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Direito Penal

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Aula 04/12/2012 
No capitulo IV dos títulos dos crimes contra a dignidade sexual já existiam algumas disposições gerais aplicáveis a todos os delitos deste tipo como por ex. as causas de aumento do art. 226 CP. A lei 12015/2009 acrescentou um capitulo VII também chamado “Das Disposições Gerais” e que contem outras causas de aumento de pena no art. 234 – A CP.
Art. 226 I CP - A pena será aumentada de ¼ se o crime for praticado por duas ou mais pessoas, tanto em caso de co-autoria como de participação.
Art. 226 II CP – a pena é aumentada na ½ se o agente for ascendente, padastro ou madastra, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, empregador ou preceptor da vitima ou ainda se qualquer causa exerce autoridade sobre ela. Ex. crime praticado pelo companheiro da mãe da vitima.
Art. 234 – A, III CP – a pena é aumentada a metade se do crime de estupro resulta em gravidez.
Art. 234 – A, IV CP a pena será aumentada de 1/6 ate a metade se o agente transmite a vitima doença sexualmente transmissível de que se sabe ou deve saber que esta contaminado, ex. as doenças sexualmente transmissível.
O § único do art. 68 do CP diz que o juiz pode se limitar a um só aumento caso reconheça duas ou mais causas de aumento da parte especial do código devendo neste caso aplicar a mais grave.
Concurso de crimes – 
1 – se o agente captura uma vitima e a mantem durante um mês no cativeiro vindo a manter relações sexuais com ela em vários dias responde por crimes de estupro em continuidade delitiva (uma só pena de estupro aumentado de 1/6 a 2/3) em concurso material com o crime de sequestro qualificado pela finalidade libidinosa (art. 148 § 1°, V CP).
2 – quando o pai em diversas ocasiões realiza atos sexuais contra a filha que tenha mais de 14 e menos de 18 anos pratica crimes de estupro qualificado pela idade da vitima (art. 213§ 1° em continuidade delitiva) podendo ser aumentada de 1/6 a 2/3. E alem disso haverá um acréscimo do a art. 222 por ele ser pai.
3 – se o agente estupra duas vitimas o sujeito ele estupra uma vitima e logo em seguida outra vitima trata-se de crime continuado, mas como são crimes dolosos praticado por violência ou grave ameaça e contra vitimas diferentes temos o crime continuado qualificado, do § único do art. 71 CP em que o juiz pode somar as penas.
Aula 08/10/2012.
No Brasil é tradicional a concepção de que o dolo será presumido chegando a responsabilidade objetiva.
Em sua pureza actio libera in causa impõe que a verificação do dolo e da culpa tão seja feita no momento inicial, ou seja, no momento em que ingere a substância. A crítica é a provável impunidade. Resposta de Roxin – não há perigo de impunidade pois a situação é muito rara.
Direito Penal – Prescrição é uma causa extintiva da punibilidade, mediante de decurso de prazo.
P.P.P – Antes do transito em julgado.
P.P.E – depois do transito em julgado
Prazo prescricional é calculado tendo como parâmetro a pena máxima nos casos de P.P.P, sendo confrontado com uma tabela do art. 109 CP.
No caso da PPE temos como parâmetro a pena aplicada (regra). HC 107.777 do STF, casos de inimputabilidade.
Punibilidade – trata-se da possibilidade jurídica de imposição a sanção penal.
Direito de Punir Concreto - não é auto executável, pois é um direito de coação indireta, surge com a pratica do fato, haja vista sua satisfação depende do devido processo legal. 
Condições objetivas de punibilidade, pois existem crimes que dependem de fatores externos para sua execução:
Crimes falimentares/falitarios (lei 11.101/2005): condição objetiva da falência, ou seja, precisa ser decretada a falência.
CP art. 7°, § 2 - casos extraterritorialidade;
Art. 181 CP – escusas absolutórias são fatores que impedem a punibilidade do fato.
Ambos os institutos interferem na punibilidade do fato, as condições objetivas de punibilidade são necessárias para que o fato se torne puníveis, ao passo que as escusas absolutórias impedem o surgimento da punibilidade..
Extinção da punibilidade – regra é o cumprimento da pena, ou morre, ou prescreve. Titulo VII das Parte geral Arts. 107 a 120 CP.
Rol do art. 107 é exemplificativo, pois a outras coisas que temos que são extintivas de punibilidade tais como:reparação dos danos (peculato culposo; estelionato mediante emissão de cheque sem fundo STF – Sumula 554; crimes contra a ordem tributário; apropriação indébita previdenciária.
Ainda temos: a) a desistência da queixa (CPP 520) aplicados aos crimes contra honra;
b) decurso do periodo de prova do “SURSIS” 
c) decurso do período de prova;
d) cumprimento da transação penal (art. 76 da Lei 9.099)
antes do TJ impede todos e qualquer efeito da condenação.
Depois do Transito em Julgado tendo como regra só extingue a sanção penal.
Na anistia e no abollitio criminis extingue todos os efeitos penais, ficando os efeitos extrapenais.
Causa extintas de punibilidade (art. 107)
Morte do agente (“mors omnia solvit”), ou seja, a morte coloca fim a tudo. Encontramos os princípios da individualidade/intranscedencia da pena art. 5 XLV, a pena jamais passara do condenado. Do ponto de vista processual assim temos art. 61 e 62 CPP, sendo exigível a certidão de óbito original. Como proceder caso se descubra que a decisão do juiz embasou em certidão de óbito falsa? A doutrina dominante (majoritária) a única possibilidade é responsabilizar o agente por falsidade documental, já a outra corrente alega que nada pode ser feito, pois estaríamos diante de uma revisão criminal pro societate, haja vista a revisão criminal ser tão somente em favor do réu (pro reo).
Consoante entendimento do STF deverá ser retomada o andamento das ações penais, observando a prescrição e responsabilizar o agente pela falsidade documental. Fato inexistente não produz efeito jurídico.
Anistia, Graça e indulto – causas em que a ato de clemência soberana “Indulgentia principis” , temos o gênero PERDAO CONSTITUCIONAL, os crimes que podem ser:
2.1 são insuscetíveis de perdão constitucional os crimes hediondos e equiparados art. 5°, XLIII da CF/88. Obs. A CF fala em anistia e graça não trata do indulto, mas por definição engloba o Indulto.
	Anisitia 
	Graça e Indulto
	
	Competência é do Congresso Nacional art. 48 CF/88
	Competência é do Pres. Republica Art. 84 da CF/88, admite que seja objeto de delegação, podendo o Presidente delegar o poder de Indultar ao Ministro da Justiça.
	
	Lei passa pelo crivo do Presidente da Republica
	Decreto Presidencial
	
	Antes ou depois do Transito em Julgado.
Fatos pretéritos (concretos)
	Após o Transito em Julgado. A jurisprudência admite para o réu que aguarda o julgamento de seu recurso.
	
Anistia é uma lei penal benéfica. Art. 5° XL pode retroagir para casos pretéritos, desde que seja para beneficiar, ou seja, em face da irretroatividade gravosa lei que concede anistia não pode ser revogada por lei posterior.
	Cabe anistia em crime de ação penal privada? Pois o titular da ação é o ofendido (vitima). Na anistia o estado abre mão do “ius puniendi”, pois o que se tem “ius persequendi in judicius” pertencente ao Estado.
Classificação da Anistia:
 Comum – é aquela que abrange crimes comuns (ex. concedida aos bombeiros e militares no ano passado);
Especial – crimes políticos (Ex. concedido em 1979);
Própria – antes do Transito em Julgado; tendo como efeitos: impede todos os efeitos da condenação;
Imprópria – após o TJ; extingue os efeitos penais da condenação (extingue a pena, não gerará reincidência), mas não os efeitos extrapenais;
Total (plena) – quando não exige o preenchimento de qualquer requisito;
Parcial (Restrita) – exige o preenchimento de alguns requisitos legais;
Condicionada – é a que impõe ao beneficiário a pratica de algum comportamento;
Incondicionada – é a que não exige qualquer tipo de comportamento;
Graça e Indulto 
A LEP usa o termo indulto individual e indulto coletivo, não usando a terminologia Graça.
Diferenças: 
Graça é individual e depende de provocação (regra), já o indultoé coletivo e espontâneo (regra), no fim de ano temos o “indulto natalino”, ele concedido pelo Presidente da Republica e aplicado concretamente pelo Juiz da Execução Penal;
Classificação:
Total – quando extingue a punibilidade;
Parcial – quando reduz ou comuta a pena;
Comutação de pena é modificá-la beneficamente. É uma forma de indulto parcial, sendo concedido pelo Presidente do Republica.
Condicionada – ela impõe um comportamento por parte do apenado, podendo ser rejeitado caso seja condicionada.
Incondicionada – é a que não exige qualquer tipo de comportamento;
Abolitio Criminis é a lei supressiva de incriminação. É a lei que descriminaliza a conduta. Descriminalização - tornar o fato penalmente atípico, por força de modificação legislativa.
Despenalização – consiste impedir a imposição de pena privativa de liberdade. O Art. 28 da Lei 11.343/2006 (lei antidrogas), não se pune mais com privação de liberdade o usuário de drogas.
Conflito de leis penais no tempo
Lei Benéfica ( Lex mitior): “abolitio criminis” 
“abolitio criminis”
Fase: 1° Inquisitiva – juiz competente para o exame do Inquérito. 
2° Fase de Conhecimento – o juiz ou tribunal onde corre o processo.
3° Fase – Execução Penal – Juízo da Execução Penal (sumula STF, 611).
Incisos IV e V do art. 107 CP – decadência, renuncia, perempção e perdão aceito;
Decadência e renuncia: nos crimes de ação penal privada e ação penal privada subsidiaria da publica.
Inciso VI – Retratação nos casos previstos em lei.
Seria uma forma de reparação dos danos. Tentar recompor o malefício causado.
Retratar-se significa desdizer-se, isto é, retirar o que havia dito ou voltar atrás nas afirmações externadas.
Casos: Art. 143 e 342 CP.
