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30/11/2016 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/13
Art. 180, CP
“Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa­fé, a adquira, receba ou
oculte: (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
Pena ­ reclusão, de um a quatro anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
Receptação qualificada (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
§ 1º ­ Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou
alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, coisa que deve saber ser produto de crime:(Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
Pena ­ reclusão, de três a oito anos, e multa.(Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
§ 2º ­ Equipara­se à atividade comercial, para efeito do parágrafo anterior, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercício em residência. (Redação dada
pela Lei nº 9.426, de 1996)
§ 3º ­ Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela desproporção entre o valor e o preço, ou pela condição de quem a oferece, deve presumir­se obtida por meio
criminoso: (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
Pena ­ detenção, de um mês a um ano, ou multa, ou ambas as penas. (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
§ 4º ­ A receptação é punível, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor do crime de que proveio a coisa. (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
§ 5º ­ Na hipótese do § 3º, se o criminoso é primário, pode o juiz, tendo em consideração as circunstâncias, deixar de aplicar a pena. Na receptação dolosa aplica­se o disposto no
§ 2º do art. 155. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)
§ 6º ­ Tratando­se de bens e instalações do patrimônio da União, Estado, Município, empresa concessionária de serviços públicos ou sociedade de economia mista, a pena prevista
no caput deste artigo aplica­se em dobro”. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)
 
 
 
                        Nomen Iuris: receptação
 
                        A receptação é um crime acessório, pois a sua existência pressupõe a ocorrência de um crime anterior.
                        Como a lei se refere a crime anterior, aquele que adquire produto de contravenção não pratica receptação.
 
                        Objetividade jurídica: inviolabilidade patrimonial
 
                        Sujeito ativo: qualquer pessoa
 
                        Sujeito passivo: é a pessoa que figura como vítima do crime anterior.
30/11/2016 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/13
 
Artigo 180, caput (receptação dolosa simples)
 
                        Tipo objetivo:                          
­          núcleos: adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar ou influir.
                        A modalidade ocultar é similar ao crime do artigo 349 (favorecimento real). A diferença recai no fato de que, no art. 180, o receptador visa o seu próprio proveito
ou o proveito de terceiro, que não o autor do crime antecedente. Já no artigo 349, o agente visa beneficiar o autor do crime antecedente.
                        A modalidade transportar significa levar de um lugar a outro.
                        Já conduzir significa estar na direção de um veículo.
                        Adquirir é o ato de obter a propriedade da coisa de forma onerosa ou gratuita. A aquisição pode ser por título causa mortis, mas desde que o herdeiro saiba da sua
origem ilícita (ou seja, que o de cujus veio obter a coisa de modo criminoso).
                        As modalidades ocultar, transportar e conduzir constituem crimes próprios. Nos verbos adquirir e receber, o crime é instantâneo, consumando­se no exato
momento em que o agente realizar o elemento descritivo.
­          coisa que sabe ser produto de crime: é o objeto material
?         crime é elemento normativo do tipo, não se admitindo assim contravenções. A infração anterior deve ser crime, que não precisa ser patrimonial. O
instrumento utilizado na prática do crime não pode ser objeto de receptação (obs/ a arma poderá também ser produto quando ela pertencia à vítima e foi
usada para exercer grave ameaça).
?         produto: pode ser direto ou indireto – ex/ objeto oriundo de dinheiro furtado.
 
                        ­ quanto ao bem:
                        Fragoso e Mirabete entendem que no caso de imóvel produto de crime (ex/ estelionato), a prática de receptação é possível, pois o artigo 180 não teria empregado
a expressão coisa móvel.
                        Porém, o entendimento majoritário na doutrina e jurisp. é no sentido de que a expressão coisa móvel não consta no tipo porque o legislador entendeu que seria
desnecessária, por ser da própria natureza da receptação a necessidade de deslocamento.
 
                        É possível receptação de receptação (receptação em cadeia), mas para tanto todos os envolvidos devem saber, ou ter condições de saber, da origem ilícita do bem.
 
