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Unidade III - O fluxo de caixa e suas aplicações nos modelos de avaliação

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Análise de 
Investimento
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Ms. Edson Nunes
Revisão Textual:
Profa. Dra. Selma Aparecida Cesarin
O fluxo de caixa e suas aplicações nos modelos de avaliação
• Analisando o Fluxo de Caixa da Empresa;
• Investimento e Depreciação.
 · Conhecer o Fluxo de Caixa e suas aplicações nos modelos de 
avaliação.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
O fl uxo de caixa e suas aplicações nos 
modelos de avaliação
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também 
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, 
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato 
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE O fluxo de caixa e suas aplicações nos modelos de avaliação
Contextualização
Quando as Demonstrações de Fluxos de Caixa (DFC) são tratadas nesta Unidade, 
na verdade, espera-se que você reflita sobre um dos temas mais importantes para 
o profissional e para o estudante de Finanças, Administração, Engenharia de 
Produção e áreas correlatas envolvidas com o tema da Análise de Investimentos e 
com o cálculo do valor de um negócio.
É importante que você compreenda que a interpretação e análise detalhadas 
de todos os dados fornecidos pela DFC permitem não apenas o conhecimento a 
respeito da rentabilidade e da viabilidade econômico-financeira de qualquer projeto 
de investimento ao longo de sua vida útil, mas também o planejamento de suas 
operações e a estruturação da sua situação de endividamento e de liquidez de caixa.
Nesse sentido, esta Unidade tratará da importância das Demonstrações de Fluxo 
de Caixa no dia a dia do administrador financeiro, bem como de sua utilidade no 
trabalho do Analista Financeiro.
Conforme já foi destacado em Unidades anteriores, você estudará os conceitos 
de Fluxo de Caixa da Empresa, a Demonstração de Fluxo de Caixa e as formas 
de interpretação de suas informações, juntamente com os seus mecanismos e 
metodologias de projeção.
Você também verá as relações e os impactos na DFC dos níveis de investimento 
e depreciação decorrentes das estratégias adotadas pela Firma para, então, ser 
apresentado e analisar os conceitos de Fluxo de Caixa Operacional e Fluxo de 
Caixa Livre.
8
9
Analisando o fl uxo de caixa da empresa
Quando estudamos temas ligados às finanças empresariais, um dos primeiros 
conceitos que nos ocorre é o de Fluxo de Caixa. O “Caixa” de uma Empresa é, 
antes de tudo, a essência do negócio.
Assim, tão importante quanto pensar na lucratividade de um negócio, O Gestor 
Financeiro moderno deve estar atento à liquidez da Empresa que administra. Ou 
seja, deve se preocupar com a manutenção de um saldo de caixa e de recebíveis 
(garantias de liquidez) que viabilizem a existência e a segurança do negócio ao 
longo do tempo. Portanto, ao analisarmos a situação do “Caixa” de uma Empresa, 
estamos também avaliando a sua gestão financeira.
Assim, a adequada administração do fluxo de caixa permite que o gestor 
opere a Empresa no seu dia a dia, honrando seus compromissos e efetuando 
seu planejamento estratégico em linha com as suas necessidades. Essa correta 
administração e planejamento do caixa evitam perdas desnecessárias, assim como 
a tomada de decisões alinhadas com os objetivos de curto, médio e longo prazos 
do negócio – o que, em última análise, contribui para o aumento do “valor” do 
negócio ao longo do tempo.
A demonstração de fl uxo de caixa (DFC)
Quando analisamos cuidadosamente a Demonstração de Fluxo de Caixa de uma 
Empresa, podemos perceber que:
• Primeiro: com base nas características e nos saldos das contas apresentadas 
da Demonstração do Fluxo de Caixa – Fluxos Operacionais, Fluxos de 
Investimento e Fluxos de Financiamento, podemos analisar o desempenho 
de uma Empresa e, assim, tomar algumas conclusões primárias a respeito 
de sua gestão;
• Segundo: por meio da análise das aplicações financeiras de curto prazo, 
podemos ver a liquidez do negócio. Portanto, podemos constatar quais são 
as aplicações financeiras mais líquidas (ou seja, quais são mais facilmente 
convertidas em caixa, dinheiro vivo) e classificá-las com a mesma liquidez 
que os saldos de caixa da Empresa.
