Buscar

Esquadrias2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA 
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOTAS DE AULAS DA DISCIPLINA 
CONSTRUÇÃO CIVIL 
ASSUNTO: ESQUADRIAS 
(última revisão em abril de 2002) 
 
 
 
 
 
 
 
PROF. CARLAN SEILER ZULIAN 
ELTON CUNHA DONÁ 
CARLOS LUCIANO VARGAS 
 
 
 
 
abril de 2002 
 2/30
ESQUADRIAS 
1 – INTRODUÇÃO 
2 – CONDIÇÕES GERAIS 
3 – PORTAS DE MADEIRA 
4 - JANELAS DE MADEIRA 
5 - PORTAS METÁLICAS DE FERRO E AÇO 
6 - JANELAS DE FERRO E AÇO 
7 - ESQUADRIAS DE ALUMÍNIO 
8 – FERRAGENS 
9 – VIDROS 
GLOSSÁRIO 
NORMAS TÉCNICAS 
BIBLIOGRAFIA 
 
1 – INTRODUÇÃO 
As esquadrias e caixilhos, compostas com vidros ou outros materiais transparentes 
ou translúcidos, são considerados elementos de fechamento de vãos em edificações 
e fazem parte dos acabamentos, ou seja, são executados nas etapas finais de uma 
obra. Sendo assim é comum, nessa fase da obra, a percepção de defeitos das 
etapas anteriores pela falta de prumo, nivelamento e alinhamento, fatores estes que 
a colocação das esquadrias apontarão, exigindo muitas vezes a execução 
emergencial de retrabalhos na obra antes da instalação de portas e janelas. Da 
mesma forma, a qualidade dos serviços e dos materiais empregados serão 
imediatamente colocadas à prova na ocupação da edificação, pois o mau 
funcionamento na abertura ou fechamento desses elementos é facilmente detectável 
pelos usuários, assim como na seqüência, com o uso freqüente, na sua durabilidade 
e desempenho contra intempéries, ruídos e ações externas. 
Em termos práticos, o termo esquadria é usado para a designação genérica de todos 
os sistemas de vedação de vãos com portas, janelas, persianas e venezianas, 
executados em madeira ou plástico; e o termo caixilho é usado para identificar toda 
a vedação de vãos por meio de portas e janelas executados em metal, seja de ferro 
ou alumínio. 
2 – CONDIÇÕES GERAIS 
De acordo com o projeto, as esquadrias e caixilhos de portas e janelas devem 
atender as especificações e detalhes estabelecidos em normas técnicas, as 
exigências do usuário, adequadas à composição arquitetônica quanto a sua 
utilização, dimensão, forma, textura, cor e desempenho. Considerando o 
desempenho, os sistemas devem observar as condições principais de: 
_____________________________________________________________________________________________________ 
Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 
 3/30
a) estanqueidade ao ar: características dos sistemas que devem proteger os 
ambientes interiores da edificação das infiltrações de ar que possam 
causar prejuízo ao conforto do usuário e/ ou gastos adicionais de energia 
a climatização do ambiente, tanto no calor como no frio; 
b) estanqueidade à água: característica dos sistemas em proteger o 
ambiente interior da edificação das infiltrações de água provenientes de 
chuvas, acompanhadas ou não de ventos; 
c) resistência a cargas uniformemente distribuídas: característica dos 
sistemas em suportar pressões de vento estabelecidas nas normas 
técnicas e que têm de ser compatibilizadas pelo projetista, segundo o seu 
local de uso; 
d) resistência à operação de manuseio: característica do sistema em suportar 
os esforços provenientes de operações e manuseio prescrita nas normas; 
e) comportamento acústico: característica das janelas em atenuar, quando 
fechadas, os sons provenientes de ambientes externos, compatibilizado 
com as condições de uso e as normas técnicas. 
3 – PORTAS DE MADEIRA 
As portas são sistemas funcionais constituídos de batente ou marco (quando é mais 
estreito que a parede), guarnição (alisares ou vistas), folha ou folhas e ferragens 
(dobradiças, fechadura, travas e fixadores). O batente é o elemento fixo que 
guarnece o vão da parede onde se prende a folha de porta, e que tem um rebaixo 
(jabre) contra o qual a folha de porta se fecha. A folha é a parte móvel da porta, e 
quando é do tipo de articulação, o sentido de abertura é à direita ou à esquerda de 
quem olha a porta do lado em que não aparecem as dobradiças. O alisar (guarnição 
ou vista) é a peça fixada ao batente e destinada a emoldurá-lo (para arremate junto 
da parede). 
�����������������������������������������������������������������������������������������
�����������������������������������������������������������������������������������������
�����������������������������������������������������������������������������������������
batente
alvenaria
chapisco
emboço
reboco
jabreguarnição
madeira de lei 
(peróba)
4,5
10 a 15 cm 
(depende da 
espessura da 
parede 
acabada)
3,5
3 a 4
1
espuma espansiva
�����������������������
�����������������������
�����������������������
�����������������������
�����������������������
�����������������������
�����������������������
�����������������������
�����������������������
�����������������������
�����������������������
�����������������������
�����������������������
 
_____________________________________________________________________________________________________ 
Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 
 4/30
3.1 – Componentes das portas 
Marco batente com largura menor que a espessura da parede 
 
Caixão batente com largura da parede, de 10 a 25 cm, ou mais 
 
Batente 
Aduela batente sem rebaixo (jabre) para o encaixe da folha 
 
Lisa chapeada ou compensada 
 
Maciça executada com duas ou três tábuas, mas pouco usadas 
 
Almofadada 
executadas com montantes e travessas, munidas 
de ranhuras que recebem os machos das 
almofadas 
 
Folha 
Calha ou 
Mexicana 
(maciça) 
feitas com sarrafos do tipo macho-fêmea, presos 
por meio de travessas sobrepostas na contra-face 
 
