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CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 1 Gestão da Produção Industrial Comportamento Organizacional e Intraempreendedorismo Gestão da Produção Industrial Aula 6 Professora Mary Silva CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 2 Conversa Inicial Olá! Como vai? Seja bem-vindo à sexta aula da disciplina Comportamento Organizacional e Intraempreendedorismo! Este é o nosso último encontro teórico e todos os conteúdos que você viu até aqui serão discutidos em conjunto, pois o tema principal a ser tratado é a mudança organizacional e as suas diversas consequências. Bons estudos! Pronto para iniciar a mudança? Então vamos lá! Toda mudança implica em estresse e envolve variáveis a serem trabalhadas da forma correta para que se tenha êxito e não gere desconforto entre os envolvidos. Pensando nisso, você vai estudar sobre a resistência à mudança, ou seja, por que as pessoas têm medo de mudanças? O que fazer diante dessa situação? Você conhecerá algumas abordagens ou modelos para gerenciá-las de modo a beneficiar todos dentro da organização. Falaremos sobre a cultura de mudança, como fazer que ela seja algo comum para os envolvidos. Por último, abordaremos sobre a sustentabilidade e a responsabilidade que todos têm dentro da organização sobre este assunto. Contextualizando Os temas que serão tratados neste encontro vão discorrer sobre assuntos primordiais, os quais toda empresa que passou ou passará por mudanças em sua organização tratará sobre eles. O país passa por uma fase de crise econômica. As organizações em praticamente todos os setores de atividades estão tendo que implementar mudanças, muitas vezes drásticas, para se manter em atividade. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 3 Há um grande número de demissões ocorrendo por todos os lados. Quando as empresas provocam demissões em massa várias questões surgem, tanto para aquelas pessoas que permaneceram nas organizações quanto para os agentes externos a ela. Pensando nestas e em outras questões, a professora Mary comentará é dará início a essa aula. Assista no conteúdo online! Pesquise Tema 1 – As mudanças organizacionais Será que toda empresa passa por mudanças? E se elas acontecem, como ficam os funcionários? Robbins, Judge e Sobral (2010, p. 565) explicam que hoje não existe uma empresa sequer em situação de estabilidade. “Mesmo aquelas tradicionalmente estáveis, como as que ocupam uma fatia de mercado dominante em sua área, devem mudar, muitas vezes radicalmente”. Para que você entenda melhor o conceito de mudança dentro de uma organização e que ela se divide em tipos, leia, a seguir, o artigo de José Roberto Marques. Link artigo: http://www.ibccoaching.com.br/tudo-sobre-coaching/qual-o- conceito-e-os-tipos-de-mudancas-organizacionais/ A seguir, veja as 6 forças específicas que podem provocar mudanças nas organizações. Natureza da força de trabalho: maior diversidade cultural; envelhecimento da população; imigração e terceirização crescentes. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 4 Tecnologia: computadores mais rápidos, mais baratos e portáteis; surgimento e crescimento das redes sociais; decifração do código genético humano. Choques econômicos: altas repentinas de juros para combater a inflação; colapso do sistema financeiro e internacional; recessão global. Competição: concorrência globalizada; fusões e consolidações; maior regulação governamental do comércio. Tendências sociais: consciência ambiental crescente; liberação das atitudes para com funcionários gays, lésbicas e transexuais. Política internacional: políticas anticapitalistas na Venezuela, na Bolívia e no Equador; abertura de mercados na China; embargos a nações árabes, como o Irã e o Iraque. E os funcionários? Como agem diante de uma mudança organizacional? É fato que os colaboradores da empresa também estarão sujeitos a mudanças na medida em que a organização vai se modificando, sejam elas demográficas, de ambiente multicultural, terceirização e/ou imigração. Uma destas principais mudanças implementadas é a tecnologia, influenciando até na competição empresarial. Para que você entenda melhor, leia a seguir o artigo de Nuno Guerra que trata sobre isso. Link artigo: http://www.cybersudoe.eu/pt/noticia/e-management.html Para serem bem-sucedidas, as