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Ortopedia Veterinária Acadêmicas: : Flávia Tolfo e Rayssa Rodrigues Professor: João Pedro Scussel Feranti Doenças Articulares em Membro Pélvico Displasia Coxofemoral em cães Dis = má Plasia = formação Displasia = má formação Má formação das articulações coxofemorais ou ou displasia de quadril ‘’Doença de má-formação genética, com degeneração da articulação do quadril dos cães e que envolve principalmente estruturas como a cabeça do fêmur, a cápsula articular e o acetábulo.’’ Introdução • A displasia coxofemoral se caracteriza pela diferença entre o crescimento de duas partes componentes do quadril, o acetábulo, colo e cabeça do fêmur, o que gera uma incongruência na articulação. Cão normal sem Displasia Perfeito encaixe da cabeça do fêmur no acetábulo. Cão com Displasia Bilateral Subluxação da articulação coxofemoral (sem encaixe da cabeça do fêmur no acetábulo). Introdução • Embora seja uma doença hereditária, ela também pode ser agravada de acordo com o ambiente em que o pet vive. Alguns fatores que agravam essa condição são: pisos lisos, obesidade e exercício em excesso. Hereditariedade Obesidade Introdução • A doença pode afetar qualquer cachorro, porém algumas raças como Golden, Rottweiler, Labrador, Pastor Alemão e Bulldog têm uma alta predisposição para a afecção. Golden Rottweiler Labrador Pastor Alemão Bulldog Introdução • A sintomatologia aparece principalmente entre quatro e sete meses de idade e se baseia na dor, claudicação, maior dificuldade de locomoção em superfícies lisas, atrofia muscular, mobilidade excessiva ou reduzida, dependendo da fase, aguda ou crônica, e crepitação ao exame clínico da articulação. • As manifestações clínicas nem sempre são compatíveis com os achados radiológicos. • Estudos estatísticos mostram que 70% dos animais radiograficamente afetados não apresentam sintomas e somente 30% necessitam de algum tipo de tratamento (Gerosa, 1995). • Assim, os veterinários estão cada vez mais envolvidos com exames radiográficos para a displasia que obedeçam os critérios de posicionamento do animal, cujo padrão de qualidade ofereça condições de visualização da micro trabeculação óssea da cabeça e colo femorais e ainda definição precisa das margens da articulação coxofemoral, especialmente do bordo acetabular dorsal; além do tamanho do filme que deve incluir toda a pelve e as articulações fêmoro-tíbio- patelares do paciente. Diagnóstico • Para fazer um diagnóstico correto deve se fazer alguns testes simples que já podem indicar algo errado como: palpação do quadril e coxas e alguns exercícios básicos como fazer o pet caminhar, correr, ficar em pé, histórico de diminuição da atividade física (evitam saltar, correr, subir ou descer escadas, sofás e camas), calcanhares virados “para dentro”, atrofia da musculatura da coxa, aumento da musculatura dos ombros • Caso haja algo errado, o raio-X é a maneira mais efetiva de diagnosticar o problema • Raio-X das articulações coxofemorais é esclarecedor nos animais com suspeita de displasia do quadril, já a Técnica de Raio-X Penn-Hip, consegue detectar quais filhotes irão desenvolver a doença da displasia coxofemoral Diagnóstico Exame clínico: Questionar sobre o histórico dos genitores Observar o paciente parado, caminhando e trote Examinar aumento de volume e assimetrias nos membros Buscar presença de dor Sinal de Ortolani Sinal de Bardens Diagnóstico Exame Clínico – Sinal de Bardens • Animais mais leves e com menos de três meses de idade • Segurar o fêmur com uma mão e posicionar o polegar da outra na tuberosidade isquiática e o indicador sobre o trocânter maior. • Abduzir o fêmur paralelamente à mesa de exame Diagnóstico Exame Clínico – Sinal de Ortolani • Posicionar o fêmur