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Processo Civil

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PROCESSO CIVIL
EXIGIBILIDADE DA OBRIGAÇÃO DE PRESTAR ALIMENTOS
Procedimento diferenciado, pois busca por maior celeridade. Divide-se em cumprimento de sentença e execução. No cumprimento de sentença, há a execução de título judicial também determina o pagamento de alimentos, nele o exequente pode escolher também o rito genérico de pagamento de quantia certa, que prevê como medida constritiva mais grave a penhora. Na execução de alimentos, podem ser executados títulos extrajudiciais.
Competência 
O cumprimento de sentença é iniciado no juízo da condenação, onde correu a ação de conhecimento ou no domicílio do alimentando. Após a condenação, inicia-se o cumprimento da sentença a requerimento da parte.
!! Nos casos de obrigações de fazer e não fazer, o juiz pode iniciar o cumprimento de sentença de ofício. Todas as outras formas de obrigação o cumprimento deve se iniciar a requerimento da parte !!
Alimentos provisórios 
Devem ser cumpridos em autos apartados para que não contamine os autos principais que ainda aguardam o trânsito em sentido. Tratando-se de alimentos definitivos pode ser nos mesmos autos.
Intimação
O juiz, a requerimento do exequente, mandará intimar o executado para pessoalmente efetuar pagamento, provar que já o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo em 3 dias. Não há uma nova citação do devedor, pois o processo de cumprimento de sentença é sincrético, ou seja, não é dividido em fases. Somente a comprovação de fato que gere a impossibilidade absoluta de pagar justificará o inadimplemento. Quando há essa justificativa, abre-se um contraditório para que o exequente se manifeste. É possível a oitiva de testemunhas, desde que respeitado o prazo de 3 dias.
Se a justificativa for aceita, o juiz não decretará a prisão civil e apenas determinará o protesto do título judicial para fins de publicidade da impontualidade. O protesto é para constranger o devedor a pagar, pois ele será público. O juiz não determinando a prisão, o exequente deverá requerer o cumprimento por meio de penhora. Optando pelo rito que contempla a penhora, a parte executada deverá ser intimada para, em 15 dias, pagar o débito; passado esse prazo, incidirá a multa de 10% sobre o valor da dívida, nos termos do art. 523, § 1º do CPC.
Art. 523. No caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em liquidação, e no caso de decisão sobre parcela incontroversa, o cumprimento definitivo da sentença far-se-á a requerimento do exequente, sendo o executado intimado para pagar o débito no prazo de 15 dias, acrescido de custas, se houver: § 1º Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo do caput, o débito será acrescido de multa de dez por cento, de honorários de advogado de dez por cento. 
Desconto em folha de pagamento
Art. 529. O desconto também poderá ser feito em folha, a requerimento do exequente, quando o executado for funcionário público, militar, diretor ou gerente de empresa ou empregado sujeito à legislação do trabalho, o exequente poderá requerer o desconto da importância da prestação alimentícia. 
§ 1º O juiz oficia a empresa ou órgão para que realize o procedimento, sob pena de crime de desobediência, o desconto a partir da primeira remuneração posterior do executado, a contar do protocolo do ofício.
§ 3º Sem prejuízo do pagamento dos alimentos vincendos, o débito objeto de execução pode ser descontado dos rendimentos ou rendas do executado, de forma parcelada, nos termos do caput deste artigo, contanto que, somado à parcela devida, não ultrapasse 50% de seus ganhos líquidos.
Inclusão do nome do devedor no cadastro de inadimplentes
Art. 782. § 3º nome do devedor somente será incluso no cadastro de inadimplentes a requerimento da parte.
Se a justificativa para o não pagamento da dívida não for aceita, o juiz deverá mandar protestar o título judicial e decretará a prisão pelo prazo de 1 a 3 meses do devedor. Cabe à parte escolher e requerer o rito pela prisão civil ou pela penhora.
Art. 5, LXVII, CF. Não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação de alimentícia e a do depositário infiel. O Pacto de San José da Costa Rica, no art. 7, prevê que ninguém deve ser detido por dívidas. Este princípio não limita os mandados de autoridade judiciária competente expedidos em virtude de inadimplementos de obrigação alimentar. 