Assim, vejamos a seguir a definição de cada uma dessas contas apresentadas da 
Demonstração do Fluxo de Caixa, especificamente os Fluxos Operacionais, os 
Fluxos de Investimento e os Fluxos de Financiamento.
Os Fluxos Operacionais são o resultado das entradas e saídas dos recursos 
diretamente relacionados à atividade principal da Empresa. Por exemplo, vendas 
efetuadas, faturadas e recebidas, pagamentos a fornecedores e entrada de recursos 
derivada de empréstimos e financiamentos, entre outros movimentos financeiros.
9
UNIDADE O fluxo de caixa e suas aplicações nos modelos de avaliação
Os Fluxos de Investimento são os relacionados às compras e vendas de ativos 
necessários à expansão da atividade do negócio, por exemplo, para renovar ativos 
depreciados e manter a operação em andamento. Os Fluxos de Investimentos 
referem-se, também, aos investimentos efetuados em outras empresas, por meio – 
por exemplo – de compra (ou venda) de participação acionária.
Os Fluxos de Financiamento representam a obtenção de capital de terceiros 
(captação de recursos gerando entrada de caixa). Assim, nesse exemplo, teríamos 
também a entrada de recursos provenientes de vendas de ações, ou a saída 
decorrente de recompra de ações no Mercado (gerando um desembolso de Caixa).
Agora, veja exemplos das principais contas representativas das entradas e saídas 
de recursos de uma Empresa.
Fontes de Recursos (Entradas):
 · Redução do Ativo;
 · Aumento do Passivo;
 · Lucro Líquido Apurado após Imposto de Renda (IR);
 · Depreciação e Despesas Não desembolsadas;
 · Venda de Ações.
Saídas de Recursos (Aplicações):
 · Aumento do Ativo;
 · Redução do Passivo;
 · Prejuízo Líquido;
 · Pagamento de Dividendos;
 · Recompra de Ações.
Leia o conceito de DFC, segundo Gitman (2007, p. 86-8):
A demonstração de fluxos de caixa, na verdade, sintetiza as entradas e saídas 
de caixa em certo período (...) A demonstração de fluxos de caixa para certo 
período é elaborada a partir da demonstraçãode resultados do período, 
juntamente com os balanços patrimoniais de início e fim do período.
Importante!
Observe a seguir um exemplo de DFC da Empresa Comercial S.A. e com base no foi 
apresentado até aqui, procure observar e analisar as principais contas representativas e 
referentes às entradas e saídas de recursos da Empresa em questão. Em seguida, procure 
responder às questões propostas.
Trocando ideias...
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11
Tabela 1
Empresa Comercial S.A.