paralelamente à superfície da mesa de exame • Colocar a palma de uma das mãos sobre a articulação coxofemoral e com outra segurar a articulação do joelho pressionando fêmur contra o seu acetábulo • Abduzir o máximo o fêmur • A cabeça do fêmur retornará a sua cavidade acetabular, algumas vezes emitindo um som audível Diagnóstico Exame Complementar: Raio-x • O diagnóstico definitivo é obtido através do exame radiográfico, mediante posicionamento correto do paciente e imagens de qualidade. • Este posicionamento normalmente é alcançado através da anestesia geral, já que estamos frente a uma alteração muitas vezes dolorosa e de raças geralmente grandes. Diagnóstico Exame Complementar: Raio-x • Nestas circunstâncias a imagem radiográfica deverá nos mostrar o seguinte: - ílios simétricos - canal pélvico ovalado, de contornos simétricos, quando dividido sagitalmente - foramens obturadores simétricos - fêmures paralelos entre si e com a coluna - patelas sobrepostas aos sulcos trocleares Diagnóstico Exame Complementar: Raio-x Método de Norberg • O ângulo de Norberg é uma medida da folga articular visível na projeção padrão, e é um critério empregado pela Federação Cinológica Internacional (FCI) para identificar se o quadril está normal ou com displasia. • Ângulos de Norberg menores que 105º denotam subluxação (McLaughlin & Tomlinson 1996). Diagnóstico Exame Complementar: Raio-x PennHIP • Métofo que mede a frouxidão do quadril e pode ser utilizado em cães com 16 semanas de idade. • Serve para observar se os cães são susceptíveis a desenvolver a displasia. • O diagnóstico é feito através de três radiografias com o animal sob sedação ou anestesia. • A primeira imagem é em extensão onde será observada a artrite e a subluxação do quadril. • A segunda imagem mostra o índice de compressão, onde se observa se a cabeça do fêmur está bem inserida no acetábulo. • E a terceira imagem mostra o índice de distração, que é característica do PennHIP, onde é utilizado um dispositivo especial, que permite a medição precisa da máxima flexibilidade do quadril. • Esse método somente é realizado por veterinários com certificados e qualificados para executar o procedimento PennHIP (PENNHIP, 2016). Diagnóstico Classificação da displasia Grau A – ACF normais (HD –) Grau B – ACF próximas da normalidade (HD +/–) Grau C – Displasia coxofemoral leve (HD +) Grau D – Displasia coxofemoral moderada (HD ++) Grau E – Displasia coxofemoral grave (HD +++) Tratamento Clínico • Baseado na utilização de analgésicos, antiinflamatórios não esteroidais e até mesmo os esteroidais. • Pode ser feito também o controle de peso do animal, fisioterapia (natação, caminhadas). • Evitando que o animal deambule em piso liso e a utilização da acupuntura, trazendo bons resultados. Tratamento Cirúrgico • Para os casos considerados de maior gravidade, a técnica mais utilizada é de implantar uma prótese total do quadril, este procedimento é praticado apenas em cães com mais de dois anos, uma vez que os ossos necessitam de estar bem formados para suportarem os implantes. • Não só com o objetivo de minimizar a dor, mas também de devolver a funcionalidade à anca e corrigir os erros genéticos (Payne, 2008; Perera, 2008). • Outras técnicas usadas: osteotomia tripla, em cachorros até aos 12 meses, pode-se recorrer a esta cirurgia, desde que não apresentem artrite; dartroplastia, procedimento mais recente, para cães jovens que não têm as condições necessárias para uma osteotomia tripla ou prótese total da anca; osteotomia da cabeça do fêmur, a excisão da cabeça do fêmur é um procedimento utilizado em último recurso; colocefalectomia; osteotomia intratocantérica; acetaculoplastia; pectinectomia; denervação da cápsula articular (Calheiros, 2007) Prognóstico • Depende da