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FACSUM
FACULDADE DO SUDESTE MINEIRO
CURSO DE DIREITO
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
A POSSIBILIDADE DO DELEGADO DE POLÍCIA NO RECONHECIMENTO DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA NA FASE POLICIAL
Wictor Ivan Mendes Freitas
JUIZ DE FORA
2017
WICTOR IVAN MENDES FREITAS
A POSSIBILIDADE DO DELEGADO DE POLÍCIA NO RECONHECIMENTO DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA NA FASE POLICIAL
 Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Faculdade do Sudeste Mineiro - FACSUM, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Bacharel em Direito.
Orientadora: Professor Alexandre de Freitas
JUIZ DE FORA
2017
FACSUM
FACULDADE DO SUDESTE MINEIRO
CURSO DE DIREITO
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
JUIZ DE FORA / 2017
WICTOR IVAN MENDES FREITAS
A POSSIBILIDADE DO DELEGADO DE POLÍCIA NO RECONHECIMENTO DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA NA FASE POLICIAL
APROVADO EM _______/_______/_______
BANCA EXAMINADORA
Professor Alexandre de Freitas
NOME DO PROFESSOR – EXAMINADOR
NOME DO PROFESSOR – EXAMINADOR
AGRADECIMENTOS
É com imensa satisfação e enorme sabor de vitória, que neste momento quero agradecer a todos que de alguma forma me apoiaram e contribuíram para concretização deste sonho.
 Agradeço, primeiramente, á Deus, por ter me dado força para enfrentar com tanto dificuldade este longo caminho.
Aos meus queridos e amados pais, que sempre me apoiaram ao longo desta estrada que sem dúvidas sem eles nada disso seria possível.
A minha querida e amada namorada, que com amor e carinho pode me compreender, em diversos momentos me auxiliar, e assim me ajudou a superar todos os percalços que encontrei no caminho.
Aos meus demais familiares que me ajudaram como pode neste longo caminho, aos meus amigos que com certeza, foram essenciais nos momentos difíceis, sempre me apoiando com enorme grandeza.
Ao meu orientador, professor Alexandre, por ter me auxiliado neste trabalho e ao longo dos anos no curso fornecido por esta faculdade, o prazer imensurável de ter tido aula com este grande mestre. 
A instituição Policia Civil, bem como os nobres ex companheiros de trabalho, que me auxiliaram nas pesquisas e me incentivavam o maximo possível ao longo dos meus últimos anos de vida universitária.
“Se você quer chegar aonde a maioria não chega, terá que fazer coisas que a maioria não faz.”
 Autor Desconhecido.
RESUMO
Este trabalho consiste em realizar um estudo sobre o principio da insignificância e sua origem, demonstrando o seu papel principal em nosso ordenamento jurídico, enfatizando sua correlação com outros princípios e sua real aplicabilidade. O trabalho vem com propósito em demonstrar como os delegados de polícia aplicam tal instituto no momento da confecção do inquérito policial, ou seja, se realmente lavram o Auto de Prisão em Flagrante Delito (APFD) ou apenas registram a ocorrência em um arquivo existente nas delegacias que é denominado como VPI (Verificação Preliminar de Informação). O trabalho ainda demonstrará a origem da policia civil no Brasil e suas principais funções, valores e atribuições.
RESUMEN
	Este trabajo consiste en realizar un estudio sobre el principio de la insignificancia y su origen, demostrando su papel principal en nuestro ordenamiento jurídico, enfatizando su correlación con otros principios y su real aplicabilidad. El trabajo viene con propósito en demostrar cómo los delegados de policía aplican tal instituto en el momento de la confección de la investigación policial, o sea, si realmente labra el Auto de Prisión en Flagrante Delito (APFD) o apenas registran la ocurrencia en un archivo existente en las comisarías que se denomina VPI (Verificación Preliminar de Información). El trabajo aún demostrará el origen de la policía civil en Brasil y sus principales funciones, valores y atribuciones.
SUMÁRIO
 INTRODUÇÃO.......................................................................................................
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA......................................................................
1 1 Origem Histórica............................................................................................
1 2 Conceito e Aplicabilidade...............................................................................
1 2 1 Aplicação do Princípio no Brasil......................................................
1 3 Relação com outros princípios....................................................................
1 3 1 Princípio da Legalidade.........................................................................
1 3 2 Princípio da Proporcionalidade..................................................................
1 3 3 Princípio da Razoabilidade.....................................................................
1 3 4 Princípio da Intervenção Mínima...............................................................
POLÍCIA JUDICIÁRIA.......................................................................................
2 1 Evolução Histórica........................................................................................
2 2 Conceito...................................................................................
2 3 Deveres e Atribuições da Polícia Judiciária...................................................
POLÍCIA CIVIL.................................................................................................
3 1 História........................................................................................................
3 2 Institucional.....................................................................................................
3 3 Missão, Valores, Visão e Negócio...................................................................
3 4 Objetivo Operacional e Competências Legais.............................................
APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFIÂNCIA PELO DELEGADO DE POLICIA CIVIL.............................................................................................................
4 1 Considerações Gerais............................................................................................
4 2 Inquérito Policial.............................................................................................
4 2 Efetiva Aplicação do Princípio da Insignificância pelo Delegado...........................
CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................................................
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................