                        Modalidades:
                        1­ própria: apresenta 5 verbos (adquirir, receber, ocultar conduzir e transportar). Conforme já apontado, os dois primeiros verbos constituem crimes instantâneos.
Já os 3 últimos, crimes permanentes.
                        Só haverá esta receptação quando o agente souber da origem ilícita do bem. Só admite o dolo direto (não admite do dolo eventual) – obs/ se a pessoa está na
dúvida, mas mesmo assim comprou, responderá por culpa (quando há a expressão: sabe, conhece etc, só se admite o dolo direto.
                        Portanto, na receptação própria o agente adquire, recebe etc coisa que sabe ser produto de crime.
 
30/11/2016 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/13
                        Momento consumativo:
                        Conforme já exposto, nas condutas transportar, conduzir e ocultar o crime será permanente.
                        Nas condutas adquirir e receber, o crime é instantâneo
                        Admites em todas as hipóteses a tentativa. Constituem, todas, crime material.
 
                        2­ imprópria: apresenta o verbo influir, que é o instigar o tentar convencer alguém (terceiro), de boa­fé (elemento normativo), a adquirir, receber ou ocultar objeto
produto de crime.
                        O terceiro de boa­fé á aquele não sabe da origem ilícita do bem e por isto não poderá ser punido por receptação dolosa.
                        O intermediário (que é aquele que influencia), por sua vez,  tem que saber da origem ilícita. O intermediário age entre o autor do crime e o terceiro d e boa­fé,
influenciando­o, Se o terceiro está de má­fé, o intermediário é partícipe na receptação própria cometida por este 3º.
                        Não admite, também, o dolo eventual em relação ao intermediário
 
                        Consumação: a consumação delitiva ocorre no momento em o intermediário mantém contato com o 3º de boa­fé, visando convencê­lo a adquirir, receber ou
ocultar objeto, mesmo que isto efetivamente não venha a ocorrer, tendo em vista que constitui crime formal – ex/ se o intermediário oferece e o 3º não aceita, o crime está
consumado.
                        Tentativa: não é admitida, pois ou o indivíduo aceita e o crime está consumado ou não aceita e não haverá crime (em tese é  possível na forma escrita).
 
                        Tipo subjetivo: dolo
                        Tendo em vista que o legisladorempregou a expressão “que sabe”, será admitido, somente, o dolo direto, não se admitindo o dolo eventual.
                        Consta, ainda, a necessidade de caracterização do elemento subjetivo do injusto, preconizado pela finalidade de se obter proveito ilícito para o próprio agente ou
para outrem.
 
                        Artigo 180, § 1º (receptação dolosa qualificada)
 
                        Dá­se quando o fato ocorre não exercício de atividade comercial ou industrial e o agente deve saber da origem ilícita.
 
                        A atividade comercial constitui elemento normativo do tipo, cujo conceito é traçado pelo direito mercantil. De qualquer forma, a atividade mercantil deve ser
praticada com habitualidade, caso contrário restará caracterizado o tipo previsto no caput.
 
                        Sujeito ativo: crime próprio, pois só pode ser cometido por quem está no exercício do comércio ou de atividade comercial.
 
                        O tipo emprega vários núcleos, constituindo crime de ação múltipla. Emprega, ainda, interpretação analógica.
 
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                        O tipo é crime material, consumando­se com a prática de qualquer das condutas de forma que implique na obtenção da res. É admissível a tentativa.
 
                        Elemento subjetivo: dolo eventual
                        O legislador emprega a expressão “deve saber”, o que nos leva a concluir que o dolo é eventual. Assim, devemos indagar: e se o comerciante age com dolo direto ?
Há entendimentos em ambos os sentidos. A corrente majoritária entende que abarcaria também o dolo direto.
 
                        Art. 180, § 2º
 
                        Trata­se de norma penal explicativa.
                        Equipara­se à figura de comerciante aquele que exerce as suas funções na clandestinidade ou irregularidade, inda que exercido em residência – ex/ camelô,
comerciante irregular etc.
 
                        Art. 180, § 3º (receptação culposa)
 
 
                        Núcleos: adquirir ou receber.
                        O verbo ocultar não está previsto pelo fato de que quem esconde sabe da origem ilícita.
 
