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Processos aulas/Metabolismo de glicídios.pdf
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Metabolismo de glicídios
Processo que envolve um conjunto de reações
químicas tendo como substrato de partida os glicídios ou
carboidratos ou açúcares.
Para haver a degradação do açúcar (glicose), ele deve
ser proveniente da dieta humana:
Pouca glicose livre – encontra-se na forma de:
- Amido - Manose
- Sacarose - ácido lático
- Lactose - glicerol
- Frutose - aa
Uma vez ingerida a glicose:
Digestão:
Absorção: ID
Excreção: urina.
2
Digestão:
Sacarose e lactose originam, além de glicose,
frutose e galactose, respectivamente.
Hidrólise de sacarose e lactose:
Digestão:
Degradação do glicogênio da dieta pela α-amilase
salivar ou pancreática:
Absorção:
A glicose na forma livre ou ativa é absorvida no
organismo, principalmente no ID e, a absorção desta é
potencializada por bomba de sódio.
Luz intestinal Célula intestinal
3
Um transportador de glicose sódio-dependente
(SGLT1) liga tanto a glicose como o sódio em sítios
separados, transportando-os através da membrana
plasmática da célula intestinal.
Considera-se que tanto a glicose como o Na+ são
liberados para o interior do citosol, possibilitando que o
transportador esteja novamente à disposição.
O Na+ é transportado a favor de seu gradiente de
concentração e ao mesmo tempo que faz com que o
transportador carregue glicose, contra seu gradiente de
concentração.
A energia livre necessária a este transporte ativo é
obtida a partir da hidrólise de ATP, ligado a uma bomba
de sódio que expele Na+ da célula em troca de K+.
A frutose é absorvida mais lentamente que a glicose
e galactose. Sua absorção parece ocorrer por difusão
com o gradiente de concentração, através de um
transportador facilitador sódio-independente (GLUT 5).
Metabolismo de sacarose e lactose
Frutose e galactose são metabolizadas, em sua maior parte no fígado, por
conversão a intermediários da glicólise.
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Utilizações de glicose:
Representação dos processos de digestão,
absorção e destinação tecidual dos glicídios ingeridos.
Excreção: renal.Ácido graxo: armazenado como TG
O metabolismo de glicídios pode ser dividido em:
- Anaeróbico: glicólise
- Aeróbico: envolve Krebs, fosforilação oxidativa e cadeia 
respiratória.
- Do glicogênio: glicogenólise
Obs.: Procariotos: Eucariotos
Glicólise: citosol citosol
Krebs: membrana mitocôndria
Glicólise anaeróbica: citosol
Glicose (6C) Frutose-1,6-bisfosfato (6C)
2 Piruvato (3C) 
Lactato Acetaldeído
Acetil-CoA (2C) Etanol
Ausência de O2 glicólise
Redução: glicólise anaeróbica
MO: -CO2
Redução
+ O2 e 
- CO2
Krebs
Gicose + 2ADP + 2Pi 2 piruvato + 2 ATP
5
Conversão de glicose a piruvato:
1 – glicose + ATP glicose-6-fosfato + ADP
2 – glicose-6-fosfato frutose-6-fosfato 
3 – frutose-6-fosfato + ATPfrutose-1,6-bisfosfato + ADP
4 – frutose-1,6-bisfosfato gliceraldeído-3-fosfato
5 – gliceraldeído-3-fosfato + diidroxiacetona fosfato
D-gliceraldeído-3-fosfato
hexoquinase
glicosefosfatoisomerase
fosfofrutoquinase
aldolase
Triosefosfato isomerase
6
6 – D-gliceraldeído-3-fosfato + NAD+ + Pi
1,3-bisfosfoglicerato + NADH + H+
7- 1,3-bisfosfoglicerato + ADP 3-fosfoglicerato + ATP
8 - 3-fosfoglicerato 2-fosfoglicerato
9 - 2-fosfoglicerato fosfoenolpiruvato + H2O
10 – fosfoenolpiruvato + ADP piruvato + ATP
Gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase
Fosfoglicerato quinase
fosfogliceromutase
enolase
Mg+2 + piruvato-quinase
Conversão de piruvato a lactato: músculo
1 – piruvato + NADH + H+ lactato + NAD+
Obs.: 
O lactato pode ser reciclado para formar piruvato e 
glicose (gliconeogênese).
Lactato desidrogenase (LDH)
Fermentação alcóolica: ocorre nos microorganismos
1 – piruvato –CO2 acetaldeído + NADH
etanol + NAD+
Piruvato descarboxilase
Álcool desidrogenaseMg+2/ TPP
Bolhas de 
refrigerante
Energia da glicólise anaeróbica: exotérmica
1 glicose 2 ATP G = -32,1 Kcal/mol
energia – calor – manutenção da temperatura 
corporal
2 piruvatos
2 NADH
7
Glicólise anaeróbica:
Fase 1
Fosforilação da glicose e
sua conversão a 2
moléculas de gliceraldeído-
3-fosfato; 2 ATPs são
usados nessas reações.
Fase 2
Conversão de gliceraldeído
3-fosfato a piruvato e a
formação acoplada de 4
moléculas de ATP.
Pontos de controle da via glicolítica anaeróbica:
São pontos que desligam a produção de energia quando 
não houver necessidade imediata de uso. São 3 
reações:
- Glicose para glicose-6-fosfato catalisada por enzima 
hexoquinase;
- Glicose-6-fosfato para frutose-1,6-bisfosfato por enzima 
fosfofrutoquinase;
- Última reação por enzima piruvato-quinase: 
fosfoenolpiruvato que transfere fosfato para ADP, 
formando piruvato e ATP.
Pontos de 
controle da 
glicólise 
anaeróbica
8
Glicólise Aeróbica: mitocôndria (matriz)
glicose CO2 + H2O
Presença de O2
Acetil-CoA Krebs
Glicídios
Ácido pirúvico
Glicerídios
Ácidos 
graxos
Proteínas
aa
Relembrando: 1 glicose = 2 piruvatos
E o complexo piruvato-desidrogenase converte piruvato
a CO2 e acetil-CoA. - piruvato-desidrogenase;
- diidrolipoil-transacetilase 
- diidrolipoil-desidrogenase.
TPP = pirofosfato de tiamina (um metabólito da vitamina B1).
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Ciclo de Krebs
Regulação do ciclo de Krebs: três enzimas:
• Citrato-sintase: enzima alostérica inibida por ATP, por
NADH e pela succinil-CoA e citrato.
• isocitrato-desidrogenase: são inibidas por ATP e NADH
e são ativadas por ADP (ADP é um ativador alostérico
da enzima) e NAD+.
• α-cetoglutarato-desidrogenase: ATP, NADH e succinil-
CoA são inibidores e o ADP e NAD+ são ativadores.
• Fora de Krebs: Complexo piruvato-desidrogenase:
É inibido por ATP, NADH e também pelo produto acetil-
CoA
Pontos de controle regulatório
na conversão de piruvato a
acetil-CoA e no Ciclo de Krebs.
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Glicogenólise: é a queima de glicogênio
Após a queima de glicose livre, a glicose de reserva
armazenada na forma de glicogênio começa a ser
metabolizada para gerar energia.
fígado e músculo 
A sua degradação gera vários resíduos de glicose
sendo liberados ao mesmo tempo, a partir de cada
ramificação (amido animal).
Encontra-se aumentada em jejum e reduzida em
condição normal.
A liberação de glicogênio do fígado é controlada
pelo baixo nível de glicose sanguíneo. No fígado produz
glicose que vai para o músculo.
No músculo, se transforma em glicose-6-fosfato
(anaeróbico), que entra na rota glicolítica, é oxidado a
CO2 e H2O ou transforma-se em lactato que retorna ao
fígado.
No fígado, o lactato vira glicose, que é exportada
para o sangue ou reconstitui o glicogênio.
Função: reabastecer a glicose circulante no sangue.
Reações:
1. Glicogênio + íon fosfato
glicogênio (restante) + glicose-1-fosfato
2. glicose-1-fosfato glicose-6-fosfato
3. Glicogênio (restante ramificado) glicose
Glicogênio fosforilase – quebra -1,4
fosfoglicomutase
Enzimas de desramificação – quebra -1,6.
Não houve consumo de ATP: glicose inicia a glicólise: ganho de 2 ATP e qdo 
glicogênio inicia a glicólise: ganho de 3 ATP.
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A formação do glicogênio (glicogênese) a partir de
glicose não é o inverso dessas reações, precisa de energia
do UTP.
Glicose-1-fosfato + UTP difosfato de uridina glicose
+ pirofosfato (PPi)
2 Pi
Adições de UDPG ao glicogênio é catalisada por
glicogênio sintase para formar as ligações -1,4, sob
influência de um iniciador glicogenina (resíduo de tirosina).
Ligações -1,6
são realizadas por enzima ramificadora.
UDP glicose/UDPGUDPG pirofosforilase
+ H2O
UDP + ATP UTP + ADP
Abastecimento
Controle da velocidade da glicogenólise:
é realizado sobre a glicogênio fosforilase por controle 
alostérico ou modificação covalente.
Essa enzima é dímero, ativa na forma R (resíduo de
serina fosforilado = fosforilase a) e inativa na T
(fosforilase b).
A fosforilase a não responde aos moduladores
alostéricos, sempre ativa e a fosforilase b responde,
pode-se inativar.
Moduladores alostéricos negativos: positivos:
Fosforilase a: glicose -
Fosforilase b: ATP e glicose-6-fosfato AMP
Pode ocorrer também controle hormonal: liberação
de adrenalina estimula a glicogênio fosforilase e suprime
a glicogênio sintase.
A gligogênio sintase é modulada de forma alostéria
e covalente, de maneira inversa a glicogênio fosforilase.
Moduladores alostéricos positivos: negativos:
sintase a: glicose -
sintase b: ATP e glicose-6-fosfato AMP
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Gliconeogênese: ocorre no fígado
Processo que converte piruvato em glicose, partindo de
substâncias não glicídicas. É via usada para reverter
reações irreversíveis (3) da glicólise:
1 - Produção de piruvato a partir de fosfoenolpiruvato;
2 - Produção de frutose-1,6-bis-fosfato a partir de frutose-
6-fosfato;
3 - Produção de glicose-6-fosfato a partir de glicose.
Essas reações são revertidas por 
novos caminhos, novas enzimas.
1 – Possui CO2 e Oxaloacetato como intermediários:
oxaloacetato + GTP fosfoenolpiruvato + CO2 + GDP
2 – A reação é catalisada por frutose-1,6-bis-fosfatase, sendo 
esta inibida por AMP e outra enzima, frutose-2,6-bis-
fosfatase e estimulada por ATP.
