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Aula.3.D.Coisas

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DIREITO DAS COISAS
PROFESSOR: DENIS DE SOUZA LUIZ
www.denis-souza.blogspot.com.br
DIREITO DAS COISAS
DISCIPLINA TELETRANSMITIDA
DIREITO CIVIL V – FAMÍLIA
AULA 3
DIREITO DAS COISAS
 
 Orlando Gomes reconhece sete efeitos da posse:
o uso dos interditos ou ações possessórias.
direito a percepção dos frutos.
indenização por benfeitorias.
retenção pela indenização da benfeitorias úteis e necessárias.
(direito de retirar) das benfeitorias voluptuárias.
direito de usucapir.
indenização pelo esbulho ou turbação.
EFEITOS DA POSSE
DIREITO DAS COISAS
USO DA FORÇA
(DESFORÇO IMEDIATO)
 
O possuidor pode manter ou restabelecer a situação de fato pelos seus próprios recursos.
Requisitos: 
reação imediata após a agressão; 
uso moderado da força — os meios empregados devem ser proporcionais à agressão; 
deve-se limitar ao indispensável à manutenção ou restituição.
MEIOS DE DEFESA
DIREITO DAS COISAS
 Existem três espécies de interditos possessórios, também chamados de “ações possessórias”:
 
Ação de reintegração de posse: visa à obtenção de tutela da posse quando esta sofreu esbulho.
 
Ação de manutenção de posse: visa à obtenção de tutela da posse contra a turbação.
 
Ação de interdito proibitório: quando ainda não ocorreu moléstia à posse do demandante, existindo apenas uma ameaça de esbulho ou turbação. É uma demanda preventiva.
INTERDITOS POSSESSÓRIOS
DIREITO DAS COISAS
VIOLAÇÃO DA POSSE (art. 1.210, CC): esbulho e turbação.
ESBULHO 		REINTEGRAÇÃO
TURBAÇÃO 		MANUTENÇÃO
AMEAÇA 		 INTERDITO PROIBITÓRIO
INTERDITOS POSSESSÓRIOS
DIREITO DAS COISAS
DIREITO DAS COISAS
“Art. 554 NCPC A propositura de uma ação possessória em vez de outra não obstará a que o juiz conheça do pedido e outorgue a proteção legal correspondente àquela cujos pressupostos estejam provados."
Exceção ao julgamento extra petita.
Aplica-se o princípio apenas às três ações possessórias típicas.
PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE
DIREITO DAS COISAS
 Art. 555. É lícito ao autor cumular ao pedido possessório o de:
I – condenação em perdas e danos;
II – indenização dos frutos.
Parágrafo único. Pode o autor requerer, ainda, imposição de medida necessária e adequada para:
I – evitar nova turbação ou esbulho;
II – cumprir-se a tutela provisória ou final.
É opção do autor. Juiz não pode condenar de oficio.
A prova terá que ser produzida na fase de conhecimento. 
Se o autor for cumular outros pedidos (Ex: rescisão de contrato, demarcatória) tem que dispensar o dito especial e ajuizar ação ordinária.
A CUMULAÇÃO DE PEDIDOS
DIREITO DAS COISAS
Art. 556. É lícito ao réu, na contestação, alegando que foi o ofendido em sua posse, demandar a proteção possessória e a indenização pelos prejuízos resultantes da turbação ou do esbulho cometido pelo autor.
 Como o réu pode formular tais pedidos na contestação, não se admite reconvenção em ação possessória. (Doutrina não é pacífica)
O CARÁTER DÚPLICE DAS AÇÕES POSSESSÓRIAS
DIREITO DAS COISAS
Art. 557. Na pendência de ação possessória é vedado, tanto ao autor quanto ao réu, propor ação de reconhecimento do domínio, exceto se a pretensão for deduzida em face de terceira pessoa.
Parágrafo único. Não obsta à manutenção ou à reintegração de posse a alegação de propriedade ou de outro direito sobre a coisa. 
No juízo possessório não adianta alegar domínio (propriedade), porque só se discute posse.
Poder de fato sobre a coisa (posse)
Poder de direito sobre a coisa (propriedade).
JUÍZO POSSESSÓRIO
X
JUÍZO PETITÓRIO
DIREITO DAS COISAS
JUS POSSESSIONIS: envolve o direito de posse, em outras palavras, é poder de fato sobre a coisa, que possibilita o uso dos interditos possessórios para a sua defesa.
 
