Buscar

Matéria AV1 administrativo I

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 101 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 101 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 101 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO ADMINISTRATIVO I
Professor: Rainaldo
e-mail: rainaldooliveira@gmail.com	
Bibliografia: - Marcelo Alexandrino
	 	 - Vicente Paula – Dir. Adm. Descomplicado
		 - Matheus Carvalho – Dir. Adm.
		 - Ricardo Alexandre (Bom em Dir. ADM, mas ótimo em Tributário).
Pra uma matéria mais “animada”: Alexandre Mazza – Dir. Adm.
Matéria
15/02/2017
O direito Adm. Trabalha para implementar as diretrizes constitucionais.
Estado, Governo e Administração: 
Estado: Estado é pessoa jurídica de direito publico interna e externa (Art. 40 CC/02):
Interna: O estado trabalha sobre duas estruturas (dois regimes de direito):
Regime público: O Estado vai trabalhar com a união, os estados, o DF e os municípios (os 4 entes políticos) + a suas autarquias (Ex: INSS e BACEN) + Associações públicas (Forma que a lei designou para apresentar o “consórcio público”(É união dos entes políticos para prestação de um serviço público específico. Ex: A.P.O (associação pública olímpica, que foi criada para produzir, organizar, criar... A olimpíada) e a transposição para o rio São Francisco).
Regime privado: Quando principalmente o Estado está atuando com as suas estatais (intervenção direta do estado na economia). Se o estado está na economia, ele não pode ter sua influência pública, ou seja, vai competir juntamente com a iniciativa privada (Ex: Petrobras, BB, CEF competindo com outros entes privados dos seus ramos).
Externa: O estado trabalha com a soberania, ou seja, externamente, quem representa o Estado Brasileiro é o Presidente da República (é ele que assina os tratados internacionais e os acordos). 
CC/02: Art. 45 (teoria orgânica) – Pessoa jurídica nasce no momento que são feitos os registros seus atos constitutivos (contrato social ou estatuto).
Art. 2 CC – Pessoa física: vai ganhar personalidade jurídica no momento que nascer com vida. São 2 critérios: Temporal (chegar aos 18 anos) e psicológico (com suas faculdades metais normais, terá a capacidade plena. Mudou, agora qualquer deficiência psicológica é considerada como RELATIVAMENTE incapaz). 
A CR/88 tem normas estruturantes para o Estado. Ele nasce de acordo com a CR/88 e o Supremo tribunal federal se utiliza do que vamos chamar de Princípio Da Simetria, ou seja, as normas estruturantes feitas para a união devem ser simetricamente adotadas pelos demais entes federados, sendo eles: estados, municípios e DF.
Estado é Pessoa jurídica com personalidade jurídica e que vai adquirir direitos e obrigações. É o Estado que detém capacidade processual, ou seja, pode ser autor e réu de ação.
NÃO VAMOS PROCESSAR ÓRGÃOS, SOB NENHUMA HIPÓTESE, VAMOS PROCESSAR O ESTADO!!!!!!! SE A ESCOLA É MUNICIPAL, VAMOS PROCESSAR O MUNICIPIO E NÃO A ESCOLA; SE O HOSPITAL É PUBLICO ESTADUAL, VAMOS PROCESSAR O ESTADO E NÃO O HOSPITAL. ( VIDE Sumula 525 STJ QUE SE REFERE AO CASO CONCRETO 1, LETRA B).
NÃO SE PROCESSA PREFEITURA, JÁ QUE É UM ORGÃO EXECUTIVO MUNICIPAL.
O Estado que detém responsabilidade civil pelos atos de seus agentes (VIDE ACIMA OS EXEMPLOS). CC/02 – Art. 43.
Elementos do Estado: 
Povo
Território
Governo Soberano
A doutrina elenca um quarto elemento, denominado “ordenamento jurídico”.
Poderes do Estado: 
Poder executivo
Poder Legislativo
Poder Judiciário
Art. 2º da CR 88 dispõe que estes poderes trabalham com independência e trabalham com harmonia (Um poder não é maior que o outro).
Forma do Estado: A nossa forma de estado é a Federativa, tem norma Federativa (considerada, pelo art. 60, §4º, I, é clausula pétrea). Não confundir forma de Estado com forma de poder.
A federação trabalha com o principio da descentralização política, ou seja, vamos ter distribuição de competências. 
Temos competências dadas para a união que vão para os estados e para o DF (Doutrina chama de federação de primeiro grau). No Brasil se distribui competência para os Municípios (essa segunda divisão a doutrina passou a chamar de federação de segundo grau ou federação à brasileira).
União: Competências exclusivas (não podem ser delegadas), privativas (podem ser delegadas. Art. 22 CR) e comuns.
Estados/DF: 27 Estados. Brasil não tem território (território não é ente político. É considerado pela doutrina como uma autarquia). DF: agrega as competências estaduais e municipais. O STF diz que o controle de constitucionalidade das leis distritais (do DF) é só das leis que dizem respeito a matérias estaduais, não mais municipais. Os municipais quem julgam são os tribunais de justiça daquele respectivo estado. Resumindo: Não cabe ADIN referente a normas municipais, cabe uma representação interventiva que é feita pelo procurador geral de justiça do estado.
Municípios: Atualmente são 5.560 municípios e o município legisla sobre interesse local. 
A federação trás autonomia aos entes políticos:
Auto administração: Competência Tributária (receber seus próprios tributos).
Auto Governo: Cada estado tem um poder executivo, legislativo e judiciário. 
Auto Legislação (Critério da predominância de interesses, ou seja, se o interesse for local, o municio legisla. Se for regional, o estado. Se nacional, a união). Assembleias legislativas (estados); Os municípios têm Câmara Municipal, o DF a Câmara Distrital e a União tem o Congresso nacional (Bicameral, ou seja, se divide em Câmara dos Deputados (513 deputados) e o Senado Federal (81 senadores)).
A autonomia vai trazer a auto organização para o Estado, ou seja, cada estado pode criar sua constituição estadual. O município não tem Constituição, eles têm lei orgânica.
O DF não pode se dividir em municípios, ou seja, ele é único. O STF declarou inconstitucional uma lei que foi feita no DF dividindo ele em prefeituras.
16/02/2017
O supremo decidiu semana passada, em repercussão geral, que o TJ pode julgar leis municipais inconstitucionais quando elas mexerem com a constituição estadual que é de repetição obrigatória da CR/88.
Princípio da Simetria: Algumas regras da CR/88 tem que estar simetricamente nas constituições estaduais e nas leis orgânicas dos municípios. Os poderes e as competências funcionam de forma simétrica para o Presidente, Governador e Prefeito; o que vai mudar são os interesses.
Territórios: Tinha 3 territórios: Amapá e Roraima (pela ADCT 14,15 foram transformados em estado) e Fernando de Noronha foi incorporado ao estado de Pernambuco. 
É Feito por meio de lei complementar e não possui autonomia, que é uma característica dos estados. Território é considerado uma autarquia territorial que está ligada à união. Território Federal não é ente político.
Terceira característica da Federação: Federação Simétrica e Federação Assimétrica.
 Federação simétrica: É uma Federação que há competências iguais para os entes políticos, ou seja, há uma equivalência na distribuição de competências. 
Federação Assimétrica: Forma de Federação que o Brasil adotou; temos uma distribuição diferenciada de competências que tem o objetivo de trazer uma redução de desigualdades sociais. Ex: Zona franca de Manaus, SUDAN e SUDENE. 
 GOVERNO: É o conjunto de órgãos que exercem função política (Presidente da república; Casa Civil, cujo chefe é o que faz a interface do presidente com todos os ministérios que tem no Brasil, ou seja, para falar com o presidente, tem que falar com ele primeiro; Ministérios e Secretarias).
Dentro da estrutura de órgãos políticos, temos os agentes políticos, que podem ser eleitos (Ex: ministro da justiça), nomeados ou equiparado por lei (Ex: Chefe da AGU, Presidente do BACEN). 
O STF em 2012 se auto conclamou como tendo cargos políticos.
O GOVERNO é visto sobre o aspecto objetivo e subjetivo:
Objetivo: Atos políticos
Subjetivo: Órgãos políticos e agentes políticos.
Forma de Governo: Somos um sistema republicano (Art. 1º CR/88). É um sistema eletivo (elegemos governantes); Temporariedade (4 em 4 anos) e os governantes tem responsabilidade perante o povo > Todo brasileiro pode pedir Impeachment do representante do executivo perante aCâmara dos Deputados. 
O STF disse que a forma de governo republicana é também uma clausula pétrea, já que nosso sistema de governo é eletivo e temporário, sendo naturalmente que esse sistema eletivo é exercido por meio do voto (Secreto, periódico e Universal, que são cláusulas pétreas). 
O Supremo diz que o art. 150, III da CR/88 que fala da anterioridade tributária também é uma cláusula pétrea. 
O Supremo diz que o art. 16 da CR/88 princípio da anualidade eleitoral é clausula pétrea.
O Supremo diz que o art. 225 CR/88 também é cláusula pétrea, que fala de direito ambiental, que é considerado um direito transindividual de 3ª geração de direitos fundamentais de natureza difusa. 
CARACTERÍSTICAS DO GOVERNO:
Liberdade de atuação: Independência que o governo tem que ter para fazer as políticas públicas para o povo; Orçamento: Art. 166 CR/88, que diz que o PR dará iniciativa à lei orçamentária que irá passar por uma comissão mista permanente que é composta por 30 deputados e 10 senadores (1 presidente e 3 vice presidentes), que vai virar um projeto que lei que vai ser votada pelo CN em sessão conjunta sendo feita uma apuração dos votos em separado. Essa lei orçamentária não é uma lei complementar, é uma lei ordinária; Princípio da não vinculação orçamentária, que não será obrigado a vincular o orçamento a alguma coisa, ou seja, o governo que decide, mas tem exceções: Saúde (20%), Educação (25%) e Previdência (+ ou – 40%). A não observação dessa vinculação obrigatória pode ser caso de intervenção federal.
22/02/2017
Responsabilidade Constitucional: Lei 1079/50 (lei de crime de responsabilidade), que não se trata de uma lei de natureza penal, então o nome “crime” está errado. Para o STF, o ato de responsabilidade é uma infração político-administrativa. 
O PR tem proteções constitucionais (art. 85 e 86 CR), mas vai ser julgado pela lei acima e pela CR/88. Quando o PR sofre Impeachment, ele é impedido de continuar exercendo sua atividade de chefe do poder executivo.
O Impeachment é um processo bifásico, ou seja, vai ter uma aceitação na Câmara dos Deputados e depois ser julgado pelo Senado.
