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AUL. 5 DP CIVIL IV

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DIREITO PROCESSUAL
CIVIL IV
AULA 05
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Das regras de competência para Execução
Como o exercício da jurisdição está distribuído entre os numerosos órgãos que compõem o Poder Judiciário, é preciso examinar de quem é a competência para promover a execução.
Normas de competência ABSOLUTA e RELATIVA. Somente a violação à primeira pode ser conhecida de ofício.
Regras distribuídas nos artigos 516 e 781, CPC.
516: normas para cumprimento de sentença; 781: normas para execução de título extrajudicial;
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Cumprimento de Sentença
Art. 516. O cumprimento da sentença efetuar-se-á perante:
I - os tribunais, nas causas de sua competência originária;
II - o juízo que decidiu a causa no primeiro grau de jurisdição;
III - o juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal condenatória, de sentença arbitral, de sentença estrangeira ou de acórdão proferido pelo Tribunal Marítimo.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o exequente poderá optar pelo juízo do atual domicílio do executado, pelo juízo do local onde se encontrem os bens sujeitos à execução ou pelo juízo do local onde deva ser executada a obrigação de fazer ou de não fazer, casos em que a remessa dos autos do processo será solicitada ao juízo de origem.
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516,I e II, CPC
As duas primeiras hipóteses são de competência funcional, pois a execução civil está sempre atrelada a um processo de conhecimento que a antecedeu.
Na hipótese do inciso Il, a competência sofre importante flexibilização. Veja o Parágrafo único do art. 516:
Nas hipóteses dos incisos II e III, o exequente poderá optar pelo juízo do atual domicílio do executado, pelo juízo do local onde se encontrem os bens sujeitos à execução ou pelo juízo do local onde deva ser executada a obrigação de fazer ou de não fazer [...]
Torna mais rápido o cumprimento da sentença, evitando, por exemplo, a expedição de precatórias e a prática de atos e diligências em outras comarcas.
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516, I e II, CPC
A ação só pode correr em um dos juízos concorrentes previamente estabelecidos por lei, escolhidos não por contrato ou eleição, mas por opção do credor. Se for proposta em outro juízo, que não um deles, ele, de ofício, dar-se-á por incompetente.
Seria caso de incompetência relativa caso pudessem escolher qualquer foro para o processamento da ação.
Aqui não.
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Art. 516, II
O credor que optar por um dos juízos concorrentes deverá requerer o cumprimento a sentença no juízo escolhido, que solicitará ao de origem a remessa dos autos.
O juízo escolhido receberá a petição desacompanhada dos autos do processo, cumprindo-lhe verificar se é mesmo competente para o
cumprimento da sentença.
Em caso afirmativo, fará a solicitação ao juízo de origem, que os remeterá.
Ao final, os autos serão arquivados no juízo onde ocorreu a execução.
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Art. 516, III
Na hipótese do inciso III, do art. 516, a competência não é funcional, porque não há nenhum prévio processo de conhecimento. No caso de sentença penal condenatória, cumprirá verificar qual é o juízo competente, de acordo com as regras gerais de competência dos arts. 46 e ss. do CPC.
A competência será absoluta ou relativa, conforme a regra aplicável ao caso concreto.
Por exemplo: quando se tratar de execução de sentença penal condenatória por acidente de trânsito, a vítima poderá propô-la no foro do seu domicílio ou no do local do acidente, conforme art. 53. V, do CPC.
Na execução de sentença arbitral, a competência será a do foro em que se realizou a arbitragem. Se o título for sentença estrangeira, homologada pelo STJ, a execução será processada perante a Justiça Federal de primeira instância, na forma do art. 109, X, da CF.
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Competência para Execução de Título Extrajudicial
A competência para o processo de execução de título extrajudicial é relativa:
Art. 781. A execução fundada em título extrajudicial será processada perante o juízo competente, observando-se o seguinte:
I - a execução poderá ser proposta no foro de domicílio do executado, de eleição constante do título ou, ainda, de situação dos bens a ela sujeitos;
II - tendo mais de um domicílio, o executado poderá ser demandado no foro de qualquer deles;
III - sendo incerto ou desconhecido o domicílio do executado, a execução poderá ser proposta no lugar onde for encontrado ou no foro de domicílio do exequente;
IV - havendo mais de um devedor, com diferentes domicílios, a execução será proposta no foro de qualquer deles, à escolha do exequente;
V - a execução poderá ser proposta no foro do lugar em que se praticou o ato ou em que ocorreu o fato que deu origem ao título, mesmo que nele não mais resida o executado.
