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Direito Ambiental 2ª avaliação Lara Neiva

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Obs.: Não é da Bruna Nery
DIREITO AMBIENTAL – 2ª AVALIAÇÃO
Prof.º Newton Clark
11/09
SISNAMA: SISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE
O SISNAMA reúne os órgãos da União, Estados e Municípios que atuam na defesa do meio ambiente. Todos os órgãos da Administração Pública vinculados ao meio ambiente. Foi criado em 1981, pela lei 6.938 (art. 6º), primeira lei ambiental brasileira, que instituiu a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), regulada por essa Lei e pelo Decreto nº 99.274/90 e Lei Complementar nº 114 de 2004. 
Visava a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida. Tem seus princípios arrolados no art. 2º e.g. racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar.
Veio dar respostas ao problema que Brasil adquiriu na década de 70 com poluição. Cidade: Cubatão. 
ESTRUTURA DO SISNAMA:
O SISNAMA é composto por todas as entidades políticas, autarquias e fundações previstas que desempenhem a função administrativa na seara ambiental, especificamente a proteção e melhoria da qualidade do meio ambiente.
Art. 6º.Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA, assim estruturado:
I – órgão superior: o Conselho de Governo, com a função de assessorar o Presidente da República na formulação da política nacional e nas diretrizes governamentais para o meio ambiente e os recursos ambientais; 
 II – órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), com a finalidade de assessorar, estudar e propor ao Conselho de Governo, diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida; 
III – órgão central: a Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da República, com a finalidade de planejar, coordenar, supervisionar e controlar, como órgão federal, a política nacional e as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente; 
 IV – órgão executor: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, com a finalidade de executar e fazer executar, como órgão federal, a política e diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente; 
IV – órgãos executores: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - Instituto Chico Mendes, com a finalidade de executar e fazer executar a política e as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente, de acordo com as respectivas competências; 
V – órgãos seccionais: os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução de programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação ambiental;
VI – Órgãos Locais: os órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle e fiscalização dessas atividades, nas suas respectivas jurisdições; 
§ 1º Os Estados, na esfera de suas competências e nas áreas de sua jurisdição, elaborarão normas supletivas e complementares e padrões relacionados com o meio ambiente, observados os que forem estabelecidos pelo CONAMA.
§ 2º O s Municípios, observadas as normas e os padrões federais e estaduais, também poderão elaborar as normas mencionadas no parágrafo anterior.
§ 3º Os órgãos central, setoriais, seccionais e locais mencionados neste artigo deverão fornecer os resultados das análises efetuadas e sua fundamentação, quando solicitados por pessoa legitimamente interessada.
§ 4º De acordo com a legislação em vigor, é o Poder Executivo autorizado a criar uma Fundação de apoio técnico científico às atividades do IBAMA.
Na sua estrutura, o SISNAMA é formado por órgãos que tenha a sua gestão colegiada e descentralizada. Exemplo: IBAMA e Instituto Chico Mendes não possuem presidente. Isso visa garantir a participação da comunidade na própria resolução de seus conflitos. Até porque, o conhecimento dos problemas ambientais não está no estado, mas sim no setor privado, com capacidade de entendimento superior aos órgãos estaduais. Exemplos:ONGs denunciavam cigarro Marlboro; Shell denunciou efeito de veneno nos lençóis freáticos, vendeu a empresa e se livrou de ação civil pública. Possibilita, portanto, participação plenamente democrática. Isso é oferecer legitimidade para meio ambiente. Órgãos ambientais tem que garantir participação popular.
O SISNAMA é formado por 6(seis) níveis de órgãos:
1º NÍVEL: ÓRGÃO SUPERIOR 
Formado pelo Conselho de Governo, atual Conselho da Presidência da República (CPR). Esse conselho de governo foi instituído pela lei 10.683. É órgão consultivo, e não deliberativo, onde escolhe membros da comunidade para participar,com a função de assessorar o Presidente da Repúblicana formulação da política nacionale nas diretrizes governamentais para o meio ambiente e os recursos ambientais, envolve Secretarias do Governo, Ministérios da Pesca, Minas, e membros da sociedade civil. 
