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Apresentacao Paulo Freire

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 Paulo Freire Extensão ou Comunicação? 
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Extensão – Transmissão. 
Extensão – Sujeito ativo (o que estende)
Extensão – Conteúdo (que é escolhido por quem estende)
Extensão – Entrega (de algo que é levado de dentro para fora do muro)
Extensão – Messianismo (por parte de quem estende)
Extensão – Superioridade (do conteúdo de quem entrega)
Extensão – Inferioridade (dos que recebem)
Extensão – Mecanicismo (na ação de quem estende)
Extensão – Invasão Cultural (através do conteúdo levado que tem a visão de mundo dos que levam e se superpõe à daqueles que recebem passivamente)
 Campo Associativo da Extensão 
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Opção libertadora de educação:
- Parte-se da problematização da situação concreta, objetiva do educando, para que captando-a criticamente ele atue também criticamente sobre ela. 
“Nessa tarefa, aqueles que sabem que pouco sabem (e por isso sabem que sabem algo e podem chegar a saber mais) estabelecem um diálogo com aqueles que quase sempre pensam que nada sabem, para que estes, descobrindo que pouco sabem, possam igualmente saber mais”
- Conhecer é tarefa de sujeitos e não de objetos. Só aprende efetivamente aquele que se apropria do conteúdo aprendido, transformando-o em conteúdo apreendido, sendo capaz de reinventá-lo e aplicá-lo em situações existenciais concretas.
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- Toda prática é dirigida a uma teoria. Ao desvendá-la e ser iluminada por essa teoria a prática ganha uma nova significação.
- A teoria implícita na extensão é antidialógica, e um dos elementos dessa antidialogicidade é a invasão cultural.
 
Existe assim um invasor que parte de seu espaço histórico-cultural (universidade, órgão de assistência técnica) para penetrar em outro espaço histórico cultural (dos agricultores), superpondo aos indivíduos desse sistema seus valores. Os reduz a objetos e as relações entre eles são autoritárias.
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Invasão Cultural
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Bordenave: 
É difícil deixar de ser paternalista.
É difícil aceitar que o conhecimento científico que aprendemos na universidade pode não ser o conhecimento que o agricultor quer. 
Sentimo-nos tentados a “ajuda-lo”, a “ensina-lo”, a “conduzi-lo”, a contribuir para que saia de sua situação de “pobreza”, para que se “desenvolva”, tudo com a melhor das intenções. 
Tudo partindo de nossa função social de “desenvolver a agricultura”. Tudo partindo de nossa concepção, e não da concepção dos agricultores. 
 
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- Nos preocupamos mais por transmitir o que sabemos do que em satisfazer as necessidades que eles sentem.
Propõe então uma mudança, para que o agricultor seja o verdadeiro protagonista da agricultura e da produção agrícola:
Primeiro: devemos abandonar o paternalismo, a prática de “dar” coisas ao agricultor, de fazer coisas por ele ou para ele.
Segundo: é necessário adotar uma forma de ensinar que não seja simplesmente transmitir-lhe conhecimento, como quem despeja conteúdos a quem não tem nenhum.
 
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Alguns passos:
- Contribuir para que os agricultores(as) problematizem sua realidade para a partir daí escolherem os pontos que eles (e não nós) consideram importante trabalhar. 
- A partir daí empreende-se um esforço para entender o problema, os fatores que o explicam. Aqui o técnico tem um papel importante. 
- Busca-se então alternativas de solução onde o agricultor deve chegar à suas conclusões. 
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- O técnico pode até saber a solução, mas não pode abrir mão da sua teorização pelos produtores: 
Primeiro: porque as soluções técnicas que o técnico possui podem estar fora do contexto dos agricultores 
podem não estar de acordo com suas disponibilidades de capital, mão de obra, terra, água, etc. 
podem ser menos eficientes ao deixar de aproveitar recursos dos agricultores. 
Segundo: porque não se está ali para desenvolver a agricultura deles, mas para contribuir para que eles se desenvolvam. 
- A partir daí se chega à aplicação das soluções à realidade pelos agricultores, que têm que dominar não só os princípios, mas as próprias técnicas (o que se dá com o exercício e o hábito).
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IIntervenção Tutorial ou Participativa
Fonte: Alencar ( 2001)

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