3 - A reação é catalisada por glicose-6-fosfatase, segue a 
inibição por AMP e ativação por ATP.
Mg+2
Controle do metabolismo de glicídios:
Considerando glicólise, gliconeogênese e síntese e 
degradação de glicogênio, temos:
- frutose-1,6-bis-fosfatase
- Controle alostérico
- Controle de modificação covalente
- Ciclos de substrato: reações opostas são catalisadas 
por enzimas diferentes.
- Controle genético: a quantidade de enzima presente é 
regulada por síntese de proteínas
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Via de pentoses-fosfato:
Alternativa a glicólise: 
glicólise – produção de ATP
pentoses – produção de pentoses – ribose –
usada para ácidos nucléicos
- produção de NADPH – agente redutor para 
biossíntese lipídica.
Inclui:
- Reações oxidativas: produz NADPH
- Reações Não-oxidativas: produz ribose-5-fosfato.
Glicemia em jejum: em jejum a glicemia está reduzida,
requer quebra de glicogênio para a produção de energia
(glicogenólise).
Regulação da glicemia: pela insulina – aumenta a
captação de glicose pela célula, aumenta glicólise,
glicogênese.
Alta glicose no sangue + insulina = baixa glicose no
sangue.
Exercícios físicos: queima glicogênio, gasta rápido a
glicose circulante e leva a hipoglicemia, reduz insulina,
reduz o uso de glicose.
Secreção de tiroxina: reduz o uso de glicose.
Aumento na atividade do córtex supra-renal:
aumenta gliconeogênese.
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Influências endócrinas no metabolismo de glicídios:
- Insulina: hormônio que reduz a glicose circulante no
sangue por reduzir a liberação desta do fígado e por
transportá-la para dentro da célula onde será
metabolizada.
- Hormônio córtico-supra-renal: aumenta a glicemia por
aumentar a produção hepática, reduzir a captação e
aumentar a gliconeogênese.
- Homônio hipofisário: estimula secreções de tireóide que
interferem no metabolismo de glicídios.
- Adrenalina e tiroxina: aumentam a glicemia por acelerar
a glicogenólise no fígado.
Diabetes:
Doença causada pela produção reduzida ou inexistente
de insulina pelas células -pancreáticas (Diabetes
Mellitus), a qual é influenciada por secreção hormonal
de hipófise e córtex-supra-renal.
Tipo I: não produz insulina
Tipo II: produz insulina mas em quantidade insuficiente.
Sintomas: ataque cardíaco, cegueira, impotência,
hiperglicemia, glicosúria, cetose, acetoacidose,
hipercolesterolemia, aterosclerose, insuficiência renal e
gangrena em dedos dos pés.
Tratamento: correção de hábitos alimentares + exercício
físico – medicamentos hipoglicemiantes – administração
de insulinas.
Insulinas:
- Regular: cristalina – 30 minutos após a refeição deve ser
administrada, ação rápida – dura de 6-8 horas – IV, SC,
IM.
- NPH: absorção lenta, usada em combinação com
protamina (proteína no esperma de salmão que retarda
a absorção) – ação intermediária - dura de 22-28 horas
– SC.
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Locais de aplicação:
Processos aulas/METABOLISMO DE LIPÍDIOS.pdf
01/08/2017
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METABOLISMO DE LIPÍDIOS
Digestão:
Boca:
-saliva: fornece água aos alimentos = lubrificante.
-mastigação: divide o alimento em fragmentos
menores – aumenta a área superficial para ataque
enzimático.
-contém enzimas para hidrólise de alimentos:
amilase salivar: quebra glicídios
lipase lingual: produzida nas glândulas de
Ebner (pouco representativa para humanos)
• Estômago: suco gástrico – contém enzimas: pepsina,
renina e lipase.
- proteínas: sofrem desnaturação por ácido
clorídrico (quebra pontes de hidrogênio), seguida de
digestão por pepsina (pepsinogênio + H+: enzima ativa –
hidrolisa ligações peptídicas);
- renina: importante para digestão de crianças pois
previne a rápida passagem do leite para o estômago.
Junto ao cálcio ela transforma a caseína do leite em
paracaseína e esta sofre ação de pepsina. Está ausente
em adultos.
- lipase gástrica: realiza a digestão lipídica,
hidrolisa TG em AG. Parte dos AG são absorvidos na
parede do estômago e parte passa ao duodeno.
 Duodeno (ID): recebe o conteúdo do estômago (quimo)
por meio da válvula pilórica e sofre ação de enzimas dos
sucos pancreático e intestinal.
O fígado produz bile que é armazenada na vesícula
biliar no período entre refeições. O fígado fornece a bile
para o duodeno por meio do duto biliar comum,
misturando-a com o suco prancreático.
- Bile: funções de emulsificação, neutralização de ácidos
estomacais e excreção de ácidos biliares e colesterol e
de toxinas, pigmentos e substâncias inorgânicas.
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- Suco pancreático: função fornecedor de enzimas para a 
digestão: 
-tripsina, quimiotripsina, elastase (endopeptidases) 
-carboxipeptidase (exopeptidase)
- amilase pancreática, lipase pancreática, fosfolipases 
colipases, hidrolase de éster de colesterol 
- RNAase e DNAase.
Secreção intestinal:
O suco intestinal é secretado por glândulas de
Brunner e Lieberkühn, as quais também contém outras
enzimas digestivas (aminopeptidase, dissacaridase,
fosfatase, polinucleotidase e nucleosidase).
Os produtos da digestão são secretados na forma
de unidades básicas passíveis de absorção:
- monossacarídeos/hexoses e pentoses,
- aa,
- AG, glicerol, monoacilgliceróis, diglicerídeos
- nucleobases e nucleosídeos.
Absorção intestinal:
- Estômago: pequena – apenas para AG de cadeia curta e 
média e etanol
- ID: principal órgão de absorção: 90%
Por meio de duas vias de transporte:
- Sistema porta hepático: carrega para o fígado:
hidrossolúveis (AG pequenos);
- Vasos linfáticos: carrega para o sangue: lipossolúveis
(AG grandes).
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Os produtos da digestão de lipídios encontram-se
na forma de 2-monoacilgliceróis, AG e 1-
monoacilgliceróis.
Estes separam-se da emulsão (bolo alimentar) e
misturam-se com sais biliares, fosfatidilcolina e
colesterol da bile sendo assim tranportados pelo lúmen
intestinal à borda em escova das células da mucosa
intestinal, onde são absorvidos para o epitélio intestinal.
98% dos lipídios
da alimentação são absorvidos
desta maneira.
No interior da parede intestinal, sofrem nova
hidrólise enzimática por lipases intestinais,
transformando-se em:
TG, AG e glicerol e AG.
Distribuição:
TG, AG e glicerol e AG são distribuídos nos diversos 
tecidos da seguinte forma:
- TG: tecido adiposo e fígado (depósito).
- AG: sangue, complexados a albumina (transporte lipo-
proteico).
- Glicerol: fígado, sangue e tecido adiposo.
Outras formas lipídicas:
- fosfolipídios: músculo, rim e coração, principalmente.
- Colesterol: cérebro, plasma sanguíneo e fígado.
Resíduos do ID passam para o IG.
 IG: contém bactérias que agem sobre os resíduos
alimentares: fermentação e putrefação.
As bactérias causam a produção de gases como
CO2, CH4, H2, N2 e ácidos.
A flora bacteriana constitui até 25% do peso das
fezes secas.
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Metabolismo dos lipídios:
- Catabolismo: 
É a oxidação dos TG e fosfolipídios em AG e de AG
para formar energia.
Exceção: os únicos lipídios que não sofrem
catabolismo são os esteróides – excretados.
TG: são hidrolisados por lipases;
Fosfolipídios: são hidrolisados por fosfolipases.
Hidrólise: quebra da ligação entre grupo –COOH com 
grupo R: HC.
Onde ocorre?
Etapa 1: Ativação do AG + CoA-SH acil-CoA
+ AMP 
+ PPi
Citosol Celular (esterificação)
Etapas subsequêntes: oxidação – Matriz Mitocondrial
Etapa 2: Acil-CoA atravessa a membrana mitocondrial
externa, no espaço intermembrana o acil é transferido à
carnitina (catalisado por carinitina-aciltransferase) = acil-
carinitina, e este composto atravessa a membrana
mitocondrial interna.
acilCoA-sintase 
ATP
tioéster
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Etapa 3: Na matriz, acil-carnitina transfere o acil para CoA-
SH = acil-CoA, este sofre -oxidação.
-oxidação:
1. Acil-CoA acil-CoA insaturada
2. Acil-CoA insat. + H2O hidroxiacil-CoA
3. hidroxiacil-CoA cetoacil-CoA
4. cetoacil-CoA acetil-CoA + acil-CoA
Acil-CoA-desidrogenase/FAD
Enoil-CoA hidratase
hidroxiacil-CoA-desidrogenase/NADH
Tiolase/CoA(2ª)
Krebs/CR: H2O e CO2
Produção energética:
1 FADH2: 1,5 ATP
1 NADH: 2,5 ATP
Krebs/fosforilação: quantos acetil-CoA? 
Quantos ciclos? 
2C
Para AG de número ímpar de C: -oxidação com
produto final sendo propionil-CoA.
E propionil-CoA succinil-CoA
Obs.:
A conversão de AG insaturados para acetil-CoA
envolve duas reações: isomerização cis-trans e
epimerização Ex. ácido linoléico.
Krebs
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A -oxidação também produz corpos cetônicos.
• Corpos cetônicos se formam pelo acúmulo de acetil-CoA
(une 2 e perde CoA) e forma acetoacetil-CoA que é
liberado (hidrolisado da CoA) no fígado, sobra
acetoacetato, esse se reduz a -hidroxibutirato e esta
vira acetona.
• Esses 3 compostos sofrem cetólise nos rins e músculos 
via Krebs:
- Acetoacetato e -hidroxibutirato quando oxidados 
produzem 2 acetil-CoA;
- A cetona oxidada produz ácido pirúvico ou ácido 
lático.
• Cetose é a doença proveniente da grande produção
destes compostos e que ocorre devido a:
– deficiência de açúcar,
– metabolismo lipídico acelerado: jejum ou diabetes =
excesso de acetil-CoA.
Se a concentração for alta no sangue = cetonemia e;
Se a concentração for alta na urina = cetonúria
Se muito elevada = acidose metabólica!
Consequência: odor de acetona no hálito e respiração;
mudança do pH fisiológico (acidose).