O cumprimento da pena não exime o devedor do cumprimento das obrigações.
Peculiaridades da prisão civil
O regime tem que ser fechado. O preso deve ficar separado dos presos comuns, conforme o artigo 528, parágrafo 4º. O STJ já substituiu o regime por prisão domiciliar em tempos de COVID19 (vide HC nº 566.897/PR). A REGRA É O REGIME FECHADO, a decisão do STJ é excepcional. Somente se for uma decisão pacífica a banca pedirá.
É inadmissível a decretação de prisão de ofício, a parte exequente deve requerer (vide STJ, HC 128.229/SP).
A prisão pode durar de 1 a 3 meses, conforme artigo 528, parágrafo 3º. O artigo 19 da Lei 5478/68 não foi revogado pelo CPP, portanto, há uma dúvida se a prisão pode durar de 1 a 3 meses ou 60 dias. MAS O QUE VALE É DE 1 A 3 MESES.
Débito alimentar que autoriza a prisão é o que compreende até as 3 prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso do processo, conforme artigo 528, parágrafo 7 e a súmula 309 do STJ. Quando o débito tem mais de 3 meses, ele perde a natureza alimentar e só pode seguir o rito da penhora, que é o do artigo 523 supracitado.
A falta ou nulidade de citação é um vício insanável, pode oferecer impugnação em qualquer fase do processo. 
AGRAVO DE INSTRUMENTO
É o recurso cabível para impugnar algumas decisões interlocutórias expressamente definidas como recorríveis. Possui rol taxativo* de decisões impugnáveis, previsto no artigo 1.015 do CPC. Outras hipóteses deverão estar expressamente previstas em lei.
As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões (art. 1009, parágrafo 1º). Só vai precluir se não for suscitada em preliminar de apelação ou nas contrarrazões se a outra parte tiver apelado.
O rol do art. 1.015 do CPC é de taxatividade mitigada, por isso admite a interposição de agravo de instrumento quando verificada a urgência decorrente da inutilidade do julgamento da questão no recurso de apelação (Tema 988 – STJ).
O agravo de instrumento visa obter a reforma ou a anulação da decisão impugnada.
Existem decisões interlocutórias que versam sobre o mérito do processo, como a decisão que promove o julgamento parcial do mérito (art. 356). Pode ser atacada com agravo de instrumento.
O STJ já decidiu que data da separação de fato do casal é, realmente, tema que versa sobre o mérito do processo, mais especificamente sobre uma parcela do pedido de partilha de bens. Por isso, explicou, a decisão proferida em primeiro grau é, na verdade, verdadeira decisão parcial de mérito, nos termos do artigo 356 do CPC.
Prazo do agravo de instrumento: 15 dias. Art. 1003, parágrafo 5º. EXCETO O EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, QUE É 5 DIAS, O RESTO É TUDO 15 DIAS. 
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:
I - tutelas provisórias;
II - mérito do processo;
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem;
IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica;
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação; (concessão de gratuidade não cabe agravo de instrumento)
VI - exibição ou posse de documento ou coisa;
VII - exclusão de litisconsorte;
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;
IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;
X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução;
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1º ;
XII - (VETADO);
XIII - outroscasos expressamente referidos em lei.
Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário.
É interposto perante o tribunal competente (juízo ad quem). Art. 1016.
Art. 1.017. A petição de agravo de instrumento será instruída:
I - obrigatoriamente, com cópias da petição inicial, da contestação, da petição que ensejou a decisão agravada, da própria decisão agravada, da certidão da respectiva intimação ou outro documento oficial que comprove a tempestividade e das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado;
II - com declaração de inexistência de qualquer dos documentos referidos no inciso I, feita pelo advogado do agravante, sob pena de sua responsabilidade pessoal;
III facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis.
§ 5º Sendo eletrônicos os autos do processo, dispensam-se as peças referidas nos incisos I e II do caput, facultando-se ao agravante anexar outros documentos que entender úteis para a compreensão da controvérsia. 
No agravo de instrumento precisa instruir com todos os documentos necessários para o tribunal entender sobre o que ele deve decidir, pois o processo fica e sobe só o agravo, diferente da apelação que sobe tudo e não precisa ser instruída. 
