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CRIMES CONTRA A VIDA.pdf

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A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais. 
Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 (educação) e 905146573 para Classe 16 (livros didáticos e congêneres) Biblioteca Nacional: n° 2012/RJ/19521 
Assessoria Jurídica: Tiago Koutchin - OAB/MS 14.707 - contato: (67) 9959-0304 
 
 
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DOS CRIMES CONTRA A VIDA 
Os crimes contra vida estão descritos no Título I – Dos crimes contra a pessoa – Capitulo I, da Parte 
Especial do Código Penal. 
São os crimes contra a vida: homicídio; induzimento, instigação ou auxílio do suicídio; infanticídio; aborto. 
 
HOMICÍDIO 
De forma geral, o homicídio é o ato de destruição da vida de um homem por outro homem. De forma 
objetiva, é o ato cometido ou omitido que resulta na eliminação da vida do ser humano. 
Homicídio simples – Artigo 121 do CP – É a conduta típica limitada a “matar alguém”. Esta espécie de 
homicídio não possui características de qualificação, privilégio ou atenuação. É o simples ato da prática 
descrita na interpretação da lei, ou seja, o ato de trazer a morte a uma pessoa. 
Homicídio privilegiado - Artigo 121 - parágrafo primeiro – É a conduta típica do homicídio que recebe o 
benefício do privilégio, sempre que o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social 
ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo após a injusta provocação da vítima, podendo o juiz 
reduzir a pena de um sexto a um terço. 
Homicídio qualificado - Artigo 121 - parágrafo segundo – É a conduta típica do homicídio onde se aumenta 
a pena pela prática do crime, pela sua ocorrência nas seguintes condições: mediante paga ou promessa de 
recompensa, ou por outro motivo torpe; por motivo fútil, com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, 
tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou do qual possa resultar perigo comum; por traição, emboscada, 
ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido; e para 
assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou a vantagem de outro crime. 
Homicídio Culposo - Artigo 121- parágrafo terceiro – É a conduta típica do homicídio que se dá pela 
imprudência, negligência ou imperícia do agente, que produz um resultado não pretendido, mas previsível, 
estando claro que o resultado poderia ter sido evitado. 
No homicídio culposo a pena é aumentada de um terço, se o crime resulta de inobservância de regra técnica 
de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima. O mesmo ocorre se 
não procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo o 
homicídio doloso, a pena é aumentada de um terço se o crime é praticado contra pessoa menor de quatorze 
ou maior de sessenta anos. 
Perdão Judicial - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as 
consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que torne desnecessária a sanção 
penal. 
Homicídio é um crime, vem do latim "hominis excidium", e consiste no ato de uma pessoa matar outra. É 
tido como um crime universal, sendo punido em praticamente todas as culturas. 
No Direito Penal Brasileiro, o homicídio, em termos topográficos, está inserido no capítulo relativo aos 
crimes contra a vida do Código Penal, sendo o primeiro delito por ele tipificado. Inegavelmente, o homicídio 
doloso é a mais chocante violação do senso moral médio da humanidade civilizada, segundo ensina Nelson 
Hungria. Conforme lembra o mesmo, mencionando a definição de Carmignani, caracteriza-se pela violenta 
"hominis caedes ab hominis injuste" patrata, ocisão violenta de um homem injustamente praticada por outro 
homem (vale lembrar que alguns homicídios são "justos" do ponto de vista legal, por exemplo, se decorrente 
da defesa pessoal). 
Ademais, a Constituição da República, tanto a portuguesa quanto a Brasileira, insere o Direito a proteção do 
Direito à vida como um dos fundamentos do Estado de Direito. Dessa forma o poder público tem como 
dever primordial proteger este direito. 
Elementos do tipo 
O elemento ativo deste delito é sempre uma pessoa física, trata-se de crime comum. Uma pessoa 
jurídica (fundações e corporações) ou um objeto de direito jamais poderão ser punidos por homicídio. _ Da 
mesma maneira, como o sujeito passivo do crime é também uma pessoa física, considerada como tal o filho 
de humana após o início do trabalho de parto e que, ao mesmo tempo, o sujeito ativo não seja a própria mãe, 
pois, neste caso, tratar-se-ia de infanticídio. Ninguém poderá ser condenado como incurso nas sanções do 
artigo121/CPB quando for o responsável por matar um animal ou tirar qualquer outro tipo de vida. 
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O dolo do tipo consiste duma vontade livre e conscienteao passo que o culposo ocorre quando se tem a 
responsabilidade mas não a intenção de matar. Não comete um homicídio, por exemplo, o agente que mata 
outrem com o fim de subtrair seus pertences (no caso, comete um latrocínio). 
Pode ser levado a efeito tanto com uma ação, como por uma omissão (ex: deixar de alimentar o filho, 
causando-lhe a morte). No primeiro caso, classifica-se como crime comissivo; no último, como omissivo 
impróprio. Também pode ser realizado de forma direta ou indireta e usando meio físico ou psíquico. 
Objeto jurídico 
O bem jurídico protegido é a vida humana extrauterina. Evidentemente o conceito de vida e morte variam de 
acordo com as descobertas da medicina e a posição filosófica dominante. Atualmente, o Brasil considera como 
morto aquele que não mais apresenta atividade cerebral, a chamada morte encefálica não mais pálica, 
prevalecendo a antiga noção que estaria configurado o quadro morte com a parada cardíaca ou respiratória. 
A morte não se presume, particularmente porque o homicídio é um crime material, ou seja, crime que exige o 
exame de corpo de delito. Embora a regra é pela não presunção da morte, casos há em que a prova se torna de 
difícil execução, razão pela qual o próprio código de processo penal, estabelece no artigo 167, "Não sendo 
possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá 
suprir-lhe a falta". Há casos em que o corpo pode não ser localizado, em virtude de ter sido o crime cometido 
com a ocultação do cadáver, para dificultar a investigação. Dessa forma o Juiz deverá avaliar as provas 
carreadas nos autos, e tendo convicção de que houve o homicídio, poderá julgar o homicídio. 
 