O impedimento gera DUAS consequências: Perde o cargo e fica impedido por 8 anos (não pode ocupar cargo politico, administrativo de nenhuma das esferas do governo, ou seja, se eleger, fazer concurso público e não pode ser nomeado para nada).
STJ: Tem decisão onde ele diz que agentes políticos (Governador, Deputado, Prefeito, Vereador, senador, etc...) podem (poder dever) responder pela lei de improbidade administrativa (lei 8429/92), com EXCEÇÃO DO PR, ou seja, ele não responde frente à lei citada acima, pois tem rito já determinado pela CR/88.
STF: Em 2012 ele se auto julgou agente politico ficando decidido que ele não responde pela lei de improbidade (lei 8429/92) e sim pela lei de crime de responsabilidade (lei 1079/50). O presidente PRATICA SIM ATO DE IMPROBIDADE, O QUE MUDA É A LEI A QUAL ELE VAI SER SUBMETIDO.
Lei complementar 123: Lei da Ficha limpa, que trouxe uma novidade: diz que se for condenado em segunda instância por improbidade, você já está inelegível, não precisando esperar transito em julgado (art. 1º, “F”). O STF já analisou a constitucionalidade desse artigo e disse que é constitucional. 
AGENTE POLITICO NÃO TEM RESPONSABILIDADE TECNICA PELA EXECUÇÃO DO SERVIÇO PÚBLICO: A ex presidente fez uma medida provisória determinando o não aumento da energia em 2015. Contudo, ela não vai ter responsabilidade técnica perante tais fatos.
Sistema de Governo:
Presidencialismo: 
- Ele é o chefe de estado: assina tratados internacionais, acordos e cooperação.
- E o chefe de governo: administra todo o aspecto da estrutura interna, ou seja, faz politicas publicas e nomeações em geral.
- Tem uma rígida divisão de competências.
- O PR tem que responder ao povo.
OBS: No parlamentarismo o povo vota no PARLAMENTO; O CHEFE DE ESTADO ELEGE O CHEFE DE GOVERNO QUE VAI SE JUNTAR AO PARLAMENTO. SE O PARLAMENTO NÃO GOSTAR DESSE CHEFE DE GOVERNO, ELE DIZ PARA O CHEFE DE ESTADO PARA ELEGER OUTRO CHEFE DE GOVERNO. Em suma, o povo SÓ ELEGE O PARLAMENTO.
Regime de Governo:
Regime Democrático:
- Trabalhamos para a maioria e para a minoria.
- O Estado não é obrigado a sustentar o povo, ele é obrigado a dar suporte.
- Vai ser feita, em regra, através de representação indireta, ou seja, o voto.
- Temos a representação direta: Iniciativa popular, plebiscito/referendo (onde diretamente somos chamados a opinar) e tribunal do júri. 
Temos dentro da democracia, que o sistema democrático vai criar para o estado, obrigações:
- Positivas (fazer): Tem a obrigação de promover os direitos fundamentais (função promocional do Estado).
- Negativas (não fazer): Tem a obrigação de proteção dos direitos fundamentais (função de proteção do Estado).
- A promoção e proteção dos direitos fundamentais é o principal objetivo do Estado Democrático de Direito brasileiro. Isto está em toda decisão do STF referente a tal tema.
- O STF decidiu semana passada que o Preso que fica em estabelecimento superlotado está gerando um dano existencial e ele tem que ser indenizado. Na ótica de “promover direito fundamental”, o STF está correto.
23/02/2017
Exemplo prático do que estudamos até agora:
FISCALIZAÇÃO: 
1 – MULTA
2 – INTERDIÇÃO
ENTRAR COM UMA AÇÃO PEDINDO A ANULAÇÃO DO AUTO DE INFRAÇÃO QUE GEROU A MULTA E QUE GEROU A INTERDIÇÃO DO ESTABELECIMENTO. 
A CAUSA DE PEDIR VAI SER:
1º - ANALISAR SE HÁ ALGUMA ILEGALIDADE DA FISCALIZAÇÃO, SE GERAR ILEGALIDADE, ESTAMOS DIANTE DE ATO DE ABUSO DE PODER (EX: NÃO PODE INVADIR IMOVEIS PARA FISCALIZA-LOS, SE INVADIR, ISSO VAI SER ABUSO DE PODER).
2º - SEMPRE ALEGAR QUE O VALOR APLICADO DE MULTA ESTÁ EXERCENDO UMA QUEBRA DO PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE.
3º - VAMOS ALEGAR QUE ESTA INTERDIÇÃO AO ESTABELECIMENTO É ABSOLUTAMENTE DESPROPORCIONAL TAMBÉM AO PRINCIPIO DA RAZOABILIDAE E PROPORCIONALIDADE.
QUANDO SE TRATANDO DE EMPRESA, VAMOS SEMPRE ALEGAR O PRINCIPIO DA LIVRE INICIATIVA QUE ESTA DETERMINADO NO ARTIGO 170 DA CR, VAMOS SEMPRE ALERGAR AO JUIZ QUE ESTAMOS TENDO UMA NITIDA QUEBRA DA FUNÇÃO SOCIAL DA EMPRESA, POR SER FONTE MANTENEDORA DE TRABALHO, DE RECOLHIMENTOS DE TRIBUTOS E DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL.
4º - VAMOS PEDIR UMA LIMINAR PARA QUE O JUIZ IMEDIATAMENTE LIBERE O FUNCIONAMENTO DA EMPRESA.
ADMINISTRAÇÃO:
Administração pública é um conjunto de órgãos que executa as politicas públicas do governo
Adm. Objetiva: A adm. Vai praticar atos administrativos.
Adm. Subjetiva: A adm. Trabalha sobre duas formas: 
Administração Direta: É a adm. Que é feita por meio dos órgãos (Ex: Secretarias, ministérios, Presídio, Hospital, Escolas, Creche, Delegacia, etc... são exemplos de órgãos administrativos).
Administração Indireta: Não administramos por órgãos, mas sim por entidades, sendo ela subdividida por:
	 - Sem Fins lucrativos: Autarquias e Fundações. Elas vão fazer as chamadas atividades típicas do Estado e atividades típicas de alta complexidade. É o Estado buscando que atividade de alta complexidade deve ser especializada, ou seja, ele deve criar uma estrutura SÓ para aquilo, que é TOTALMENTE preparada para aquilo, conhecida como “Princípio da Especialidade”. Ex de autarquia: INSS (trata sobre previdência) e IBAMA (trata do direito ambiental); Ex de Fundação: PROCON, IBGE, FUNAI e FUNASA.
	 - Com fins lucrativos: O Estado está buscando lucro, fazendo intervenção direta na economia (é uma exceção, pois quem o movimenta é a iniciativa pública) através das Estatais. São Estatais: Empresas Públicas (CEF, ECT, BNDES e INFRAERO são as nacionais) e Sociedades de Economia Mista, (BB, Petrobras, Eletrobrás, Furnas). 
Características ADM x Características Governo
	Vinculação à lei (obrigada a cumprir a lei).
	Liberdade de atuação
	Tem responsabilidade funcional, ou seja, vai responder pela lei de improbidade (lei 8429/92) e as regras que estão nos seus Estatutos (Ex: Estatuto do servidorpublico federal (Lei 8112/90) e do ES (LC 46/94)). Sofre então um Processo Administrativo Disciplinar (PAD). Quem sofre um PAD não é exonerado, é demitido.
	Responsabilidade Constitucional.
	Tem responsabilidade técnica pela execução do serviço (Exemplo do professor de tênis que caiu de moto e foi internado no São Lucas, mas ainda está mancando e que o hospital vai ser responsável abrindo um PROCESSO PERANTE O ESTADO).
	Não tem responsabilidade técnica pela execução do serviço.
OBS: NO FINAL DAS CONTAS, A ESTRUTURA ADMINISTRATIVA TRABALHA PARA A ESTRUTURA DO GOVERNO.
ACABOU A INTRODUÇÃO!!!!!!
FUNÇÕES DO ESTADO: 
Modernamente a teoria de Montesquieu (Executivo, legislativo e Judiciário) está ultrapassada, entendendo a doutrina atualmente que o poder do Estado é UNO E INDIVISÍVEL, sendo que este poder vai exercer três funções: Função Executiva, Função Legislativa e Função Jurisdicional.
Uma função é justamente um exercício obrigatório de algum tipo de atividade, tendo ela que ser cumprida.
Quando estou em uma estrutura organizada de poderes, tínhamos que o Estado era o dono de um poder, fazendo do que jeito que ele bem entender e quando ele puder. Então, agora o Estado não exerce mais poder, exerce meras funções. Função não é poder, é dever.
“O Estado tem deveres constitucionais e para a concretização desses deveres a lei irá lhe ofertar poder”
O STF entendeu que ele pode exigir que os outros cumprissem a constituição, começando a se interferir nas políticas públicas do Governo, dizendo que regras orçamentárias estão sendo aplicadas sem necessidade, ou seja, o Estado está aplicando dinheiro em áreas desnecessárias e deixando nas necessárias de lado. 
Visto acima, o STF não se metia no orçamento do Governo, porque ele não queria misturar os “poderes”, contudo, ele disse que pode analisar a lei de orçamento quando ela quebrar critérios de razoabilidade e proporcionalidade... Esta decisão tem nomes: 
	 - Judicialização do Direito
	 - Politização do Poder Judiciário: Judiciário atuando diante de políticas, porque infelizmente os governantes não governam para o povo, tendo o Supremo está tendo que fazer intervenções.
FUNÇÃO JURISDICIONAL: 
É a estrutura que nós criamos para substituir a justiça privada, que é quando dizem que o judiciário tem natureza substitutiva. Quem faz a justiça por nós é o Estado.
Exercer justiça privada é crime (art. 345, CP).
Característica: As decisões proferidas pelo poder jurisdicional têm caráter de definitividade e de imutabilidade. A coisa julgada (imutabilidade das decisões) é um representativo da segurança jurídica. Artigo 5º, XXXVI da CR/88 (sobre coisa julgada).
Os tribunais Administrativos (chamados pela doutrina de “parajurisdicionais”) Fazem coisa julgada administrativa, só que esta coisa julgada administrativa não tem caráter de definitividade, fazendo com que a decisão possa ser revista administrativamente. Ex de tribunais adm.: TCU (tribunal de contas da União), TCE e corregedorias (exercem capacidade de julgar ações dos militares).
A maioria dessas decisões administrativas é perdida, então se entra com uma Ação anulatória: Pedir para que o poder judiciário anule a decisão administrativa.