empresas terão que “ser ágeis, desenvolver novos produtos rapidamente e colocá-los prontamente no mercado”, ou seja, deverão ter flexibilidade. Para isso, precisarão contar com uma força de trabalho também flexível. (ROBBINS, JUDGE e SOBRAL, 2010, p. 565). Essas mudanças tecnológicas também trazem consigo a sustentabilidade, sobre a qual abordaremos mais à frente. As questões referentes “ao uso de recursos naturais não renováveis, ao desperdício de materiais e às emissões de gases poluentes causaram mudanças em práticas CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 5 administrativas relacionadas ao planejamento da produção, ao reaproveitamento de recursos materiais, ao consumo consciente de água e energia e à gestão da imagem das companhias.” (ROBBINS, JUDGE e SOBRAL, 2010, p. 566). Diante dessas discussões você deve estar se perguntando: “mas, o que é mudança?” e “o que são os agentes de mudança”? Veja a seguir os conceitos relacionados a ela. 1. Mudança Alteração no modo de fazer as coisas. 2. Mudança planejada Mudanças intencionais e orientadas a objetivos. 3. Agentes de mudanças Pessoas que agem como catalisadores e assumem responsabilidade por gerir a mudança nas organizações. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 6 Confira nos quadrinhos a seguir a diferença entre “mudança” e “mudança planejada”. Os dois exemplos vistos nos quadrinhos são situações de mudança, sendo apenas o segundo referente à mudança planejada, esta que possui os seguintes objetivos: Melhorar a capacidade da organização de se adaptar às mudanças em seu ambiente; mudar o comportamento dos funcionários. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 7 Agora falamos dos agentes de mudança! Eles são os responsáveis por visualizar um futuro para a organização. Assista o vídeo a seguir, de Alfredo Rocha, sobre a motivação exercida pelo agente na empresa. Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=HDPMvJIBSFk Você, como aluno, também deve ser um agente de mudança em seu roteiro de estudos! Consulte o livro base da disciplina, relacione outros conteúdos, e faça buscas na internet, por exemplo, para aperfeiçoar o seu aprendizado! Link do livro: http://ava.grupouninter.com.br/videos/video2.php?video=http://vod.grupouninter .com.br/2016/JAN/MT50035-A06-P02.mp4 E não deixe de assistir à videoaula da professora Mary em que ela explicará sobre as mudanças organizacionais, no conteúdo online! Tema 2 – Resistência às mudanças Qual é a sua reação diante de uma mudança no seu setor? E na sua empresa? Se você fica com medo e/ou ansioso, não se preocupe! Pois não é o único. Muitos funcionários veem mudanças dentro da empresa como ameaças. Veja o “artigo” a seguir e confira porque as pessoas resistem às mudanças. Link do artigo: http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/por- que-as-pessoas-resistem-as-mudancas/43784/Há diversos tipos de resistência à mudança, podem ser citados: implícita, aberta, protelada ou imediata. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 8 “É mais fácil para os gestores enfrentar a resistência quando ela é aberta e imediata, como quando há protestos, diminuição do ritmo do trabalho ou ameaças de greve. O maior desafio é administrar a resistência quando ela é implícita ou protelada.” (ROBBINS, JUDGE e SOBRAL, 2010, p. 568-569). Saiba também como lidar com a resistência das pessoas às mudanças que as afetam, pelo RH Portal. Link do texto: http://www.rhportal.com.br/artigos/rh.php?rh=Como-lidar- com-a-resistencia-das-pessoas-as-mudancas-que-as- afetam&idc_cad=amht7f4mv De tudo o que falamos sobre mudanças até agora, ainda não comentamos que elas também podem ser ruins! Exatamente, as mudanças nem sempre são positivas. Sobre isso, leia, a seguir, o artigo de Ariane Abdallah “As Empresas não Lidam bem com as Mudanças” para saber o porquê. Link do artigo: http://epocanegocios.globo.com/Inspiracao/Empresa/noticia/2014/02/empresas- nao-lidam-bem-com-mudancas.html Segundo Robbins, Judge e Sobral (2010, p. 571), ao falar sobre resistência à mudança é preciso inserir no assunto as políticas da mudança. Por ameaçar o status quo, a mudança implica em atividade política. Robbins, Judge e Sobral (2010, p. 571) explicam que a política insinua que o impulso para a mudança provavelmente seja resultado de “forças exteriores aos