gravidade e dos sintomas da displasia coxofemoral. • Através da combinação das várias opções de tratamento, os sintomas podem ser aliviados e podem mesmo verificar-se períodos sem sintomas. • A displasia coxofemoral não tem cura e, portanto, o objetivo passa por aliviar a sintomatologia e retardar as mudanças nas articulações. • Embora a intervenção cirúrgicapossa melhorar o prognóstico tanto quanto a função clínica aceitável em longo prazo, aproximadamente 75% dos pacientes jovens tratados de forma conservadora retornam à função clínica aceitável com a maturidade. O restante dos pacientes requer outras formas de tratamento clínicos ou cirúrgico em algum momento da vida (FOSSUM, 2014). Necrose Asséptica da Cabeça do Fêmur Introdução ● É uma doença não muito comum na rotina clínica de animais de pequeno porte. ● Conhecida também como a doença de Legg-Calve-Perthes. ● Sinônimos mais comuns para esta condição são, a necrose avascular da cabeça do fêmur, necrose asséptica, osteonecrose, coxa placa, osteocondrite deformante juvenil e osteocondrose. ● Acometem cães jovens, de ambos os sexos, de raças de pequeno porte. Pode ser uni ou bilateral. ● As raças toys e os cães terriers são os animais mais suscetíveis.N ec ro se A ss ép tic a da C ab eç a do F êm ur N ec ro se A ss ép tic a da C ab eç a do F êm ur Introdução ● Foram apresentados vários fatores como prováveis responsáveis por sua ocorrência, como, compressão vascular e atividade de hormônios sexuais precoces, conformação anatômica, pressão intracapsular, fatores genéticos e anormalidades congênita, são as prováveis causas para sua ocorrência. ● O osso da cabeça e colo femorais sofre necrose e deformação. ● Essa condição leva a alterações degenerativas severas no âmbito de toda a articulação coxofemoral, conduzindo também ao desenvolvimento de notável osteoartrose. (A) Destruição óssea precoce causa lucência radiográfica e perda real de substância no colo femoral. (B) A epífise permanece no acetábulo, mas o colo deformado encontra-se deslocado. (C) O osso está novamente sendo depositado, mas a cabeça e o colo femorais permanecem deformados. (D) A cabeça femoral está aplainada e enrugada, levando à instabilidade e à doença articular degenerativa. N ec ro se A ss ép tic a da C ab eç a do F êm ur Sinais Clínicos ● Dor. ● O animais morde no flanco e na área do quadril onde está afetado. ● Movimentos restritos. ● Encurtamento do membro. ● Claudicação gradual até a progressão da doença, quando muito avançada leva a elevação do membro. ● Atrofia muscular. N ec ro se A ss ép tic a da C ab eç a do F êm ur N ec ro se A ss ép tic a da C ab eç a do F êm ur Diagnóstico ● Histórico clínico. ● Exame físico. ● Confirmação dos exames através da radiografia. ● Radiografias iniciais podem incluir evidências de um aumento na rádio-opacidade, à medida que novo osso é depositado nas lacunas vazias. A progressão da doença inclui reabsorção do osso necrótico. N ec ro se A ss ép tic a da C ab eç a do F êm ur Diagnóstico Diagnóstico (A). Radiografia do quadril em extensão de um cão de 10 meses de idade com evidência de esclerose no colo do fêmur e colapso da cabeça do fêmur. N ec ro se A ss ép tic a da C ab eç a do F êm ur Diagnóstico (B). Mesmo cão com progressão radiográfica da doença é evidente quando o cão tem 14 meses de idade com colapso completo da cabeça do fêmur e osteoartrite grave. N ec ro se A ss ép tic a da C ab eç a do F êm ur Tratamento conservador ● Repouso em jaula de contenção. ● Restrição severa de exercício. ● Utilização de imobilização suspensória. ● Melhor opções para cães com alterações clínicas e radiográficas mínimas. N ec ro se A ss ép tic a da C ab eç a do F êm ur N ec ro se A ss ép tic a da C ab eç a do F êm ur Tratamento cirurgico • Ostectomia