                        Só haverá a conduta culposa, se o juiz concluir que no caso concreto o agente, em comparação com o homem médio, deveria ter presumido a procedência ilícita
em razão de um dos seguintes parâmetros: (tais parâmetros estabelecem uma exceção nos crimes culposos, no sentido que constituiria tipo fechado. Normalmente os tipos
culposos constituem tipos abertos).
­          desproporção entre o valor de mercado e o preço pago
A conduta culposa somente aparece quando a desproporção de preço é considerável ao ponto de se concluir que o homem médio desconfiaria da conduta. Exige­se a
avaliação pericial para se comprovar o preço de mercado.
­          a própria natureza do objeto que pressupunha cuidados especiais na aquisição, recebimento etc.
Ex/ comprar arma desacompanhada de registro
­          a condição do ofertante
ex/ pessoa que não tenha condição de ter um bem daquele valor.
 
                        Consumação: quando o agente adquire ou recebe.
 
                        Tentativa: não é admitida
30/11/2016 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 5/13
 
                        Art. 180, § 4º
 
                        Natureza jurídica: norma penal não incriminadora explicativa
 
                        A receptação é punível ainda que desconhecido o autor do crime do qual proveio a coisa.
 
                        Caso o delegado consiga identificar o autor do crime e o receptador, os crimes serão conexos e o juiz irá julgar primeiro o furto e depois a receptação. Caso o
ladrão seja absolvido (crime principal), o juiz só poderá condenar o receptador se não houver incompatibilidade entre o decreto absolutório, quanto aos seus motivos, e a
receptação.
                        Haverá incompatibilidade nos seguintes casos:
­          art. 386, I, II, III, IV e V
 
                        A isenção de pena em relação ao agente do crime anterior não descaracteriza a receptação nos seguintes casos:
­          excludentes da culpabilidade
­          escusas absolutórias
 
                        Art. 180, § 5º
 
                        1ª parte:
 
                        Natureza jurídica: perdão judicial
 
                        Requisitos:
1­      que o agente seja primário;
2­      que as circunstâncias indiquem que o fato é de pouca gravidade – ex/ receptação de objeto de pequeno valor. (obs/ este requisito é aberto, pois deixa ao juiz
avaliar no caso concreto).
 
                        2ª parte:
 
                        Dispõe que será aplicada à receptação dolosa as regras do furto privilegiado.
30/11/2016 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 6/13
                        Conseqüentemente, não se aplica à receptação culposa.
 
                        Art. 180, § 6º
 
                        É o antigo § 4º, que previa a qualificadora da receptação.
                        As hipóteses legais foram mantidas, mas a lei 9426/96 alterou a sua natureza jurídica, passando agora a constituir causa de aumento de pena, uma vez que a
atual forma qualificada encontra­se no § 1º.
 
                        A pena será aplicada em dobro se o objeto pertencia a União, Estados, Municípios, concessionários de serviços públicos ou sociedade de economia mista.
 
                        Esta causa de aumento de pena só se aplica à receptação dolosa do caput, pois o agente deve saber da origem criminosa e que os bens pertenciam a estas pessoas
públicas
 
                        Pena:
                        ­ receptação simples (caput): reclusão, de 01 a 04 anos, e multa;
                        ­ receptação qualificada (§1°): reclusão, de 03 a 08 anos, e multa;
                        ­ receptação culposa (§3°): reclusão, de 01 mês a 01 ano, ou multa, ou ambas as penas.
 
                        Ação penal: em todas as modalidades pública incondicionada
 
 
 
Artigo 181, CP
“É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título, em prejuízo: (Vide Lei nº 10.741, de 2003)
I ­ do cônjuge, na constância da sociedade conjugal;
II ­ de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural”.
 
 
 
                        Imunidades Absolutas:
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http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 7/13
                        Por uma questão de política criminal, o CP veio a prever hipóteses em que haverá imunidades absolutas para os crimes contra o patrimônio, o que significa que
sequer poderá ser instaurado inquérito policial, salvo se houver participação de terceira pessoa. Isso se deve ao fato que tais imunidades são concedidas nas hipóteses em que o
crime for praticado no seio familiar, não havendo, portanto, alarde social.
 