Velho Alberto Silva fazia parte desse Conselho da parte de engenharia. Não é órgão permanente. Instituído a cada quatro anos. Assessora Brasil sobre energia, segurança nacional, fronteiras, políticas. É essencial para demarcação de reservas indígenas. Passou a ser mesmo usado a partir de 2003. Outra questão: tem se destina a instituição de unidades de conservação em área de fronteira, logo tem passa por esse conselho. 
2º NÍVEL: ÓRGÃO CENTRAL
Ministério do Meio Ambiente (MMA), vinculado à Presidência da República. Toda a política nacional do meio ambiente passa por ele. O órgão central possui a finalidade de planejar, coordenar, supervisionar e controlar, como órgão federal, a política nacional e as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambientem numa tentativa de associar processo econômico com processo ecológico. Ou seja, cuidar para que medidas limpas e econômicas sejam adotadas porque problema ambiental é problema que surge da economia. É preciso que todos os ministérios tenham preocupação com problema ecológico. 
Exemplo: Ministério do Transporte é muito importante, a exemplo de rodovia no meio de parque ambiental, animais são afetados, plantas, logo cria possibilidade de haver impacto ambiental enorme. Ministério de Minas e Energia, restaurar energia nuclear, trazendo risco grande. 
Logo, o MMA tem que ser política transversal, não pode ser parte isolada. Ponto importante: política de melhoria da qualidade ambiental, a exemplo de combustível, certificação de energia. 
É importante promover programas de integração com a Amazônia Legal, envolvendo regiões próximas da Amazônia, como Piauí que faz parte do paralelo 32. É área maior que Amazônia. Na prática nunca foi feito nada. Ex: montar câmaras temáticas sobre meio ambiente. 
3º NÍVEL: ÓRGÃO NORMATIVO
O CONAMA foi criado em 1981, é talvez seja o órgão mais importante. Tem poder normativo regulamentar (x poder legislativo) de amplitude muito controversa.
Primeira função: assessorar tecnicamente, estudar e propor ao Ministério do Meio Ambientediretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais. Metade dos membros do CONAMA são funcionários públicos, e outra metade da sociedade civil. Cada estado tem um representante. Do Piauí, é professor Soares, da FURPA (Fundação do Rio Parnaíba). Esses representantes se reúnem periodicamente, quadrimestral, isso reuniões ordinárias, porque na verdade o CONAMA se reúne mês em mês. Os membros não são remunerados. 
Segunda função: estabelecer normas, é órgão normativo, todas as resoluções ambientais vem do CONAMA. Exemplo: selos ABC nos eletrodomésticos vem do CONAMA; escapamento de carro. É órgão consultivoe deliberativo também. É segunda instância do processo administrativo federal, a primeira é o IBAMA. Deliberam, no âmbito de sua competência, sobre normase padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida. O CONAMA edita resoluções, moções, recomendações e proposições. 
Trata-se de uma entidade com caráter de agência, pois se executa, julga e normatiza, é uma agência reguladora, mas na época não se tinha essa noção. Brasil só veio criar agências reguladoras na década de 90 e foi “cabide de emprego”, sem concurso público. Primeira agência reguladora no Brasil foi Banco Central. 
O CONAMA também propõe diretrizes, delibera sobre normas e padrões de meio ambiente. Nossa legislação é totalmente feita por CONAMA e.g. permissões ambientais, posto de gasolina, licenciamento ambiental. É também serve como órgão deliberativo em sede de segunda instância. Cria periodicamente, em função de questões específicas, Câmaras temáticas que ao final cria alguma normatização. A ideia é disciplinar tudo que envolver meio ambiente. Essas câmaras temáticas não são permanentes, tem que dar resposta dentro de um ano, dois anos.
4º NÍVEL: ÓRGÃOS EXECUTORES 
São vários os órgãos executores:GESPE (Grupo executivo do setor pesqueiro), IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente), ICMBIO (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). 
