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EDTVIII Q 1 2 3 4 5 Walkiria 28 09 SEI (fm) (Ce) (RF)

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ESTUDOS DISCIPLINARES
TOMO VIII
Profa. Walkiria Rigolon
Reflexão
 Curso de Pedagogia  integração e articulação de saberes
Docência
Conhecimento Pesquisa
Orientações de estudo
1. Leitura da questão
2. Introdução teórica – tema da questão
3. Retomada da questão com a resposta correta
4. Análise da questão
5. Indicações bibliográficas
Questões
Índice remissivo
Questão 1
Escola cidadã. Construção da cidadania. Diálogo 
entre escola, comunidade e movimentos sociais.
Questão 2
Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Integração 
de alunos.
Questão 3
Zona de Desenvolvimento Proximal (ZPD). 
Situações de aprendizagem.
Questão 4
Avaliação da aprendizagem na Educação 
Básica.
Questão 5 Atendimento na Educação Básica.
Questão 1
Questão discursiva 4 – Enade 2014
Define-se “comunidade escolar” como os segmentos que participam, 
de alguma maneira, do processo educativo desenvolvido em uma 
escola. Na maioria dos casos em que a expressão é mencionada, ela 
agrupa professores, funcionários, pais e alunos. No entanto, pode ser 
observada alguma variação no que diz respeito aos segmentos que 
compõem a comunidade de uma instituição de ensino, entre diferentes 
documentos de políticas e programas educacionais ou textos legais a 
eles relativos. Há casos em que associações de bairro, sindicatos, 
entidades comunitárias, de uma forma geral, são incorporados, desde 
que atuantes no bairro em que a escola esteja situada. Essa poderia 
ser considerada uma visão mais ampliada do conceito.
Dicionário de Verbetes Gestrado. Disponível em <http://www.gestrado.org>. Acesso em 16 jul. 2017 
(com adaptações).
Movimentos sociais são ações sociais coletivas de caráter sociopolítico e cultural que viabilizam 
formas distintas de a população se organizar e expressar suas demandas.
GOHN, M. G. Movimentos sociais na contemporaneidade. Revista Brasileira de Educação, 
v. 16, n. 47, mai-ago. 2011 (com adaptações).
Continuação questão 1
 Considerando os conceitos expressos anteriormente e a 
função social da escola, elabore um texto dissertativo a 
respeito do tema a seguir.
 A escola cidadã e a construção da cidadania.
Em seu texto, contemple os seguintes aspectos:
a) conceito de escola cidadã; 
b) relação da escola cidadã com a construção da cidadania; 
c) diálogo estabelecido entre escola, comunidade e 
movimentos sociais.
Introdução teórica
Escola cidadã
 Em 1994, o Instituto Paulo Freire (Brasil) apresentou à 
comunidade educacional o “Projeto Escola Cidadã”, que 
registrava, analisava e propunha avanços para as escolas 
quanto à busca da realização plena da cidadania multicultural 
e ativa, tanto para os educandos quanto para os educadores.
 Em sua origem, a escola cidadã foi pensada como uma escola 
estatal quanto ao seu financiamento, comunitária quanto à 
sua gestão e pública quanto ao seu público-alvo. No entanto, 
há outras relações que perpassam e se sobrepõem à 
triangulação estatal+comunitária+pública: a escola cidadã é 
aquela que apresenta, em todos os âmbitos das relações que 
nela se estabelecem, internas ou extraescolares, uma vivência 
democrática ampla.
Continuação introdução teórica
 Ainda de acordo com Freire (1997), a escola cidadã deve ser 
coerente com seu discurso libertador, formador. Deve também 
subsidiar a luta de educandos e de educadores para que 
possam ser eles mesmos. A produção do saber e da liberdade 
serve para que se possa viver a experiência tensa da 
democracia.
 Associando o conceito de escola cidadã à sua função social 
de diálogo com os diversos movimentos sociais na 
contemporaneidade, é preciso ressaltar que, na educação 
não formal, é fundamental o papel do “outro”, com quem 
interagimos e nos integramos.