- Anabolismo:
Ocorre no citosol celular.
Etapa 1: Transporte do acetil-CoA da mitocôndria para o
citosol: via citrato que consegue atravessar a membrana
interna (acetil-CoA + oxaloacetato = citrato - Krebs) e
citrato é exportato ao citosol entrando na rota de
biossintese de AG. Resumo:
Acetil-CoA malonil-CoA
Glicídios: Descarboxilação do 
piruvato
-oxidação de AG
Degradação de aa
Acetil-CoA-carboxilase
Mn+2/Biotina/ATP Composto por 3 enzimas:
Biotina-carboxilase
Proteína transportadora de 
biotina (ligação amida)
Carboxil-transferase
+ 2C
Doa 2 C ao AG + 
complexo 
enzimático de 
AGPalmitato (AG com 16 C)
NADP+ NADPH
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Reações de alongamento de cadeia de AG: ocorrem no
retículo endoplasmático e na mitocôndria: são as
reações reversas do catabolismo de AG.
Reações que introduzem duplas ligações em AG: ocorrem
no retículo endoplasmático, a reação é catalisada por
oxidase, O2 e NADH.
Obs.: mamíferos apenas introduzem duplas até o
C9, sendo estes AG essenciais – precursores de
prostaglandinas. Ex. linoleato e linolenato.
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Lipídios Anabolismos Catabolismos
TG Precursor: AG
Local: fígado, intestino e tecido 
adiposo
Depósito: tecido adiposo e fígado
Degradação: fígado e intestino
Produtos: AG e glicerol
Fosfolipídios Precursor: fosfatidatos
Local: fígado
Depósito: -
Degradação: fígado
Produto: diglicerídeo e fosfato 
de etanolamina
Esfingolipídios Precursor: esfingosina (palmitoil-
CoA + serina)
Local: cérebro
Depósito: cérebro
Degradação: -
Produto: produtos iniciadores
Colesterol Precursor: Acetil-CoA
Local: citosol celular fígado no RE 
liso
Depósito: cérebro, fígado e plasma
Degradação: fígado
Produtos: ácidos e sais 
biliares (colato e glicolato), 
pró-vitamina D3, unidades 
isopreno
Esteróides Precursor: colesterol
Local: órgãos sexuais - RE
Depósito: -
Degradação: -
Produto: precursor
Influências de alimentos no metabolismo lipídico:
Hiperlipemia:
- Refeição normal: lipídios plasmáticos aumentam
até 6h após a ingesta, sendo grande parcela composta
de TG.
- Falta de ingesta de açúcares: mobiliza TG
estocado do tecido adiposo para o fígado metabolizar.
Gera aumento de Acetil-CoA: Aumento de corpos cetônicos:
Cetonemia ou Cetonúria
Jejum: causa redução do nível de lipídios circulantes e seus produtos.
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Papel do fígado e tecido adiposo no metabolismo lipídico:
Fígado Tecido adiposo
Síntese de AG a partir de açúcares Síntese e armazenamento de AG
Síntese de colesterol a partir de 
Acetil-CoA
Síntese de colesterol
Síntese e remoção de fosfolipídios, 
colesterol e lipoproteínas do plasma
Síntese e degradação de 
glicerídeos e fosfolipídeos
Degradação de TG e AG para 
energia
Degradação de AG para energia
Única fonte de ácidos e sais biliares Síntese e depósito de glicogênio
Único local de formação de corpos 
cetônicos
Via transportadora de lipídios
Influências endócrinas no metabolismo lipídico:
Insulina: 
- aumenta a síntese de AG (degrada glicose – forma
acetil-CoA – forma AG)
- aumenta a síntese de TG no fígado e tecido adiposo
- diminui a liberação de AG do tecido adiposo
- diminui a produção de corpos cetônicos pois faz com
que o Acetil-CoA seja utilizado no Krebs e não fique
circulante
- diminui glicocorticóides, diminui assim a lipólise e a
produção de corpos cetônicos.
Processos aulas/Unidade 1 Introdução, equilibrio hidroeletrolítico.pdf
01/08/2017
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BIOQUÍMICA
CONCEITOS:
É a ciência relacionada com as bases químicas da
vida;
Estuda as biomoléculas e suas reações químicas
que ocorrem nas células e organismos vivos.
A Bioquímica é uma ciência interdisciplinar, utiliza
estratégias e métodos de todas as Ciências Exatas e
Naturais.
Matemática
Física
Biologia
Química
Bioquímica
01/08/2017
2
A QUÍMICA DA CÉLULA
Até o início do século XIX princípios da Química não eramaplicáveis à matéria viva
Wölher - 1828, consegui produzir em laboratório a uréia 
BIOQUÍMICA
Conhecer os aspectos básicos da química dos organismos é muito
importante para compreender mais aprofundadamente
o fenômeno da
vida.
COMPONENTES DA MATÉRIA VIVA
ÁTOMOS
= Ligações químicas
MOLÉCULAS
Substâncias simples Substâncias compostas
ÁTOMO
É representado pelo seu
símbolo químico (composto
por uma ou duas letras) com o
número atômico e número de
massa
01/08/2017
3
PRINCIPAIS LIGAÇÕES QUÍMICAS
Entre átomos:
Ligação iônica
Ligação covalente (há compartilhamento de elétrons)
Ligação metálica
Entre moléculas:
Ponte de Hidrogênio
Forças de Van der Walls
Ligação iônica entre átomos:
•Ocorre entre metais e não metais
•Há transferência total de elétrons de um átomo para outro
• Gera a formação de íons
metal Não metal
01/08/2017
4
Ligação covalente apolar entre átomos:
O par de elétrons formado será igualmente compartilhado 
pelos átomos pois estes átomos são iguais.
Cada elemento contribui com um eletron e forma o par 
eletrônico
Ex. O2, Cl2, N2, F2
Ocorre entre não metais iguais com a mesma 
eletronegatividade
Ligação covalente polar entre átomos:
Ocorre entre não metais diferentes (Ex. Cl2O, NO3, SO2) ou 
H ligado a não metal (Ex. HCL2, H2O, H2S, NH3)
Cada elemento contribui com um eletron e forma o par
eletrônico
O par de elétrons formado não é igualmente compartilhado
pelos átomos
O elemento mais eletronegativo atrai o par de elétrons
formando um dipolo
Série de eletronegatividade:
F O N Cl Br C I S ..... H .... P. ...
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Ligações 
covalentes apolares
Ligações 
covalentes polares
Molécula apolar
Apesar de ter ligações 
covalentes polares!
Ponte de hidrogênio entre moléculas:
Ocorre entre moléculares fortemente polarizadas que
possuam o H ligado a outro elemento fortemente
eletronegativo.
H 
F
O
N
Cl
Ex. molécula de água
Forças de Van der Walls entre moléculas:
Ocorrem entre moléculas apolares (Ex. H2, Cl2, N2, CO2)
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COMPOSTOS ORGÂNICOS
São as substâncias químicas que contêm na sua estrutura
C e H, e muitas vezes oxigênio, nitrogênio, enxofre,
fosforo e outros.
CARBONO
O carbono é um elemento químico (símbolo C) de número
atômico 6 (6 prótons e 6 nêutrons) com massa atômica 12
u, que é sólido a temperatura ambiente.
HIDROGÊNIO
O hidrogênio é um elemento químico de símbolo H,
número atômico 1 (1 próton e 1 elétron) e com massa
atómica 1 u.
O carbono possui a propriedade de formar vários compostos a partir de sua 
capacidade de formar quatro ligações 
CARBONO
Tipos de ligação de carbono: 
a) Ligação Saturada: ligações simples, chamadas de sigma (s). 
b) Ligação Insaturada: corresponde à uma ligação dupla ou tripla
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Tipos de cadeias carbônicas:
- Cíclicas ou fechadas
- Ácíclicas, abertas ou alifáticas
Fonte: 
http://www.oquebragalho.com.br/pesquisafacil/quimica/organica/classificacaodoscarbonos.ht
m
Classificação dos carbonos em uma cadeia:
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Tipos de reações químicas importantes em bioquímica:
Reação de síntese - várias substâncias ligam-se originando um único
produto: A + B » AB
Reação de decomposição - também dita de análise, neste caso uma
dada substância é decomposta em substâncias menores: AB » A + B;
Reação de dupla decomposição - neste caso, átomos ou radicais
trocam de lugar entre os reagentes: AB + CD » AC + BD. Um importante
exemplo deste tipo de reacção são as
Hidrólises R-R' + H-OH » R-H + R'-OH e as suas reações inversas, as
condensações R-H + R'-OH » R-R' + H-OH;
Reação de oxidação-redução - também conhecidas por reações redox,
são reações em que há transferência de elétrons entre moléculas.
A oxidação pode ser definida como a perda de elétrons e a redução
como o ganho de elétrons
Reação de oxidação-redução
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TEORIA SOBRE A ORIGEM DO UNIVERSO e origem da 
vida :
BIG BANG
Toda a matéria do espaço estava confinada a um volume pequeno
Houve uma explosão gerando uma bola de fogo primordial que
começou a expandir com grande força...
Ex. Proteínas, ácidos nucléicos, polissacarídeos
Macromoléculas (polímeros)
C + H + O
Ex. aminoácidos, nucleotídeos,
monossacarídeos
monômeros
BIOMOLÉCULAS
São moléculas utilizadas por organismos vivos e que são
compostas de C e H (hidrocarbonetos), podendo possuir
outros elementos químicos (heteroátomos).
Elementos mais importantes na natureza: C
(50%), H (10%), O (20%), N (8,5%), S (0,8%) e P (2,5%)
– origem das biomoléculas.
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Como podemos estudar os seres vivos?
A nível de tecidos: se estudarmos a estrutura
microscópica dos órgãos;
 A nível de célula: se estudarmos a estrutura e o
funcionamento das células que compõem os tecidos;
A nível molecular: se estudarmos as substâncias químicas
que compõem as células;
BIOLOGIA
BIOS = vida
LOGOS = tratado
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BIOQUÍMICA
Bios – vida
Chemei – química
É o estudo da composição química e dos processos
biológicos a nível molecular que se passam no interior da
célula.
Divide-se em:
Básica: envolve o estudo de moléculas simples como aminoácidos e glicídios
e moléculas complexas como proteínas, lipídios e; processos de sobrevivência
do organismo.
Metabólica: envolve o estudo de metabolismo das biomoléculas.