02/03/2017
AÇÃO ANULATÓRIA: 
Depois do processo administrativo, temos o processo judicial, que é feito através de uma ação anulatória.
O conteúdo da matéria já está definido, ou seja, o PAD já foi julgado. Como a coisa julgada administrativa não tem caráter de definitividade e imutabilidade, vai se entrar com uma ação anulatória para pedir a anulação da decisão.
Causa de Pedir: 1º) Analisar se aconteceu algum indicio de ilegalidade no processo; 2º) vamos ver a Questão processual, que é quando temos uma quebra do contraditório ou da ampla defesa, pedindo para anular o processo todo, porque gera nulidade processual; 3º) Quebra de Competência, ou seja, tem autoridade que não tem competência legal praticando atos que não são deles; 4º) Afirmar sempre uma quebra da razoabilidade e da proporcionalidade na aplicação da penalidade. 
Após, pedir uma liminar: pedido de reintegração (pedido para servidor demitido, por exemplo), alegando coisas como que aquele emprego que bota comida na mesa, alimenta a família, etc... Principalmente de cargos que tem carreiras de exclusividade (ex: PM e PC porque não podem fazer mais nada além disso). 
Poder-Dever: Poder sempre vindo em primeiro lugar.
AÇÃO POPULAR: É uma ação que discute direitos difusos e ataca ato administrativo ilegal ou abusivo. 
O STF disse que não cabe ação popular contra ato político, só contra atos administrativos.
O STF diz que ele não faz aumento de remuneração porque o judiciário não atua na qualidade de legislador.
De acordo com a Doutrina, o Estado terá que passar a ter dever-poder, ou seja, ele tem deveres constitucionais e, para isso, vou te dar poder. O Estado não tem que ter mandante, tem mandatários.
Com relação a esta mudança de poder-dever para dever-poder, o STF começa a olhar para a estrutura de governo e fala que está errado e começa a dizer que a partir de agora, já que tem deveres, vou começar a cobrar que você cumpra estes deveres inicialmente em duas coisas:
- Começa a mexer no orçamento:
ADPF (arguição de descumprimento de preceito fundamental). Preceitos fundamentais são os princípios constitucionais: Quando está ferindo tais direitos, o STF se manifesta.
ADPF 75: Há um preceito fundamental explicito de cuidar da criança e do adolescente, havendo uma quebra da razoabilidade e proporcionalidade, fazendo com o que prefeito tire o dinheiro do orçamento (seja de qual parte dele for) e invista onde deve.
- Começou a dizer que ele pode se meter nas políticas públicas, sendo elas: 
Política Saúde: Art. 196, CR/88. O direito de saúde é um direito universal do brasileiro. O STF passou a entender o “universal” como “universal” MESMO, estando também ligado à dignidade da pessoa humana (Ex: Estado sendo obrigado a dar Remédios de alto custo, tratamentos, Home Care (tratamento em casa), Muleta/Cadeira de Rodas e Vaga/Leito (pedir primeiro a internação, se não tiver, vai ter um pedido subsidiário, pedindo uma vaga em um hospital particular)).
Competência para a situação acima: 
O STJ informou que há uma responsabilidade solidária, ou seja, o cidadão escolhe quem ele quiser.
O STJ tem outra decisão, que diz que não importa se a União foi chamada, isso não quer dizer que ela tem que ser a principal.
Política da Educação: 
A creche das crianças de 1 a 6 anos é de competência do município, se acordo com a CR/88. A moça trabalhava em uma grande capital e tinha que deixar o filho da creche e ir para o serviço. Quando foi pleitear uma vaga na creche, informaram que não tem vaga lá, só no centro, que era contramão pra ela.
O STF, em 2015, tem uma decisão que diz que, no caso acima, o Município tem que arrumar uma vaga naquela creche IMEDIATAMENTE independente se tem ou não orçamento.
O estatuto do deficiente tem uma regra de acessibilidade, tendo que se adaptar ao deficiente. As escolas particulares começaram a cobrar mais pelo fato de o aluno ser deficiente. Outra decisão de 2016, o STF, depois que o estatuto do deficiente entrou em vigor, no caso acima, é inconstitucional cobrança adicional de qualquer tipo pela pessoa ter deficiência.
09/03/2017
Continuação:
Sistema Unitário:
Jurisdição condicionada: É quando você esgota a via administrativa para então depois entrar com uma ação na justiça. Porque condiciona a jurisdição ao esgotamento da via administrativa.
Regra: A via administrativa é um direito nosso, e não uma obrigação. (Ex: Se você toma uma multa de transito, você não tem que se defender administrativamente, pode se defender só judicialmente). Contudo, se faz a defesa administrativa SEMPRE, porque você vai prolongar o máximo possível para ter uma decisão definitiva, fazendo com que ganhe tempo e porque decisão administrativa é auto executória, e isso na vida do particular é um inferno, porque ela nãoprecisa ir ao judiciário para ser cumprida. 
Modalidades de Jurisdição Condicionada (exceções do fato de ser opcional):
 Justiça Desportiva (STJD): Os clubes vão ter que, primeiro, esgotar a via administrativa para poder acionar o poder judiciário.
Habeas Data: É um remédio constitucional que tem uma tripla função: Direito de informação pessoal, direito de retificação e direito de inclusão. Primeiro tem que fazer um pedido administrativo para ganhar uma “negativa” do seu direito (indeferimento) e mediante essa “negativa”, entrar no judiciário. 
Os tribunais Administrativos estavam se omitindo mediante os pedidos, para não ter que dar a negativa, uma vez que achavam que estavam fazendo prova contra si mesmo, então o STF e STJ entendem que a omissão em responder vai configurar a NEGATIVA que legitima as vias de remédios constitucionais.
OBS: QUANDO VOCÊ QUISER INFORMAÇÃO DE PESSOA FISICA VAI SER HABEAS DATA E QUANDO FOR DE PESSOA JURIDICA VAI SER MANDADO DE SEGURANÇA.
Súmula Vinculante: Nasceu na EC 45/04. Vinculante vem de efeito, ou seja, o quanto ela tem capacidade de ser obrigatória. O sistema que o supremo usa para vincular é a Repercussão geral. O sistema que o STJ usa é o recurso repetitivo, que pega uma questão que esteja causando insegurança jurídica e transforma em recurso repetitivo. Com o novo CPC temos o incidente de resolução de demanda repetitiva. SÓ QUEM FAZ SUMULA VINCULANTE É O STF, com votação plenária de 2/3 dos ministros, o que representa 8 dos 11 representantes. Os outros fazem só súmula. O efeito da súmula vincula o judiciário, já a sumula vinculante vai para os três poderes. Temos hoje 56 súmulas vinculantes.
LEI 9784/99
Lei do processo administrativo federal. 
Não tem caráter nacional, só tem caráter federal, ou seja, só serve para a união, não servindo para estados e municípios. 
Contudo, o STJ tem uma decisão que diz que esta lei pode ser aplicada subsidiariamente quando tiver omissão da legislação de processo administrativo municipal ou estadual. 
Esta lei fala que, mesmo que a sumula vinculante obriga a cumprir algo, ainda assim que se esgotar as vias administrativas.
Quando todas as vias administrativas estiverem esgotadas, vai ter que fazer uma reclamação constitucional no STF. 
Não cabe mandado de segurança quando couber efeito suspensivo em recurso administrativo porque os advogados, quando o efeito suspensivo era negado, impetravam mandado de segurança (art. 5 lei 12.016/09). Como não pode mais fazer isso, entrar com uma ação ordinária pedindo uma antecipação de tutela, mas antes com a causa de pedir alegando alguma ilegalidade e o princípio da razoabilidade e proporcionalidade, depois pedir: Pedido de natureza declaratória, pedindo ao juiz para declarar nula a decisão administrativa (tem que primeiro desconstituir a decisão administrativa para depois pedir o que queremos; Pedir depois (pedir somente se o juiz declarar a nulidade da decisão administrativa), um exercício de direito do seu cliente (neste caso, vamos usar este pedido se for pra alguém entrar em um cargo ou algo assim, não se meu cliente for autuado a pagar multa, porque ele não tem direito algum; Pedir uma liminar (seja pleiteando uma reintegração, no caso de PAD ou outro assunto). 
FRASES IMPORTANTES ACERCA DAS CAUSAS DE PEDIR CITADAS ACIMA:
O PODER JUDICÁRIO FAZ CONTROLE DE LEGALIDADE DOS ATOS ADMINISRATIVOS; 
O PODER JUDICIÁRIO NÃO FAZ CONTROLE DE MÉRITO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS; 
O PODER JUDICIÁRIO NÃO EXERCE COMPETÊNCIA DE REVISÃO DA DECISÃO ADMINITRATIVA;
Decisão do STJ: Ele entende que se você ajuizar alguma ação na justiça, você está renunciando a via administrativa.
Dicas de estudo: 
Ter no caderno o máximo de informação.
Ter um livro.
Ter o site de questões (questoesdeconcurso.com, ou seja, q concursos).
Site www.dizerodireito.com.br.
15/03/2017
Aula com muita coisa que está sendo começada.
FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO:
É o meio onde vamos criar direitos objetivos, que são normas agentes. 
Temos normas de direito objetivo que são vinculadas (tem que ser cumpridas) e que são discricionárias (é a norma que você escolhe se vai cumprir ou não, como por exemplo, casar; você não é obrigado a casar, mas está na lei).
Nasce o direito subjetivo, que veio após o direito objetivo, que são direitos que são facultados. Você tem a sua autonomia da vontade sendo respeitada, exercendo seu livre arbítrio. A partir do momento que você cumpre os requisitos, nasce o direito subjetivo. É uma ligação que o direito chama de vínculo, nascendo uma vinculação entre você e o direito que lhe foi cometido.
Estudamos até o direito subjetivo privado, em que existem relações bilaterais e unilaterais.
Temo o direito subjetivo público, em que vamos nos relacionar com o poder publico, e dentro da estrutura do poder publico muitas leis e muitos direitos não são ofertados. Quando pensarmos em direitos público, temos uma serie de direitos que nos são garantidos constitucionalmente, que são os direitos fundamentais; temos também os que vêm das leis, das normas. O direto subjetivo cria uma vinculação, trazendo o exercício desse direito.
O DIREITO ADMINISTRATIVO TEM DUAS FONTES, A PRIMÁRIA E A SECUNDÁRIA:
FONTE PRIMÁRIA: Fonte direta e vincula a atividade administrativa. 
FONTE SECUNDÁRIA: É a fonte indireta e não vincula a atividade administrativa. 