da cabeça e do colo femorais. • Cirurgia e pós-operatório, adequados para cada caso, finalizando com a fisioterapia. Doenças Articulares em Membro Torácico Displasia de Cotovelo D is pl as ia d e C ot ov el o Introdução • É uma osteocondrose, ocorre no homem e em muitas espécies animais, afeta principalmente cães de grande porte durante a fase de crescimento, sendo uma das causas mais comuns de claudicação em cães jovens. • Caracterizada por um espessamento focal da camada cartilagínea e consequente interrupção de fornecimento sanguíneo, em particular para a epífise, resultando numa falha da nutrição via difusão, seguida de necrose focal e, posteriormente, um novo crescimento ósseo. • A DC pode ser resultante de pelo menos quatro anormalidades principais, sendo elas a, osteocondrite dissecante (OCD), não-união do processo ancôneo (NUPA), fragmentação do processo coronóide medial da ulna (FPCM) e epicôndilo medial não unido (EMNU). E também a incongruência articular (IA). D is pl as ia d e C ot ov el o Localização da ocorrência de NUPA, OCD e FPCM na articulação do cotovelo Plano cranial (A) e caudal (B) da extremidade distal do úmero esquerdo D is pl as ia d e C ot ov el o D is pl as ia d e C ot ov el o Introdução • Tem caráter genético, nutricional, traumático, ou causa hereditária, que entra as doenças já conhecidas. • Acomete mais animais machos, do que as fêmeas. D is pl as ia d e C ot ov el o Plano cranial da extremidade proximal da ulna D is pl as ia d e C ot ov el o Introdução • A OCD e a NUPA são tipos de osteocondrose, resultantes de uma ossificação endocondral anormal da cartilagem articular. • Todas as manifestações de displasia do cotovelo irão desenvolver a osteoartrose. D is pl as ia d e C ot ov el o Osteocondrite Dissecante • Acomete o côndilo medial do úmero, algumas vezes bilateralmente. Embora animais das raças Retriever, Montanhês de Berna e Rottweiler entre as idades de 5 a 8 meses sejam mais comumente acometidos, muitos outros cães de raças de grande porte também são acometidos. D is pl as ia d e C ot ov el o • Seta – defeito no osso subcondral do côndilo medial do úmero, característico de OCD. Osteocondrite Dissecante D is pl as ia d e C ot ov el o Fragmentação do Processo Coronóide Medial da Ulna • As raças dos animais acometidos, as manifestações clínicas e a etiopatologia desta doença, são semelhantes às encontradas na OCD do côndilo umeral. • A lesão umeral é frequentemente indefinida. D is pl as ia d e C ot ov el o Fragmentação do Processo Coronóide Medial da Ulna • Plano mediolateral (A) craniocaudal (B) cotovelo com FPCM. D is pl as ia d e C ot ov el o Epicôndilo Medial Não Unido • Doença incomum, observada especialmente no Labrador retriever. • É caracterizado por corpos ossificados destacados presentes na linha articular medial ou caudalmente bem distal à borda não-quadrada do epicôndilo medial. • Em muitos casos eles estão localizados em ambos os pontos D is pl as ia d e C ot ov el o Incongruência Articular • Definida como uma má formação e desalinhamento da articulação do cotovelo. • As alterações observadas incluem o aumento do espaço articular entre o úmero e a ulna e entre o úmero e o rádio, a formação de “degrau” ósseo entre o processo coronóide e a cabeça do rádio, a incongruência troclear e a esclerose subcondral. D is pl as ia d e C ot ov el o Sinais Clínicos • A maioria dos animais afetados, apresentam seus primeiros sinais clínicos na fase entre 4 e 12 meses de idade. • Muitos casos os sinais clínicos custam aparecer, e são desencadeados por alguma queda ou trauma • Disfunção motora, que aumenta na medida em que o animal envelhece. D is pl as ia d e C ot ov el o Sinais Clínicos Pastor Alemão, 4 anos, DCM associada a INC D is pl as ia d e C ot ov