pelo código.
Lembrando que o registro é declaratório e não constitutivo, com exceção do empresário rural.
Enunciado 477, Jornadas de Direito Civil– “O código Civil, no artigo 983, permite que a sociedade simples opte por um dos tipos societários do artigo 1039 a 1092, entretanto, adotada para sociedade simples a forma de sociedade anônima ou de comandita por ações, ela será considerada empresária.
 - Se você faz uma sociedade simples anônima, esqueça, você fez uma sociedade empresária!!
Enunciado 479
O fato da sociedade ser simples, se não disser nada, a responsabilidade dos sócios é solidária pelas obrigações societárias.
PRINCÍPIOS SOCIETÁRIOS
Autonomia Patrimonial – O patrimônio da sociedade não se confunde com o patrimônio dos seus sócios. Claro, sociedade personificada. Será que eu posso falar em autonomia patrimonial da sociedade numa sociedade em comum ou em conta de participação? Não! Porque elas não têm personalidade jurídica, ou seja, não é pessoa (artigo 1º do Código Civil). Este princípio mostra que o patrimônio é da sociedade e não do sócio, mas onde tem personalidade jurídica, porque quem não tem personalidade jurídica não é sujeito nem de direitos e nem de deveres. Esta autonomia não é um privilégio necessariamente de sociedade, o artigo 978 (empresário casado) nós temos que o empresário casado pode sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens alienar os bens que integrem o patrimônio empresarial. Aqui ele está dizendo que o empresário individual casado não precisa de outorga conjugal para vender os bens empresariais. Ex. se eu for vender um terreno da sociedade eu não preciso de outorga conjugal, visto que é da sociedade e não do sócio! Só existe desconsideração da personalidade jurídica porque existe a distinção patrimonial (sociedade/sócio).
Ex: 
	Sociedade Limitada
As obrigações da Sociedade não são obrigações dos sócios.
Tem um sócio A e um Sócio B que fazem uma sociedade completamente em separado, ou seja, se a sociedade não honrar um compromisso, eu (sócio) nem sei do que se trata.
Desconsideração da Personalidade Jurídica – Havendo abuso da personalidade jurídica, a desconsideração permite alcançar o patrimônio do sócio (não de todos, só daqueles que participaram do negócio). É um incidente processual e está no artigo 133 do CPC. Quando o sócio ao ver que vai se divorciar coloca todos os seus bens na sociedade, a desconsideração pode alcançar o patrimônio dele na sociedade.
	Nome Coletivo
Se a sociedade não pagar a conta, os sócios pagam! Mas sempre se forma subsidiária, primeiro os bens dos sócios e depois os bens dos sócios. O fato de ele ser responsável pelos fatos subsidiariamente, não afeta a autonomia processual (cada um com seu patrimônio).
Aqui não há necessidade de desconsideração da personalidade jurídica.
Desconsideração não é a única responsabilidade de sócio.
Quando estudamos o artigo 50, CC, estudamos o artigo 28 do CDC. Aqui no artigo 50 eu preciso demonstrar o abuso da personalidade jurídica. Lá basta que a personalidade jurídica seja um obstáculo ao exercício dos direitos do consumidor para que eu peça a desconsideração. Então aqui se a sociedade não me paga, não me autoriza à desconsideração 9tem que ter os requisitos do artigo 50). No CDC, se o fornecedor não me pagou, sociedade não tem dinheiro, cobra do sócio.
Enunciado 60 FONAJE – é CABÍVEL A DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA INCLUSIVE NA FASE DE EXECUÇÃO – ou seja, cabe desconsideração da personalidade jurídica no Juizado Especial!!
Enunciado 07 - A desconsideração só se aplica quando houver a prática de ato irregular ilimitadamente ao sócios e administrador que nela tenha incorrido.
Enunciado 51 – A teoria da desconsideração fica positivada no CC, mantidos os parâmetros existente s nos microssistemas legais--A desconsideração surgiu enquanto norma pela primeira vez no CPC, o CDC (art. 28), foi a primeira vez que legislamos desconsideração, não quer dizer que foi a primeira vez que tratamos, então o enunciado diz que toda teoria da desconsideração continua valendo apesar do artigo 50.
Enunciado 146 – Nas relações civis (exclui relação de consumo0 interpreta relativamente os parâmetros da desconsideração constantes no artigo 50 – ou seja, ou segue o artigo 50 ou não cabe desconsideração.
Enunciado 281 – 
Enunciado 282 – o encerramento irregular das atividades da PJ por si só não basta para descaracterizar abuso da personalidade jurídica – isso não vale para direito tributário – aqui não é porque a sociedade desapareceu que você vai pedir desconsideração. Simples inadimplemento não autoriza desconsideração.
Enunciado 283 – É cabível a desconsideração inversa para alcançar bem de sócio que se valer da PJ para ocultar bens.
Enuncado 284 – as PJ de direito privado sem fins lucrativos ou de fins não econômicos estão incluídos nos requisitos de abuso para desconsideração da personalidade jurídica.
Enunciado 285 – a teoria da desconsideração pode ser evocada pela PJ em seu favor – Ou seja, PJ também pode pedir.
Enunciado 406 – A desconsideração alcança os grupos de sociedade que estiverem presentes os pressupostos do artigo 50 e houver prejuízo para os credores até o limite transferidos entre as sociedades – A passa pra B, B passa para C e você é credor de A, assim você vai desconsiderando todo o grupo.
E-REsp. 1.306.553/SC – a Desconsideração da Personalidade Jurídica.
Princípio da Limitação da Responsabilidade dos Sócios Pelas Obrigações Sociais – Artigo 47, CC – Aquilo que o administrador faz nos limites de sua atuação não obriga o administrador, mas sim a sociedade. Mas temos um problema! 
Ex. O sujeito administra uma quitanda, ele vai em nome da sociedade e compra um Porsche. – Como resolver? – Artigo 1015, CC, parágrafo único, I, II e III.
Enunciado – 06 e 58 da Jornada Empresarial - 
Artigo 47 c/c 10151
Teoria da Aparência – a grosso modo, tudo o que parece, é! Ex. Você compra um produto com desconto em uma loja e vai embora. Quem disse que aquela pessoa pode vender, dar desconto, etc?
É muito importante isto no direito empresarial, pois mostra a boa-fé do negócio.
O sujeito era um representante comercial (vendia e recebia pagamento e repassava para a indústria), um dia ele vendeu, recebeu e não repassou. Quando a indústria foi cobrar, cobrou do cliente que “não pagou”.
Se assemelha muito com a ideia de costume!
Artigo 1.015, CC – Se no contrato social não disser que poderes eu tenho, é obvio que eu tenho os poderes ordinários de gestão para o cumprimento da sociedade. Ex. eu tenho uma sociedade cujo objeto é compra e venda de veículos, eu como administrador, posso comprar e vender veículos. Então se o contrato social não disser nada, eu pratico os atos ordinários de gestão. Ele se preocupa com os bens imóveis e não com bens móveis, agora imagine aquela empresa que só tem a marca (bem móvel), “Amazon”, precisa-se só do domínio virtual, a empresa pode ser em um galpão escondido.
O equívoco deste caput é não mencionar os bens móveis.
Parágrafo único mostra que nosso código adotou a Teoria Ultra vires societatis (para além da vida da sociedade).
Enunciado 11 - Jornada de Direito Empresarial – A regra do artigo 1015, § úncio, deve ser aplicada à luz da teoria da aparência (ora, o objeto era estranho a sociedade, mas não foi o primeiro negócio – não reclamou do outro, vai reclamar deste?). Ver resto do enunciado!!
Este enunciado mitiga um pouco o rigor do parágrafo único do 1015. Não é só porque ele fez um negócio estranho que não é obrigação da sociedade, pode ser obrigação do sócio. O terceiro pode ter sido levado à isso (Ex. o sujeito vai depositar e vê fila grande e deixa para o gerente depositar. Um dia o gerente não depositou e o sujeito cobra do banco e o banco diz que ele não pode fazer isso. Como assim?! Venho fazendo há 20 anos e agora não posso fazer isso?!
Enunciado 219 - Jornada de Empresarial – Está positivada a teoria ultra vires no direito brasileiro com as seguintes ressalvas:
O ato ultra vires não produz efeito apenas em relação à sociedade, sem embargo a sociedade poderá por meio do seu órgão deliberativo ratifica-lo. O código amenizou admitindopoderes implícito dos administradores para realizar objetos conexos ou estranho as a atividade empresarial – Embora a primeira parte diga que o ato é ultravires mas podemos retificar. Não se aplica ao artigo 1015 as sociedades por ações (anônimas) em virtude de regras especiais.
Ex. Sociedade de compra e venda de veículos. O administrador compra um caminhão cegonha- que não tem nada a ver com o negócio, mas é conexo para transportar os veículos.
Artigo 1016, CC – Por culpa, não é por dolo (negligência, imprudência e imperícia) – Se o administrador relaxado causar dano à sociedade, aos sócios e a terceiros, este responderá. Se for mais de um, respondem solidariamente. 
Enunciado 220 - Jornada de Direito Civil – É obrigatória a aplicação do artigo 1016 que regula responsabilidade dos administradores, á todas as sociedades limitadas, inclusive aquelas de responsabilidade limitada – a sociedade limitada pode ser regida supletivamente pela regra da sociedade simples. Agora, pode-se optar também por uma lei supletiva das leis da sociedade anônima. Não importa, sempre se aplicará o artigo 1016.