A fonte primária é a lei, mas no sentido amplo:
Essa fonte é lei formal, pois passa pelo processo legislativo (art. 59, CR/88). Temos as normas administrativas, que são atos administrativos (decreto, resolução, portaria e instruções normativas) gerais e abstratos. Temos também os tratados internacionais. 
	NORMA PRIMÁRIA
	NORMA SECUNDÁRIA
	É a norma que inova a ordem jurídica.
	São normas que não inovam o direito, não tem poder de inovar o direito.
	Se ela está inovando, ale vai criar direitos e obrigações.
	Não cria direitos e obrigações, a não ser quando a lei permitir, pois, caso contrario, ia ter uma deslegitimação do sistema.
	A doutrina chama o que foi citado acima como princípio da originalidade, quando estamos inovando a ordem.
	Vão criar, em regra, procedimentos administrativos para você adquirir um direito ou cumprir uma obrigação. 
	São normas primárias por excelência: As leis, que trabalham com controle de constitucionalidade.
	São as famosas normas administrativas. Não tem controle de constitucionalidade, tendo um mero controle de legalidade, podendo a própria administração declarar a legalidade ou ilegalidade do ato e podemos ter que o judiciário declare legalidade ou ilegalidade de um ato. 
O STF DIZ QUE NO COTEJO DA NORMA INFRALEGAL, ELA NÃO ESTÁ PADECENDO DE VICIO DE INCONSTITUCIONALIDADE, POIS ELA ESTÁ LIGADA COM A LEI E NÃO COM A CONSTITUIÇÃO. SENDO UMA OFENSA INDIRETA.
O STF ENTENDE QUE QUANDO A LEI FERE A CONSTITUIÇÃO, É UMA OFENSA DIRETA.
	É MAIS FÁCIL DECLARAR A ILEGALIDADE DO QUE A INCONSTITUCIONALIDADE.
DECISÃO DO SUPREMO: RESOLUÇÃO 7 DO CNJ (ÓRGÃO DE CONTROLE DO PODER JUDICIÁRIO, QUE ESTÁ ABAIXO DO STF, OU SEJA, ELE CONTROLA TODOS OS TRIBUNAIS DO BRASIL, MENOS STF), QUE É A RESOLUÇÃO QUE TRATA DO NEPOTISMO (A NOMEAÇÃO OU DESIGANÇÃO, PARA CARGO COMISSIONADO OU FUNÇÃO DE CONFIANÇA, DE CONJUGE OU PARENTES), DIZENDO QUE NÃO PODE TER NEPOTISMO NO JUDICIÁRIO. O CONSELHO NACIONAL DO MINISTERIO PÚBLICO FOI CRIADO E CRIOU A RESOLUÇÃO 3, QUE DIZ QUE TAMBÉM NÃO PODIAM TER NEPOTISMO ALI. ENTÃO ALEGARAM PARA O SUPREMO QUE AS RESOLUÇÕES ACIMA SÃO ILEGAIS. A ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS MAGISTRADOS AJUIZA UMA ADC (Nº 12), PEDINDO PARA O SUPREMO DECLARAR A RESOLUÇÃO Nº7 INCONSTITUCIONAL. O STF NÃO SÓ JULGA, MAS PÕE EM PLENÁRIO, COM A FUNDAMENTAÇÃO DE QUE A CR/88 DIZ QUE O CNJ PODE REGULAMENTAR TAL FATO, FAZENDO COM QUE ESSA NORMA SEJA CONSIDERADA NORMA PRIMÁRIA, E CRIA A SÚMULA VINCULANTE Nº13, QUE É A FAMOSA SUMULA DO NEPOSTISMO.
QUANDO O CNJ QUER FAZER POR FORÇA DE ATO NORMATIVO, ELE FAZ POR RESOLUÇÃO, QUE VAI TER FORÇA DE LEI, POIS É PERMITIDO PELA CR/88.
ENTÃO RESOLUÇÃODO CNJ E DO CNMP SÃO NORMAS PRIMÁRIAS.
KELSEN DIZIA QUE DIREITO E MORAL SÃO DIFERENTES, MAS DIREITO SEM MORAL É RUIM.
TRATADOS:
Emenda Constitucional 45/2004: Emenda da reforma do judiciário, sendo inovadora, incluindo, no art. 5 da CR/88 o §3º e o §4 (fala que o Brasil está submetido às regras do tribunal penal internacional, o TPI).
16/03/2017
Há na CR/88 uma cláusula geral, de acordo com a doutrina, de abertura recepção de tratados internacionais de direitos humanos. 
Rito dos Tratados:
- A primeira assinatura do tratado é do presidente da república (art. 84, I, CR/88). 
- Passada essa assinatura, teremos um segundo momento, que é o da confirmação.
- Terceiro momento: Depois temos que fazer o processo de internalização, onde o processo vai entrar pra nossa ordem jurídica brasileira. Isso vai funcionar na pratica: Será levado ao congresso nacional, que será encarregado de fazer a análise do tratado internacional, entrando na comissão de constituição e justiça, tendo que ser esse tratado compatível com a ordem jurídica brasileira. Às vezes vai aceitar o tratado de forma parcial, pois não vai conseguir aceitar tudo. Depois que fizerem essa analise, vai ser internalizado através de decreto legislativo do congresso nacional. Só temos a internalização, mas ainda não está produzindo efeitos.
- Quarto momento: Só vai produzir efeito quando tivermos um decreto regulamentar no PR, que será publicado, sendo o ponto inicial da produção de efeitos.
- Com relação a este rito, o STF entende que quando o tratado entra na ordem nacional, este tratado tem que ter compatibilidade com a CR/88. Para o supremo adota-se a teoria de que o tratado internacional vai trabalhar com o critério de compatibilidade com nosso dispositivo maior (CF). 
- A autora de Direitos humanos Flavia Piovesan discorda do supremo, entendendo que a partir do momento que o tratado é assinado, ele já produz efeitos na ordem interna. Ela entende que a partir do momento que o PR assina o tratado, ele já tem condições de produzir efeitos na nossa ordem interna. O supremo vem novamente e “fala para a Flávia” que vai manter sua decisão. 
- §3º, art. 5º, CR/88: O tratado de direitos humanos tem que passar pelo quórum qualificado de emenda constitucional (2 votações, uma em cada casa, com 3/5 no mínimo do que fazem parte da casa). Emenda constitucional não tem sansão e veto do presidente. Caso passe, o tratado vai ter status de norma constitucional, passando a ser um direito fundamental nosso.
Quando o tratado entra na ordem jurídica sem passar pelo procedimento acima, o STF entende que ele tem status de lei ordinária só. 
Em 2009 o STF vai trazer uma das mais conhecidas decisões do cenário jurídico brasileiro: Foi discutir o famoso contrato de alienação fiduciária, entendendo o STF que era pra prender a pessoa que fosse depositário infiel (desfazer do bem alienado) e o STJ que deveria soltar o cara. 
Em 2009 foi resolvido o problema, o ministro Gilmar Mendes toma uma decisão, importando um elemento da constituição alemã, dizendo que tratado internacional de direitos humanos que não passar pelo crivo de quórum qualificado, não vai ter status constitucional, mas também não vai ter status de lei ordinária, vai entender que essa norma constitucional vai ter status de norma supralegal (acima da lei); Se o tratado passar em quórum qualificado (visto acima), ele vai virar norma constitucional; Se tivermos tratados que não são de DH, ele vai passar pelo quórum normal e vai ter status de lei ordinária. 
O STF aceita a análise supralegal e decide que não podemos ter mais tal tipo de prisão civil, só a prisão por alimentos, de acordo com também a convenção americana. Súmula Vinculante 25 (proibido qualquer tipo de prisão por qualquer divida civil). 
CONTROLE DE CONVENCIONALIDADE
É o controle de convenções. Temos que controlar também se o Estado brasileiro está cumprindo os tratados assinados.
O STF diz que, pela convecção americana de direitos humanos, não há diferença entre casamento e união estável (art. 1784, CC). 
Vai trazendo a possibilidade de chamar a convenção e dar efetividade a essas convenções.
O controle de convencionalidade e a questão de direitos humanos têm sido interpretados sobre outra ótica, que é a que os juristas aplicaram a convencionalidade a um principio que é conhecido, mas evoluiu: princípio da proporcionalidade, que pode ser:
- Negativa: Princípio da Proibição do excesso, sendo que o estado não pode ir além. Ex: Fiscalize de forma proporcional, cobre de forma proporcional. Se exceder, o excesso é ilegal, e será anulado o ato todo. Não é porque está escrito na lei que o Estado pode fazer da forma que quer.
- Positiva: Princípio da proibição da prestação insuficiente, que diz que o Estado não pode fazer as coisas pela metade, tendo que ser aplicado em sua plenitude. Está-se aplicando e não está garantido tudo, quebrou o princípio da proporcionalidade. 
USAR A PROPORCIONALIDADE POSITIVA COM O CONTROLE DE CONVENCIONALIDADE:
Ex1: Quando Lei Maria da Penha permite que a mulher renuncie a representação, o Estado está fazendo uma prestação insuficiente do direito. Sumula 542, STJ impediu que o Estado pudesse fazer isso, pois se trata da quebra do principio da proporcionalidade positiva. 
Ex2: Acerca da audiência de custódia, que é regulamentada por uma resolução do CNJ, pautada no tratado de direitos humanos que temos. Essa audiência tem uma finalidade de analisar a necessidade ou não de cercearmos o direito de liberdade. A custódia busca também a integridade física e psicológica da criança, que é relacionada à tortura. 
Ex3: Crime de desacato, que começou a se entender que está trabalhando com uma quebra do direito penal, pois o direito penal é a Ultima Ratio. Em muitas e muitas situações a pessoa vai pra delegacia e chega lá, o delegado manda embora dizendo que não é desacato. Como temos a injuria, calunia e difamação, não há necessidade de ter o crime de desacato, tendo considerado o STJ tal crime em desacordo com o princípio da proporcionalidade.
22/03/2017
	STF: Quando ele julga norma supralegal, quando tivermos falando de internalização de tratados internacionais de direitos humanos, ele adota a teoria do duplo estatuto, que é o que foi dito lá em cima à respeito do fato de os tratados de direitos humanos passarem ou não por quórum de emenda constitucional. Vai se inspirar na teoria francesa do bloco de legalidade, que foi decidido: havia uma norma internacional que o estado francês era signatário, fazendo com que a corte usasse a norma internacional como norma constitucional, pois não há uma norma que diga que a norma internacional tem que passar pelo quórum. 	O supremo dividiu o bloco de legalidade em:
	- Amplo: É o que a França adota em que ela, sem precisar passar por quórum algum, aceita que tratados internacionais de direitos humanos devem ser internalizados como norma constitucional.