Aplicação do princípio da cooperação e princípio da não-surpresa. 
§ 3º Na falta da cópia de qualquer peça ou no caso de algum outro vício que comprometa a admissibilidade do agravo de instrumento, deve o relator aplicar o disposto no art, 932, parágrafo único.
Art. 932. Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de cinco dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível.
Art. 6º Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva.
Art. 10 O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual devia decidir de ofício. 
Juízo de retratação
Art. 1018. O agravante poderá requerer a juntada, aos autos do processo, de cópia da petição do agravo de instrumento, do comprovante de sua interposição e da relação dos documentos que instruíram o recurso.
§ 1º Se o juiz comunicar que reformou inteiramente a decisão, o relator considerará prejudicado o agravo de instrumento. 
§ 2º Não sendo eletrônicos os autos, o agravante tomará a providência prevista no caput no prazo de três dias a contar da interposição do agravo de instrumento.
§ 3º O descumprimento da exigência de que trata o §2º, desde que arguido e provado pelo agravado, importa inadmissibilidade do agravo de instrumento.
Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído imediatamente, se não for o caso de aplicação do art. 932, incisos III e IV, o relator, no prazo de 5 (cinco) dias:
I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão;
II - ordenará a intimação do agravado pessoalmente, por carta com aviso de recebimento, quando não tiver procurador constituído, ou pelo Diário da Justiça ou por carta com aviso de recebimento dirigida ao seu advogado, para que responda no prazo de 15 (quinze) dias, facultando-lhe juntar a documentação que entender necessária ao julgamento do recurso;
III - determinará a intimação do Ministério Público, preferencialmente por meio eletrônico, quando for o caso de sua intervenção, para que se manifeste no prazo de 15 (quinze) dias.
Art. 1.020. O relator solicitará dia para julgamento em prazo não superior a 1 (um) mês da intimação do agravado. 
O princípio da fungibilidade sendo aplicado para fazer valer a interposição de uma apelação no lugar de um agravo de instrumento ou vice e versa é considerado um erro grosseiro, portanto não se aplica. CONTUDO, se o juiz escrever sentença ao invés de decisão e estiver decidindo sobre um dos casos do rol do 1.015, caso a pessoa faça uma apelação, pelo princípio da fungibilidade, nesse caso, será aceito. 
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
Há a necessidade de intimação do executado antes do cumprimento forçado. 
É um processo sincrético (não há divisão de fases) como regra, salvo:
· Título judicial produzido fora do juízo civil (sentença penal condenatória, sentença estrangeira e sentença arbitral – art. 535, VI a IV e parágrafo 1º). Ou seja, vai ser feito separadamente.
· Título judicial contra a Fazenda Pública (art. 730). Exceção ao processo sincrético.
· Executado sem advogado constituído nos autos (art. 513, parágrafo 2º, II). Exceção ao processo sincrético.
· Iniciada a fase de cumprimento de sentença um ano após o trânsito em julgado (art. 513, parágrafo 4º). Exceção ao processo sincrético.
Apenas no caso de pagamento de quantia (art. 513, 1º; os demais, a contrário sensu) é necessário requerimento das partes para iniciar o cumprimento de sentença. Nas obrigações de fazer e não fazer não precisa. Isso no cumprimento definitivo de sentença.
Cumprimento provisório de sentença, ainda que seja para obrigação de fazer, não fazer e dar coisa, correrá por iniciativa do exequente (art. 520).
O cumprimento de sentença se inicia por simples petição dirigida ao juízo do processo já pendente. Por petição inicial, com citação do executado quando o título for:
· Sentença penal condenatória (art. 515, inciso VI);
· Sentença arbitral (art. 515, inciso VII);
· Sentença estrangeira (art. 515, inciso VIII);
· Decisão interlocutória estrangeria (art. 515, inciso IX).
Princípios
· Cartularidade – exige que a pretensão esteja fundamentada em um título (no caso de cumprimento de sentença, um título executivo judicial)
· Efetividade da execução – o fim e o resultado da execução devem, como regra, coincidir com aquilo que o credor faz jus segundo a decisão executada (resultado prático equivalente deve ser exceção)
· Menor sacrifício possível para o executado (art. 805) – se a execução pode ser feita de diversas maneiras, o juiz deve optar pela forma menos onerosa possível para o devedor. 