INTRODUÇÃO
A presente monografia tem como intuito analisar e apresentar breves e objetivos comentários sobre a possibilidade ou não do Delegado de Polícia reconhecer ainda na fase policial, ou seja, no momento da formalização do inquérito policial, na incidência do flagrante e de suas circunstâncias, a aplicabilidade do princípio da insignificância. Em outras palavras, podemos dizer que o Delegado, posto como Autoridade Policial, reconhece que o fato não possui todos os elementos legais para constituir um delito, diante da aplicabilidade do princípio supracitado, se for adotado pelo delegado no momento do flagrante. Em todas as circunstâncias que abrange o tema em questão, cabe unicamente ao Delegado aferir a conduta do agente, tipificando-a penalmente, para então instaurar-se o procedimento. 
Atualmente a doutrina majoritária, a dominante em nosso ordenamento jurídico, defende que o Delegado de Polícia Civil não tem legitimidade, Autoridade para o reconhecimento, para aplicação do princípio da insignificância. Todavia, o trabalho em tela, assumido o grande e perigoso risco de defender a aplicabilidade da doutrina minoritária, visa demonstrar a possibilidade e validade do princípiosupramencionado pela autoridade policial é possivelmente valido.
	Dessa forma, tal princípio deve ser analisado pela autoridade policial como proibição de atos que atentem contra a liberdade do conduzido, como requerimento das prisões previstas no nosso ordenamento, lavraturas de flagrantes ou instauração de portarias com indiciamentos. Deve o Delegado de Policial Civil lavrar o termo circunstanciado de ocorrência (TCO).
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA
1 1 Origem Histórica
	O princípio da insignificância é um estudo que está sempre presente e de enorme relevância no instituto jurídico, mas as controvérsias têm que ser colocadas em plano de suma importância, ainda, mas na esfera penal, nos mais diversos momentos, incluindo o âmbito administrativo, pois se dirigi diretamente na liberdade da figura da pessoa humana, e posteriormente a sociedade luta por uma justiça forte, com caráter de punibilidade mais justa.
	Para alguns doutrinadores conhecidos pelo nosso ordenamento jurídico, ressaltam que o Princípio da Insignificância possui origem no Direito Romano, pois no direito antigo a figura conhecida como Praetor, era o juiz da antiga Roma, sendo que na época romana, já se aplicava o princípio supramencionado, ou seja, somente os casos significantes teriam a aplicabilidade e atenção do direito penal e suas penalidades.
	Nas doutrinas presentes, há enorme controvérsia sobre o surgimento e nascimento do princípio da insignificância. Assim, grandes doutrinadores relatam que o supramencionado instituto tem suas origens no direito romano, onde prevalecia à mínima non curat praetor, ou seja, o magistrado ou juiz não deve se preocupar com as questões que não possuem significância no ordenamento jurídico penal.
Logo, a doutrina de Ivan Silva, trás que desde o direito romano, o princípio da insignificância já estava presente no direito antigo romano, em face dos pensamentos uniformes da mínima non curat praetor, ou seja, o direito não se aplicava em questões e delitos de bagatela.
Assim podemos concluir que, o princípio em questão foi originário do direito romano, trazendo consigo as raízes e pensamentos dos antigos romanos que possui aplicação nos dias atuais.
Contudo, quando o assunto é pertinente ao surgimento do princípio em estudo, existe no direito, duas vertentes em face do tema, senão vejamos: A primeira delas defende que o principio realmente surgiu no direito romano, já exposto e demonstrado acima e a outra traz que o princípio não tem se quer alguma relação com o direito romano e os brocardos.
A segunda corrente que diz que o princípio não tem correlação com o direito romano, é defendida por alguns doutrinadores minoritários.
Logo, vejamos o entendimento de um dos doutrinadores minoritários existentes em nosso ordenamento jurídico, senão vejamos:
	Ribeiro Lopes (2000, p. 41 a 42) frisava que:
O Direito Romano foi notadamente desenvolvido sob a óptica do direito privado e não do direito público. Existe naquele brocardo menos do que um princípio, um mero aforismo. Não que não pudesse ser aplicado vez ou outras situações de direito penal, mas qual era a noção que os romanos tinham do princípio da legalidade? Ao que me parece, se não nenhuma, uma, mas muito limitada, tanto que não se fez creditar aos romanos a herança de tal princípio.
	Assim, para o autor Ribeiro Lopes, (LOPES, op, cit., p. 41):
O princípio da insignificância tem sua origem no pensamento liberal dos jusfilósofos do iluminismo, a partir da evolução e do desdobramento do princípio da legalidade. Por sua vez, Guzmán Dalmora nega a origem do princípio da insignificância no direito romano ao argumento de que a máxima mínima non curat praetor não existia no direito romano antigo, tendo como fonte o pensamento liberal dos juristas renascentistas. 
	Sendo assim, a negativa da origem do princípio da insignificância no direito romano teria apenas alguns fundamentos, sendo eles: que os antigos romanos não possuíam conhecimento sobre a palavra insignificante, ou seja, os mesmos não teriam conhecimento suficiente para determinar o que seria ou não razoável de punição.
	Ressalvada a idéia de que o instituto do princípio da insignificância surgiu no direito penal, alguns dos doutrinadores entendem que o principio supramencionado teve sua descoberta e nascimento no direito europeu, após as grandes guerras já conhecidas em estudos a parte. 
Sendo assim, depois de algumas divergentes doutrinarias e argumentos históricos acima expostos podem transcrever o que pensa o ilustre doutrinador dominante Rogério Greco, senão vejamos:
	Rogério Greco, (2006, p. 94):
Embora haja divergências doutrinárias quanto à origem do princípio da insignificância, havendo quem afirme que ele já vigorava no direito romano, a criminalidade da bagatela surgiu na Europa, como um problema crescente na primeira guerra mundial. Após a segunda grande guerra, houve um notável aumento dos delitos de caráter patrimonial e econômico, quase todos marcados pelas características de consistirem em subtrações de pequena relevância, daí a primeira nomenclatura doutrinária de criminalidade de bagatela.