	- Estrito: Onde está a teoria do duplo estatuto, já que o Brasil tem uma regra específica para virar norma constitucional. 
	O DUPLO ESTATUTO É NADA MAIS DO QUE: SE O TRATADO INTERNACIONAL DE D.H FOR INTERNALIZADO POR QUÓRUM DE EMENDA CONSTITUCIONAL, ELE VIRA NORMA CONSTITUCIONAL. SE NÃO POR QUÓRUM DE E.C, ELE VIRA NORMA SUPRALEGAL.
	Norma constitucional	
	Norma supralegal (tratados de direitos humanos		 que não passaram por quórum de emenda)
		Normas infra legais (art. 59, CF).
		Infralegal (atos ADM.)
FONTES SECUNDÁRIAS DO DIREITO ADMINISTRATIVO
Têm duas características:
São fontes indiretas.
Não vinculam a atividade administrativa, ou seja, não tem efeito vinculante.
SÃO TRÊS FONTES SECUNDÁRIAS:
DOUTRINA
Conceito: é o resultado da pesquisa dos estudiosos do direito.
Trabalham estabelecendo quais os princípios aplicáveis, o conceito desse instituto jurídico, as classificações, as modalidades e quais são os efeitos que esse instituto pode apresentar.
Característica: Ela tem um caráter de universalidade, em que o mundo inteiro busca os mesmos conceitos. 
Função Pratica: vaiauxiliar principalmente o legislador, o administrador e o julgador.
COSTUMES
Conceito: condutas que adotamos que não estão legisladas, mas nós temos a crença da legitimidade desta conduta. São condutas que a sociedade adota, e essas condutas, nós acreditamos na legitimidade desta conduta; há um senso comum da legitimidade dela. 
Possuem dois elementos: 
- Interno: É a convicção pessoal da legitimidade da conduta, ou seja, eu acredito que a conduta é legitima. 
- Externo: É a adoção e prática da conduta.
Então internamente eu acredito que aquilo é correto e externamente eu pratico aquilo.
São elementos mutáveis, que vão mudando no tempo-espaço. Há um elemento dinâmico dado ao costume, em que eles vão sendo mudados dentro da evolução dos grupos sociais.
Quando estivermos falando de costumes, entram as discussões ligadas às minorias, porque normalmente quando o costume é adotado apenas por um grupo pequeno de pessoas, há uma dificuldade de o grupo social inteiro aceitar aqueles costumes. Essa é uma corrente contra majoritária, pois temos que analisar costumes de grupos pequenos para ver se eles se encaixam na realidade.
Os costumes acabam sendo legislados, ou seja, normalmente nossos costumes acabam virando lei, mas alguns não. 
Temos os costumes que vamos aceitar na nossa estrutura:
- Secundum Legem: Segundo a lei, ou seja, de acordo com a lei. O direito brasileiro admite.
- Praeter Legem: Estão fora da lei, mas não contrariam a lei. Não tem uma lei que os sustente, mas ele não está ferindo nenhuma outra. O direito brasileiro admite.
- Contra Legem: Contrário a lei. O direito não brasileiro admite.
Ex de costume que têm sido discutidos no Brasil, mas que já tem decisões pacificadas: 
- Rituais religiosos que sacrificam animais. O STF tem permitido, mesmo que fira o artigo 225. Ele analisou a liberdade religiosa e disse que esta deveria prevalecer mediante o direito ambiental.
- Rinha de galo e de cachorro. O STF entende que é inconstitucional, porque fere direito ambiental, inclusive entendendo como crime ambiental.
Questões mais discutidas hoje que ainda não tem decisões:
- Vaquejada e rodeiro: São costumes que os homens criam, não que são previstos em leis e que está sendo muito discutido hoje.
No direito administrativo, chamamos de costumes administrativos que vamos chamar de “PRAXE ADMINISTRATIVA”, que não são contrários à lei, mas não têm previsão legal. 
- Ex: O Estado criou uma praxe depositando o 13º dos servidores no mês do aniversário deles.
JURISPRUDÊNCIA
Conceito: É a união de duas expressões: Juris e Prudência, que significa “direito da prudência”. É um critério do razoável do que se aplicava. Antigamente, não tinha internet, então se um julgador decidisse B, no outro caso igual, ele teria que decidir B de novo, para não ter uma quebra de prudência, se tratando de segurança jurídica. 
Diferença do que é uma jurisprudência e do que é um precedente:
- Jurisprudência: São decisões reiteradas à cerca de um mesmo fato. Caracteriza-se pela reiteração de uma mesma decisão.
- Precedente: É uma decisão judicial que traz um novo entendimento à cerca de uma situação de fato. Ex: Quando o STF lança uma nova decisão, se lança um precedente, não uma jurisprudência. Então, um precedente várias vezes reiterado se torna uma jurisprudência. 
“AINDA DENTRO DE JURISPRUDÊNCIA”:
Súmulas
Conceito: É o resumo de uma jurisprudência.
O STF tem pouco mais de 800 súmulas.
O STJ tem 587 súmulas, que têm a função de abrir para os demais tribunais de justiça, um elemento de segurança jurídica. O problema no Brasil é que súmula tem natureza de fonte secundária, não vinculando à atividade administrativa. 
Temos o problema aí, que é o PRINCÍPIO DO LIVRE CONVENCIMENTO MOTIVADO DO JUIZ. O juiz no Brasil tem uma síndrome de que nem os precentes do STF e STJ eles querem aceitar. Então o processo sobe para o STF ou STJ para eles dizerem “isso já está na súmula”. 
Foi feita então uma reforma no judiciário: EC 45/04, que passamos a entender como “minirreforma do judiciário”, criando o CNJ (vai fazer uma avaliação administrativa e financeira do judiciário, só não fiscalizando o STF), a Súmula vinculante e a Repercussão Geral.
O que nos interessa aqui é a Súmula vinculante:
É uma fonte que vincula e que não vai mais ser uma fonte secundária, passando a ser uma fonte primária e é feita somente pelo STF, em votação de plenário por 3/5 de membros do colegiado.
A sumula vinculante tem uma eficácia de efeitos vinculante tanto horizontal (Vincula os demais poderes) quanto vertical (vincula todo judiciário). o executivo e o legislativo também; O legislativo tem que obedecer.
Interessa também repercussão geral:
1 - Quando tivermos um número grande de processos que esteja sendo discutidos por aquele fato.
2 – Quando tivermos decisões contraditórias, ou seja, os tribunais de todos os estados estão tendo decisões contraditórias, fazendo uma quebra de segurança jurídica.
3 – Estas decisões contraditórias estão colocando em risco a segurança jurídica de interpretação do ordenamento jurídico.
Afetamos em repercussão geral quando a situação de fato não é apenas subjetiva, quando a situação do processo ultrapassa os interesses das partes, ganhando também interesse coletivo, que pode ser:
- Interesse econômico
- Interesse Jurídico
- Interesse Social 
O STF vai pegar uns 3 casos e decidir pela afetação daquele assunto, fazendo com que todos os processos que estejam sendo discutidos sobre aquele assuntos sejam parados imediatamente. Ele vai publicar uma ementa falando qual situação jurídica está sendo afetada, tendo, todos os processos que aguardar a decisão do supremo para assim adotar em todos os processos.
Tem efeito vinculante vertical, ou seja, só afeta o judiciário, não afetando os demais poderes.
NCPC
É o CPC do direito do Precedente. No nosso novo modelo estamos adotando um sistema que mescla o Common Law, adotando precende como meio de trazer segurança jurídica. 
Hoje temos muitas leis, mas o que vale é o que o STF e o STJ decidem. 
Temos, dentro do direito dos precedentes, a teoria da decisão: Começa com o entendimento de Ronald Duorking, que cria a teoria da integridade da decisão, em que ele vai dizer que no momento que o julgador for proferir decisões, ele vai levar em conta a integridade, em que uma decisão tem que respeitar um precedente anterior. Temos que te uma integridade da decisão com o precedente anterior. Ex: 50 anos o STF decidindo a mesma coisa e depois resolve mudar do nada. Não pode.
Para alterar temos que apresentar onde que temos uma alteração sócia, cultural, econômica, jurídica tão evidente que precise ser mudado o precedente. 
Ele fala que a teoria da integridade trabalha com o “romance em cadeia”, que é justamente a questão da integridade da decisão, falando que as decisões judiciais são como romances, que vão sendo escrito em capítulos. 
O que Ronald quer é que os julgadores não façam rupturas abruptas nas decisões, porque senão quebra a cadeia das decisões, quebrando a segurança jurídica.
O precedente tem duas estruturas para conhecer:
- Ratio decidende: São os fundamentos principais que embasam a decisão. Vai ser feita uma análise do fato e depois uma subsunção (submeter) ao ordenamento e aos princípios e ter um resultado final. O Efeito vinculante se dá aqui. A teoria da integridade é usada aqui. Ex: Resp. Civil do Estado porque ele não tinha vaga no hospital. A Ratio Decidende. é dizer que ele tem direito de acordo com a constituição, a dignidade humana e que o estado tem dever de indenizar. 
- Obter Dicton: Fundamentos acessórios, que são os que ajudam a embasar a decisão, mas não são os fundamentos principais. Aqui não temos efeito vinculante. Ex: O estado, como no exemplo acima, deixa a pessoa morrer, quebra o princípio da eficiência, que é um precedente Obter Dicton.
23/03/2017
AINDA DENTRO DO PRECEDENTE
Graus de vinculação: 
	- Grau máximo: Sumula vinculante, que é quem vincula os efeitos para todos os poderes.- Grau médio: Vamos ter os recursos repetitivos, repercussão geral, IRDR. É grau médio porque essas decisões só vinculam o Judiciário.
	- Grau mínimo: São as sumulas e as jurisprudências. É grau mínimo porque apenas tem efeito persuasivo, vai tentar persuadir o julgador. 
CONCEITO DE DIREITO ADMINISTRATIVO
Tem 4 teorias não aceitas, 3 teorias parcialmente aceitas e 1 teoria que nós adotamos:
RESUMO ESTÁ NA XEROX, TIRAR CÓPIA NA QUARTA FEIRA QUE VEM DO MATERIAL E DOS EXERCÍCIOS. 
AGORA VAMOS CONVERSAR DA TEORIA QUE FOI ACEITA.
TEORIA ACEITA:
Usamos o critério usado pelo professor Hely Lopes Meirelles:
Critério da Administração pública: 
Conceito: Direito administrativo é o conjunto de princípios e regras harmônicas que regem os órgãos, agentes e atividades públicas tendentes a realizar, de forma direta, concreta e imediata, os fins desejados pelo Estado. 
