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Apostila - Nutrição na Saúde da Mulher

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Apostila do Curso de Nutrição na Saúde da Mulher 
Ensino à Distância 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ensino à Distância 
Apostila do Curso 
Nutrição na Saúde da Mulher 
 
 
 
 
Apostila do Curso de Nutrição na Saúde da Mulher 
Ensino à Distância 
 
 
 
 
 
GESTAÇÃO: 
Condição fisiológica complexa, dinâmica e anabólica, que envolve a integração de 
vários sistemas e órgãos reguladores. 
 
 
 
 
 
Dentro de várias semanas da concepção, um novo órgão endócrino – a placenta 
- é formado, pelo qual são secretados H que afetam o metabolismode todos os 
nutrientes. 
 
Ajustes no metabolismo de nutrientes (Aumento da absorção/ Diminuição da 
excreção), além dasmudanças na anatomia e fisiologia da mulher, são necessários 
paraassegurar crescimento e desenvolvimento fetal, ao mesmo tempo quemantêm a 
homeostase e prepara para a lactação. 
 
Nutrição na Gestação 
 
 
 
 
Apostila do Curso de Nutrição na Saúde da Mulher 
Ensino à Distância 
 
Gestação = Estado Anabólico 
Crescimento intenso! 
 
 
 
Gestação: Período de Contínuos Ajustes Fisiológicos 
 
- Insulina: resposta de insulina normal à glicose no início; no entanto, com o avançar da 
gestação, mais insulina é necessária para transportar a mesma quantidade de glicose. 
 
- Gestação é estado hiperinsulinêmico = menos sensibilidade à insulina devido H 
antagonistas da insulina (progesterona, cortisol, prolactina e H lactogênio placentário). 
 
- Glicemia de jejum tende a ser mais baixa; pós-prandial tende a ser mais elevada 
- O aumento de glicose necessária para o feto sobrecarrega o sistema de tal modo que 
a insulina fica menos eficiente no final da gestação. 
 
Embora as demandas fetais por nutrientes sejam maiores na última metade da 
gestação, quando mais de 90% do crescimento acontece, ajustes no metabolismo dos 
nutrientes já são aparentes nas primeiras semanas de gestação: 
 
 
 
 
Apostila do Curso de Nutrição na Saúde da Mulher 
Ensino à Distância 
 
- Alterações hormonais interferem no paladar e olfato; 
- Após 10ª sem: �20% TG (e 3x a termo!); 
- Aumento de outros lipídios, mas a magnitude é menor; 
- Redução de 8-10% da albumina sérica; 
- Aumento da volemia: 50% (pico entre 28ª a 32ª sem; diluição fisiológica da Hg e Ht; 
 
VCM e HCM permanecem inalterados em gestantes não anêmicas). Como a 
expansão do volume plasmático é maior do que a expansão da massa de eritrócitos, as 
concentrações de Hg caem, mas os eritrócitos permanecem normocíticos e 
normocrômicos ->“anemia fisiológica”. 
 
- Rápido crescimento fetal na última metade da gestação; o custo metabólico da 
síntese de tecidos fetais é grande! 
 
- Aumento de 15-20% da TMB no final da gestação devido ao aumentopeso, aumento 
demanda de O2 e aumento da produção hormonal; 
 
- Estoque de gordura materna: 10ª- 20ª semana (antes dasdemandas energéticas 
fetais atingirem o pico!) ->3,3 Kg de gordura =30.000 calorias de reserva + 0,5Kg 
depositada no feto. 
 
 
 
 
Apostila do Curso de Nutrição na Saúde da Mulher 
Ensino à Distância 
 
 
Ajustes no Metabolismo dos Carboidratos 
 
Mudanças no metabolismo dos carboidratos e lipídios ocorrem para assegurar 
suprimento contínuo de nutrientes para o crescimento fetal. 
 