	Diante de todo o exposto acima, apesar da doutrina minoritária defender que o princípio da insignificância surgiu no direito romano antigo, a doutrina majoritária com clareza defende o surgimento do mesmo depois das grandes guerras históricas.
Vale informar que, o princípio em analise, passou a ser bastante estudado e ganhou enormes proporções no ano de 1960, com os grandes estudos de Claus Roxin, que demonstrava a exclusão da tipicidade de crimes, que não afetavam e possuíam lesões significantes aos bens juridicamente protegidos. Frisava também que, nos delitos denominados como “bagatela” a imposição de pena era desnecessária.
Era pensamento de Roxin:
Somente se podem punir as lesões de bens jurídicos e as contravenções contra fins de assistência social, se tal for indispensável para uma vida em comum ordenada. Onde bastem os meios do direito civil ou do direito público, o direito penal deve retirar-se.
1 2 Conceito e Aplicabilidade
	Quando estudamos o princípio da insignificância, no que tange a sua origem é valido no momento em que conseguimos conceituar o que prevê este instituto do direito penal, sendo assim, ao longo deste subcapitulo, veremos o conceito do diploma legal.
	O princípio da insignificância na esfera penal reúne algumas condições primordiais no que tange a sua aplicação, a mínima ofensividade de uma conduta positiva, o grau de reprovação do crime no âmbito social dentre outros e o grau da lesão provocada.
	Em outras e melhores palavras, o conceito do principio em estudo é de que a conduta do criminoso é tão ínfima, baixa, de menor relevância o valor tutelado, que o direito penal deixa de ser aplicado, sendo que juridicamente dizendo, em face do principio da insignificância, essa conduta não será passível de aplicação na esfera penal, ou seja, não houve crime.
	A doutrina majoritária entende que, o principio da insignificância no que tange sua natureza na esfera penal é afastar a tipicidade material do ato/fato, o que afasta a conduta positiva do criminoso do âmbito penal.
	O principio da insignificância, no que tange, a sua aplicação no ordenamento jurídico vem se fortalecendo no direito brasileiro e tendo seu total conhecimento e cada vez mais presente nos entendimentos doutrinários e jurisprudenciais.
	Assim, vale acrescentar o entendimento e palavras de Diomar Ackel Filho:
O principio da insignificância pode ser conceituado como aquele que pode informar a tipicidade de fatos que, por sua inexpressividade constituem ações de bagatela, despidas de reprovabilidade, de modo a não merecerem valoração da norma penal, exsurgindo, pois, como irrelevantes.
	Portando, o direito penal deve ser aplicado apenas nos casos onde o bem jurídico tutelado é realmente relevante no âmbito do direito penal.
	O direito penal não pode se valer de todas as atitudes antijurídicas das relações sociais, mas somente daquelas importantes e lesivas aos bensjurídicos tutelados pela esfera penal.
	Sendo assim, para descobrirmos se um fato é penalmente punível e típico, devemos analisar o grau da lesão e tipifica lá a algum dispositivo previsto em nosso ordenamento jurídico.
	Como dito acima, o principio da insignificância limita o poder do estado em sua aplicação, faz com que o magistrado selecione para fins de aplicação e proteção do direito penal.
	Como não bastasse, o princípio deve ainda enxergar as condutas que são aceitas na sociedade (Principio da Adequação Social) para delas também ficar totalmente afastada da aplicação do direito penal.
	Sendo assim, depois de afastado o principio em questão, o legislador poderá observar quais condutas o mesmo poderá aplicar o direito penal e suas sanções.
	Já que o principio da insignificância visa a demonstrar a tipicidade do fato, vale frisar brevemente sobre o tema, senão vejamos:
	A tipicidade penal se faz diante da tipicidade de um fato e pode ser denominada como forma e conglobante.
	A tipicidade formal nada mais é do que a adequação de uma conduta (positiva ou negativa) de um agente ao modelo previsto no ordenamento penal. Na situação hipotética o legislador ira analisar a previsão penal expressa em relação a conduta do agente.
	Já em tipicidade conglobante, podemos destacar dois aspectos essenciais, sendo eles: Se a conduta do agente é antinormativa, ou seja, ilícita e se o fato é típico. 
	É de peso ainda acrescentar, que o principio em questão não está previsto em nossa constituição federal. O principio da insignificância defendido pelos doutrinadores, possui a finalidade excluir as condutas que não possuem nenhuma relevância para o direito penal. Diante dessa afirmativa, vale frisar um trecho previsto no livro de Direito Penal do ilustre professor e doutrinador Rogério Greco.
	Rogério Greco, (2013, p. 115)
Segundo o principio da insignificância, que se revela por inteiro pela sua própria denominação, o direito penal, por sua natureza fragmentária, só vai aonde seja necessário para a proteção do bem jurídico. Não deve ocupar-se de bagatela.
	Com isso, é notável que tal princípio auxilia no momento da aplicação do direito penal nos crimes previstos em nosso código penal.