Demonstração de Fluxo de Caixa
Método Direto
Período Ano X1 Ano X2
Operações
Recebimento de Vendas 1.200.000 1.450.000
(-) Pagamento Fornecedores (720.000) (850.000)
(-) Pagamento Custos e Despesas (220.000) (255.000)
(-) Pagamento de Impostos (65.000) (81.000)
(+) Recebimentos ou (-) Pagamentos Diversos (25.400) (30.000)
(=) Resultado Operacional de Caixa Antes Desp. Financeira 169.600 234.000
(-) Despesa Financeira Paga (80.000) (100.500)
(+) Receita Financeira Recebida - -
(=) Caixa Líquido da Operação da Empresa 89.600 133.500
Investimentos
Venda de Ativo Imobilizado - -
(-) Aquisição Imobilizado (80.000) (90.700)
(+) Venda de Ativo Permanente - -
(-) Aquisição Permanente (120.000) (135.000)
(-) Aplicações em Diferido - -
(-) Aplicações em Realizável L-Prazo (11.900) (12.300)
(=) Investimentos Líquidos (211.900) (238.000)
Financiamentos
Resgate de Títulos 45.000 67.000
(-) Aplicação em Títulos - -
(+) Integração de Capital - -
(+) Recursos Captados de L-Prazo, Empréstimos (90.000) (97.000)
(-) Amortização Empréstimos - -
(-) Pagamento de Dividendos - -
(=) Operações Financiamentos Líquidas (45.000) (30.000)
Superávit (Déficit) Caixa (167.300) (134.500)
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UNIDADE O fluxo de caixa e suas aplicações nos modelos de avaliação
• O que é possível perceber em termos da efetiva “liquidez” da Empresa?;
• Quais contas apresentam “maiores variações” do ano X1 para o ano X2?;
• Em sua opinião, o que “melhora” e o que fica menos “líquido” na Empresa?;
• A Empresa se encontra “confortável” em termos de “vendas”?;
• Como você analisa a situação dos valores das contas “investimentos” e “financiamentos”? 
E quanto às variações de um ano contra o outro?
Ex
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Interpretando as informações obtidas nas demonstrações de 
fluxo de caixa
Pela análise dos números na Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC), é 
possível estudar as variações dos saldos do Caixa no período reportado, separado 
por Fluxos Operacionais, Fluxos de Investimento ou Fluxos de Financiamento.
Segundo Marion (2009), a DFC será sempre um importante Relatório Contábil 
para fins gerenciais. No caso do Brasil, com a modificação da Lei n.º 6.404/76 
pela Lei n.º 11.638/07, as companhias abertas e as limitadas de grande porte 
ficaram obrigadas a elaborar a DFC.
Interessado em ler mais a respeito da Lei n.º 11.638/07? Encontre no link a seguir, do 
Conselho Federal de Contabilidade, algumas informações interessantes:
https://goo.gl/QqT5X2
Ex
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or
A projeção da demonstração de fluxo de caixa (DFC)
No exemplo da Empresa Comercial S.A., apresentamos a DFC elaborada com 
base no Método Direto (Completo).
Podemos observar, por meio de cuidadosa análise de cada linha e conta contábil, 
que a metodologia de apresentação teve como base as movimentações do caixa 
e equivalentes de caixa (Operações, Investimentos e Financiamentos) em um 
determinado período de análise, ou seja, para os anos X1 e X2, respectivamente, 
e sem projeções futuras de resultados.
Já no exemplo a seguir, apresentamos a DFC da mesma Empresa para o Ano 
X0 (real), bem como as projeções de Caixa para os quatro anos seguintes, do Ano 
X1 ao Ano X4 (projetados):
12
13
Tabela 2
Empresa Comercial S.A.