Princípio Majoritário das Deliberações Sociais – Artigo 48, CC – Na sociedade, quem tem mais dinheiro manda mais. Na sociedade o seu poder é proporcional ao seu dinheiro, que também é proporcional a quantidade de risco, por isso, este manda mais.
- Parágrafo único do 48 – é o prazo decadencial de 3 anos e o ato é anulável. Se em 3 anos não falou nada, o que o sócio fez, está feito!
A regra é, seu voto vale pelo dinheiro que você tem. Quando há empate, o critério de desempate é “por cabeça”, na LTDA - excepcional
Princípio da Proteção ao Sócio Minoritário – A maioria não pode esmagar a minoria. Ex. imagina que eu tenho 90% da sociedade e o outro tenha 10. O maior não pode humilhar o menor. Na prática isso quer dizer que não se livra de minoritário. Na Lei das S.A se eu tiver 5% do capital votante eu escolho um membro pro conselho fiscal, conselho de administração... Aqui não é diferente, óbvio que aqui não é uma sociedade anônima.
Ex. o sujeito tinha 20% da sociedade, os outros 80 eram distribuídos em 3 irmãos que foram com um contrato alterado até a junta mandando o outro sócio de 20% embora.
 HOJE NÃO PODE MAIS, por isso o princípio.
Abuso do direito de voto – a nossa sociedade eu tenho 70%, os outros 30 estão pulverizados. Na assembleia geral, eu começo a tomar decisões estapafúrdias. Por exemplo. A primeira classe com R$100 aprova, a segunda com R$400 aprova, a quarta com R$20 aprova e a terceira com R$70 não aprova porque não quer – Isso é abuso de direito de voto,.
Lei 6404/76 – Lei das S.A – Artigo 17, §7º - A União, no que diz respeito aos aeroportos tem uma única ação após a privatização, todavia, esta única ação tem poder de veto, ou seja, se a sociedade decidir aumentar a pista, reduzir porte dos aviões, o Estado pode vetar e não há nada que diga algo sobre o abuso de direito de voto.
Proteção do Investidor pela limitação de sua responsabilidade – proteger o sujeito que fomenta a economia.
Artigo 5º do Novo Código Comercial – prevê a situação dos minoritários se reunirem para excluir o majoritário.
Podemos deixar de lado o artigo 5º do novo Código Comercial.
CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES
Regular: afasta do sócio as obrigações societárias.
Irregular: atrai para os sócios as obrigações societárias (sócio paga).
Simples
De pessoas
Empresária
De capital
Limitada
Limitada solidária
Mista
Prazo determinado
Sem prazo
Contratual
Institucional
Estrangeira
Personificada
Não personificada
Dependente de autorização
Capital fixo
Capital variável
Artigo 997 – Sociedade limitada irregular – o sócio paga
A sociedade limitada regular – o sócio não paga
Artigo 247 CC – PROVA – o caráter mercantil e uma sociedade coletiva ou comanditária se determina pela Lei o que está submetido ao contrato social e em seu defeito pelo lugar q
SOCIEDADE NACIONAL E ESTRANGEIRA 
Sociedade nacional é aquela constituída de acordo com as leis brasileiras e que tenha no país a sua sede. Então temos estes dois requisitos, se não temos qualquer um, por óbvio é estrangeira. Para a estrangeira temos uma limitação (artigo 1134, CC).
Como a estrangeira depende de autorização, pode acontecer de ficar sem esta autorização, não se autorizando um caráter indenizatório, algo parecido com isso, temos no artigo 1125, CC. Quem está trabalhando com autorização, sabe que ela pode desaparecer.
Voltando ao 1134, “...podendo todavia, ressalvados os casos previstos em Lei, se acionista de sociedade anônima brasileira” – então a sociedade estrangeira, mesmo sem autorização, pode ser acionista de sociedade anônima brasileira (Petrobrás com ações na bolsa de Nova York). O problema aqui é “se a sociedade estrangeira pode ser sócia de outros tipos societários? Por exemplo, uma sociedade estrangeira pode ser sócia de uma LTDA? 
Enunciado 486 Jornadas de Direito Civil: “A sociedade estrangeira pode independentemente de autorização, ser sócia em sociedades de outros tipos além das anônimas”. Não há razão para proibirmos a participação na sociedade.
SOCIEDADES DEPENDENTES DE AUTORIZAÇÃO (CONCESSÃO)
Empresa aérea, instituição financeira, plano de seguro de saúde... Implicam em captação de recurso popular, por isso deve ser fiscalizado. 
Artigo 1124 – Publicou-se a autorização, tem-se doze meses para entrar em operação. Ora, se sociedade dependente de autorização, pouco importa se é nacional ou estrangeiro, está autorizado e ninguém disse nada, se em 12 meses (não é um ano) não começar a funcionar, adeus a autorização, este fato se dá de pleno direito.
Sociedades dependentes de autorização
- Sociedade estrangeira (independentemente do seu objeto)
- Distribuidoras de títulos e valores mobiliários (DTVM) - (Lei 4728, artigo 5º, inciso IV, número 12)
- Corretoras de títulos financeiros
- Companhias Hipotecárias (Resolução 2122/94 BACEN)
- Sociedades Seguradoras (Decreto Lei 73/66)
- Cooperativas de Créditos e Planos de Saúde (Lei 9656/96 e resolução 3106/03 BACEN)
SOCIEDADE DE CAPITAL E SOCIEDADE DE PESSOAS
Quanto à estrutura econômica:
Sociedade de capital só tem duas, a S.A e a Sociedade Comandita Por ações. 
Imagine que há alguém que está preso que foi condenado por uma razão qualquer, certamente você não chamaria para ser o seu sócio. Agora imagine que está pessoa que est presa, trabalha (porque é um direito do preso) e este preso juntou dinheiro e decide comprar ações do banco do Brasil. Não há impedimento nenhum, porque sociedade de pessoas não interessa quem é você e o que você tem, me interessa as qualidades pessoais da pessoa. Assim sendo, em sociedade de capital não interessa quem você é e sim quanto dinheiro você tem.
Sociedade por Responsabilidade Limitada – É de pessoas ou capital? De regra, a sociedade LTDA, é uma sociedade de pessoas, a prática mostra isso. Mas é uma regra que não é absoluta, isso depende da análise do contrato social. Imagine que no contrato social da LTDA existe uma cláusula contratual dizendo que na morte de um dos sócios, dissolve-se a sociedade; o sócio não pode vender as ações para terceiros, ou seja, cláusulas restritivas, obviamente, se eu aceito, quero ser o SEU sócio, então é pessoal.
Quando herdeiros pegam a vaga na sociedade, eles não entram no mesmo patamar que o de cujus.
Affectio Societatis – é a afeição de sociedades, é o querer estar associado. É importante na sociedade de pessoas, se não tem mais affectio societatis, notifica-se o outro sócio com prazo de 60 dias, implicando em uma dissolução parcial da sociedade, ou seja, na sociedade de pessoas, esta affectio societatis é importante.
Numa sociedade de capital, se eu não quero ser mais sócio (de uma S.A), deve-se vender as suas ações (Ah mas eu vou perder dinheiro), fazer o quê?! Aqui não faz diferença o affectio societatis.
Então já podemos afirmar que sociedade de pessoas autoriza a dissolução (cuidado! Na sociedade com prazo, o fim da affectio societatis, não é suficiente para autorizar que eu saia da sociedade.Com prazo indeterminado ou sociedade sem prazo, eu posso sair a hora que eu quiser por qualquer razão, o direito de retirada do sócio é potestativo).
É possível arguir affectio societatis em S.A, porque o fim da Affectio pode levar a extinção da sociedade. O STJ “sociedade anônima” e “affectio societatis”. Então sociedade anônima em caso de sociedade familiar, é permitida a dissolução por affectio societatis.
CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES QUANTO A PARTICIPAÇÃO DO CAPITAL SOCIAL DE UMA SOCIEDADE EM OUTRA (INTERAÇÃO DE CAPITAL SOCIAL)
Artigo 1098, 1099 e 1100.
SOCIEDADE CONTROLADA tem a maioria das ações que dão direito ao voto (tanto em LTDA quanto em Por ações) – No inciso Primeiro, fala-se do controle direito e no segundo, de controle indireto. Na verdade, controlada é “eu mando em você porque eu tenho por mim mesmo a maioria das ações ou quotas que me permitem dominar” ou no controle indireto “eu mando numa sociedade que manda em você”.
FILIADA OU COLIGADA – Eu tenho mais de 10% mas não controlo, isso significa que eu posso ter 50% e não controlar uma S.A. Nem todo acionista tem direito ao voto, por isso, para controlar uma ação eu preciso ter mais da metade das ações que dão direito ao voto. Eu posso até ter todas sem direito ao voto, mas não controlo.
SIMPLES PARTICIPAÇÃO – Eu posso possuir mais de 10% do capital, com direito ao voto, mas não controlo.
A diferença entre elas é que a SOCIEDADE CONTROLADORA eu mando e nas outras duas eu não mando nada.
Faliu a controladora, geralmente as outras vão junto, o que não acontece geralmente em sociedade de simples participação.
Ver artigo 243, Lei 6404/76
GRUPO ECONÔMICO
Artigo 265 DA Lei 6404/76
Grupo econômico de direito –
Grupo econômico de fato – Tem uma Sociedade A com o sócio 1 que tem 99% das ações e o sócio 2 com 1% - A Sociedade A compra a Sociedade B, onde o Sócio 2 tem 10% das ações. Estas duas sociedades (A e B montam a Sociedade C) – Quem manda em tudo é o Sócio 1.