	É de peso ainda acrescentar que, os tribunais e jurisprudências previstas no nosso ordenamento jurídico brasileiro têm entendido que há possibilidade de aplicação do mencionado princípio nos crimes patrimoniais que são cometidos sem a presença da violência. Com isso, é de suma importância transcrever a ementa defendida pelo nosso ordenamento, senão vejamos:
Consoante entendimento jurisprudencial, o princípio da insignificância que deve ser analisado em conexão com os postulados da fragmentariedade e da intervenção mínima do estado em matéria penal tem o sentido de excluir ou de afastar a própria tipicidade penal, examinada na perspectiva do seu caráter material. [...] Tal postulado que considera necessária, na aferição do relevo material da tipicidade penal, a presença de certos vetores, tais como (a) a mínima ofensividade da conduta do agente, (b) a nenhum periculosidade da ação, (c) o reduzidíssimo do grau de reprovabilidade do comportamento e (d) a inexpressividade da lesão jurídica provocada – apoiou-se, em seu processo de formulação teórica, no conhecimento de que o caráter subsidiário do sistema penal reclama e impõem, em função dos próprios objetivos por ele visado, a intervenção mínima do poder publico” (STF, HC84.412-0/SP, Min. Celso de Melo, DJU 19/11/2004). No caso concreto, as pacientes tentaram subtrair algumas peças de roupas, avaliadas em R$ 78,50, que foram todas devolvidas sem prejuízo material para a vítima, numa loja estabelecida. Reconhece-se, então, o caráter bagatelar do comportamento imputado, não havendo falar em afetação do bem jurídico patrimônio” (HC 253802/MG, Habeas Corpus 2012/0190767-0, Relª Minª Maria Tereza de Assis Moura, 6º T, DJe4/6 2014).
Como não bastasse o entendimento acima descrito, é de peso ainda frisar outros entendimentos doutrinários pertinentes ao tema, senão vejamos:
A jurisprudência desta Corte Superior é firme em assinalar a impossibilidade de se reconhecer a insignificância dos crimes cometidos mediante violência e grave ameaça, como na hipótese” (STJ, HC 136.059/MS, Rel. Min. Rogério Schietti Cruz, 6ª T., DJe
18/04/2016). “A jurisprudência do STF e do STJ é pacífica, no sentido de não ser possível a aplicação do princípio da insignificância aos crimes praticados com grave ameaça ou violência
contra a vítima, incluindo o roubo” (STJ, AgRg no AREsp 525.350/MG, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, 5ª T., DJe 22/06/2015).
	Além do mais, de acordo com alguns entendimentos, a possibilidade de aplicação do princípio da insignificância nos crimes de delitos materiais ou de resultado, mas também a possibilidade nos crimes de perigo ou de mera conduta.
	Diante dos breves comentários acima expostos, podemos finalizar que, a aplicação do princípio da insignificância pode ocorrer em algumas infrações penais, quando a conduta do agente for tão mínima que não é suficiente para atingir a esfera ou campo pena, ou seja, atitudes que não devem merecer a aplicação e atenção do direito penal ativo.
	Sendo assim, somente as condutas que são menosprezadas pela sociedade e que ferem realmente a esfera penal deverão ter uma atenção do direito penal, pois o mesmo foi criado para não ser utilizado.
1 2 1 Aplicação do Princípio no Brasil
	A jurisprudência brasileira avalia as decisões favoráveis a sua aplicabilidade. Quando apresentada a efetiva existência da atipicidade, os ministros do Supremo Tribunal Federal a reconhece, porém possui alguns requisitos que devem ser observados.
	Com isso, é de peso transcrever o entendimento do Ministro Celso de Mello no HC 84.412/SP, senão vejamos:
DIREITO PENAL. HABEAS CORPUS. CRIME DE FURTO. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. INCIDÊNCIA NO CASO. ORDEM CONCEDIDA. 1. A questão de direito tratada neste writ, consoante a tese exposta pela impetrante na petição inicial, é a suposta atipicidade da conduta realizada pelo paciente com base no princípio da insignificância. 2. Considero, na linha do pensamento jurisprudencial mais atualizado que, não ocorrendo ofensa ao bem jurídico tutelado pela norma penal, por ser mínima (ou nenhuma) a lesão, há de ser reconhecida a excludente de atipicidade representada pela aplicação do princípio da insignificância. O comportamento passa a ser considerado irrelevante sob a perspectiva do Direito Penal diante da ausência de ofensa ao bem jurídico protegido. 3. Como já analisou o Min. Celso de Mello, o princípio da insignificância tem como vetores a mínima ofensividade da conduta do agente, a nenhuma periculosidade social da ação, o reduzido grau de reprovabilidade do comportamento e a inexpressividade da lesão jurídica provocada (HC 84.412/SP). 4. No presente caso, considero que tais vetores se fazem simultaneamente presentes. Consoante o critério da tipicidade material (e não apenas formal), excluem-se os fatos e comportamentos reconhecidos como de bagatela, nos quais têm perfeita aplicação o princípio da insignificância. O critério da tipicidade material deverá levar em consideração a importância do bem jurídico possivelmente atingido no caso concreto.5. Habeas corpus concedido.(sem grifos no original)(96688 RS, Relator: ELLEN GRACIE, Data de Julgamento: 12/05/2009, Segunda Turma, Data de Publicação: DJe-099 DIVULG 28-05-2009 PUBLIC 29-05-2009 EMENT VOL-02362-07 PP-01249)
 	No Brasil, os ministros se baseiam no entendimento do tribunal, porém a algumas divergências quando o autor do crime de bagatela é reincidente, afastando assim a aplicabilidade do principio da insignificância e imputando então as sanções penais previstas no código penal brasileiro. 