Demonstração de Fluxo de Caixa
Método Direto
Real Projetado
Período Ano X0 Ano X1 Ano X2 Ano X3 Ano X4
Operações
Recebimento de Vendas 1.000.000 1.200.000 1.450.000 1.550.000 1.650.000
(-) Pagamento Fornecedores (650.000) (720.000) (850.000) (900.000) (960.000)
(-) Pagamento Custos e Despesas (120.000) (220.000) (255.000) (300.000) (310.000)
(-) Pagamento de Impostos (55.000) (65.000) (81.000) (90.000) (97.000)
(+) Recebimentos ou (-) Pagamentos 
Diversos
(12.000) (25.400) (30.000) (30.000) (30.000)
(=) Resultado Operacional de Caixa Antes 
Desp. Financeira
163.000 169.600 234.000 230.000 253.000
(-) Despesa Financeira Paga (76.000) (80.000) (100.500) (110.000) (123.000)
(+) Receita Financeira Recebida - - - - -
(=) Caixa Líquido da Operação da Empresa 87.000 89.600 133.500 120.000 130.000
Investimentos
Venda de Ativo Imobilizado - - - - -
(-) Aquisição Imobilizado - (80.000) (90.700) (100.000) (110.000)
(+) Venda de Ativo Permanente - - - - -
(-) Aquisição Permanente - (120.000) (135.000) (156.000) (160.000)
(-) Aplicações em Diferido - - - - -
(-) Aplicações em Realizável L-Prazo (15.000) (11.900) (12.300) (15.000) (16.000)
(=) Investimentos Líquidos (15.000) (211.900) (238.000) (271.000) (286.000)
Financiamentos
Resgate de Títulos 34.000 45.000 67.000 77.000 87.000
(-) Aplicação em Títulos - - - - -
(+) Integração de Capital - - - - -
(+) Recursos Captados de L-Prazo, 
Empréstimos
(90.000) (90.000) (97.000) (100.000) (110.000)
(-) Amortização Empréstimos - - - - -
(-) Pagamento de Dividendos - - - - -
(=) Operações Financiamentos Líquidas (56.000) (45.000) (30.000) (23.000) (23.000)
Superávit (Déficit) Caixa 16.000 (167.300) (134.500) (174.000) (179.000)
13
UNIDADE O fluxo de caixa e suas aplicações nos modelos de avaliação
Note que apresentar ou não exercícios futuros projetados decorre apenas de 
práticas de gestão da Empresa.
Normalmente, a Administração opta por apresentar projeções futuras de Caixa 
quando está elaborando seu Orçamento de Caixa (também chamado de Budget), 
ou quando percebe a necessidade de apresentar aos acionistas ou Mercado externo 
(investidores, analistas) a mudança de expectativas futuras de caixa em determinado 
período. Nesse caso, para atender a uma demanda de maiores detalhes nas 
informações publicadas, decorrente de um alto nível de investimentos de risco, 
gastos em excesso ou mudança no nível ou padrão de endividamento, por exemplo.
Importante!
Perceba que as práticas contábeis internacionais, por sua vez, propõem que a DFC possa 
ser apresentada em um método internacional, oferecendo visão mais completa dos 
Fluxos Operacionais, de Investimento e de Financiamento, permitindo excelente análise 
da operação da Empresa. Contudo, esse método não será tratado nesta Unidade.
Importante!
Investimento e depreciação
O FLUXO de Caixa é a essência de todo negócio empresarial e permite 
que o gestor opere a Empresa no seu dia a dia, honrando seus compromissos 
e efetuando seu planejamento estratégico em linha com as suas necessidades. 
A correta administração e planejamento do Caixa evita perdas desnecessárias e 
permite a tomada de decisões em linha com os objetivos de curto, médio e longo 
prazos do negócio.
Segundo Gitman (2007), para fins fiscais e de divulgação de resultados financeiros, 
as empresas podem lançar sistematicamente, baseadas na vida útil do ativo, uma 
parte dos custos de aquisição de ativos permanentes contra receitas anuais, custos 
esses que chamamos de Depreciação.
Já a vida útil do Ativo é o prazo durante o qual ele é depreciado e pode afetar 
significativamente as séries de fluxos de Caixa. Quanto mais curta for a vida útil, mais 
rapidamente o Fluxo de Caixa gerado pela despesa de depreciação será recebido.
Pensando a respeito dos temas Investimento e Depreciação, dado que um administrador 
sempre optará por um recebimento mais rápido dos recursos de Caixa gerados por essa 
despesa de depreciação, uma vida útil mais curta será sempre preferível a uma mais longa?
Certamente que sim!
Entretanto, é importante lembrar que as empresas são obrigadas a obedecer as 
determinações da Receita Federal na fixação davida útil de cada bem registrado no Ativo 
da Empresa.
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Importante!