JURISPRUDÊNCIA:
H.C – 94.502/ES - STJ
MS – 32494 – STJ
Ag.Reg.AResp. 1415.293/RS
Ag.Reg.AResp. 37.770/SP
REsp 879.113/DF
Enunciado 22 da Jornada de Direito Empresarial – Não se presume solidariedade passiva: pelo simples fato de duas ou mais PJ’s integrarem o mesmo grupo econômico.
SOCIEDADE SIMPLES
Lucro:
Artigo 2249, C.C Italiano
Forma/ Registro
Artigo 997
Cláusula Leonina
Artigo 1008 – CC, 2265
Código Comercial/50, artigo 288
Se eu sou empresário, ou eu sou individual ou é empresário de responsabilidade limitada ou sociedade empresária. Se eu não sou isso e sou uma sociedade, eu sou uma sociedade simples.
Sociedade simples é aquela não empresária. O código disse o que é uma sociedade empresária (aquela que exerce função típica de empresário). Esta ideia veio do Código Comercial Suíço, é o que antes era a Sociedade Civil (não comerciais). Ex. Imobiliária era tipicamente sociedade civil. Hoje temos sociedade empresária e não empresária. No direito internacional (Código das obrigações suíço) a sociedade simples é vista como uma sociedade com prazo. Para nós não passa perto disso. 
A velha sociedade civil não tem nada a ver com a atual sociedade simples, porque antes falávamos de sociedades comerciais e hoje de sociedades empresariais. 
A maioria da doutrina vai traçar o limite no “lucro” dizendo “olha, sociedade empresária tem intenção de lucro, até porque o lucro é inerente a atividade empresária então sociedade simples é aquela que não tem” nada mais equivocado do que isso, um exemplo é a cooperativa, que é sociedade simples e busca lucro. Outro exemplo é uma sociedade de advogados.
O lucro não é um divisor de águas!!!!
O nosso divisor de águas entre simples e empresárias está unicamente num elemento subjetivo “quem faz o que?” Fez o que está no 966 e sociedade empresária, não fez aquilo é sociedade empresarial.
Ver A.I 14823462 – TJPR “O lucro não descaracteriza sociedade simples”.
A base do direito societário está nas sociedades simples. Sociedades simples tem aplicação supletiva nas sociedades limitadas.
A sociedade simples pode adotar um dos tipos societários das sociedades empresárias e significa que podemos ter sociedade simples limitada. Quando falamos em sociedade simples eu posso ter a sociedade simples pura, que é a simples /simples, que é regrada por tudo que tem no Código para sociedade simples. Mas como o código me autoriza a criar uma simples limitada, neste caso, eu abandono o regramento específico e vou aplicar a esta sociedade simples, as regras da sociedade limitada (artigo 997, CC).
Artigo 2249, CC Italiano.
É uma sociedade contratual inscrita no registro civil das pessoas jurídicas.
Se eu tenho uma sociedade simples pura eu vou ao RCPJ e inscrevo o meu contrato societário, Mas fiz uma opção de ter uma sociedade simples ltda, eu vou com este mesmo contrato neste mesmo registro, mas o serventuário irá aplicas as regras da sociedade limitada. É claro que não é o registro que define se sou ou não sociedade empresária.
Súmula 143, STJ – prescrição de 5 anos ação de perdas e danos pelo uso de marca comercial.
Registro protege nome empresarial e não protege marca. Quer proteger a marca? Vai ao INPI.
Enunciado 209 das Jornadas de Direito Civil – O artigo 986 deve ser interpretado em sintonia com o artigo 185 e 1150, de modo a ser considerada em comum a sociedade que não tiver seu registro devidamente inscrito... – se você tive alguma irregularidade, não tiver registro ou registro errado na sua sociedade simples ou empresária, pouco importa! Você passa a ser uma sociedade em comum.
Sociedade de fato não existe contrato social mas existe a sociedade
Sociedade tácita – você tem um sócio mas não sabe. “exemplo do cunhado parasita”.
O artigo 998 diz que tenho 30 dias para fazer o registro da minha sociedade empresarial. Nesses 30 dias a minha atividade é regular? Ela continua sendo irregular. Embora se dê 30 dias não significa que eu possa começar antes, significa que podem, por exemplo, exigir certidões atualizadas, esses 30 dias balizarão os contratos sociais da sociedade.
O artigo 967 diz que o empresário individual não pode realizar as atividades antes do registro.
CLÁUSULA LEONINA
Artigo 1008, CC
O direito de voto não é um tipo de direito fundamental de sócio. Na sociedade de Responsabilidade limitada temos sem direito a voto. Ele não é um direito fundamental do sócio! Portanto, excluir alguém do direito de voto desde que estatutariamente ou contratualmente previsto, não tem problema. Mas é direito do sócio de participar dos resultados, nem que seja reinvestir o lucro. Como também não vai acontecer em nenhum tipo societário o artigo 1008. Isso na verdade não é um privilégio nosso, já está no artigo 2265 do Código Civil Italiano.
O primeiro problema é dizer se é nulo o pacto ou contrato social. Eu não posso começando numa interpretação literal, dizer a um sócio que todo prejuízo é dele e para o outro todo o lucro. As distribuições são equânimes, mas não necessariamente iguais e não necessariamente igual minha participação no capital social. Isso é possível porque eu posso criar mesmo fora das S.A, especialmente nas LTDA, eu posso criar quotas preferenciais. Uma coisa é certa, eu não posso zerar. No código comercial de 1850, era o artigo 288, ele tinha uma redação parecida com isso, só que dizia “é nula a sociedade ou companhia em que se estipular que a totalidade dos lucros pertença a um só associado ou que algum seja excluído...” O problema que enfrentamos aqui é que voltamos no 1008 e que se é nula a cláusula ou é nulo o contrato. A exemplo do direito italiano, é nula a clausula e não o contrato. No Código comercial é nulo o contrato inteiro.
Se é nula a cláusula, consideramos os ônus e bônus de acordo com a participação do sujeito no capital social.
É fácil solucionar este problema quanto tem tudo para um e nada para o outro. Agora se temos 80 para um e 20 para o outro? 
Esta ideia da clausula Leonina (refere-se a parte do Leão).
Você pode ter lucro, mas e se a sociedade resolver investir o lucro nos próximos20 anos na própria sociedade? Esta cláusula vale aqui também. Indo para além da ideia de lucro e para além da ideia de perda.
Tem idêntica clausula ao direito Italiano (2265, CC. It.)
No código comercial de 1850 anulava o contrato de sociedade, hoje anula somente a cláusula. 
Aqui o contrato existe, temos que readequar a cláusula. 
O juiz pode conhecer de ofício? Nós temos alguns problemas em conhecer nulidade de ofício (artigo 51, CDC). Se é nula de pleno direito, o juiz pode conhecer de ofício, aí tem a súmula 381 do STJ que veda o julgador conhecer de ofício as cláusulas abusivas nos contratos bancários.
Exemplo da quitação do contrato de seguro por valor ínfimo, TJ de santa Catarina.
Na relação de sócios aplicamos o Princípio da Proteção ao Contratante mais Fraco, Fábio Ulhoa diz que quando eu contrato de uma sociedade empresária para outra, eu tenho simetria nas ações. Agora o sujeito que é economicamente dependente, ou seja, uma empresa cujo objeto de trabalho é exclusivamente fabricar farol de gol para a uma determinada montadora da volks. Um dia, esta montadora chega para o industrial e diz que o mercado está ruim e queremos baixar o preço, outra opção é fechar a sociedade. Aplica-se aqui o princípio mencionado! Não tem nada a ver com o CDC.
Agora vamos imaginar o “Contratante mais fraco”, o qual é economicamente dominado. Foi aprovado na câmara e está indo ao senado um projeto que altera o quórum nas relações de sociedade, por exemplo, nas LTDA, o que era de ¾ vai para a metade + 1. Está voltado a uma tendência da ideia da metade + um você faz o que quiser.
Levando isso em consideração, será que eu posso pensar na possibilidade do juiz conhecer de ofício? 
Devemos pensar na atuação do juiz no processo.
“O juiz não está no processo para decidir quem tem o melhor advogado”. Hoje temos uma visão diferente do julgador, hoje o juiz pode conceder de ofício, sendo o direito norma, fato e valor, então o juiz não deve fechar os olhos para uma nulidade evidente. Deve-se considerar a observação de que há um mínimo de carne ideológica.
CAPITAL SOCIAL
O artigo 997 está no meio de sociedade simples, mas não tem algo parecido para os outros tipos societários.
Aqui nós temos as cláusulas mínimas para todo e qualquer contrato social, ou seja, o básico. É partir daqui que começamos a pensar “e se?”.
Então o 997 não é numerus clausus, não quer dizer que eu não tenha que colocar mais coisas.
As sociedades se constituem de contrato escrito – nem todas. As sociedades irregulares não precisam e nem a por conta de participação.
Contrato social e teoria da imprevisão – a doutrina não se posiciona.
Integralizar capital social com serviço é só a sociedade simples pura. Simples LTDA não dá certo visto que ela segue as regras da LTDA.