Guarnição Vistas peças com larguras variando de 4 a 9 cm, trabalhadas ou não, com espessura de 1 a 1,5 cm 
 
Sôcolo ou soco Vistas 
peça de madeira do mesmo formato da guarnição, 
mais robusta (seção ligeiramente maior), 
empregada como arremate da guarnição junto ao 
piso 
 
Mata-junta ou 
batedeira peça de madeira utilizada para vedar a fresta entre duas folhas 
 
são peças metálicas para a sustentação, fixação e movimentação 
das esquadrias, podendo ser trabalhadas ou não, constituídas de: 
 
Ferragens 
 
Dobradiças 
Fechaduras 
Contratestas 
Espelhos 
Rosetas 
Maçanetas 
Puxadores 
Ferrolhos 
Rodízios 
Cremonas 
Tarjetas 
Carrancas 
Fixadores ou prendedores 
Fechos 
 
_____________________________________________________________________________________________________ 
Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 
 5/30
3.2 - Fixação dos batentes de portas 
Existem vários métodos executivos para a fixação dos batentes das portas no vão 
que dependem do tipo de parede, de batente, tipo de porta etc. Seja qual for o 
método, o principal cuidado deve ser em relação às medidas, prumos, níveis e 
alinhamentos. Qualquer desvio dimensional na colocação dos batentes irá provocar 
o funcionamento incorreto da porta, obrigando a retrabalhos, aumento de custos e 
atrasos na entrega da obra e insatisfação do cliente. 
3.3 - Serviços preliminares à colocação dos batentes em madeira 
a) alvenaria concluída e vãos das aberturas aprumados e nas dimensões 
determinadas pelo projeto (sempre com uma folga de 1 a 1,5 cm de cada 
lado); 
b) se a fixação for com espuma expansiva de poliuretano as faces dos vãos 
devem estar chapiscadas e requadradas com emboço; 
c) o contrapiso deve estar pronto e nível do piso deve estar rigorosamente 
marcado ou com taliscas até seu nível final (se a acabamento for em 
carpete ou qualquer outro material considerar a espessura final do 
acabamento);d) as taliscas (tacos) do revestimento das paredes devem ter sido colocadas. 
3.4 - Preparação dos batentes 
a) se a obra comportar trabalhos em série (padronização e repetição) a 
montagem dos batentes pode ser feita em bancada centralizada; 
b) definir as dimensões padrões de altura das ombreiras (montantes) 
efetuando os cortes necessários com absoluto rigor de esquadro; 
c) posicionar a travessa já cortada na medida indicada sobre os montantes e 
fixar com pregos 18x36, fazendo furos com broca de 5mm na madeira 
para evitar rachaduras; 
d) conferir o esquadro entre os montantes e a travessa e fixar os travamentos 
(sarrafos de 1”x2”)já devidamente cortados com pregos 15x15; 
..
.
50 cm
5 cm
5 cm
50 cm
travamentos
ripas 1”x2”
ombreira
travessa
. . . .. .
. .
. .
..
. . . ..
esquadro
adaptado CTE, 1996 
_____________________________________________________________________________________________________ 
Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 
 6/30
3.5 - Transporte e armazenagem dos batentes 
a) os batentes montados e travados devem ser transportados com o máximo 
de cuidado pra que não sofram qualquer alteração no esquadro e 
espaçamentos; 
b) devem ser acondicionados nos pavimentos próximos dos vãos em locais 
seguros e livres de umidade e insolação sobre ripas niveladas ou em pé 
encostados nas paredes. 
3.6 - Preparação do vão para a fixação do batente 
O vão deve estar previamente preparado para receber o batente, dependendo do 
tipo escolhido de fixação e conforme o esquema a seguir: 
largura do vão
al
tu
ra
 d
o 
vã
o
verga
fixação do 
batente com 
tacos
fixação do 
batente com 
grapas
argamassa de 
fixação cimento e 
areia 1:3
o vão largura deve ficar sempre 
com 1 cm a mais de cada lado do 
indicado no projeto e altura com 1 
cm para ajustes de prumo, nível e 
alinhamento
Exemplo de dimensões do vão para porta 
de 80x210 com batente de 4,5 cm:
L = 80 + 1 + 4,5 + 4,5 + 1 = 91 cm
A = 210 + 1 + 4,5 = 215,5 cm 
3.7 - Fixação provisória do batente 
A fixação dos batentes pode ser feita com parafusos, com tacos ou grapas ou ainda 
pelo sistema de porta pronta. Seja qual for a forma de fixação deve-se adotar os 
seguintes procedimentos: 
a) posicionar o batente junto ao vão apoiando os pés dos montantes no nível 
do piso acabado, ajustando o prumo e mantendo folgas iguais em ambos 
os lados dos montantes; 
b) acertar o alinhamento usando régua de alumínio posicionada no plano da 
parede acabada (taliscas); 
c) verificar o prumo e nível em todas as faces dos montantes e da travessa; 
_____________________________________________________________________________________________________ 
Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 
 7/30
montates
(ombreiras)
travessa
detalhe 1
detalhe 2
o batente deve ser apenas firmado nos calços deixando de 1 
a 1,5 cm entre o batente e a parede, para futuros ajustes 
com a porta podendo servir de gabarito – nunca usar 
cunhas ou permitir folgas nos calços 
d) usar cunhas somente para garantir que o prumo não seja alterado até a 
fixação final com a colocação da porta e nunca como calço; 
orelha
parafuso de fixação 
do montante
detalhe 1 detalhe 2
as frestas entre a alvenaria e 
montantes ou travessas devem 
ser preenchidas com argamassa 
1:3 ou com espuma espansiva de 
poliuretano em pelo menos 3 
pontos em cada montante
antes de colocados os batentes 
devem ser protegidos com uma 
demão de selador de madeira ou 
outro impermeabilizante, e depois 
receber uma proteção provisória até a 
altura de 1,5 m a fim de evitar 
choques com carrinhos de mão
calço
fresta p/ ajuste
 