                       Escusas absolutórias:
                       
                        Natureza jurídica: causas extintivas da punibilidade, o que significa que subsiste o crime e a culpabilidade, não havendo somente, punibilidade.
 
                        Estará isento de pena aqueles que vieram a cometer crime contra o patrimônio, sem violência ou grave ameaça, em prejuízo:
1)      do cônjuge, na constânciada sociedade conjugal;
Entende­se por casamento civil legítimo em vigor.
Discute­se a situação do companheiro – união estável, sendo a posição predominante que sim.
 
2)      de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural;
Diz respeito ao crime contra o patrimônio praticado contra ascendente (pais, avós, bisavós e tetraavós) ou descendente (filhos, netos, bisnetos e tetranetos), seja o
parentesco civil (adoção) ou natural.
 
Não será beneficiado com a imunidade o terceiro estranho à relação familiar, seja na qualidade de co­autor ou partícipe – artigo 183, CP.
 
 
Artigo 182, CP
“Somente se procede mediante representação, se o crime previsto neste título é cometido em prejuízo: (Vide Lei nº 10.741, de 2003)
I ­ do cônjuge desquitado ou judicialmente separado;
II ­ de irmão, legítimo ou ilegítimo;
III ­ de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita”.
 
 
 
                        Imunidades Relativas
 
                        Nessa hipótese, em razão da relação do agente com a vítima, fica ao alvedrio desta a representação, o que significa que há crime, culpabilidade e punibilidade, mas
a ação penal pública está condicionada à representação, constituindo­se, assim, esta hipótese, condição de procedibilidade.
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                        Hipóteses em que o crime é praticado em prejuízo:
1)      do cônjuge desquitado ou judicialmente separado:
Havendo divórcio, não há a mencionada imunidade
 
2)      de irmão, legítimo ou ilegítimo;
Basta que seja irmão, não importando a espécie.
 
3)      de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita;
Não basta ser tio ou sobrinho, devendo a vítima coabitar com o mesmo, ou seja, devem viver sob o mesmo teto.
 
                        Este artigo só subsiste se o crime praticado for de ação penal pública incondicionada. Ser for de natureza privada ou pública condicionada, continuará a sê­lo.
 
 
Artigo 183, CP
“Não se aplica o disposto nos dois artigos anteriores:
I ­ se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando haja emprego de grave ameaça ou violência à pessoa;
II ­ ao estranho que participa do crime.
III ­ se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos”. (Incluído pela Lei nº 10.741, de 2003)
 
 
                        O texto é objetivo, no sentido de apontar hipóteses em que não se aplicam os artigos 181 e 182, conforme se lê:
 
                        “Não se aplica o disposto nos dois artigos anteriores:
                        I – se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, sem geral, quando haja emprego de grave ameaça ou violência à pessoa;
                        II – ao estranho que participa do crime;
                        III – se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos”.
 
 
 
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DOS CRIMES CONTRA A PROPRIEDADE IMATERIAL
 
 
 