Divisão dos organismos com base nas suas estruturas 
celulares:
EUCARIOTOS
PROCARIOTOS
ORGANISMOS EUCARIOTOS
Exemplos. Unicelulares: leveduras
Multicelulares: vegetais e animais
• São organismos uni ou pluricelulares
• Apresentam organelas Ex. Mitocondrias, Retículo endoplasmático 
• Além de apresentar uma membrana plasmática células
vegetais apresentam uma parede celular formada pelo
polissacarídeo celulose
• Características das células destes organismos:
• Possuem material nuclear envolvido por membrana
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ORGANISMOS PROCARIOTOS 
Exemplos: bactérias, cianobactérias (algas azuis)
• Possuem material nuclear não envolvido por membrana
Karyon = núcleo
• São organismos unicelulares
• Apresentam estruturas simples, não tem organelas
delimitadas por membranas
• Além de apresentarem uma membrana plasmática
apresentam uma parede celular formada por polissacarídeo
• Características das células destes organismos:
ORGANISMOS PROCARIOTOS E EUCARIOTOS:
Ambos contém em suas células:
- DNA
- Uma membrana plasmática composta por uma camada
dupla de lipídios na qual estão inseridas várias proteínas.
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Fracionamento celular:
Objetivo: estudar a bioquímica das biomoléculas 
contidas em uma célula.
• Procedimento de fracionamento subcelular:
Partindo de uma célula - ex. hepatócito:
• É a célula mais estudada bioquimicamente,
• É de fácil obtenção,
• Fornece grande quantidade de material
2.1 Extração:
- de biomoléculas lábeis: 0-4oC
sacarose – 0,25 mol/L (sol.
Isosmótica -salina)
pH tamponado a 7,4 – TRIS 0,05 M
íons K+ e Mg+ em pH fisiológico
lipídeos e ácidos nucléicos com
solventes orgânicos e detergentes.
2.2 Homogeinização: extrai a organela por rompimento
celular*.
Isolamento protéico: uso de TFA 0,1%.
2.3 Centrifugação:
- 600 rpm x 10 mins: sobrenadante 1 + fração nuclear
- 15.000 rpm x 5 mins: sobrenadante 2 + fração
mitocondrial
- 105.000 rpm x 60 mins: sobrenadante 3 + fração
microssomal
ORGANELAS CELULARES IMPORTANTES:
Núcleo
Mitocôndria
Retículo endoplasmático
Complexo de Golgi
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NÚCLEO
Apresenta:
Cromatina
Nucléolos ricos em RNA
Funções:
Regular as reações químicas que ocorrem dentro da 
célula;
Armazenar informações genéticas da célula 
É envolvido por membrana dupla 
MITOCÔNDRIA
É
envolvida por membrana dupla
É onde ocorre as reações de oxidação que produzem
energia para a célula
Externa: lisa
Interna: dobras (cristas)
RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO 
É um sistema de
canalículos, bolsas
achatadas e pequenos
vacúolos que fazem a
ligação entre a superfície da
célula e o núcleo.
Pode ser liso ou rugoso
Funções:
transportar substâncias de um setor para outro na célula
Armazenar substâncias para posterior eliminação
Promover a síntese de lipídios e glicoproteínas
Promover a síntese de proteínas na célula
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COMPLEXO DE GOLGI 
Funções: 
Armazenar proteínas sintetizadas no retículo endoplasmático 
rugoso para posterior exportação
secretar proteínas para fora da célula
Promover a ligação de açúcares a outros componentes 
celulares
É um grupo de bolsas
achatadas e pequenos
vacúolos, de onde se
desprendem por
brotamento algumas
vesículas
MEMBRANA CELULAR
É o envoltório celular
Função: separar o conteúdo da célula 
do mundo exterior
LISOSSOMOS
Vesículas delimitadas por membranas que contém enzimas hidrolíticas
CITOESQUELETO ou RETÍCULO 
MICROTABECULAR
Retículo de fibras finas constituído
de proteínas que mantém as
organelas em posição
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Como as células utilizam energia produzida no organismo?
A produção de energia ocorre por meio do
consumo de carboidratos/glicídios via reação de oxidação
dos mesmos (perda de elétrons).
O consumo de energia pela célula se dá por
meio da captação de energia na forma de AMP, ADP ou ATP
e esta é utilizada para outros processos celulares – outras
reações.
PRINCIPAIS COMPONENTES QUÍMICOS DA CÉLULA
Substâncias inorgânicas:
ÁGUA
SAIS MINERAIS
Substâncias orgânicas:
GLICÍDIOS
LIPÍDIOS
PROTEÍNAS
ÁCIDOS NUCLEICOS
VITAMINAS
ÁGUA
É a substância que se encontra em maior quantidade no 
interior da célula. 
Fórmula molecular: H2O
Possui natureza
polar, o que
determina as
suas
propriedades
como solvente.
A quantidade de cargas positivas
é a mesma de cargas negativas,
mas a distribuição das cargas
negativas (elétrons) não é
uniforme, ficando a região do
hidrogênio positiva e do oxigênio
negativa.
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Compostos iônicos como Ex. Cloreto de potássio (KCl,
K+ E Cl em solução), e compostos polares com cargas
parciais como ex. álcool etílico ou acetona tendem a
dissolverem-se na água porque:
Há atração entre cargas opostas
A extremidade negativa do dipolo da água atrai os íons 
positivos ou a extremidade positiva de outro dipolo. 
A extremidade positiva da molécula da água atrai um 
íon negativo ou a extremidade negativa de outro dipolo
Então é a atração entre os dipolos destas moléculas e o dipolo da água que 
faz com que elas se dissolvam.
Compostos polares que se dissolvem facilmente em água são pequenas
moléculas orgânicas que contém um ou mais átomos eletronegativos
(oxigênio e nitrogênio). Exemplos:
Álcoois
Aminas
Ácidos carboxílicos
Éteres
Aldeidos
Cetonas
As interações ion-dipolo e dipolo-dipolo responsáveis pela solubilidade dos
compostos iônicos e polares, não ocorrem para compostos apolares.
As moléculas apolares não se dissolvem em água e são denominadas
hidrofóbicas
Sólidos apolares deixam material não dissolvido na água
Líquidos apolares formam um sistema de duas fazes com a água
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As interações ion-dipolo e dipolo dipolo são semelhantes 
as interações entre as moléculas de água.
A ligação entre as moléculas da água
ocorre pelas pontes de hidrogênio, ou
seja, ligação entre o átomo de oxigênio
de uma molécula com um dos átomos
de hidrogênio da outra molécula.
Quando o H é covalentemente ligado a
um átomo eletronegativo (ex. O ou N)
ele possui carga parcial positiva devido a
polaridade da ligação;
Esta carga parcial positiva do H
pode interagir com um par de
elétrons não compartilhado de outro
átomo eletronegativo;
O átomo eletronegativo ao qual o
hidrogênio está covalentemente ligado
é chamado de doador de ponte de
hidrogênio;
O átomo eletronegativo que contribui
com o par de elétrons não
compartilhado é o aceptor de ponte de
hidrogênio (o H não está
covalentemente ligado ao aceptor).
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Conserva a temperatura corporal nos animais homeotermos
Participa nas reações de hidrolise
Serve como um veículo das substâncias que passam
através da membrana plasmática, no intercambio
entre o meio extracelular e o citoplasma
Funções da água:
Representa o solvente universal dos líquidos orgânicos
Auxilia na digestão, absorção e excreção.
Compartimentos de água no organismo:
- Fluído intracelular (FI - 62%): dentro da célula: 
citoplasma e organelas;
- Fluído extracelular (FE - 38%): fora da célula: 
plasma sanguíneo, interior dos vasos sanguíneos, espaço 
intersticial (líquido transcelular ex. linfa, saliva, líquido 
ocular), das articulações (líquido sinovial), das glândulas 
(suco pancreático), excretados (suor ou urina).
Compartimentos de água no organismo:
Estimativa da distribuição de 
água/compartimentos:
- Recém nascidos: > % de água é FE
- Adultos: > % de água é FI
Gravidez: ocorre aumento de até 6L de água – líquido 
aminiótico, feto, placenta, aumento de órgãos 
reprodutivos e volume sanguíneo. 
Ao término da gravidez: 1L acima do normal.
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Uma molécula que tem porções polares (hidrofílicas) e apolares (hidrofóbicas) 
é chamada de anfipática. 
http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb/micela/
As moléculas anfipáticas na presença de água formam estruturas chamadas
de micelas.
SAIS MINERAIS
Participam nos processos osmóticos, estimulando a
entrada e saída de água na célula;
Atuam como catalizadores
Mantém as membranas celulares polarizadas
Formam o esqueleto de muitos animais
Eles representam substâncias reguladoras do
metabolismo celular.
São obtidos pela ingestão de água e junto com alimentos
como frutos, cereais, leite, peixes, etc
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Equilíbrio hídrico
Geralmente se mantém estável.
Pode ser alterado por: 
- exercício físico, 
- temperatura e;
- UR.
Consumo e excreção médios para adulto: 2,5-3 L/dia.
Controle da ingestão de água: 
- sensação de sede (hipotálamo ventro medial) e;
- atividade hormonal.
Ingestão: provém de líquidos, alimentos e do próprio metabolismo como produto de oxidações.
Equilíbrio hídrico
Absorção de água: 
Tubo digestivo (desde o estômago ao intestino
delgado: máxima absorção - 20 mins), é levada ao
sangue e à linfa, parte é retida no cólon.
Como ocorre a absorção: devido a diferença de pressão 
osmótica entre plasma e conteúdo intestinal.
Transporte da água:
Ocorre pelo FI para os tecidos por força hidrostática
do coração e dos músculos esqueléticos voluntários.
Equilíbrio hídrico
- Distribuição da água no organismo:
Depende de forças que controlam a distribuição de
água:
- Solutos: partículas em solução na água do organismo:
eletrólitos e proteínas,
- Membranas que separam os compartimentos de água.
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Equilíbrio hídrico
- Eliminação:
- sensível – via rins: urina ou intestino: fezes.
- insensível – via pulmões: respiração ou pele:transpiração.
Perda excessiva por:
- diarréia (esgota bicarbonato de sódio: acidez),- vômitos (perde suco gástrico: alcalose): reposiçãocom soro caseiro.
Obs.: perda de 20% do peso pode ser fatal.
Inchaço por:
- uso de medicamentos/retenção renal – hormônioantidiurético da pituitária (ADH): uso de diuréticos.
Obs.: maiores cuidados com pulmão e cérebro.
Equilíbrio de eletrólitos
Eletrólitos: 
Elementos inorgânicos livres em solução possuindo
carga elétrica:
- cátion
- ânion.