e) no caso da fixação com espuma expansiva de poliuretano, a superfície 
das faces deve estar chapiscada e emboçada, limpa e levemente 
umedecida; 
_____________________________________________________________________________________________________ 
Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 
 8/30
montates
(ombreiras)
travessa
detalhe 1
ii
travamento
porta pronta
 
 
a) colocar 2 parafusos, no 
mínimo, na parte externa do 
batente da porta pronta em 
pelo menos 3 seções em 
cada montante (nos locais 
onde ficariam os tacos ou 
grapas);
b) para batentes de até 14 cm 
deve-se colocar no mínimo 4 
parafusos em cada seção;
detalhe 1
c) acertar o esquadro e o prumo;
d) chumbar os parafusos com 
argamassa 1:3;
e) esperar endurecer a 
argamassa e vedar com 
argamassa ou espuma 
espansiva de poliuretano;
f) retirar o travamento após 48 
horas;
g) se ainda ocorrer 
movimentação de materiais na 
obra proteja as portas. 
 
f) preferencialmente conservar os sarrafos de travamento por alguns dias até 
que a madeira absorva a umidade natural do local e no mínimo o 
travamento do pé, evitando assim o empenamento das peças; 
g) o sistema porta pronta é mais indicado para paredes já com acabamento 
final executado (exceto a pintura) e piso também já terminado, incluindo 
soleiras ou baguetes de transição de pisos frios pra pisos quentes; 
h) depois de conferidos todas as dimensões proceder a fixação final dos 
batentes, dando o aperto nos parafusos, deixando uma folga para ajuste 
final na colocação da porta. 
_____________________________________________________________________________________________________ 
Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 
 9/30
3.8 - Colocação das portas montadas no local 
a) encostar a porta no encaixe do batente para verificar as folgas e ajustes; 
b) manter 3 mm de folga entre a porta e batente (montantes e travessa); 
c) manter 8 mm de folga entre a porta e o piso; 
d) marcar e colocar as dobradiças, usando ferramentas adequadas (furadeira 
e brocas, plainas, formões e ponteiros); 
e) colocar a fechadura na porta e furos no batente para lingüeta e trinco; 
f) colocar cavilhas nos furos dos parafusos e dar o último acabamento; 
g) testar o funcionamento, fazer ajustes; 
h) cortar, ajustar e pregar as guarnições (pode ficar pra depois da pintura); 
i) manter as portas fechadas ou travadas com cunhas pra evitar que batam 
com o vento. 
3.9 - Tipos de portas de madeira 
Por variadas razões as portas de madeira ainda são as mais encontradas, seja por 
motivo estético, facilidade de execução, durabilidade ou qualquer outro. As portas de 
madeira e seus componentes exigem, a exemplo de portas de outros tipos, uma 
manutenção adequada e cuidados na conservação, tais como: pintura ou proteção 
com verniz, reaperto e lubrificação de dobradiças e fechaduras e impermeabilização 
de juntas e pingadeiras. A seguir são mostrados alguns tipos mais comuns de portas 
de madeira encontradas no mercado da construção civil. 
porta laminada para pinturaporta laminada para verniz porta almofada simples 
 
_____________________________________________________________________________________________________ 
Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 
 10/30
porta almofada 2 folhas porta almofadão porta veneziana 2 folhas 
 
porta lambris
Porta maciça (mexicana)
parafuso unindo todas os lambris 
com travessas e estroncas
indicada para uso externo em estilos rústicos, 
podendo ficar sujeita a intempéries
travessa de reforço
madeira de lei - imbúia
 
4 - JANELAS DE MADEIRA 
A especificação da utilização de janelas de madeira tem ficado, cada vez mais, 
restrito à habitações de alto padrão e às edificações para fins comerciais 
(restaurantes e lojas), devido, principalmente ao seu alto custo. Em geral as janelas 
de madeira tem os seguintes componentes:_____________________________________________________________________________________________________ 
Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 
 11/30
a) batente – também de madeira na forma de marcos, pois não atingem a 
espessura total da parede, como mostram as figuras a seguir: 
���������������������
���������������������
���������������������
���������������������
���������������������
���������������������
face externa
face interna
folha veneziana (escuro)
vidraça (claro)
batente
parede
peitoril externo
abre neste 
sentido
peitoril interno
 
b) vidraça - chamado claro da janela, é constituído de um quadro com 
baguetes onde são fixados os vidros com massa de vidraceiro ou filetes de 
madeira ou alumínio; 
c) venezianas – chamada também de escuro, é a vedação da janela contra a 
entrada de claridade e permitir alguma ventilação; 
d) guarnição – mesma função que nas portas, para dar acabamento entre a 
alvenaria e o batente 
e) peitoril – dependendo do tipo de janela o peitoril pode ser externo, interno 
ou ambos com a mesma função da soleira, dar acabamento e impedir a 
infiltração de água; 
f) pingadeira – no caso de janelas mais trabalhadas deve utilizar pingadeiras 
para evitar a infiltração de água; 
peitoril
pingadeira
vidro
detalhe de perfil de batente 
com pingadeira 
parede
peitoril
interno
 
 
_____________________________________________________________________________________________________ 
Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 
 12/30
4.1 - Tipos de janelas de madeira 
Abrir semelhante a porte de abrir, pode ser com uma ou 2 folhas 
 
Correr a janela é dividida em 4 partes, sendo 2 fixas e duas móveis 
 
Guilhotina as folhas correm na vertical livremente ou pode-se fixar a parte superior 
 
Sanfona (articulada) as partes deslizam sobre um trilho para o aproveitamento total do vão para ventilação e luminosidade natural 
 