· Contraditório mitigado – há previsão de instrumentos de defesa, como a impugnação e a exceção de pré-executividade, mas o contraditório é mitigado pela impossibilidade de serem rediscutidas questões que foram objeto do processo de conhecimento.
· Desfecho único – a execução se destina à outorga da tutela executiva, o que não impede que se realize atividade cognitiva que venha a impedir a concessão dessa tutela ou que o exequente desista da ação.
· Sincretismo – como regra não é necessário abrir um processo de execução, sendo o cumprimento de sentença uma continuação da atividade cognitiva. 
Pressupostos ou requisitos do cumprimento de sentença
· Título executivo (requisito formal) – comprova a obrigação
· Inadimplemento do devedor (requisito substancial) – não satisfação da obrigação na forma e prazo previstos no título.
Atributos da obrigação a ser executada
· Certa – existência da prestação que se quer ver realizada
· Líquida – é a perfeita definição do que é devido. Deve ser apontado, desde o primeiro momento, qual o valor que se pretende
· Exigível – inexistência de termo ou condição para cumprimento da obrigação. Art. 492 impede sentenças condicionais. 
Títulos executivos
· Podem ser judiciais ou extrajudiciais
· Rol taxativo (art. 515; art. 784)
Títulos executivos judiciais
Geram uma presunção, em princípio absoluta, de nascimento do crédito, impedindo a alegação de qualquer matéria relativa à nulidade do título ou inexistência da dívida, salvo:
· a nulidade referente à citação
· a extinção da dívida por fato superveniente à sua formação
· Estão previstos no art. 515
· Notar que não apenas as sentenças são títulos executivos, mas toda e qualquer decisão que reconheça a exigibilidade da obrigação (soluciona problemado CPC/73 quanto às tutelas de urgência)
· Título executivo judicial é a decisão que homologa o acordo e não o acordo em si (incisos II e III)
· Sentença declaratória (STJ Resp 1261888/RS) – discussão se a cobrança da fornecedora de energia era válida. Parcialmente válida. Fornecedora inicia execução. Possibilidade de utilização pelo réu. Portanto, mesmo em uma sentença declaratória, se ela reconhece a exigibilidade da obrigação ela configura um título executivo.
Art. 52. A execução da sentença processar-se-á no próprio juizado, aplicando-se no que couber, o dispositivo no CPC, com as seguintes alterações:
[…]
IV – não cumprida voluntariamente a sentença transitada em julgado, e tendo havido solicitação do interessado, que poderá ser verbal, proceder-se-á desde logo à execução, dispensada nova citação. 
CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO
Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência. 
A conciliação é mais voltada para o acordo do que a mediação. Nesse caso não há uma relação de longo prazo entre as partes. O objetivo maior é tratar a questão que está em conflito e não a relação das partes. O conciliador é mais ativo. Enquanto na mediação tem que tratar a relação entre os envolvidos e indiretamente chegar a algum tipo de acordo sobre o caso concreto. Na mediação as partes sejam capacitadas para que elas próprias possam resolver seus problemas e chegar a algum tipo de acordo. 
§ 2º Poderá haver mais de uma sessão destinada à conciliação e à mediação, não podendo exceder a 2 (dois) meses da data de realização da primeira sessão, desde que necessárias à composição das partes. 
§ 8º O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dois por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou do Estado. 
Ações de família
Art. 695. Recebida a petição inicial e, se for o caso, tomadas as providências referentes à tutela provisória, o juiz ordenará a citação do réu para comparecer à audiência de mediação e conciliação, observado o disposto no art. 694.
§ 1º O mandado de citação conterá apenas os dados necessários à audiência e deverá estar desacompanhado de cópia da petição inicial, assegurado ao réu o direito de examinar seu conteúdo a qualquer tempo. 
A petição inicial é o momento que a pessoa costuma ser dura, falar tudo que pensa e isso pode prejudicar a tentativa de chegar a um acordo. 
Art. 334. § 4º A audiência não será realizada:
I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual;
II - quando não se admitir a autocomposição.