Uma solução estável deve possuir quantidades
iguais de
partículas positivas e negativas, sendo neutra.
Equilíbrio Hidro-eletrolítico
O controle da água nos diferentes compartimentos é 
controlada pela presença dos eletrólitos: 
- Na+ (FE)
- K+ (FI).
As trocas de água ocorrem por mudança na
concentração desses eletrólitos no FE.
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Equilíbrio Hidro-eletrolítico
Sentido do fluxo de água entre os fluídos:
Segundo a osmolaridade, ou seja, do menos
concentrado em eletrólitos para o mais concentrado
para diluí-lo.
Equilíbrio Hidro-eletrolítico
As trocas de água também são influenciadas por:
- Proteínas do plasma: PM grande - albumina e globulina
(colóides):
Exercem pressão osmótica coloidal para manter o
volume sanguíneo no vaso – equilíbrio hídrico.
- Compostos orgânicos de tamanho molecular menor:
movimentam-se livremente e não influenciam as trocas.
Glicose, uréia, aminoácidos só influenciam trocas de
água se em alta concentração.
Entendendo o tamponamento
Ácidos: doadores de próton (Lewis).
Bases: receptores de próton (Lewis).
Constante de dissociação: 
Ka = [H3O+][A-]/[HA], para: HA H3O++ A-Ácido Base conjugada
pKa = -log Ka
pH = -log10[H+] pOH = -log10 [OH-]
0 7 14
pH = pKa + log [A-]/[HA].
H2O
pH
pOH
ácidos
bases
bases
ácidos
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Sistemas Tampão
Tampão: 
Termo usado para indicar reações que minimizam 
alterações na concentração de íons (H+).
Solução tampão:
Mistura de ácido fraco e sua base conjugada.
Resiste a mudanças de pH mediante adição de
quantidades de um ácido ou de uma base forte sobre
água pura em pH 7,0 e em solução tampão pH 7,0.
Objetivo: evitar que a mudança de pH afete equilíbrios
ou velocidades de reações químicas.
Sistemas Tampão
Fontes de H+:
- apresentam-se como íons voláteis, ou seja, como ácidos
fracos ou ácido carbônico, sendo excretados pelos
pulmões constantemente como CO2 e H2O.
- apresentam-se como íons não-voláteis ou metabólicos:
provém de alimentos ou do metabolismo, sendo
excretados como íons amônio, ácidos fracos ou íon
hidrogênio livre, o qual irá determinar o pH da urina.
Sistemas Tampão
Tampão sanguíneo: é realizado por uma série de
sistemas tampão, sendo o principal:
H2CO3 (gás carbônico) e HCO3- (íon bicarbonato)
Se o sistema tampão não consegue neutralizar
oscilações de concentrações H+, pode ocorrer COMA ou
MORTE do paciente.
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Sistemas Tampão
Tipos de controles tampão:
A - Tampão químico:
Consiste em ácido fraco + base ou sal do mesmo ácido.
Dividem-se em:
- Sistema bicarbonato
- Sistema fosfato
- Sistema proteína
Sistemas Tampão
Sistema bicarbonato:
É constituído de ácido carbônico fraco (H2CO3) e salbicarbonato de sódio (NaHCO3).
- Se a concentração de H+ aumenta: ácido forte vira
ácido carbônico (aumenta acidez) e o excesso de H+
é excretado pelo pulmão e o sal é regenerado no rim
(compensação).
- Se a concentração H+ reduz: aumenta o sal (aumenta
basicidade) e reservas liberam H+ para aumentar a
acidez (compensação).
Sistemas Tampão
Sistema fosfato:
Ácido fosfórico (H3PO4) e fosfato de sódio
(NaH2PO4) – idem anterior.
Sistema proteína:
Pode funcionar como ácido ou base, devido a sua
estrutura química (COOH e NH2 presentes nos aa).
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Sistemas Tampão
Tampão ventilatório:
Somente entra em atuação após mudanças de pH,
serve como mecanismo compensatório para pH<7,0 e
pH>7,0. Ajuda a regular o pH com base em CO2 retido
ou liberado.
Aumento de H+ (aumento de H2CO3) estimula oaumento da freqüência respiratória: produz mais CO2,estimula a hiperventilação e o sangue se torna mais
alcalino: H2CO3 H+ + HCO3-
Redução da freqüência respiratória: reduz o gás
carbônico, aumenta HCO3- circulante e torna maisalcalino o meio e estimula uma hipoventilação para
voltar a produzir o ácido.
Sistemas Tampão
Tampão renal:
Só age quando o pH está baixo, ou seja, pH<7,0.
Ele anula o efeito ácido temporariamente, pois aumenta
a excreção de íons bicarbonato (HCO3-) e amônia (NH3)para controlar a acidez.
Processo dura: 10-20h.
Íons existentes na urina como cloreto (Cl-) e bicarbonato
são absorvidos na condição alcalina (ruim).
Distúrbios do equilíbrio Hidro-eletrolítico
1. Acidose:
Condição de decréscimo do pH do sangue ou dos
fluídos por:
- excesso de produção (H2CO3)
- retenção de ácidos
- perda de bases.
Causa:
1.1 metabólica
1.2 respiratória
1.3 exercício físico rigoroso.
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Distúrbios do equilíbrio Hidro-eletrolítico
1.1 Metabólica:
Diminuição de bicarbonato (HCO3-) com pequena
ou nenhuma mudança no ácido carbônico (H2CO3).
Ex. diabetes, desnutrição e insuficiência renal ou
diarréia.
Correção: Respiração rápida e profunda elimina o CO2
e alcaliniza o sangue e rins excretam ácido na urina.
Distúrbios do equilíbrio Hidro-eletrolítico
1.2 Respiratória:
Aumento do nível de ácido carbônico (H2CO3) emrelação ao bicarbonato (HCO3-), devido ahiperventilação causada por alguma doença que afeta o
sistema respiratório.
Ex. quando prendemos a respiração ou se respira ar
confinado por muito tempo, em enfisema pulmonar e
operações de tórax.
Correção: Compensação renal por reabsorção de
sódio e bicarbonato e; aumento de excreção renal de
cloreto e íon hidrogênio auxiliando o retorno do pH ao
normal.
Distúrbios do equilíbrio Hidro-eletrolítico
1.3 Excesso de exercício físico:
Perda de água e eletrólitos devido a transpiração e
consumo muscular, logo diminui íons bicarbonato, que
são excretados como NaHCO3.
Correção:
- Manter a reposição hídrica constante durante exercício,
- não efetuar exercícios em jejum,
- ingestão de banana: K+ (evita-se cãimbras).
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Distúrbios do equilíbrio Hidro-eletrolítico
2. Alcalose: 
Condição de aumento do pH do sangue ou dos fluídos
por:
- excesso de produção (HCO3-)
- retenção de bases
- perda de ácidos.
Causa:
2.1 metabólica
2.2 respiratória
2.3 alimentar
Distúrbios do equilíbrio Hidro-eletrolítico
2.1 Metabólica:
Geralmente é resultante da concentração diminuída de 
H+, levando ao aumento de HCO3- ou por retenção de HCO3- (elevado).
Correção:
- Hipoventilação/respiração lenta: para haver retenção 
de CO2 e produção de ácido.
- Excreção renal de bicarbonato.
Distúrbios do equilíbrio Hidro-eletrolítico
2.2 Respiratória:
Deficiência de CO2 quando há excessiva ventilação pulmonar por:
- aceleração de ritmo respiratório
- aumento/extensão dos movimentos respiratórios, 
- Estímulo do centro respiratório por fármacos 
- Quando houver doenças mentais envolvidas. 
Aumenta a concentração de bicarbonato.
Correção: Compensação fisiológica: hemoglobina é sítio
reserva de H+, que é doado ao HCO3-: reduz aconcentração desse íon.
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Distúrbios do equilíbrio Hidro-eletrolítico
2.3 Alimentar:
Ocorrência de vômitos devido a algum alimento ingerido 
e que foi rejeitado pelo organismo.
Perde-se água e eletrólitos.
No processo de vômito, o conteúdo gástrico (ácidos) é 
excretado, reduzem-se as moléculas H2CO3.
Correção: soro fisiológico NaCl; 0,9% (IV), ingerir água, 
soro caseiro, sistemas repositores energéticos ex. 
gatorate, hidrafix, etc.
Processos aulas/Unidade 2 glicídeos.pdf
1
GLICÍDEOS
-Sinonímia:
Glicídeos = Carboidratos =
Hidratos de Carbono = Açúcares.
*Sacarídeos = glicídeo simples
- Conceito:
São compostos orgânicos
constituídos de carbono,
hidrogênio e oxigênio na proporção
de 1:2:1.
Funções dos glicídeos ou carboidratos:
• Fornecem energia na dieta
• Servem como um depósito de energia no corpo
•
Atuam como componentes da membrana celular: interações entre 
células e reconhecimento imune.
• Atuam como componentes da estrutura de organismos
Fórmula:
Cn(H2O)m
n=m: (monossacarídeos)
Com a oxidação de um carboidrato: 4kcal/g (1kcal = 4,184kJ) .
Corresponde a 0,6% do peso corporal em carboidratos.
Classificação dos glicídeos
Quanto a quantidade de unidades:
1. Oses ou Monossacarídeos: um açúcar, são glicídeos 
mais simples.
2. Osídios: são glicídeos mais complexos.
- Oligossacarídeos: poucas moléculas de glicídeos
unidas.
- Polissacarídeos: muitas moléculas de glicídeos unidas.
2
Os monossacarídeos podem ser definidos quimicamente como:
CETOSES  poli-hidroxi-cetonas
ALDOSES  poli-hidroxi-aldeídos
Gliceraldeído – Dextrógiro ou Levógiro Diidroxiacetona - D
Monossacarídeos mais simples: trioses
a) Oses ou monossacarídeos:
CONCEITO
São as unidades de glicídeos que...
• Apresentam sabor doce
• São solúveis em água
• Não sofrem hidrólise
a) Oses ou monossacarídeos ou açúcares simples:
São classificadas de acordo com:
- Número de carbonos;
-Forma da cadeia de carbonos;
3
* Há outros monossacarídeos que como a glicose apresentam 6 carbonos. 
Exemplos: frutose, galactose e manose.
Classificação das oses ou monossacarídeos de acordo com o 
número de carbonos:
Estruturas de algumas hexoses:
Glicose Frutose Manose Galactose
4
Fontes dos principais monossacarídeos:
Osídeo Carboidrato Monossacarídios 
constituintes
Função biológica
Dissacarídios Sacarose Glicose+frutose Energética. Encontrada 
na cana-de-açúcar e 
beterraba.