O Direito Administrativo é um:
Conjunto: De princípios e de regras.
Incidência: Em seus órgãos, agentes e atividades.
Atuação: Direita, concreta e imediata.
Finalidade: Fins desejados pelo Estado. 
Conjunto: De princípios e de regras: Este conjunto vai ser aplicado na estrutura administrativa e esta estrutura adm. É que vai fazer os fins desejados pelo Estado, por isso chamamos de critério da adm. Publica, porque é a estrutura da adm. Publica que vai fazer os fins desejados pelo Estado.
Finalidade: Fins desejados pelo Estado: São os nossos interesses públicos. 
Atuação: Direita, concreta e imediata: 
	- Direta: Quer dizer que o Estado vai exercer as atividades dele sem necessitar, em regra, de autorização judicial. Ele vai diretamente exercer suas atividades. Mas em alguns momentos o Estado precisa de autorização judicial. É uma autorização direta porque não necessita de uma provocação para atuar, pois é de oficio, uma obrigação constitucional.
			Possui o fenômeno de autoexecutoriedade, ou seja, o Estado auto executa suas determinações. 
	- Concreta: Nós vamos fazer um paralelo quando olha pra função legislativa e para a função administrativa:
	LEGISLATIVA
	ADMINISTRATIVA
	Produz norma geral e abstrata.
	Produz Norma individual e concreta.
				 Quando estamos em função administrativa eu estou individualizando a norma geral. EX: CTB fala os requisitos para ter CNH e na hora que sai sua CNH, saindo no seu nome e com data de validade, sendo uma função individual e concreta.
	- Imediata: Nessa atuação imediata, temos que fazer uma diferença quando temos o Estado fazendo sua atividade social e sua atividade administrativa: 
	SOCIAL
	ADMINISTRATIVA
	Ele está no exercício de determinação/estabelecer das suas politicas públicas.
	Executar as políticas públicas do governo.
	É uma atividade mediata (segundo plano), Feita pelo governo.
	É uma atividade feita pela administração, sendo uma atividade imediata.
PRINCÍPIOS BASILARES DO DIREITO ADMINISTRATIVO/A DOUTRINA CHAMA DE SUPER PRINCÍPIOS
PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO
PRINCÍPIO DA INDIVISIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO
	DIREITO PÚBLICO
	DIREITO PRIVADO
	Vai tutelar os interesses públicos.
	Vai tutelar os interesses privados.
	Não existe liberdade, pois tem uma vinculação à lei.
	Trabalha sobre a ótica da liberdade, sendo essa ótica é a nossa autodeterminação, que é a capacidade de fazermos nosso projeto de vida (Ex: Querer casar, contratar o que quiser/der, Fazer um testamento). Trabalha com a ideia do consensual. 
	A relação do Estado é uma relação de desigualdade, ele está em um plano de desigualdade em relação a nós, trabalhando com atos unilaterais e trabalha com a regra da imperatividade, impondo normas. 
	O direito privado trata todo mundo no mesmo plano jurídico. A CF diz que todos somos iguais, sendo essa igualdade, uma igualdade de relação jurídica. 
	Há uma relação de verticalidade, em que a administração pública está acima do particular.
	Há uma relação horizontal, em que o particular está na mesma linha do outro.
PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO
É um princípio implícito na CR/88, ou seja, quando estamos dizendo em
1) principio implícito, vamos encontrá-lo fazendo uma interpretação sistemática da constituição. 
Ex: Tributo: O Estado, quando pegamos a partir do art. 45 da CF, tem direito de nos cobrar tributos. Esta cobrança de tributos foi feita dentro de uma imposição, colocado de forma unilateral. O tributo é compulsório, ou seja, o tributo só pode ser cobrado em uma situação de desigualdade, verticalidade e supremacia. 
Ex2: Conseguimos extrair do sistema que o Estado tem imenso poder dado pela CF de fazer intervenção, tanto na economia (através das agências reguladoras = ANVISA, ANAC, ANTAQ, ANTT, ANATEL) quanto na propriedade (Desapropriação, Tombamento). O estado defende o interesse público quando te tira da sua propriedade, sendo que o interesse público é maior do que o privado. 
2) A supremacia tem Relação de desigualdade: há uma relação de verticalidade, em que a administração pública está acima do particular.
3) A supremacia Tem caráter instrumental: É o instrumento que a lei vai se utilizar para criar prerrogativas a favor do Estado. Ex: A desapropriação é um instrumento da supremacia.
4) A supremacia É um poder decorre do poder estatal: Os agentes públicos, na hora que forem exercer essa supremacia, vão tendo prerrogativas. Ex: Prerrogativa de fiscalizar, multar, dar um parecer, dar uma ordem, demitir alguém, prender alguém. 
5) Supremacia criada por lei: Quando trabalhamos com o Estado, falamos de abuso de poder, que é fazer o que não está previsto em lei. Em suma, os agentes públicos só podem fazer aquilo que está na lei. Esse abuso de poder é uma quebra à razoabilidade. 
6) Interesse público:
	Primário
	Secundário
	É o interesse de toda a sociedade.
	É o interesse do Estado, como PJ. O estado vai defender os interesses dele.
	Estão determinados na CF (segurança, saúde, educação, etc...).
	Ele vai defender o que é dele, como por exemplo, não pagar precatório.
Ex2: Interesse de recorrer. Ele perde, perde, perde mas continua recorrendo. 
	
	Isso acima está errado, então temos que ter uma regra: O interesse publico secundário poderá ser aceito desde que ele coincida com o interesse público primário.
 
7) Limite da supremacia do interesse público: O Estado pode condicionar e limitar os nossos direitos fundamentais em nome da supremacia, mas nunca suprimir nossos direitos fundamentais ao ponto de não conseguirmos mais exercê-lo ou termos dificuldade de exercê-lo. O limite da supremacia estão nos direitos fundamentais. Caso esse limite não seja respeitado, temos aí o abuso de poder e a quebra do princípio da razoabilidade. 
8) Um dos temas mais modernos do direito adm que tem sido discussão na doutrina: Critica a supremacia do interesse público: O doutrinador Daniel Sarmento diz que a supremacia do interesse publico tem um problema, que é um conceito MUITO aberto, também chamado de conceito jurídico indeterminado, e quando temos um conceito muito aberto, temos as ditaduras, em que trabalhavam com conceitos tão abertos a um ponto que os governantes usavam de forma abusiva. O conceito aberto demais permite muitas possibilidades dentro dele, tendentes a gerar abuso de poder. 
A doutrina vem trabalhando que o interesse público é a soma dos interesses individuais da população. Então, parte da doutrina entende que o principio da supremacia é inconstitucional.
Outra crítica é a de que “o direito público prevalece sobre o direito privado”. Poderemos ter situações onde vamos ter conflito de interesses, entre o direito fundamental e uma norma pública. Toda vez que tivermos esses conflitos, deve prevalecer o interesse quando analisarmos caso a caso. Vamos ter que analisar esse conflito de interesses frente à razoabilidade e proporcionalidade. A SUPREMACIA, NA SUA VISAO ANTIGA, NÃO PERMITE PONDERAÇÃO DE INTERESSES, SOB A ÓTIDA DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE, PARA A SOLUÇÃO DE CONFLITOS ENTRE INTERESSE PÚBLICO E PRIVADO. 
NA ORDEM JURÍDICA ATUAL,INEXISTE PRINCÍPIO DE CARÁTER ABSOLUTO. NÃO EXISTE PRINCIPIO NA ORDEM JURÍDICA QUE PREVALEÇA FRENTE À RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. 
NÃO TEMOS MAIS SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO, MAS TEMOS QUE ANALISAR A SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO À LUZ DO CASO CONCRETO. 
EX: LEI 9784/99, art. 56, §1º. Essa lei veio para trazer um monte de conceitos de direito administrativo, pois nunca tinham sido legalizados, ficavam só nas teorias dos livros. Os depósitos eram condições de procedibilidade nos recursos no direito administrativo. Isso então começa a ser discutido, porque se, por exemplo, você tem uma autuação de pagar 30 mil e sua empresa é pequena, se dificulta a defesa. O supremo então edita a sumula vinculante 21, dizendo que é inconstitucional a exigência de depósito prévio ou arrolamento de bens para recurso administrativo. O fundamento do supremo é que o direito fundamental de defesa está sendo quebrado, pois está botando a interesse público frente ao direito fundamental (interesse privado).
EX2: LEF: Na lei 6830/80, art. 38, dizia que, se você quer entrar com uma ação autônoma, tem que fazer o deposito do valor que estava sendo discutido. O STF, da mesma forma que com a lei acima, impediu deposito para ações de impugnação, se tornando a súmula vinculante nº 28. Com o fundamento de que temos o direito de ação, pois exigindo o deposito, caso a pessoa não tenha dinheiro para depositar, não poderia entrar com a ação, quebrando esse direito fundamental (art. 5, XXXV, CF). 
EX3: Decisão mais famosa em 2016 em se falando de direito administrativo. A CR no art. 37, §5º, traz um dispositivo (norma de eficácia limitada) que fala que caberá a lei estabelecer prazos para a aplicação de penalidade para o servidor, salvo para as ações de ressarcimento. Então não tem lei para trazer prazo nenhum, entendendo o STF que ação de ressarcimentos que gerarmos prejuízo ao Erário, o prazo para o Estado cobrar de você é IMPRESCRITÍVEL, ou seja, não prescreve em nome da supremacia. Ano passado (2016) o STF disse que quando tivermos discutindo um dano civil (bater em um carro de policia, por exemplo) vamos ter uma prescrição, que acontece em um prazo de 5 anos. Quando tivermos um dano na esfera penal (furtar da administração, etc...) continua imprescritível. Danos ao Erário público decorrentes de atos de improbidade (ex: facilitar uma licitação, quebrando vários princípios) também é imprescritível. Temos aí, no primeiro caso, o de dano civil, um “overruling – “Nova regra”” (mudança de entendimento do supremo). Vemos o supremo dando uma relativizada no princípio da supremacia no caso acima. 
29/03/2017
INSTRUMENTOS DA SUPREMACIA:
O mais conhecido exemplo de supremacia que nós temos: 
O poder de polícia, que é a polícia administrativa. É a representação MÁXIMA de exercício de supremacia. Ex: Polícia adm. De trânsito, ambiental, vigilância sanitária, construções e fiscal. 
O poder de polícia é o poder de criar limitações administrativas ao exercício da sua liberdade e da sua propriedade, através de uma limitação ao exercício ou um condicionamento.
A proibição é que a limitação administrativa NUNCA PODE SUPRIMIR SEU DIREITO FUNDAMENTAL, só pode limitar ou condicionar. 