✓Glicose: principal fonte de energia para o feto; 
✓Glicemia e insulina praticamente iguais no início da gestação aos valores de 
mulheres não grávidas; 
✓Níveis basais de glicose diminuem no 3º tri, aumenta a produção hepática de glicose 
e aumentam os níveis deinsulina, mas há resistência à ação deste hormônio 
(resistência insulínica, o que permite desviar os nutrientes ingeridos para o feto); 
✓Produção endógena de glicose aumenta em15-30% para suprir as necessidades 
aumentadas da placenta e do feto; 
 
 
 
 
Apostila do Curso de Nutrição na Saúde da Mulher 
Ensino à Distância 
✓Níveis pós-prandiais de glicose é aumentadoe o pico de glicemia é prolongado; 
✓Gliconeogênese é aumentada ao final da gestação; 
✓Ao final da gestação, o aumento dos níveis de cortisol, prolactina, HCS... exercem 
efeito lipolítico: promove a utilização de combustíveis alternativos pelos tecidos 
periféricos. 
 
Ajustes no Metabolismo dos Lipídios 
 
✓Hipertrigliceridemia na gestação: provavelmente devido aos níveis de estrógeno, 
resistência insulínica e lipólise aumentada (esta última com o objetivo de preservar 
glicose para o consumo fetal); 
✓Colesterol é usado pela placenta para síntese de hormônios; Os ácidos graxos são 
utilizados para oxidação placentária e formação de membranas; 
✓HDL-c aumentaa partir da 12ª semana; 
✓CT e LDL-c diminuiinicialmente mas aumenta no 2º e 3º trimestres; 
✓VLDL e TG aumentam (clearence de VLDL está diminuído em função da reduçãoda 
atividade da LPL no tecido adiposo e fígado e aumento desta atividadena placenta); 
✓Atividade da LPL aumentano jejum, o que aumenta a produção de AG e corpos 
cetônicos para o feto quando o suprimento de glicose é baixo; 
✓Alterações no metabolismo dos lipídios promovem acúmulo dos estoques maternos 
no início da gestação; níveis aumentadosde estrógeno, progesterona, insulina e 
�atividade da LPL favorece deposição de lipídios e reduz alipólise; 
✓No final da gestação, a somatomamotrofina coriônica humana (HCS) promove 
lipólise e mobilização dos estoques de gordura e há mudança de um estado anabólico 
para catabólico, o que promove o uso de lipídios como fonte energética materna 
enquanto preserva glicose e AA para o feto; 
✓Oxidação de gorduras pela gestante é muito rápida em curtos períodos de jejum, e 
assim há formação de corpos cetônicos; 
 
 
 
 
Apostila do Curso de Nutrição na Saúde da Mulher 
Ensino à Distância 
✓Aumento dalipólise (permite que a gestante utilize os estoques de lipídios para 
suprir suas necessidades energéticas) e cetogênese (encaminha AA e CC para o feto). 
 
 
Position of the Academy of Nutrition and Dietetics: 
Nutrition and Lifestyle for a Healthy Pregnancy Outcome 
 
 
Ganho de Peso 
 
- IMC pré-gestacional é preditor independente de desfechos adversos durante a 
gestação; 
- Consumo excessivo e excesso de peso estão relacionados a riscos a curto e longo 
prazo, incluindo obesidade, pré-eclâmpsia, DM2, dislipidemia e DCV; 
- Excesso calórico não garante status nutricional adequado, crítico para os desfechos 
em saúde durante a gestação; 
- Ajustes metabólicos gestantes obesas x eutróficas*; 
- Seguir recomendações da IOM 2009. 
 
 
 
 
 
 
Apostila do Curso de Nutrição na Saúde da Mulher 
Ensino à Distância 
Escolhas Saudáveis Relacionadas ao Estilo de Vida durante a Gestação 
 
- Padrões alimentares pré-gestacionais (MedDiet, DASH Diet) estão associados a 24-46% 
menor risco de DMG; 
- Atividade física durante a gestação beneficia a saúde global da mulher e reduz risco 
de hiperglicemia, de ganho de peso excessivo e de retenção de peso 2 meses após o 
parto; 
- Suplementação/ingestão de micronutrientes específicos. 
 