 
INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO OU AUXÍLIO A SUICÍDIO 
Artigo 122 do CPB – Ato pelo qual o agente induz ou instiga alguém a se suicidar ou presta-lhe auxílio para 
que o faça. Reclusão de dois a seis anos, se o suicídio se consumar, ou reclusão de um a três anos, se da 
tentativa de suicídio resultar lesão corporal de natureza grave. 
A pena é duplicada se o crime é praticado por motivo egoístico, se a vítima é menor ou se tem diminuída, 
por qualquer causa, a capacidade de resistência. Neste crime não se pune a tentativa. 
O art. 122, “caput” tipifica o crime de induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio. O suicídio é a 
deliberada destruição da própria vida. 
A objetividade jurídica do tipo penal é a proteção do direito à vida, ou seja, o bem jurídico tutelado é a vida 
humana extrauterina. 
O sujeito ativo, ou seja, aquele que pode praticar o delito, nesse caso pode ser qualquer pessoa, exceto o 
suicida. Por esse motivo classifica-se como crime comum. 
O sujeito passivo, ou seja, a vítima pode ser qualquer pessoa também, capaz de ser induzida, instigada ou 
auxiliada a suicidar-se. Aquele que não tem capacidade de autodeterminar-se não será vítima desse crime, 
mas de homicídio. Ex. Um adulto fala para uma criança de 10 anos pular de uma cobertura, se ela pula e 
morre, será homicídio e não o tipo penal previsto no artigo 122, do CPB. 
O elemento subjetivo (a vontade que está dentro da cabeça do agente) nesse crime é a de induzir, instigar ou 
auxiliar no suicídio. Deve ser uma vontade séria, sem nenhum tipo de tom de brincadeira. 
 
Importante: o direito penal não pune o suicídio por questão de política criminal. Assim, em regra não se 
pune a autolesão. 
As condutas previstas são: 
Induzir ao suicídio: é criar na cabeça do suicida a idéia de tirar sua própria vida. A vítima sequer pensava 
nisso. 
Instigar ao suicídio: é reforçar uma idéia de autodestruição que o suicida já tinha em mente. 
Auxiliar ao suicídio: esse auxílio deve ser secundário, se a participação for direta, será homicídio (Ex: chutar 
o banquinho de quem está querendo se enforcar). 
Esse crime se classifica como material, ou seja, aquele que tem resultado naturalístico (com modificação do 
mundo exterior). 
A consumação do crime do art. 122 se dá com o evento morte do suicida ou, se da tentativa de suicídio 
resulta na vítima lesão corporal de natureza grave. Não se admite a tentativa no art. 122 CP. 
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Observe que o instituto da tentativa, previsto na 2ª parte do art. 122, refere-se à conduta da vítima e, não, do 
sujeito ativo. Assim, ao suicídio, como fato jurídico atípico, aplica-se a tentativa; todavia, não se aplica a 
tentativa prevista no art. 14, inciso II, do CPB para as condutas típicas previstas no caput do artigo 122. 
 