Continuação introdução teórica 
 Nesse sentido, são os movimentos e os grupos sociais que 
permitem ações práticas para o estabelecimento de uma 
relação entre movimento social e educação, entre educação 
e cidadania. Os movimentos representam ações sociais 
coletivas de caráter sociopolítico e cultural, espaço 
privilegiado no qual os educandos de uma escola podem 
colocar o exercício da cidadania em constante prática. 
Padrão de resposta do INEP 
 O aluno deve redigir um texto com argumentos que contemplem os 
aspectos a seguir.
Quanto ao conceito de escola cidadã
A resposta deve indicar que: 
 a escola cidadã é aquela que deve promover a participação ativa da 
comunidade escolar nos diversos espaços educativos como colegiados, 
aulas, gestão escolar, planejamentos, entre outros; e também nos 
demais espaços de inserção social, tais como entidades comunitárias, 
associações de bairros, sindicatos, ONGs etc.
Quanto à relação da escola cidadã com a construção da cidadania
A resposta deve mencionar que:
 há diversas ações que a escola pode desenvolver no sentido de 
promover o desenvolvimento da cidadania, tais como participação na 
elaboração, na implantação e no acompanhamento do projeto político-
pedagógico, conselho de escola, conselho de classe, grêmio 
estudantil etc.
Padrão de resposta do INEP 
Quanto ao diálogo que deve haver entre escola, comunidade e 
movimentos sociais
A resposta deve mencionar que:
 existem várias formas de a escola cidadã interagir com a 
comunidade em que está inserida e com movimentos sociais, 
visando sempre à construção da cidadania. Como exemplos, 
podem-se mencionar relações com conselhos comunitários, 
participação em redes de assistência social, colaboração com 
ONGs de diversas naturezas etc. 
Disponível em <http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/padrao_
resposta/2014/padrao_resposta_pedagogia.pdf>. Acesso in 10 fev. 2017.
Indicações bibliográficas
 FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à 
prática pedagógica. 3. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.
 GOHN, M. G. Movimentos sociais na contemporaneidade. 
Revista Brasileira de Educação, v. 16, n. 47, mai-ago, 2011.
INTERVALO
Questão 2
Questão 22 – Enade 2014
Na formação de classes de determinado ano letivo, identificou-
se a matrícula de aluno surdo que usa a LIBRAS para a 
comunicação e o bilinguismo como opção familiar para sua 
educação. Assim, a equipe da escola (gestores, docentes e 
funcionários) envolveu-se para compreender a surdez, as 
abordagens educacionais para o ensino do aluno surdo e 
também para criar condições mais favoráveis ao atendimento 
desse aluno. Além disso, a equipe mobilizou-se para garantir-lhe 
todos os direitos, tendo em vista que:
a) a Lei nº 10.436/2002 reconhece os surdos como sujeitos de 
direito e, em função da sua comunicação, possuidores de 
uma cultura diferenciada; reconhece, ainda, a LIBRAS como 
meio legal de comunicação e expressão, da mesma forma 
que outros recursos de expressão a ela associados;
Continuação questão 2
b) o bilinguismo é visto, hoje, como abordagem privilegiada 
para a educação do surdo, pois visa a capacitá-lo na 
utilização de duas línguas: a língua de sinais (principal 
meio de comunicação) e a língua escrita da comunidade 
em que vive.
 Nesse cenário, entre as ações que podem favorecer a 
aprendizagem desse aluno surdo e garantir seu direito à 
educação incluem-se as de: 
Continuação questão 2
I. Disponibilizar materiais e promover atividades em LIBRAS para os 
alunos não surdos.
II. Convencer a família a optar pelo oralismo como forma de o aluno 
aproximar-se ao máximo da língua falada pela maioria dos alunos 
da escola.
III. Envolver a turma em que o aluno surdo está matriculado e demais 
alunos da escola na aprendizagem de LIBRAS.
