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Caracterização da criticidade de equipamentos, sistemas e instalações industriais MATRIZ DE CRITICIDADE A matriz de criticidade deve servir de instrumento à definição do grau de importância de cada item do ativo industrial para o processo produtivo. Portanto, deve constituir-se como uma base para as ações de manutenção, respeitando-se as particularidades operacionais de cada unidade ou planta industrial, considerando-se os aspectos: − criticidade (segurança, continuidade operacional, especificação de produtos, saúde, meio ambiente e imagem); − custos; − e oportunidade. A criticidade de cada item do ativo industrial deve ser estabelecida conjuntamente entre a Engenharia da Manutenção e a Engenharia da Operação, a partir da “Árvore de Decisão para Determinação da Criticidade do Equipamento”, mostrada na gravura a seguir. Os critérios a serem considerados na aplicação de cada um dos códigos da Árvore de Decisão, são os seguintes: a) SMS (Segurança, Meio Ambiente e Saúde Ocupacional): a falha do equipamento, sistema ou instalação poderá acarretar danos materiais, pessoais e ao meio ambiente ou infringir exigências legais e/ou normativas relacionadas a este critério (Normas Regulamentadoras do MTE, CONAMA, IMA, etc.), devendo ser avaliados o tipo e a importância do ecossistema afetado, bem como a repercussão interna e externa à empresa. b) QP (Qualidade e Produtividade): a falha do equipamento, sistema ou instalação poderá ocasionar produtos com defeito, redução da velocidade de produção e, consequentemente, da própria produção. c) OP (Oportunidade de Produção): a falha do equipamento, sistema ou instalação poderá provocar perda SIGNIFICATIVA de produção, afetar o atendimento das metas de produção ou atendimento ao cliente e/ou a qualidade do produto. d) TO (Taxa de Ocupação): a alta taxa de ocupação do equipamento, sistema ou instalação, poderá comprometer a produção. e) FQ (Frequência de Quebra): a frequência de quebra em intervalos menores que 6 meses indicam falhas de manutenção e/ou equipamento sem vida útil remanescente. f) MT (Mantenabilidade): o tempo e/ou custo do reparo são muito elevados. Uma vez processado o fluxograma da “Árvore de Decisão”, tem-se definido três classes de criticidade para o item do ativo industrial analisado: − CLASSE A (Criticidade Alta): contempla o monitoramento preditivo, as intervenções baseadas na condição e a análise de falhas potenciais até os níveis de componentes; − CLASSE B (Criticidade Média): contempla a intervenção preventiva (baseada no tempo); − CLASSE C (Criticidade Baixa ou Não Crítica): contempla a lubrificação, as inspeções periódicas e as intervenções corretivas (que admite a falha do equipamento, sistema ou instalação). Uma vez caracterizada a criticidade dos itens do ativo industrial, terão sido definidas as formas de intervenção a serem implementadas e os conjuntos de equipamentos, sistemas e instalações que constituirão e/ou consolidarão os planos de manutenção preditiva, preventiva, de lubrificação e inspeção de equipamentos. GRAUS DE SEVERIDADE Existem três graus de severidade utilizados para identificar uma falha potencial e o nível de criticidade de um equipamento, sistema ou instalação industrial: desprezível, moderado e severo. Analise o Quadro 1 (a seguir) e veja quais são as principais características destinadas para cada grau. Já no Quadro 2 (a seguir) há uma descrição das probabilidades de ocorrência de falhas, analise-o também. Cruzando essas duas variáveis, o quadro 3 demonstra o respectivo nível de criticidade presente nessas situações. Quadro 1 A não-atuação de um sistema “shut-down” é algo que jamais passa despercebido. É evidente que existem situações em que é possível contornar ou fazer um acompanhamento, mas em outras isso é definitivamente impossível. Atenção: 1) Perceba que o quadro 1 considera 6 variáveis: capacidade produtiva, indisponibilidade de equipamento, custo da intervenção de manutenção, qualidade do produto final, meio ambiente e segurança e saúde ocupacional. Cabe ao Gerente de Manutenção, indicar a ordem em que estas variáveis serão analisadas. 2) Veja no Anexo I o formulário para caracterização da criticidade do ativo industrial. Referências KARDEC, Alan, NASCIF, Júlio. Manutenção Função Estratégica. 2ª ed. Editora Qualitymark, Rio de Janeiro, RJ, 2001. KARDEC, A.; NASCIF, J. Manutenção: Função Estratégica. 3 ed. Rio de Janeiro. Qualitymark: Petrobrás, 2009. SOARES, Rui Abreu. Manutenção preventiva e corretiva. S/ ed. CNI, Rio de Janeiro – RJ. [s.d.]. TAVARES, L.A. Administração Moderna da Manutenção. Rio de Janeiro, Novo Pólo Publicações e Assessoria Ltda, 1999.
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