1 3 Relação com outros princípios
	O princípio da insignificância assim como os outros, se relaciona com alguns princípios existentes em nosso ordenamento jurídico. Neste subcapitulo, estudaremos alguns princípios que possui relação com o princípio ora estudado.1 3 1 Princípio da Legalidade	
O primeiro deles a ser analisado é o Princípio da legalidade, para grandes doutrinadores, tal princípio é o mais relevante no estado democrático de direito, é um dos princípios fundamentais para o direito e mais ainda para o direito penal. 
	Vale informar que tal princípio está previsto na constituição federal de 1988, no seu artigo 5º, inciso XXXIX que prevê: “Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal.” Sendo assim, este princípio apresenta um estado totalmente democrático de direito, onde vincula as condutas em previsões legais, aplicando a lei e subordinando todos à sua aplicação.
	Como dito acima, este princípio é o mais importante na esfera penal, pois não se fala em crime se não houver algo definido na lei. Com isso, a lei é a fonte do direito penal quando se quer reprimir alguma conduta ativa ou não sob ameaça de sanções.
	Vale frisar o grande pensamento do professor Rogério Greco, sobre o principio da insignificância, senão vejamos:
Todos têm o direito de fazer aquilo que não prejudica a outro e ninguém estará obrigado a fazer o que não estiver legalmente ordenado, nem impedido de executar o que a lei não proíbe.
	Assim, o princípio da legalidade se relaciona com o da insignificância de forma muito importante, ou seja, somente através dessa correlação, podemos analisar a idéia de tipicidade que deriva do princípio da legalidade.
1 3 2 Princípio da Proporcionalidade
	Como já frisado, o princípio da insignificância não está expresso na constituição federal, como também não se encontra o princípio da proporcionalidade no texto legal da nossa constituinte.
	Como sabemos o princípio da proporcionalidade tem como fundamento principal proibir a intervenção do estado em situações desnecessárias. Assim, não é justificativa suficiente que uma lei constritiva incida sobre alguns direitos fundamentais.
	Diante dessa afirmação, o poder judiciário deve aplicar tal princípio, afastando a tipicidade penal de algumas condutas que não são lesivas aos bens jurídicos que são realmente tutelados pelo direito penal.
	Podemos afirmar então que, a teoria do princípio da proporcionalidade serve como basamento na aplicabilidade do princípio em questão, pois este deve ser aplicado nos delitos insignificantes que será analisados e descartados do âmbito de aplicação e atenção do ramo do direito penal.
	Sendo assim, vale frisar o pensamento do grande pensador Odone Sanguiné, senão vejamos:
O fundamento do princípio da insignificância está na idéia de proporcionalidade que a pena deve guardar em relação à gravidade do crime. Nos casos de ínfima afetação ao bem jurídico, o conteúdo de injusto é tão pequeno que não subsiste nenhuma razão para o pathos ético da pena. Ainda a mínima pena aplicada seria desproporcional à significação social do fato.
	Diante da leitura desse dispositivo, podemos frisar que o princípio da proporcionalidade no direito se relaciona com o estado democrático de direito, a liberdade no direito penal é a regra, é um bem maior, sendo que sua limitação deve ser analisada em casos extremos e com bastante cuidado.
	Nesse contexto, podemos concluir que o princípio em questão deve atuar de forma a preservar os direitos fundamentais previstos na nossa constituição, sendo que tal intervenção estatal deve ser medida aplicada somente em casos necessários.
1 3 3 Princípio da Razoabilidade
	O Princípio da razoabilidade, é fundamental para o estado de necessidade, vem previsto no art. 24 do Código Penal, nas seguintes expressões: “Cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.” Diante dessa afirmativa, ressalva a necessidade da determinação dos bens em conflitos, para então concluir se o bem que o bem atingido pela conduta criminosa é igual ou superior a conduta do agente.
	No Brasil, tal princípio foi aceito pela Suprema Corte em 1951, sendo que foi derivado de um direito norte americano. De acordo com este princípio, o objetivo maior é analisar os aspectos que envolvam os direitos fundamentais, buscando da uma importância maior dos direitos supramencionados em face das condutas praticadas.
	O instituto razoabilidade é fundamental no direito penal, ou seja, somente através da aplicabilidade e formalização deste princípio podemos fazer o senso de justiça na sociedade.
	Fazendo uma breve comparação com o princípio da insignificância, podemos afirmar que, a análise com base nos entendimentos da razoabilidade, pode desconsiderar ou não um fato criminoso, afastando a tipicidade e valorando a conduta como insignificante.
1 3 4 Princípio da Intervenção Mínima		
	Como já frisado acima, o principio da insignificância não está previsto nas legislações, assim como o principio da intervenção mínima não se encontra nas legislações penais, constitucionais do nosso ordenamento jurídico vigente.
	De acordo com este princípio, o direito penal deve ser apenas usado em casos extremos, quando nenhuma das outras esferas do direito não é suficiente.
	O instituto de tal princípio está vinculado à doutrina do minimalismo penal, que ressalva que o direito penal deve ser usado ao mínimo necessário, pois como em regra, o direito penal foi criado para não ser em tese utilizado.
	A esfera do direito penal é sem sombra de dúvidas o direito que mais atingi os direitos fundamentais de cada pessoa. Sua aplicabilidade causa enormes conseqüências a uma pessoa e a sociedade. Diante do exposto, a utilização do direito penal deve ser apenas no ultimo caso, pois é a medida mais radical que pode ser tomada em face da liberdade da pessoa humana.