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Competência para Execução de Título Extrajudicial
Assim, é preciso verificar:
Se há foro de eleição, pois, tratando-se de competência relativa, as partes podem fixá-lo, o que deverá constar do título.
Se não houver eleição, deverá prevalecer a regra geral de competência do foro do domicílio do executado ou o de situação dos bens sujeitos à execução.
Nas execuções fiscais, a competência é dada pelo art. 46, § 5°, do CPC.
§ 5o A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no do lugar onde for encontrado.
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Da Liquidação de Sentença
O título líquido é aquele que indica a quantidade de bens ou valores que constituem a obrigação. Ela deve constar do próprio título. podendo, quando muito,exigir cálculos aritméticos para apurá-la. O quantum debeatur.
Não existe liquidação de título extrajudicial.
Já a sentença pode ser ilíquida. Para que possa ter início a execução, é indispensável que passe por prévia liquidação.
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Da Liquidação de Sentença
Formas de Liquidação
Por arbitramento
Por procedimento comum
Apuração do quantum devido às vítimas, quando proferida sentença condenatória genérica nas ações civis públicas para a defesa de interesses individuais homogêneos.
Fase de liquidação vem regulada no CPC, arts. 509 a 512.
Não há nova citação, mas tão somente a intimação do devedor.
Se for revel? Não há necessidade de intimação. Efeitos da revelia.
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Da Liquidação de Sentença
Legitimidade:
A liquidação pode ser requerida tanto pelo credor quanto pelo devedor.
Na liquidação da sentença condenatória genérica proferida nas ações civis públicas, somente o credor estará legitimado, porque o devedor não terá condições de saber quem são as vítimas.
Natureza Jurídica da fase de liquidação?
Processo de conhecimento ou de execução?
A lei é expressa em atribuir-lhe natureza de decisão interlocutória, e não mais de sentença. Pressupõe uma condenação.
Tem efeito declaratório ou constitutivo?
Ler art. 515, CPC
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Da Liquidação de Sentença
O art. 515 considera título executivo judicial a decisão civil e a sentença penal transitada em julgado, sem exigir que sejam líquidas. O título já existe desde a condenação transitada em julgado.
Já a liquidação da sentença condenatória genérica na ação civil pública tem caráter constitutivo, pois serve para que as vítimas comprovem sua qualidade, demonstrando que se enquadram naquela situação jurídica indicada na sentença genérica.
Contra o ato judicial que aprecia a liquidação, qualquer que ela seja, o recurso cabível será o agravo de instrumento. Natureza de decisão interlocutória.
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Da Liquidação de Sentença
Liquidação provisória:
O art. 512 do CPC prevê ainda a possibilidade de promover a liquidação, mesmo que esteja pendente recurso provido de efeito suspensivo. A ideia parte do pressuposto acertado de que a liquidação não se confunde com a execução e de que nela ainda não é tomada nenhuma providência concreta satisfativa.
Essa liquidação é feita por conta e risco de quem a propuser, já que haverá o risco de reversão do julgamento.
Vedação de Sentença Ilíquida:Art. 491. Na ação relativa à obrigação de pagar quantia, ainda que formulado pedido genérico, a decisão definirá desde logo a extensão da obrigação, o índice de correção monetária, a taxa de juros, o termo inicial de ambos e a periodicidade da capitalização dos juros, se for o caso, salvo quando:
I - não for possível determinar, de modo definitivo, o montante devido;
II - a apuração do valor devido depender da produção de prova de realização demorada ou excessivamente dispendiosa, assim reconhecida na sentença.
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Da Liquidação de Sentença
Da sentença parte líquida e parte ilíquida
O credor pode promover simultaneamente a execução da parte líquida, e, em autos apartados, a liquidação da outra parte.