Art. 143 – refere-se à retratação em dois crimes contra a honra: Calunia e difamação;
Art. 342 - refere-se à retratação no falso testemunho, falsa perícia, falsa contabilidade, tributação ou tradução etc.
Requisitos para que a retratação extingua a punibilidade:
Retratação cabal é aquela firme, seria, inequívoca, não da margem a duvida.
Manifestada até a sentença art. 143 até a sentença na ação em que esse caluniador e difamador são réus. Art. 342 - até a sentença no processo em que o fato ocorreu.
Comunicabilidade, ou seja, se o fato for praticado em concurso de pessoas a retratação efetuada por um dos agentes, aproveita aos demais?
Art. 143 (calunia e difamação) – a retratação é incomunicável, ou seja, não se estende aos demais. Cada um dos caluniadores tem que se retratar para serem beneficiados com o instituto.
Art. 342 – é comunicável a retratação, ou seja, estende aos demais, o fato deixa de ser punível. Falso testemunho é crime de mão própria, não cabe nem co-autoria. Mas cabe participação.
Aula QSJ – 30/05/2012.
Lei 11.306 – lei de tóxicos (anti-drogas)
§ 4 art. 33 – crime privilegiado. A quantidade de drogas não foi considerada dentro os requisitos do beneficio em estudo. Todavia, as cortes federais afastam o art. 33 § 4 ° quando grande a quantidade de drogas apreendidas, o levantamento desses precedentes indicam quantidades em torno de um 1Kg ou mais, veja por ex. o HC 222.452 julgado pela 5 ° Turma do STJ no qual negou-se o beneficio ao réu porque transportava 2,4 Kg de maconha, 1,7 de Kg de cocaína e 4 g de êxtase. Mencionou-se expressamente que essa grande quantidade evidencia que o réu trata-se “pessoa dedicada a criminalidade ou integrante de organização criminosa, o que impede a redução pretendida”. Outro precedente HC 105.959 julgado pela 6° Turma, relatora a Ministra Maria Tereza: “inviável o reconhecimento do direito a redução diante da expressiva quantidade de droga apreendida: 4,41 Kg de maconha”. No STF, vejamos o HC 94.806, relatado pela Ministra Carmem Lucia, evidenciando dentre outros fatores a quantidade de droga como fator para impedir a redução.
Interceptação telefônica – lei 9.296/96
- duração (foco) da interceptação telefônica: art. 5°, XII da CF/88 - XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;
Formas de comunicação são invioláveis – correspondência, comunicação por meios de dados ou por meios telegráficos. 
Quando o juiz poderá conceder a ordem de I.T: são os pressupostos:
Investigação de natureza criminal;
Autorização judicial;
Requisitos:
Art. 2° - quando indisponíveis outros meios de prova;
Para investigar crimes punidos com reclusão;
Indícios razoáveis de autoria e participação.
OBS:
A IT não deve ser utilizada como meio inicial para desvendar crime e sua autoria. Meios ordinários, especialmente os previstos no CPP, tais como as buscas e apreensões, testemunhos deverão ser anotados para a descoberta para os indícios razoáveis exigidos;
A IT é um meio excepcional para a busca da prova;
Crimes punidos com detenção podem ser alvo da IT desde que conexos com crimes punidos reclusão.
	Ambito da IT: também pode incidir no fluxo de comunicações em sistema de informática ou de telemática. Tudo o que for transmitido via telefônica com ou sem fio pode ser objeto de interceptação.
	Pedido: 
a autoridade policial, mediante representação;
o MP e seu assistente, mediante requerimento;
o querelante;
o advogado (não é comum, nas pode pedir);
Decisão: juiz natural do processo, excepcionalmente o juiz de plantão.
Duração da medida: prazo de 15 dias prorrogáveis por igual período (30 dias no máximo). O STF admite prorrogações sucessivas do prazo previsto em lei, desde que a complexidade do crime investigado recomende.
HC 83.515, julgado que envolveu o pleno do STF – 2004, relator Nelson Jobim e o HC 105.725 STJ.
Aula 05/06/2012.
Prescrição – PPP – prescrição da pretensão punitiva – são duas:
Em abstrato (regra) – pena máxima.
Em concreto (exceção) – pena aplicada. 
PPP abstrato – calculo do prazo – são em duas etapas:
Parâmetro – tabela (art.109); idade do réu (115)
Períodos Prescricionais – termos iniciais (art. 111) x Causas interruptivas (art. 117).
Prazo material – tempo inicial (inclui) e tempo final (exclui).
Causas Interruptivas – art. 117 – decisões judiciais que são importantes tais como:
Recebimento da denuncia ou queixa;
A pronuncia;
O acórdão confirmatório da pronuncia;
Sentença ou acórdão condenatórios recorríveis;
Data da publicação da decisão ou do acórdão; 
Obs. Decisões proferidas em audiência são publicadas no instante em que são lidas;
Acórdão – vale a data da publicação do acórdão;
Recebimento da denuncia ou queixa – Lei 11.719/2008 – procedimento da denuncia.
Oferecimento da denuncia ou queixa;
Recebimento da inicial;
Citação
Defesa escrita;
Despacho saneador – 
O acórdão confirmatório da denuncia é causa interruptiva de prescrição ou o acórdão condenatório ?
O que causa a interrupção é o acórdão confirmatório.
A sentença que aplica a medida de segurança interrompe a prescrição?
Depende se for medida de segurança a réu inimputável a natureza jurídica é uma absolvição imprópria, não interrompe. Mas a que aplica ao semi imputável é condenatória, assim interrompe.
No Júri – termo inicial é a consumação – recebimento de denuncia ou queixa (1° causa interruptiva) – pronuncia (2° causa interruptiva) – acórdão que confirmatório da pronuncia (3° causa interruptiva)– condenação recorrível (4° causa interruptiva) – (5° causa interruptiva) transito em julgado.
No juiz Singular – consumação (1° causa interruptiva) – recebimento da queixa (2° causa interruptiva) – condenação (3° causa interruptiva) – transito em julgado.
Causa interruptiva ela zera o prazo já causa suspensiva ela congela o prazo.
Causas suspensivas da prescrição – art. 116 CP – temos: rol exemplificativos:
Suspensão do processo penal por força de questão prejudicial – suspendendo o prazo suspende-se a prescrição;
Réu cumprindo pena no exterior – obs. – não cabe extradiçãodurante o cumprimento de pena.
CPP, 366 – citação por edital e o réu não comparecer não constituir defensor teremos a suspensão processual e a prescrição (STJ – sumula - 415);
CPP – 368 – suspensão da prescrição quando houver citação por carta rogatória, quando réu esta no exterior, ou seja, em lugar incerto;
Art. 89 da Lei 9.099/95 – suspensão condicional do processo ou “sursis processual” – na vigência do sursis suspende a prescrição. Com duração de 02 a 04 anos se suspende o processo e a prescrição;
Art. 53 da CF/88 – suspensão do processo contra deputado federal ou senador por determinação da respectiva casa legislativa;
CP – 168 – A (apropriação indébita previdenciária) e 337 – A (sonegação de contribuição previdenciária) – durante o parcelamento do debito a prescrição fica suspensa;
Extensão dos efeitos interruptivos – art. 117 § 1° CP:
Ex. estelionato (prazo da pretensão prescritiva é de 121 anos)
Consumação – 02/03/2000
I .P – 2011
Denuncia recebida em 03/04/2011
Audiencia única em 05/06/2013 – revela o nome do comparsa “B”
A interrupçao da prescrição com relação a um dos agentes estende-se a todos os co-autores ou participes do crime. Temos o vinculo de continência.
A interrupção da prescrição com relação a um dos crimes estende-se aos demais delitos conexos que sejam objeto do mesmo processo.
PP em concreto – ocorre antes do transito em julgado. Parâmetro é a pena aplicada. 
Pressupostos: devem ser verificados simultaneamente.
Condenação + situação processual que impeça o aumento da pena (transito em julgado para a acusação; indeferimento do recurso da acusação; recurso da acusação incapaz de elevar a pena.
Lei 12.234/2010 – extinguiu em parte a prescrição retroativa, para os crimes atuais não existe mais em parte a prescrição retroativa;
Aula – 19.06.2012 
PPE – prescrição da pretensão executória.
PPL se da em quatro etapas:
Parâmetro com a pena aplicada;
Tabela;
Reincidência (antecedente, que ficou declarada que esta descrita na sentença): com acréscimo de 1/3;
Idade do agente: - ½.
Termos Iniciais: Art. 112 CP – transito julgado para a acusação.
Causas interruptivas: art. 117, V e VI.
1° – inicio ou continuação do cumprimento da pena;
2° – reincidência – futura ou subseqüente. É a que se caracteriza quando o sentenciado estando foragido pratica novo crime. O marco é a data do novo crime. Com condenação com transito em julgado da condenação por novo crime é a condição necessária para que a interrupção seja considerada valida.
Causa suspensiva – art. 116 § único (+ art. 117 § 2°) a PPE não corre enquanto o sentenciado cumpre pena.
Art. 117 § 2° refere-se a pena que o sentenciado esta cumprindo. Já o art. 116 § único é das demais penas que o sentenciado tem para cumprir.
Aula 06.08.2012.
Furto Simples – art. 155 caput.
Furto Noturno – art. 155 § 1°.
Furto Privilegiado – art. 155 § 2°.
Furto Qualificado - art. 155 § 4°.
Além desses temos no art. 156 o crime de furto de coisa comum.
Furto Simples – art. 155 caput – as elementares do furto, ou seja, subtrair para si ou para outrem coisa alheia móvel, a pena é de reclusão de 01 a 04 anos e multa.
Elemento objetivo – a) conduta típica – é o ato da subtração, subtrair; b) objeto material – coisa móvel.
Elemento normativo – alheia, necessidade de ser alheia a coisa.
Elemento subjetivo – fim de assenhoreamento. 
O ato de subtrair abrange duas situações: 
Aquela em que o próprio ladrão sem autorização se apodera do bem da vitima e o leva embora, quer a vitima presencie ou não tal apoderamento.