el o Sinais Clínicos • Observados quando o cão desce escadas, ou após um exercício. • Aumento da produção de fluido sinovial, resultando em derrame articular, que é avaliado entre o epicôndilo lateral e o olecrano. • Dor ao apalpar. • Quando flexionar o cotovelo também é dolorosa, resistindo a flexão. D is pl as ia d e C ot ov el o Diagnóstico • Diagnosticado quando existe uma claudicação dos membrostorácicos persistente, não controlada por anti-inflamatórios não esteróides. • O diagnóstico precoce pode ser efetuado se for realizado um exame ortopédico de rotina entre as 15 e 20 semanas de idade em cachorros de raças susceptíveis e permite um tratamento cirúrgico imediato, o qual tem o objetivo de restaurar a congruência articular e prevenir a progressão da doença. • É feita anamnese. • Exame físico direcionado aos membros torácicos. • Inspeção da locomoção. • Palpação dos membros buscando a crepitação, efisão e atrofia. D is pl as ia d e C ot ov el o Diagnóstico D is pl as ia d e C ot ov el o Diagnóstico • Exame radiográfico • Os achados radiográficos variam consoante a etiologia, gravidade e duração da displasia e com a raça. O diagnóstico radiográfico é baseado na presença de osteoartrose ou lesões primárias. Radiografias da articulação do cotovelo em plano mediolateral em flexão a 45º (A) craniocaudal com pronação a 15º (B) e mediolateral em extensão com supinação a 15º (C) D is pl as ia d e C ot ov el o Diagnóstico • Artroscopia, possibilita a observação de alteração nas cartilagens, ao contrário dos outros meios. • Graduação Radiográfica D is pl as ia d e C ot ov el o Tratamento • Claramente, não existe um único tratamento para todas as manifestações de DC, é necessário um diagnóstico preciso para um tratamento adequado a cada caso. • Tratamento cirúrgico. • Exercícios físicos moderados. • Controle de peso corporal. • Dieta terapêutica para osteoartrose ou patologia articular. • Fisioterapia. • Uso prudente de AINEs ou medicamentos analgésicos. D is pl as ia d e C ot ov el o Prognóstico • Mesmo com o tratamento, a doença é variável a idade e presença de osteoartrose. • Independente do tipo do tratamento utilizado, a progressão da osteoartrose é inevitável. Luxação Congênita do Ombro Lu xa çã o C on gê ni ta d o O m br o Introdução • Doença de cães de raças pequenas, que de certa forma, é análoga à luxação congênita medial da patela, embora muito menos comum. • Os sinais clínicos são observados quando o filhote começa a andar ou em adultos jovens, dependendo da gravidade. • Em alguns cães por causa de malformações ou devido a traumas. • Poodle “toy” e o Sheltie mostram particular propensão ao desenvolvimento das luxações. Lu xa çã o C on gê ni ta d o O m br o Sinais Clínicos ● São observados quando o filhote começa a andar ou em adultos jovens, dependendo da gravidade. ● Não apoio do peso. ● Luxação constante até mais comum luxação intermitente e claudicação intermitente associadas. ● Claudicação. ● Causa de malformações ou devido a traumas. Lu xa çã o C on gê ni ta d o O m br o Diagnóstico ● Exame físico. ● Na palpação, as posições relativas do processo acromial e do tubérculo maior são as chaves na determinação da posição da cabeça umeral com relação à cavidade glenóide. Luxação medial da articulação escapuloumeral esquerda (vista ventrodorsal). Lu xa çã o C on gê ni ta d o O m br o Diagnóstico Luxação congênita do ombro em um filhote. A. Note a abdução do membro, com posicionamento lateral do cotovelo, processo acrômio proeminente (seta sólida) e posicionamento medial da cabeça umeral (seta interrompida). B. Radiografia mostrando luxação congênita medial do ombro. Note a forma plana a convexa da cavidade glenoide afetada. Lu xa çã o C on gê ni ta d o O m br o Tratamento ● Redução