	Daí, podemos pensar que o Estado deve utilizar outros ramos do direito quando possível, e somente no ultimo caso socorrer a esfera do direito penal.	
	Diante desses ensinamentos, vale apenas frisar um pequeno trecho existente no livro de curso de direito penal do doutrinador Rogério Greco, senão vejamos:
O poder punitivo do Estado deve estar regido e limitado pelo princípio da intervenção mínima. Com isto, quero dizer que o Direito Penal somente deve intervir nos casos de ataques muito graves aos bens jurídicos mais importantes. As perturbações mais leves do ordenamento jurídico são objeto de outros ramos do Direito.
Assim, tal princípio nos demonstra claramente quais são os bens jurídicos realmente tutelados e importantes para o direito penal. Com isso, o direito penal deve agir no mínimo no meio da sociedade. Nesse sentido podemos frisar o que diz o doutrinador Cezar Roberto Bitencourt:
O princípio da intervenção mínima, também conhecido como ultima
ratio, orienta e limita o poder incriminador do Estado, preconizando que a criminalização de uma conduta só se legitima se constituir meio necessário para a proteção de determinado bem jurídico. Se outras formas de sanções ou outros meios de controle social revelarem-se suficientes para a tutela desse bem, a sua criminalização será inadequada e desnecessária. Se para o restabelecimento da ordem jurídica violada forem suficientes medidas civis ou administrativas, são estas que devem ser empregadas e não as penais. Por isso, o Direito Penal deve ser a ultima ratio, isto é, deve atuar somente quando os demais ramos do direito revelarem-se incapazes de dar a tutela devida a bens relevantes na vida do indivíduo e da própria sociedade.
Assim, o principio da intervenção mínima tem as suas vertentes, sendo que uma delas é demonstrar com clareza e precisão a seleção dos bens jurídicos que merecem uma atenção maior do direito penal e também para demonstrar na atualidade que os bens que antigamente eram considerados importantes, no dia de hoje não possuam mais o caráter de proteção.
Nobres professores, a proteção dos bens jurídicos não pode ser apenas analisada na esfera penal, sendo que nosso ordenamento jurídico é amplo e possui várias vertentes que podem ser utilizadas para solucionar os problemas presentes em nossa sociedade.
As medidas civis e administrativas devem ser analisadas quando a esfera penal não for justificativa suficiente e cabívelem casos que a lei penal não é necessária. Diante dessas discussões, podemos frisar a importância das contravenções penais existente em nosso ordenamento.
Podemos então finalizar que a relação deste princípio com o principio da insignificância é apenas que o direito penal deve ser acionado apenas em questões que são realmente pertinentes e que ferem a esfera do direito penal e assim merecendo sua real atenção e aplicabilidade.
POLÍCIA JUDICIÁRIA
2 1 Evolução Histórica
	A Polícia e suas funções existem um enorme traço histórico, podemos frisar que a origem do surgimento da polícia na história vem desde os egípcios e os hebreus.
	No antigo Egito, Menés um dos primordiais faraós, criou um tipo de código que era regra para uso de seus subordinados sob sua orientação e fiscalização, tudo para impedir a atitude desleal dos membros que achavam que poderiam passar por cima de sua autoridade.
	De outro lado, a o pensamento do grande filosofo Aristóteles que afirmava “onde haver sociedade haverá o direito.” Assim, o grande envolvimento dos homens provocou o surgimento da sociedade, e com isso surgiu os problemas que são consequências de um convívio no meio da sociedade.
	Diante deste convívio, surgiram enormes problemas, e com isso foi necessário uma proteção e organização. A palavra polícia foi criada do termo grego polis, um meio básico de convivência da humanidade, que foi destinada a organização de uma autoridade coletiva.
Já na antiga França, a Polícia Judiciária foi dividida em duas funções, sendo elas em funções administrativas e judiciárias, que tinha previsão nos artigos 19 e 20 do código vigente na época.
	É de fácil percepção que o Brasil adotou o mesmo conceito de polícia defendido pela antiga França, tendo suas atribuições, atuando ativamente na prevenção do crime e no processo de investigação.
	A polícia judiciária no Brasil teve sua criação no Rio de Janeiro, no começo do século XIX, passando por algumas transformações. A policia foi criada e assim após ganhar força, veio o surgimento de suas atribuições e competência. Antes da independência do Brasil, já existia as forças militares que conhecemos nos dia de hoje, sendo elas a Policia Militar e a Policia Civil.
	Diante disso, vale frisar o pensamento do doutrinador COSTA, no livro História da Policia Civil, 2004, p. 90, senão vejamos:
As polícias ocupavam-se apenas de uma pequena parte do controle social. Dirigiam suas atenções para a vigilância das classes perigosas, isto é, dos escravos, dos libertos e dos pobres livres. Na prática, suas atribuições concentravam-se na captura de escravos fugitivos, na repressão aos tumultos de rua, aos pequenos roubos e furtos e a outras condutas sociais indesejadas, como capoeira.
	A formalização da policia no Brasil foi manuseada principalmente para conter de forma positiva a desordem e a falta de ética e moral que infernizava as cidades brasileiras.
2 2 Conceito	
	A Polícia Judiciária é uma instituição de segurança do estado que tem papel fundamental na apuração das infrações penais por meio de uma grande e competente investigação policial, que é feita nos autos do inquérito policial com caráter inquisitivo, servindo positivamente como fundamento de uma sanção penal positiva do estado, formulada e fundamentada pelo Ministério Público.