Aquela em que o sujeito já tem a posse ou detenção do objeto mas não esta autorizado a deixar o local com ele, contudo o faz tirando o bem da esfera de vigilância do dono. Ex. receber um livro pra ler dentro de uma biblioteca e esconde-lo na mochila para leva-lo embora em seguida.
Nota-se, portanto, que uma pessoa pode furtar coisa alheia que já esta em seu poder, desde que a posse seja vigiada. Por exclusão portanto só existe apropriação inbebita em caso de posse desvigiada (é aquela que o sujeito recebeu o bem com autorização para sair com ele).
Objeto Material – coisa móvel – é o objeto que pode ser transportado, de um local para outro.
Aviões e embarcações são passiveis de serem objeto de furto o que constitui coisa móvel em sua essência. Os incisos VI e VII do art. 1473 do CC equiparam aviões e embarcações a coisas imóveis somente com uma finalidade de permitir a hipoteca em relação a esses. Semoventes constitui espécie de coisa móvel de modo que é perfeitamente possível o furto de gado e de qualquer outro tipo de animal que tenha dono.
Abigeato é crime? Que significa que é furto de gado.
O § 3° do art. 155 equipara a coisa móvel a energia elétrica e outras formas de energia que tenham valor econômico, como por ex. a energia nuclear e a energia genética do sêmen dos reprodutores.
Na maioria das vezes a pessoa desvia a energia elétrica que não é computada no relógio de força, hipótese em que o crime é de furto. Se entretanto o consumo da energia foi consignado no relógio e depois disso o morador adulterou o relógio para reduzir o valor da conta o crime é de estelionato. Embora exista polemica em torno do assunto inclusive no julgado do STF, entendendo que o fato é atípico prevalece a interpretação de que o desvio (captação clandestina) caracteriza crime de furto, porque o art. 35 da Lei 8977/95, diz que constitui ilícito penal a interceptação ou recepção não autorizada de sinal de TV a cabo.
Já em relação à clonagem de telefone celular, constitui furto do pulso telefônico. Existem também dezenas de julgados entendendo que a clonagem de telefone comum é o mesmo delito.
Seres humanos não pode ser objeto de furto porque não se enquadra no conceito de coisas.
A subtração de cabelo mediante o corte não autorizado não constitui furto, porque parte de ser humano enquanto o entregra, não constitui “coisa” ainda que aja interesse patrimonial nesse cabelo. Em tal caso p delito é o de lesão corporal.
A subtração de órgão ou tecido de pessoa viva para afim de transplante se enquadra no crime do art. 14 das leis dos transplantes ( Lei n°. 9434/97).
E possivel o furto de acessórios como por, ex dentaduras, próteses e perucas etc.
Elemento normativo – coisa alheia - para que o objeto seja considerado coisa alheia é preciso que ele tenha dono.
 Exatamente por não terem donos não podem ser objetos de furto:
Res nullius – coisa de ninguém, coisa que nunca teve dono.
Res derelicta – é a coisa abandonada.
A coisa perdida tem dono e é chamada de res desperdicta. Quem encontra a coisa alheia perdida e dela se apodera e não devolve não comete furto, porque não realiza ato de subtração, mas neste caso o fato não é atípico configurando a apropriação de coisa achada art. 169 § único inc. II.
Só se considera o bem que foi perdido pelo dono em local publico ou aberto ao publico, como por ex. ruas, praças, supermercado, metro. Por isso a empregada que achar um brinco que a patroa não sabia mais onde estava porem estava dentro da casa da vitima incorre no crime de furto caso leve o bem embora.
Quem subtrai coisa própria que se encontra em poder terceiro em razão de um contrato ou de uma ordem judicial comete o crime do art. 346 do CP que a espécie mais grave do crime de exercício arbitrário de suas próprias razões.
O credor quando subtrai bem do devedor para se auto ressarcir de divida vencida e não paga incorre na modalidade básica do crime de exercício arbitrário das próprias razoes. Art. 345.
Apesar de a coisa ser alheia o crime não é o de furto pela ausência de intenção de locupletamento ilícito e sim de mero ressarcimento.
Aula 03.09.2012
Art. 155 § 4° furto qualificado
A doutrina e a jurisprudência costumam dizer que são necessários dois requisitos para a configuração desta qualificadora dessa 
Que a vitima deposite uma especial confiança no agente. Ex. o fato de serem irmãos, primos ou amigos de longa data ou namorados ou noivos.
Nemsempre o furto praticado por um empregado configura essa forma qualificada o que só ocorrerá se ficar provada uma grande confiança da vitima naquele empregado.
Famulato – furto praticado por empregado.
Em regra existe uma grande confiança dos pais nos filhos e vice-versa, bem como em relação a cônjuges e companheiros, mas nestes casos o art. 181 do CP isenta de pena o autor da subtração, exceto se a vitima tiver 60 anos ou mais, hipótese que existe o crime nos termos do art. 183, III, CP em tais casos poderá ser aplicada a qualificadora.
Que o agente se aproveite de alguma facilidade decorrente da relação de confiança para praticar o crime. Em regra essa facilidade é a menor vigilância que a vitima exerce de seus bens em relação a tal pessoa, ou o livre acesso que ela tem na residência ou na empresa da vitima.
 Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título, em prejuízo: (Vide Lei nº 10.741, de 2003)
        I - do cônjuge, na constância da sociedade conjugal;
        II - de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural.
        Art. 182 - Somente se procede mediante representação, se o crime previsto neste título é cometido em prejuízo: (Vide Lei nº 10.741, de 2003)
        I - do cônjuge desquitado ou judicialmente separado;
        II - de irmão, legítimo ou ilegítimo;
        III - de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita.
        Art. 183 - Não se aplica o disposto nos dois artigos anteriores:
        I - se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando haja emprego de grave ameaça ou violência à pessoa;
        II - ao estranho que participa do crime.
        III – se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos. (Incluído pela Lei nº 10.741, de 2003)
Inciso II segunda figura – emprego de fraude – é o furto praticado pelo emprego de fraude.
Fraude é qualquer artimanha empregada a fim de viabilizar a subtração. Ex. fraude para distrair a vitima e permitir que seu comparsa se apodere de alguns bens sem ser notado; fraude para afastar a vitima de seus pertences ou para que o ladrão consiga ter acesso ao interior de um imóvel, ou ate mesmo fraudes mais elaboradas como a criação de paginas falsas na internet afim de obter a senha bancaria de alguém para futuras transferências não autorizadas de dinheiro.
Diferença entre furto mediante fraude e estelionato, haja vista terem algo em comum:
No estelionato o agente emprega a fraude para que o bem lhe seja entregue enquanto no furto a fraude é para viabilizar a subtração. 
É necessário todavia, que se tenha cuidado porque no conceito de subtração esta englobada a hipótese em que a vitima entrega uma posse viajada ao agente após ser ludibriada por uma fraude e ele sem autorização leva o bem embora. 
Na pratica só existe estelionato quando o agente convence a vitima a lhe entregar um objeto ou valor e ela lhe autoriza a deixar o local na posse do bem ou valor. Por esta razão quando alguém finge que é um manobrista e recebe um carro somente com a incumbência de estaciona-lo e falso manobrista leva o automóvel embora o crime é o de furto qualificado poque esta posse é entendida como vigiada (momentânea).
Quando alguém clona um cartão e obtem a senha da vitima e consegue efetuar saques ou transferências não autorizadas o crime é o de furto. O dinheiro foi tirado da conta sem autorização. Ao contrario quando alguém usa o cartão de credito clonado para efetuar compras o crime é o de estelionato, porque engana o vendedor que após o uso do cartão clonado lhe entrega as mercadorias.
Inciso II, terceira figura escalada como qualificadora do delito.
Escalada é ingressar no local do furto por via de acesso anormal, como por ex. pelo telhado, ou ainda pulando o muro, pela sacada de um apartamento ou até mesmo mediante a escavação de um túnel. 
É pacífico o entendimento de que a qualificadora só se justifica quando é necessário um esforço considerável para o agente entrar no local do crime ou quando ele fez uso de objetos auxiliares, como corda ou escadas.
Desssa forma transpor um muro baixo é crime de furto simples e já um muro alto é furto qualificado.
O art. 171 do CPP exige pericia para compravar como se deu a escalada.
Inciso II, Quarta figura – destreza 
De acordo com a doutrina e a jurisprudência essa qualificadora só se aplica a uma modalidade de destreza que é a habilidade de tirar coisa que a vitima trás consigo sem que ela perceba. É o caso do batedor de carteiras também é chamado de punguista.
De acordo com jurisprudência quem furta um cabo fazendo ligação direta na fiação do painel não incorre nesta qualificadora porque tal conduta não se enquadra no conceito de destreza acima mencionado.
Se a vitima esta dormindo ou esta em avançado estado de embriaguez, e por isso não percebe a subtração não se aplica a qualificadora.
Se o agente demonstra falta de destreza e por essa razão a vitima percebe sua conduta e evita o furto temos tentativa de furto simples, mas se o agente consegue se apoderar dos bens sem que a vitima note e é outra pessoa que esta no local que evita a consumação do crime temos tentativa qualificada.
Inciso III do § 4° art. 155 – emprego de chave falsa.
Considera-se chave falsa:
A copia feita clandestinamente, isto é, sem o conhecimento e sem autorização do dono;
Qualquer instrumento capaz de abrir uma fechadura. Abrange objetos que tem outra finalidade especifica, como grampos de cabelo ou chaves de fenda, e principalmente as mixas que são objetos confeccionados pelo próprio ladrão pra servir como chave falsa. Quando alguém emprega fraude para conseguir a chave verdadeira, responde por furto mediante fraude.
Inc. IV art. 155 § 2° - concurso de duas ou mais pessoas.
Para a aplicação desta qualificadora não é preciso que o juiz condene duas pessoas. É necessário entretanto, que exista prova do envolvimento de pelo menos dois ladrões de modo que, mesmo que o juiz condene uma só pessoa poderá aplicar a qualificadora se o comparsa por exemplo era menor de idade ou isento de pena por ser filho da vitima, ou até mesmo por não ter sido identificado.