DIREITOS / OBRIGAÇÕES DOS SÓCIOS
Artigo 1001, CC
Estamos em Sociedade simples, muita coisa daqui, aplicaremos supletivamente nas sociedades de responsabilidade limitada.
Estamos em sociedade simples, não empresaria, porém personificada.
O artigo 1001, CC. 
Se há entre os sócios um vínculo contratual, obviamente os sócios possuem obrigações e não deveres. Sócio não tem dever, tem obrigação!
Dever de lealdade: é uma obrigação inerente ao contrato societário.
Começam imediatamente com a assinatura do contrato social. 
O registro serve para duas coisas: 1 dar personalidade jurídica à sociedade (art. 45, CC) e serve para que tenha eficácia em relação a terceiros, mas entre os contratantes, todas as consequências do contrato de sociedade têm eficácia imediata, salvo que tenham fixado outra data. E quando termina? Quando acaba a sociedade. 
Instrução Normativa nº 5/2013 – (ver se ainda vale) – DREI – diz que o empresário individual, a empresa de resp. LTDA, EIRELLI, sociedade empresária e a cooperativa que não procederem a qualquer arquivamento no período de 10 anos deverão comunicar a Junta que desejam manter-se em funcionamento, ou serão considerados inativos com a perda automática do nome empresarial. (S.A – se eu tiver uma soc. Anônima de capital aberto, eu preciso conversar com a CVM)
Esta instrução não fala de sociedade simples, embora fale de cooperativa. Ela nem poderia falar, pelo menos da sociedade simples pura, pelo fato de sociedade simples pura eu não registro na Junta e sim no Registro Público de Empresas Mercantis. 
Artigo. 1.150, CC – quando eu tenho uma Sociedade Simples LTDA. Eu vou ao registro de pessoas Jurídicas, o RPJ.
As obrigações do 1001 vão desde o momento em que são contraídas enquanto existir sociedade.
Existem alguns aspectos onde flexibilizamos isso, em uma sociedade inativa, por exemplo.
Enunciado nº 19 – Jornadas de Direito. Empresarial – Não se aplica o CDC às relações entre sócios ou acionistas, ou entre eles e a sociedade. Aqui no Direito societário, eu não aplico o CDC, isto não significa que a gente deixe de proteger o contratante mais fraco (o sócio minoritário). É possível falar em proteção de sócio majoritário (uma pessoa muito rica associa-se, agora o fato de ser rico não quer dizer conhecimento ou esclarecimento e está sofrendo prejuízo e foi levado em uma argumentação na qualidade de majoritário a tomar decisões absurdamente equivocadas a ponto de colocar em risco a sociedade – por exemplo – o sujeito tem muitas posses, tem curso superior de engenharia, foi prefeito, mas assinou contrato com advogado cheio de linguajar técnico decorrente de uma relação de confiança cliente/advogado onde os honorários chegam a ser até 40% dos benefícios).
Pode-se refutar a ideia de proteção ao sócio majoritário? Pesquisar
No artigo 1002 o sócio que tem funções, não pode ser substituído no exercício destas funções. Isso tem um outro reflexo que é na cessão da participação societária, especialmente na transmissão causa mortis. Eu sou sócio administrador, eu não posso arranjar alguém para fazer o que eu tenho que fazer. Ou eu morri e deixei aos meus herdeiros a minha participação societárias, eles podem entrar na sociedade, mas não como sócio administrador. Então a função de sócio, só eu faço e quando cedo minha participação societária, o cargo não vai junto.
No artigo 1003 – Eu vendi minha parte na sociedade, não alteramos o contrato social e não tenho consentimento dos demais sócios – ISSO NÃO VALE NADA! NÃO TEM EFICÁCIA PERANTE SÓCIOS E SOCIEDADES! Mas tem eficácia entre aqueles que fizeram o negócio!! 
O parágrafo único – em princípio, numa leitura estritamente gramatical, isso quer dizer que só se livra de problemas na sociedade 2 anos depois que você sair, contando da averbação da alteração contratual na Junta Comercial. É por isso que quando saímos da sociedade, a gente faz a averbação e não deixa para os outros fazerem. Mas precisamos ter alguns cuidados.
Eu vendi para fulano ontem a sociedade, ontem mesmo averbamos as alterações. Hoje contraíram uma obrigação absurda, serei responsabilizado porque está dentro dos dois anos? Esta responsabilidade é pelo que havia no dia em que fizemos a averbação, faz-se a averbação, acabou, o que vier depois, não me cabe responsabilidade.
Más notícias – Isso não vale para tributos, porque os acordos entre particulares não são oponíveis à fazenda pública, então para direito tributário. Então, é melhor deixar tudo certo quando sair.
Para a Fazenda Pública, não valem apenas os 2 anos, são 5 anos de prazo prescricional.
Quem ingressa em uma sociedade, aceita o que assina, contratou – contratado está! 
Enunciado 16 da Primeira Jornada de Civil – O adquirente de quotas ou ações adere ao contrato social ou estatuto no que se refere à clausula com promissória (arbitragem) nele existente, assim, estará vinculado à previsão de opção da jurisdição arbitral independentemente de assinatura específica. Ninguém se opôs eu acabei comprando quotas de uma sociedade e lá no contrato social tinha uma cláusula arbitral. Eu comprei e virei sócio, mas não concordo com a cláusula. Depois de ter assinado?! Não há o que fazer. – QUEM ENTRA EM SOCIEDADE, ENTRA PEGANDO O QUE TEM DE BOM E DE RUIM, POR ISSO QUE COMPRARPARTE DE SOCIEDADE (SE FOR S.A DE CAPITAL ABERTO NÃO TEM PROBLEMA) MAS INGRESSAR EM UMA LTDA OU QUALQUER OUTRO TIPO SOCIETÁRIO SEM LEVANTAR OS PROBLEMAS, HAVERÁ ARREPENDIMENTO.
RESOLUÇÃO DA SOCIEDADE EM RELAÇÃO A UM SÓCIO
Artigo 1004 – EU não dei a minha parte em dinheiro, a sociedade pode fazer 3 coisas:
Ela pode cobrar judicialmente a minha parte + eventuais prejuízos
Pode diminuir minha participação (eu tinha 10%, só paguei metade, e eu fico com 5%)
Ela pode me mandar embora, me devolvendo o dinheiro que botei lá.
Isso é a resolução da sociedade em relação a um sócio e não dissolução da sociedade e nem dissolução parcial da sociedade.
Enunciado 216, Jornadas de Direito Civil – O quórum de deliberação previsto no artigo 1004 e 1030 é de maioria absoluta do capital representado pelas quotas dos demais sócios consoante a regra geral do artigo 99., para as deliberações na sociedade simples, aplica-se ao 1058 em caso de exclusão do sócio remisso ou de exclusão de sua quota – Entende que a exclusão de sócio remisso (que não pagou), implica em alteração do contrato social, é necessária uma maioria absoluta (unanimidade dos sócios).
REsp 1.545.965/RJ – voto do Min. Ricardo Vilas Boas.
No 1004 fala de uma notificação – Então eu sou sócio remisso, a sociedade me notifica e eu tenho 30 dias para decidir o que fazer. 
“É válida notificação por e-mail enviada ao franqueador para o exercício do direito de preferência previsto no contrato de franquia, no tocante que o contrato não tenha meio específico de notificação e e-mail seja o meio corriqueiro de comunicação entre as partes”.
O contrato não prevê a forma de notificação, as partes sempre conversaram por e-mail, o e-mail chegou ao destinatário – o sujeito exerceu o direito de preferência.
Se a citação que é a algo mais sério permite-se fazer eletronicamente, agora imagine uma simples notificação.
É válida desde que se tenha certeza inequívoca do recebimento.
Ocorre prescrição? Tudo prescreve! Embora há uma tese circulando no Supremo que sustenta eu a reparação aos cofres públicos decorrentes de improbidade administrativa seria imprescritível! TUDO PRESCREVE – Min. Celso A. Bandeira de Mello.
Eu fui notificado, paguei e não cobraram juros. Num outro, eu fui notificado, ao invés de 30 dias eu paguei com 50, aceitaram e também não cobraram juros. Isso começou acontecer corriqueiramente, sem pagar juros. Um dia notificaram com 33. Vale a teoria da prescrição? SIM!! Contrato é contrato.
Artigo 1006, CC – trata da contribuição em serviço.
É possível que a minha participação da sociedade no capital social, eu posso ingressar na sociedade dando a minha parte em serviço, aqui é preciso cuidado!
1 – estamos no meio de sociedade simples, portanto, é sociedade não empresária. Em sociedade empresária isto não é possível. O sócio que participa somente com serviço, ele não participa ele não aporta nada no que diz respeito a capital social. Isso só é permitido em sociedade simples pura. Em sociedade empresarial ou sociedade simples que tenha adotado sistema de sociedade empresária, isso não existe. Então não existe mais sociedade de capital/indústria que havia no código do império. Na cooperativa também é permitido pois não necessita nem de capital social.
Enunciado 206 da Jornada de Direito Civil - A contribuição do Sócio exclusivamente em prestação de serviços é permitida na sociedade cooperativa e na sociedade simples propriamente dita.
Fora estas duas hipóteses, não é possível.
1007, CC – O sócio (sociedade simples) todos os sócios participam dos lucros e perdas na proporção que detém do capital social, isso mostra para nós que o sócio de serviço pode até não ter uma quota social definida, então ele é pago pela média dos outros. Em contrapartida, ele não pode se entregar ou exercer atividade fora da sociedade, salvo se estiver autorizado.