	Assim, a Polícia Judiciária é coordenada pelas figuras denominadas autoridades policiais, ou seja, delegados de polícia, que exercem suas atividades laborativas em certas áreas de sua competência, a fim de apurar as infrações penais como sua autoria, sempre defendendo e garantindo a ordem pública e garantindo os demais direitos individuais previstos na nossa constituinte.
	 A figura do delegado de polícia é a mais importante possível, uma vez que o mesmo é o primeiro a garantir os seus direitos fundamentais.
	De acordo com a doutrina de José Geraldo:
O vocábulo polícia, deriva do latim politia que por sua vez procede do grego politeia, que traz o sentido de organização política, sistema de governo e, mesmo, governo. Podemos concluir que em seu amplo sentido o vocábulo exprime ordem pública, disciplina política e a segurança pública instituídas, primariamente, por base política do próprio povo erigido em Estado.
	 Sendo assim, a Polícia Judiciária é uma instituição fundamental para a aplicação da justiça, sendo o único fim garantir a paz, a ordem pública e resguardando a liberdade e os direitos dos outros indivíduos. 
	A Polícia Judiciária é um órgão que auxilia a justiça, e a sua maior finalidade é investigar os crimes e posteriormente fornecer ao Ministério Público a materialidade e a autoria e os elementos que possibilitam a propositura de uma ação penal.
	Com isso, é de fácil percepção que a polícia é o primeiro órgão que possui contato direto com um delito e assim, de forma competente e exemplar, cuida do caso para que os indícios e a materialidade, ou seja, as provas, vestígios não se escapem.
	Assim, a Polícia Judiciária investigará os delitos que já ocorreram, ou seja, que não foram prevenidos por circunstâncias alheias, descobrir a autoria dos crimes e juntar todos os elementos, provas possíveis, no sentido de indicar à autoria e posteriormente encaminhar os autos a justiça.
	É dever da Polícia Judiciária quando possível realizar as prisões em flagrante prevista em nosso ordenamento, cumprir os mandados de prisão determinados pelo Juiz, realizar as diligências determinadas pela autoridade judiciária.
2 3 Deveres e Atribuições da Polícia Judiciária
	Como sabemos, a Polícia é gerida pela Autoridade Policial (Delegado), mas sabemos que o órgão e formado por uma enorme equipe de colaboradores da lei, subordinados ao Delegado de Polícia, que positivamente auxiliam e participam das operações e de quase todos os deveres e atribuições.
	A Polícia Judiciária exerce suas funções com uma equipe formada por pessoas de grau superior, onde é composta pelo Delegado de Polícia, agentes, investigadores, auxiliares, escrivães e os diversos peritos, sendo que todos trabalham em conjunto no intuito de investigar e realizar a confecção do inquérito policial.
	Diante deste prisma, a Constituição Federal de 1988, em seu texto legal no art. 144 estabeleceu as atribuições da Polícia Judiciária, senão vejamos:
Art. 144 C.F - A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
(...)
IV - polícias civis;
(...)
§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares.
	No tocante a este tópico é de suma importância ainda ressalvar o que dispõe o art. 4º do título Inquérito Policial do Decreto Lei nº 3.689, de 03 de Outubro de 1941, senão vejamos:
Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria. 
Parágrafo único.  A competência definida neste artigo não excluirá a de autoridades administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma função.
	Assim, no Brasil, as atribuições da polícia serão sempre de competência da Polícia Civis e Polícia Federal, de acordo com o artigo constitucional supramencionado, sempre realizando as funções com força investigativa e repressiva.
	A sua existência vem deste ao governo imperial e ganhou seu reconhecimento no decorrer da história até chegar ao momento republicano de 1889. Depois deste período histórico, a polícia ganhou força e definiram suas atribuições, relativas a medidas preventivas e também o seu fardamento.
	No decorrer dos tempos, as medidas de policiamento e medidas ostensivas, preventivas, investigativas e repressivas, ganharam uma determinação maior, sendo que cada uma seria exercida por um tipo de Policia Judiciário, sendo elas as militares e as civis.
	De acordo com a nossa cartamaior, a Constituição Federal de 1988, em seu texto legal previu e determinou que a função de apurar os delitos fosse da Polícia Civil quando era de sua circunscrição.
	Como sabemos, existem no mundo vários tipos e conceitos de polícia, todavia, o melhor método de funcionamento não é o sistema de segurança brasileiro. É notável a inutabilidade, inatividade, e a enorme e grande falta de valorização dos profissionais que atuam neste campo, pois não precisa ser um sábio para saber que nem todos os investimentos são destinados, direcionados as instituições, com uma idéia de pequena satisfação de pequenos em face da maioria.
	Como na policia, como em outras instituições, a enormes brigas e desentendimentos internos, grandes disputas por poderes, o que faz que o sistema de segurança do Brasil seja um dos piores do mundo.
	Como não bastasse, os profissionais que são comprometidos com o trabalho policial, em face das grandes disputas, corrupções que há no sistema são prejudicados, sendo que na maioria das vezes são obrigados a trabalhar sem o equipamento adequado e até mesmo sem armamento.
	Muitos dos milicianos, exercem suas atividades laborativas sem ter passado pelo curso obrigatório, contando assim com a sorte, porque a atividade policial é uma função que exige de uma pessoa o maximo possível, pois é uma atividade complexa e bastante estressante.