Máximo ar proporciona maior ventilação pois não possui folhas fixas 
 
Venezianas proporciona ventilação e vedação de luz 
 
Janela veneziana de correr 
em arco
Janela veneziana de correr reta
Janela veneziana de abrir retaJanela veneziana de abrir arco 
_____________________________________________________________________________________________________ 
Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 
 13/30
Vitrô de correr reto Vitrô de correr reto c/ divisão
Máximo-ar 1 módulo Máximo-ar 2 módulos 
 
5 - PORTAS METÁLICAS DE FERRO E AÇO 
As portas metálicas podem substituir as portas de madeira em quase todas as 
situações, devendo-se apenas levar em consideração os aspectos técnicos 
(segurança e base para fixação), estéticos e de custo envolvidos. Em geral as portas 
de aço e mistas são indicadas para edificações comerciais e industriais e para 
segurança e proteção em edificações de qualquer tipo. 
Com relação à execução (instalação) de portas de aço os cuidados são muito 
semelhantes aos adotados na instalação de portas de madeira ou alumínio, 
considerando a folga no vão, dimensões, nivelamento , alinhamento e prumos das 
superfícies, com a vantagem de que as portas em geral são instaladas já montadas 
(porta, batentes e chumbadores). Na seqüência são relacionados os diversos tipos 
de portas metálicas e a indicação de uso mais freqüente para cada uma delas: 
_____________________________________________________________________________________________________ 
Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 
 14/30
 
Tipo de porta Sistema e características Indicação e uso 
Giratória Folhas e batentes e sistemas em função do uso 
locais onde há brusca 
variação de temperatura 
com fluxo intenso de 
pessoas (lojas, metrô) e 
mais recentemente em 
segurança bancária 
 
De correr 
sistemas com rodízios, 
mecanismos de controle 
de abrir e fechar 
garagens, indústrias, 
comércio 
 
Portas corta-fogo 
folhas de aço com núcleo 
isolante e incombustível 
com fechaduras e 
dobradiças especiais que 
mantém a porta sempre 
fechada como opcional 
podem ter molas e 
sistemas de alarme 
eletrônicos 
todas a edificações nas 
quais é obrigatório o uso 
de portas corta-fogo 
 
De suspender 
vários sistemas 
mecanizados ou não 
(articulada, deslizante e 
basculante) 
garagens 
 
Cortinas 
Sistemas de correr 
verticais, articuladas, de 
enrolar, embutir etc. 
lojas, galpões, depósitos 
 
6 - JANELAS DE FERRO E AÇO 
Os mesmos cuidados na instalação de portas e janelas de outros tipos também 
devem ser considerados quando se tratar de peças de serralheria. A escolha de um 
bom fornecedor e instalador (pedreiro), o rigor na execução dos vãos (preparação), 
os alinhamentos e prumos são fatores preponderantes para o funcionamento 
perfeito das janelas de ferro. O engenheiro da obra deve estar atento para os 
seguintes pontos na fase de execução das janelas de ferro: 
_____________________________________________________________________________________________________ 
Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 
 15/30
a) o dimensionamento dos perfis, cantoneiras e chapas devem ser feitos por 
profissional habilitado e experiente, pois estarão sujeitas as tensões de 
uso; 
b) a esquadria deve ter rigidez e estabilidade suficientes com chumbadores 
(grapas) colocados distantes uns dos outros não mais do que 60 cm e 
solidarizadas com argamassa de cimento e areia no traço 1:3; 
c) no caso de peças de grande vão e peso, verificar se os reforços (tirantes, 
mãos-francesas) são suficientes para garantir a segurança do conjunto, 
lembrando sempre que haverá movimentação de folhas; 
d) no caso de uso de buchas plásticas expansíveis, garantir que as mesmas 
estejam bem solidarizadas na alvenaria ou no concreto; 
e) acompanhar a calefetação do conjunto com borracha de silicone de forma 
que não ocorra qualquer tipo de infiltração de água na pós-ocupação; 
f) após a consolidação do chumbamento, testar o funcionamento dos 
basculantes, janelas de correr, máximos-ares, venezianas etc. e proceder 
os ajuste se necessário; 
g) conferir a limpeza e execução da proteção contra ferrugem e pintura final. 
7 - ESQUADRIAS DE ALUMÍNIO 
O setor de fabricação, de fornecimento e de projetos de esquadrias de alumínio tem 
adquirido avanços tecnológicos notáveis nos últimos anos, fazendo com que ocorra 
o melhor aproveitamento do material, devido, principalmente ao seu alto custo. 
Atualmente já é possível encomendar junto ao fornecedor a racionalização do 
projeto com o uso de programas de computador que otimizam o consumo de 
material, aumentando a padronização, reduzindo perdas e diminuindo o custo da 
mão-de-obra de instalação. 
7.1 - Serviços preliminares à colocação dos contramarcos de alumínio 
Os serviços de preparação para a colocação de esquadrias de alumínio dependem 
muito do tipo de caixilho a ser utilizado e seu acabamento em relação aos peitoris 
externos e internos. Os procedimentos a seguir são indicados para projetos padrões 
de edificações de alvenaria comum, revestimentos internos com argamassas, 
pastilhas nas fachadas etc: 
a) alvenaria deve estar concluída e chapiscada com vãos das aberturas com 
folgas de 3 a 7 cm de cada lado, em cima e em baixo, dependendo da 
orientação do fornecedor; 
b) no caso de edifícios altos, preferivelmente, a estrutura deverá estar 
concluída para que seja possível aprumar os contramarcos a partir de fio 
de prumo externo; 
c) dependendo do tipo de caixilho, as taliscas das paredes internas também 
devem estar indicando o plano final do acabamento; 
d) internamentedeve haver uma referência de nível do peitoril em relação ao 
piso acabado padrão para todas as janelas do mesmo pavimento ou de 
conformidade com o projeto. 
_____________________________________________________________________________________________________ 
Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 
 16/30
7.2 - Assentamento de contramarcos de alumínio 
a) dependendo das dimensões do vão, utilizar sarrafos de madeira de 1”x2” 
em cruz ou verticais para dar suporte ao ajuste pela face externa do 
contramarco e cunhas de madeira; 
b) os contramarcos deverão ser amarrados precariamente nos sarrafos com 
arames recozidos para permitir os ajustes de prumo, alinhamento e nível; 
sarrafos 1”x2”
contramarco
nível do piso
nível do peitoril
fio de prumo externo
grapas ou 
chumbadores
10 a 20 cm< 60 cm
fio de prumo
manual
nível de
bolha
esquadro
de mão
 