fechada e imobilização do membro por cerca de 2 semanas. ● Caso as articulações estejam relativamente estáveis após a redução, há boa chance de que esse tipo de tratamento seja bem-sucedido. ● Quando as articulações permanecem instáveis após a redução, ou quando a luxação ocorre novamente enquanto o membro está imobilizado, indica-se o tratamento cirúrgico. Lu xa çã o C on gê ni ta d o O m br o Prognóstico ● Honh et al.3 relataram o total de 93% de taxa de sucesso (15 casos) para o procedimento de tenodese aplicado tanto nas luxações laterais como mediais. Vasseur et al.5 relataram 40% (dois casos) dos casos de luxação medial com marcha normal, 20% (um caso) com claudicação ocasional e 40% (dois casos) com claudicação persistente após o procedimento de tenodese. Se os casos forem cuidadosamente selecionados, e os com desgaste da cavidade glenóide ou cabeça umeral forem eliminados, é provável que esses resultados possam melhorar. Não-união do Processo Ancôneo em cães ● A Não União do Processo Ancôneo é caracterizada como a falta de fusão do processo ancôneo com a metáfise proximal da ulna em torno de 20 semanas de idade (MAKI et al., 2000). ● Encontrada principalmente em cães de raças de grande porte, especialmente Pastor Alemão, Basset hound e Irish Wolfhounds. ● A instabilidade ou descolamento do processo leva à eventual osteoartrose da articulação do cotovelo. ● Em diversos casos de sua não união, o processo ancôneo apresenta-se fracamente ligado à ulna, instalado na fossa do olécrano ou ainda solto na articulação N ão -u ni ão d o Pr oc es so A nc ôn eo Introdução ● A NUPA é evidenciada pela linha radiotransparente entre o processo ancôneo e o olecrâneo (seta branca). Adicionalmente existe osteofitose (triângulos) e esclerose (seta preta). N ão -u ni ão d o Pr oc es so A nc ôn eo Introdução ● Em algumas raças surgem somente a partir dos 8 meses, pois o processo ancôneo se fecha mais tardiamente, é o que acontece no Basset Hound. ● Os sinais mais comumente são claudicação, dor, derrame articular, crepitação, osteoartrite, dificuldade de flexão e extensão, e dependendo do caso a instabilidade pode ser palpada. ● Haverá diminuição da amplitude dos movimentos de flexão e extensão os quais são os principais movimentos exercidos pelo cotovelo. ● Alguns animais acometidos de NUPA podem apresentar pouco ou nenhum sinal clínico relacionado à patologia N ão -u ni ão d o Pr oc es so A nc ôn eo Sinais Clínicos ● Feito pela anamnese, sinais clínicos e imagens radiográficas ● É realizada radiografia mediolateral do membro flexionado, deixando o processo ancôneo bem visível (figura), e craniocaudal também com o membro flexionado, preferencialmente dos dois membros, pela característica bilateral da afecção N ão -u ni ão d o Pr oc es so A nc ôn eo Diagnóstico Radiografia látero-lateral do cotovelo demonstrando não união do processo ancôneo em um cão da raça Dog Argentino de 5 anos de idade. Projeção lateral de membro flexionado. • Pode se propor um tratamento conservador com o u o de ’ e repouso por um período de 4 a 6 semanas • Quando ocorre falha no tratamento ou quando a claudicação persiste indica-se o tratamento cirúrgico N ão -u ni ão d o Pr oc es so A nc ôn eo Tratamento conservador Tratamento cirúrgico • O tratamento cirúrgico deve ser considerado quando os sinais tornam-se persistentes depois do tratamento conservador ou quando for um caso avançado de NUPA em animais adultos. • As opções de cirurgia são a excisão do processo ancôneo, fixação com parafuso de compressão e osteotomia ulnar proximal • A cirurgia visa promover união do processo ancôneo e manter a estabilidade do cotovelo • Dependendo do caso as técnicas podem ser utilizadas em combinações para se obter uma melhor resposta ● A excisão do