O GESPE faz parte do Ministério da Pesca, e propõe ao CONAMA padrões de pesca no Brasil. Institui as “interdições de pesca” (três importantes: piracema, interdito da lagosta, coral). Piracema têm prazos diferentes. Institui “padrões de pesca”, proíbe instrumentos de pesca que não selecione o que quer pescar. Exemplo tarrafa pega todo tipo de peixe, mas anzol seleciona. Arrastão por exemplo é crime, pesca com explosivo. Só se permite que índio faça isso, pois envenenam certo lago para pescar. Pássaro albatroz é mais ameaçado pela terra, porque joga anzóis, não bota chumbo no anzol, acontece que albatroz vai e mergulha pra pegar a isca e quando retira os anzóis arranca a garganta dele, bastava aumentar o peso da isca, continuaria pescando os peixes sem problema nenhum. É sempre tentar atualizar a legislação de pesca porque cada vez mais se aprende sobre pesca.
O IBAMA possui como finalidade coordenar/executar políticas de preservação do meio ambiente. O IBAMA é uma autarquia, pertencente à Administração Pública indireta federal, com personalidade própria. Foi criado pela lei 6.938/81. Todos os procedimentos administrativos de permissão, concessão, licença, passa pelo IBAMA. É um órgão que suplementa a Secretaria Estadual do Meio Ambiente, principalmente nos casos que envolvem inépcia. Ao IBAMA compete exercer o poder de polícia ambiental federal, executar ações da PNMA na esfera federal e ações suplementares.
O Instituto Chico Mendes foi inserido como órgão executor do SISNAMA pelo Decreto nº 99.274/90. 
Art. 1º Fica criado o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - Instituto Chico Mendes, autarquia federal dotada de personalidade jurídica de direito público, autonomia administrativa e financeira, vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, com a finalidade de:
I - executar ações da política nacional de unidades de conservação da natureza, referentes às atribuições federais relativas à proposição, implantação, gestão, proteção, fiscalização e monitoramento das unidades de conservação instituídas pela União;
II - executar as políticas relativas ao uso sustentável dos recursos naturais renováveis e ao apoio ao extrativismo e às populações tradicionais nas unidades de conservação de uso sustentável instituídas pela União;
III - fomentar e executar programas de pesquisa, proteção, preservação e conservação da biodiversidade e de educação ambiental;
IV - exercer o poder de polícia ambiental para a proteção das unidades de conservação instituídas pela União; e
V - promover e executar, em articulação com os demais órgãos e entidades envolvidos, programas recreacionais, de uso público e de ecoturismo nas unidades de conservação, onde estas atividades sejam permitidas.
Parágrafo único. O disposto no inciso IV do caput deste artigo não exclui o exercício supletivo do poder de polícia ambiental pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA.
16/09
A rigor, é necessário ter uma delegacia ambiental. Os Estados tem que especializar seu poder de polícia, voltado mais especificamente para a questão ambiental. Já que esse assunto não pode ficar a cargo de um delegado, que só cuida de assuntos penais. 
MUNICÍPIOS: SECRETARIA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE 
Cuida do ordenamento do espaço urbano. Tudo o que envolver o zoneamento urbano, como as áreas são ordenadas. Vai ter que passar pela secretaria municipal do meio ambiente. Essa é uma de suas principais funções. Outra função: inventariar os bens históricos, estéticos, artísticos e culturais. Faz parte do patrimônio material e imaterial dos municípios. Outra questão importante: definição das áreas verdes. Política de arborização da cidade: distribuição de mudas, plantar árvores, educação ambiental, o tipo de arborização, etc. quem faz isso é a secretaria mun. Do meio ambiente.
Direito de preempção (se a pessoa quiser vender aquilo vai vender primeiro para o município) é importante aqui em teresina, mas só tem um local que tem preempção aqui. O clube rex.
PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS AMBIENTAIS:
São 4: primeiro: zoneamento - zonear é estabelecer uma vocação para a s áreas. Definir uma área e qual seria sua vocação. Especializá-la.