ROTEIRO PARA A PROVA
Conceito de Sociedade que está no artigo 981 c/c 966, CC.
Sociedade entre cônjuges
Sociedade rural
- Ver artigo 48 da Lei 11.101/2005 – direito a postular recuperação judicial.
Tipos Societários
Sociedades personificadas e não personificadas
Princípios **CAI NA PROVA!!! Pode cair conceitualmente ou aparecer em um problema.
- Autonomia Patrimonial
 - Desconsideração da personalidade jurídica
 - Teoria maior e teoria menor
- Limitação da Responsabilidade dos Sócios
 - Teoria Ultra Vires Societatis artigo 1015 do Código – ver parágrafo único.
Classificação das Sociedades ** CAI NA PROVA!!!
- Artigo 247 do Código Bustamante – Direito Internacional Privado
- Simples e empresária
 - O que distingui uma sociedade empresária de uma simples.
 - Quando estou em dúvida entre as duas, observa-se o elemento preponderante (ela é mais simples ou empresária?)
 - Sociedade independe de papel, ela pode ser regular ou irregular.
- Prazo
 - Affectio Societatis – NAS SOCIEDADES SEM PRAZO EU VOU EMBORA QUANDO QUERO, NAS COM PRAZO DETERMINADO, TENHO QUE TER UM MOTIVO. 
- Quanto à estrutura econômica
 - Sociedade de pessoas e sociedade de capital
 - Sociedade anônima de capital aberto se eu quiser sair eu vendo minhas ações
 - Sociedade anônima de capital fechado eu não posso fazer isso.
 - Sociedade Nacional e Sociedade Estrangeira
 - Sociedades dependentes de autorização
 - Sociedade controlada, filiada e de simples participação (artigos 1098, 1099 e 1100). Artigos 243 e ss da Lei 6404/76 Lei das Sociedades por ações.
	Controlada
	
	Coligada
	
	Simples Participação
	
Saber quando é de capital aberto e quando é de capital fechado
Grupo econômico
- de Direito 265 da Lei das Sociedades Anônimas
 - de Fato - H.C – 94.502/ES – STJ / MS – 32494 – STJ / Ag.Reg.AResp. 1415.293/RS / Ag.Reg.AResp. 37.770/SP / REsp 879.113/DF
Sociedade Simples Ver A.I 14823462 – TJPR “O lucro não descaracteriza sociedade simples”.
- ELA É CARACTERIZADA PELO EXERCÍCIO DE ATIVIDADE NÃO EMPRESÁRIA
- Muita coisa daqui se aplica à sociedade empresária!!
- Forma e registro
 - Artigos 997 e 998 (prazo de 30 dias) ** CAI NA PROVA!!!
 - Quórum para alteração de contrato social (999)
 - Sede e estabelecimento principal
Capital Social
- Conceito de capital social (Exposição de motivos da Lei de sociedades por ações 6404)
- Capital Social não se confunde com patrimônio
- ITBI, 156, CF** CAI NA PROVA!!!
- Aborta patrimônio (artigo 1005, CC e na Lei 6404 O artigo 10 e o artigo 117, §1º, h) que fala do abuso do direito de voto
Princípios do Capital Social
Funções do Capital Social
Cláusula Leonina (artigo 1008, CC)
Direitos e Deveres do Sócios
TERÁ ENUNCIADOS NA PROVA
PEGAR ENUNCIADOS POR PONTOS DE ESTUDO CONTEXTUALIZANDO-OS DE ACORDO COM O TEMA
JURISPRUDÊNCIA CAIRÁ
“PRINCÍPIO, 997 E 998, CLASSIFICAÇÃO, ENUNCIADO E JURISPRUDÊNCIA, CERTEZA QUE CAIRÁ”
Prova com 15 questões, objetivas e subjetivas
MARLON TOMAZZETI
VER TEORIA DA EMPRESA (DIREITO EMPRESARIAL I)
RESOLUÇÃO DA SOCIEDADE EM RELAÇÃO A UM SÓCIO
A partir do artigo 1028 eu estou mandando embora um sócio.
Não existe dissolução parcial de sociedade. O que nós temos é resolução da sociedade em relação ao sócio.
Quando se fala em resolução de sociedade, a mesma desaparece! Assim é nomeado liquidante para prestar contas, etc. Lembrando que o encerramento irregular autoriza o redirecionamento da execução fiscal.
Não se fala em dissolução de sociedade e sim em resolução da sociedade. Resolvendo o problema de terminologia do artigo 599 do CPC.
O artigo 599, fala da ação parcial de sociedade, mas isso não tem, existe a resolução da sociedade em relação a um sócio. 
O sócio não vai embora de mão abanando, o problema são os bens, ele tem que levar a parte dele em dinheiro.
Enunciado 13, I Jornada de Empresarial – A decisão que decretar a dissolução parcial da sociedade, deverá indicar a data de saída do sócio e os critérios de pagamento.
Isso é importante porque a partir do momento que eu saio da sociedade, é naquele instante que vamos fixar quanto eutenho a receber. Uma das coisas que não pode faltar em um contrato social, é a forma de pagamento de um sócio que se retira, para evitar que o ócio saia com um monte de dinheiro e quebre a sociedade
Artigo 1028
 I – Se o sócio morreu, a parte dele será liquidada. Os herdeiros podem assumir sua parte, mas não com o mesmo cargo. Tornam-se sócio, mas não na mesma função.
Enunciado 221, Jornadas de Direito Civil – Diante da possibilidade d contrato social permitir o ingresso na sociedade do sucessor do sócio falecido...
Devemos olhar com cuidado essa parte dos herdeiros. Se olharmos a atividade de advocacia por exemplo, deve-se fazer a liquidação da parte do morto e paga a parte dele.
Artigo 1029. 
Não é sócio que não pagou a parte dele ou que morreu. É aquele sócio que quer ir embora, é o cônjuge que quer se divorciar. A primeira pergunta que devemos fazer é se a sociedade é por prazo determinado ou se ela é sem prazo. Se a sociedade não tem prazo, eu vou notificar os demais sócios com antecedência mínima de 60 dias.
Artigo 1031, §2º
Princípio da preservação da empresa. No aso de eu sair da empresa e possuir 40% ou mais do capital social. O julgador deve apurar quanto eu tenho para receber. De que forma a sociedade pode pagar, de tal sorte que não seja injusto ao recebedor e nem quebra a sociedade. Quando a minha sociedade não por prazo, o meu direito de retirada é potestativo, é o fim do affectio societatis. Na sociedade com prazo determinado, deve-se provar judicialmente uma justa causa para se retirar.
Artigo 1029
Enunciado 390 Jornada de Direito Civil – Em regra é livre a retirada de sócio nas sociedades limitadas e anônimas fechadas, por prazo determinado, desde que tenha integralizado a parte do capital social.
Enunciado 480 Jornada de Direito Civil – revoga o anterior.
Artigo 1030, par. único.
O problema é sócio declarado falido, porque l´pa na falência um dos objetivos, é o da preservação da empresa. A prova disso é que a alienação dos bens do falido será feita preferencialmente em bloco. 
 - Artigo 75 da Lei 11.101
Falência não implica necessariamente o fim das atividades. 
- - - 
SOCIEDADE EM COMUM
Essa sociedade em comum é na verdade uma consequência de sociedades irregulares, e aí não importa se é sociedade empresária ou simples. Então a sociedade em comum ela representa não propriamente um tipo societário, mas um tratamento que eu dou quando certas sociedades deixam de cumprir a regra. Por isso, os sócios respondem solidariamente pelas responsabilidades da sociedade.
Artigo 986 – Enquanto não inscritos os atos constitutivos. Imagine que constituímos uma sociedade de rep. Limitada, mas não registramos ao registro público de empresas mercantis, então temos uma sociedade irregular, tendo o tratamento de uma sociedade simples. Não constitui aqui um tipo societário chamado de sociedade simples. NÃO EXISTE ISSO. Tanto é verdade que a sociedade simples pura, a LTDA, exceto a cooperativa e a S.A, essas outras do Código, para todas, dizemos a mesma coisa, se é irregular, ela e simples. Aqui ele tá dizendo uma coisa diferente “não interessa sua sociedade, se ela estiver irregular, o seu tratamento será este aqui”.
Artigo 987 – Correlação com teoria das provas do processo civil. Pois aqui neste artigo, volta-se ao sistema da prova legal. Por exemplo: Nós temos no processo civil 3 sistemas de avaliação das provas. Após produzidas, tem-se o sistema da prova legal, de livre convencimento e o convencimento racional do Juiz. Isso significa que no nosso ordenamento jurídico, todas as provas são admitidas, exceto as obtidas por meio ilegal. Para nós, toda e qualquer prova é admissível, observando legalidade e moralidade da prova. Pois bem, se qualquer prova é admissível, significa que por este sistema, o juiz pode ficar com qualquer prova, mas ele precisa motivar o conhecimento dele (porque optou pela testemunha do que pela perícia?). Se ele não precisar se motivar, ele terá o livre convencimento (tribunal do júri). A prova legal, que são admissíveis (testemunha, perícia, documento...estabelecendo um valor de carga probatória entre as provas. Este artigo 987, retorna ao sistema de prova legal, quando diz que os terceiros podem provar por qualquer meio, já os sócios, só podem provar por escrito, eliminando qualquer outro tipo de prova.