Como o texto legal se refere genericamnete a concurso de pessoas, a qualificadora vale, tanto para os casos de autoria, como para os casos de participação.
É possível a incidência da qualificadora ainda que uma só pessoa tenha estado no local do furto realizando atos de subtração, desde que tenha contado com a prévia colaboração de um partícipe. 
Aula 14.08.2012
A subtração de cadáver ou parte dele constitui em regra o crime de ocultação de cadáver do art. 311 do CP. Existem conduto duas exceções:
Se o cadáver tiver dono o crime será o de furto. Ex. de uma múmia que pertence ao museu;
A subtração de órgão ou tecido de cadáver pra fins de transplantes constitui o crime do art. 14 da Lei 9434/97 (lei dos transplantes).
Já em relação à subtração de objetos enterrados com o cadáver existem duas correntes:
Esses objetos têm dono que são os herdeiros de modo que o crime é o de furto, que será qualificado se tiver ocorrido arrombamento;
Esses bens são equiparados a coisa abandonada o que os herdeiros não possuem em termos de pega-lo de volta de forma que o crime não pode ser de furto. Assim restara a punição pelo crime de violação de sepultura do art. 210 do CP. Esse entendimento prevalece na doutrina.
As coisas de uso comum como água e o ar só podem ser objeto de furto se já tiverem retiradas do ambiente natural e estejam sendo exploradas por alguém, como no caso do desvio de água encanada que pertence a empresa concessionária que explora tal serviço.
Existem as coisas comuns!!!
Não se confuda a hipótese acima (coisa de uso comum) com o crime chamado furto de coisa comum previsto no art. 156, e que pune o co-herdeiro, condômino ou sócio de coisa móvel que subtrai o bem que só lhe pertence em parte. Neste crime à ação penal é publica condicionada à representação.
Elemento subjetivo do TIPO – o art. 155 ao exigirque o furtador subtrai a coisa para sim ou para outrem torna necessário o que se chama de animo de assoreamento definitivo em proveito próprio ou alheio também animus rem sibi habendi. Em razão deste requisito é que o furto de uso não constitui crime.
Para o reconhecimento do furto do uso que gera a atipicidade da conduta não necessários dois requisitos:
Intenção de uso momentâneo da coisa alheia (requisito subjetivo). A doutrina e a jurisprudência não definiram o período máximo ate o qual seja possível o furto de uso deixando, portanto para a análise do juiz no caso concreto. Como o uso deve ser momentâneo na pratica só tem sido o furto de uso que dure algumas horas ou alguns dias dependendo da situação. A atipicidade do furto de uso não tem como premissa a existência de uma situação de perigo, porque em realçao a estas já existem a excludente do estado de necessidade. Ex. subtrair momentaneamente um veiculo para salvar a vida de alguém é hipótese de estado de necessidade, enquanto pegar um carro alheio e devolver algumas horas depois pra se exibir ou por mero prazer de dirigir um carro “bacana” constitui o furto de uso. Não se admite a atipicidade do furto de uso quando a intenção é usar momentaneamente a coisa alheia para a pratica da infração penal.
A efetiva e integral restituição do bem (requisito objetivo), se o sujeito abandona o bem em local diverso responde pelo crime. Se ele devolve a coisa principal, mas antes retira alguma peça ou acessório, responde dessas (peças ou acessórios). Usar e logo depois devolver o carro e retirar o estepe.
 No caso do furto de uso de um veiculo em que este devolvido com muito menos combustível do que havia poderá haver punição pelo furto do combustível.
O dolo de praticar o crime de furto é considerado “animus furandi”.
Aula 20.08.2012 – 
	Estado de necessidade em casos de furtos simples – sempre que alguém subtraiu uma coisa alheia pra afastar uma situação de perigo que não podia de outra forma evitar, o fato não será considerado crime justamente pela excludente do estado de necessidade.ex. subtração de um cobertor em uma época de extremo frio, subtrai alimento em quantidade suficiente para matar a fome (furto famélico).
Objetividade jurídica ou Patrimônio - qual o bem que o legislador quis proteger.
Por atingir um único só bem jurídico o furto é classificado como crime simples.
O furto qualificado pode ser classificado como crime simples, desde que atinja um só bem jurídico; 
Sujeito Ativo – pode ser qualquer pessoa, exceto o dono. Trata-se de crime comum – é uma nomenclatura que pode ser praticado por qualquer pessoa.
Alguns delitos não admite co-autoria e participação, mas o furto admite co-autoria (duas pessoas entram em uma casa e subtraem objeto) e participação – participe (nos casos de quem colaborou para que o furto ocorresse ex. empregada de uma casa).
Sujeito Passivo – o dono, sempre. Além disso o possuidor ou detentor que sofra prejuízo também figuram na condição de vitima. Pode ser: pessoa física ou jurídica.
Existe crime na conduta de subtrair objeto que foi anteriormnete furtado por outro ladrão, mas neste caso a vitima é o dono do bem e não o primeiro furtador.
O fato de se trata de objeto cuja a posse é ilícita não exclui o crime. Ex. furtar um revolver não registrado do interior da casa de alguém; furtar uma maquina caça-níquel de um interior de um bar;
Se uma pessoa pensa que um objeto é alheio e o leva embora, mas na realidade tal objeto lhe pertence temos o crime putativo (não é punível).
Por sua vez se agente por erro, engano, se apodera de coisa alheia pensando que o bem lhe pertence não existe o crime por falta de dolo. É o chamado erro de tipo.
Consumação do Furto – foi adotada a teoria da inversão da posse. Por esta teoria é necessário que o agente deixar o local na posse do bem e que já esteja cessada a clandestinidade, considera-se cessada a clandestinidade se o ladrão não é perseguido de imediato ao deixar o local do crime com o bem alheio. Ex. o ladrão leva o veiculo embora sem ser perseguido, mas 1 h. depois é parado em uma blitz da policia e o carro é recuperado. Esse furto esta consumado.
Também se considera cessada a clandestinidade quando o ladrão é perseguido de imediato, mas durante a fuga (perseguição) consegue despistar os perseguidores ainda que por pouco tempo. Neste caso o crime, esta consumado, ainda que ele seja reencontrado e preso alguns minutos depois.
O fato de ter havido prisão em flagrante não significa necessariamente que o furto esteja tentado. De acordo com art. 302, IV do CPP é possível a prisão em flagrante quando alguém é encontrado em poder do bem furtado algum tempo depois da pratica do delito e sem que seja perseguido. Neste caso o furto esta consumado. Esta modalidade é conhecida como flagrante ficto ou presumido.
Se o agente for perseguido de imediato e preso na posse do bem o furto se considera tentado, mas se na fuga ele jogar fora ou perder o bem da vitima e ela não o recuperar o crime se considera consumado porque a vitima sofreu efetivo sofrimento econômico.
A doutrina e o STJ entendem que não existe sistema de segurança que seja capaz de tornar impossível a consumação de um furto. Daí porque quando um furto for evitado com um alarme ou outra medida de segurança adotada previamente pela vitima temos hipóteses de tentativa e não de crime impossível.
Existe todavia crime impossível por absoluta impropriedade do objeto quando os bens pretendidos não estão no local em que ele resolve pratica o crime. Ex. entrar em uma casa para furtar valores, mas encontrar a casa toda vazia; colocar a mão dentro da bolsa de uma mulher no ônibus, mas a bolsa esta totalmente vazia. Existe porem tentativa se a vitima trás consigo a carteira que o ladrão procura, mas ele não há localiza. Este é entendimento amplamente dominante na doutrina.
Existem porém entendimentos minoritário encabeçado por Nelson Hungria, para quem só existe crime impossível se ausência de pertences for duradoura, como no ex. da casa sem objeto. Para ele se ausência for acidental como no caso da vitima que esquecerá a carteira em casa existe o crime de tentativa de furto.
Furto noturno art. 155 § 1° a pena é aumentada de 1/3 se o furto ocorre durante o repouso noturno. Se indagarem qual a natureza jurídica desse furto – é causa de aumento de pena, apesar do nome (furto noturno) não basta praticar o crime ocorra á noite sendo necessário que ocorra durante o repouso noturno (período que moradores de certa região costumam esta dormindo). 
 Período de repouso noturno pode variar entre um local e outro, como na zona urbana e zona rural. 
O entendimento adotado atualmente é no sentido de que o aumento não se aplica:
Quando se tratar de furto qualificado, em razão de estar previsto no § 1° o que estaria a indicar intenção do legislador de restringir o furto noturno ao furto simples do caput;
Se o furto acontecer na rua (metro, ônibus);
Se acontecer em estabelecimento comercial aberto (boate, restaurante, loja de conveniência);
Por outro lado o aumento se aplica:
 Se o furto ocorrer em casa ou em seus compartimentos externos (garagem, jardim, quintal, varanda);
Se o furto acontecer em casa em que não haja morador (morador viajando; morando que não reside naquele local);
Se o crime acontecer no interior de estabelecimento comercial que esteja fechado durante a madrugada;
Art. 155 § 2° - furto privilegiado – nas hipóteses de privilegio o réu é condenado, mas a sua pena é atenuada desde que presentes os dois requisitos:
Se o réu for primário, se for reincidente não terá direito ao privilegio; 
Que a coisa furtada seja de pequeno valor foi adotado o critério objetivo segundo o qual é de pequeno valor o que não excede a 01 salário mínimo este critério é objetivo porque pode ser adotado a todos os crimes de furto quer a vitima seja rica ou pobre.
 Na tentativa se leva em conta o valor do bem pretendido.
O que se leva em conta é o valor do bem e não do prejuízo da vitima. Pra se saber o valor do bemdeve ser feito uma avaliação por peritos durante o inquérito policial. Ex. se o ladrão furta um carro e o carro logo depois é recuperado não existe direito ao privilegio.