IV. Providenciar a transferência do aluno para uma escola que atenda acomunidade surda, pois uma escola especializada é mais adequada 
ao seu processo de ensino-aprendizagem.
É correto apenas o que se afirma em: 
a) I e III. 
b) I e IV.
c) II e III.
d) I, II e IV.
e) II, III e IV.
Introdução teórica: 
A Lei nº 10.436/2002 e o uso da LIBRAS
 A Lei nº 10.436/2002, de 24 de abril de 2002, estabelece, com relação 
ao uso da LIBRAS, o que segue.
 Art. 1º É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão 
a Língua Brasileira de Sinais – Libras e outros recursos de 
expressão a ela associados.
 Parágrafo único. Entende-se como Língua Brasileira de Sinais –
Libras a forma de comunicação e expressão, em que o sistema 
linguístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical 
própria, constitui um sistema linguístico de transmissão de ideias e 
fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil.
 Art. 2º Deve ser garantido, por parte do poder público em geral e 
empresas concessionárias de serviços públicos, formas 
institucionalizadas de apoiar o uso e difusão da Língua Brasileira de 
Sinais – Libras como meio de comunicação objetiva e de utilização 
corrente das comunidades surdas do Brasil.
Continuação da introdução teórica: 
A Lei nº 10.436/2002 e o uso da LIBRAS
 Art. 3º As instituições públicas e empresas concessionárias de 
serviços públicos de assistência à saúde devem garantir 
atendimento e tratamento adequado aos portadores de 
deficiência auditiva, de acordo com as normas legais em vigor.
 Art. 4º O sistema educacional federal e os sistemas educacionais 
estaduais, municipais e do Distrito Federal devem garantir a 
inclusão nos cursos de formação de Educação Especial, de 
Fonoaudiologia e de Magistério, em seus níveis médio e superior, 
do ensino da Língua Brasileira de Sinais – Libras, como parte 
integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs, 
conforme legislação vigente.
 Parágrafo único. A Língua Brasileira de Sinais – Libras não 
poderá substituir a modalidade escrita da língua portuguesa.
 Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data. 
Continuação da introdução teórica: 
A Lei nº 10.436/2002 e o uso da LIBRAS
 Quanto à sua definição, a Língua Brasileira de Sinais, conhecida 
pela sigla LIBRAS, é a forma gestual de comunicação utilizada 
pela maioria dos deficientes auditivos. No entanto, corresponde a 
uma forma simples de gestualização da Língua Portuguesa. Em 
Portugal, por exemplo, é usada uma língua de sinais diferente, a 
Língua Gestual Portuguesa, LGP.
 A LIBRAS é semelhante a muitas outras línguas de sinais 
empregadas nos continentes americano e europeu, compostas 
basicamente por níveis linguísticos baseados na morfologia, 
fonologia, sintaxe e semântica. Assim, a comunicação em 
LIBRAS requer o conhecimento de sua gramática (um sistema 
linguístico de transmissão de ideias e de fatos para as pessoas 
surdas do Brasil), com variações regionais, como acontece com 
as línguas naturais.
Continuação da introdução teórica: 
A Lei nº 10.436/2002 e o uso da LIBRAS
 O alfabeto manual para o uso da LIBRAS está apresentado na 
figura 1. 
Figura 1. Alfabeto manual da LIBRAS. 
Disponível em <http://www.papoativo.com/2013/05/alfabeto-em-libras-
para-colorir.html>. Acesso em 21 nov. 2016.
Análise das afirmativas
I. Afirmativa correta.
 Justificativa. Disponibilizar materiais e promover atividades em 
LIBRAS para os alunos não surdos representam uma ótima forma 
de integração de surdos e não surdos, que favorece a 
comunicação e é claramente benéfica a toda a comunidade 
escolar.