Lactose glicose+galactose Energética. Encontrada 
no leite
Maltose Glicose+glicose Provém da digestão do 
amido.
Polissacarídios Amido Várias moléculas de 
glicose
Encontrado em 
raízes,caules e folhas.
Celulose Várias moléculas de 
glicose
Componente da parede 
das Células vegetais
Glicogênio Várias moléculas de 
glicose
É a reserva enegértica 
dos animais, é 
encontrado no fígado e 
músculos
Estrutura dos monossacarídeos:
Isômeros – compostos que
apresentam a mesma fórmula
química.
Isômero óptico: não sobrepõe a
imagem especular.
Diasteroisômeros – isômeros não
sobrepostos, sem imagem especular.
Epímeros – são isômeros que diferem
na configuração quanto a um átomo
de carbono específico, sobrepõe-se.
5
EPÍMEROS: são diasteroisômeros que diferem 
na configuração de apenas 1 C*.
Enantiômeros –
são pares de
isômeros em que
um é a imagem
especular do outro.
Um dos membros
do par é o açúcar
D e o outro é o
açúcar L.
Classificação das oses ou monossacarídeos quanto a forma 
da cadeia de carbonos:
• Cadeia aberta acíclica (< 1% daqueles com cinco ou mais
carbonos)
• Cadeia fechada ou em forma de anel ou cíclica:
4 carbonos + 1 oxigênio = anel furanose 
5 carbonos + 1 oxigênio = anel piranose
6
A ciclização de uma ose envolve:
A formação de um anel hemiacetal por:
-Interação entre grupos funcionais de C1 (aldose) e C5
(outra ose) ou;
- Interação entre grupos funcionais de C2 (cetose) e C5
(outra ose).
A ciclização de uma ose envolve:
A formação de duas conformações: conforme a
posição da oxidrila do carbono anômero a mesma ose
pode existir na forma:
- cíclica : OH do carbono anômero está à direita em ose 
da série D (baixo)
- cíclica : OH do ca.rbono anômero está à esquerda em 
ose da série D (cima).
Os monossacarídeos em solução aquosa estão
presentes na sua forma aberta em uma proporção de
apenas 0,02% , o restante das moléculas está ciclizada
na forma de um anel hemiacetal de 5 ou de 6 vértices.
O anel de 5 vértices é chamado de anel furanosídico ,
e o anel de 6 vértices é chamado de anel piranosídico.
7
Propriedades das oses
Oxidações: 
Objetivo: Produção de energia: perde H+. 
- Sofrem oxidação na função aldeído: formam ácidos
aldônicos.
- Sofrem oxidação na função álcool primário: formam
ácidos urônicos.
- Sofrem oxidação nas funções aldeído e álcool primário:
formam ácidos sacáricos.
8
Propriedades das oses
- Sofrem redução: formam álcoois – tóis.
ex. glicose: sorbitol
manose: manitol
- Possuem poder redutor de metais: quando a –OH do C 
anomérico estiver livre.
ex. Cu+2 – Cu+
Objetivo das oxi-reduções: determinação de glicídeos.
• As oses podem reagir entre si ou com outras substâncias
químicas através do grupamento aldeído ou cetona,
produzindo derivados de oses chamados de osídios.
Os osídios podem ser:
Holosídios: formados por duas ou mais oses
Heterosídios: formados por uma ou mais oses +
substância não glicídica (radical aglicônio: qualquer
grupamento)
Os osídios são hidrolisáveis. 
Oligolosídios
Poliolosídios
Fonte da imagem: 
http://www.netxplica.com/manual.virtual/exercicios/bio10/biomoleculas/10.BIO.glicidos.htm
Nos holosídios as oses são unidas por uma ligação osídica
Oxidrila heterosísica – C1
9
Fonte da imagem: http://estudemmais.blogspot.com/
Heterosídios
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/virus/virus-13.php
Heterosídio
b) Osídios do tipo holosídios:
São estruturas formadas pela união de oses
(monossacarídeos) ligados por ligações glicosídicas.
Formado pela reação de C hemiacetal com
álcool (R-OH) gerando um acetal completo ou
glicosídeo.
Rafinose
Ligação glicosídica: C1 – OH
C – O – CH2 - ose
10
Classificação dos osídios do tipo holosídios de acordo com
o número de oses (monossacarídeos):
• Oligolosídeos (Oligossacarídeos): 2-10 moléculas unidas
Lactose (glicose + galactose)
Maltose (glicose + glicose)
Sacarose (glicose + frutose)
Rafinose (glicose + frutose + galactose)
• Poliolosídios (Polissacarídeos): mais de 11 moléculas
unidas Amido
Glicogênio
Celulose 
Mucopolissacarídios (heteropoliolosídeos)
Tipos de ligações entre oses dos principais oligolosídios:
Fonte da imagem: http://2.bp.blogspot.com/-pLtwamzOMEM/TfC-
sPlnRhI/AAAAAAAABZA/NQfaBiZxIzc/s1600/imagesCAEWXPU8.jpg
Poliolosídio
(Polissacarídeo):
reserva de glicose 
das plantas –
estrutura helicoidal 
em solução aquosa.
Fonte: 
Amido é hidrolisado (H2O/ácido ou enzima) produz glicoses.
Amido parcialmente hidrolisado produz dextrinas e maltose.
11
Amido e suas formas
O amido é o polissacarídeo de reserva da célula
vegetal, é formado por moléculas de glicose ligadas
entre si através de numerosas ligações (1,4) e poucas
ligações (1,6), ou "pontos de ramificação" da cadeia.
Sua molécula é muito linear e forma hélice em
solução aquosa.
Formas:
- amilose, o tipo não ramificado de amido (feita de
ligações (1,4).
- amilopectina, a forma ramificada.
Glicogênio 
(reserva)
Poliolosídio
(Polissacarídeo)
Fonte: 
É o polissacarídeo de reserva da célula animal, muito semelhante ao
amido, possui um número bem maior de ligações (1,6), o que
confere um alto grau de ramificação à sua molécula.
Os vários pontos de ramificação constituem um importante
impedimento à formação de uma estrutura em hélice.
Hepático: mantém a glicemia entre refeições.
Um homem de 70kg possui 200 mg de glicogênio após a refeição e 80 mg em jejum noturno (8h).
Muscular: usado para contração muscular durante exercícios 
Homem de 70kg em repouso possui 150 g armazenados no músculo.
Poliolosídio
(Polissacarídeo) –
compõe parede 
celular de plantas, 
algodão e madeira. 
Unidades de glicose 
no mesmo plano.
Fonte: Fibras
É o carboidrato mais abundante na natureza , possui função estrutural na
célula vegetal, como um componente importante da parede celular.
Semelhante ao amido e ao
glicogênio em composição, a celulose também
é um polímero de glicose, mas formada por ligações tipo (1,4).
Este tipo de ligação glicosídica confere á molécula uma estrutura espacial
muito linear, que forma fibras insolúveis em água e não digeríveis pelo ser
humano.
12
Heteropoliolosídeos
• Função: formar o tecido conjuntivo de mamíferos.
• Mucopolissacarídeos: os mais simples são formados por
unidades repetidas de dissacarídeos mistos –
intercalados.
glicosaminoglicana
Estruturas espaciais das oses: 
Projeção de Fischer
-Cadeia de carbonos escrita verticalmente com o carbono 1 no topo
-Substituintes hidroxila e hidrogênio escritos à esquerda ou direita
- É a projeção mais utilizada.
Projeção de Haworth
- Carbono 1 desenhado à extrema direita
- Plano do anel é “achatado” no papel
- Grupos H, OH e CH2OH projetam-se acima ou abaixo do plano do papel
- É a representação mais realista.
Representação de Fischer e Haworth:
Grupo a direita () do 
C na Fischer é 
representado para 
baixo na Haworth
Processos aulas/Unidade 3 lipideos.pdf
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Centro Universitário Franciscano
Bioquímica
Unidade 3
Lipídios
Lipídios:
Conceito:
Compostos com cadeias hidrocarbonadas longas contendo
grupamentos apolares (gorduras).
Características:
Natureza: apolar
insolúveis ou pouco solúveis em água e;
altamente solúveis em solventes orgânicos: éter,
clorofórmio, benzeno, hexano, etc..
o PF aumenta com o número de C e saturação dos AG.
Não possuem uniformidade de estrutura química.
Funções:
- Armazenar energia para a célula;
- Atuam como isolantes térmicos;
- Composição das membranas biológicas;
- Composição de alguns sistemas enzimáticos;
- Podem ter funções hormonais (hormônios esteróides) evitaminas;
- Reconhecimento de outras moléculas como receptorescelulares permitindo passagem de íons ou moléculas paradentro/fora da célula.
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Recomendação de ingesta diária:
20-30% das calorias (gorduras totais) &
Ingerir menos de 200-300 mg de colesterol/dia.
Molécula com menor número de átomos de oxigênio.
É mais reduzido (H+) libera mais energia
quando é oxidado.
A oxidação de uma molécula de lipídio produz 9 kcal/g.
Correspondem a 85% do peso corporal.
Observação: Oxidação do álcool etanol à CO2 e H2O libera: 7 kcal/g.
Reserva: Tecido adiposo
Classificação de lipídios:
Podem ser classificados conforme a cadeia:
- Compostos de cadeia aberta (cabeça polar e cauda
apolar):
Incluem ácidos graxos, acilgliceróis/glicerídeos,
esfingolipídios, fosfoacilgliceróis e glicolipídios.
- Compostos de cadeia fechada: 
São os esteróides.
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3
Classificação de lipídios:
E também podem ser classificados em:
1. Lipídios simples:
São compostos ternários, que apresentam apenasácidos graxos e alcoóis na sua estrutura.
2. Lipídios compostos:
São compostos que contêm outros grupos namolécula, além de álcool e ácidos graxos.
3. Lipídios derivados:
São formados a partir dos dois primeiros grupos,durante o processamento ou armazenagem dasgorduras ou alimentos que contêm gorduras.
1. Lipídios simples:
Incluem:
1.1 Acilgliceróis ou glicerídios:
O menor glicerídeo é glicerol, um álcool na forma de
molécula trihidroxilada.
1.2 Ceras:
Contêm um álcool monohidroxilado na cadeia longa
esterificado com um ácido graxo.
2. Lipídios compostos:
Incluem:
2.1 Fosfolipídios: todos lipídeos que contêm grupos 
fosfóricos na molécula.