	Vale ainda informar, que a doutrina entende é afirma que há dois tipos de polícia, sendo a primeira delas a Polícia Administrativa e segunda a Polícia Judiciária. A Polícia Administrativa pode ser compreendida como uma polícia preventiva, sempre evitando os atos que lesão a sociedade. Assim o brilhante doutrinador Fernando Capez trás que esta modalidade de polícia tem: “caráter preventivo; objetiva impedir a prática de atos lesivos a bens individuais e coletivos; atua com grande discricionariedade, independentemente de autorização judicial.” 
	Por outro lado, a Polícia Judiciária é denominada como a polícia que realiza as suas funções de forma repressiva, sempre agindo posteriormente a uma infração/delito. Sua função é investigar, reunir as provas relativas à autoria e materialidade do crime.	
	Assim, vale ressaltar o que pensa o professor Nestor Távora, sobre este tipo de polícia, senão vejamos: “de atuação repressiva, que age, em regra, após a ocorrência de infrações, visando angariar elementos para apuração da autoria e constatação da materialidade delitiva”.
	Nesse mesmo pensamento vale acrescentar os ensinamentos de Renato Brasileiro, descrito abaixo:
Cuida-se de função de caráter repressivo, auxiliando o Poder Judiciário. Sua atuação ocorre depois da prática de uma infração penal e tem como objetivo precípuo colher elementos de informação relativos à materialidade e à autoria do delito, propiciando que o titular da ação penal possa dar início à persecução penal em juízo. 
	Como analisado acima, a Polícia Judiciária tem um dever importante quando o assunto é auxiliar o poder judiciário, pois a mesma leva até o juiz e ao ministério publico, provas convincentes de uma suposta conduta típica prevista no nosso código penal.
	Como não bastasse a divergência doutrinária acima demonstrada, há também uma enorme repercussão quando o assunto é polícia judiciária e polícia investigativa. Para grandes doutrinadores, a polícia investigativa nada mais é do que aquela que consegue os elementos que comprovam a autoria e a materialidade de um delito. Já a polícia judiciária é aquela que pode ajudar o poder judiciário, cumprindo as diligencias determinadas pelo juiz e pelo promotor de justiça. 
	Diante desta pequena divergência doutrinária, vale destacar um pequeno trecho do livro Curso de Processo Penal, do professor Renato Brasileiro de Lima, mencionado abaixo: 
Como se percebe, a Constituição Federal e a Lei nº 12.830/2013 estabelecem uma distinção entre as funções de polícia judiciária e as funções de polícia investigativa. Destarte, por funções de polícia investigativa devem ser compreendidas as atribuições ligadas à colheita de elementos informativos quanto à autoria e materialidade das infrações penais. A expressão polícia judiciária está relacionada às atribuições de auxiliar o Poder Judiciário, cumprindo as ordens judiciais relativas à execução de mandados de prisão, busca e apreensão, condução coercitiva de testemunhas, etc. 
	Todavia, tal posicionamento é minoritário, sendo que é defendido por outros doutrinadores, pois no decorrer dos tempos, a doutrina defendida pela maioria dos doutrinadores defende que a polícia judiciária realiza também as funções da polícia investigativa.
	Assim, temos que a doutrina majoritária defende que a polícia possui suas funções administrativas e judiciárias. Entretanto de outro lado, a doutrina minoritária entende que a polícia é formada pela figura administrativa, judiciária e investigativa.
	Podemos concluir que a função policial deve ser praticada por pessoas dedicas, honestas, de enorme idoneidade moral e ética. A figura por trás do cargo de delegado de polícia deve estar bastante preparada, pois a função que lhe é determinada é de punho importantíssimo para a sociedade, que desfrutará, ou seja, irá gozar da garantia de ter uma ordem pública, defendendo os seus direitos fundamentais e individuas previsto na carta maior. A função da polícia como sempre dito acima é de suma importância para a instrução da ação penal.
POLÍCIA CIVIL
3 1 História
	Conforme os estudos e declarações do acervo existente no Museu do Rio de Janeiro, a instituição denominada Policia Civil surgiu, na época dos anos 30, exatamente no ano de 1530, quando o personagem Martin Afonso de Souza chegou ao Brasil, onde o mesmo foi enviado por D. João III. De acordo com as grandes pesquisas no dia 20 de novembro deste mesmo ano, a Polícia Civil iniciava as suas funções laborativas, resguardando a justiça nos limites territórios brasileira.
	Desde então, a Polícia Civil passou por grandes transformações, desde o ano supramencionado até os anos atuais. Uma das grandes transformações, foi a divisão do território brasileiro em duas partes. As partes foram divididas e denominadas como, Brasil com atuação em Salvador e Maranhão, com atuação em São Luiz, no estado do Maranhão. 
	O grande objetivo desta divisão era intensificar e melhorar a defesa dos milicianos, viabilizarem a economia e a enorme atividade comercial existente na época. Diante dessa divisão surgiu a primeira organização da polícia que foi começou a exercer suas funções no Salvador.
	As organizações policiais eram sustentadas pelos impostos que eram arbitrados na época. Vale informar alguns tipos de impostos, sendo eles: impostos sobre as casas, utilização de barcos e canoas e etc.
	Com o decorrer do tempo, diante das transformações, no ano de 1760, o Sr. Dom José I, o rei de Portugal, criou no Brasil o cargo de Administração Geral de Policial, com extensos poderes, ampliando a aplicação deste cargo no Brasil, com o único fim de garantir e defender a ordem pública, segurança e a paz social.
	Esses cargos e métodos da policial duraram até a chegada de D. João no Brasil no ano de 1808. Até nesta data, o método funcional da polícia era realizado pela intendência, ou seja, pela administração geral mencionada acima.

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