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Medula espinal Medula espinal • Aproximadamente cilíndrica. • Do forame magno até LI ou LII. • De 40 – 45 cm de comprimento (a coluna tem aproximadamente 70cm). • Ligada a 31 pares de nervos espinais. • Mais larga e oval nas regiões cervical inferior e lombar (intumescências). • Termina em forma de cone (o cone medular). • É revestida por meninges. Relação medula – nervos espinais Cada segmento medular correlaciona-se com um par de nervos espinais com raízes anterior e posterior. Não há separação nítida entre os segmentos. Meninges • Pia-mater • Pia-íntima e epipia • Ligamento denticulado (21 pares) – Espaço subaracnóide • Aracnóide – Espaço subdural (potencial) • Dura-mater – Espaço epidural (extradural, peridural) Topografia vértebro-medular • Diferença entre posição relativa dos segmentos medulares e vértebras da coluna. • Consequente ao crescimento diferente do tecido nervoso e dos ossos. Cauda equina Corte transversal • Substância cinzenta • Substância branca Dermátomos e miótomos Dermátomos Área de pele inervada por uma única raiz nervosa Território dermátomo Nuca C2 Ombro C4 Polegar C6 Médio C7 Mínimo C8 Mamilo T4 Umbigo T10 Inguinal L1 Hálux L4-L5 5o podo S1 Genitais/períneo S4-S5 Miótomos Grupos de músculos inervados a partir de um único segmento medular Músculo Segmento medular Deltóide C5 Bíceps C6 Tríceps C7 Hipotenar T1 Quadríceps L4 Extensor do hálux L5 Gastrocnêmio S1 Esfíncter interno do ânus S3-S4 Reflexos medulares Vascularização Medula espinal - funções • Receber impulsos sensoriais primários somáticos (pele, músculo esquelético e tendões) e viscerais e transportá-los a níveis superiores do neuroeixo, por meio de vias longas na sua substância branca, fazendo ou não conexão antes na sua substância cinzenta. • Contem neurônios motores somáticos (para músculo esquelético) e viscerais (para músculo cardíaco e liso e glandulas – via gânglios periféricos) que deixam a medula pelos nervos espinais em direção a seu destino. • Fibras somatossensoriais entram na medula e influenciam os neurônios motores direta ou indiretamente provocando os vários tipos de reflexo medular, de forma independente de níveis superiores do neuroeixo. • Contém fibras descendentes em vias longas em sua substância branca, que influenciam a atividade de neurônios medulares (motores e sensoriais), vindas do cérebro e tronco encefálico. Medula Anatomia interna Substância cinzenta • Corno posterior • Corno anterior • Corno lateral • Zona intermédia Lâminas de Rexed • Estudo realizado em 1952, em gatos, por Bror Rexed na Suécia • Descreve 10 zonas ou lâminas SC – nomenclatura tradicional • Corno posterior – Nc marginal – Substância gelatinosa – Nc próprio • Corno lateral – Neurônios pré-ganglionares simpáticos – Medula torácica e lombar superior – “Corno lateral” parassimpático de S2 a S4 • Corno anterior – Neurônios motores • Zona intermédia – Nc torácico posterior (dorsal de Clarke) – Interneurônios Lâminas de Rexed • I a IV – sensações exteroceptivas • I – nc marginal • II – substância gelatinosa – Modulação da informação sensorial • III e IV – nc próprio (sensorial principal) – Transmissão de informação sensorial para centros superiores e conexões reflexas • V e VI – Informações proprioceptivas – Integração motora – Neurônios de associação • VII – Nc dorsal de Clarke (de C8 a L3) – Orígem do trato espinocerebelar posterior – Conexões para reflexos • VIII – Modulação de atividade motora • IX – Principal área motora – Laminação característica • X – Função vegetativa? – Rico em neuróglia Medula • Substância branca • Trato ou fascículo: conjunto de fibras nervosas de mesma origem, destino e função Tratos do funículo posterior (grácil e cuneiforme) • Propriocepção • Tato discriminativo • Sensibilidade vibratória • Estereognosia Antes algumas definições... • Origem: local do corpo do neurônio envolvido na via. • Cruzado: quando a posição dele na medula é oposta a origem. • Nunca confundir trato medular com a via inteira, embora para entender de verdade o trato vc precise conhecer a via