São 3 zoneamentos: 
Zoneamento ecológico – lei 9985/00. Se divide em dois tipos: Estabeleceu as áreas de proteção integral (aqui é preservação. São tem 5 tipos: 1 - estação ecológica. 2- reserva biológica. 3- reserva nacional. 4- área de refúgio da vida silvestre. 5- monumento natural. Nos 2 primeiros tipos não se admite visita, APENAS PESQUISA E SÓ SE ELA NÃO FOR DEGRADANTE) e as áreas de uso sustentável (aqui é conservação. São 7 tipos: 1- área de preservação ambiental (impõe limitações das mais diversas, ex: não pode mais ter pousada em jeri. Não pode mais morar em Fernando de noronha); 2 – reserva de desenvolvimento sustentável (pantanal mato grossense é um exemplo. quais as atividades podem lá e quais não podem – é proibido plantio de arroz e cana lá, pq isso acabaria com as lagoas); 3 – reserva de fauna; 4 – floresta nacional; 5- reserva extrativista; 6- área de relevante int. ecológico; 7 - RPPN). Qual a diferença de preservação para conservação?Preservação é você não permitir o uso direto, ou seja, aquele uso que você pode explorar e vender os recursos que ali estejam. Só admite os usos indiretos, que são aqueles que não são comerciais. A pessoa não extrai, não destrói, não inutiliza. Os usos indiretos são: visitação, recreação, pesquisa, interpretação; As áreas de conservação: pode-se morar nela, tirar os seus recursos.
Zoneamento urbano: lei 10.257/01. Trabalha o plano diretor. Traz todas as linhas mestras do plano diretor de uma cidade e todos os instrumentos da política urbana, quais sejam: parcelamento/utilização do solo; IPTU progressivo; desapropriação; usucapião coletivo; direito de preempção; operações consorciadas urbanas; direito de superfície; outorga onerosa do direito de construir; avaliação de impacto de vizinhança;
se a cidade tiver uma atividade de extrema exploração tem que ter zoneamento urbano. 
Zoneamento industrial: são 3 tipos: 1- zona de uso estritamente industrial (o PI não tem); 2 – área de uso predominantemente industrial (o PI tem); 3 – área de uso diversificado (é uma área que permite casas, indústrias. Temos duas em teresina: piçarra e tabuleta)
O segundo tipo Estudo Prévio de Impacto Ambiental/RIMA.
O terceiro tipo são os Licenciamentos.
O quarto tipo são as Auditorias. Que é uma espécie de controle pra verificar se os procedimentos acima foram corretos. 
30/09
CARACTERÍSTICAS DA UNIDADE DE PROTEÇÃO INTEGRAL:
Estação ecológica: ... perdi o começo...
precisa ser feito estudo de impacto prévio e ainda, só é possível fazer pesquisa. As estações ecológicas servem para proteger o nascimentode certas espécies.
Tem que se criar um espaço territorial com plano de manejo. São geralmente berçários. Ex: Atol das rocas - RN.
OBS: Todas as unidades de proteção do BR são espaços territoriais que tem plano de manejo. Qualquer unidade dessa é instituída pelo congresso nacional (lei) ou por decreto presidencial que define o tamanho da unidade. O tamanho da unidade varia de acordo com o meio que ela quer proteger. De acordo com o bem eu tenho áreas definidas de maneira diferente. Todo tipo de limitação será imposto ao ser humano para proteger o meio ambiente.
Reserva Biológica: área extensa, em que a presença humana, diretamente, é proibida. Tem duas funções: 1- recuperar área ecológica que foi degradada, e ai todas as pessoas terão que se retirar daquela área. 2 – mesma função da estação ecológica: se há incidência de animais raros, endêmicos, só é instituída a reserva biológica; 
Parque Nacional: unidade mais antiga no mundo. O primeiro foi na Áustria: tirol. Finalidade: preservar a biota (recursos bióticos), que seriam as plantas, animais. Recursos abióticos: nascentes de rios;
OBS: reserva biológica e estação ecológica NÃO NECESSITAM DE AUDIÊNCIA PÚBLICA. TODAS AS OUTRAS PRECISAM. A audiência publica não é vinculante, só tem que estar lá constando que ela ocorreu.