Importante: caso a vítima sofra em razão da tentativa de suicídio apenas lesões de natureza leve, não há 
crime para quem induziu, instigou ou auxiliou o suicida. A conduta é atípica. 
A competência para julgar os crimes dolosos contra a vida é do Tribunal do Júri. 
No parágrafo único está prevista uma causa especial de aumento. A pena será duplicada, no inciso I, quando 
o crime for praticado por motivo egoístico, ex: quando o agente instiga o suicida/vítima a praticar o suicídio 
para ficar com sua herança. Já no inciso II, a pena será duplicada quando a vítima é menor de 14 anos ou 
tem por qualquer forma sua capacidade reduzida. 
 
INFANTICÍDIO 
Artigo 123 – Homicídio praticado pela mãe contra o filho, sob condições especiais (em estado puerperal, 
isto é, logo pós o parto). 
A expressão infanticídio, do latim infanticidium sempre teve no decorrer da história, o significado de morte 
de criança, especialmente no recém-nascido. Antigamente referia-se a matança indiscriminada de 
crianças nos primeiros anos de vida, mas para o Direito brasileiro moderno, este crime somente se configura 
se a mulher, quando cometeu o crime, estava sob a influência do estado puerperal, i.e., logo após o parto ou 
mesmo depois de alguns dias. 
No Império Romano e também em algumas tribos bárbaras a prática do infanticídio era aceita para regular a 
oferta de comida à população. Eliminando-se crianças, diminuía-se a população e gerava um pseudo 
controle administrativo por parte dos governantes. 
Na atualidade, a China é um país onde há elevado índice de infanticídio feminino. Neste país é prática 
comum cometer aborto quando o bebê é uma menina, o que gerou um desequilíbrio entre os sexos na 
população do país. 
Infanticídio o no Direito Penal Brasileiro 
Crime de Infanticídio no Código Penal Brasileiro - Artigo 123 
Título Dos crimes contra a pessoa 
Capítulo Dos crimes contra a vida 
Pena Detenção de 2 a 6 anos 
Ação Pública incondicionada 
Competência Júri 
No Brasil, tem pena diminuída em relação ao crime de homicídio, vindo em dispositivo próprio do Código 
Penal (art. 123), desde que seja praticado pela mãe sob influência do estado puerperal (situação em que pode 
estar abalada emocionalmente). Por outro lado, não se encontrando a mãe neste estado anímico, caracteriza-
se o homicídio. 
A legislação penal brasileira, através dos estatutos de 1830, 1890 e 1940, tem conceituado o crime de 
infanticídio de formas diversas. O Código Penal de 1890 definia o crime com a seguinte proposição: 
"Matar recém-nascido, isto é infante, nos sete primeiros dias de seu nascimento, quer 
empregando meios diretos e ativos, quer recusando à vítima os cuidados necessários à 
manutenção da vida e a impedir a sua morte." 
O parágrafo único cominava pena mais branda, pois "se o crime for perpetrado pela mãe, para ocultar a 
desonra própria", o chamado infanticídio honoris causa. O Código Penal de 1940 adotou critério diverso, ao 
estabelecer em seu artigo 123:"Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante ou logo 
após o parto". 
Por este motivo, o sujeito ativo é a mãe; embora seja admitida a hipótese de concurso de agentes, a 
maternidade uma condição elementar do crime. 
O sujeito passivo somente pode ser o próprio filho, recaindo no homicídio se a vítima for outra criança que 
não a própria. 
Este crime admite tentativa. 
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A legislação vigente adotou como atenuante no crime de infanticídio o conceito fisiopsíquico do "estado 
puerperal", como configurado na exposição de motivos do Código Penal: "o infanticídio é considerado um 
delictum exceptum quando praticado pela parturiente sob influência do estado puerperal". 
 