Art. 509. Quando a sentença condenar ao pagamento de quantia ilíquida, proceder-se-á à sua liquidação, a requerimento do credor ou do devedor:
[...]
§ 1o Quando na sentença houver uma parte líquida e outra ilíquida, ao credor é lícito promover simultaneamente a execução daquela e, em autos apartados, a liquidação desta.
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Da Liquidação de Sentença
Cálculo do contador:
Quando tiver dúvida, o juiz poderá valer-se de contabilista do juízo, que terá o prazo máximo de trinta dias para efetuar a verificação dos cálculos, exceto se outro prazo lhe for determinado. Não se trata do retorno da liquidação por cálculo do contador, pois o juízo não decidirá, ao final, se os cálculos do credor estão corretos ou incorretos.
A solução encontrada foi fazer prevalecer o valor apresentado pelo credor, cumprindo ao devedor defender-se, impugnando-o.
Mas, para que não haja prejuízo ao executado, conquanto a execução se faça pelo valor indicado pelo credor, a penhora far-se-á pelo valor que o juiz entender adequado.
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Da Liquidação de Sentença
Liquidação por arbitramento:
É aquela que se presta à apuração do valor de um bem ou serviço. A única tarefa é a apuração desse valor, o que demandará a apresentação de pareceres e documentos elucidativos pelas partes e, se isso não for suficiente, a nomeação de um perito.
Por exemplo: o juiz condena o réu a pagar ao autor indenização correspondente ao aluguel do imóvel por ele indevidamente ocupado, durante doze meses. A sentença é ilíquida porque não se sabe qual é o aluguel daquele imóvel. A liquidação será feita por arbitramento porque a única coisa a ser feita é apurá-lo.
Não há honorários advocatícios na liquidação por arbitramento, já que não se discutem fatos novos
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Da Liquidação de Sentença
Liquidação pelo procedimento comum:
É aquela em que há necessidade de comprovação de fatos novos, ligados ao quantum debeatur.
Por exemplo: o art. 324, II, do CPC permite sentença genérica, quando não é possível determinar, de modo definitivo, as consequências do ato ou fato ilícito. Por vezes, a vítima sofre lesões cuja extensão não pode ser apurada quando da sentença. O juiz condenará o réu a arcar com todos os danos e despesas de tratamento da vítima.
O réu será intimado para apresentar contestação, sob pena de presumirem-se verdadeiros os fatos novos relacionados ao quantum debeatur. Todos os meios de prova serão admitidos, podendo o juiz determinar prova técnica e designar audiência de instrução e julgamento.
Ao final, proferirá decisão interlocutória, julgando a liquidação.
Liquidação no montante zero. É possível?
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Da Liquidação de Sentença
LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA GENÉRICA EM AÇÃO
CIVIL PÚBLICA
Proposta ação civil pública, como não se sabe quem são as vítimas, quantas são e qual é a extensão dos danos, o juiz, em caso de procedência, proferirá sentença genérica, que condenará o réu ao pagamento de indenização a todas as pessoas que comprovarem enquadrar-se na condição de vítimas do ato ou fato discutido.
A liquidação não servirá apenas para apurar o quanto se deve à vítima, mas para permitir que esta comprove a sua condição.
Ela formará um processo autônomo (não apenas uma fase), ajuizado pelas vítimas individuais, e para o qual o réu deve ser citado. Decisão com efeitos constitutivos.
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Da Liquidação de Sentença
Adalberto ajuizou uma ação em face da Seguradora Porto Bello pleiteando o recebimento do seguro de vida realizado pelo seu tio Marcondes. Alega na inicial que a seguradora, de forma injustificada, se negou a pagar a indenização sob o argumento de que o segurado agiu de má-fé ao não informar que realizara uma cirurgia de coração 10 anos antes da assinatura do contrato. Após a instrução o juiz julgou procedente o pedido para condenar a Seguradora a pagar a respectiva indenização em valor a ser apurado em fase de liquidação. Diante do caso concreto indaga-se:
a) Qual é a modalidade de liquidação de sentença mais adequada ao caso concreto? É possível modificar a sentença em fase de liquidação?
b) Como deverão proceder as partes caso discordem do valor apurado na liquidação?

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