2.2 Glicolipídios: contêm um glicídeo na molécula.
2.3 Sulfolipídios: contém enxofre na molécula.
2.4 Lipoproteínas: associação de lipídios e proteínas.
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3. Lipídios derivados:
Incluem:
3.1 ácidos graxos,
3.2 álcoois (glicerol, esteróis, prostaglandinas e outros),
3.3 vitaminas lipossolúveis,
3.4 pigmentos e,
3.5 compostos nitrogenados.
Ácidos Graxos (3.1)
São ácidos carboxílicos (grupamento carboxila na
extremidade polar), saturados ou insaturados (duplas
podem ser cis ou trans, não conjugadas), com número
variável de átomos de carbono (4 a 30 C na cauda
apolar), geralmente acíclicos, havendo alguns
ramificados e outros hidroxilados.
Os ácidos graxos presentes nos organismos vivos
normalmente contém um número par de átomos de
carbono e não são ramificados.
R-COOH
Ácidos Graxos
Ácidos graxos insaturados com mais de uma ligação
dupla, não são facilmente sintetizáveis pelos tecidos
animais.
Alguns: dieta dos animais
São nutricionalmente essenciais.
São constituintes de gorduras e ocorrem na forma
de triglicerídeos.
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Ácidos Graxos
Características:
São compostos anfifílicos.
Quanto maior a cadeia, maior o PF e;
Quanto mais saturada for a cadeia, maior o PF.
Insaturação: estado líquido a 25oC.
Saturação: estado sólido a 25oC.
Transformação de óleo em gordura (sólido):
Hidrogenação.
Ácidos Graxos
Classificação:
A) Podem ser classificados conforme o
comprimento da cadeia:
- De cadeia curta: até 7 C;
- De cadeia média: até 11 C;
- De cadeia longa: a partir de 12 C.
Ácidos Graxos
B) Podem ser classificados segundo o grau de
insaturação:
- Saturados: somente ligações simples.
C4:0
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Ácidos Graxos
- Monoinsaturados: única ligação dupla.
Ex. C18:1 - ácido 9-octadecenóico ou ácido oléico.
Ácidos Graxos
- Polinsaturados: duas ou mais insaturações.
Ex. C18:2 – ácido 9,12-octadecadienóico ou linoléico.
Ácidos Graxos
Ácidos graxos insaturados mono e polinssaturados:
M
M
P
P
P
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Ácidos Graxos
C) E também podem ser classificados pela posição
da insaturação mais próxima do último C (C ômega):
- Ômega-3: insaturação que envolve o 3º C, a contar do
último (C18:3);
- Ômega-6: insaturação que envolve o 6º C, a contar do
último (C18:2);
- Ômega-9: insaturação que envolve o 9º C, a contar do
último (C18:1).
Valor nutricional. Valor calórico.
Alcoóis (3.2)
São compostos por R-OH.
São classificados em:
- Alcoóis primários: ex. etanol.
- Alcoóis secundários: ex. propano-2-ol
- Alcoóis terciários: 2-metil-2-propanol.
Alcoóis
O principal álcool constituinte de lipídios é o glicerol:
O glicerol também é classificado como sendo o
glicerídeo mais simples:
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Acilgliceróis ou glicerídeos (1.1)
Conforme o número de ácidos graxos, são
classificados em:
- monoacilgliceróis ou monoglicerídeos: glicerol+AG;
- diacilgliceróis ou diglicerídeos: mono+AG;
- triacilgliceróis ou triglicerídeos: di+AG.
Acilgliceróis ou glicerídeos
- Monoglicerídeos e diglicerídeos:
São produzidos por hidrólise química (com ácidos 
ou bases) ou enzimática (por lipases) sobre alimentos;
OU
São produzidos por síntese a partir de reação entre 
glicerol e ácidos graxos livres. 
São derivados do glicerol com 1 ou 2 ácidos graxos 
esterificados.
Função: emulsificantes para margarinas, pães e
bolachas.
Acilgliceróis ou glicerídeos
Transformação de um diglicerídeo em triglicerídeo:
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Acilgliceróis ou glicerídeos
- Triglicerídeos:
São glicerídeos com três ácidos graxos esterificados
com ácidos carboxílicos.
É desta forma que ingerimos e armazenamos
gordura (energia).
Sua qualidade depende do tipo de ácido graxo
constituído.
Acilgliceróis ou glicerídeos
Características:
• Os triglicerídeos não são componentes de membrana.
• Os triglicerídeos são a forma de reserva de lipídios no
organismo, estando acumulados no tecido adiposo
(células adiposas).
• Servem
como estoques concentrados de energia
metabólica.
• As ligações ésteres dos triglicerídeos são hidrolisadas
por enzimas chamadas lipases.
Acilgliceróis ou glicerídeos
- Triglicerídeos:
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Diferentes ácidos graxos
Prostaglandinas (3.2)
São compostos derivados de ácidos graxos, seuprecursor é o ácido araquidônico (AG de 20C e 4 duplasnão conjugadas).
Função:
- Participação no controle de pressão arterial:hipotensores,
- Participação no estímulo da contração do músculo liso;
- Modulam atividade de hormônios;
- Participação na indução de respostas inflamatórias.
C8
C9,10,11,12
Prostaglandinas
Obs.:
Aspirina inibe síntese de prostaglandinas nas plaquetas
– efeito anti-febril.
Algumas podem inibir agregação plaquetária,
dissolver coágulos e impedir AVCs ou ataques
cardíacos.
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Ceras (1.2)
São ésteres de ácidos graxos com
monohidroxiálcoois de alto PM.
Características:
- possuem alto PF
- são mais resistentes à hidrólise que os glicerídeos.
Usadas para cobertura de carnes e sobre cascas de
frutas como maçã.
Fosfolipídios (2.1)
São também conhecido por Fosfoacilgliceróis,Glicerofosfolipídeos ou Fosfoglicerídeos.
A molécula de glicerol é esterificada por H3PO4formando éster (monoprótico) e 2 AG são esterificados àglicerol, formando ácido fosfatídico, o qual reage erecebe diferentes radicais, formando então diferentesfosfolipídios.
São semelhantes aos TG mas contém fósforo. 
Fosfolipídios
O ácido fosfórico (H3PO4) é triprótico e permiteformar até 3 ésteres: fosfaditiléster = fosfoacilglicerol =
fosfolipídeo.
Formação de fosfolipídios:
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Fosfolipídios
Funções:
- constituintes das membranas celulares;
- constituem um fator essencial na formação do coágulo
sanguíneo;
- auxiliam o transporte de outros lipídeos na corrente
sanguínea.
Fosfolipídios
O tipo de fosfolipídeo depende do segundo álcool
esterificado, podendo formar:
- Fosfatidiletanolamina ou cefalina: éster do ácido
fosfatídico, esterificado por etanolamina.
Uso: aditivos de alimentos formulados devido ao potencial 
emulsificante.
Fosfolipídios
- Fosfatidilcolina ou lecitina: éster do ácido fosfatídico
esterificado com –OH de colina.
Uso: aditivos de alimentos formulados devido ao
potencial emulsificante.
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Fosfolipídios
- Outros fosfolipídios:
- Fosfatidilserina:
- Fosfatidilinositol:
- Fosfatidildiglicerol:
- Difosfatidilglicerol = cardiolipina (grupamento
grande) – presentes em músculo cardíaco.
Fosfolipídios
Os compostos hidroxilados ligados ao fósforo (-O-
R3) mais comuns dos fosfolipídeos são:
Compostos nitrogenados (3.5)
Bases nitrogenadas fazem parte da estrutura dos lipídios
(fosfolipídeos).
- Etanolamina ou colina:
HO-CH2-CH2-NH3+
- Colina ou trimetil-etanolamina:
HO-CH2-CH2-N(CH3)3+
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Glicolipídeos (2.2)
Também chamados de esfingolipídios, são:
- moléculas compostas por um carboidrato ligado a um
grupamento álcool (-OH) de um lipídio por meio de
ligação glicosídica.
OU
- lipídios que contém um álcool superior aminado na
molécula, esfigosinol (esfigosina).
Não estão ligados a um glicerol.
Função: são componentes das membranas. 
Glicolipídeos
Moléculas-mãe: 
Ceramidas (-OH primário):
É um álcool insaturado com 18 C que possui amina
(esfingosina) e um ácido graxo de cadeia longa unido
por ligação amida (RCONR2).
Glicolipídeos
Esfingomielinas:
São moléculas formadas pela esterificação do álcool
primário da esfingosina à ácido fosfórico e este,
esterificado a outro álcool aminado = colina:
Lecitina
Colina
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Glicolipídeos
• Os esfingolipídeos, juntamente com as proteínas e os
polissacarídeos, compõe a mielina, a cobertura protetora
que recobre as fibras nervosas ou axônios.
• Os axônios das células nervosas transportam os
impulsos elétricos dos nervos.
• A mielina foi descrita como tendo função em relação ao
axônio semelhante à do isolante em um fio elétrico.
Glicolipídeos
Cerebrosídeos:
São formados união de ceramidas (esfingosina)
com um açúcar (ose - glicose ou lactose ou galactose ou
outra).
Obs.: não contém fósforo.
Cerebrosídeos:
Encontram-se em
ambundância no
sistema nervoso
(cérebro), nas
membranas
celulares.
ácido 
graxo
Glicolipídeos
Gangliosídeos são:
- glicolipídeos com porção carboidrato muito mais
complexa.
OU
- acetais formados pela união de ceramidas com
poliolosídios heterogêneos (heteropoliolosídios).
O poliolosídio é composto de oses, derivados de
oses e ácido N- acetilneuramínico.
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Sulfolipídeos (2.3)
São os lipídios que contém enxofre (grupamento S) 
em sua estrutura química.
Não foi encontrado um exemplo de sulfolipídeo.
Esteróides (3.2)
Moléculas com grupo: ciclopentanoperidrofenantreno, 
ou seja: 
Contém 3 anéis de 6 átomos (A, B e C) e um anel de
5 átomos conjugado (D). Ex. hormônios sexuais.
Principal: Colesterol.
É o mais abundante 
esteróide dos 
animais: 240 g.
Plantas não o 
possuem.
Esteróides
Características do colesterol:
- muito hidrofóbico;
- presente em membranas biológicas;
- é precursor de outros esteróides como hormônios
sexuais e de vitamina D3.
Efeitos indesejáveis: aterosclerose – ataque
cardíaco.
Fontes: exógena – dieta: ingestão diária recomendada =
300mg/200mg para pacientes com problemas cardíacos;
endógena: organismo sintetiza.
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Esteróides
• Muito do colesterol no corpo é transformado em sais
biliares.