Que tal refl etir e discutir um pouco mais sobre esses importantes conceitos: Investimento 
e Depreciação? Procure levantar informações da Empresa na qual você trabalha, ou 
informações de uma Instituição que tenha publicado essas informações no Mercado. 
Com base no entendimento desta Unidade, discuta a importância do investimento no 
crescimento do negócio e as vantagens de uma depreciação acelerada de forma a reduzir 
a base do Imposto de Renda a pagar.
Trocando ideias...
Para um exemplo prático de cálculo da Depreciação de um bem, consulte, na Biblioteca 
Virtual, o livro Princípios de Administração Financeira, de L. J. Gitman (2007, p. 84-5).Ex
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or
Ainda segundo Gitman (2007), existem dois importantes conceitos que auxiliam 
na análise do Fluxo de Caixa e no planejamento financeiro da empresa: Fluxo de 
Caixa Operacional (FCO) e o Fluxo de Caixa Livre (FCL).
Vejamos as definições:
• O Fluxo de Caixa Operacional (FCO) pode ser definido como o fluxo 
gerado pela Empresa em suas operações regulares de sua principal atividade 
de atuação.
Uma primeira maneira de calcular o FCO de uma Empresa é por meio da forma 
contábil. Nesse caso, então, devemos somar a depreciação de volta ao lucro líquido 
após o Imposto de Renda (IR) recolhido, ou seja:
FCO= LLAI + D
Onde:
FCO = Fluxo de Caixa Operacional 
LLAI = Lucro Líquido Após IR 
D = Depreciação e Outras Despesas não Desembolsadas 
Segundo Gitman (2007), o Fluxo de Caixa Livre (FCL) da Empresa será o volume 
de Fluxo de Caixa disponível para os investidores – os fornecedores de capital de 
terceiros (credores) e capital próprio (proprietários) – após a cobertura de todas as 
necessidades operacionais e o pagamento de investimentos em ativos permanentes 
e ativos circulantes líquidos pela Empresa. O FCL será, então, a soma do Fluxo de 
Caixa líquido disponível para credores e proprietários no período.
Vejamos a seguir duas definições importantes de conceitos necessários para o 
cálculo do FCL:
15
UNIDADE O fluxo de caixa e suas aplicações nos modelos de avaliação
• A primeira definição é a de Investimentos em Ativos Permanentes Líquidos 
(IAPL), que apresenta, em determinado período de análise, a variação 
(acréscimo ou redução) dos Ativos Permanentes Líquidos somados às 
despesas de Depreciação.
A fórmula a seguir exemplifica esta definição:
IAPL = VAPL + D
Onde:
IAPL = Variação em Ativos Permanentes Líquidos 
VAPL = Variação em Ativos Permanentes Líquidos
D =Depreciação
• A segunda definição importante para o cálculo do Fluxo de Caixa de uma 
Empresa é a de Investimentos em Ativos Circulantes Líquidos (IACL), que 
apresenta, em última análise, melhora ou piora do nível de liquidez da 
Empresa com o aumento ou redução de seus passivos em determinado 
período de análise. A seguir, a fórmula para o cálculo dessa variação:
IACL = VAC – VPC
Onde:
IACL = Investimentos em Ativos Circulantes Líquidos
VAC = Variação de Ativos Circulantes
VPC = Variação de Passivos Circulantes
Assim, você poderá ver uma maneira de cálculo do Fluxo de Caixa Livre da 
Empresa (FCL) a partir dos conceitos e fórmulas apresentadas até então:
FCL = FCO – (IAPL) – (IACL)
Onde:
FCL = Fluxo de Caixa Livre
FCO = Fluxo Caixa Operacional
Na DFC apresentada da Empresa Comercial S.A., podemos observar outra 
forma de cálculo do FCL, definida como Caixa Líquido da Operação.
Vejamos para o Ano X0:
16
17
Tabela 3
Empresa Comercial S.A.