Se o réu é primário, mas tem antecedentes de condenações antigas poderá obter o privilegio.
Se estiverem presentes os dois requisitos a atenuação da pena pelo juiz é um direito subjetivo do réu e alem confere três opções ao juiz:
Trocar a pena de reclusão por detenção;
Diminuir a pena de 1/3 a 2/3;
Aplicar somente a pena de multa;
Durante décadas a doutrina e a jurisprudência entenderam que o privilegio era incompatível com o furto qualificado. Se o furto fosse qualificado o réu não teria direito ao beneficio. A partir de 2009 o STF mudou totalmente essa orientação e por conseqüência o STJ mudou seu entendimento estando pacificado nesses dois tribunais que por ausência de vedação legal expressa é cabível o privilegio no furto qualificado.
Após algum tempo de polemica o STF e o STJ firmaram entendimento de que: não existe bis in idem sem se aplicar a qualificadora no concurso de agentes no crime de furto em concurso material com crime de quadrilha. Argumenta-se que o motivo da punição não é o mesmo: 
No crime de quadrilha é o perigo que representa para a coletividade a associação de 4 ou mais pessoas pra pratica reiterada de crimes;
Na qualificadora do furto a razão é maior dificuldade na defesa do patrimônio da vitima no caso concreto em razão da união de pessoas para o ato especifico da subtração.
Art. 155 § 5°. pena de reclusão de 03 a 08 anos – se o furto for de veiculo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou país. A doutrina adota dois requisitos:
Intenção de levar/transportar veiculo a outro Estado ou país desde o momento da subtração;
Efetiva transposição da divisa ou fronteira na posse do veiculo. Somente neste instante surgira a qualificadora.
Se alguém já furtou um carro a varias horas atrás para leva-lo para outro estado, mas foi preso ainda no estado que ocorreu o furto, responde por crime consumado sem a qualificadora em analise e dependendo do caso com alguma qualificadora do § 4°.
ROUBO – Simples: no caput eno § 1° do art. 157 esta previsto o crime de roubo simples – que é apenado com reclusao de 04 a 10 anos e multa, e que sempre pressupõe a somatória de dois fatores:
Subtração:
Violência ou grave ameaça:
No crime de roubo simples subdivide-se em duas espécies:
art. 157 caput – roubo próprio: tal como ocorre o furto este crime também ocorre a subtração de coisa alheia móvel, contudo para a dominar a vitima o agente emprega violência contra ela, grave ameaça ou qualquer outro meio que lhe reduza a impossibilidade de resistência.
O roubo tem as mesmas elementares do furto e mais essas;
Para a tipificação do roubo próprio e necessário que o agente antes da subtração, domine a vitima pelo emprego de:
violência contra a pesso: são todas as formas de agressão, bem como emprego de força física. São ex. de agressões: os chutes, socos, pauladas, facadas, tiros. Constitiu por sua vez força física – abraçar a vitima para imobiliza-la, amarrar a vitima, sentar-se sobre a vitima. Aconduta de dar uma trombada em alguém constitui forma de violência e caracteriza o roubo.
Em alguns casos o batedor de carteira encosta na vitima no meio de uma multidão, mas o mero ato de encostar não constitui forma de violência, caracterizando furto pela destreza. 
Quando o ladrão realiza a subtração, arrebentendo um cordão de ouro, uma pulseira de um relógio ou uma alça de uma bolsa o fato poderá ser enquadrado cômo roubo ou como furto dependendo de como a força empregada pelo agente refletiu no corpo da vitima. Senão não causou lesão, dor, desequilíbrio ou a própria queda o crime será o de roubo. Caso contrario será o de furto.
Grave ameaça – é a promessa de um mal injusto e grave a ser causado no próprio dono do bem ou no terceiro. Em geral a ameaça de morte ou de lesão, mas existem muitos casos em que a ameaça é de agressão sexual. Ex. passe a carteira senão vou te estuprar. Ou ate causar um prejuízo econômico maior. Ex. passe a carteira ou coloco fogo na sua casa.
A simulação de arma e o emprego de arma de brinquedo que pareça verdadeira tem poder intimidatorio e portanto configura a grave ameaça e por conseqüência roubo.
Formula genérica – qualquer outro meio que reduza a vitima à impossibilidade de resistência.Ex. ministrar sonífero (boa noite cinderela), e o emprego de hipnose. Esta forma de execução é chamada de violência imprópria. 
Art. 157 § 1°- roubo improprio
Art. 157 § 2° - aumenta de 1/3 ate a ½. Qual é o criteiro que o juiz deve adotar para escolher o indice de aumento. Por que o aumento é entre 1/3 e a ½!!
Ate aproximadamente dois anos atrás os juízes levavam em conta se havia apenas uma causa de aumento, hipótese em que era aplicado o aumento mínimo de 1/3 ou se havia duas ou mais comprovadas no caso concreto hipóteses em que o aumento era aplicado acima do minimo.
O STJ a provou a sumula 443 estabelecendo o que: “o aumento na terceira fase de aplicação da pena no crime de roubo circunstanciado exige fundamentação concreta, não sendo suficiente para sua exasperação a mera indicação do numero de majorantes” em suma é a maior gravidade ou menor de cada causa de aumento que deve ser levado em conta.Ex. se o réu usar uma arma de grosso calibre ou com remuneração raspada o juiz pode aplicar acima do mínimo ainda que reconheça uma só majorante, sendo que de outro lado poderá aplicar o aumento no mínimo se reconhecer duas majorantes que não possuam gravidade diferenciada.
Art. 157 § 3° - roubo qualificado pelo resultado – tendo duas partes.
Se da vilencia resulta lesão grave a pena será de 07 a 15 anos e multa – 
De acordo com o art. 1° da lei 8072 (crimes hediondos) esta forma qualificada não tem natureza hedionda, uma vez que tal natureza só foi reconhecida para o latrocínio consumado ou tentado.
A existência do roubo qualificado pela lesão grave é necessário que o ladrão ao provocar a lesão grave não tenha tido intenção de matar, porque se presente tal intenção de matar ele responde por tentativa de latrocínio (ainda que a vitima sofra lesão grave). 
A provocação de lesão leve durante um roubo fica por este absorvida.
Art. 157 §3° - se da violência resulta morte – pena de 20 a 30 anos de reclusão.
O § 3° do art. 157 só permite a tipificação do crime de latrocínio quando a morte e decorrência da violência física, utilizada pelo ladrão. Se a morte decorrência da grave ameaça não se configura o latrocínio. Ex. vitima que tem um ataque do coração e morre em razão da grave ameaça. Neste caso o agente responde por homicídio culposo em concurso formal com o crime de roubo.
Roubo com grave ameaça não pode virar latrocínio.
Por outro lado como o texto legal não faz restrição haverá latrocínio sempre que a morte for decorrência da violência empregada quer tenha havido o dolo quer tenha havido culpa em relação a morte. Em suma o latrocínio admite a hipótese pretedorlosa (dolo no roubo e culpa na morte), mas não é exclusivamente preterdoloso porque se houve dolo no roubo e dolo na morte o crime também será o de latrocinio. 
De acordo com a Sumula 603 do STF o latrocínio é sempre julgado pelo juízo singular ainda que a morte nele contida seja dolosa, com argumento de que o latrocínio esta no titulo dos crime contra o patrimônio e não nos crimes contra a vida.
O latrocínio é um crime especial que pressupõe alguns requisitos que decorrem de sua própria naturreza de crime contra o patrimônio. Para que exista latrocínio é preciso que a violência causadora da morte tenha sido empregada durante o contexto fático do roubo e em razão do roubo em andamento.
Não se pode esquecer que o latrocínio pode se originar tanto de um roubo próprio em que a violência é meio para subtração, como também de roubo impróprio em que a violência é empregada pra garantir a impunidade ou a detenção do bem.
 Se durante o roubo o agente mata um segurança afim de não ser preso ou dese manter na posse dos bens o crime é o de latrocínio. 
Se entretanto ele pratica o roubo e somente em data adversa mata alguém pra garantir a impunidade do roubo incorre em roubo em concurso material com homicídio qualificado.
Por sua vez também não haverá latrocínio quando o agente durante o roubo nota pelas proximidades um antigo inimigo que se quer havia percebido que estava acontecendo um roubo por ali, e assim se aproveitando do fato de estar armado mata o desafeto. Responde por roubo em relação a primeira vitima em concurso material com o homicídio em relação ao desafeto.
Presentes os requisitos acima mencionados o crime será de latrocínio quem quer que seja a vitima fatal. Ex o dono do bem, alguém que o acompanhava, o empregado ou segurança da empresa roubada, ou ate mesmo um policial.
Existe contudo uma exceção: quando um dos assaltantes mata um comparsa durante o assalto em razão de uma divergência qualquer relacionada ao roubo não é possível a configuração do roubo qualificado pela morte porque a vitima fatal era co-autora do roubo não podendo ser vitima do mesmo agora qualificada pela morte. O que sobreviveu responde por homicídio em relação ao comparsa e concurso material om o roubo em relação as vitimas originarias.
Ao contrario se o ladrão atirou querendo matar a vitima e por erro de pontaria atingiu e matou o comparsa ele responde por latrocínio porque ocorrei aberractio ictus e neste caso o art. 73 o agente responde como se tevisse matado quem pretendia.
O latrocínio é crime complexo e que a lei tutela dois bens jurídicos: o patrimônio e a vida.
O § 3° do art. 157 vincula a aplicação da pena de 20 a 30 anos relativa ao crime consumado à ocorrência do evento morte. Por isso, o latrocínio se considera consumado se a ciolencia causar a morte ainda que a subtração fique na esfera da tentativa. É o eu diz a umula 610 do STF. Ao contrario sensu teremos o latrocínio tentado se o agente queria matar durante o roubo e não consegui ainda que tenha concretizado a subtração.
Como o latrocínio é um crime complexo que envolve subtração e morte prevalece o entendimento de que os agentes matam duas ou mais pessoas pra roubar um só patrimônio haverá crime único e a pluralidade de mortes deve ser levada em conta na fixação da pena.
