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Micoses superficiais e cutâneas - WEBER

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Micoses superficiais e cutâneas
Dr. Carlos Weber
Universidade Federal de Pernambuco
Centro de Ciências da Saúde
Departamento de Medicina Tropical.
CLASSIFICAÇÃO DAS MICOSES
CLASSIFICAÇÃO DAS MICOSES
Tecido inicialmente colonizado:
SUPERFICIAIS
Se limitam a camada mais externa da pele
CUTÂNEAS
Camada mais profunda
SUBCUTÂNEAS
Derme, tecidos subcutâneos, músculo e fáscia
SISTÊMICAS
OPORTUNISTAS
FUNGOS
Patogênicos
Invadem os tecidos do hospedeiro normal.
Oportunistas
Somente invadem tecidos com alterações grave do sistema inumodefensivo do indivíduo.
Microbiota normal
Candida e Malassezia
Leveduriformes  Mucosas e TGI e TR
Patogenicos  Via inalatória, Implantação transtegumentar
Dimorfismo térmico
CARACTERÍSTICAS GERAIS
Barreira contra infecções fúngicas:
Superfície intacta das mucosas
Resistência do Hospedeiro:
Conteúdo de Ác. Graxos  Não saturados
pH
Renovação Epitelial
Microbiota normal bacteriana
Transferrina  Limita a quantd. de Fe disponível.
MICOSES ESTRITAMENTE SUPERFICIAIS 
Problemas estéticos  fácil diagnóstico e tratamento
4 infecções pertencentes a esta classificação:
Ptíriase Versicolor
Tinea Nigra
Piedra Branca
Piedra Negra
Limitadas as C. Externas do extrato córneo
No pelo afeta apenas a cutícula 
Pele
Pêlos
Não estimulam resposta celular do hospedeiro
Colonizam tecidos mortos
Não causam desconforto físico
Medidas terapêuticas causam boas respostas clínicas
MICOSES ESTRITAMENTE SUPERFICIAIS
1.1. PITIRÍAE VERSICOLOR
 Etiologia: Malassezia sp
1.2. TINEA NEGRA: micose da palma das mãos ou planta dos pés.
 Etiologia: Hortaea werneckii
1.3. PIEDRAS : micoses dos pêlos.
1.3.1 PIEDRA BRANCA
 Etiologia: Trichosporon sp
1.3.2 PIEDRA NEGRA
 Etiologia: Piedraia hortae
 ESTRITAMENTE SUPERFICIAL
MODELO: PITIRÍASE VERSICOLOR
Etiologia: Malassezia sp
Agente etiológico considerado microbiota cutânea humana;
São fungos lipofílicos e polimórficos;
 Benigna e crônica;
Características das lesões: manchas hipo e hipercromicas;
Principais localização das lesões: região cervical, ombros, tórax , face e região superior dos braços;
Só cultivada em meios enriquecidos com bili boi, leite de vaca ou óleo de oliva;
Frequente em climas tropical e subtropical.
CARACTERÍSTICAS DAS LESÕES
Presença de manchas brancas, castanhas ou avermelhadas na pele com discreta descamação. Geralmente não apresenta prurido.
DIAGNÓSTICO CARATCERÍSTICO DAS LESÕES
Lâmpada de Wood
Lesões em macula – Hipercorada
Espessamento da queratina
Levemente descamativa
Sinais de Besnier
Sinais de Zileri
Infecção Assintomática
Raras ocasiões:
Aparência papular
Folículo piloso envolvido – Foliculite
ETIOLOGIA: Malassezia sp
Malassezia furfur
Pityrosporum ovale
Pityrosporum orbiculare
Forma leveduriforme do genero Malassazia
Forma polimórfica do genero Malassazia
PITIRÍASE VERSICOLOR
Micose de Praia
Malassezia sp
Ácido Azelaico
Atividade anti-tirosinase, interferindo na melanogênese
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Exame direto: escamas epidérmicas - Método da fita gomada
TRATAMENTO
Normalmente tópico, uso de shampo a base de cetoconazol e selênio piritionato de zinco, octopirose, ketoconazole, etc, que normalmente resolvem esse problema que é fortemente influenciado pelo estress do paciente.
 