Parque nacional: recursos abióticos: cavernas, grutas, belezas cênicas, (ex: sete cidades), patrimônio arqueológico (serra da capivara). Os parques são abertos para visitação que tenha fins de estudo, lazer, recreação, educação, interpretação ambiental. A ideia de parques foi criada no sec. XIX; historiador celestine freinet dizia que: história é memória (enciclopédia), mas memória não é significação. E história tem que ser significação. Tem que fazer um processo de significação sobre o que é a natureza.
Monumento natural:belezas cênicas. ???????
Área de refúgio da vida silvestre:são locais de reprodução de espécies nativas. Pode ser espécie local ou espécie migratória.
02/10
UNIDADE DE USO SUSTENTÁVEL: CONSERVAÇÃO.
APA – Área de Proteção Ambienta:
Área extensa que possui algum atributo ecológico relevante. preocupação: ordenar a ocupação do solo, restringir esse processo de ocupação do solo. Ex: Jericoacoara, controlar tb a atividade humana. Impor padrões que sejam necessários à preservação do meio ambiente. Pode ser instituída pela presença de elementos bióticos, abióticos, ... existem APA´s terrestres, oceânicas..
Área de Relevante Interesse Ecológico:
É uma área pequena, não extensa. Se destina a preservar plantas e animais endêmicos. Abriga exemplares raros da fauna ou da flora. Tanto animais locais quanto migratórios. Essas pequenas áreas são instituídas pois esses animais são territoriais. 
Floresta Nacional:
Não pode ser instituída em terras particulares. Ao instituir floresta nacional terá que desapropriar (pode ser em área particular: monumento natural, área de refugio da vida silvestre, apa, área de relevante interesse ecológico, RPPN, área de desenvolvimento sustentável e reserva de fauna); floresta nacional é aquela que tem cobertura originária/nativa; no pi tem a floresta nacional dos palmares. Objetivo: 1-proteger a cobertura originária. 2 - permitir o uso de seus recursos naturais(?). 3 - fazer pesquisas;
Área de desenvolvimento sustentável:
Área que abriga populações locais, tradicionais e que vc quer canalizar o futuro de atividades para aquela área. Pensa-se no futuro uso que será dado àquela área, já que aquela área tem perspectiva de ter grande desenvolvimento econômico. Ex: pantanal mato-grossense.
Reserva de Fauna:
OBS: PODEM EXISTIR SOBREPOSIÇÕES DE UNIDADES. EX: DENTRO DE UMA APA PODE TER UMA RPPN. É o caso do pantanal mato-grossense, pq ele todo é uma áreas de desenvolvimento sustentável, e em algumas áreas ele é uma reserva de fauna.
A reserva de fauna serve pra proteger espécies. Compatibilizar a atividade econômica com a presença de animais.
Reserva Extrativista:
Serve para manter o extrativismo que já esta sedimentado, que já se mantem naquela região e que não venham novas atividades que possam modificar aquela área. O brasil foi o primeiro pais do mundo a criar esse tipo de unidade.
OBS: aqui, permite-se que a pop tradicional possam ter culturas de subsistência, criação de pequenos animais, desde que aquilo seja para sobreviver.
RPPN: Reserva Particular do Patrimônio Natural:
A iniciativa é do próprio proprietário. Apresenta suas terras para o IBAMA para que ele verifique se ali tem algo importante, alguma espécie importante de fauna, flora, alguma gruta, enfim, tem que ter algo importante ecologicamente para que essa unidade possa ser criada. Ex: ilha do caju. 
Exceção: quando a área for em mata atlântica. Se for nesse local, o proprietário não precisa mostrar nenhuma raridade. Pq é um ecossistema que só tem 7% de sua área original.
A RPPN é gravada com perpetuidade, não se pode voltar atrás, não tem como vender, haver desmembramento, sucessões.. vai ser administrado pela família para sempre.
No RPPN não se paga tributo: ITR.
CRIAÇÃO DAS UNIDADES:
São criadas através de decreto do presidente da republica ou lei ordinária do Congresso Nacional.