§ 5º O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na autocomposição, e o réu deverá fazê-lo, por petição (AUTÔNOMA, NÃO É NA CONTESTAÇÃO), apresentada com 10 (dez) dias de antecedência, contados da data da audiência.
§ 6º Havendo litisconsórcio, o desinteresse na realização da audiência deve ser manifestado por todos os litisconsortes.
§ 7º A audiência de conciliação ou de mediação pode realizar-se por meio eletrônico, nos termos da lei.
Lei 13.140 (Lei de Mediação)
Art. 3º. Pode ser objeto de mediação o conflito que verse sobre direitos disponíveis ou sobre direitos indisponíveis que admitam transação.
§ 1º A mediação pode versar sobre todo o conflito ou parte dele.
§ 2º O consenso das partes envolvendo direitos indisponíveis, mas transigíveis, deve ser homologado em juízo, exigida a oitiva do Ministério Público.
Art. 335. O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data:
I - da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição;
II - do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação apresentado pelo réu, quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4º, inciso I ;
III - prevista no art. 231, de acordo com o modo como foi feita a citação, nos demais casos. Quando os interesses são indisponíveis, mas não são transigíveis. 
Não tem citação para contestação, mas para audiência de conciliação ou mediação. 
As audiências de conciliação e mediação não são obrigatórias. AS PARTES DEVEM SE MANIFESTAR SE NÃO QUISEREM. NÃO PODE SER UMA PARTE SÓ, TEM QUE SER AS DUAS.
A impugnação à gratuidade de justiça pode ser feita na contestação ou posteriormente em petição autônoma no bojo do mesmo processo. 
PRAZO
Contados em dias úteis.
FASE EXECUTÓRIA
Art. 516. O cumprimento da sentença efetuar-se-á perante:
I – os tribunais, nas causas de sua competência originária;
II – o juízo que decidiu a causa no primeiro grau de jurisdição;
III – o juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal condenatória, de sentença arbitral, de sentença estrangeira ou de acórdão proferido pelo Tribunal Marítimo.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o exequente poderá optar pelo juízo do atual domicílio do executado, pelo juízo do local onde se encontrem os bens sujeitos à execução ou pelo juízo do local onde deva ser executada a obrigação de fazer ou de não fazer, casos em que a remessa dos autos do processo será solicitada ao juízo de origem. 
Execução Provisória
A regra é não fazer garantia de juízo na execução provisória, mas eu terei que reparar os danos que o executado haja sofrido. Há uma exceção no inciso IV, nos atos de execução que importe grave dano ao executado deve ser garantido o juízo.
Art. 520. O cumprimento provisório da sentença impugnada por recurso desprovido de efeito suspensivo será realizado da mesma forma que o cumprimento definitivo, sujeitando-se ao seguinte regime: 
I – corre por iniciativa e responsabilidade do exequente, que se obriga, se a sentença for reformada, a reparar os danos que o executado haja sofrido;
II – fica sem efeito, sobrevindo decisão que modifique ou anule a sentença objeto da execução, restituindo-se as partes ao estado anterior e liquidando-se eventuais prejuízos nos mesmos autos;
III – se a sentença objeto de cumprimento provisório for modificada ou anulada apenas em parte, somente nesta ficará sem efeito a execução;
IV – o levantamento de depósito em dinheiro e a prática de atos que importem transferência de posse ou alienação de propriedade ou de outro direito real, ou dos quais possa resultar grave dano ao executado, dependem de caução suficiente e idônea, arbitrada de plano pelo juiz e prestada nos próprios autos.
Art. 521. A caução prevista no inciso IV do art. 520 poderá ser dispensada nos casos em que:
I – o crédito for de natureza alimentar, independentemente de sua origem;
II – o credor demonstrar situação de necessidade;
III – pender o agravo do art. 1.042; (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)
Pender para STF ou STJ.
IV – a sentença a ser provisoriamente cumprida estiver em consonância com súmula da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça ou em conformidade com acórdão proferido no julgamento de casos repetitivos.
Parágrafo único. A exigência de caução será mantida quando da dispensa possa resultar manifesto risco de grave dano de difícil ou incerta reparação.