agentes de mudança, de novos funcionários (que têm menor investimento no status quo) ou de gestores deslocados da estrutura central de poder”. Por outro lado, aqueles gestores que construíram uma carreira dentro da empresa, ao chegarem em uma posição de poder hierárquico passam a ser um obstáculo à mudança. Eles podem achar que as mudanças ameaçam sua posição e seu status quo. Apesar disso, eles acabam implementando mudanças, CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 9 “até para provar que são mais do que meros zeladores de uma situação”. Atuando como agentes de mudança, sinalizam aos funcionários, fornecedores e clientes que enfrentam os problemas e são capazes de se adaptar a um ambiente dinâmico. “Evidentemente, como é de se supor, quando forçados a introduzir mudanças, esses poderosos de longa data tendem a implementar apenas as pequenas. As mudanças radicais são muito ameaçadoras”. Isso explica porque muitos dirigentes de organizações quando sentem a necessidade de mudanças radicais e rápidas acabam procurando por líderes fora da empresa. A professora Mary explicará algumas importantes fontes de resistência à mudança, classificadas de acordo com as fontes individuais e as organizacionais. E também oito táticas para auxiliar os agentes de mudança a enfrentarem as resistências. Acompanhe no conteúdo online! Tema 3 – Administrando mudanças Agora, você vai estudar sobre algumas abordagens para gerenciar mudanças organizacionais, são elas: Modelo das três etapas de Lewin. Plano dos oito passos de Kotter. Pesquisa-ação. Desenvolvimento organizacional. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 10 Modelo das três etapas de Lewin Este modelo de mudança consiste basicamente em: Descongelamento: é o processo que visa vencer a pressão que vem das pessoas ou do grupo contra as mudanças. Movimento: Trata-se do “processo de mudança que leva a organização do status quo para uma nova condição desejada”. Recongelamento: o “processo de estabilização de uma intervenção de mudança por meio do equilíbrio de forças impulsoras e limitadoras”. ROBBINS, JUDGE e SOBRAL, 2010, p. 572. Ainda temos as forças propulsoras e restritivas, sendo que a primeira direciona o comportamento no sentido contrário do status quo e a segunda são forças que impedem o movimento para fora do equilíbrio existente. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 11 O status quo é o estado de equilíbrio. Sair do equilíbrio, ou seja, o descongelamento, é possível em uma das três formas: estimulando as forças propulsoras, reduzindo as forças restritivas ou combinando estas duas formas. Empresas que, no passado, já foram bem-sucedidas acabam se deparando com forças restritivas, porque as pessoas questionam se há necessidade de mudança. Igualmente, as organizações com culturas fortes se diferenciam ao implementar pequenas mudanças, mas se rendem “às forças restritivas que se opõem a mudanças radicais”. (ROBBINS, JUDGE e SOBRAL, 2010, p. 572) Plano de oito passos de Kotter Kotter criou o modelo de oito passos para implementação de mudança, fundamentado no modelo de três passos de Lewin. Primeiro ele listou os erros que os gestores cometem com mais frequência ao iniciar um processo de mudança. Entre eles, destacam-se: “Inabilidade para criar um sentido de urgência para a necessidade de mudança”. “Incapacidade de criar uma coalizão para administrá-la”. “Ausência de uma visão para a mudança e a ineficácia de sua comunicação”. “Incapacidade de remover obstáculos para a conquista da visão”. “Não estabelecimento de metas de curto prazo”. “Tendência a declarar a vitória cedo demais”. “Falta de ancoragem da mudança na cultura da organização”. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 12 John Kotter (1947-) é professor de Comportamento Organizacional e Recursos Humanos, na Harvard Business School, e especialista em liderança, cultura organizacional e gestão da mudança, temas dos quais é autor de vários best-sellers. Segundo Kotter, a função primária de um líder é produzir a mudança. A sua acepção deve incidir sobre três áreas fundamentais: estabelecer a direção estratégica da empresa; comunicar essas metas aos recursos humanos; e motivá-los e inspirá-los para que sejam cumpridas. Fonte: http://www.historiadaadministracao.com.br/jl/gurus/69-john-p-kotter Kurt Lewin (1890-1947) foi o