II. Afirmativa incorreta.
 Justificativa. O aluno surdo deve dominar a língua dos demais 
alunos em todas as suas modalidades, escritas ou orais: optar 
pelo oralismo seria limitador e prejudicial ao aluno surdo (que, 
nesse caso, permaneceria analfabeto). Ademais, no art. 4º, da Lei 
no 10.436/2002, diz-se: “Parágrafo único. A Língua Brasileira de 
Sinais – LIBRAS – não pode substituir a modalidade escrita da 
língua portuguesa”. 
Análise das afirmativas
III. Afirmativa correta.
 Justificativa. Estar engajado na aprendizagem de LIBRAS é 
dever de todos. Portanto, tanto a turma em que o aluno surdo 
está matriculado quanto os demais alunos da escola devem 
estar envolvidos na aprendizagem de LIBRAS.
IV. Afirmativa incorreta.
 Justificativa. A transferência do aluno para uma escola que 
atenda a comunidade surda é inadequada, a menos que a 
família assim o deseje. Ao aluno surdo, deve ser garantido seu 
direito de estudar em qualquer escola, como qualquer cidadão. 
Além disso, não se pode afirmar categoricamente que uma 
escola especializada seja mais adequada do que outras. 
Análise das afirmativas
É correto apenas o que se afirma em: 
a) I e III. 
b) I e IV.
c) II e III.
d) I, II e IV.
e) II, III e IV.
 Alternativa correta: A.
Indicações bibliográficas
 BRASIL. Decreto-Lei nº 5626, de 22 de dezembro de 2005. 
Regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002. Diário 
Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 23 dez. 2005.
 FELIPE, T. A. LIBRAS em contexto: curso básico, livro do 
estudante cursista. Brasília: Programa Nacional de Apoio à 
Educação de Surdos, MEC; SEESP, 2001.
 FERNANDES, E. Linguagem e surdez. Porto Alegre: 
Artmed, 2003.
 KARNOPP, L. Literatura surda. In: Educação temática 
digital, Campinas, v. 7, n. 2, jun. 2006.
Indicações bibliográficas
 KARNOPP, L. Língua de sinais e Língua Portuguesa: em 
busca de um diálogo. Porto Alegre: Mediação, 2002.
 LACERDA, C. B. F. Um pouco de história das diferentes 
abordagens na educação dos surdos. Cadernos Cedes, ano 
XIX, Campinas, n. 46, setembro de 1998.
 PEREIRA. M. C. C. Papel da língua de sinais na aquisição da 
escrita por alunos surdos. Porto Alegre: Mediação, 2002.
 QUADROS, R. M. Educação de surdos: aquisição de 
linguagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
INTERVALO
Questão 3
Questão 18 – Enade 2014
“Vygotsky descreveu a zona de desenvolvimento proximal como 
a distância entre o nível de desenvolvimento real, que se 
costuma determinar por intermédio da solução independente de 
problemas, e o nível de desenvolvimento potencial determinado 
pela solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em 
colaboração com companheiros mais capazes.”
Vygotsky, L. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1989 (com adaptações).
Questão 3
Questão 18 – Enade 2014
Para criar zonas de desenvolvimento proximal e nelas intervir, é 
fundamental que, nas situações de aprendizagem, o professor:
a) Destaque erros e equívocos cometidos pelos alunos e espere 
que encontrem o problema.
b) Indique o erro e a resposta correta, propondo, sempre que 
necessário, novas situações de aprendizagem.
c) Anuncie que algo está errado e espere que os alunos encontrem 
o equívoco, fornecendo a resposta correta caso não consigam 
obtê-la.
d) Elogie os resultados obtidos pelos alunos, mesmo que ruins, para 
não desestimulá-los, corrigindo-os em seguida.
e) Forneça pistas aos alunos e fique atento ao curso de raciocínio 
deles, reformulando questões ou problemas sempre que 
for necessário.
Introdução teórica: 
Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP)
 O conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal, conhecido 
mundialmente pela sigla ZPD, em inglês, é um construto 
teórico proposto pelo psicólogo bielorrusso Lev Semenovitch 
Vygotsky, que influenciou os meios educacionais europeus e 
estadunidenses a partir da década de 1960.