completa. • Fascículo grácil: – Origem: gânglio da raiz dorsal – Localização: medialmente no funículo posterior – Extensão: Toda a medula – Não cruzado – Término: NC grácil ipsilateral (bulbo) • Fascículo cuneiforme: – Origem: gânglio da raiz dorsal – Localização: lateralmente no funículo posterior – Extensão: acima de T6 – Não cruzado – Término: NC cuneiforme ipsilateral (bulbo) • Somatotopia? Tratos espinocerebelares • Trato espinocerebelar posterior – Origem: nc torácico posterior (dorsal de Clarke) ipsilateral – Receptores: fusos neuromusculares, órgãos neurotendíneos – Localização: funículo lateral – Extensão: acima de L2 – Não cruzado – Término: cerebelo (ipsilateral) via PCI – Função: propriocepção inconsciente – contração muscular (fase, velocidade, força) • Trato espinocerebelar anterior: – Origem: corno posterior contralateral – Receptores: órgãos neurotendíneos – Localização: funículo lateral – Extensão: Toda a medula – Cruzado – Término: cerebelo (contralateral) via PCS – Função: propriocepção inconsciente – atividade interneuronal, eficácia de vias descendentes • Trato espinocervicotalâmico – Origem: gânglio da raiz dorsal – Localização: funículo lateral – Extensão: toda a medula – Não cruzado – Término: nc cervical lateral ipsilateral – Existência não comprovada em humanos – Preservação de tato discriminativo e cinestesia em lesão de funículo posterior Via Anterolateral • Os tratos muitas vezes são descritos juntos porém... • Trato espinotalâmico lateral – Origem: corno posterior – Localização: funículo lateral – Extensão: toda a medula – Cruzado – Término: nc VPL do tálamo – Função: sensibilidade dolorosa e térmica • Trato espinotalâmico anterior – Origem: corno posterior – Localização: funículo lateral e anterior – Extensão: toda a medula – Cruzado em vários níveis – Término: nc VPL do tálamo – Função: tato grosseiro, sensibilidade pressórica Trato de Lissauer • O primeiro neurônio termina com ramos ascendente e descendente, fazendo sinapses em níveis medulares diferentes... Tratos descendentes • Nem todo trato descendente é motor... • Trato corticoespinal lateral: – Origem: córtex cerebral contralateral – Localização: funículo lateral – Extensão: toda a medula – Cruzado – Término: cornos anterior (e posterior) ipsilaterais • Trato corticoespinal anterior: – Origem: córtex cerebral ipsilateral – Localização: funículo anterior – Extensão: variável – Não cruzado – Término: cornos anterior (e posterior) contralaterais/ipsilaterais • Trato de Barnes: – Origem: córtex cerebral ipsilateral – Localização: funículo lateral – Extensão: toda a medula – Não cruzado – Término: cornos anterior (e posterior) ipsilaterais • Como explicar a preservação da ação da musculatura axial no acidente vascular encefálico? • Mais somatotopia... • Trato rubroespinal: – Origem: núcleo rubro contralateral – Localização: funículolateral – Extensão: toda a medula – Cruzado – Término: corno anterior ipsilateral – Função: movimento voluntário • Trato vestibuloespinal lateral: – Origem: nc vestibular lateral ipsilateral – Localização: funículo lateral – Extensão: toda a medula – Não-cruzado – Término: corno anterior ipsilateral – Função: postura e equilíbrio • Trato vestibuloespinal medial: – Origem: nc vestibulares mediais ipsi e contralaterais – Localização: funículo anterior – Extensão: medula cervical – Parcialmente cruzado – Término: corno anterior ipsilateral – Função: controle de posição da cabeça • Trato reticuloespinal: – Origem: formação reticular pontina e bulbar – Localização: funículos lateral e anterior – Extensão: toda a medula – Não cruzado – Término: corno anterior e zona intermédia ipsilaterais – Função: controle de movimento e postura, modulação sensitiva • Trato tectoespinal: – Origem: colículo superior contralateral – Localização: funículo anterior – Extensão: medula cervical – Cruzado – Término: corno anterior ipsilateral – Função: controle de posição da cabeça X movimentos oculares Fibras intersegmentares • Fascículo próprio • Fascículo dorsolateral de Lissauer
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