Artigo 989 – Mesmo que eu dê o tratamento em comum, a gente aplica aqui o artigo 1024, sobre os bens dos sócios. Mas mesmo nesta hipótese a responsabilidade é subsidiária (primeiro os bens da sociedade, depois os dos sócios). Qualquer pacto limitativo de poderes, só vale entre eles e não é oponível a terceiros.
- Enunciado 211, da Jornada de Direito Civil – Presume-se disjuntiva à administração dos sócios a que se refere o artigo 989.
Artigo 990 – Sempre a responsabilidade é subsidiária, com uma exceção, na sociedade em comum., sendo a única hipótese em que o 1024 não se aplica. Quem contratou pela sociedade não tem benefício de ordem, o seu patrimônio responderá pela obrigação.
- Enunciado 59, Jornada de Direito Civil – os sócios gestores e os administradores das empresas... 
- Enunciado 212, Jornada de Direito Civil – Embora a sociedade em comum não tenha personalidade jurídica, o sócio que tem seus bens constritos por dívidas.... 
SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO
Estamos falando se sociedades despersonificadas e o Código apresenta apenas duas: a sociedade em comum e a sociedade em conta de participação. A primeira é própria de sociedades irregulares. Sociedade em conta de participação, é uma sociedade regular. 
Ela funciona assim: Eu tenho o sócio participante (P¹ P² P³) mais conhecido como sócio oculto. Estes sócios tem um sócio chamado sócio ostensivo (O¹), que é o que faz tudo!! Os outros só participam do lucro. Aqui nem cabe falar em desconsideração.
Isso tem uma origem parecida com a das sociedades em comandita simples. 
Tanto a sociedade em comum quanto a sociedade em conta de participação, se aplicam para a sociedade empresária e para a sociedade simples.
Artigo 992 – Lá na sociedade em comum os sócios só podem provar por escrito. Aqui não tem esta limitação, porque esta sociedade é regular, por isso que fica claro o artigo 993.
Artigo 993 – Ele demonstra que isto é uma sociedade regular. Esta sociedade não é irregular, é sempre regular, porém, sem personalidade jurídica.
Parágrafo único do artigo 993 – Se no negócio “irregular” o sócio participante participar, ele será tratado como sócio ostensivo. Ele pode fiscalizar! Portanto, este tratamento é restrito ao negócio do qual participou.
Artigo 994, §2º - Faliu o sócio ostensivo, se falir o participante é fácil,. Se falir o ostensivo, dissolve-se, acaba a sociedade. Quanto ao dinheiro o artigo 83 da lei 11.101 – dispõe que é o penúltimo a receber, sendo credor quirografário. Um problema que tem aqui é “e se a sociedade falida, por intermédio do seu comitê de credores decidir que é bom continuar o negócio?” 
VER RESP 1.230.981/RJ
A.I.R.R 370-80.2012.5.04.0661 – TST
Uma coisa é ser sócio oculto, outra é dissimular que é sócio ostensivo ou que é sócio. 
SOCIEDADE EM NOME COLETIVO
Esta é uma sociedade irregular. O que caracteriza esta sociedade é que só pessoa natural faz parte deste tipo de sociedade (caput do 1039). Ademais, os sócios são solidária e ilimitadamente responsáveis pelas obrigações societárias, ou seja, se a sociedade não pagar a conta, o sócio paga.
Na prática trabalha-se com 3 coisas – EMPRESARIO INDIVIDUAL DE RESP. LIMITADA, SOCIEDADE DE RESP. LIMITADA E S.A.
Artigo 1039 - só pessoas físicas podem tomar parte respondendo todos os sócios solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais.
O que eles podem fazer é limitar entre eles a responsabilidade. (Eu tenho 30, você 60 então pagaremos a equivalência, só valendo entre os sócios e não perante terceiros). O nome desta sociedade forma-se pelo nome de qualquer um dos sócios + e cia ltda.
IN 15 – DREI – NOME EMPRESARIAL
Firma social tem nome de pessoa, denominação tem nome de objeto.
Sociedade em NomeColetivo
Art. 1.039. Somente pessoas físicas podem tomar parte na sociedade em 
nome coletivo, respondendo todos os sócios, solidária e ilimitadamente, 
pelas obrigações sociais.
Parágrafo único. Sem prejuízo da responsabilidade perante terceiros, 
podem os sócios, no ato constitutivo, ou por unânime convenção 
posterior, limitar entre si a responsabilidade de cada um.
Os sócios são solidários e ilimitados pelas obrigações sociais. Essa 
sociedade é caracterizada por: SOMENTE aceitar pessoa natural (Pessoas 
físicas) e os sócios responde solidariamente com seu patrimônio. As 
características pessoais dos sócios exercem papel fundamental para a 
constituição da sociedade e para a vida empresarial da sociedade.
A sociedade em nome coletivo é a sociedade mais simples, tanto nas 
estruturas como nas funções; por isso, ela é considerada o protótipo das 
sociedades empresariais em geral. Se os sócios não demonstrarem 
expressamente a opção por um determinado tipo societário, pode-se 
considerar que estamos diante de uma sociedade em nome coletivo. A opção 
expressa pela sociedade em nome coletivo só é necessária para as 
sociedades simples, que resolvam optar por esta forma, pois para as 
empresárias ela é a forma genérica.
A formação dessa sociedade pode ser formada por acidente, ou seja, 
quando ao realizar o registro, realiza de forma erradas.
Art. 1.039 - Parágrafo único. Sem prejuízo da responsabilidade perante 
terceiros, podem os sócios, no ato constitutivo, ou por unânime 
convenção posterior, limitar entre si a responsabilidade de cada um.
Pode haver limitação de responsabilidade entre os sócios apenas, porque 
perante terceiros, todos respondem. Ainda no caso de cobrança, a mesma 
poderá ser feito em função da sociedade e/ou dos sócios e/ou de um único 
sócio.
A importância da pessoa dos sócios, e, por conseguinte, de seu 
conhecimento por terceiros, é reforçada pela responsabilidade assumida 
diante das obrigações sociais, pois todos os sócios são responsáveis 
pessoalmente pelo cumprimento das obrigações da sociedade. Em função 
dessa responsabilidade não se admite a participação de incapazes nas 
sociedades em nome coletivo.
O nome de uma empresa na condição da Sociedade em nome coletivo será 
formada: [nome dos sócios ou de forma resumida] & CIA. Ela tem firma e 
não denominação. Firma tem “Nome” de pessoa, e denominação tem objeto.
Nesse tipo de sociedade NÃO É NECESSÁRIO a desconsideração da pessoa 
jurídica, PORQUE o sócio já responde pelas obrigações da sociedade.
Lei 11.101 – Lei de Falências
Art. 81. A decisão que decreta a falência da sociedade com sócios 
ilimitadamente responsáveis também acarreta a falência destes, que ficam 
sujeitos aos mesmos efeitos jurídicos produzidos em relação à sociedade 
falida e, por isso, deverão ser citados para apresentar contestação, se 
assim o desejarem.
Ou seja, se a sociedade falir, também acarretar a falência do sócio.
Art. 6o A decretação da falência ou o deferimento do processamento da 
recuperação judicial suspende o curso da prescrição e de todas as ações 
e execuções em face do devedor, inclusive aquelas dos credores 
particulares do sócio solidário.
Sócio Solidário => refere-se ao sócio das sociedades em nome coletivo.
Para o caso de decreta a falência ou recuperação judicial, para todas as 
ações que envolvem a sociedade e também em relação aos sócios da 
sociedade em Nome coletivo (Porque esse sócio responde solidariamente e 
ilimitada pelas responsabilidades sociais). Mas não suspende os efeitos 
para os sócios das sociedades Ltda.
Art. 1.042. A administração da sociedade compete exclusivamente a 
sócios, sendo o uso da firma, nos limites do contrato, privativo dos que 
tenham os necessários poderes.
Administração da Sociedade é feita por sócios. a administração da 
sociedade só pode ser atribuída a quem goze da condição de sócio, pois a 
gestão social deve ser mantida na mão daquelas pessoas que inspiraram a 
confiança suficiente para a constituição da sociedade. Atribuir a gestão 
da sociedade a um terceiro não se coaduna com a confiança recíproca que 
deve prevalecer em tal tipo de sociedade.
Art. 1.043. O credor particular de sócio não pode, antes de dissolver-se 
a sociedade, pretender a liquidação da quota do devedor.
Parágrafo único. Poderá fazê-lo quando:
I - a sociedade houver sido prorrogada tacitamente;
II - tendo ocorrido prorrogação contratual, for acolhida judicialmente 
oposição do credor, levantada no prazo de noventa dias, contado da 
publicação do ato dilatório.
Discute de cotas societárias. Importante que cotas sociais podem ser 
liquidadas (transformada em Dinheiro), mas para o caso dessa sociedade 
não é possível liquidar as cotas sem antes desfazer a sociedade. A 
principio as exceções desse artigo refere-se em sociedade com prazo 
determinado. Lembrado que as cotas societárias será a último bem ser 
penhorado.
I Jornada de Direito Civil - Enunciado 63 - Suprimir o art. 1.043 ou 
interpretá-lo no sentido de que só será aplicado às sociedades ajustadas 
por prazo determinado.