Os condicionamentos ganham 3 nomes: Licença, autorização ou permissão. 
O exercício do poder de policia é tributado e é divido em três: Imposto, taxa e contribuição. 
Vamos falar aqui da taxa, que é um tributo vinculado a uma contraprestação estatal ao particular (pagar para uma licença, uma autorização ou uma permissão). Tem natureza individual, ou seja, a taxa sai no seu nome. Art. 77 e 78 do CTN (taxa para poder de polícia e taxa de serviço público). 
Classificação: Poder de polícia originário e derivado:
- Originário: é aquele que é estabelecido para os órgãos. Temos muitos órgãos que fiscalizam (Ex: MTE e Secretaria de fazenda). Se ele está sendo entregue para órgãos, temos o que chamamos de poder para a administração direta.
- Derivado: Não vai ser entregue para os órgãos. Vamos trabalhar poder de polícia para entidades que são duas: Para as autarquia (INSS, IBAMA, DETRAN, BACEN) e para fundação pública (FUNAI, PROCON) de direito público. Essa estrutura é o que o direito administrativo chama de administração indireta.
- Obs.: Estatais não exercem poder de polícia. 
Modalidades do poder de polícia: 
- Poder de polícia que cria limitações: podem ser feitas tanto por lei como por ato administrativo (resoluções).
- Pode de polícia fiscalizador: O que ocorre, por exemplo, em uma blitz da polícia. 
- Pode de polícia repressivo: É quando o Estado está te aplicando penalidades pelo não cumprimento da limitação como, por exemplo, a multa, apreensão de bens ou mercadorias, embargos de obras, interdição de estabelecimentos, suspender definitivamente (caçar a licença) ou temporariamente as atividades da empresa. 
Obs.: Se estou em qualquer processo administrativo que tem aplicação de penalidade é obrigado a ter o contraditório e a ampla defesa. 
MATERIAL NA XEROX:
PRIMEIRO MATERIAL: COMO VAMOS ESTUDAR PARA AS QUESTÕES DISCURSIVAS.
SEGUNDO: QUANDO FALAMOS DE ESTADOS FEDERADOS, BOTOU UMAS SUMULAS VINCULANTES TRATANDO DE CONFLITO DE COMPETÊNCIAS E ALGUMAS DECISÕES DE CONFLITOS DE COMPETÊNCIA MAIS NOVOS (QUEM LEGISLA SOBRE ISSO, AQUILO...).
TERCEIRO A QUINTO MATERIAL: EXERCICIOS DISCURSIVOS E OBJETIVOS.
MATERIAL SEIS: CASOS QUE REFLETEM O QUE FOI APRENDIDO. 
30/03/2017
IMPERATIVIDADE: Crio obrigações de forma unilateral sem a necessidade do seu consentimento. Ex: determino unilateralmente a altura da construção. 
O supremo entendeu que não podemos fazer controle de mérito de ato político. 
PODER QUE VEM DA IMPERATIVIDADE: AUTO EXECUTORIEDADE: É um instrumento decorrente da imperatividade. A imperatividade engloba também o poder de executar. É a execução das limitações administrativas por meio de ato administrativo sem a necessidade de recorrer ao poder judiciário.
Temos no direito privado uma autodeterminação do nosso projeto de vida. Na base privada todos somos iguais perante a lei, então, o Brasil não adotou a justiça privada, ou seja, a justiça tem que ser feita pelo poder jurisdicional (judiciário) que tem caráter substitutivo. 
A administração auto executa as determinações imperativas dela. Ex: Em uma via não pode andar mais de 60. O Estado fiscaliza e ainda executa a determinação.
Regras para a auto executoriedade: Só pode fazer algo se a lei permitir. Se a lei não disser que pode fazer algo, é ato de abuso de poder.
Exceção à regra acima: Quando pode atuar em poder de polícia fora da lei? No momento em que tiver urgência, tendo que, a administração, comprovar essa urgência, demonstrar essa urgência. Se ela não demonstrar essa urgência, vira abuso de poder. Ex de medida de urgência: Uma medida de intervenção na propriedade (art. 5, XXV, CR/88), em que há uma requisição administrativa (Ex1: no RJ eles queriam fazer uma cilada para um traficante poderoso, então eles combinaram de fazer uma negociação na praia e a polícia queria fazer um esquema de segurança em um prédio na frente, adentrando no imóvel sem ordem judicial, alegando a auto executoriedade; Ex2: O traficante fugiu de lancha e o oficial o perseguiu com um jet-ski que pegou “emprestado”;), que pode ser de bens móveis e imóveis sendo, naturalmente, temporária, tendo uma indenização condicionada a um posterior prejuízo. A requisição administrativa é gratuita, ou seja, ela só paga se no uso ela gerar prejuízo. 
Obs.: Demolição: a demolição de imóveis não é auto executória, precisa-se de uma autorização judicial, através de uma ação demolitória feita pelo Município. Se o Município está tendo que pedir uma ordem do judiciário é natural que ele saiu da auto executoriedade. O fundamento que a prefeitura usa é que está contra o plano diretor urbano (PDU). 
Hipótese em que a administração poderá demolir sem autorização judicial: Poderá demolir na hipótese em que ela comprovar algum perigo à segurança. 
Os tribunais têm entendido que sea construção já estava acabada ou na fase final, ainda que esteja contrária ao PDU, a demolição será permitida somente se nós tivermos risco à saúde ou à segurança. 
Existem judiciais que estão determinando que a administração crie meios para regularizar o imóvel porque caso a pessoa construa errado, acaba ficando com uma penalidade perpétua de nunca poder registrar o imóvel. 
PRESUNÇÃO DE LEGALIDADE DO ATO ADMINISTRATIVO: 
Temos estudado o princípio do ônus da prova, ou seja, quem alega tem que fazer prova do que está alegando. 
Trabalhamos também com o sistema de presunção, que é um sistema criado pela lei que vai antecipar uma situação de fato. Dois tipos de presunção: 
- Relativa: Presunção que admite prova em contrário.
- Absoluta: Não vai admitir prova em contrário. Ex: Presunção de que o consumidor é vulnerável na relação de consumo. 
Quando tivermos uma presunção relativa ela fará uma inversão do ônus da prova. Ex: Se compro uma cadeira e ela dá defeito, cabe à fabrica ou ao comercio provar que a cadeira era de boa qualidade. Ex2: Direito do trabalho.
Presunções são dadas pela lei para situações de desigualdade, para hipossuficientes. 
Então temos a presunção de legalidade do Estado em uma situação ruim, dizendo que o ato administrativo que o Estado está executando é verdadeiro até que se prove o contrário. Ex: Detran aplica multa que não era para ser aplicada como, por exemplo, passar no sinal vermelho. Isso se chama prova diabólica. 
A presunção de legalidade se divide em:
- Presunção de veracidade: Os fatos apresentados pela administração são verdadeiros até que se prove o contrário. 
- Presunção de legitimidade: A aplicação		do direito está correta até que se prove o contrário.
A presunção de legalidade do ato é que permite à auto executoriedade.
PAD: normalmente é antecedido pela sindicância (procedimento prévio para a colheita de provas que vai também indicar a penalidade como, por exemplo, a penalidade de demissão). Quando demite e depois de recorrido se mantém a decisão de demissão, estando o Estado coberto de Veracidade e Legitimidade e de auto executoriedade. Então será feito um recurso administrativo junto ao poder judiciário.
Obs.: Quando já tiver provas suficientes, não terá necessidade de sindicância. 
Doutrina Moderna: Vai dizer que a presunção de legalidade do ato administrativo prevalece até o momento que o ato seja questionado administrativamente ou judicialmente. Quer dizer que a presunção da administração é válida, mas, no momento que questionarmos o ato, a administração tem obrigação de provar sua legalidade. 
PRERROGATIVAS/PRESSUPOSTOS MATERIAIS DA SUPREMACIA
Contratos administrativos: O contrato mais abusivo que existe. Dá o poder para a administração alterar, encerrar, fiscalizar, modificar UNILATERALMENTE o contrato. O direito administrativo chama essas cláusulas de cláusulas exorbitantes.
Como é um contrato administrativo, ele está recheado de supremacia. 
Ato administrativo: Este ato tem imperatividade, auto executoriedade e presunção de legalidade. Aqui temos um ato unilateral.
Bens Públicos: Tem três características: 
Impenhorabilidade (por isso usamos o sistema de precatórios).
Insuscetível de usucapião. Não tem contagem de prescrição aquisitiva para usucapião de bens públicos.
Relativamente Inalienável, porque pode fazer alienação de bem público quando: há autorização legislativa (tem que ter lei que autorize vender); desafetação (que decorre da própria lei) do bem (retirado da utilidade publica dele); avaliação do bem ou vender o bem em licitação e em modalidade de concorrência. Em regra não pode alienado.
05/04/2017
CONTINUAÇÃO DE BENS PÚBLICOS:
Temos três tipos de bens: 
Uso comum do povo: Tem uma destinação pública geral. Ex: Ruas, praças, parques, etc...
Uso especial: São bens que tem uma destinação publica especifica. Ex: órgãos públicos (hospital, escola, delegacia, presídio), entidades, etc...
Dominical: É o bem público que não tem destinação pública. Ex: Terras devolutas (é terra que não tem dono), bens sem utilidade específica. 
Quando usamos a expressão “destinação pública” na verdade a lei usa a expressão “afetação”. Um bem afetado é um bem que está tendo uma destinação pública. Podemos então ter uma afetação geral (bem de uso do povo) e uma específica (bem de uso especial) e temos também a não afetação (bem dominical). 
STJ 2014: Quem construir em área pública NÃO tem direito a recebimento de NENHUM tipo de benfeitoria feita no imóvel. As pessoas começaram a construir nas beiras das pistas mesmo com a placa “procure o DNIT” e o STJ entendeu isso. Serve não só para construção na beira da pista, mas pra qualquer tipo de construção em bem público. 
STJ: Diz que bem de uso especial abandonado pela administração retorna à condição de bem dominical. 
CR/88, Art. 225, §5º: Fala que quando o bem for de interesse ambiental, ele é automaticamente considerado bem de uso especial. Governantes que não dão proteção a elementos ambientais cometem ato de improbidade administrativa. 
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS DA SUPREMACIA
A administração Prazo em dobro para recorrer e contestar.
Não paga custas nem para ajuizar ação nem para recursos, inclusive para esfera trabalhista. Ao final do processo o Estado paga a Sucumbência (custas e honorários). 
Art. 85 NCPC: Quanto maior for o valor da causa (da condenação do Estado), menor são os honorários. 