c) preferencialmente os chumbadores de aço devem ocupar a folga entre o 
contramarco e o vão, sem que haja necessidade de fazer rasgos na 
parede; 
face interna face externa
3 a 7 cm
contramarco
perfil cadeirinha
sarrafo
1”x2”
cunhas
chumbador
arame
 
_____________________________________________________________________________________________________ 
Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 
 17/30
d) os chumbadores devem ficar a 20 cm dos cantos e em número suficiente 
para que não fiquem a mais de 80 cm uns dos outros; 
e) fazer os ajustes de nível, alinhamento, prumo e esquadro usando cunhas, 
réguas e demais ferramentas; 
f) o alinhamento deve compatibilizar a face externa com a face interna da 
parede e se ocorrer diferenças adotar, preferencialmente, a face externa 
como referência; 
g) após conferir todas as referências, dar o aperto no arame de amarração 
nos sarrafos; 
 
fio de prumo
contramarco
sarrafo 1”x2”
cunhas
contramarco
tipo cadeirinha
chumbador
aço
faceando a 
parede interna
centro da parede 
com arremate alto 
externo e interno
argamassa 1:3
centro com arremate 
interno baixo
 
h) encaixar os chumbadores (grapas metálicas) no contramarco em número 
suficiente (ver norma e indicação do fornecedor); 
i) conferir novamente esquadro, nível, prumo e alinhamento; 
j) fazer o chumbamento definitivo com argamassa de cimento e areia média, 
no traço 1:3, apenas nos pontos de ancoragem; 
k) aguardar 24 horas e completar o preenchimento com argamassa e dar o 
acabamento (requadro); 
l) no caso de contramarcos de portas é recomendável a colocação de uma 
proteção na soleira para evitar que o trânsito de carrinhos e pessoas 
danifique a peça de alumínio; 
m) após 24 horas pode-se retirar os sarrafos. 
_____________________________________________________________________________________________________ 
Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 
 18/30
7.3 - Instalação dos caixilhos 
Em geral a instalação dos caixilhos de alumínio é feita por pessoal especializado 
que pode ser da própria fornecedora dos caixilhos ou por empreiteiro indicado pela 
mesma. De qualquer forma, é importante que o engenheiro tome alguns cuidados 
nesta fase da obra para assegurar o perfeito funcionamento das janelas e portas de 
alumínio. Quase sempre as etapas que antecedem a instalação dos caixilhos são o 
revestimento interno e externo. 
a) os caixilhos devem vir embalados em plástico e identificados (tipo, andar, 
etc.), preferencialmente em época próxima de sua instalação para evitar 
que fique por muito tempo exposto às condições da obra; 
b) a armazenagem na obra deve ser feita em local seguro, afastado da 
circulação de pessoas e equipamentos, seco, coberto, livre de poeiras. As 
peças devem ser colocadas sobre calços, na vertical, encostadas umas 
nas outras e separadas por cunhas de madeira, papelão ou pedaços de 
carpetes; 
local plano seco, livre de 
poeiras e coberto
cunhas de apoio
ripa 1”x2”
cunhas de separação
papelão ou carpetes
caixilhos
parede
piso
 
c) após a colocação das esquadrias de alumínio e se ainda existir algum 
serviço a ser executado, é recomendável proteger os caixilhos com 
vaselina ou plásticos adesivos; 
d) a limpeza pode ser feita com água e detergente neutro com até 10% de 
álcool (jamais utilizar esponjas de aço ou de outra fibra que possa riscar a 
superfície de alumínio); 
e) as superfícies de alumínio não podem ser expostas ao contato com 
cimento, argamassas ou mesmo resíduo aquoso desses materiais ou com 
ácido clorídrico (muriático), pois haverá uma reação química na superfície 
com a formação de manchas definitivas. 
_____________________________________________________________________________________________________ 
Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 
 19/30
8 - FERRAGENS 
São considerados ferragens todos os acessórios, componentes e peças metálicas 
para a sustentação, fixação e movimentação das esquadrias de qualquer tipo. A 
qualidade da ferragem vai determinar o bom funcionamento do conjunto, garantir a 
durabilidade e a estética de portas, janelas, portões e gradis. No quadro a seguir é 
mostrada a classificação geral das ferragens e nas figuras são mostrados exemplos 
de alguns dos tipos de ferragens mais utilizados nas obras correntes. 
 
