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O QUE SIGNIFICA A FRASE O HOMEM É O LOBO DO HOMEM O homem é o lobo do homem é uma frase tornada célebre pelo filósofo inglês Thomas Hobbes que significa que o homem é o maior inimigo do próprio homem. Esta afirmação apresenta a transfiguração do homem como um animal selvagem, consiste em uma metáfora que indica que o homem é capaz de grandes atrocidades e barbaridades contra elementos da sua própria espécie. A frase original é da autoria do dramaturgo romano Platus e faz parte de uma das suas peças. Em latim, esta frase é traduzida como homo homini lupus. No entanto, esta frase ficou mais conhecida por estar incluída na obra intitulada Leviatã, da autoria de Thomas Hobbes que foi publicada em 1651. Neste livro, Thomas Hobbes argumenta que a paz civil e união social só podem ser alcançadas quando é estabelecido um contrato social com um poder centralizado que tem autoridade absoluta para proteger a sociedade, criando paz e uma comunidade civilizada. É possível concluir que o Homem tem um grande potencial para o bem mas também para o mal, especificamente quando procura apenas os seus próprios interesses, não se importando com o seu próximo. Muitas vezes, essa atitude de lobo é revelada através da frase "os fins justificam os meios". Explicação da frase O homem é o lobo do homem Segundo Hobbes, em um estado natural, o individualismo do ser humano o compele a viver em guerra uns com os outros. Esta frase expressa o conflito entre os homens, indicando que de todas as ameaças que um ser humano pode enfrentar, a maior delas é o confronto com outras pessoas. Vemos que os maiores desafios que enfrentamos como espécie são criados por nós próprios, porque vemos que para o ser humano é comum os mais fortes explorarem os mais fracos, quando deveriam protegê-los. Isso revela que o Homem é o predador do próprio homem, sendo um vilão para ele próprio. Thomas Hobbes (1588-1679): Homo homini lupus “O homem é o lobo do homem” (a guerra de todos contra todos): esta famosa frase do filósofo inglês sintetiza seu pensamento sobre as relações entre o indivíduo e a sociedade. O homem, pela sua natureza animal, acossado pela autopreservação, acaba invadindo o espaço do seu semelhante, provocando lutas sangrentas. É necessário, portanto, que os homens se reúnam em sociedade e estabeleçam normas rígidas de convivência pacífica. Para tanto, urge celebrar um “contrato social” pelo qual os indivíduos cedam seus direitos e sua liberdade ao Estado, regido por um Soberano, que ele simboliza no Leviathan (titulo da sua obra mais conhecida), monstro da mitologia fenícia, lembrado pelo profeta bíblico Isaías. A ele, considerado como Deus na terra, deve ser dado todo o poder, pois contratos sem a ameaça da espada são impotentes para garantir a paz e a segurança. A proposta de um governo absolutista deve ser vista num contesto histórico: Hobbes teve a experiência da Guerra Civil inglesa e dos inúmeros conflitos religiosos que se espalhavam pela Europa toda. Seguindo, de alguma forma, o pensamento político de Maquiavel, imaginou, então, que a solução estaria na separação do Estado da Igreja e na constituição de um Governo único e totalitário que impusesse a paz pela força. O filósofo inglês estava certo quanto à necessidade de um Estado laico, pois todas as religiões são fomentadoras de conflitos éticos, mas errou redondamente ao propor um regime ditatorial. Ele, de uma forma inconseqüente, não calculou que qualquer monarca ou salvador da pátria, por ser ele também um humano, poderia se tornaria um lobo ainda maior, tipo Hitler ou Stalin, conforme demonstrará a história a ele posterior. Thomas Hobbes (1588-1679) foi filósofo e teórico político. Autor de obras que abrangem conceitos de política, psicologia, física e matemática. Escreveu Leviatã(1651), um tratado político que lhe valeu algumas perseguições e muitos discípulos. Biografia Hobbes nasceu em Westport, Inglaterra. Filho