JUS POSSIDENDI: é diferente do JUS POSSESSIONIS, uma vez que está relacionado ao direito ao próprio domínio, direito conferido ao titular do domínio de possuir o que é seu.
ATENÇÃO! NÃO CONFUNDIR!
JUS POSSESSIONIS X JUS POSSIDENDI 
DIREITO DAS COISAS
Art. 558. Regem o procedimento de manutenção e de reintegração de posse as normas da Seção II deste Capítulo quando a ação for proposta dentro de ano e dia da turbação ou do esbulho afirmado na petição inicial.
Parágrafo único. Passado o prazo referido no caput, será comum o procedimento, não perdendo, contudo, o caráter possessório. 
DIREITO DAS COISAS
Art. 559. Se o réu provar, em qualquer tempo, que o autor provisoriamente mantido ou reintegrado na posse carece de idoneidade financeira para, no caso de sucumbência, responder por perdas e danos, o juiz designar-lhe-á o prazo de 5 (cinco) dias para requerer caução, real ou fidejussória, sob pena de ser depositada a coisa litigiosa, ressalvada a impossibilidade da parte economicamente hipossuficiente. 
DIREITO DAS COISAS
DIREITO DAS COISAS
* Frutos: são as utilidades que o bem principal produz periodicamente, cuja percepção não diminui a sua substância, como ocorre com o bezerro, os juros e o aluguel, cujas produções periódicas não diminuem a substância da vaca, do capital e do imóvel. 
Os frutos podem ser classificados: 
FRUTOS
DIREITO DAS COISAS
Quanto ao estado:
Pendentes: são aqueles que ainda se encontram ligados ao bem principal, não tendo sido, portanto, destacados.
Colhidos ou percebidos: são os frutos já destacados do bem principal, mas ainda existentes. Estantes são os frutos já destacados, que se encontram estocados e armazenados para a venda.
Percipiendos são aqueles que deveriam ter sido colhidos, mas não o foram.
Consumidos são os que não mais existem.
CLASSIFICAÇÃO DOS FRUTOS
DIREITO DAS COISAS
Art. 1.214. O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos percebidos.
Parágrafo único. Os frutos pendentes ao tempo em que cessar a boa-fé devem ser restituídos, depois de deduzidas as despesas da produção e custeio; devem ser também restituídos os frutos colhidos com antecipação.
PERCEPÇÃO DOS FRUTOS
DIREITO DAS COISAS
Art. 1.216. O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu de má-fé; tem direito às despesas da produção e custeio.
PERCEPÇÃO DOS FRUTOS
DIREITO DAS COISAS
⇒	O possuidor de boa-fé faz jus aos frutos percebidos (art. 1.214), mas deve restituir os pendentes e os colhidos com antecipação (§ único);
 
⇒	O possuidor de má-fé deve restituir todos os frutos colhidos e percebidos, bem como, aqueles que deixou de perceber (art. 1.216);
RESUMO
PERCEPÇÃO DOS FRUTOS
DIREITO DAS COISAS
DIREITO DAS COISAS
Podemos definir as benfeitorias como sendo a obra realizada pelo homem, na estrutura da coisa principal, com o propósito de conservá-la, melhorá-la ou embelezá-la. 
BENFEITORIAS
DIREITO DAS COISAS
Necessárias: são aquelas realizadas para evitar um estrago eminente ou a deterioração da coisa principal. Ex: reparos realizados em uma viga.
AS BENFEITORIAS CLASSIFICAM-SE EM:
DIREITO DAS COISAS
Úteis: são aquelas empreendidas com o escopo de facilitar a utilização da coisa. Ex: a abertura de uma nova entrada que servirá de garagem para a casa. 
AS BENFEITORIAS CLASSIFICAM-SE EM:
DIREITO DAS COISAS
Voluptuárias: são aquelas empreendidas para mero deleite ou prazer, sem aumento da utilização habitual da coisa. 
Ex: a decoração de um jardim, piscina, piso de mármore.
AS BENFEITORIAS CLASSIFICAM-SE EM:
DIREITO DAS COISAS
Possuidor de Boa-fé tem o direito: (art. 1.219)
⇒ Indenização das benfeitorias necessárias e úteis;
⇒ As voluptuárias são opcionais a indenização, mas pode retirá-las (sem prejuízo da coisa);
Direito de retenção pelas benfeitorias úteis e necessárias.
BENFEITORIAS
DIREITO DAS COISAS
Possuidor de Má-fé tem o direito (art. 1.220)
 Indenização somente das benfeitorias necessárias;
 Não pode retirar as voluptuárias;
 Não tem direito de retenção.
BENFEITORIAS
DIREITO DAS COISAS
Possuidor de boa-fé – artigo
1.217 C.C:
 
Art. 1.217. O possuidor de boa-fé não responde pela perda ou deterioração da coisa, a que não der causa.
Este artigo atribui ao possuidor de boa-fé, responsabilidade civil subjetiva. Ele responde apenas com culpa (culpa + dolo).
RESPONSABILIDADE CIVIL POR PERDA E DETERIORIZAÇÃO
DIREITO DAS COISAS
Possuidor de má-fé – artigo 1.218 C.C:
Art. 1.218. O possuidor de má-fé responde pela perda, ou deterioração da coisa, ainda que acidentais, salvo se provar que de igual modo se teriam dado, estando ela na posse do reivindicante.
Art. 399. O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem durante o atraso; salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada.
RESPONSABILIDADE CIVIL POR PERDA E DETERIORIZAÇÃO
DIREITO DAS COISAS

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