Gonzos Pivô Comum 
 Charneiras 
Dobradiças 
Convencionais 
Palmelas 
Axiais 
 
Sobrepor Fechaduras Embutir 
Ferrolhos 
Tarjetas 
Tranquetas 
Fechos 
Cremonas 
 
Visores 
Amortecedores 
Fixadores 
Molas 
Alavancas 
Puxadores 
Acessórios 
Rodízios e guias 
 
8.1 - Dobradiças 
São peças fabricadas em ferro (oxidadas, zincadas, niqueladas ou escovadas), em 
bronze ou latão (liga e cobre com níquel) que sustentam e permitem a 
movimentação das esquadrias. São constituídas de duas chapas, chamadas de 
asas, interligadas por um eixo vertical chamado de pino, podendo ainda ter outros 
elementos conforme o uso. A seguir são apresentados os diversos tipos mais 
comuns de dobradiças usadas na construção civil: 
_____________________________________________________________________________________________________ 
Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 
 20/30
simples sem rodízio simples com rodízio palmela ou palmelão
vai e vem
corta-fogo
pianocom chumbador
invisível ou liceu
 
8.2 - Fechaduras 
São os mecanismos instalados nas portas, portões e janelas para travar a sua 
abertura, garantir a segurança e permitir o funcionamento da porta ou janela de 
acordo com a finalidade. Em geral pode-se classificar as fechaduras em: 
a) de embutir com cilindro - o mecanismo da abertura e fechamento da 
lingüeta comandada pela chave é removível, sendo mais utilizadas em 
folhas de portas que dão comunicação com a parte externa das 
edificações; 
b) de embutir tipo gorges - é o tipo mais antigo de fechadura, em que o 
mecanismo que aciona a lingüeta da chave é parte integrante do corpo da 
fechadura; 
c) de embutir tipo de correr - é a fechadura utilizada em folhas de porta de 
correr, onde a lingüeta da chave tem forma de gancho (bico de papagaio); 
d) de sobrepor - fechadura instalada na face interna da folha; 
e) de acionamento elétrico – as mais comuns são as que por acionamento 
elétrico liberam a lingüeta pelo deslocamento da chapa da contratesta. 
existem, no entanto, no mercado da construção civil, inúmeros tipos de 
fechaduras com acionamento elétrico, como porteiros eletrônicos, chaves 
de tempo, com cartões magnéticos controladas por central informatizada 
etc. 
_____________________________________________________________________________________________________Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 
 21/30
de embutir com cilindro de embutir para portas de correr
de sobrepor interna para porta de enrolar 
personal quádrupla externa interna 
8.3 - Componentes e acessórios para portas e janelas 
a) contratesta - é uma lâmina metálica com aberturas para o encaixe das 
lingüetas do trinco e da chave, havendo um ressalto junto à abertura do trinco 
para proteger a madeira do batente contra a ação do mesmo, que tende a 
esfregar (bater) na madeira quando a lingüeta se recolhe e depois penetra no 
furo correspondente para travar a folha, junto ao rebaixo (jabre) do batente, 
evitando assim desgastar o local; 
b) espelho – é a chapa metálica, com diversos acabamentos, cuja peça única 
tem dois orifícios para introdução da chave e do eixo do trinco de fechaduras 
embutidas, com a finalidade de dar arremate nas laterais da folha da porta 
onde foram feitos os buracos; 
c) rosetas - são peças metálicas menores, com diversos acabamentos e 
geralmente circulares, que tem a mesma finalidade de arrematar os orifícios 
de chave e eixo de trinco de fechaduras, de forma individual, ou seja, como 
alternativa de acabamento; 
_____________________________________________________________________________________________________ 
Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 
 22/30
d) maçanetas - são as peças de uma fechadura que tem a finalidade de abrir, 
fechar e movimentar a folha de porta, geralmente apresentadas em dois 
modelos: de bola e de alavanca. Há vantagens e desvantagens na aplicação 
de cada modelo, sendo que o modelo bola diminui a fadiga na mola do trinco, 
mas apresenta desconforto no manuseio e em alguns casos quando fica 
instalado perto do batente, ao rodar a maçaneta o usuário esfrega as juntas 
dos dedos no batente. Com o modelo tipo alavanca, esse problema não 
existirá, mas a fadiga da mola provocará o desnivelamento da peça com a 
horizontal, causando um aspecto estético desagradável com o tempo; 
e) puxadores - são peças com a única finalidade de movimentar a folha e não 
possuem mecanismo de trava, apresentadas em dois modelos: do tipo alça e 
do tipo concha. Existem, ainda, puxadores do tipo trinco de maçaneta usada 
em caixilhos de correr; 
f) ferrolho - peça utilizada para prender a folha na soleira ou peitoril, quando 
houver duas folhas. Entre os modelos, existe um denominado fecho (ferro 
pedrez) que é instalado na face de espessura da folha (encabeçamento), 
possuindo uma mola que traz sempre a peça travada; 
g) tarjetas - são peças semelhantes aos ferrolhos, utilizadas para portinholas e 
portas de box sanitários, podendo ser executadas em peças mais robustas, 
com porta cadeado, para portas e portões externos; 
h) Cremona - é o mecanismo que substitui nas janelas e portas, a fechadura. É 
um sistema de cremalheira que movimenta duas varetas de ferro, que faz a 
vez do ferrolho, podendo ser simples ou com mecanismo de chave que trava 
o movimento de rotação da Cremona; 
i) carrancas - são peças fixadas na alvenaria externa para prender as folhas de 
venezianas quando abertas, para que o vento não as faça bater; 
j) fixadores e prendedores - são peças variadas, fixadas no rodapé, no soalho e 
na folha das esquadrias ou caixilhos, com o objetivo de fixar a folha para que 
ela, sobre ação do vento, não venha bater; 
k) rodízios – são acessórios utilizados para instalação de folhas de correr, que 
fazem parte de um sistema composto de trilho, rodízios, guia, pivô e concha. 
_____________________________________________________________________________________________________ 
Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 
 23/30
fecho para portas e 
janelas de correr
ferrolho de sobrepor 
para portas e janelas tranca de sobrepor
fecho pega ladrão dobradiça com mola
gonzos de embutir para 
portas e janelas 
alavanca 
para vitrô
amortecedores
para portas
puxador 
tipo concha
borboleta para 
guilhotinas
mola hidráulica
puxador 
janela de 
correr
puxador porta 
de correr levantadores 
 
_____________________________________________________________________________________________________ 
Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 
 24/30
tranquetas para janelas 
maximo ar
tranqueta para janela 
de correr
trinco de segurançapara-portas
cremonas espelho para porta interna
rosetas
 