 A ZPD, definida de forma bastante simplificada, consiste na 
“distância” entre o nível atual de desenvolvimento de uma 
criança e o seu nível de desenvolvimento potencial. Sob a 
perspectiva vygotskyana, acriança pode ser entendida 
essencialmente como membro de um grupo sociocultural 
específico e ela apropria-se das ferramentas de aprendizagem 
típicas de seu grupo para realizar as tarefas de que precisa.
Introdução teórica: 
Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP)
 O nível de desenvolvimento de uma criança é determinado por 
sua capacidade real de resolver problemas por si mesma, sem 
auxílio. Já o nível potencial de desenvolvimento de uma criança 
é determinado de acordo com sua capacidade de resolver 
problemas sob supervisão/orientação de adultos ou de 
um par mais competente.
 Diferentemente da linha piagetiana de pensamento, que 
subordina a aprendizagem ao desenvolvimento cognitivo, 
Vygotsky defende que a aprendizagem condiciona e precede o 
desenvolvimento cognitivo, sendo que a aprendizagem pode até 
progredir mais rapidamente do que o próprio desenvolvimento 
cognitivo. Ou seja, para Vygotsky, a aprendizagem não se 
subordina necessariamente ao desenvolvimento cognitivo, 
podendo até antecedê-lo e favorecê-lo. 
Introdução teórica: 
Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP)
 Na relação de ensino-aprendizagem permeada pelo conceito 
de ZPD, o professor deve colocar-se como um mediador entre 
a criança e os objetos, entre a criança e as atividades 
propostas e entre a criança e os seus pares, sempre 
solicitando tarefas que associem a mediação à linguagem 
e ao contexto cultural da criança.
 Assim, para que se criem zonas de desenvolvimento proximal 
e para que nelas se possa intervir, é fundamental que, nas 
situações de aprendizagem, o professor ofereça pistas e 
esteja atento ao raciocínio dos alunos, reformulando 
questões ou problemas quando necessário. 
Análise das alternativas
a) Alternativa incorreta.
 Justificativa. O professor, para ser mediador em consonância 
com a visão vygotskyana, não deve destacar erros e 
equívocos cometidos pelos alunos, nem deve esperar que 
eles encontrem o problema. Isso não seria mediar. 
b) e c) – Alternativas incorretas.
 Justificativa. Sob a perspectiva da ZPD, o professor não 
deve dar a resposta correta nem indicar os erros. Ele deve 
acompanhar o processo de realização da atividade e oferecer 
pistas para que os alunos possam compreender os erros e 
chegar à resposta correta. 
Análise das alternativas
d) Alternativa incorreta.
 Justificativa. O professor não deve elogiar resultados 
negativos. Ao deparar com um resultado insatisfatório, 
ele deve, dentro de seu papel de mediador, dar pistas que 
levem os alunos a identificar as incorreções e a chegar à 
resposta correta. 
e) Alternativa correta.
 Justificativa. Para criar zonas de desenvolvimento proximal, 
é indispensável que, nas situações de aprendizagem, o 
professor forneça pistas aos alunos e observe o raciocínio 
deles. Além disso, deve ter a habilidade de reformular. 
Indicações bibliográficas
 REGO, T. C. Vygotsky: uma perspectiva histórico-cultural 
da educação. São Paulo: Vozes, 1995.
 VEER, R. V. D.; VALSINER, J. Vygotsky, uma síntese. 
São Paulo: Edições Loyola, 1991.
 VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. 
São Paulo: Martins Fontes, 1998.
INTERVALO
Questão 4
Questão 19 – Enade 2014
 As práticas de avaliação na Educação Básica revelam 
concepções diversas sobre a aprendizagem e o 
desenvolvimento dos alunos. Quando se sustenta na reflexão 
sobre os sujeitos avaliados e nas ações dos avaliadores, a 
avaliação se transforma em estratégia pedagógica 
fundamental, uma vez que possibilita comparar avanços, 
analisar competências e dificuldades e, como consequência, 
orientar o planejamento de intervenções que impulsionem o 
desenvolvimento e a aprendizagem dos alunos.