Visa instituir o chamado plexo: fiscalizar, licenciar e punir (?) qualquer atividade que for feita na unidade ou nos seus arredores, deverá haver fiscalização. Tem que submeter ao conselho gestor da unidade. Se tiver duas áreas, uma próxima da outra, institui-se o corredor ecológico (para permitir o fluxo genético de uma unidade para a outra). Então tudo o que for feito nas unidades, nos entornos, tem que submeter ao conselho gestor.
Toda unidade tem que ter consulta pública, exceto as estações ecológicas e as unidades de reserva biológica.
AULA DIA 09/10/15
PLANO DIRETOR:
 Visa ordenar a cidade. Feito através de lei ordinária aprovada pela câmara municipal. Essa lei tem que ser refeita a cada 10 anos. Define o que e rural e urbano para fins de IPTU E ITR. Ordenas: fazer diagnostico dos problemas da cidade. Estabelecer uma ordem tanto para o presente qnt para o futuro para evitar problemas no futuro.
Lei 10.257/01: ler para prova. 1 questao: Diz os usos inadequados dos imóveis, ex: o muro não pode ser a parede da casa, pq causa problema de incêndios, pragas.. tem que ter a área não edificante; ex: criatório de frango no meio da jockey, n pode.; 
3 questão: pensar questão dos pólos geradores de trafego; 
4 questão: retenção especulativa (tem que eliminar isso); 
por ultimo, pode-se ter uma especulação horizontal. 
A cada 10 anos eu tenho que fazer o prognóstico dos problemas futuros da cidade. Tem que ver a relação da cidade com a água, da cidade com as áreas verdes.. pq a população cresce, mas os recursos naturais não.
2 coisas importantes no prognostico: o adensamento populacional e a questão de atividades econômicas que podem ir para uma região.
Plano diretor não é um documento técnico. Tem que ser fruto de audiências publicas, de consultas populares. Fazer você pensar a cidade de tal forma que vc descubra qual é o problema. As normas do plano diretor tem que ser fruto do que a comunidade entende. Não podem haver preocupações apenas técnicas.
Com base nisso sera feito o índice de ocupação, o índice de utilização e o índice de verticalização. São 3 indices que são feitos dentro do plano diretor. Diferenças: ocupação – tem um quarteirão e a área construída so é de 10%. Essa área de ocupação é baixa. É uma relação entre a área construída e a área total do terreno;
Utilização – tem a área construída. Vc esta utilizando ou não? qual área? Ocupação é construir. Utilização é fazer uso do que foi construído. Isso pode ser definido com base na quantidade de pessoas daquele quarteirão, por exemplo.
Verticalização – a edificação de prédios é uma especulação imobiliária. A prefeitura tem que se preocupar com isso para proteger a quantidade de água consumida, energia, etc. pq uma coisa é uma construção horizontal, outra é um prédio de 32 andares: consumo de energia altíssimo, etc. os prédios vao se verticalizando,usando a mesma energia que já existe e ai o serviço vai ficando de péssima qualidade.
INSTRUMENTOS DA POLÍTICA AMBIENTAL:
Utilização, parcelamento e edificação compulsórios: o proprietário que está em desacordo com os índices de ocupação, utilização e edificação, vai ser chamado a parcelar, utilizar ou edificar o seu imóvel. A prefeitura notifica o proprietário que tem o prazo de 1 ano pra apresentar o projeto (se fizer isso, ganha mais 2 anos para realizar a obra. Se não faz isso, é notificado via cartório que será submetido ao IPTU progressivo. O IPTU progressivo já foi avaliado pelo supremo. Não é inconstitucional pois o supremo entendeu que a sua tributação não é usada pra fins de confisco, pq não é fiscal. Sua função é extrafiscal. O particular não se adequou a adequação urbana do município. O IPTU é graduado lentamente, por isso tb não afeta a propriedade. A alíquota tem que ser no max de 2 vezes a alíquota do período anterior. Com isso o proprietário teve tempo de se adaptar, não foi pego de surpresa. Então o supremo considerou que não é confiscatório. Alíquota progressiva de até 15% em até 5 anos. Depois disso há a desapropriação.)
