Buscar

displasia coxofemoral

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Trabalho discente efetivo de clínica cirúrgica de animais de companhia.
Daniele Amanda Vicentine.
Referente à displasia coxofemoral responda os seguintes tópicos:
a) definição:
É uma patologia do desenvolvimento, caracterizada pela diferença entre a massa muscular pélvica e o crescimento do esqueleto, afeta a cabeça e o colo femoral, além do acetábulo. (BRAM et al., 2014).
b) perfil epidemiológico: 
Afeta principalmente cães de grande porte, como, por exemplo, cães das raças Pastor-Alemão, Rotweiller, Labrador e São Bernardo. (ROCHA et al., 2008). É essencialmente bilateral e ocorre igualmente em machos e fêmeas. Ela tem sido associada à frouxidão articular. (Henricson et al., 1966; Madsen, 1997). 
c) mecanismos etiopatogênicos/fisiopatologia:
A diferença entre o crescimento esquelético e a massa muscular pélvica, relacionada à hereditariedade e ao tamanho dos animais, gera uma incongruência entre as superfícies articulares, que, através das alterações ósseas que surgem e do relaxamento do ligamento redondo, resulta no deslocamento dorsolateral da cabeça do fêmur. (BRAM et al., 2014). Seguindo seu curso normal, a doença tende a evoluir para uma doença articular degenerativa, que é caracterizada por esclerose, brotamento de osteófitos, desgaste da cartilagem com consequente aproximação dos ossos subcondrais na imagem radiográfica e perda da conformação. 
d) sinais clínicos:
Podem ser muito variados, de modo que o animal pode apresentar claudicação unilateral ou bilateral, dorso arqueado, deslocamento do peso corporal em direção aos membros anteriores, com rotação lateral desses membros e andar bamboleante. (ROCHA et al., 2008).
e) métodos diagnósticos:
Segundo ROCHA et al. (2008), ao nascimento, as funções e estruturas das articulações apresentam-se normais e, em média, as alterações passam a ser observadas, radiograficamente, entre os seis e nove meses de idade - a depender do grau da lesão - ou após os doze meses de idade, sendo que, em alguns casos, podem vir a ser observadas somente após os dois anos. Porém, de acordo com TÔRRES (1993.), recomenda-se que o exame seja feito com, no mínimo, 12 meses de idade em raças de médio e grande porte. 
O diagnóstico é feito através da radiografia, podendo-se utilizar o ângulo de Norberg, em que se mede, na radiografia, o ângulo entre as estruturas, que, se for igual ou superior a 105º a articulação é considerada normal (Douglas e Williamson, 1975), bem como pela observação de alterações ósseas tais como: arrasamento do acetábulo, achatamento da cabeça do fêmur, subluxação ou luxação coxofemoral e alterações secundárias (LUST et al., 1985). 
Em que pese a importância de se antecipar o diagnóstico, para a busca da melhoria genética - no caso dos criadores -, bem como para um melhor tratamento, o Hospital da Escola de Veterinária da UFMG desenvolveu um dispositivo denominado “distrator”, visando o diagnóstico precoce, antes de 12 meses de idade, baseando-se na intensidade da frouxidão articular, mesmo quando não houverem evidências radiográficas de alterações ósseas ou de doença articular degenerativa. (TÔRRES et al. 2005). Ainda, de acordo com SMITH et al. (1990), o uso do distrator permite quantificar o índice de distração (ID), tornando-se então um método muito importante, pois este índice está diretamente ligado ao surgimento da doença articular degenerativa, posto que, quanto maior for o ID, maior será a intensidade das alterações ósteoartróficas. (TÔRRES et al. 2005).
ROCHA et al. (2008), relata ainda a possibilidade do uso da ressonância magnética e do PennHip, um método radiográfico muito utilizado nos Estados Unidos (FORTES Jr., 2008) para a realização do diagnóstico. 
f) protocolos terapêuticos médicos e/ou cirúrgicos
A terapêutica clínica baseia-se no uso de analgésicos, anti-inflamatórios não esteroidais e até anti-inflamatórios os esteroidais e condroprotetores, somados a tratamentos suplementares como controle do peso do animal, fisioterapia, acupuntura, e evitar que o animal passeie em pisos lisos. 
A terapêutica cirúrgica é indicada para casos mais graves e a técnica mais utilizada é o implante de prótese total do quadril, sendo realizado apenas em cães com mais de dois anos, pois se necessita que os ossos estejam completamente formados para suportar o implante. 
Outras técnicas utilizadas são: osteotomia tripla, em cachorros até 12 meses de idade que não apresentem artrite; Dartroplastia, para cães jovens que não têm as condições necessárias para uma osteotomia tripla ou prótese total do quadril; Osteotomia da cabeça do fêmur; Colocefalectomia; Osteotomia intratocantérica; Acetabuloplastia; Pectinectomia; Denervação da cápsula articular. (ROCHA et al. 2008)
g) prognóstico.
O prognóstico clínico é reservado, posto que a tendência da doença articular é agravar-se ao longo da vida, mas irá depender muito da disposição do proprietário em tratar o animal adequadamente, fornecer os medicamentos de maneira correta e controlar o peso, já o prognóstico cirúrgico varia de acordo com a gravidade da displasia, bem como com o grau de atrofia muscular, de modo que, quanto maior a atrofia muscular no membro atingido, maior o tempo de convalescença até se atingir a melhora (BRAUN et al., 2003).
REFERÊNCIAS: 
ROCHA, F. B. C.; da SILVA, D.; da BENEDETTE, M. F.; dos SANTOS, D. A. N.; COSTA, E. A. A. Displasia coxofemoral em cães. Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária, n. 11, editora FAEF. 2008. Disponível em: http://www.faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/3w06cWeAcFaNErX_2013-6-14-10-15-11.pdf.
BRAM , F. A. C. F.; GEORGETTI K. R.; MONACO, R.; CASTRO, M. Displasia coxofemoral em cães. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 12, n. 2. 2014. Disponível em: http://189.126.110.61/recmvz/article/view/24101
TÔRRES, R.C.S. Prevalência da displasia coxofemoral em cães da raça Pastor Alemão. 1993. 69f. Dissertação (Mestrado em Medicina e Cirurgia). Escola de Veterinária, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte. 
LUST, G.; RENDANO, U. T.; SUMMERS, B. A. Canine hip dysplasia: concepts and diagnosis. Journal of the American Veterinary Medical Association. v.187, p.638-640, 1985.
TÔRRES , R.C.S.; ARAÚJO, R.B.; REZENDE, C.M.F. Distrator articular no diagnóstico radiográfico precoce da displasia coxofemoral em cães. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec. vol.57 n.1 Belo Horizonte. 2005. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-09352005000100004
SMITH, G.K.; BIERY, D.N.; GREGOR, T.P. New concepts of coxofemoral joint stability and the development of a clinical stress-radiographic method for quantitating hip joint laxity in the dog. J. Am. Vet. Med. Assoc., v.196, p.59-70, 1990. 
FORTES Jr, A. DIAGNÓSTICO DA DISPLASIA COXO-FEMORAL CANINA. Publicado no site: http://www.labsbr.com.br/diagnchd.htm, acessado em 16/04/2008. GEROSA, R. M. La displasia de la cadera canina desde una visión biomecánica. Revista de Medicina Veterinária, v. 76, n.1, p.69-71, 1995.
BRAUN, D. et al. Dorsale denervation der hüftgelenkskapsel beim hund ergebnisse einer langzeitstudie.Kleintierpraxis, v.4, p.185-244, 2003.

Continue navegando