processo ancôneo pode ser realizada abordando a projeção caudolateral do cotovelo, onde irá ser realizada incisão medial ao músculo ancôneo, o fragmento será agarrado com auxilio de pinças e então removido N ão -u ni ão d o Pr oc es so A nc ôn eo Artrotomia do cotovelo e excisão cirúrgica do processo ancôneo Excisão do processo ancôneo em um cão da raça Dog Argentino de 5 anos de idade. ● A artrotomia caudolateral possui um prognóstico reservado e apenas 50% dos pacientes ficam curados. ● A ausência do processo pode causar problemas ao cão comoosteoartrite, então, sua retirada total poderá trazer problemas futuros de instabilidade no cotovelo. ● No entanto existem outras técnicas cirúrgicas e a escolha da excisão do processo ancôneo é indicada em casos em que há claudicação e com osteoartrite visível no exame radiográfico do animal com idade avançada ● O diagnóstico precoce é de suma importância para um bom prognóstico ● Para a seleção da técnica cirúrgica adequada para a cura da NUPA é necessário que se faça uma comparação entre as técnicas, pois são poucos estudos relatados e há pouca divulgação dos resultados pós-operatórios dos pacientes. N ão -u ni ão d o Pr oc es so A nc ôn eo Prognóstico • FOSSUM, T. W. - Cirurgia de pequenos animais – 2ª Ed. Roco, 2005. • BETTINI, C.M. et al. Incidência de displasia coxofemoral em cães da raça Border Collie. Arquivo de Ciências Veterinárias e Zoológicas Unipar, v. 10, n. 1, p. 21-25, 2007. • CIARLINI, L. D. R. P. et al. Avaliação comparativa de diferentes métodos de mensuração radiográfica utilizados para o diagnóstico da displasia coxo- femoral de cães. Veterinária e Zootecnia, v. 16, n. 2, p.385-393, 2009. • CALHEIROS, J. C. Controle e Tratamento da Displasia. Publicado no site http://arcadenoe.sapo.pt/article.php?id=330, em outubro de 2007. • Acta Veterinaria Brasilica, v.3, n.2, p.98-105, 2009. • Doenças ortopédicas dos membros torácicos em cães atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Santa Maria: estudo retrospectivo (2004-2013) • BOJRAB, M. Joseph; MONNET, Eric (eds.) • Donald L. Piermattei; Flo Gretchen L.; Charles E. Decamp • Necrose Asséptica da Cabeça do Fêmur em Cães – Revisão Literatura- Lúnia Rossa. • Fonte: (adaptado de Sliding humeral osteotomy for treatment of elbow dysplasia in dogs, por K.S. Schulz e N. Fitzpatrick, 2010) • AGOSTINHO, I. C. Displasia óssea – Tratamentos e métodos radiográficos na incidência de displasia coxofemoral em cães. Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária, v. 15 n. 1, julho, 2010 R ef er ên ci as OBRIGADA! TrabalhoOrtopedia Ortopedia Veterinária Doenças Articulares em �Membro Pélvico Displasia Coxofemoral em cães Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Necrose Asséptica da Cabeça do Fêmur Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Doenças Articulares em Membro Torácico Displasia de� Cotovelo Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Osteocondrite Dissecante Osteocondrite Dissecante Fragmentação do Processo Coronóide Medial da Ulna Fragmentação do Processo Coronóide Medial da Ulna Epicôndilo Medial Não Unido Incongruência Articular Sinais Clínicos Sinais Clínicos Sinais Clínicos Diagnóstico Diagnóstico Diagnóstico Diagnóstico Tratamento Prognóstico Luxação Congênita do Ombro Luxação Congênita do Ombro Luxação Congênita do Ombro Luxação Congênita do Ombro Luxação Congênita do Ombro Luxação Congênita do Ombro Luxação Congênita do Ombro Não-união do Processo Ancôneo em cães Não-união do Processo Ancôneo Não-união do Processo Ancôneo Não-união do Processo Ancôneo Não-união do Processo Ancôneo Não-união do Processo Ancôneo Não-união do Processo Ancôneo Não-união do Processo Ancôneo Referências Slide 70
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