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revisão Oclusão e DTM

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Conceitos importantes para o estudo da oclusão
• Cúspides de trabalho
• Cúspides de balanceio
• Overjet
• Overbite
• Curva de Spee
• Curva de Wilson
• RC
• MIH
• DVO
• Deslize em Centrica
• Oclusão em centrica
• ATM
• Movimentos Mandibulares
• DTM
• Músculos da Mastigação
• Oclusão Ideal
• Oclusão normal
• Ajuste Oclusal
Oclusão 
Oclusão
Oclusão é o relacionamento estático dos dentes e é básico para o
funcionamento de todo o sistema estomatognático: Dentes, periodonto (osso
alveolar, ligamento periodontal e gengiva), ATM e Músculos da Mastigação.
• O arco superior envolve o inferior  S mais
largo, diâmetro maior, mais inclinados para
vestibular
• Bordas incisais dos incisivos e caninos tocam as faces
linguais dos homólogos opostos
• Contato cúspide-fosseta  Cúspides vestibulares
dos Pré Molares e Molares inferiores ocluem com as
fossetas oclusais dos posteriores.
• Contato cúspide-crista  um dente posterior oclui
com outros dois antogonistas
Cúspides de Trabalho (VIPS)
• Vestibular inferiores
• Palatinas Superiores
Papel importante na mastigação
São amplas e arredondadas
Cúspides de balanceio
• Vestibular Superiores
• Lingual Inferiores
São pontiagudas e bem definidas
Proporcionam estabilidade à mandíbula
Direcionam a mandíbula nos movimentos de lateralidade, fechamento e 
abertura
Controlam a mastigação
Overbite ou trespasse vertical
• Também conhecida como linha de sobremordida
Overjet ou trespasse horizontal
• Também conhecida como sobressaliencia
Curva de Spee
• Quando observamos os arcos dentais em um plano antero posterior, notamos 
que existe uma curvatura que acompanha as faces oclusais dos dentes, que 
começa nos molares e termina nos caninos
• Função de evitar contatos posteriores nos movimentos excursivos
Curva de Spee
Curva de Wilson
• Quando da observação dos arcos dentais pelo plano frontal, nota-se uma 
curvatura transversal de concavidade posterior (voltada para o palato)
• Importante nos movimentos de lateralidade na mastigação e resistência de 
cargas.
Máxima Intercuspidação Habitual (MIH)
• É a relação de contato dental voluntária ou não, com o maior número de 
contatos dentais, inclusive de dentes anteriores. Esta posição é determinada 
pelos músculos e planos inclinados dos dentes.
Relação Centrica (RC)
• É quando o côndilo está numa posição ortopedicamente estável ideal na fossa 
mandibular. Mais superior e posterior.
Relação Centrica (RC)
• É uma posição relacionada estritamente a posição condilar, não apresentando 
nenhuma relação com os contatos oclusais
Deslize em Cêntrica
• Deslizamento da mandíbula que se inicia com um contato prematuro
em RC e termina na MIH.
• Considera-se aceitável uma diferença de 1,2mm entre RC e MIH
compatível a normalidade articular.
• Eliminar o deslizamento em cêntrica é o primeiro passo quando se inicia
um tratamento com equilíbrio oclusal.
Oclusão Cêntrica
• Quando ocorre o máximo de contato entre os dentes antagonistas e os côndilos 
estão em relação cêntrica.
• É tida na literatura como uma posição ideal, porque não há nenhum tipo de
deslizamento ou prematuridade, permitindo uma posição ideal dos condilos, mais
eficiência na mastigação, melhor direcionamento das cargas oclusais e
funcionamento ideal dos músculos.
Dimensão Vertical de Oclusão (DVO)
• É a distância vertical da mandíbula em relação à maxila quando os dentes superiores e
inferiores estão em contato intercuspídico na posição de fechamento máximo.
Articulação Temporomandibular (ATM)
• É a articulação que liga a mandíbula ao crânio responsável pelos movimentos
da mandíbula e consequentemente está diretamente relacionada com a
mastigação e fonação.
