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Bacias Sedimentares Fanerozóicas Brasileiras Quatro Etapas Evolutivas • Primeira: pré-cambriana – ciclo tecto-orogênico Baicaliano (Ciclo Brasiliano), formação e consolidação da plataforma que serve de substrato à evolução fanerozóica. Este ciclo compreende a soldagem das plataformas São Francisco e Guaporé por eventos deformacionais, metamórficos, ígneos, sedimentares e orográficos. • Segunda: cambriana a ordoviciana – paraplataforma Eopaleozóica ou estágio de transição, redução dos processos de dobramento, predominância de falhamentos responsáveis por fossas intermontanas, antefossas, bacias marginais preenchidas por sedimentos detríticos continentais e abundante material vulcânico. • Terceira: siluriana a jurássica – ortoplataforma ou estágio de estabilização, período marcado por calmaria tectônica e mudança nos padrões de sedimentação plataformal. Dividido em duas fases. Fase Talassocrática (siluriana a permiano) – formação de grandes sinéclises paleozoicas que passam a sofrer transgressões e regressões marinhas extensas; a Plataforma Brasileira aparenta soerguer-se e submergir através de suaves e amplas oscilações epirogênicas, devido ao forte caráter regional transcontinental das oscilações, as sucessões sedimentares são relacionadas como do tipo de bacia para bacia. Fase Geocrática (Triássico a Jurássico), calma tectônica extrema e a plataforma sofre ascensão, não favorecendo a cumulação de sedimentos, sem ingressões marinhas, apenas sedimentos de caráter desértico. • Quarta: neo-jurássica – Wealdeniana ou estágio de reativação, reativamento tectônico da Plataforma Brasileira. Maioria dos eventos se consolidaram na margem continental Sul- Americana, indicando direta relação com a fragmentação de Gondwana e abertura do Atlântico, Manifestações magmática de caráter básico e alcalino marcaram o surgimento de aulacógenos terrestres profundos e bacias marginais extensas. Origem das Sinéclises • Bacias Intracratônicas: recobrem embasamento cristalino ou bacias previamente formadas, marcadas por baixa sedimentação. Bacia do Parnaíba Bacia do Parnaíba ou Maranhão – 600.000 km2, 3.500 a 2.000m de espessura. Compreende estados da Bahia até Tocantins, possui similaridade estratigráfica em relação às bacias do Gabão, Gana e Nordeste do Brasil. Evento deposicional no Paleozoico e abrangendo área de duas a três vezes maior que a atual. Bacia do são Francisco Bacia do São Francisco – 150.000 km2, de Minas Gerais ao extremo sul do Piauí. Compreende a depressão de deposição Fanerozoica do Cráton SF, mas o termo Bacia do SF se refere aos sedimentos proterozicos do SG SF. Tem como embasamento o Grupo Bambuí pouco dobrado. É limitada pelo relevo resultante de falhas de empurrão da Faixa Brasília e pelo Espinhaço/Faixa Araçuaí no lado oposto. Espessura modesta de sedimentos e os depósitos glaciais do Grupo Santa Fé são cronocorrelatos aos depósitos glaciais permacarboníferos do Grupo Itararé da Bacia do Paraná. Bacia do Paraná Bacia do Paraná – 1.400.000 km2, espessura máxima de 6.000m (depocentro coincide com o Rio Paraná). O conteúdo litológico varia do Neo-Ordoviciano ao Neocretáceo e é divido em supersequências. Estudos mostram que as rochas sedimentares e vulcânicas presentes representam deposições de 3 bacias distintas (temporalmente individualizadas). Primeira bacia – sequência siluriana e devoniana depositadas em golfo aberto páleo-Oceano Pacífico. Segunda bacia – mar interior, corresponde à sequência permocarbonífera, típica de sinéclise intracontinental. Terceira bacia – erupção de lavas. Vale ressaltar que atualmente é reconhecida uma Quarta bacia após os derramamentos de lava.
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