de um vigário inculto, foi educado por um tio. Estudou os clássicos e com quatorze anos traduziu Medeia, escrita por Eurípedes, para versos latinos. Com quinze anos foi para a Universidade de Oxford, onde aprendeu lógica e filosofia, principalmente a do grego Aristóteles. Entre 1608 e 1610 foi tutor de Lord Hardwich (futuro conde de Devonshire), com quem viajou pela Itália e se fixou na França. Nessa época, começou a estudar as obras de Galileu, Kepler e Euclides. Na Itália visitou Galileu, que teve influencia decisiva na formação de suas ideias filosóficas, que o levou a fundir suas preocupações com os problemas sociais e políticos com seu interesse pela geometria e o pensamento dos filósofos mecanicistas. É sua a frase: "Se o princípio de que a soma dos ângulos de um triângulo é igual a dois ângulos retos fosse contrário aos interesses dos proprietários, ter-se-ia tentado anulá-lo, queimando os livros de geometria" Hobbes voltou à Inglaterra em 1637, onde sustentou violentos debates sobre suas ideias, numa época em que a situação política anunciava uma guerra civil. Hobbes que estava a favor do poder real, se retirou para a França, em 1640, quando o Arcebispo Laud e o Conde de Strafford, principais auxiliares do rei, foram levados à torre acusados de conspiração. Seu tempo em Paris foi de intensa atividade intelectual. Refutou Descartes, ensinou matemática ao futuro Carlos II (filho de Carlos I) da Inglaterra, que também se encontrava no exílio. Leviatã Em 1651, Hobbes lançou Leviatã, onde confirma e amplia seu trabalho sobre política. Como o Leviatã desgostou a Igreja Católica e o Governo Francês, foi pressionado a deixar o país. Voltou para Londres e se declarou submisso ao ministro inglês Cromwell. Durante os últimos anos de sua vida escreve sua autobiografia e ocupava-se da tradução da Ilíada e da Odisseia em versos latinos. Em 1679, com 91 anos morre durante uma viagem, acompanhando o Conde Devonshire. Ideias Políticas de Hobbes Para Hobbes todo o conhecimento vem dos sentidos, A paixão é mais forte que a vontade. Na moral e na política, essa teoria dá no seguinte: os súditos do Estado são extremamente individualistas e só se reúnem em comunidade porque esse é o melhor meio de sobreviver. Essa semi-guerra é analisada no Leviatã. Leviatã, no livro de Jó, na Bíblia é o monstro que governa o caos primitivo. Para Hobbes, o Estado é o Grande Leviatã, o deus imortal que se sobrepõe ao indivíduo e o absorve, embora tenha sido criado para servi-lo. Em toda sua obra, De Cive 1642), Leviatã (1651), De Corpore (1655) e De Homine (1658), fala de um Estado Natural em guerra perpétua, exprimindo bem seu pensamento na frase: "Bellum omnia contra omnes, homo homini lupus" (O homem é lobo do homem). Hobbes e o Contrato Social O Contrato Social seria um acordo entre os membros da sociedade, que reconhece a autoridade de um soberano, dono de direitos iluminados. Esse monarca absoluto seria o único capaz de fazer respeitar o Contrato Social e garantir a ordem e a paz na relação entre os indivíduos. Para construir uma sociedade é necessário que cada indivíduo abra mão de certos direitos para o governo ou outra autoridade a fim de obter as vantagens da ordem social, e estabeleça um acordo mútuo de não aniquilação do outro. Hobbes, John Locke e Jean Jacques Rousseau são os mais famosos filósofos adeptos do Contrato Social. REFERÊNCIAS SIGNIFICADOS. O Homem é o lobo do homem. Disponível em: https://www.significados.com.br/o-homem-e-o-lobo-do-homem/. Acesso em: 29/04/2016. WIKISOURCE. Pensar é preciso/VI/A Filosofia: Descartes, Pascal, Hobbes, Spinoza, Kant, Hegel. Vico. Disponível em: https://pt.wikisource.org/wiki/Pensar_%C3%A9_preciso/VI/A_Filosofia:_Descartes,_P ascal,_Hobbes,_Spinoza,_Kant,_Hegel,_Vico. Acesso em: 29/04/2016. TODA MATÉRIA. Thomas Hobbes. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/thomas-hobbes/. Acesso em: 29/04/2016.
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