Movimentos Mandibulares
• Abertura e Fechamento
• Protrusão e Retrusão
• Movimentos de Lateralidade
Abertura e Fechamento
•Rotação
• Nesse caso a mandíbula não se desloca
pra frente, mas simplesmente roda em
torno de um eixo.
• 5 a 20 milímetros
Abertura e Fechamento
•Translação
• Se a boca continuar abrindo, chega a
um ponto onde o condilo se desloca
em direção anterior, fazendo um
movimento chamado de translação
• Limitado pela abertura máxima de
boca
Protrusão e Retrusão
Protrusão
• A mandíbula se desloca para frente e para
cima e toca os incisivos topo a topo,
formando uma importante guia de
desoclusão chamada de GUIA INCISAL
• Esse movimento continua até a mandíbula
alcançar a sua posição mais protrusiva
Retrusão
• É o movimento de retorno até a posição de
oclusão central
Guias de Desoclusão
• Proteção dos dentes posteriores contra esforços mastigatórios protrusivos ou 
laterais
• Movimento de protrusão  Guia Incisal
Movimentos de Lateralidade
• Estão associados aos movimentos de rotação e translação da mandíbula, que
pode se deslocar tanto pra direita, quanto pra esquerda, formando uma
importante guia de desoclusão chamada de Guia Canina ou Função em Grupo
• Os movimentos de lateralidade são limitados pelo músculo depressor da
mandíbula Pteroídeo Lateral
Guias de Desoclusão
• Proteção dos dentes posteriores contra esforços mastigatórios protrusivos ou laterais
• Movimentos de lateralidade – Guia Canina
Só os caninos se tocam no lado de trabalho
Nos movimentos de lateralidade prefere-se a função de guia pelo canino, pelas
características de volume radicular, maior prevalência e pela facilidade de obtenção
durante o tratamento.
Não deve haver interferência no lado de não trabalho.
Guias de Desoclusão
• Movimentos de lateralidade – Função em Grupo total ou parcial
ParcialNesse tipo de contato, além dos caninos, tocam-se os pré molares
Total Além do canino, tocam-se os pré molares e molares
Na função em grupo os contatos são progressivamente menores quando avaliados de
mesial para distal, a partir do canino, podendo chegar até os molares.
Em qualquer situação não deve haver interferência no lado de não trabalho.
DTM
Disfunção Temporomandibular (DTM)
• Disfunção temporomandibular (DTM) é um termo que se aplica às alterações 
funcionais relativas à articulação temporomandibular (ATM) e estruturas 
mastigatórias associadas. 
ETIOLOGIA MULTIFATORIAL DA DTM
• Traumas da mandíbula ou ATM,
• Má oclusão
• Interferências oclusais, 
• Alterações nos músculos mastigatórios,
• Hábitos parafuncionais contínuos, 
• Condições reumáticas, 
• estresse emocional, 
• Ansiedade,
• Anormalidades posturais.
Thilander B, Rubio G, Pena L, Mayorga C., 2002
DIAGNÓSTICO DE DTM
• ANAMNESE
Detectar origem, frequência e características da dor.
• HISTÓRIA DA DOR
• LOCALIZAÇÃO DA DOR
• FREQUÊNCIA DA DOR
Sinais e Sintomas
•Dor
•Desvio de linha média / Lado do desvio
•Click / Crepitação
•Limitação de abertura de boca
Fotos avaliando a atm
Os distúrbios nesta articulação comprometem ao
mesmo tempo os músculos da mastigação e as
demais estruturas associadas a ela.
A presença de dor acompanhada da limitação de
abertura de boca e da crepitação da articulação são
sintomas característicos deste distúrbio.
MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO
1. Masseter
2. Temporal
3. Pterigoideo Medial
1. Pterigoideo Lateral
2. Digástrico
1. Milo-hióideo
2. Gênio-hióideo
3. Esterno Cleido-Mastoideo
4. Trapézio
Elevadores
Depressores
Acessórios
Exame Intra Oral
• Sinais clínicos que podem estar associados a presença de DTM:
1. Desgaste Dentário múltiplo
2. Facetas múltiplas
3. Desgaste da ponta do canino
4. Presença de tórus (aposição óssea)
5. Perda óssea na região do ápice radicular
6. Presença de ossocortical na região perirradicular
Exame Intra Oral
• EXAME CLÍNICO
• Sinais clínicos que podem estar associados a presença de DTM:
7. Recessão Gengival
8. Mobilidade dentária (aumento do espaço periodontal)
9. Biótipo do Periodonto – Presença maior de gengiva queratinizada
10. Perda precoce do 1º molar
11. Perda Horizontal óssea
Exame Intra Oral
EXAME CLÍNICO
• Sinais clínicos que podem estar associados a presença de DTM:
12.Perda de dimensão vertical
13.Plano oclusal desarmônico 
14.Overbite profundo
15.Overjet aumentado
16.Oclusão do tipo classe III
17.Mordida cruzada
18.Mordida aberta
19.Assimetria facial
Exame Intra Oral
EXAME CLÍNICO
• Sinais clínicos que podem estar associados a presença de DTM:
20. Ruídos articulares, 
21.Limitações na amplitude de movimento
22.Desvios durante a função mandibular,
Fotos exemplificando
Conceito importante: Oclusão Ideal
Aquela que segue a risca uma série de padrões e interações que são delimitados por uma série de padrões, que são chamados
de As Chaves de Oclusão de Andrews.
1. Contatos bilaterais simultaneos em RC e MIH Direita e esquerda tocando todos juntos e ausência de contatos pré maturos
2. Cargas paralelas ao longo eixo do dente
3. Durante os movimentos de lateralidade  Ausência de interferência no lado de trabalho
4. Ausência de interferência no lado de balanceio
5. Ausência de interferência durante o movimento de protrusão
6. ATM saudável
Ferreira et al, 2001.
Conceito importante: Oclusão normal
• Padrão oclusal que não preenche necessariamente os requisitos de
uma oclusão ideal, porém não se observam sinais e sintomas no
aparelho estomatognático e, quando presentes, são tão leves que
não interferem no conforto do indivíduo.
• Para esse tipo de paciente, chamados de pacientes assintomáticos, a
finalidade é única: reabilitar a oclusão dentária, porque o sistema
neuromuscular e as ATMs não estão comprometidas.
Ferreira et al, 2001.
• EQUILÍBRIO OCLUSAL
Obtenção de contatos oclusais bilaterais simultâneos e equipotentes,
evitando sobrecarga em determinadas regiões ou desvios
mandibulares que gerem esforços sobre poucos dentes.
É o primeiro passo para a correção de uma DTM, seja ela sintomática
ou assintomática.
QUANDO FAZER O AJUSTE OCLUSAL?
1- Pequeno desvio de RC para MIH
2- Contatos Oclusais em diferentes magnitudes, considerando o tamanho da 
plataforma oclusal dos dentes
3- Falta de alguns contatos necessários para o equilíbrio oclusal e para a 
estabilização mandibular
Caso clínico I
AJUSTE OCLUSAL DE UM PROVISÓRIO
Contatos “A”
Contatos “B”
Contatos “C”
• Antes de realizar a cimentação de provisórios ou coroas definitivas deve ser feita a
checagem final com papel celofane, com e sem a prótese, tanto em MIH ou MIC,
como em protrusiva e lateralidade. Se houver alguma diferença nos contatos oclusais
é porque a prótese está alta. Nesse caso os contatos oclusais mais fortes devem ser
eliminados até que se encontre uma situação de equilíbrio oclusal igual nas duas
situações.
Brandão e Brandão, 2008
Caso clínico II
AJUSTE OCLUSAL DE UM PROVISÓRIO
Contatos “A”
Contatos “B”
Contatos “C”
Bruxismo e apertamento

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