PORTANTO, OS EMBARGOS À EXECUÇÃO OU A IMPUGNAÇÃO DO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA PODEM SER OPOSTOS INDEPENDENTE DE PENHORA.
REGRA
Não precisa de caução (garantir juízo), no máximo terá que reparar os danos que o executado haja sofrido.
EXCEÇÃO
O levantamento de depósito em dinheiro e a prática de atos que importem transferência de posse ou alienação de propriedade ou de outro direito real, ou dos quais possa resultar grave dano ao executado, dependem de caução suficiente e idônea, arbitrada de plano pelo juiz e prestada nos próprios autos.
DISPENSA 
Quando…O crédito for de natureza alimentar, independentemente de sua origem; o credor demonstrar situação de necessidade; pender agravo para STF ou STJ; a sentença a ser provisoriamente cumprida estiver em consonância com súmula da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça ou em conformidade com acórdão proferido no julgamento de casos repetitivos.
EXCEÇÃO DA DISPENSA
A exigência de caução será mantida quando da dispensa possa resultar manifesto risco de grave dano de difícil ou incerta reparação.
Defesa do Executado
Impugnação ao cumprimento de sentença – sem garantia do juízo
Embargos à execução (títulos extrajudiciais) – sem garantia do juízo
Momento para interposição de impugnação
Devem ser interpostos logo no início do procedimento executivo (525, 535 e 915)
*Questões supervenientes podem ser apresentadas em 15 dias da ciência do fato ou da intimação do ato. 
Art. 525. § 1ºNa impugnação, o executado poderá alegar:
I – falta ou nulidade da citação se, na fase de conhecimento, o processo correu à revelia;
II – ilegitimidade de parte;
III – inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação;
IV – penhora incorreta ou avaliação errônea;
V – excesso de execução ou cumulação indevida de execuções;
VI – incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução;
VII – qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que supervenientes à sentença.
Prazo para embargos de declaração ao cumprimento de sentença
Art. 523. No caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em liquidação, e no caso de decisão sobre parcela incontroversa, o cumprimento definitivo da sentença far-se-á a requerimento do exequente, sendo o executado intimado para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido de custas, se houver. 
A contar do esgotamento para o prazo do pagamento voluntário da obrigação.
Na Fazenda Pública será de 30 dias da intimação na fase de cumprimento de sentença, pois é em dobro, e nos próprios autos ocorrerá a impugnação. O que pode ser arguido é a mesma coisa do artigo 525.
Execução de título executivo extrajudicial
Para impugnar…
Art. 917. Nos embargos à execução, o executado poderá alegar:
I – inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação;
II – penhora incorreta ou avaliação errônea;
III – excesso de execução ou cumulação indevida de execuções;
IV – retenção por benfeitorias necessárias ou úteis, nos casos de execução para entrega de coisa certa;
V – incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução;
VI – qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa em processo de conhecimento.
Também ocorre inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação aqui.
*Sentença que se baseia em artigo considerado inconstitucional pode ser considerada inexequível? SIM.
Art. 525. § 12. Para efeito do disposto no inciso III do § 1º deste artigo, considera-se também inexigível a obrigação reconhecida em título executivo judicial fundado em lei ou ato normativo considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, ou fundado em aplicação ou interpretação da lei ou do ato normativo tido pelo Supremo Tribunal Federal como incompatível com a Constituição Federal, em controle de constitucionalidade concentrado ou difuso. 
§ 14. A decisão do Supremo Tribunal Federal referida no § 12 deve ser anterior ao trânsito em julgado da decisão exequenda.
§ 15. Se a decisão referida no § 12 for proferida após o trânsito em julgado da decisão exequenda, caberá ação rescisória, cujo prazo será contado do trânsito em julgado da decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal.
Prazo para apresentar embargos de declaração na execução de título extrajudicial
Art. 915. Os embargos serão oferecidos no prazo de 15 (quinze) dias, contados, conforme artigo 231. Se for Fazenda Pública, o prazo é de 30 dias.
*Na hipótese de título executivo extrajudicial, é possível que o credor ajuíze demanda objetivando a constituição de título executivo judicial.