ABORTO 
Artigo 124 – Ato pelo qual a mulher interrompe a gravidez de forma a trazer destruição do produto da 
concepção. No auto aborto ou no aborto com consentimento da gestante, está sempre será o sujeito ativo do 
ato, e o feto, o sujeito passivo. No aborto sem o consentimento da gestante, os sujeitos passivos serão o feto 
e a gestante. 
Aborto provocado por terceiro – É o aborto provocado sem o consentimento da gestante. Pena: reclusão, de 
três a dez anos. 
Aborto provocado com o consentimento da gestante – Reclusão, de um a quatro anos. A pena pode ser 
aumentada para reclusão de três a dez anos, se a gestante for menor de quatorze anos, se for alienada ou 
débil mental, ou ainda se o consentimento for obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência. 
Forma qualificada - As penas são aumentadas de um terço se, em consequência do aborto ou dos meios 
empregados para provocá-lo, a gestante sofrer lesão corporal de natureza grave. São duplicadas se, por 
qualquer dessas causas, lhe sobrevém a morte. 
Aborto necessário - Não se pune o aborto praticado por médico: se não há outro meio de salvar a vida da 
gestante; e se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando 
incapaz, de seu representante legal. 
 
1. (FGV, 2010, delegado-AP) Assinale a alternativa que não qualifica o crime de homicídio: 
a) Emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel. 
b) Para assegurar a ocultação de outro crime. 
c) Motivo fútil. 
d) Abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão. 
e) Mediante dissimulação. 
 
2. (FGV, 2010, delegado-AP) Carlos Cristiano trabalha como salva-vidas no clube municipal de 
Tartarugalzinho. O clube abre diariamente às 8 hs, e a piscina do clube funciona de terça a domingo, 
das 9 às 17 horas, com um intervalo de uma hora para o almoço do salva-vidas, sempre entre 12 e 13 
horas. 
Carlos Cristiano é o único salva-vidas do clube e sabe a responsabilidade de seu trabalho, pois várias 
crianças utilizam a piscina diariamente e muitas dependem da sua atenção para não morrerem 
afogadas. 
Normalmente, Carlos Cristiano trabalha com atenção e dedicação, mas naquele dia 2 de janeiro 
estava particularmente cansado, pois dormira muito tarde após as comemorações do reveillon. Assim, 
ao invés de voltar do almoço na hora, decidiu tirar um cochilo. Acordou às 15 horas, com os gritos dos 
sócios do clube que tentavam reanimar uma criança que entrara na piscina e fora parar na parte 
funda. Infelizmente, não foi possível reanimar a criança. Embora houvesse outras pessoas na piscina, 
ninguém percebera que a criança estava se afogando. 
Assinale a alternativa que indique o crime praticado por Carlos Cristiano. 
a) Homicídio culposo. 
b) Nenhum crime. 
c) Omissão de socorro. 
d) Homicídio doloso, na modalidade de ação comissiva por omissão. 
e) Homicídio doloso, na modalidade de ação omissiva. 
 
3. (MP-PB, 2010, promotor-PB) Joana e Jasão, namorados, inconformados com o fato de suas famílias 
não admitirem o seu romance, resolvem fazer um pacto de morte, optando por fazê-lo por asfixia de 
gás carbônico. Combinam, então, que Jasão deve abrir o bico de gás, enquanto Joana se 
responsabiliza pela vedação total do compartimento por eles utilizado. A partir de tal caso específico, 
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analise as assertivas abaixo, assinalando, em seguida, a alternativa que sobre elas contém o devido 
julgamento: 
I – Se apenas Joana sobreviver, deverá responder pelo crime de homicídio qualificado consumado. 
II – Se ambos sobreviverem, deverão responder por tentativa de homicídio. 
III – Se apenas Jasão tivesse vedado o compartimento e aberto o bico de gás, responderia, na hipótese de 
sobrevivência de ambos, por tentativa de homicídio, e Joana, nesse caso, responderia unicamente por 
instigação a suicídio, desde que ocorresse lesão corporal grave ao namorado. 
 
a) Todas as assertivas estão corretas. 
b) Apenas as assertivas I e II estão corretas. 
c) Apenas as assertivas I e III estão corretas. 
d) Apenas as assertivas II e III estão corretas. 
e) Não há assertiva correta. 
 
4. (INSTITUTO CIDADES, 2010, defensor-GO) O homicídio é qualificado pela conexão quando é 
cometido 
a) Mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe. 
b) Por motivo fútil. 
c) Com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que 
possa resultar perigo comum. 
d) À traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a 
defesa do ofendido. 
e) Para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime. 
 
5. (FCC, 2010, assessor jurídico do TJ-PI) Ocorre desistência voluntária quando o agente suspende a 
execução do delito de homicídio 
a) Temporariamente para prosseguir mais tarde. 
b) Atemorizado com os gritos da vítima. 
c) Atendendo a súplica da vítima. 
d) Por ter a vítima fugido do local. 
e) Por ter escutado o barulho de sirene. 
 