O Estado não precisa fazer depósito de 5% da ação rescisória. 
Duplo Grau de Jurisdição/remessa necessária: Temos que ter uma dupla análise de decisões que condenem o Estado, por ser um dinheiro de supremacia de interesse público. 
Não se aplica a revelia (revelia processual: é quando você Não é mais intimado de nenhum ato do processo. A parte vai entrar no processo, mas vai participar do processo a partir do Estado que ele se encontra; e material: Os fatos alegados pelo autor são tidos como verdadeiros. Então tem uma presunção de veracidade dos fatos alegados pelo autor.) contra o Estado. Não se aplica revelia para direitos indisponíveis, como o direito público, que é indisponível.
PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO
Características: 
O interesse público primário (é o interesse de toda coletividade – CF) é o interesse público que está indisponível.
A indisponibilidade é o limite da supremacia, ou seja, todo poder estatal que eu ganho vai ser limitado pelos direitos que estão na CF.
Exercício de supremacia deve ser com razoabilidade e proporcionalidade. 
O exercício da supremacia não pode suprimir direitos fundamentais, apenas limitar ou condicionar. 
Princípios dentro do princípio da indisponibilidade: 
Moralidade
Impessoalidade
Igualdade
Segurança Jurídica
Legalidade ampla	
Exemplos que a doutrina dá de indisponibilidade: Exigência de licitação e exigência de concurso público.
Elementos Relativização da indisponibilidade: 
Instituto da arbitragem: Lei 9307/96. Essa lei Só permite arbitragem de bens de direitos disponíveis. Mas a lei 8987/95, art. 23-A, permite que a administração institua a arbitragem com as prestadoras de serviço público. 
Recursos: Situações que já estão sacramentadas na doutrina e na jurisprudência, o Estado pode abrir mão de recurso. Antigamente, em nome do principio da indisponibilidade, ficava-se recorrendo eternamente.
Execuções Fiscais da União: Fazer execuções fiscais do valor mais altos. Até 20 mil reais estão dispensados de ele executar. Isso é regra para união, mas os estados e municípios regulam sua matéria tributária.
REGIMES JURÍDICOS
Temos dois regimes jurídicos:
Teoria da dupla personalidade: Entendia-se que o Estado tinha duas personalidades, uma que ele atuava com supremacia (situação de desigualdade. Atos de império) e outra sem supremacia (atuava em igualdade de condições com o particular. Atos de gestão). Contudo, desde o código de processo civil de 2016 não é aceita a teoria da dupla personalidade. Então, trabalhamos no sentido de queo Estado possui uma personalidade e atua em dois regimes:
Regime jurídico administrativo: Nesse regime mantém-se que há uma relação de desigualdade e o Estado está atuando na supremacia de interesse público. Todo mundo chama o regime administrativo de regime público. Nesse regime que estou atuando em supremacia é que a doutrina e a jurisprudência vão trabalhar no sentido de que o Estado é detentor de prerrogativas (produz ato administrativo, contrato administrativo, possui bens públicos, tem prerrogativas processuais) e sujeições (Contratar servidores por concurso; quando quiser adquirir bens ou serviços, tem que fazer licitação; Responsabilidade objetiva; Lei de improbidade administrativa; Lei orçamentária, através da LC 101/00 e 4320/65; O concurso vai chamar servidores públicos). O concursado desse regime jurídico é o estatutário, que tem uma lei da categoria dele que o regulamenta (Ex: Lei 8112/90, estatuto dos servidores federais; LC 46/94, que é o do ES), sendo ele um estatutário e não um celetista. Esse cara é servidor público, sendo que desde a EC 19/98 nós não temos mais a expressão funcionário público, tendo servidores públicos e empregados públicos. Temos o agente público, que são os agentes públicos militares e os civis (Servidor público, empregado público e Temporário). Servidor público estatutário vai ser remunerado de duas formas: 
	REMUNERAÇÃO
	SUBSIDIO
	Recebo um valor/vencimento base da categoria + vantagens da categoria (vantagens clássicas: gratificações de assiduidade, por exemplo, que é o fato de você ir trabalhar todo dia; abono). Todas as vantagens vão agregar no vencimento base e vai leva-las na aposentadoria, ou seja, incorporam no vencimento base, passando a ser direito adquirido. 
	É uma parcela única que não inclui vantagens. Nasceu pela EC 19/98, criando o subsídio, tendo sido uma tentativa desesperada de acabar com os marajás do serviço público (presidente, prefeito, procurador, AGU, Juiz, etc...).
	Verbas indenizatórias, que não incorporam nem o subsidio nem na remuneração; não tem reflexo previdenciário; não recolhe imposto de renda (sumula 480, STJ); Só recebe quando está na ativa. Ex de verbas indenizatórias: auxilio alimentação, auxilio moradia dos juízes e promotores e as diárias. A desvantagem não carrega ela para aposentadoria. 
	Verbas indenizatórias igual do lado. 
Estatutário ocupa cargo, que é unidade de competências inserida na estrutura administrativa. Todo cargo tem uma carreira, que se divide em classes:
- Classe 1
- Classe 2
- Classe 3
- Classe Especial
Temos uma progressão, que pode ser horizontal (dentro da classe) ou vertical (quando vai para a nova classe (promoção)). 
Os critérios que fazem subir na carreira são objetivos, são eles: Tempo e Cursos de aperfeiçoamento, em nome do princípio da eficiência. O ES tem escola de serviço público e nessa escola promove um monte de curso para os servidores. 
Essa promoção pode ser automática ou ter um novo concurso de promoção (privilegia quem, no período, fez mais tempo de curso).
Servidor ganha estabilidade, que tem a vantagem de ser tirado do cargo com processo administrativo com direito a contraditório e ampla defesa. Não tem demissão sem justa causa e provada no PAD. Prazo de 3 anos para estabilidade, ou seja, tem que ter 3 anos de serviço a partir da tomada de posse no cargo. Juiz e promotor são 2 anos, não podendo eles serem demitidos por PAD, só por decisão judicial transitado em julgado. O juiz sofre PAD, mas não perde o cargo, só é aposentado compulsoriamente. 
Durante esses 3 anos, está no estágio probatório, porque durante este estágio, vai ter uma avaliação periódica, que no ES é semestral e se não atingir media 6, vai ser exonerado. O fato de estar no estágio probatório não tira o fato de precisar de um PAD para demissão (não é exoneração em!!!). 
O cargo é efetivo; o servidor é estável. Então, ser efetivo não é uma prerrogativa do servidor e sim do cargo.
Vai aplicar esse regime para a administração direta: órgãos da administração (Delegacia, secretaria de saúde, etc...) e indireta: Autaquias, fundações públicas de direito público, consórcio público e agências reguladoras. 
Regime jurídico da administração: Chamado regime privado do Estado, atuando ele sem supremacia e em igualdade de condições com o particular (igualdade relativa, porque teremos regras privadas com derrogações (parcialmente revogadas) de direito público). A doutrina costuma chamar o regime da administração de regime privado misto, porque teremos um misto de regras públicas com regras privadas. É o regime misto:
	NORMAS PÚBLICAS
	NORMAS PRIVADAS
	Qualquer empresa do Estado tem que fazer concurso.
	Tem o celetista, que é regido pela CLT, que assina carteira de trabalho. 
	Tem que fazer licitação. Vai prestar contas para o tribunal de contas. 
	Aplica-se o CC/02 e o CDC.
	Vai acontecer improbidade administrativa. 
	Leis empresariais servem aqui. 
Temos dois tipos de Estatais:
- Empresa pública.
- Sociedade de economia mista.
Temos aqui o empregado público que é regido pela CLT, sendo um celetista. Esse empregado publico faz concurso e ganha salário, não é subsídio ou remuneração. A DIFERENÇA ENTRE O ESTATUTÁRIO E O FUNCIONÁRIO PÚBLICO É QUE EMPREGADO PÚBLICO NÃO TEM ESTABILIDADE. Se não tem estabilidade, o que vai acontecer é que posso ser retirado do cargo, porque está na dinâmica de empresas e a dinâmica da empresa não pode abrir um PAD e ter tempo para ficar anos brigando com o servidor e perder mercado, pois ele concorre com empresas particulares. Portanto, o empregado público será dispensado. O STF tinha uma discussão de que se a dispensa tem que ser motivada ou desmotivada; Em Março de 2013 o STF disse que a dispensa tem que ser uma dispensa motivada (razões de fato e de direito que está te dizendo para ir embora), mas não necessita que abra PAD com direito de defesa.
Se quiser demitir (não é dispensar, porque dispensa é quando, por exemplo, fecha um setor da empresa pública e não precisam mais dele) um empregado público tem que abrir um PAD sim, pois demissão é a mais alta penalidade que existe na estrutura administrativa. NÃO PODE IMAGINAR DEMISSÃO NA ESFERA ADMINISTRATIVA SEM TER PAD. PAD VAI DEMITIR SERVIDOR PÚBLICO, EMPREGADO PÚBLICO E CARGO COMISSIONADO. 
Quem é empregado público não ocupa cargo, exerce função de interesse público. Exerce-se função, essas funções poderão ser funções objeto de terceirização. Só vai poder terceirizar atividades fim que NÃO SEJA CARGO. 
Aplicação do regime vai dar-se em dois lugares:
- Estatais (Empresas públicas e sociedades de economia mista).
- Contratos: Alguns contratos o estado vai fazer e a lei dispensou a estes contratos a instituição de clausulas exorbitantes. Ex do contrato de empréstimo/mutuo feneraticio, que não é um contrato administrativo, é um contrato da administração, não incidindo cláusulas exorbitantes. 
06/04/2017
MATERIAL 5
Questão 1 das discursivas:
O critério legalista ou exegético determina o D.A a partir da análise da lei e da legislação. 
Tal critério, contudo, possui caráter reducionista, uma vez que o estudo do D.A. também deve englobar a análise dos princípios gerais e específicos. 
Questão 5
O bloco de legalidade tem origem no direito francês que determina que normas de tratado internacional de direitos humanos serão recepcionados na ordem interna com status de norma constitucional.
A E.C. 45/04 acrescentou ao artigo 5º da CF os §§ 3º e 4º, que determinam a internalização de tratados internacionais de direitos humanos, com status de norma constitucional quando submetidos ao crivo do processo legislativo de emenda constitucional. (3/5 e votação dupla). 
O STF, na lavra do ministro Gilmar Mendes (2009), adotou a teoria do duplo estatuto, na qual determina que norma de tratado internacional de direitos humanos internalizada sob o rito de emenda constitucional terá status de norma constitucional, e as normas de tratados que não forem submetidas ao crivo do

Outros materiais