 
9 – Vidros 
Além do enfoque estético, a importância do vidro na composição das edificações 
está relacionada aos aspectos de conforto térmico e acústico, proteção contra 
radiação solar e de segurança. A escolha do vidro depende do tipo de fixação 
utilizado, sejam caixilhos de madeira ou alumínio, esquadrias de ferro, perfis para 
pele de vidro, structural glasing ou mesmo vidros que são simplesmente embutidos 
em paredes de alvenaria. É evidente que o uso (finalidade) também vai indicar o tipo 
de vidro mais adequado para cada situação, conforme estabelecido na bibliografia 
existente e nas normas técnicas vigentes. No quadro a seguir estão relacionados os 
tipos de vidros mais utilizados na construção civil, suas características e indicação 
mais adequada: 
_____________________________________________________________________________________________________ 
Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 
 25/30
 
Tipo de vidro Características Indicação de uso 
Comum 
(recozido) 
é o vidro comum sem 
qualquer tratamento 
especial no processo de 
fabricação 
espessuras: 2, 3, 4, 5, 7, 8, 
10, 12, 15, 19 mm 
uso vertical em caixilhos 
de pequenas dimensões 
(vidraças) e na espessura 
de 4mm em esquadrias de 
alumínio padrão 
 
Temperado 
sofre um processo de 
têmpera que o torna até 5 
vezes mais resistente que 
o vidro comum e ao 
quebrar-se, fragmenta-se 
totalmente 
espessuras: 6, 8 e 10 mm 
sacadas 
portas autoportantes 
boxes 
atualmente usado em 80% 
das edificações comerciais 
e residências coletivas 
 
Laminado 
é constituído de camadas 
de vidro unidas por 
película de plástico 
(polivinibutiral – PVB) e ao 
quebrar-se, mantém-se 
inteiro com estilhados 
aderidos à película 
padrões: 4+4, 6+6 
caixilhos de portas 
sacadas 
boxes 
tampos 
 
Aramado 
é uma lâmina de vidro 
fundida com malha 
metálica de ½” quadrada, o 
que confere ao conjunto 
alta resistência ao fogo 
espessura – 7mm 
vidro de segurança 
janelas de escadas 
enclausuradas 
iluminação zenital 
parapeitos 
 
Float-glass 
(comum flotado - cristal) 
possui superfícies planas, 
transparentes e visibilidade 
perfeita (sem distorções), 
permitindo cortes precisos 
caixilhos 
portas 
 
Impresso (fantasia) 
são vidros que recebem na 
sua fabricação estampa de 
desenhos ou figuras que 
os tornam translúcidos 
janelas de banheiros 
portas de entrada 
 
_____________________________________________________________________________________________________ 
Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 
 26/30
9.1 – Cuidados no recebimento e armazenagem dos vidros na obra 
Até se adquirir a confiança necessária no fornecedor e mesmo depois, alguns 
cuidados devem ser adotados pelo engenheiro da obra por ocasião do recebimento 
do material vidro, assim como as condições de armazenagem e aplicação. 
a) verificar se a espessura do vidro confere com a que foi solicitada e se está 
dentro dos limites de tolerância estabelecidos pela norma técnica; 
b) verificar se as dimensões (largura e altura) estão dentro dos limites de 
tolerância e em conformidade com o que foi pedido;c) inspecionar visualmente para detectar a presença de defeitos do tipo: bolhas 
de ar incorporados, riscos devido a manuseio inadequado, trincas, manchas, 
incrustações de outros materiais, distorções na visualização de imagens, 
ondulações, irização (defeito que provoca a decomposição da luz nas cores 
fundamentais) e outros defeitos percebíveis a olho nu, dependendo do tipo de 
vidro; 
d) o armazenamento deve ser feito sobre cavaletes com leve inclinação vertical 
(6 a 8%), com as chapas, no máximo 20, separadas por papelão, feltros ou 
isopor. 
9.2 – Cuidados na instalação dos vidros 
a) a instalação de vidros, assim como todo o manuseio, deve ser executado 
apenas por pessoal especializado, geralmente a própria fornecedora dos 
vidros; 
b) no caso de instalação de vidros em esquadrias de ferro, cuidar para que antes 
da colocação dos vidros a esquadria seja protegida com base (zarcão ou 
primer) e pintada na parte interna para evitar posterior defeito estético; 
c) nas esquadrias e caixilhos, é recomendado usar massa dupla na colocação 
dos vidros, ou seja, a utilização de massa na parte interna e externa do 
caixilho; 
d) usar massa de vidraceiro mesmo com a utilização de baguetes; 
e) depois de assentadas, as placas de vidro devem ser pintadas com X bem 
visível com tinta látex, devendo permanecer assim sinalizadas até a limpeza 
final da obra; 
f) na limpeza final, evitar o uso de produtos químicos, devendo-se utilizar água 
limpa, detergente neutro e pano seco ou produto limpa vidros apropriado. 
_____________________________________________________________________________________________________ 
Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 
 27/30
GLOSSÁRIO NA ÁREA DE EXECUÇÃO DE ESQUADRIAS 
Aduela – é o mesmo que batente sem o encaixe para a folha da porta, usado para 
dar acabamento em vãos. 
Anodização – é o processo eletrolítico de tratamento do alumínio (espécie de pintura 
ou proteção), com a formação de uma camada superficial de óxido com espessura 
variando de acordo com o grau de proteção e acabamento desejado. 
Anodizado natural - é anodização com camada transparente mantendo a coloração 
natural do alumínio com acabamento fosco acetinado, brilhante ou escovado. 
Batente – também chamados de aduelas ou marcos, são as peças geralmente de 
madeira que são fixadas na alvenaria para dar suporte ao funcionamento da porta, 
constituído por duas peças laterais (montantes ou ombreiras) e uma peça superior 
(travessa ou cabeceira). 
Calço – madeira maciça que fica entre o taco e o batente para fazer o ajuste do 
batente com a porta. 
Escova de vedação – são os elementos de vedação de esquadrias de alumínio. 
Gaxeta – peças de plástico ou de borracha para vedação e fixação do vidro no 
rebaixo do caixilho. 
Padieira – o mesmo que verga, termo utilizado antigamente. 
Peitoril – peça inferior das janelas (contraverga). 
Rebaixo duplo – usado em batentes para portas ou janelas com mais de uma folha, 
como por exemplo: vidraças e venezianas. 
Taco – também chamado de tarugo, é uma peça de madeira maciça em forma de 
trapézio que é chumbado na parede onde será parafusado o batente. 
Vitrô – o mesmo que caixilho, geralmente de madeira ou de ferro. 
 