23/10
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL (EIA): lei 6.938/81. Mudou o nome, ficou estudo prévio de impacto ambiental (EPIA). Deve ser dada publicidade a esse estudo, salvo se houver sigilo industrial (quando se esta descobrindo algo e ainda não se tem a petente) ou segurança nacional. Seu conteúdo é tão importante quanto a realização do mesmo. Depois da cf de 88, em 92, houve uma convenção: de spoo. Essa convenção consagra o estudo prévio de impacto ambiental como o instrumento mais importante de proteção ao meio ambiente. A novidade que ela trouxe foi a de que o EPIA tem que ter a “opção zero”, ou seja, todo estudo tem que trazer as vantagens ecológicas, urbanísticas, estéticas daquela atividade e tem que trazer também as desvantagens daquela atividade para o meio ambiente. Ex: av. Raul Lopes quando foi feita. Se não tiver a opção zero, o estudo é anulado. Outro ponto a se destacar dessa convenção é que garante que tem que informar a comunidade sobre os efeitos nocivos daquela atividade. Tem que informar inclusive os países, pois essa convenção é transfronteiriça. O impacto ambiental so é permitido se o pais que for receber o ônus do impacto aceitar.
A convenção de spoo defende a ideia de danos transfronteiriços.
EPIA: a convenção rio 92 prevê no principio 17 que deve haver estudo prévio de impacto ambiental.
Esse procedimento é público. Embora seja feito por particulares, pago pelo empreendedor, ele é público. O órgão ambiental dá ao empreendedor o termo de referencia (documentos mínimos que o empreendedor tem que trazer para conseguir a autorização. Quem oferece o termo de referencia é o IBAMA ou a SEMAR). É publico pq ele é condicionado às exigências do IBAMA. Então sua natureza jurídica é: pública. 
O EPIA tem que definir a área de abrangência: são duas, a área que vai envolver diretamente a obra, e outra que vai envolver indiretamente. Outro ponto importante é que tem que ser avaliado que tipo de impacto se vai ter: se é de curto, médio ou longo prazo. E também, que impactos são positivos e que impactos são negativos, já que nem tudo é negativo.
Outro efeito importante são os efeitos sinérgicos: são os piores tipos: aqueles que os resultados são maiores do que as próprias partes. Alguns tipos de impactos quando se somam, o efeito é superior à causa originária.
Outro impacto é o chamado cumulativo: aquele que vai lentamente... chega a um ponto que ele explode. Ex: agrotóxicos são uma maldição no que diz respeito à cumulatividade. Por isso que para estudar agrotóxicos precisa de várias autorizações de órgãos diferentes.
Outro ponto relevante é a questão da reversibilidade. Ver se os processos de alterações são reversíveis. Se os impactos ambientais são possíveis de se reverter.
O CONAMA é o órgão técnico responsável por fazer EPIA. Responsável pela elaboração das normas que serão o guia para se exigir o EPIA.
O EPIA tem o RIMA – relatório de impacto ambiental. É um relatório que define os pontos essenciais. Visa explicar o EPIA/EIA. É um levantamento geológico, cartográfico, hídrico, químico...
Outro ponto importante é que o EPIA, além do RIMA tem a fase de comentários. Em jornal de circulação local, é avisado que foi feito o estudo e este é depositado na biblioteca.. que fica la por 30 dias, para que ele possa ser comentado, qualquer pessoa, brasileiro, estrangeiro, ONG, pode fazer um comentário escrito sobre o estudo, que será anexado a ele. Essa é a segunda forma de se dar publicidade ao EPIA.
A terceira forma é quando 50 pessoas assinam um termo para que se faça uma audiência publica. Ela se torna obrigatório quando tem as 50 assinaturas. RESOLUÇÃO NUMERO 1 DO CONAMA - LER!!!!!!
Esse estudo tem que trazer alternativas. Ele faz o diagnostico e aponto como solucionar esse problema. Para tanto ele tem que indicar alternativas tecnológicas. Se não for possível diminuir o impacto ambiental, passa-se para outra estratégia: a de compensação ambiental: visa analisar o ônus e o bônus que o particular vai usufruir.

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