“Tutela­se expressamente com o dispositivo o direito autoral, que pode ser conceituado como os direitos que o criador detém sobre sua obra, fruto de sua criação, e o que lhe são
conexos” (Mirabete, p. 362/363). Interesse econômico e moral do autor da obra. Elemento do tipo: violar (ofender ou transgredir) direitos de autor e os que lhe são conexos
(editora ou gravadora de divulgar e vender, etc.), tratando­se de uma norma penal em branco, pois necessita de vinculação com as leis que protegem o direito de autor (Lei nº
9.610/98). Abrange a obra literária, científica e artística. Os direitos do autor são reputados bens móveis (art. 3º Lei nº 9610/98). A violação do direito autoral pode ocorrer através
de contrafação (publicação ou reprodução abusiva); publicação sem autorização ou excedente ao contratado; tradução não consentida; modificação; plágio. O sujeito ativo pode ser
qualquer pessoa. Já o sujeito passivo será o autor da obra, seus herdeiros ou sucessores e os detentores dos direitos conexos, não havendo nada que impeça que por cessão a
pessoa jurídica possa vir a ser o titular do direito de autor (pessoa física). O elemento subjetivo é o dolo genérico para a figura do caput e dolo com especial finalidade de agir para
os crimes qualificados, consistente na intenção de obter lucro, direito ou indireto. O crime se consuma com com a violação (cópia, divulgação, compra, distribuição, etc.) de direito
autoral ou conexo. A pena é de detenção de 3 meses a 1 ano ou multa.
O tipo apresenta três formas qualificadas qualificadas (reclusão de 2 a 4 anos e multa)
a) se a violação consistir em reprodução total ou parcial, com intuito de lucro direto ou indireto, por qualquer meio ou processo, de obra intelectual, interpretação,
execução ou fonograma, sem autorização expressa do autor, do artista intérprete ou executante, do produtor, conforme o caso, ou de quem os represente;
b) com o intuito de lucro direto ou indireto, distribui, vende, expõe à venda, aluga, introduz no País, adquire, oculta, tem em depósito, original ou cópia de obra
intelectual ou fonograma reproduzido com violação do direito de autor, do direito de artista intérprete ou executante ou do direito do produtor de fonograma, ou,
ainda, aluga original ou cópia de obra intelectual ou fonograma, sem a expressa autorização dos titulares dos direitos ou de quem os represente;
c) se a violação consistir no oferecimento ao público, mediante cabo, fibra ótica, satélite, ondas ou qualquer outro sistema que permita ao usuário realizar a
seleção da obra ou produção para recebê­la em um tempo e lugar previamente determinados por quem formula a demanda, com intuito de lucro, direto ou indireto, sem
autorização expressa, conforme o caso, do autor, do artista intérprete ou executante, do produtor de fonograma, ou de quem os represente.
A ação penal observará o disposto no artigo 186 do Código Penal, razão pela qual será privada no caput, pública incondicionada nos §§ 1º e 2º e contra entidades de direito público
e pública condicionada no § 3º.
Finalmente, conforme dispõe o § 4º, não se aplicam os §§ 1º, 2º e 3º quando se tratar de exceção ou limitação de direito autoral, nos termos do art. 46 da Lei 9610/98, bem como
autorizou o legislador a cópia de obra intelectual ou fonograma, quando feita em um só exemplar, para uso privado do copista, desde que não haja intuito de lucro.
 
 
 
 
 