Só haveria dois latrocínios duas subtrações e duas mortes. 
Se uma pessoa pratica um homicídio doloso e depois de consumado o crime de homicídio resolve vasculhar os bolsos da vitima e então subtra certa quantia em dinheido responde homicídio em concurso material com o crime de furto. Cujo sujeito passivo são os familiares da vitima.
Nossa jurisprudência não admite roubo de uso. O principio da insignificância não e admitido no crime de roubo.
Também não existe o instituto do roubo de uso. Por ausência de previsão legal não existe a figura do roubo privilegiado.
Aula – 07.08.2012 – em relação ao art. 44 voltou-se a discutir se a proibição a liberdade é ou não possível utilizando-se dos mesmos argumentos anteriormente vistos nas decisões do STJ e do STF. O STF alias ao julgar o recurso extraordinário 601.384 reconheceu a existência da repercussão geral do tema o que permitiu que o plenário da mesma Corte, por maioria de votos, declarasse incidentalmente a inconstitucionalidade de parte do art. 44 onde veda a liberdade provisória (HC 104.339 de 10.05.2012). 
Alias o art. 44 já havia sido declarado em parte inconstitucional quando do julgamento do HC 97.256 no que diz respeito a proibição da substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direito. Foi nesse caso que o Senado Federal editou a resolução n° 05 já ano de 2012 retirando a eficácia de parte do texto mencionado.
Em conclusão após o HC 104.339 observa-se que também no STJ possua duas turmas criminais foi adotado o critério segundo o qual a liberdade provisória pode ser concedida a autores de crimes hediondos ou assemelhados sempre que ausente a necessidade da prisão cautelar.
O crime de associação ao trafico é crime de trafico???
Art. 33 caput da lei anti drogas, art. 33 § 1°, art. 34, art. 36 e o art. 37 são todos considerados crime de trafico de drogas.
Obs. O art. 35 é o de associação ao trafico
Prevalece na jurisprudência que o crime para associação para o trafico de drogas previsto no art. 35 da Lei não é um crime de trafico de drogas.
A segunda orientação sobre esse tema sustenta que ele é um crime de trafico ou passou a ser como a entrada em vigor do art. 44 da lei anti-drogas que o menciona.
Não é possível a concessão de fiança para crime trafico de drogas, haja vista PE vedado pelo art. 5° da CF e também na Lei 8072/90 (Lei de crime hediondos).
Aulas de temas especiais
Conceito do crime.
Objetividade jurídica do crime – é o bem jurídico tutelado pelo dispositivo que se esta analisando, localizando o tipo penal no código.
Sujeito do delito – são os protagonistas do fato criminoso.
Conduta Criminosa – núcleo do tipo penal. É ver enxergar, ver, interpretar e entender os verbos que estão postos no fato criminoso.crime de ação múltipla quando tem mais de um verbo, ou de conteúdo variado, quando trás mais de uma conduta, mais de núcleo, mais de uma ação nuclear, mais de um tipo. Crime de forma livre (é aquele que a Lei não indica, não prevê como deve ser realizada a conduta criminosa) e crime de forma vinculada (crime de curandeirismo, 
Elemento Subjetivo – dolo e de culpa em sentido estrito art. 18 § único do CP. O crime sempre é praticado dolosamente, sendo que a lei o determina quando ele pode ser praticado de forma culposa.
Dolo vontade livre, consciente de praticar ato que se sabe contrario ao direito. Art. 18, I, quando quer o resultado temos o dolo direto, quando se assume o risco é dolo indireto.
Culpa em sentido estrito – é a conduta voluntaria que produz um resultado antijurídico não desejado, mas previsível de acontecer.
Imprudência- agir sem as devidas cautelas em determinadas situações.
Negligencia – é a inércia, é o não fazer (a omissão é sempre dolosa a 
Imperícia – é a negligencia ou a imprudência vinculada ao uma atividade profissional ou oficio da pessoa.
Consumação (art. 14, I CP) crime consumado – quando nele se reúne todos os elementos de sua definição legal. Tentativa - quando iniciada a execução da conduta, não se consuma por circunstancia alheias à vontade do agente.
Iter Criminis – é o caminho do crime. Fases:
Cogitação – quando o agente idealiza no plano mental a pratica de um crime. A cogitação primeira fase do iter criminis tem ou não tem relevância para o direito penal?? Não tem nenhuma grandeza jurídico penal porque se quer coloca em risco o bem jurídico protegido(objetividade jurídica do delito).
Preparação – segunda fase do iter criminis tem relevância penal? Depende se os atos preparatórios, quando ele por si só tem relevância penal.
Inicio de execução – desemboca no crime tentado ou no crime consumado. Onde temos na consumação o exaurimento. Temos que saber quando termina a preparação (atos preparatórios) e quando se inicia a execução. Encerram-se os atos preparatórios e tem inicio a execução do crime no exato instante em que o bem jurídico tutelado passa a correr risco efetivo de ser atingido. Ex. crimes que não admitem tentativa (homicídio, crimes plurimos) os crimes materiais sempre admite tentativa. Crimes de mera conduta não admite tentativa.
Conceito do crime esta sempre no texto da Lei, porque a lei descreve um fato criminoso ela esta conceituando esse crime.
Homicídio é a eliminação da vida humana extra uterina.
Não existe crime senão houver ofensa ou sem perigo de ofensa a um bem jurídico tutelado.
Pessoa jurídica pode praticar crime, sim em uma única hipótese nos casos de crime contra o meio ambiente lei 9605/98.
Sujeito ativo – pessoa física; atrelada a alguém que pratica o crime. Pode ser comum ou próprio. Crime comum – é aquele que tem como sujeito ativo qualquer pessoa. Alei não exige que seja conhecido a pessoa.
Crime próprio – não pode ser praticado por qualquer pessoa.Ex. peculato, sendo sujeito ativo o funcionário publico. O infanticídio tem que ter como sujeito ativo a mãe em seu estado puerperal. 
Sujeito passivo – é a pessoa física ou jurídica contra quem a ação típica é realizada. É o titular do bem jurídico protegido contra a ação típica foi realizada.
OBS. O Estado é sujeito passivo sem nenhuma exceção em todos os delitos. Estado sociedade politicamente organizada. A organização da sociedade é através da lei.
Homicidio – “Hominis excidium” – é a eliminação da vida humana alheia extra uterina, ou a eliminação da vida humana extra uterina praticada por outra pessoa. Porque se for a própria pessoa fala-se em suicídio. 
Objetividade jurídica – vida humana – é o estado que se encontra o ser humano animado, normal ou anormal. Não a necessidade da vitalidade. A vida humana tutelado do homicídio é um bem indisponível. Qual a razão da indisponibilidade da vida? A vida é um bem indisponível porque é um bem de interesse individual e social. A vida interessa não só a mim mas a sociedade como um todo.
Sujeito passivo – é o ser vivo nascido de mulher. O estado também é sujeito passivo do homicídio.
Conduta criminosa – consubstanciada no verbo matar (que significa por fim na vida humana alheia). Trata-se de crime de forma livre, pois o CP não enumera as formas de praticar a conduta de homicídio.
Conduta - Matar - ação ou omissão (art. 13, § 2° do CP).
Ação – meios diretos, indiretos ou patogênico de matar alguém.
Meio direito – atinge diretamente a vitima;
Meio Indireto – são aqueles que levam a morte do sujeito passivo depois de cessada conduta do sujeito ativo.
Meio Patogênico – matar alguém transmitindo alguém uma doença incurável. Ex. Aids.
Elemento subjetivo – o homicídio pode ser tanta a forma dolosa, como a forma culposa.
Forma Dolosa – animus necandi – vontade livre e consciente de por fim a vida humana de alguém.
Podendo ser: Eventual ou Direto.
Momento consumativo – com a morte do sujeito passivo; morte é a constatação da impossibilidade absoluta de retornar a vida autônoma.
Morte – clinica, biológica, morte encefálica.
Importante é a morte encefálica – Lei 9.434/97(retirada de órgãos para fins de transplantes). Art. 3° - a retirada de órgãos devera ser precedida de diagnostico de morte encefálica.
Tentativa – os crimes materiais sempre admitem tentativas e os informais nem sempre admite tentativa;
Quando da tentativa de homicídio o sujeito não sofre nenhum tipo de lesão, estamos na tentativa branca ou incruanta.
Modalidades de Homicídio Doloso – 
Homicidio Doloso Simples Caput 121 – reclusão de 06 a 20 anos. Consiste aquele em o elemento subjetivo consiste no dolo. 
Conceito – é aquele que não se amolda a nenhuma hipótese do parágrafo primeiro (privilegiado) e nem do parágrafo segundo (qualificado). 
Homicídio Doloso Privilegiado § 1° 121 – se o agente comete o crime sob relevante valor social ou moral.
Obs. Não é um crime autônomo, tendo como natureza jurídica um caso de diminuição de pena do homicídio. Privilegio consiste em uma redução de pena em favor do sujeito ativo. Grau de reprovabilidade da conduta do agente é menor, em razão de sua conduta o legislador entendeu em lhe conceder uma diminuição da pena de 1/3 a 1/6.
Relevante Valor Social – esta na exposição de motivos da parte geral, item n° 39; Ex. eutanásia (crime de homicídio privilegiado, consubstanciado na exposição de motivos da parte geral. É todo aquele que diz respeito ao interesse da sociedade como um todo e do sujeito ativo, porque ele integra essa sociedade. Ex. matar o traidor da pátria.
Tendo como privilegio a diminuição da sua pena.
Relevante Valor Moral – que diz respeito ao sujeito ativo do homicídio (crime), e conta com a aprovação do pensamento médio da sociedade, é a preocupação com o MEU. Ex. eutanásia.
Violenta emoção logo injusta provocação da vitima (emocional) - quando o sujeito age decorrente de emoção (é o estado que se encontra uma pessoa que provoca momentânea perturbação psicológica em uma pessoa, provoca um dessarancho emocional por um lapso temporal). Já a paixão é um sentimento que vai do amor ao ódio, duradouro.