PATOGENIA
Artroconídios ou fragmentos de hifas
Pele (camada córnea)
Lesão de aspecto circular com vesículas nas bordas
Descamação s/ resposta inflamatória
Parte central curada com liberação de fungos viáveis
 
Escoriação pré-existente
Crescimento circular e centrífugo
MALASSEZIOSE
Ptiríase Versicolor – ligeiro prurido
Foliculite  HIV
Inúmeras pápulas
Pústulas circundando o ostíolo folicular
Dermatite seborreica
Pacientes mal nutridos, Imunodeprimidos, corticoterapia
Lesões oleosas eritematoescamosas pelo couro cabeludo, pálpebras, axilas , região genital acompanhado de prurido
TINEA NIGRA
Agente Etiologico: Exophiala werneckii;
Fungo polimórfico demáceo, halofílico, queratinofílico, lipofílico;
Isolamento primário  levedura;
Assintomática;
Lesões maculares bem demarcadas;
Aumento por extensão periférica – crescimento centrífugo e escurecimento progressivo;
Não descamativa;
Ambientes salobros ;
Diagnóstico diferencial de melanoma;
Hiperidrose, maior predisposição a infecção.
PIEDRA NEGRA
Agente etiológico: Piedraia hortae;
Feo-hifomicose superficial;
Infecção superficial dos pêlos;
Preferencialmente couro cabeludo – tricopatia;
Colonizando a haste do pêlo – teleomórfico;
Cultura – estado anamórfico assexuado;
Solo contaminado;
Nódulos de consistência dura ao longo da haste.
Exame direto ou cultura.
Tratamento: Compostos imidazólicos.
PIEDRA NEGRA
Assintomática
Nódulos únicos ou múltiplos.
Implantação do propágulo sob a cutícula
Rompe a bainha do cabelo e cresce em volta do pêlo
Nódulo
PIEDRA BRANCA
Agente Etiólógico: Trichosporon beigelii;
Afeta o couro cabeludo, bigode, barba;
Crescimento creme, consistência mucilaginosa ao longo da haste do pêlo infectado;
Sapróbios na natureza, pele e intestino;
Assintomáticos;
Acompanha prurido;
Baixo contágio;
PRINCIPAIS FATORES PREDISPONENTES
Estresse;
Secreção cutânea rica em ácidos graxos;
Imunodepressão;
Doenças de Base crônicas;
Níveis séricos aumentados de cortisol;
Hipovitaminoses;
Calor;
Umidade;
Uso excessivo de hidratantes;
Higiene pessoal inadequada. 
TRATAMENTO DE MICOSES SUPERFICIAIS
Responde bem ao tratamento
Remoção do microrganismo
Uso tópico de:
Ceratolíticos
Dissulfeto de selênio
Hipossulfito
Tiossulfato
Ácido salicílico
Nitrato de miconazol  Ergosterol 
MICOSES CUTÂNEAS
Doenças humanas mais comuns;
Pele, unha, pêlos;
Geralmente restrita as camadas queratinizadas do tegumento e seus apêndices;
Estimula resposta inflamatória celular;
Tecidos mais profundos da pele;
Intensidade da resposta inflamatória:
Estado imunológico do paciente;
Linhagem ou espécie do fungo.
Dermatofitose
Candidose – anamórfico Candida
Hialo-hifomicose  hialinos
Feo-hifomicose  demáceos
Produzem reações alérgicas
Transmissão por contato direto ou uso comum de utensílios;
2. MICOSES CUTÂNEAS
DERMATÓFITOS
Principais generos: Trichophyton
 Microsporum
 Epidermophyton
CANDIDA SP
TECIDOS QUERATINIZADOS: Pele, pêlo e unhas
Pele e unha
Classificados de acordo com:
Padrão de esporulação
Aspectos morfológicos
Necessidades nutricionais
DERMATÓFITOS
Características das lesões:
Secas e descamativas;
Inflamatórias;
Bolhosas.
OBS: Presença de enzimas produzidas pelos Dermatofítos 
 