DOS CRIMES CONTRA A ORGANIZAÇÃO DE TRABALHO
 
 
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O artigo 197 do CP prevê o crime de Atentado contra a liberdade de trabalho. Os crimes previstos neste título protegem o bem jurídico liberdade de trabalho. Este delito tem
por comportamento incriminado a conduta de constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça: I ­ a exercer ou não exercer arte, ofício, profissão ou indústria, ou a
trabalhar ou não trabalhar durante certo período ou em determinados dias (pena ­ detenção, de um mês a um ano, e multa, além da pena correspondente à violência) ou II ­ a
abrir ou fechar o seu estabelecimento de trabalho, ou a participar de parede ou paralisação de atividade econômica (pena ­ detenção, de três meses a um ano, e multa, além da
pena correspondente à violência). Já o artigo 198 do CP tipifica a conduta de Atentado contra a liberdade de contrato de trabalho e boicotagem violenta, punindo­a com
pena de detenção de 1 mês a 1 ano e multa, além da pena correspondente à violência. Configura o crime a conduta de constranger alguém, mediante violência ougrave ameaça, a
celebrar contrato de trabalho, ou a não fornecer a outrem ou não adquirir de outrem matéria­prima ou produto industrial ou agrícola. No artigo 199 do CP encontra­se previsto o
crime de Atentado contra a liberdade de associação, em que há a tipificação do comportamento de constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a participar ou
deixar de participar de determinado sindicato ou associação profissional, o qual é punido com pena de detenção, de 1 mês a 1 ano, e multa, além da pena correspondente à
violência.
A Paralisação de trabalho, seguida de violência ou perturbação da ordem está prevista no artigo 200 do CP da seguinte forma: “participar de suspensão ou abandono
coletivo de trabalho, praticando violência contra pessoa ou contra coisa”, com pena de detenção, de 1 mês a um ano, e multa, além da pena correspondente à violência. Por sua
vez, o legislador também incriminou Paralisação de trabalho de interesse coletivo (art. 201 do CP), na qual seria crime a conduta de “participar de suspensão ou abandono
coletivo de trabalho, provocando a interrupção de obra pública ou serviço de interesse coletivo” (pena de detenção, de 6 meses a 2 anos, e multa). No entanto, a questão a ser
discutida aqui é o direito de greve previsto constitucionalmente, assim, para o fato se tornar atípico, deve­se respeitar o mínimo previsto para o serviço essencial. A Invasão de
estabelecimento industrial, comercial ou agrícola. Sabotagem está prevista no artigo 202 do CP, cujo comportamento delitivo é: “invadir ou ocupar estabelecimento
industrial, comercial ou agrícola, com o intuito de impedir ou embaraçar o curso normal do trabalho, ou com o mesmo fim danificar o estabelecimento ou as coisas nele existentes
ou delas dispor”, impondo­se pena de reclusão, de 1 a 3 anos, e multa.
A Frustração de direito assegurado por lei trabalhista, a (art. 203 do CP) é o delito de frustrar, mediante fraude ou violência, direito assegurado pela legislação do trabalho,
cuja sanção penal é de detenção de 1 a 2 anos, e multa, além da pena correspondente à violência. A frustração de lei sobre a nacionalização do trabalho está prevista no
artigo 204 do CP (“frustrar, mediante fraude ou violência, obrigação legal relativa à nacionalização do trabalho”), com pena de detenção, de 1 mês a 1 ano, e multa, além da pena
correspondente à violência. Importante comportamento delitivo é o Exercício de atividade com infração de decisão administrativa, previsto no artigo 205 do CP, em que o
sujeito ativo exerce atividade, de que está impedido por decisão administrativa, razão pela qual será punido com detenção, de 3 meses a 2 anos, ou multa. O Aliciamento para o
fim de emigração, tipificado no artigo 206 do CP, é o crime de recrutar trabalhadores, mediante fraude, com o fim de levá­los para território estrangeiro, cuja pena é de detenção,
de 1 a 3 anos e multa. Semelhante disposição é a do art. 207 do CP, no entanto é dirigida para o território brasileiro, sendo crime o Aliciamento de trabalhadores de um local
para outro do território nacional (“aliciar trabalhadores, com o fim de levá­los de uma para outra localidade do território nacional”), com a mesma sanção penal.
Exercício 1:
Como se dará a responsabilização penal daquele que, agindo com dolo eventual, recebe produto de crime, não estando no exercício de atividade comercial ?
A ­ artigo 180, ‘caput’ do CP; 
B ­ artigo 180, § 1º do CP; 
C ­ artigo 180, §§ 1º e 2º do CP; 
D ­ artigo 180, § 3º do CP; 
E ­ artigo 180, caput do CP. 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
A ­ Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa­fé, a adquira, receba
ou oculte: (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
B ­ Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa­fé, a adquira, receba
ou oculte: (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
C ­ Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa­fé, a adquira, receba
ou oculte: (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
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D ­ Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa­fé, a adquira, receba
ou oculte: (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
Exercício 2:
Caso José, sobrinho de Adamastor, que coabita com seu pai, João, venha a subtrair o relógio­despertador do seu tio, a ação penal será:
 