Para caracterizar tem que ser emoção e não paixão.
Requisitos:
Sujeito passivo (vitima) provoca injustamente o sujeito ativo;
Em razão da provocação em virtude do estado emocional violento;
Sujeito ativo dominado pela violência emoção reage imediatamente e mata o sujeito passivo. Ex. 
Aula 21.08.2012
  Homicídio qualificado
        § 2° Se o homicídio é cometido:
        I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
        II - por motivo futil;
        III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
        IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossivel a defesa do ofendido;
        V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:
        Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
Motivos – inc. I (mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe) – homicídio mercenário, promessa de recompensa já é o suficiente para adquirir o motivo da torpeza, ou por outro motivo torpe. Ex. paga ou promessa de recompensa, tem que haver uma certa similitude o outro motivo torpe, como matar para receber uma herança.
Motivo Torpe – exposição de motivos parte especial n°. 38. – o motivo que suscita a aversão ou repuguinação, indignação geral, como a luxuria. No homicídio torpe temos o abjeto (causa asco, nojo, revolta).
Motivo Fútil - inc. II do art. 121 § 1° - pela mínima importância não é causa suficiente para a feitura do crime de homicídio, é a ninharia, a pequenez que leva um homem a matar seu semelhante. O juízo de valor tem que ser puramente objetivo. Ex. matar alguém por discussão de trânsito.
Crime sem motivo – somente o crime praticado por um doente mental.
Meios de execução – inc. III – são eles: veneno; fogo; explosivo; asfixia e tortura; ou outro meio insidioso, ou outro meio cruel, ou que possa resultar perigo comum. 
Meio insidioso é aquele dissimulado na sua eficiência maléfica, isto é, aquele que sujeito ativo se esconde para pratica de seu intento. Ex. veneno. OBS. Veneno é toda e qualquer substancia de origem animal, vegetal e mineral que em contato com o ser humano pode lhe causar a morte.
Meio cruel – aumenta inutilmente o sofrimento da vitima, que revela uma brutalidade fora do comum. Ex. fogo. A multiplicidade de golpes e de disparo de arma de fogo revela o meio cruel, OBS. a reiteração não implica o meio cruel.
Perigo comum – é todo aquele meio empregado que além atingir o sujeito passivo pode atingir outras pessoas.
Explosivo – é exemplo que pode exerce perigo comum.
Asfixia – constrição da função da respiratória. Ex. enforcamento, esganadura, soterramento, afogamento, esganadura, estrangulamento.
Tortura - exemplo de meio cruel.
Homicidio qualificado pela Tortura – art. 121, § 2°, III com o advento da Lei. 9.455/97 – crime de tortura – e no art. 1° § 3° - tortura seguida de morte – sendo que a diferença é de homicídio qualificado pela analise do elemento subjetivo do sujeito ativo do crime, se o dolo é de matar e a tortura foi o meio de matar ou se o dolo é de torturar e a morte adveio devido a gama de tortura sofrida pelo sujeito passivo. Deve se observar o comportamento do sujeito ativo.
IV – modo ou forma de praticar o homicídio – critério de exemplificação seguido de generalização onde temos:
Traição – pode ser: material ou física e de natureza moral;
Material – 
Física – consiste no ataque brusco, de inopino contra a pessoa do sujeito passivo e normalmente pelas costas dele;
Moral – quebra de confiança que o sujeito passivo deposita no sujeito ativo do crime.
Emboscada – são ex. que dificulta ou torne impossível a defesa do ofendido. É sinônimo de tocaia, aguardar, de forma oculta para matar.
Dissimulação– não é a mesma coisa que meio desidioso. Tem-se que o sujeito ativo engana o sujeito passivo, esconde os desígnios assassino.
Ou outro meio que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido -
A surpresa é qualificadora do homicídio ou não é ??
Só será quando ela constitui, ou seja, que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido.
Homicídio qualificado pela sua qualidade ou homicídio conexissivo – art. 121, §1°, inc. V – para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade e a vantagem de outro crime.
Se for jogo do bicho não é crime, pois jogo do bicho é contravenção.
Tem que haver uma conexão entre o homicídio e outro crime. 
Tem que existir uma conexão Teleológica (lógica) – para garantir a conexão de outro crime temos essa conexão. Ex. mata para executar outro crime.
Conexão conseqüencial (causal) – ocultação (para que o crime anterior fique na obscuridade, de forma oculta, que ninguém saiba que existiu), impunidade.
A pré – meditação não qualifica o homicídio. Por falta de previsão da lei. Tendo como conseqüência no âmbito penal:
Como circunstancias agravante do art. 59 CP;
Ela impede a caracterização do homicídio privilegiado logo em seguida a violenta emoção que impossibilita a defesa da vitima.
O homicídio é possível ser ao mesmo tempo privilegiado e qualificado?
Não pode haver. Devido: homicídio privilegiado não é crime autônomo e devido à técnica legislativa (ele se refere a pena do homicídio simples).
O homicídio pode sim. Desde que a qualificadora seja de natureza objetiva (inc. III e IV § 2° 121).
Homicidio Culposo 1° parte do § 4° 121 
Homicídio Doloso 2° parte (parte final) § 4° 121 – tendo a idade do sujeito passivo tem relevância no homicídio doloso.
Homicídio Culposa § 5° Perdão Judicial – 
Aula 04.09.2012.
O suicídio não é crime e nem a tentativa dele.
Art. 122 – suicídio – induzir, instigar ou auxiliar alguém ao suicídio.
Participação em suicídio – induzir, instigar alguém a por fim na sua própria vida.
Bem jurídico tutelado é a vida humana.
Sujeitos ativo – qualquer pessoa, crime comum.
Sujeito passivo – qualquer pessoa viva, desde que tenha capacidade o que é o suicídio e poder ser levado ao suicídio.
Condutas criminosas – 
Induzir: criar no pensamento de alguém uma idéia ainda não existente. OBS. FORA DO ART. 122 É UM OTIMO EX. DE PARTICIPAÇÃO EM QUALQUER OUTRO CRIME.
Instigar: estimular uma idéia já existente no pensamento de alguém. Reencorajar a idéia já existente. Nas duas primeiras condutas existe uma conduta de ordem moral entre o sujeito ativo e o sujeito passivo.
Auxiliar: é ajudar materialmente, tornar mais fácil a execução do suicídio. Ex. da uma arma, construir uma forca. OBS. tem que anteceder a qualquer ato do suicida. A conduta auxiliar para ser conduta do art. 122 é preciso que seja antecedente, porque auxilio prestado em ato de execução da morte do suicida implica em responsabilidade penal por homicídio. Ex. forca do chifrudo. Nesta quem auxilio no ato da execução de quem se suicidou responde por homicídio.
Elemento subjetivo do crime – dolo (vontade de praticar o suicídio).
Momento consumativo – é duplo, podendo acontecer em dois momentos:
Com a morte do suicida;
Ou se resulta lesão de natureza grave, obvio não vindo a morrer, mas a participação esta consumada.
Este crime não admite tentativa. Mesmo sofrendo lesão corporal de natureza leve, de acordo com Damasio o fato é atípico.
Já Magalhaes Noronha – na conduta auxiliar, pois o empréstimo de uma arma já se trata de tentativa, pois se tem a tentativa de auxilio ao suicídio. Não se pune, porque não houve nem o homicídio e nem a lesão de natureza grave, não há que se falar em lesões de natureza leve.
Aumento de pena – inciso I - se crime é praticado por meio egosistico - é todo aquele que revela desprezo pela vida humana alheia quando se quer impor interesse proprio sobre interesse alheio. Ex. quando existe concorrência entre pessoas.
Inciso II – se a vitima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, sua capacidade de resistência: entre 14 e 18 anos. Menor de 14 pode ser criança. OBS. a pessoa tem capacidade de entender o suicídio mas essa capacidade é diminuída. Ex. os semi-imputaveis art. 26 § único do CP.
Art. 123 – infanticídio – matar sob a influencia do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após.
É uma modalidade de homicídio, porque é matar outra pessoa, sendo um crime privilegiado, haja vista decorrer de condições personalíssimas do sujeito ativo do crime. Possui um tratamento penal mais benéfico. Parte das disposições de motivo item 40 do CP.
Conceito – a morte do nascente (que esta nascendo) ou neonato (recem nascido, logo após, já esta nascido) executado pela própria pela mãe que esta sob a influencia do estado puerperal.
Objetividade jurídica – vida humana do nascente ou do neonato, seja ele normal ou anormal.
Sujeitos – ativo – trata-se de crime próprio (é a mãe sob a influencia do estado puerperal) que esta passando pelo estado puerperal;
Passivo – é o nascente ou neonato. 
Condutas – matar, por fim a vida humana alheia na vida do nascente ou neonato, sob a influencia do estado puerperal. É uma elementar do crime a mãe esta sob a influencia do estado puerperal. Ex. loucura emotiva da parturiente. Um conjunto de sintomas físicos e psíquicos que passam toda mulher por ocasião do parto. Eles abalam a estrutura física e psíquica da mulher a ponto de diminuir sua capacidade.
Não confundir depressão pos parto e psicose puerperal com estado puerperal.
Se ocorrer a morte intra uterina se fala em aborto, porque o infanticídio tem que esta processo de parto ou logo após. Ou seja inicio do nascimento efetivo. Varia de muher para mulher, porque é uma situação causuistica, depende de cada mulher. Podendo ser ate de quarentena pos parto, nos casos de repouso por quarenta dias visão dos antigos doutrinadores, já superada pela doutrina moderna.
O estado puerperal termina quando constatado o estado de bonança (a mulher demonstra os primeiros sinais de efetividade materna em relação ao filho recém-nascido).
Não existe infanticídio culposo. Tem que existir a vontade livre de praticar o crime.
Elemento subjetivo – 
Consumação e tentativa – tentativa é possível, porque ele é uma modalidade de homicídio. Consumação com a morte da criança.