V Jornada de Direito Civil - Enunciado 489 - No caso da microempresa, da 
empresa de pequeno porte e do microempreendedor individual, dispensados 
de publicação dos seus atos (art. 71 da Lei Complementar n. 123/2006), 
os prazos estabelecidos no Código Civil contam-se da data do 
arquivamento do documento (termo inicial) no registro próprio.
d)      Sociedade em Comandita Simples
Art. 1.045. Na sociedade em comandita simples tomam parte sócios de duas 
categorias: os comanditados, pessoas físicas, responsáveis solidária e 
ilimitadamente pelas obrigações sociais; e os comanditários, obrigados 
somente pelo valor de sua quota.
Parágrafo único. O contrato deve discriminar os comanditados e os 
comanditários.
Tipos de Sócios:
Comanditário
“espertão”      São sócios de responsabilidade limitada, ou seja, se tudo der 
errado, perde o dinheiro que investiram;
Não Administraram;
Não dão o nome para sociedade;
Pode Fiscalizar;
Pode ser pessoa Jurídica ou pessoa Física
Comanditado
“trabalha e responde”   Se tudo der errado, eles respondem por tudo;
Administram a sociedade;
Dão o nome da sociedade;
Somente Pessoa Física
Art. 1.047. Sem prejuízo da faculdade de participar das deliberações da 
sociedade e de lhe fiscalizar as operações, não pode o comanditário 
praticar qualquer ato de gestão, nem ter o nome na firma social, sob 
pena de ficar sujeito às responsabilidades de sócio comanditado.
Parágrafo único. Pode o comanditário ser constituído procurador da 
sociedade, para negócio determinado e com poderes especiais.
Para o caso que o comanditário der o nome e/ou administrar a sociedade, 
ele passará na condição de Comanditado e suas responsabilidades.
Art. 1.049. O sócio comanditário não é obrigado à reposição de lucros 
recebidos de boa-fé e de acordo com o balanço.
Parágrafo único. Diminuído o capital social por perdas supervenientes, 
não pode o comanditário receber quaisquer lucros, antes de reintegrado 
aquele.
Comanditário recebe os lucros de boa fé não precisa devolver. Mas o 
Comanditado terá que devolver porque ele administra.
Art. 1.050. No caso de morte de sócio comanditário, a sociedade, salvo 
disposição do contrato, continuará com os seus sucessores, que 
designarão quem os represente.
Art. 1.051. Dissolve-se de pleno direito a sociedade:
I - por qualquer das causas previstas no art. 1.044;
II - quando por mais de cento e oitenta dias perdurar a falta de uma das 
categorias de sócio.
Parágrafo único. Na falta de sócio comanditado, os comanditários 
nomearão administrador provisório para praticar, durante o período 
referido no inciso II e sem assumir a condição de sócio, os atos de 
administração.
Se o comanditário morrer, a sociedade continua.
Se o comanditado morrer, será eleito um administrador num prazo de 180 
dias.
Não precisa de declaração judicial para declaraçãode extinção da 
sociedade no casos de comanditários.
Exemplo de uma sociedade que o pai era comanditário e o filho 
Comanditado. O pai morre, então pode o filho assumir as cotas do pai. 
Então pode sim haver uma sociedade em que uma pessoa seja ao mesmo tempo 
a condição de Comanditário e Comanditado.
SOCIEDADE DE RESPONSABILIDADE LIMITADA
Artigo 1052.
O problema aqui é quórum – NÃO CAI NA PROVA
RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS
Quando falamos em responsabilidade, só prensamos na obrigação societária. A primeira responsabilidade aqui é
Responsabilidade pelas dívidas da sociedade: os sócios não são responsáveis pelas obrigações societárias. Na sociedade de resp. LTDA, o sócio é responsável até o limite da sua participação no capital social. Quando diz que ele é responsável até o limite de sua participação, quer dizer que se tudo der errado, o pior que acontecerá é eu perder o meu dinheiro, então, eu simplesmente arrisco o dinheiro que eu coloquei. 
Responsabilidade pelo que falta para integralizar o capital social: aqui todos os sócios são solidaria e ilimitadamente responsáveis pelo que falta para integralizar. Então eu não sou responsável pelas dívidas, mas pela integralização do capital social.
Avaliação dos bens (quando se integraliza o capital social com bens afetos a atividade) – os sócios também são solidariamente e ilimitadamente responsáveis pela avaliação dos bens.
Desconsideração da personalidade jurídica – Só que, nos itens anteriores se fala de todos os sócios, aqui não! Aqui só se fala em relação aos sócios que participaram do negócio jurídico objeto da desconsideração. Quando se vai no artigo 133 CPC, eu não preciso citar todos os sócios, só precisa citar para o incidente, quem participou do assunto.
Atos de Falência – Artigo 82 LEI 11.101 – Sócio que não administra não pode ser responsável, só os administradores.
Artigo 1052, trata da responsabilidade dos sócios pela integralização do capital social e pela responsabilidade da sociedade, porém tem as outras acima citadas.
Abuso do Direito de voto
- Enunciado 65, Jornada de Direito Civil.
- Artigo 1053 – trata da aplicação supletiva das regras da sociedade simples ou S/A para a limitada. Na legislação antiga não tinha este problema. Eu tenho uma sociedade LTDA com um problema e vou ao capítulo no código que trata das LTDA. Se eu não achar nada, vou atrás de uma regência supletiva. O problema é trazer uma generalização 
- fala de um conselho fiscal que não existe em sociedade simples, então é estranho que tenha criado uma regra que deveria ir para as S/A e depois a Soc. Simples.
- Aqui ele diz que se não tiver nada é soc. Simples, mas podemos convencionar no contrato que a regêdncia se dará pela lei de sociedade por ações. 
- Se eu crio uma soc. Simples que tem regência de sociedade por ações, parece lógico buscar primeiro a solução supletivamente.
Mesmo que o contrato social preveja a regência por sociedade, deverá buscar dentro da S/A a solução.
- Voto não é direito fundamental do sócio, participar do resultado é.
Enunciado 217, Jornada de Direito Civil - Com a regência supletiva da sociedade limitada, pela lei das sociedades por ações, ao sócio que participar de deliberação na qual tenha interesse contrário ao da sociedade aplicar-se-á o disposto no art. 115, § 3º, da Lei n. 6.404/76. Nos demais casos, incide o art. 1.010, § 3º, se o voto proferido foi decisivo para a aprovação da deliberação, ou o art. 187 (abuso do direito), se o voto não tiver prevalecido - se a sua LTDA é regida pela Lei das S/A e você votou contrário aos interesses da sociedade, você é responsável, tenha prevalecido ou não seu voto, indenize a sociedade.
Enunciado 222, Jornada de Direito Civil - Não se aplica o art. 997, V, à sociedade limitada na hipótese de regência supletiva pelas regras das sociedades simples. Aqui não tem sócio de serviço!
Enunciado 223, Jornada de Direito Civil - O parágrafo único do art. 1.053 não significa a aplicação em bloco da Lei n. 6.404/76 ou das disposições sobre a sociedade simples. O contrato social pode adotar, nas omissões do Código sobre as sociedades limitadas, tanto as regras das sociedades simples quanto as das sociedades anônimas. – Pode-se colocar a regência supletiva dos dois, Não é porque você falou que é da S/A que se aplicará em bloco a da S/A, pois existem regras da S/A que não se aplica à sociedade de resp. Limitada.
Enunciado 64, Jornada de Empresarial - Criado o conselho de administração na sociedade limitada, não regida supletivamente pela Lei de Sociedade por Ações (art. 1.053, parágrafo único, do Código Civil) e, caso não haja regramento específico sobre o órgão no contrato, serão aplicadas, por analogia, as normas da sociedade anônima - Embora ainda se discuta sobre a possibilidade de o contrato social de sociedade limitada prever conselho de administração, há orientação e prática acolhendo esta iniciativa. Em geral, entende-se que essa possibilidade apenas se abre na hipótese de o mesmo contrato social prever a aplicação supletiva das normas das sociedades anônimas, conforme faculta o art. 1.053, parágrafo único, do Código Civil. Cirando o conselho de administração na sociedade limitada, diante do vazio normativo a respeito de seu regramento, o enunciado estabelece a norma aplicável à sua gestão.
Art. 1.059. Os sócios serão obrigados à reposição dos lucros e das quantias retiradas, a qualquer título, ainda que autorizados pelo contrato, quando tais lucros ou quantia se distribuírem com prejuízo do capital. Se exige efetivo prejuízo, não é prejuízo do patrimônio (ainda eu tenha um patrimônio negativo mas mantiver integro o capital social, não tem importância) – A devolução é de lucros não pro labore.
NOME EMPRESARIAL
Ela pode ter razão social ou firma social ou pode ter denominação. (1.158)
A possibilidade de opção entre denominação e razão social só acontece aqui e na EIRELI, lembrando a obrigatoriedade da expressão “LTDA”. Desaparece a proteção da personalidade jurídica e os sócios serão solidariamente responsáveis.
CAPITAL SOCIAL
Não pode ser integralizado com serviço. Deve-se ter dinheiro ou bens com capacidade econômica e afetos à atividade, sendo os sócios responsáveis pela avaliação dos bens.
A importância do gênero (dinheiro ou pessoas), depende do caso, ela pode ser tanto uma sociedade de capital quanto de pessoas, depende do contrato social.
De regra, a sociedade é de pessoas, mas não necessariamente.
O capital social é divido em cotas, iguais ou desiguais (artigo 1005).