Questão 4
Questão 19 – Enade 2014
 De acordo com essas ideias, qual deve ser a função 
da avaliação da aprendizagem nas instituições 
de Educação Básica?
 Pressupor uma ação comparativa dos desempenhos dos 
alunos em relação ao que se espera que todos alcancem.
 Permitir uma prática investigativa que envolva o 
conhecimento sobre os sujeitos avaliados e revele o 
comprometimento dos educadores com conquistas 
e avanços desses sujeitos.
Questão 4
Questão 19 – Enade 2014
De acordo com essas ideias, qual deve ser a função da 
avaliação da aprendizagem nas instituições de Educação 
Básica?
a) Desempenhar o papel de prática educativa coletiva,
com base em métodos de verificação da aprendizagem 
dos alunos.
b) Favorecer a utilização de instrumentos de avaliação variados 
como principal estratégia dos professores para medir a 
aprendizagem dos alunos.
c) Constituir-se como prática que, na dinâmica das instituições 
escolares, tem a função de quantificar o nível de 
conhecimento adquirido pelos alunos.
Questão 4
Questão 19 – Enade 2014
d) Favorecer a utilização de instrumentos de avaliação variados 
como principal estratégia dos professores para medir a 
aprendizagem dos alunos.
e) Constituir-se como prática que, na dinâmica das instituições 
escolares, tenha a função de quantificar o nível de 
conhecimento adquirido pelos alunos. 
Introdução teórica
Avaliação da aprendizagem na Educação Básica
 A questão da avaliação escolar é um tema que suscita 
constantes discussões, dada sua complexidade. A avaliação 
detém grande poder dentro dos sistemas educacionais 
existentes e, por isso, uma reflexão constante e profunda 
acerca de seus diversos aspectos é imprescindível.
 Os sistemas educacionais vigentes na maioria das sociedades 
atuais apresentam dois aspectos que se complementam e, em 
alguns momentos, chegam a se opor: a autonomia da escola 
de um lado e, de outro lado, a responsabilidade do Estado. 
Ao mesmo tempo em que o Estado não deve privar as escolas 
de autonomia, deve responsabilizar-se pela qualidade dos 
sistemas educativos, tanto dos públicos quanto 
dos privados.
Introdução teórica
Avaliação da aprendizagem na Educação Básica
 Em todos os níveis de ensino, não somente na Educação 
Básica, a avaliação deve ter alguns propósitos centrais e 
norteadores, como o fornecimento de resultados para a 
gestão da educação, para o avanço dos projetos pedagógicos 
das instituições de ensino e também para a melhoria da 
própria avaliação em si, desencadeando, entre outros 
fatores, um processo de meta-avaliação. 
 Há várias constatações e tendências com relação à avaliação 
na educação, tanto na Educação Básica quanto na educação 
de uma forma geral. O expressivo número de pesquisadores 
que estudam o tema há mais de dez anos revela que se trata 
de um campo de pesquisa em processo de consolidação. 
Introdução teórica
Avaliação da aprendizagem na Educação Básica
 As práticas avaliativas na Educação Básica revelam 
concepções sobre a aprendizagem e o desenvolvimento dos 
alunos. Essas concepções transformam-se em estratégia 
pedagógica, uma vez que possibilitam a comparação de 
avanços, a análise de competências e dificuldades e a 
orientação ao planejamento de intervenções que 
impulsionem o desenvolvimento dos alunos. 
 Assim, a função da avaliação da aprendizagem nas 
instituições de Educação Básica deve ser a base para uma 
prática investigativa que envolva o conhecimento sobre os 
sujeitos avaliados e demonstre o comprometimento dos 
educadores com as conquistas e os progressos dos 
sujeitos avaliados. 