psicólogo que deixou a herança mais importante para o movimento das Ciências do Comportamento. Ele constituiu a passagem das Relações Humanas para o movimento seguinte e orientou e/ou inspirou a maior parte dos pesquisadores dedicados à Administração e à Psicologia Industrial da década de 1960. Com Gordon Allport, Lewin foi a maior influência para a introdução da Psicologia Gestalt nas universidades americanas. Fonte: http://www.posgrad.net/2008/03/kurt-lewin.html A partir desses erros, Kotter estabeleceu oito passos sequenciais para superarem as falhas, veja a seguir quais são eles: 1. Estabelecer um sentido de urgência por meio da criação de uma razão convincente de que a mudança é necessária. 2. Formar uma coalizão com força suficiente para liderar a mudança. 3. Criar uma visão para direcionar a mudança e estratégias para atingir essa visão. 4. Comunicar a visão a toda a organização. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 13 5. Dar autonomia a outros para buscar a visão, removendo barreiras à mudança e incentivando riscos e a busca de soluções criativas para os problemas. 6. Criar, planejar e recompensar ‘vitórias’ de curto prazo que encaminhem a organização para a nova visão. 7. Consolidar as melhorias, reavaliar as mudanças e fazer os ajustes necessários nos novos programas. 8. Reforçar as mudanças por meio da demonstração do relacionamento entre os novos comportamentos e o sucesso da organização. Pesquisa-ação Você sabia que também é possíveladministrar as mudanças a partir de uma sistemática coleta de dados? Estamos falando da “pesquisa-ação”, seguida da ação de mudança baseada nos dados analisados. Para desenvolvê-la existem 6 fases, conheça melhor cada uma nos tópicos a seguir. Diagnóstico Levantamento de informações sobre problemas, preocupações e necessidades de mudanças. O agente de mudanças deve fazer perguntas, entrevistar funcionários, examinar registros e ouvir as suas preocupações. Análise Quais os problemas em comum? Aparentam ter algum padrão? As informações devem ser sintetizadas em questões básicas, áreas de problema e ações possíveis. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 14 Feedback Compartilhamento, com todos os participantes, das descobertas das duas etapas anteriores. O agente de mudança deve ajudar os funcionários a elaborar planos de ação para as mudanças necessárias. Ação Funcionários e agente de mudança devem realizar as ações determinadas para a correção dos problemas identificados. Avaliação Avaliar a eficácia dos planos de ação, tendo como referência os dados levantados no diagnóstico. Fonte: adaptado de Robbins, Judge e Sobral (2010, p. 574) A pesquisa-ação pode trazer dois tipos de benefícios para a empresa. Primeiro, por estar focada no problema, é justamente o problema que indicará o plano de ação. Segundo, a pesquisa-ação integra os funcionários no processo, o que diminui a resistência à mudança; eles acabam contribuindo para a implementação da mudança por sentirem-se parte do processo. Desenvolvimento organizacional (DO) Para que ocorra o DO é preciso várias intervenções de mudança planejada, melhorando a eficácia organizacional e aumentando o bem-estar dos colaboradores. Possui foco no ambiente e em como ele é percebido pelas pessoas, tendo em vista a colaboração. É embasado por valores, confira-os a seguir. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 15 Respeito pelas pessoas Consideradas responsáveis, dedicadas e conscientes. Devem ser tratadas com respeito e dignidade. Confiança e apoio Uma empresa é eficaz e saudável quando tem um clima de autenticidade, de apoio, de confiança e de abertura. Equalização do poder Para ser eficaz uma organização não pode estar focada na autoridade e no controle hierárquicos. Confrontação Problemas devem ser enfrentados abertamente. Participação Quanto mais as pessoas afetadas por uma mudança participarem das decisões relacionadas ao processo, mais elas se comprometerão com a sua implementação. E como o desenvolvimento organizacional pode auxiliar na realização de mudanças? Para isso, existem algumas técnicas e intervenções, confira com o gestor: Olá! Eu sou o gestor André. Aqui na empresa, aplicamos ao grupo a técnica treinamento de sensibilidade, reunindo as pessoas em um ambiente livre e aberto para que possam discutir seus processos interativos. Contratamos, ainda, um profissional de Psicologia para ser o facilitador, dando a oportunidade para que cada um possa se expressar. Assim, a equipe aprenderá por meio da participação e da observação, e não como antes que era por instruções recebidas. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 16 Em determinada época do ano, aplico para cada membro da minha equipe um questionário, para responderem sobre os pontos fortes e fracos de seu perfil profissional, o que pensa sobre ambiente da empresa, e questões específicas relacionadas à gestão. Este processo é conhecido como feedback. Após responderem, fazemos um levantamento e, assim, temos um ponto de partida para identificar os possíveis problemas e procurar por soluções. Eu, como gestor, também possuo um consultor que me auxilia a entender melhor os processos da empresa e a identificar quais precisam de melhorias. Por meio dessa consultoria de processo é que eu consigo ver melhor o que pode ser aprimorado na equipe. Meu consultor é focado nas tarefas, e é assim que ele consegue me passar melhor sobre o que acontece dentro da minha própria área que eu não percebo. Trabalhamos em conjunto! E por falar em conjunto, eu faço uso de atividades coletivas com muita interatividade no processo de construção de equipes, para ampliar a confiança e promover proximidade ao grupo. Aqui também cortamos os conflitos pela raiz, se existem atitudes que possam provocá-los, como os estereótipos e as más percepções que os grupos têm um do outro, é então que o desenvolvimento intergrupos atua. Realizamos algumas sessões de treinamento que foca direto nas diferenças entre divisões, departamentos ou profissões. Mas existe um outro lado da moeda: os sucessos que a empresa tem ou já teve. Chamamos de investigação apreciativa, esta que ocorre em 4 passos e chamo a consultora Helena, que vai explicar melhor para você! CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 17 Viu só com os nossos gestores como é simples administrar as mudanças na empresa? E para fixar melhor o conteúdo, assista à explicação da professora Mary no conteúdo online! Tema 4 – Como criar a cultura da mudança A mudança é realmente importante? Veja o link a seguir e conheça algumas empresas famosas que mudaram de ramo. Link: http://super.abril.com.br/blogs/superlistas/9-grandes-empresas-que- ja-mudaram-de-ramo/ Agora reflita. Será que estas empresas seriam tão conhecidas no ramo que atuavam como são hoje depois da mudança que fizeram? Sabemos agora que inovar implica em mudanças, e que para ser competitiva e consolidar uma imagem positiva e expandir em um ou outro momento a organização precisará inovar. E para se destacar num mercado em que a maioria dos seus concorrentes estão inovando, qual é a efetiva inovação a se fazer? Sobre este assunto, veja a seguir o empresário Fernando Campora. Link: https://www.youtube.com/watch?v=E0JNKFOF4tU Olá, sou a Helena! É isso mesmo que o André falou. A investigação apreciativa vai ocorrer a partir da descoberta, momento que visa identificar os pontos fortes da empresa do ponto de vista das pessoas. Depois usamos essas informações para especular sobre futuros possíveis, como num sonho. Faz-se então o desenho, etapa na qual os participantes buscam uma visão comum para a organização e chegam a um acordo sobre as suas qualidades específicas, e, por fim, o destino, quando os participantes devem definir como o sonho se transformará em realidade, elaborando planos de ação e estratégias de implementação. Até mais! CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 18 Com isso, vem a necessidade de criar uma cultura de mudança na empresa! E como fazê-la é o que você verá a partir daqui. Um dos primeiros passos é escolher os funcionários que aceitem mudanças, isso normalmente é feito nos processos de seleção, buscar auxílio dos “campeões de ideias”, que são os funcionários modelos, pois percebem a empresa, sugerem ideias e mudanças, entendendo a importância disso para a organização. Confira, a seguir os principais pontos de uma empresa inovadora! Experiência gerencial, este fator traz legitimidade e conhecimento sobre como realizar as tarefas e obter os resultados desejados. Abundância de recursos, quanto mais recursos a organização possuir, mais poderáadquirir inovações, assumir custos de implementação e absorver os