Imagine o nosso capital social dividido em cotas. O artigo 1056 diz que a quota é indivisível em relação a sociedade, ou seja, não existe meia quota ou ¼ de quota, mas vários podem ser donos de uma quota. Nesta hipótese, os compossuidores da cota escolhem um para representa-los.
Art. 1.055. O capital social divide-se em quotas, iguais ou desiguais, cabendo uma ou diversas a cada sócio.
§ 1o Pela exata estimação de bens conferidos ao capital social respondem solidariamente todos os sócios, até o prazo de cinco anos da data do registro da sociedade.
§ 2o É vedada contribuição que consista em prestação de serviços.
Cotas iguais e desiguais – elas não precisam ter o mesmo valor, geralmente elas são iguais, todavia, podem ter valores diferentes também.
Aqui, o legislador criou uma mini S/A (conselho de adm, conselho fiscal, assembleia geral...). Lá na S/A eu tenho ações que dão poderes diferentes (eu posso ter ação com direito a voto e ação sem direito a voto), o que mostra pra nós que o voto não é direito essencial do sócio ou acionista, o que não se pode retirar é a participação.
Se eu posso prever na LTDA regência supletiva das S/A, e o artigo 1055 me dá direito de criar cotas iguais e desiguais. Desde que o contrato social a regência supletiva da Lei das S/A, pode-se prever cotas preferenciais (sem direito a voto).
Se eu tenho uma cota preferencial sem direito a voto, não administro nada, aprovo uma prestação de contas da assembleia geral, distribuem os lucros...se for assim, ninguém iráquerer ter cota. ISSO NÃO É PACÍFICO NA DOUTRINA!
Enunciado 12, Jornada de Direito Empresarial A regra contida no art. 1.055, § 1º, do Código Civil deve ser aplicada na hipótese de inexatidão da avaliação de bens conferidos ao capital social; a responsabilidade nela prevista não afasta a desconsideração da personalidade jurídica quando presentes seus requisitos legais. – Essa responsabilidade pela exata avaliação dos bens que eu uso para integralizar capital social, os sócios são solidaria e ilimitadamente responsáveis. Isso é uma coisa, outra coisa é desconsideração da personalidade jurídica
Enunciado 18, Jornada de Direito Empresarial - O capital social da sociedade limitada poderá ser integralizado, no todo ou em parte, com quotas ou ações de outra sociedade, cabendo aos sócios a escolha do critério de avaliação das respectivas participações societárias, diante da responsabilidade solidária pela exata estimação dos bens conferidos ao capital social, nos termos do art. 1.055, § 1º, do Código Civil. – 
Enunciado 221, Jornada de Direito Civil - A solidariedade entre os sócios da sociedade limitada pela exata estimação dos bens conferidos ao capital social abrange os casos de constituição e aumento do capital e cessa após cinco anos da data do respectivo registro.
Enunciado 391, Jornada de Direito Civil - A sociedade limitada pode adquirir suas próprias quotas, observadas as condições estabelecidas na Lei das Sociedades por Ações. – RESP 1332.766/SP – Lá na S/A a sociedade pode comprar suas próprias ações, chamam-se ações em tesouraria. Quando a S/A compra suas próprias ações, é evidente que estas ações não votam, porque quem vota são os acionistas. Então a S/A quando compra estas ações, estas ações perdem poder de deliberação (voto). O problema aqui é saber se a sociedade de Resp. LTDA pode comprar suas próprias Cotas. O DREI, já foi a favor e já foi contra, hoje é a favor. Para que isso seja possível, eu preciso:
I – que tenha uma previsão no contrato social sobre isso
II – que esteja previsto no contrato social a regência supletiva pela Lei das S/A
Mas ainda assim, existe hoje na doutrina divergência sobre isso. Quem não admite essa possibilidade diz “isso não é uma sociedade anônima, a regência supletiva pela Lei das S/A não significa pegar em bloco a S/A e jogar dentro da limitada”. Quem resolveu este problema foi o Código de Processo Civil, no artigo 861
Art. 861. Penhoradas as quotas ou as ações de sócio em sociedade simples ou empresária, o juiz assinará prazo razoável, não superior a 3 (três) meses, para que a sociedade:
I - apresente balanço especial, na forma da lei;
II - ofereça as quotas ou as ações aos demais sócios, observado o direito de preferência legal ou contratual;
III - não havendo interesse dos sócios na aquisição das ações, proceda à liquidação das quotas ou das ações, depositando em juízo o valor apurado, em dinheiro.
§ 1o Para evitar a liquidação das quotas ou das ações, a sociedade poderá adquiri-las sem redução do capital social e com utilização de reservas, para manutenção em tesouraria.
§ 2o O juiz nomeará administrador-depositário, o qual submeterá à aprovação judicial a forma de sua atuação e prestará contas mensalmente, entregando em juízo as quantias recebidas, com os respectivos balancetes mensais, a fim de serem imputadas no pagamento da dívida.
§ 3o Na penhora de percentual de faturamento de empresa, observar-se-á, no que couber, o disposto quanto ao regime de penhora de frutos e rendimentos de coisa móvel e imóvel.
A sociedade (eu sou credor, penhorei cotas, alguém quer pagar o que ela vale) então sociedade, liquide o que elas valem e me dê o valor em dinheiro.
É UMA REGRA PROCESSUAL? NÃO! ELA SÓ ESTÁ NO CPC.
Não tem nada que autorize a gente a dizer que isso não se aplique para a LTDA.
PENHORA DE COTAS
Art. 1.026, CC. O credor particular de sócio pode, na insuficiência de outros bens do devedor, fazer recair a execução sobre o que a este couber nos lucros da sociedade, ou na parte que lhe tocar em liquidação. – Penhora de quota é última opção! Quando ele diz “insuficiência de outros bens”, ele está colocando a possibilidade
Art. 789, CPC. O devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros para o cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei. A garantia do credor é o patrimônio do devedor, não o devedor, pois se penhora o patrimônio e não a pessoa.
 Art. 866, CPC. Se o executado não tiver outros bens penhoráveis ou se, tendo-os, esses forem de difícil alienação ou insuficientes para saldar o crédito executado, o juiz poderá ordenar a penhora de percentual de faturamento de empresa.
§ 1o O juiz fixará percentual que propicie a satisfação do crédito exequendo em tempo razoável, mas que não torne inviável o exercício da atividade empresarial – Se penhorar todo faturamento, você quebra.
§ 2o O juiz nomeará administrador-depositário, o qual submeterá à aprovação judicial a forma de sua atuação e prestará contas mensalmente, entregando em juízo as quantias recebidas, com os respectivos balancetes mensais, a fim de serem imputadas no pagamento da dívida.
§ 3o Na penhora de percentual de faturamento de empresa, observar-se-á, no que couber, o disposto quanto ao regime de penhora de frutos e rendimentos de coisa móvel e imóvel.
Art. 1.057, CC. Na omissão do contrato, o sócio pode ceder sua quota, total ou parcialmente, a quem seja sócio, independentemente de audiência dos outros, ou a estranho, se não houver oposição de titulares de mais de um quarto do capital social. – Eu sócio, posso vender as minhas cotas para os outros sócios e não preciso perguntar aos demais. A consequência disso é desestabilizar todo o poder da sociedade. Por isso no contrato social, diz-se que a cessão de cotas ele precisa oferecer aos demais e todos podem ter preferências na proporção de cotas que já tem. Para vender a estranho à sociedade, se nada tem o contrato social aí eu posso, desde que não exista oposição de mais de ¼ do capital social. Se a sociedade tem cotas preferenciais, é ¼ do capital como um todo, dos que votam e dos que não votam.
CESSÃO DE QUOTAS
Decadência do voluntarismo, você pode contratar o que quiser, claro! Observado a boa-fé objetiva e equidade contratual.
O 1057 só vai aplicar se não houver nada deliberado pelos sócios, mas é necessário o equilíbrio contratual, uma cláusula pode ser leonina não só na distribuição dos resultados, mas pode ser abusiva de outras formas.
Art. 1.057, CC. Na omissão do contrato, o sócio pode ceder sua quota, total ou parcialmente, a quem seja sócio, independentemente de audiência dos outros, ou a estranho, se não houver oposição de titulares de mais de um quarto do capital social – Este + de ¼ do capital social, se aplica unicamente e exclusivamente para a cessão de quotas a terceiros, entre sócios não existe quórum. A consequência é que eu posso, na omissão do contrato, eu posso ceder a minha parte a qualquer outro sócio e nenhum deles pode se opor. Na prática isso pode implicar desequilíbrio no poder dentro da sociedade. Na prática, uma das cláusulas fundamentais do contrato é colocar uma cláusula dando o direito de preferência aos sócios na proporção do que participam no capital social. 50% + 1 não manda nada! Quem manda tem 75% + alguma coisa. Independentemente da minha participação, se eu estou saindo, é claro que eu não posso votar nesta deliberação, pois votaria de acordo com os meus interesses e não os da sociedade (Eu tenho ¾ e + um pouco do capital. O contrato não diz nada e eu quero ceder as minhas cotas sociais e escolhi um grande administrador, aí o minoritário não pode fazer nada? Neste quórum a gente não incluí a participação daquele que está vendendo) > para justificar, art., 1074, §2º, CC.
TRESPASSE
Não confundir com cessão de quotas. Trespasse (artigo 1042, CC). É a alienação voluntária e onerosa de estabelecimento empresarial.
Trespasse não é pura e simplesmente isso, porque a alienação pode ser involuntária e o CPC permite penhora de estabelecimento

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