A ­ pública incondicionada; 
B ­ pública condicionada à representação; 
C ­ publica condicionada à requisição; 
D ­ privada propriamente dita; 
E ­ privada personalíssima. 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
A ­ ação penal será 
Exercício 3:
Aponte a alternativa que apresenta somente modalidades de crimes permanentes da receptação própria
A ­   adquirir, receber e ocultar;  
B ­ adquirir, receber e influir 
C ­ adquirir, conduzir e transportar 
D ­ ocultar, conduzir e transportar 
E ­ receber, conduzir e transportar 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
A ­ Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou
alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, coisa que deve saber ser produto de crime:(Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996) 
B ­ Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou
alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, coisa que deve saber ser produto de crime:(Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996) 
C ­ Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou
alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, coisa que deve saber ser produto de crime:(Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996) 
D ­ Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou
alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, coisa que deve saber ser produto de crime:(Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996) 
Exercício 4:
Aponte a alternativa correta
A ­ a imunidade relativa será aplicada, inclusive, quando o delito ocorrer após o divórcio; 
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B ­ as imunidades absolutas têm como conseqüência transformar a ação penal pública incondicionada em condicionada à representação; 
C ­ não há que se falar em imunidade absoluta quando o delito ocorre antes da celebração do matrimônio; 
D ­ somente as imunidades absolutas são afastadas quando o crime é cometido mediante violência ou grave ameaça; 
E ­ o amigo que auxilia o filho a subtrair um televisor também será beneficiado pela imunidade prevista no artigo 181, II, CP. 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
A ­ Por uma questão de política criminal, o CP veio a prever hipóteses em que haverá imunidades absolutas para os crimes contra o patrimônio, o que significa que sequer poderá
ser instaurado inquérito policial, salvo se houver participação de terceira pessoa. Isso se deve ao fato que tais imunidades são concedidas nas hipóteses em que o crime for
praticadono seio familiar, não havendo, portanto, alarde social. 
B ­ Por uma questão de política criminal, o CP veio a prever hipóteses em que haverá imunidades absolutas para os crimes contra o patrimônio, o que significa que sequer poderá
ser instaurado inquérito policial, salvo se houver participação de terceira pessoa. Isso se deve ao fato que tais imunidades são concedidas nas hipóteses em que o crime for
praticado no seio familiar, não havendo, portanto, alarde social. 
C ­ Por uma questão de política criminal, o CP veio a prever hipóteses em que haverá imunidades absolutas para os crimes contra o patrimônio, o que significa que sequer poderá
ser instaurado inquérito policial, salvo se houver participação de terceira pessoa. Isso se deve ao fato que tais imunidades são concedidas nas hipóteses em que o crime for
praticado no seio familiar, não havendo, portanto, alarde social. 
Exercício 5:
O agente que recebe de terceiro, desconhecido, motor de procedência indeterminada, com o número adulterado, ciente dessa circunstância, e o instala em seu veículo, responde:
A ­ por receptação dolosa 
B ­ por receptação dolosa em concurso material com o crime de adulteração de sinal identificador de veículo automotor 
C ­ pelos delitos referidos na alínea anterior, em concurso formal 
D ­ somente pelo crime de adulteração de sinal identificador de veículo automotor por ser apenado mais gravemente que a receptação 
E ­ nenhuma das anteriores 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
D ­ verbo ocultar não está previsto pelo fato de que quem esconde sabe da origem ilícita. 
E ­ verbo ocultar não está previsto pelo fato de que quem esconde sabe da origem ilícita. 
C ­ verbo ocultar não está previsto pelo fato de que quem esconde sabe da origem ilícita. 
B ­ verbo ocultar não está previsto pelo fato de que quem esconde sabe da origem ilícita. 
A ­ verbo ocultar não está previsto pelo fato de que quem esconde sabe da origem ilícita. 
Exercício 6:
Assinale a alternativa correta: 
A ­ o ato de ter em depósito, no interior da própria residência, no exercício de atividade comercial, coisa que deve saber ser produto de crime de estelionato constitui crime de
receptação na modalidade dolosa do art. 180, “caput”, do Código Penal 
B ­ o crime de receptação, nas modalidades dolosa ou culposa, pressupõe, por expressa disposição legal, a anterior prática de crime contra o patrimônio 
C ­ no crime de receptação, a modalidade privilegiada (art. 180, § 5º, c.c. art. 155, § 2º, do CP) só pode ser reconhecida quando se tratar da figura culposa do delito 
D ­ o crime de receptação imprópria implica necessariamente que o terceiro que adquire ou recebe a coisa esteja de boa­fé 
E ­ o perdão judicial aplica­se à receptação culposa, mesmo na hipótese de o réu ser reincidente 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
30/11/2016 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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Comentários:
A ­ verbo ocultar não está previsto pelo fato de que quem esconde sabe da origem ilícita. 
B ­ verbo ocultar não está previsto pelo fato de que quem esconde sabe da origem ilícita. 
C ­ verbo ocultar não está previsto pelo fato de que quem esconde sabe da origem ilícita. 
D ­ verbo ocultar não está previsto pelo fato de que quem esconde sabe da origem ilícita.

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