 Proteinases ácidas e neutras.
Crescimento fúngico centrífugo
DERMATOFITOSE
O que você vê nas imagens?
Cada espécie possui uma preferência quanto ao hospedeiro :
 
ESPÉCIES ANTROPOFÍLICAS : parasitam preferencialmente o ser humano. 
Ex.: Trichophyton rubrum , T. tonsurans, Microsporum audouinni e Epidermophyton floccosum.
ESPÉCIES ZOOFÍLICAS : parasitam preferencialmente os animais. 
Ex.: Microsporum canis, Trichophyton verrucosum e T. equinum.
ESPÉCIES GEOFÍLICAS : parasitam preferencialmente os pelos e penas de animais encontrados em seus ninhos. Contaminam o solo.
 Ex.: Microsporum gypseum, e Trichophyton ajelloi.
HABITAT EM RELAÇÃO AO MEIO AMBIENTE
Resposta inflamatória
Distância filogenética
DERMATÓFITOS
Ceratinofíficos
Utilizam a queratina como substrato para nutrição;
No entanto:
Não é metabólito essencial dos dermatófitos;
Produzem queratinases;
Tecido com queratina  seletivo para dermatófito;
Apesar de versáteis parecem incapazes de invadir outros órgãos além de camadas queratinizadas da pele, unha e pêlos.
DERMATÓFITOSE
Ectótrix – bainha
Endótrix – medula
Fávico – Quando existem poucas hifas vazias intramedulares
Cursos:
Agudo
– espontaneamente regressiva
Crônico e de longa duração
Patogenia
Adquiridas por contato:
Artroconídios invadem o extrato córneo e aderem ao tegumento
Invasão limitada superficialmente sem produzir manifestações clínicas
Atinge camadas mais profundas queratinizadas e provoca reação inflamatória
Superficial
Sinais e Sintomas
PATOGENIA
Pele infectada por fungos
 Remoção da cutícula
 Ganha o pêlo
 Colete do bulbo pilar
 
Fonte de queratina
Fatores que influenciam a R.I.
Substancias inibidoras de queratinazes
P-A de glandulas sebáceas
Ac. Graxos não saturados inibem crescimento
Integridade/ atrito
Temperatura
Tranferrina
Estruturas produzidas
Quadro clínico
Dermatofitose da Pele Glabra  Querion
Dermatofitose Inguinal
Dermatofitose do Couro cabeludo
Dermatofitose da Barba
Dermatofitose da Face
Dermatofitose dos Pés/ mãos
Intertriginosa
Vesicobolhoso
Tipo escamoso
Dermatofitose das unhas
Dermatofítides
Da pele glabra
Couo cabeludo
Couro cabeludo
Da face
Vesiculosa / intertriginosa
descamativa
Das unhas
dermatofítides
dermatofítides
CANDIDÍASES
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
MUCOCUTÂNEA
1.1.Intertriginosa;
1.2 Onicomicose;
1.3. Oral: Atrófica aguda; Hiperplásica crônica; Quelite angular; Língua negra pilosa, Pseudomembranosa.
1.4. Vulvovaginites;
1.5. Balanopostite;
1.6. Cutâneo mucosa “crônica”.
2.SISTÊMICA OU VISCERAL
3. ALÉRGICAS
42
QUADROS CLÍNICOS
Candidose
Hialo-hifomicose
Feo-hifomicose
Uso tópico
Componentes azóis  Citocromo p450 / Ergosterol
Griseofulvina – Metabolismo secundário Penicillium – Sistema de microtubulos
TRATAMENTO
 Fim
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