Participação de terceiros – 
7.1 – mãe sempre respondera pelo infanticídio, o terceiro responde junto com a mãe no infanticídio art. 30 CP (circunstancias incomunicáveis) se tem as condições de caráter pessoal, salvo elementares do crime, porque não existe mãe sem esta em estado puerperal.
7.2 – mãe responde por infanticídio e o terceiro por homicídio, porque o crime de infanticido é condição personalíssima, ou seja, é mais que pessoal não se aplica a regra do art. 30.
7.3 – mãe e terceiros responde pelo infanticídio desde que o terceiro não tenha praticado ato de execução da morte.
7.4 – mãe e terceiro responde se ambos praticaram o ato na feitura da morte.
Infanticídio putativo – quando a mãe mata um terceiro filho sob estado puerperal.
Aborto – art. 124 “usque” art. 128
1 – conceito e origem da expressão aborto (ab ortus) – privação do nascimento. A uma critica na doutrina porque deveria chamar crime de abortamento.
Conceito de Aborto – porque nem todo aborto é criminoso, porque existe o aborto acidental. De uma forma geral é a interrupção da gravidez com a morte do produto da concepção.
Aborto criminoso é a provocação da interrupção de uma gravidez normal em qualquer das suas fases matanto o produto da concepção seja ele anormal ou normal. Tem que ser provocado o aborto criminoso pela gestante ou terceira pessoa. Em uma gravidez normal pois é uma gravidez uterina. 
2- conceito do crime de aborto – 
3 – modalidades:
3.1 auto aborto art. 124 
3.2 Aborto provocado por terceiro sem consentimento da gestante art. 125 – 
3.3 Aborto provocado por terceiro com consentimento da gestante art. 125 –
3.4 – aborto qualificado art. 127 –
3.5aborto legal permitido art. 128 – I - necessário ou terapêutico;
II – Sentimental, ético humanitário
3.6 – aborto eugênico – aborto quando anomalia, aborto do feto anencefálico.
Aula 11/09/2012.
Aborto criminoso – é o aborto provocado.
Bem jurídico tutelado – é a vida humana em formação, garantido pelo CC. No art. 125 do CP aborto provocado sem consentimento da gestante a lei também protege a integridade física da gestante, ou seja, o aborto é provocado sem o consentimento dela.
A vida humana tem inicio na tutela com o fenonemo chamado de nidação (é quando o espermatozóide se acopla ao ovulo na parede uterina).
Sujeitos do crime – ativo – qualquer pessoa (crime comum).
Art. 124 – temos uma peculiariedade tem como sujeito ativo tão somente a gestante. (crime próprio).
Sujeito passivo – vida, na hipótese do art. 125 aparece a gestante.
Conduta criminosa – consubstanciada no verbo provocar, no sentido de realizar,dar causa, de fazer. Provocação pode ser através de qualquer meio (ação ou omissão) quando pela ação temos um crime comissivo (através de meios físicos), e os meios químicos (meio idôneo para a provocação do aborto) Aborto por omissão – 
Elemento Subjetivo é o dolo, não existe aborto culposo, somente a única hipótese é no crime de lesão corporal dolosa § 2° art. 129, V CP.
Tentativa é possível.
Art. 124 – temos duas condutas criminosas (1° provocar; a 2° e consentir), não existe co-autor. Porque o co-autor do art. 124 sera o autor do art. 125 ou do 126, aqui dó admite a partcipação de terceiro (participe).
Consentir tem que ser validamente, concordando que outros nela façam.
Requisitos da validade do consentimento da gestante para fins do art. 124 e art. 126 - § único do art. 126 esta os requisitos ao contrario.
A revogação do consentimento da gestante ate o momento que antecede o primeiro ato a ser realizado na gestante.
Art. 125 – sem consentimento ou consentimento não valido.
Art. 127 – forma qualificada – alcança quais modalidades de aborto – só tem incidência nas hipóteses praticadas por terceira pessoa.
Aula 18/09/2012.
Art. 127 - Crime preterdoloso – 
Alcance dessa norma penal – só tem incidência o aborto praticado por terceiro.
O art. 127 não alcança o art. 124 no que diz a figura da gestante.
O terceiro que nela cometeu o aborto responde pelo art. 126 aumentada pelo pelo art. 124.
O participe responde pelo art. 124 mais homicídio culposo.
Art.128 – natureza jurídica – exclusão da ilicitude do fato (antijuridicidade da conduta). Não se pune o aborto. 
Art. 41 ultimo § - o aborto é penalmente licito.
Art. 128, I – é o aborto praticado se não há outro meio de salvar a vida da gestante. (aborto praticado ou aborto terapêutico).
 Aborto quando resulta de estupro – previsto no art. 213 – é preciso o consentimento da gestante. 
Conjunção carnal - relaçao sexual normal entre homem e mulher com a necessidade da penetração do membro viril do homem na cavidade vaginal da mulher.
Aborto eugênico ou genésico – e aquele provocado pela inviabilidade do produto da concepção. Ex. pela má formação.
Com exceção do anencefalo – não constitui crime pela inexistência ao bem jurídico protegido. Pois não tem vida humana, não tem cérebro. Decisão do STF.
DAS LESOES CORPORAIS – Art. 129 CP
- conceito de lesão: exposição de motivos do CP. Item 42 – ofensa integridade corporal ou saúde, isto é todo e qualquer dano ocasionada estrutura fisiológica, anatômico ou mental. Dano a estrutura fisiopsiquica. Pode ocorrer ofensa a integridade a alguém sem necessariamente lesionar, podendo deixar vestígios, sendo visíveis ou sensíveis. 
conceito do crime:
– Objetividade jurídica: a integridade física e psíquica da pessoa. 
– Modalidades:
dolosa – leve (caput), grave (§1), gravíssima (§2°), seguida de morte (§3°), privilegiada (§4°), decorrente de violência domestica (§§ 9° a 11°).
Lesão corporal gravíssima não decorre da lei e sim da doutrina.
Culposa (§ 6°) – simples ou agravada (§7°), ainda temos a figura do perdão judicial.
– sujeitos do crime – qualquer pessoa – crime comum (suj. ativo). Hipótese do art. 129 § 1°, IV e § 2°, V só pode ser a gestante o sujeito passivo. Nos demais qualquer pessoa. Cadáver não pode ser sujeito passivo de lesão corporal, não é pessoa humana viva e sim pessoa morta.– lesionar a sim mesmo não caracteriza o crime do art. 129, porque tem que ser de outrem a integridade corporal. Auto lesão caracteriza crime??, pode caracterizar uma modalidade de estelionato (art. 171, §2°, V do CP). No CPM (temos um crime de auto lesão, mas que caracteriza crime no código penal militar). Nem toda lesão corporal é criminosa ex. decorrente das praticas desportivas (luta de boxe), são permitidas, decorrem naturalmente de uma pratica desportiva. Decorrente de intervenção cirúrgica ou odontológica.
– conduta criminosa – ofender – no sentido de provocar, causar, crime de forma livre, por ação, omissão, meio direto e indireto.
Elementos subjetivos – a lesão corporal é crime que admite tanto a forma dolosa como a forma culposa.
Consumação e tentativa – quando a ocorrência da lesão, esta consumado o crime (crime material). Já a tentativa é possível no âmbito dolosa, culposa não. Por ser crime material, pode iniciar e por circunstancias alheias não ocorre a lesão.
Dolosa – vontade livre e consciente de ofender a integridade física de alguém, temos o animus necendi.
O crime de lesão corporal – temos o principio da insignificância e bagatela – exclui a tipicidade do fato pela mínima ofensa ao bem jurídico protegido. Temos 04 requisitos para ser afastada a lesão corporal:
Mínima ofensividade;
Nenhuma periculosidade por parte do agente;
Reduzido grau de reprovabilidade da conduta;
Inexpressiva ofensa ao bem jurídico tutelado.
Lesao corporal de natureza leve art. 129 caput – não se amolda a nenhuma hipótese, com exceção a lesão corporal de natureza leve decorrente de violência domestica – art. 129 § 9°.
Obs. a ação penal é publica condicionada a representação do ofendido ou de seu representante legal. (lei 9099/95 art. 81). 
Hipóteses da lesão corporal grave – o resultado que decorre no sujeito passivo.
I – incapacidade para exercer suas capacidades habituais por mais de 30 dias (não é só o trabalho, mas também todas as atividades costumeiras de uma pessoa, atividades do dia-a-dia, inclusive de lazer, desde as primeiras atividades de higiene pessoal, se caracteriza lesão grave). A demonstração é através de laudo médico – exige dois lados na forma do art. 168 § 2° CPP – prova da materialidade, mediante laudo complementar pós 30 dias da constatação da lesão ou da data do crime. A doutrina diz no trigésimo primeiro dia deve ser feito novo laudo para caracterizar o lesão corporal grave, podendo ser também no quadragésimo dia, sempre depois de 30 dias.
 Aula 25/09/2012 
II – resulta perigo de vida – probabilidade do real,concreta do exito letal.
Não se presume perigo de vida em nehuma hipótese. Porque ele não decorre de prognostico mas sim de um diagnostico. O laudo tem que ser circunstanciado. O perigo de vida tem que esta descrito. Tem que esta especificado.
III – debilidade permanente de membro, sentido ou função: debilidade – enfraquecimento (perda da capacidade de membro, sentido ou função). Permanente – não significa perpetuidade, para o resto da vida, tendo que ser por um tempo incalculável para recuperação.
Membro – são as partes do corpo humano ligado ao tronco.
Sentido – são as formas de percepção do mundo exterior. Cada ser humano é dotado de 05 sentidos.
Função – atividade própria de determinado órgão ou de determinado conjunto de órgãos que exerce função dentro do corpo humano.
Quando a perda ou inutilização de membro, sentido ou função III, § 2° art. 129 CP - 
Quando ocorre aceleração de parto – sujeito passivo só a mulher grávida. Quando resulta antecipação de parto (nome tecnicamente perfeito e não aceleração). 
OBS. 1) da lesão corporal resulte o nascimento do produto da concepção vivo, com condições de

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