Análise das alternativas
a) Alternativa incorreta.
 Justificativa. A avaliação da aprendizagem na Educação Básica 
não deve realizar ações comparativas dos desempenhos dos 
alunos em relação às metas estabelecidas. 
b) Alternativa correta.
 Justificativa. A função da avaliação da aprendizagem nas 
instituiçõesde Educação Básica deve permitir o conhecimento 
a respeito dos sujeitos avaliados, condição para que os 
educadores possam estar comprometidos com conquistas 
e avanços desses sujeitos.
Análise das alternativas
c) Alternativa incorreta.
 Justificativa. A função da avaliação da aprendizagem nas 
instituições de Educação Básica pode prescindir de métodos 
para a verificação da aprendizagem dos alunos. Não é 
obrigatório haver uma sistematização coletiva da avaliação. 
Análise das alternativas
d) e e). Alternativas incorretas.
 Justificativa. “Medir” é um verbo que não combina com o 
papel da avaliação da aprendizagem nas instituições de 
Educação Básica. O objetivo de uma avaliação nessa etapa é 
fornecer subsídios e pistas quanto ao processo de 
aprendizagem dos alunos. “Quantificar” é outro verbo que não 
combina com o papel da avaliação da aprendizagem nas 
instituições de Educação Básica. O objetivo de uma avaliação 
nessa etapa da vida escolar não é “quantificar”, mas sim 
fornecer subsídios e pistas quanto ao processo de 
aprendizagem dos alunos. 
Indicações bibliográficas
 CALDERON, A. I.; POLTRONIERI, H. Avaliação da 
aprendizagem na Educação Básica: as pesquisas do estado 
da arte em questão (1980-2007). Diálogo Educ. v. 13. n. 40, 
p. 873-893, set-dez 2013. 
 DEPRESBITERIS, L. A Avalição na Educação Básica: 
ampliando a discussão. Estudos em Avaliação Educacional. 
n. 24, jul-dez 2001.
Questão 5
Questão 20 – Enade 2014
“A Educação Básica, por constituir um momento privilegiado em 
que a igualdade cruza com a equidade, tomou a si a formalização 
legal do atendimento a determinados grupos sociais, como as 
pessoas portadoras de necessidades educacionais especiais e 
os afrodescendentes, que devem ser sujeitos de uma 
desconstrução de estereótipos, preconceitos e discriminações, 
tanto pelo papel socializador da escola quanto pelo seu papel de 
ensino-aprendizagem de conhecimentos científicos.”
CURY, C. R. J. A Educação Básica como direito.
Cadernos de Pesquisa, v. 38, n. 134, mai-ago. 2008, p. 300 (com adaptações).
Questão 5
Questão 20 – Enade 2014
 O texto anterior confirma o que preconiza a Lei no 10.639/2003, 
a qual altera o art. 26, da Lei no 9.394/1996 (LDB), no que se 
refere aos conteúdos curriculares para a Educação Básica. 
Tomando como referência o texto apresentado e o conteúdo 
da Lei no 10.639/2003, avalie as afirmações a seguir. 
Questão 5
I. O ensino de história e cultura afro-brasileira e indígena deve fazer 
parte do cotidiano das escolas de maneira articulada com as 
disciplinas oferecidas.
II. Os estabelecimentos de Ensino Fundamental e Médio, públicos e 
privados, conforme previsto na Lei no 10.639/2003, devem priorizar 
o estudo da história e da cultura afro-brasileira e indígena nas 
áreas de educação artística e geografia.
III. No ensino de história e de cultura afro-brasileira e indígena, devem 
ser incluídos, entre outros aspectos, conhecimentos relativos à 
cultura negra brasileira e ao papel do negro na formação da 
sociedade nacional.
IV. No ensino de história e cultura afro-brasileira e indígena, deve-se 
destacar a contribuição dos negros nas áreas social, econômica e 
política da história do Brasil. 
Questão 5
Questão 20 – Enade 2014
É correto apenas o que se afirma em:
a) I.
b) II e IV.
c) I, II e III.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.
