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Universidade Federal de Juiz de Fora Departamento de Farmácia Disciplina: Bioquímica - Prática Professora: Fernanda Oliveira SAPONIFICAÇÃO DE TRIACILGLICERÓIS João Arthur Larissa Martins Rafael Noman GOVERNADOR VALADARES - 2016 INTRODUÇÃO O primeiro registro escrito sobre a preparação de sabão deve-se aos romanos, que descreveram o procedimento desenvolvido pelos fenícios há aproximadamente cinco mil anos, segundo o qual se utilizavam sebo de cabra e cinzas (BARBOSA; 2011) Os lipídeos possuem inúmeras funções, tais como: reservas de energia, componente das membranas biológicas, isolamento e proteção de órgãos. São moléculas insolúveis em água, que tendem a se agregar. O sabão é largamente empregado em diversos seguimentos industriais, tais como nas indústrias têxteis, de tintas, de plásticos e de couros. Entretanto, sua maior produção se destina à lavagem e limpeza domésticas (OZAGO, 2008).Os sabonetes e sabões líquidos são sabões especiais destinados a lavagem e ao banho e possuem um pH mais básico. O processamento dos sabões é relativamente simples. Suas principais etapas são empastagem, clarificação, purificação, resfriamento, corte, cunhagem, embalagem e armazenamento. O controle de alguns parâmetros é de fundamental importância para garantir uma massa de sabão base contendo excelentes propriedades (ARGENTIERE, 2001).1 Reação de saponificação TAG (apolares e insolúveis em H2O) hidrolisado na presença de uma base, ocorre a formação de sais de ácidos graxos ou sabões. NAOH (base forte - é base cuja constante de dissociação é elevada, aumentando com maior intensidade a concentração de OH- quando adicionada a uma solução aquosa). OBJETIVOS Geral: Ao final da prática os estudantes deverão ser capazes de obter o sabão através da reação de saponificação, entre um ácido graxo (glicerídeo) e uma base forte (naoh). Específicos: caracterizar os tags quanto a solubilidade; explicar a reação de saponificação a partir de tags; obter sabão a partir de ags livres; observar como ocorre a reação do glicerídeo com hidróxido de sódio, e analisar o que é necessário para que a reação ocorra, tanto em termos de materiais como de ações; analisar os produtos formados e a importância desta reação para a indústria. MATERIAIS E REAGENTES Materiais: 2 Tubos de ensaio; Grade para tubos de ensaio Tela de amianto; Tripé de ferro; Pipetas de vidro de 5 mL, 10 mL; Pêra de borracha; Bastão de vidro; Béquer. Reagentes: Óleo vegetal de soja: Hidróxido de sódio; Álcool etílico (age como solvente); PROCEDIMENTO Primeiramente adicionou-se no tubo de ensaio grande 1 mL de óleo de soja, com o auxílio da pipeta volumétrica. Em seguida adicionou 10 mL de uma solução NAOH 0,1M + etanol 95%, utilizando a pipeta volumétrica de 10mL. Aqueceu o tubo em banho Maria à 80 ᵒC por 30 minutos sempre agitando o tubo de ensaio a cada 5 minutos com auxílio do bastão de vidro. Após os 30 minutos, colocou o tubo em banho de água fria por 5 minutos, agitou o tudo com cuidado durante todo o procedimento. Posteriormente adicionou-se 15 mL de água destilada. Homogeneizou com o auxílio de um bastão de vidro. Observou-se a solução límpida de sabão de sódio. Agitou o tubo e observou o resultado. RESULTADOS E DISCUSSÕES Na preparação do sabão podemos perceber que ocorre uma reação exotérmica ao dissolver o hidróxido de sódio em água. É de grande importância a parte do aquecimento do óleo para que possa ser adicionado à solução de hidróxido de sódio. O aquecimento do óleo com a base resulta na reação de hidrólise, denominada saponificação (BARBOSA; 2011). A formação dos sabões (haletos orgânicos) é realizada via reação de um triacilglicerol (gordura ou óleo) com solução de hidróxido de sódio (NaOH) ou com outro hidróxido como o KOH, e aquecimento. Reação de Saponificação de um triacilglicerol (Foto: Wikipedia) O resultado desta transformação química é a produção de três moléculas de sabão para cada molécula de triglicerídio consumida. Observou-se a formação de um sabão viscoso, através da formação de micelas, após adição de água destilada no final do procedimento. CONCLUSÃO Conclui-se que a partir de insumos podemos obter a formação de um sabão de boa qualidade, através de um processo de baixo custo e de fácil procedimento. REFERÊNCIAS ALLINGER, N. L.; CAVA, M. P.; JONGH, D. C. et al. Química Orgânica. 2. ed, Rio de Janeiro: LTC, 2011. ARGENTIERE, R. Novíssimo receituário industrial: enciclopédia de fórmulas e receitas para pequenas, médias e grandes indústrias. São Paulo: Ícone, Ed. 5, 2001. OZAGO, O. N; PINO, J. C. D. Trabalhando a química dos sabões e detergentes. Porto Alegre(RS): Fapergs, 72p, 2008.
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