Efeito suspensivo – garantia do juízo
Art. 525. § 6º A apresentação de impugnação não impede a prática dos atos executivos, inclusive os de expropriação, podendo o juiz, a requerimento do executado e desde que garantido o juízo com penhora, caução ou depósito suficientes, atribuir-lhe efeito suspensivo, se seus fundamentos forem relevantes e se o prosseguimento da execução for manifestamente suscetível de causar ao executado grave dano de difícil ou incerta reparação. 
Para ter efeito suspensivo tem que garantir o juízo, seja por penhora, caução ou depósito. É a requerimento do executado DESDE QUE for passível de causar grave dano de difícil ou incerta do executado.
Impenhorabilidade !decorar!
Se o hipossuficiente estiver sendo executado, faltará dinheiro, logo, é necessário saber o que não pode ser penhorado para quitar essa dívida.
Art. 833. São impenhoráveis:
I – os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução;
II – os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado, salvo os de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida;
III – os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado valor;
IV – os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, ressalvado o § 2º ;
V – os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão do executado;
VI – o seguro de vida;
VII – os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas;
VIII – a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família;
IX – os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em educação, saúde ou assistência social;
X – a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta) salários-mínimos;
§ 1º A impenhorabilidade não é oponível à execução de dívida relativa ao próprio bem, inclusive àquela contraída para sua aquisição. 
BEM DE FAMÍLIA, POR LEI, É IMPENHORÁVEL.
Impenhorabilidade relativa
Art. 834. Julgando procedente o pedido, o juiz determinará a caução e assinará o prazo em que deve ser prestada, cumprindo-se as diligências que forem determinadas. 
ATENÇÃO! A regra geral da impenhorabilidade pode ser mitigada por conta dos princípios da efetividade e da razoabilidade, nos casos em que ficar demonstrado que a penhora não afeta a dignidade do devedor. LOGO, é impenhorável aquilo que afeta a dignidade do devedor. Pode, por exemplo, penhorar parte do salário quando essa parte não afeta a dignidade do devedor. Se você consegue garantir a dignidade do executado, você pode penhorar.
GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Necessitado é aquele que não tem como pagar custas e honorários sem prejuízo do sustento próprio ou da família.
A assistência jurídica estricto sensu não inclui a gratuidade de justiça.
Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei 
§ 1º A gratuidade da justiça compreende:
I – as taxas ou as custas judiciais;
II – os selos postais;
III – as despesas com publicação na imprensa oficial, dispensando-se a publicação em outros meios;
IV – a indenização devida à testemunha que, quando empregada, receberá do empregador salário integral, como se em serviço estivesse;
V – as despesas com a realização de exame de código genético - DNA e de outros exames considerados essenciais;
VI – os honorários do advogado e do perito e a remuneração do intérprete oudo tradutor nomeado para apresentação de versão em português de documento redigido em língua estrangeira;
VII – o custo com a elaboração de memória de cálculo, quando exigida para instauração da execução;
VIII – os depósitos previstos em lei para interposição de recurso, para propositura de ação e para a prática de outros atos processuais inerentes ao exercício da ampla defesa e do contraditório;
IX – os emolumentos devidos a notários ou registradores em decorrência da prática de registro, averbação ou qualquer outro ato notarial necessário à efetivação de decisão judicial ou à continuidade de processo judicial no qual o benefício tenha sido concedido.
OU SEJA, taxas, custas e todas as despesas processuais da causa.
§ 2º A concessão de gratuidade não afasta a responsabilidade do beneficiário pelas despesas processuais e pelos honorários advocatícios decorrentes de sua sucumbência. 
§ 3º Vencido o beneficiário, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos 5 (cinco) anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário. 
REGRA
A concessão de gratuidade não afasta a responsabilidade do beneficiário pelas despesas processuais e pelos honorários advocatícios decorrentes de sua sucumbência.
EXCEÇÃO
CONTUDO, pode ficar suspenso por 5 anos após o trânsito da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário. 
Presunção de veracidade – Pessoa física
O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos elementos que evidenciem a falta dos pressupostos legais para a concessão de gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido, determinar à parte a comprovação do preenchimento dos referidos pressupostos.
Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa pessoa natural, isto é, PESSOA FÍSICA BASTA ALEGAR (embora, na prática, o juiz exija comprovação). Já a PESSOA JURÍDICA DEVE COMPROVAR documentalmente a sua hipossuficiência para conseguir a concessão do benefício. Caso seja negado, pelo princípio da não surpresa, o juiz dará a parte o direito de tentar preencher os requisitos para a concessão em vez de simplesmente indeferir o pedido de plano.
Recurso
Art. 101. Contra a decisão que indeferir a gratuidade ou a que acolher pedido de sua revogação caberá agravo de instrumento, exceto quando a questão for resolvida na sentença, contra a qual caberá apelação.
JUIZADO ESPECIAL CÍVEL
O JEC tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade. Aplica-se as causas cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário-mínimo.
Art. 3º O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade, assim consideradas:
I - as causas cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário-mínimo;
II - as enumeradas no art. 275, inciso II, do Código de Processo Civil;
III - a ação de despejo para uso próprio;
IV - as ações possessórias sobre bens imóveis de valor não excedente ao fixado no inciso I deste artigo.
*de 20 a 40 salários-mínimos precisa de assistência de advogado ou defensor. Menos que 20 salários-mínimos pode comparecer sem advogado.
Execução Juizado
Art. 3º. § 1º Compete ao Juizado Especial promover a execução:
I - dos seus julgados;
II - dos títulos executivos extrajudiciais, no valor de até quarenta vezes o salário-mínimo, observado o disposto no § 1º do art. 8º desta Lei.
ATENÇÃO! Se o autor deixa de comparecer a qualquer das audiências extingui-se o processo sem resolução do mérito. Se é o réu que não comparece ou recursar-se a participar da conciliação presencial, o juiz proferirá a sentença.
Recurso
Necessita de advogado na hora de recorrer, independente do valor da causa. É interposto no prazo de 10 dias da ciência de sentença, da qual constarão as razões e o pedido do recorrente, para o próprio juizado. Não vai para o tribunal, vai para turma recursal (3 juízes togados). O preparo será feito, independente de intimação, nas 48h seguintes da interposição, sob pena de deserção.
Não é apelação, não é agravo. É RECURSO INOMINADO. É ao final da primeira fase, da fase cognitiva. As questões não precluirão.
COMPETÊNCIA
Limites do exercício legítimo da função jurisdicional. Pressuposto processual de validade. É una e indivisível.
Pode ser internacional (exclusiva (não poderá homologar sentença estrangeira) ou concorrente (poderá homologar sentença estrangeira)) ou interna (territorial, material (em razão da natureza do direito controvertido), valor (da causa), função (prevenção, fase subsequente do processo ou causas das sentenças determinativas) e pessoa). O critério material e de valor é relativo, enquanto o funcional e o pessoal é absoluto.
A análise da competência é feita in status assertionis, isto é, segundo o que foi dito na petição inicial.
A alegação de incompetência, absoluta ou relativa, será alegada em preliminar de contestação. Se a incompetência relativa não for arguida em sede de preliminar de contestação ela precluirá. Já a incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser declara de ofício. 
Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.
Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente:
I – o foro de situação dos bens imóveis;
II – havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes;
III – não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio.
Art. 53. É competente o foro: 
I – para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união estável:
a) de domicílio do guardião de filho incapaz;
b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz;
c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal;
d) de domicílio da vítima de violência doméstica e familiar, nos termos da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha); (Incluída pela Lei nº 13.894, de 2019)
II – de domicílio ou residência do alimentando, para a ação em que se pedem alimentos;
III – do lugar:
a) onde está a sede, para a ação em que for ré pessoa jurídica;
b) onde se acha agência ou sucursal, quanto às obrigações que a pessoa jurídica contraiu;
c) onde exerce suas atividades, para a ação em que for ré sociedade ou associação sem personalidade jurídica;
d) onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se lhe exigir o cumprimento;
e) de residência do idoso, para a causa que verse sobre direito previsto no respectivo estatuto;
f) da sede da serventia notarial ou de registro, para a ação de reparação de dano por ato praticado em razão do ofício;
IV – do lugar do ato ou fato para a ação:
a) de reparação de dano;
b) em que for réu administrador ou gestor de negócios alheios;
V – de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, inclusive aeronaves.

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