Introdução teórica
O caráter da Educação Básica
 Cury (2008), no texto que serve de base para a questão, 
considera que a expressão “Educação Básica” no texto da 
LDB (Lei de Diretrizes e Bases) é um conceito novo, um direito 
e uma forma de organização da educação escolar. A Educação 
Básica lida com um conjunto de realidades novas, suscitadas 
nos espaços públicos.
 Ainda segundo Cury (2008), a Educação Básica ajuda a 
organizar a realidade em novas bases, que proporcionam uma 
ação política consequente. Como conceito novo, segundo o 
autor, “ela traduz uma nova realidade nascida de um possível 
histórico que se realizou e de uma postura transgressora de 
situações pré-existentes, carregadas de caráter não 
democrático”. 
Introdução teórica
O caráter da Educação Básica
 Quanto à Lei no 10.639/2003, de 9 de janeiro de 2003, 
tem-se o que segue. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso 
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
 Art. 1o A Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a 
vigorar acrescida dos seguintes arts. 26-A, 79-A e 79-B:
 Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e 
médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino 
sobre História e Cultura Afro-Brasileira.
Introdução teórica
O caráter da Educação Básica
 Nesse sentido, a Educação Básica é um momento 
privilegiado, quando igualdade e equidade se cruzam. A 
Educação Básica acabou, por processos sócio-históricos, 
tomando para si a responsabilidade pelo atendimento a 
determinados grupos sociais cujos membros merecem ser 
sujeitos de uma desconstrução de estereótipos e 
preconceitos. 
 A Educação Básica, no âmbito de todo o seu currículo, tem, 
entre outras diversas incumbências, o dever de abordar 
conteúdos relativos à história dos povos africanos no Brasil e 
à sua contribuição para a formação da identidade nacional. 
Introdução teórica
O caráter da Educação Básica
 § 1º O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo 
incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos 
negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da 
sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas 
áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil.
 § 2º Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira 
serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial 
nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História Brasileiras.
 § 3º (VETADO)
 Art. 79-A. (VETADO)
 Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como 
‘Dia Nacional da Consciência Negra’.
 Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Análise das afirmativas
I. Afirmativa correta.
 Justificativa. O ensino de História e de cultura afro-brasileira e 
indígena deve fazer parte do cotidiano das escolas de maneira 
articulada com as disciplinas oferecidas, formando um 
conjunto curricular harmônico.
II. Afirmativa incorreta.
 Justificativa. Os estabelecimentos de Ensino Fundamental e 
Médio, públicos e privados, conforme previsto na Lei no
10.639/2003, devem priorizar o estudo da História e da cultura 
afro-brasileira e indígena nas disciplinas em geral. Não há 
menção específica à área de Geografia. 
Análise das afirmativas
III. Afirmativa correta.
 Justificativa. No ensino de História e de cultura afro-brasileira 
e indígena, os alunos devem aprender elementos da cultura 
desses povos e estudar o papel deles como sujeitos 
históricos na formação da sociedade nacional.
IV. Afirmativa correta.
 Justificativa. A ampla contribuição dos negros nas áreas 
social, econômica e política da história do Brasil deve 
ser bem abordada nessas disciplinas.
Questão 5
Questão 20 – Enade 2014
É correto apenas o que se afirma em:
a) I.
b) II e IV.
c) I, II e III.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.
 Alternativa correta: D
Indicações bibliográficas
 CURY, C. R. J. A Educação Básica como direito. Cadernos de 
Pesquisa, v. 38, n. 134, mai-ago. 2008.
 Lei n° 10.639/2003. Disponível em 
<https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.639.htm>. 
Acesso em 9 dez. 2016. 
 LIBÂNEO, J. C. Perspectivas de uma Pedagogia emancipadora 
face às transformaçõesdo mundo contemporâneo. Pensar a 
prática. 1(1):1-22, 1998.
ATÉ A PRÓXIMA!

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