Demonstração de Fluxo de Caixa
Método Direto
Real
Período Ano X0
Operações
Recebimento de Vendas 1.000.000
(-) Pagamento Fornecedores (650.000)
(-) Pagamento Custos e Despesas (120.000)
(-) Pagamento de Impostos (55.000)
(+) Recebimentos ou (-) Pagamentos 
Diversos
(12.000)
(=) Resultado Operacional de Caixa Antes 
Desp. Financeira
163.000
(-) Despesa Financeira Paga (76.000)
(+) Receita Financeira Recebida -
(=) Caixa Líquido da Operação da Empresa 87.000
Outro modo, também correto, de cálculo do Fluxo de Caixa Gerado pelo Negócio 
(FCGN) é o seguinte:
FCGN = LA JI – IR + Depreciação
Onde:
FCGN = Fluxo de Caixa Gerado pelo Negócio 
LAJI = Lucro Antes de Juros e Impostos
IR = Imposto de Renda
Com base nas informações da DRE da Empresa Comercial S.A., calcule o Fluxo de Caixa 
Gerado pelo Negócio (FCGN), utilizando a fórmula descrita anteriormente, para responder 
às seguintes perguntas:
- a) Qual ano apresenta o maior FCGN?;
- b) O que se pode concluir a respeito do desempenho da Empresa nesse período de análise?
Vamos lá!!!
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UNIDADE O fluxo de caixa e suas aplicações nos modelos de avaliação
Operação Valor / Cálculo
Lucro antes de Juros e Impostos R$
(-) Imposto de Renda R$
(+) Depreciação R$
(=) Fluxo de Caixa Gerado pelo Negócio R$
Importante!
Caso você queira saber um pouco mais a respeito da importância dos Fluxos de Caixa e 
como utilizá-los no Planejamento Financeiro das empresas, bem como a relação desses 
temas com as outras áreas das empresas, leia o terceiro capítulo do livro Princípios de 
Administração Financeira, de L. J. Gitman, disponível em nossa Biblioteca Virtual.
Você Sabia?
Importante!
• As definições das Demonstrações de Fluxos de Caixa (DFC);
• Os conceitos, contas componentes, importância e aplicações das informações 
fornecidas pelas DFC na Administração Financeira moderna;
• As definições de Fluxo de Caixa Operacional, Fluxo de Investimento e Fluxo de 
Financiamento da Empresa, como indicadores de desempenho das organizações;
• O papel do investimento em ativos fixos e da depreciação e respectivos impactos no 
caixa das empresas;
• A importância da análise da rentabilidade e da administração do Caixa da Empresa 
nos dias atuais;
• A apresentação de alguns modelos de DFC e de DRE e exemplos práticos de cálculos 
de fluxos de Caixa gerados pelo negócio.
Em Síntese
18
19
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Administração Financeira
GROPPELLI, A. A.; NIKBAKHT, E. 3.ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
Análise da Balanços
IUDÍCIBUS, S. São Paulo: Atlas, 2009.
Análise de Demonstrativos Financeiros e da Performance Empresarial para empresas não financeiras
MÁLAGA, F. K. São Paulo: Saint Paul, 2009.
Valuation - Um Guia Prático
SANTOS, J. O. São Paulo: Saraiva, 2012.
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UNIDADE O fluxo de caixa e suas aplicações nos modelos de avaliação
Referências
BODIE, Zvi; KANE, A.; MARCUS, A. J. Fundamentos de Investimentos. 3.ed. 
Porto Alegre: Bookman, 2002.
SAMANEZ, C. P. Gestão de Investimentos e Geração de Valor. São Paulo: 
Pearson, 2006.
GITMAN, L. J. Princípios de Administração Financeira. 10.ed. São Paulo: 
Pearson, 2007.
HOJI, M. Administração Financeira e Orçamentária. São Paulo: Atlas, 2008.
20

Outros materiais