6. (FCC, 2010, assessor jurídico do TJ-PI) A respeito do instituto da legítima defesa, considere: 
I – Não age em legítima defesa aquele que aceita o desafio para um duelo e mata o desafiante que atirou 
primeiro e errou o alvo. 
II – Admite-se a legítima defesa contra agressão pretérita, quando se tratar de ofensa a direito alheio. 
III – A injustiça da agressão deve ser considerada quanto à punibilidade do agressor, não podendo, por isso, 
ser invocada quando houver repulsa a agressão de doente mental. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I. 
b) III. 
c) I e II. 
d) I e III. 
e) II e III. 
 
7. (FCC, 2010, assessor jurídico do TJ-PI) Antonio e sua mulher Antonia resolveram, sob juramento, 
morrer na mesma ocasião. Antonio, com o propósito de livrar-se da esposa, finge que morreu. 
Antonia, fiel ao juramento assumido, suicida-se. Nesse caso, Antonio responderá por 
a) Auxílio ao suicídio culposo. 
b) Homicídio doloso. 
c) Homicídio culposo. 
d) Induzimento ao suicídio. 
e) Tentativa de homicídio. 
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8. (MP-BA, 2010, promotor-BA) Um dos temas mais delicados da dogmática criminal é o erro. 
Vejamos, a propósito, o seguinte exemplo da nossa jurisprudência: “Inspetor de quarteirão que, 
supondo injusta agressão de multidão que fugindo da polícia corria em sua direção, saca revólver e 
atira para o alto projétil que vem acertar menor que se encontrava postado na sacada de 
apartamento, provocando a sua morte”. A hipótese ventilada merece ser equacionada no âmbito da 
figura: 
I – Do erro de tipo invencível. 
II – Do erro de tipo vencível. 
III – Das descriminantes putativas fáticas. 
IV – Do erro de proibição indireto. 
V – Do erro de proibição evitável. 
 
a) Apenas a alternativa I é verdadeira. 
b) Apenas a alternativa II é verdadeira. 
c) Apenas a alternativa III é verdadeira. 
d) Apenas a alternativa V é verdadeira. 
e) Apenas as alternativas II e III são verdadeiras. 
 
 
9. (UNB-CESPE, 2010, promotor-SE) Assinale a opção correta acerca do homicídio privilegiado. 
a) A natureza jurídica do instituto é de circunstância atenuante especial. 
b) Estando o agente em uma das situações que ensejem o reconhecimento do homicídio privilegiado, o juiz é 
obrigado a reduzir a pena, mas a lei não determina o patamar de redução. 
c) O relevante valor social não enseja o reconhecimento do homicídio privilegiado. 
d) A presença de qualificadoras impede o reconhecimento do homicídio privilegiado. 
e) A violenta emoção, para ensejar o privilégio, deve ser dominante da conduta do agente e ocorrer logo 
após injusta provocação da vítima. 
 
10. (UNB-CESPE, 2010, promotor-SE) Getúlio, a fim de auferir o seguro de vida do qual era 
beneficiário, induziu Maria a cometer suicídio, e, ainda, emprestou-lhe um revólver para que 
consumasse o crime. Maria efetuou um disparo, com a arma de fogo emprestada, na região 
abdominal, mas não faleceu, tendo sofrido lesão corporal de natureza grave. 
Em relação a essa situação hipotética, assinale a opção correta. 
a) Como o suicídio não se consumou, a conduta praticada por Getúlio é considerada atípica. 
b) Apesar de a conduta praticada por Getúlio ser típica, pois configura induzimento, instigação ou auxílio ao 
suicídio, ele é isento de pena, porque Maria não faleceu. 
c) Getúlio deve responder por crime de induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio, por uma única vez, 
com pena duplicada pela prática do crime por motivo egoístico. 
d) Getúlio deve responder por crime de lesão corporal grave. 
e) Por ter induzido e auxiliado Maria a praticar suicídio, Getúlio deve responder por crime de induzimento, 
instigação ou auxílio ao suicídio, por duas vezes em continuidade delitiva, com pena duplicada pela prática 
do crime por motivo egoístico. 
 
GABARITO 
1 D 
2 B 
3 A 
4 E 
5 C 
6 A 
7 D 
8 C 
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A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais. 
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Assessoria Jurídica: Tiago Koutchin - OAB/MS 14.707 - contato: (67) 9959-0304 
9 E 
10 C 
 
http://professorgecivaldo.blogspot.com.br/2011/02/questoes-de-concursos-crimes-contra.html 
 
 
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