fracassos. Comunicação interna, organizações que fazem grande uso da comunicação interna entre as suas unidades estão na lista das inovadoras. Elas costumam utilizar-se de forças-tarefas, comitês, equipes multifuncionais e outros métodos para facilitar a interação entre os departamentos. E diante de crises econômicas, tem as empresas que inovam e passam por elas, veja alguns exemplos na reportagem a seguir, clicando no ícone. Link: http://g1.globo.com/pr/parana/bom-dia-pr/videos/v/empresas- inovadoras-conseguem-burlar-a-crise-economica/4389695/ Christian Mendes também explica um pouco sobre o seu estudo acerca da inovação e explana as principais características que encontrou nas empresas inovadoras, leia o artigo a seguir. Link: https://amigosconsultores.wordpress.com/2011/10/04/10- caracteristicas-de-organizacoes-inovadoras/ CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 19 E como gerar mudanças na empresa sem que a própria seja sempre a propulsora delas? As possibilidades existem e não são difíceis, para isso é necessário tornar a organização um local que busca aprender e fazer o crescimento contínuo tornar-se parte da sua cultura. Há empresas que fazem uso do aprendizado de ciclo simples, e outras, as que aprendem, fazendo uso do aprendizado de ciclo duplo. Aprendizado de ciclo simples: Correção de erros usando as rotinas prévias e as políticas vigentes de correção. Aprendizado de ciclo duplo: Correção de erros pela modificação dos objetivos, políticas e rotinas padronizadas da organização. Veja a seguir em cada uma das cinco principais características da organização que aprende e conheça como você pode melhorar a sua como gestor. Características de uma organização que aprende 1. É exposta uma visão compartilhada com a qual todos concordam. 2. Pessoas não abrem mão de suas velhas ideias e das rotinas padronizadas que utilizam para solucionar problemas ou para realizar seu trabalho. 3. Pessoas pensam todos os processos, atividades, funções organizacionais e interações com o ambiente como parte de um sistema de inter-relacionamentos. 4. Pessoas se comunicam de maneira aberta (vertical e horizontalmente), sem medo de críticas ou de punições. 5. As pessoas sublimam os seus interesses pessoais e os de seus departamentos fragmentados em prol do trabalho conjunto para alcançar a visão compartilhada da organização. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 20 Falando em empresa que aprende, há 3 problemas próprios das organizações tradicionais que as inovadoras conseguem resolver, você sabe quais são eles? Veja a seguir. Fragmentação | Competição | Reatividade E de que modo os gestores poderiam construir uma empresa que aprende? Robbins, Judge e Sobral (2010, p. 580) dão as seguintes sugestões: Estabeleça uma estratégia Redesenhe a estrutura da organização Redemodele a cultura da organização E para finalizar esta etapa, não deixe de assistir à videoaula da professora Mary no conteúdo online, em que ela explica mais sobre as possibilidades de transformar uma empresa em inovadora. Tema 5 – Sustentabilidade Estamos no século XXI, a era em que as organizações devem repensar o seu papel no planeta. É preciso avaliar de que modo a organização está interferindo no meio ambiente natural, na comunidade onde está inserida e no mercado. Para ser sustentável é necessário ter lucro, porém, este lucro deve ser fundamentado no respeito à dignidade humana, na sustentabilidade ambiental e no trabalho decente. Há uma importante conceitualização de sustentabilidade, de acordo com Alencastro (2012, p.47) que é o tripé dos 3 P’s, veja na tela a seguir. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 21 People, Planet e Profit 1. People é o “capital humano de uma empresa ou sociedade: é a sua responsabilidade social. Envolve aspectos como: salários justos, adequação à legislação trabalhista, ambiente de trabalho saudável e bom relacionamento com a sociedade em geral”. 2. Planet é referente ao “capital natural de uma empresa ou sociedade, que devem pensar em formas de diminuir e compensar seus impactos ambientais negativos”. 