 
_____________________________________________________________________________________________________ 
Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 
 28/30
NORMAS TÉCNICAS PERTINENTES 
Título da norma Código Última atualização 
Trincos e fechos NBR7177 EB950 02/1982 
Cremona e seus acessórios - Padrão popular NBR7179 EB966 02/1982 
Cremona e seus acessórios - Padrão superior NBR7805 EB967 03/1983 
Alavanca para basculantes - Padrão popular NBR7778 EB1190 03/1983 
Alavanca para basculantes - Padrão superior NBR7779 EB1191 03/1983 
Dobradiça invisível NBR7782 EB1355 03/1983 
Tarjeta padrão NBR7785 EB1356 03/1983 
Fechos de segurança tipo pega-ladrão - Padrão 
médio 
NBR7791 
EB1362 03/1983 
Fecho de segurança tipo pega-ladrão - Padrão 
superior 
NBR7792 
EB1363 03/1983 
Fecho de segurança de embutir - Padrão popular NBR7793 EB1364 03/1983 
Fecho de embutir - Padrão superior NBR7794 EB1365 03/1983 
Fecho de embutir - Padrão popular NBR7795 EB1366 03/1983 
Fecho de segurança - Padrão médio NBR7796 EB1367 03/1983 
Fecho de segurança - Padrão luxo NBR7797 EB1368 03/1983 
Esquadrias modulares NBR5722 NB346 02/1982 
Detalhes modulares de esquadrias NBR5728 NB423 02/1982 
Esquadrias de alumínio - Guarnição elastomérica 
em EPDM para vedação - Especificação NBR13756 12/1996 
 
NORMAS DO MINISTÉRIO DE TRABALHO 
NR – 11 Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais 
NR – 18 Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção 
_____________________________________________________________________________________________________ 
Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 
 29/30
LINKS NA INTERNET 
http://arouca.com.br/empresa/ 
http://www.alcoa.com.br/ 
http://www.bimetal.ind.br/ 
http://www.esquadrias.cjb.net/ 
http://www.esul.com.br/portug.htm 
http://www.fama.com.br/ 
http://www.fechaduras-brasil.com.br/ 
http://www.imab.com.br/ 
http://www.lockwell.com.br/ 
http://www.pado.com.br/entrada.htm 
http://www.pilkington.com.br/bp/pilkington_brasil.htm 
http://www.pormade.com.br/index.html 
http://www.sasazaki.com.br/ 
http://www.stam.com.br/ 
http://www.temparaito.com.br/ 
http://www.yalelafonte.com.br/ 
http://www.zeloart.com.br/html/empresa.html 
_____________________________________________________________________________________________________ 
Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/ 
 30/30
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 
AZEREDO, Hélio Alves de. O edifício e seu acabamento. São Paulo: Edgard 
Blücher, 1987. 1178p. 
AZEREDO, Hélio Alves de. O edifício e sua cobertura. São Paulo: Edgard Blücher, 
1977. 182p. 
BAUER, L A Falcão. Materiais de construção. 5ª edição. Rio de Janeiro: RJ. LTC- 
Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 1994. 935p. 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL DA UEPG. Notas de aulas da disciplina 
de Construção Civil. Carlan Seiler Zulian; Elton Cunha Doná. Ponta Grossa: DENGE, 
2000. 
GUEDES, Milber Fernandes. Caderno de encargos. 3ª ed. atual. São Paulo: Pini, 
1994. 662p. 
KLOSS, Cesar Luiz. Materiais para construção civil. 2ª ed. Curitiba: Centro 
Federal de Educação Tecnológica, 1996. 228p. 
PARELLADA. Lázaro A.R. Notas de aulas da disciplina de Construção Civil (terceiro 
volume). Diversos autores. Revisor: Lázaro A. R. Parellada. Apostíla. Curitiba: 
DAEP, 1997. 
PETRUCCI, Eládio G R. Materiais de construção. 4ª edição. Porto Alegre- RS: 
Editora Globo, 1979. 435p. 
RIPPER, Ernesto. Como evitar erros na construção. 3ª ed.rev. São Paulo: Pini, 
1996. 168p. 
RIPPER, Ernesto. Manual prático de materiais de construção. São Paulo: Pini, 
1995. 253p. 
SAMPAIO, José Carlos de A. Manual de aplicação da NR-18. São Paulo: Pini, 
1998. 540p. 
SOUZA, Roberto...[et al.]. Qualidade na aquisição de materiais e execução de 
obras. São Paulo: Pini, 1996. 275p. 
VERÇOSA, Enio José. Materiais de construção. Porto Alegre: PUC.EMMA.1975. 
YAZIGI, Walid. A técnica de edificar. 3ª ed. São Paulo: Pini – Sinduscon-SP, 2000. 
648p. 
 
_____________________________________________________________________________________________________ 
Departamento de Engenharia Civil da UEPG Construção Civil http://www.uepg.br/denge/civil/

Outros materiais