• Excesso de colesterol não utilizado pelo corpo humano
é levado ao fígado e transportado pelo sangue para a
vesícula.
• Normalmente permanece em solução e é secretado
para o intestino (na bile) para ser eliminada, porém pode
precipitar formando sólidos e causando “pedras na
vesícula”.
Esteróides
Isoprenóides/Terpenóides:
São estruturas formadas pela alteração de acetato
em unidades isopreno, ou seja, unidades de 5C, com a
seguinte estrutura:
Rota: Acetato – intermediário isoprenóide –
esqualeno – ciclização – colesterol.
Ex. de isoprenóide: ubiquinona.
Esteróides
Função dos isoprenóides:
- Constituir membranas, hormônios, feromônios, agentes
defensivos (Inseticidas), pigmentos e fotoprotetores.
- Precursores de vitaminas e;
- Componentes de fitoterápicos – essências.
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Esteróides
Hormônios esteroidais:
São substâncias químicas que controlam funções
metabólicas no organismo;
Podem ser sintetizados no corpo humano em
glândulas endócrinas e são descarregadas no sistema
circulatório.
Função: mensageiros químicos.
Controlam as funções sexuais, de crescimento,
metabolismo, reprodução e muitas outras funções.
Esteróides
Principais hormônios esteroidais:
- Corticosteróides: são hormônios esteroidais sintetizados 
na zona cortical da glândula suprarrenal (corticosterona)
Envolvido na resposta ao 
estresse – aumenta a pressão 
arterial e açúcar no sangue.
Capacidade antiinflamatoria e 
imunossupresora.
Esteróides
- Progesterona (hormônio da gravidez): é sintetizado nos 
ovários, placenta e corpo lúteo.
Prepara a mãe para a 
gestação do feto e aleitamento.
01/08/2017
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Esteróides
Hormônios sexuais:
São produzidos pelas glândulas sexuais.
- Masculinos (andrógenos):
Testosterona: secretada pelos testículos, córtex
adrenal e ovários.
É o hormônio que promove desenvolvimento das
características masculinas secundárias como:
- crescimento de pêlos faciais ,
- crescimento do corpo,
- engrossamento da voz,
- desenvolvimento muscular
- maturação dos órgãos sexuais masculinos, etc.
Forma metabolizada da testosterona
Esteróides
- Femininos (estrógenos) são produzidos pelas glândulas 
sexuais.
Estradiol: secretado pelos ovários, é responsável pelo
desenvolvimento das características femininas.
Esteróides – Pigmentos (3.4)
Carotenóides:
São polienos extensamente lineares de C40, são
pigmentos.
Ex. licopeno, -caroteno.
São produzidos por plantas e bactérias.
Função: pigmentação.
Pigmento amarelo - cenouras: -caroteno.
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Vitaminas (3.3)
Algumas vitaminas são incluídas dentro do grupo
lipídeos por serem lipossolúveis (hidrofóbicas).
São elas:
- A (retinol): 
O retinol (-caroteno) é seu precursor.
No corpo se transforma em ácido retinóico (forma 
ativa). 
Função: sítio de reação fotoquímica da visão.
Vitaminas
- D (calciferol):
A mais importante é a D3, formada por colesterol +
UV.
Forma ativa: calcitrol.
Deficiência de vitamina D = raquitismo: doença óssea
de infância (ossos moles, deformações do
esqueleto).
Função: regulação do metabolismo de cálcio e
fósforo.
Vitaminas
- E (forma ativa: -tocoferol):
Função: antioxidante.
- Remove espécies reativas (radicais livres);
- É necessária na reprodução de ratos e talvez na
reprodução humana,
- Previne distrofia muscular.
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Vitaminas
- K (menadiona):
Possui duas carbonilas polares e cadeia lateral 
insaturada isoprênica.
Função: regulatória na coagulação sanguínea por
ligação da protrombina com cálcio: fator
antihemorrágico.
Lipoproteínas (2.4)
É a associação de lipídios e proteínas de forma não
covalente.
Encontram-se na forma de micelas: núcleo apolar e
exterior polar (protéica = apoproteína).
Função: transportar triglicerídios e colesterol no
plasma (carreadores).
Lipoproteínas
Captação celular de lipoproteínas: endocitose.
Classificação:
- Quilomícrons: transporta TG e colesterol exógenos (ID
para tecidos).
- VLDL (LP de muito baixa densidade);
- IDL (densidade intermediária);
- LDL (baixa densidade): transportam TG e colesterol
endógenos (fígado para tecidos);
- HDL (alta densidade): transportam colesterol endógeno
dos tecidos para o fígado.
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Recomendações
- Moderar a ingesta de lipídios saturados devido ao
estimulo à síntese de colesterol.
- Não ingerir produtos com sabor de ranço (gordura
oxidada).
- Armazenamento de lipídios: ao abrigo de luz e calor, em
recipiente bem fechado.
Reações lipídicas
- Hidrogenação:
Adição de hidrogênio aos ácidos graxosinsaturados. Converte óleos líquidos em gorduras semi-sólidas.
- Hidrólise:
Rompimento de ligação éster com liberação deácidos graxos livres.
Ocorre em compostos com ácidos graxosesterificados.
Reação necessita da presença de enzima, água,aquecimento e ação ácida e básica. Ex. queijos esalames.
Reações lipídicas
- Oxidação:
Adição de oxigênio aos ácidos graxos (insaturados).
Para AG saturados somente ocorre sob elevadas
temperaturas.
Pode ser por ação enzimática (lipoxigenases) ou por
autoxidação, sem enzimas, formando radicais livres; sob
ação do calor.
Processos aulas/Unidade 4-7 aa, prot, enz, ac nucleico.pdf
1
Aminoácidos
Peptídeos 
Proteínas 
Enzimas
Nucleotídios
Unidades 4, 5 , 6 e 7.
Centro Universitário Franciscano
Bioquímica
Aminoácidos
É um composto com estrutura química que
apresenta um grupo amina e um grupo carboxila, ambos
ligados ao C  (primeiro C após o grupo carboxila).
O grupamento R (radical) determina a identidade do
aminoácido (aa).
*
C*: todos aa possuem: opticamente ativos, exceto glicina, pois R= H. 
Logo os aa serão D ou L.
Função dos aa: 
- Compõem peptídeos e proteínas.
- São metabólicos energéticos.
- Possuem funções biológicas.
Caracteristicas de aa:
• PF ~ 300oC.
• São mais solúveis em solventes polares que apolares.
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Estrutura x Classificação:
Os aa são definidos pelo grupo R da molécula.
Podem ser classificados em:
- Natureza apolar ou polar: neutros, positivos e
negativos;
Ou segundo: 
- Presença de grupo ácido ou básico na cadeia lateral (R);
- Presença de grupos funcionais na cadeia lateral;
- Natureza dos grupos funcionais na cadeia lateral.
Grupo 1: aa com cadeias apolares: São 9 aa:
Glicina – não possui grupo polar.
Alanina – NH2 (1aria)
Valina – NH2 (1aria)
Leucina – NH2 (1aria)
Cadeias HC abertas
Isoleucina – NH2 (1aria)
Prolina – NH (2aria)
Fenilalanina – NH2 (1aria)
Triptofano – NH2 (1aria)
Metionina – NH2 (1aria)
Cadeia HC aberta
Tio éter
Cíclicos
apolares
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Grupo 2: aa com cadeias polares neutros: são eletricamente 
neutros (sem carga) em pH neutro. São 6 aa:
(Glicina) – não possui cadeia lateral apolar.
Serina
Treonina
Tirosina
Fenol
Cisteína
Glutamina
Asparagina
Amidas
Tiol
Grupo 3: aa com cadeia polar com carga elétrica - grupos 
carboxila em cadeia lateral: Carga negativa. São 2 aa:
Ácido glutâmico
Ácido aspártico
Característica: perda de próton (H+), formando íon
carboxilato quando acima de pH = 3: glutamato e
aspartato.
Cadeias carregadas negativamente em pH neutro.
Glutamato e aspartato + -NH2 = glutamina e asparagina (grupo 2).
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Grupo 4: aa com cadeia polar com carga elétrica - cadeia 
lateral básica: Carga positiva. São 3 aa:
Histidina
Lisina
Arginina
Cadeia lateral carregada positivamente em pH neutro ou próximo a neutro.
Resumão:
Aa incomuns:
São derivados de aa comuns (20 aa) e produzidos
por modificações depois de a proteína ser sintetizada
(modificação pós-tradução).
São encontrados em algumas proteínas apenas.
São:
Hidroxiprolina: colágeno
Hidroxilisina: colágeno
Tiroxina: glândula tireóide
Dopamina: SNC
Epinefrina/Adrenalina: SNC
Entre outros.
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Aa essenciais Aa não essenciais
São os aa que o corpo
precisa para seu
funcionamento mas é
incapaz de sintetizar.
São obtidos da dieta pela
ingestão de alimentos ricos
em proteínas.
Fornecem energia para o
músculo em atividades de
longa duração: aumento da
resistência física.
São essenciais:
Histidina, Leucina,
Isoleucina, Lisina,
Metionina, Fenilalanina,
Treonina, Triptofano e
Valina.
São aa necessários para 
o funcionamento do 
organismo mas são 
sintetizados a partir de 
metabólitos gerados.
São não essenciais:
Alanina, Asparagina, 
Aspartato, Glutamato e 
Ácido Glutâmico + 
(ácido aspártico, serina).
AA condicionalmente essenciais:
Somente são essenciais em condições
patológicas específicas, em organismos
jovens ou em desenvolvimento. São:
Arginina, Glutamina, Glicina, Prolina,
Tirosina, Cisteína, Serina e (Ácido
Aspártico).
Propriedades ácido-básica dos aa:
Ácido (Brosted-Lorry/Lewis): receptor de elétron
Base (Brosted-Lorry/Lewis): doador de elétron
NH3+
Ácido: carboxilato (-)
base
O grupo carboxílico (-COOH) na molécula confere ao aminoácido uma
característica ácida e o grupo amino (-NH2) uma característica básica.
Por isso, os aminoácidos apresentam um caráter anfótero, ou seja,
reagem tanto com ácidos como com bases formando sais orgânicos.
Equação de Handerson-Haselbach: 
É utilizada para calcular o pH de uma solução tampão a partir
do pKa (constante de dissociação de um ácido e de concentrações
de equilíbrio, conforme segue:
HA H3O++ A- Ka = [H3O+][A-]/[HA],
Ácido Base conjugada pKa = -log Ka
pH = pKa + log [A-]/[HA]
Aplicação: determinar movimento de substância entre

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