3. Profit, que se trata de “resultado econômico positivo (lucro) de uma empresa, sem o qual ela não sobrevive, mas que agora deve levar em conta os outros dois aspectos”. Do ponto de vista do desenvolvimento sustentável, o lucro como único objetivo organizacional não tem mais sentido. “Os cidadãos começaram a exigir ações empresariais comprometidas com a ética e com a cidadania”. Por esta razão, as organizações devem ofertar “produtos socialmente corretos e estabelecer um relacionamento ético com seus clientes, fornecedores e funcionários, bem como preocupar-se com as questões ambientais e com a qualidade de vida da sociedade (ALENCASTRO, 2012, p. 48). Porém, ainda vemos as empresas que têm uma visão contrária à implementação de estratégias sustentáveis em suas organizações. Alencastro (2012, p. 50), explica que “a incorporação dos princípios do desenvolvimento sustentável pelas empresas significa um salto qualitativo de uma abordagem convencional, que vê a questão ambiental como um problema, para uma abordagem consciente, na qual o meio ambiente é uma oportunidade”. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 22 Observe as informações a seguir. O meio ambiente pode criar diferentes oportunidades para as organizações, é a “lógica da eficiência” que consiste em “fazer mais com menos”. Elas podem reduzir seus impactos ambientais e até custos, desenvolver produtos ou serviços inovadores “que oferecem melhor design e funções com menor impacto” (BUCKLEY, SALAZAR-XIRINACHS e HENRIQUES, 2012 p. 92). Saiba mais sobre sustentabilidade organizacional acessando a próxima videoaula com a professora Mary no conteúdo online! Trocando ideias As organizações estão diante de um cenário de mudanças econômicas no país, assim, ocorreram demissões em massa. Com base nos conteúdos estudados até aqui, acesse o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e exponha suas ideias sobre quais estratégias tomar quanto aos funcionários que ficaram nestas empresas. Quais os melhores planejamentos a se fazer neste novo e crítico cenário, discuta se é possível conciliar os resultados econômicos, pessoas e meio ambiente. Troque informações! CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 23 Na Prática Agora é com você! Utilize vários meios de pesquisa para encontrar exemplos de empresas que mudaram e deram certo, também procure por empresas que mudaram e por algum motivo não tiveram o mesmo resultado. Escolha duas delas e compare o que a escolha de uma poderia ajudar a outra. Por fim, reflita com o que você aprendeu até aqui. Síntese Você viu nesta aula as mudanças organizacionais. Quais as forças específicas que provocam mudanças, os conceitos relacionados à mudança que envolvem o modo de fazer as coisas, a mudança planejada e os agentes de mudança. Discorremos sobre a resistência a mudanças, suas fontes (que podem ser individuais ou organizacionais) e como lidar com elas. Os três modelos para o gerenciamento de mudanças, o modelo de três etapas, o plano de oito passos de Kotter, a pesquisa-ação e o desenvolvimento organizacional. Você teve a oportunidade de entender o quanto a aprendizagem organizacional é importante para criar uma cultura de mudança e como formaruma organização que aprende. Por fim, teve contato com a sustentabilidade, ou seja, de que modo a organização está interferindo no meio ambiente natural, na comunidade onde está inserida e no mercado, do ponto de vista do tripé da sustentabilidade: resultado econômico, meio ambiente e responsabilidade social. Acompanhe com a professora Mary um resumo de tudo o que foi visto até aqui no conteúdo online! Compartilhando Chegamos ao fim desta disciplina. Mas, é bom sempre lembrar que os assuntos estudados no decorrer dela jamais devem ficar parados. Toda ciência precisa ser comentada e para isso acontecer podemos fazer uso do CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 24 compartilhamento! Faça isso! Divulgue o que aprendeu nas redes sociais, blogs e até mesmo nas conversas informais! Passe conhecimento adiante, enriqueça o mundo! E até a próxima! Referências ALENCASTRO, Mario Sergio Cunha. Empresas, ambiente e sociedade: introdução à gestão socioambiental corporativa. Curitiba: InterSaberes, 2012. BUCKLEY, Graeme; SALAZAR-XIRINACHS, José Manuel; HENRIQUES, Michael. A promoção de empresas sustentáveis. Curitiba: InterSaberes, 2012. ROBBINS, S. P.; JUDGE, T. A.; SOBRAL, F. Comportamento organizacional: teoria e prática no contexto brasileiro. 14.ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.
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