 
Pirâmide Alimentar – Dieta Mediterrânea 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apostila do Curso de Nutrição na Saúde da Mulher 
Ensino à Distância 
Pirâmide Alimentar – Dieta DASH 
 
 
Metabolismo dos Micronutrientes 
 
✓Ferro 
- Deficiência nutricional mais prevalente no mundo; 60% das gestantes no mundo 
apresentam anemia; mulheres em período reprodutivo estão entre os grupos 
vulneráveis; 
- Gestação: Aumento da eritropoiese, formação de tecidos fetais, desenvolvimento da 
placenta e cordão umbilical, perdas sanguíneas por ocasiãodo parto e puerpério, 
aumento dademanda materna; amenorreia e aumento daabsorção compensam déficit; 
- Adaptações do organismo durante a gestação para atender as necessidades 
extremamente elevadas: 27mg/dia (18mg em não gestantes); 
- Forma heme é absorvida em 40%; forma não heme é menor e fortemente 
influenciada por componentes da alimentação; 
- Suplementação medicamentosa: geralmente recomendada para 2ºe 3º trimestres; 
 
 
 
 
Apostila do Curso de Nutrição na Saúde da Mulher 
Ensino à Distância 
- Anemia gestacional: risco de prematuridade, BPN, mortalidade neonatal. 
 
✓Ácido Fólico: 
- Necessidades aumentadas durante período de crescimento rápido; 
- Suplementação recomendada da concepção até o final do 1º trimestre 
comoprofilaxia para DTN; 
- Recomendações: 400 (não gestantes) x 600!g/dia (gestantes). 
 
✓Cálcio: 
- 25-30g de Ca são transferidos para o esqueleto fetal até o final dagestação; 
- Devido adaptação fisiológica dos mecanismos homeostáticos do Ca,recomendação é 
a mesma para gestantes e não gestantes (1000mg/d). 
 
✓Vitamina A: 
- Importância especial em períodos de rápida diferenciação celular (formaçãofetal); 
- Deficiência relacionada à ruptura prematura de membranas, eclâmpsia,xeroftalmia e 
anemia por deficiência de vitamina A; 
- Recomendação: 700 (não gestantes) x 770!g/dia (gestantes). 
 
✓Zinco: 
- Relacionado com crescimento e desenvolvimento embrionário e fetal,assegurando 
evolução cerebral do feto; demandas maiores pela embriogênese ecrescimento 
normal; essencial para síntese de DNA e RNA e consequentementesíntese e 
desenvolvimento celular; 
- Deficiência associada a RCIU, malformação congênita, abortos espontâneos, 
préeclâmpsia,prematuridade... 
- Recomendação: 8 (não gestantes) x 11 mg/dia (gestantes); 
 
 
Atenção para a Colina! 
 
 
 
 
Apostila do Curso de Nutrição na Saúde da Mulher 
Ensino à Distância 
- Nutriente essencial durante a gestação devido altataxa de transporte da mãe para o 
feto; 
- Deficiência materna de colina interfere comdesenvolvimento cerebral fetal; 
- Muitas mulheres não atingem a recomendação de450mg/dia (AI); 
- Nutriente inexistente na maioria dos suplementosvitamínicos; assim, o consumo 
alimentar deve serincentivado para atingir as necessidades (gema deovo, fígado, 
germe de trigo, feijão, amendoim, aveia,trigo integral); 
 
Outras Considerações Dietéticas 
 
- Consumo de peixe e frutos do mar ->ômega 3associado a crescimento e 
desenvolvimento visual ecognitivo: ~ 230g/semana (2 porções). Atenção àexposição ao 
mercúrio (>1mcg/g associado a maiorrisco de déficit de atenção e hiperatividade); 
- Álcool: não há nível de ingestão considerado seguro; 
- Cafeína: recomendação do American College ofObstetricians and Gynecologists para 
limitar consumoem 200mg/dia (~350ml café), embora não hajaevidências de risco de 
má-formação congênita, retardode crescimento e parto prematuro; 
- Hidratação: acúmulo de 6-9l água durante agestação; assim, a hidratação é de 
fundamentalimportância para a gestação saudável. AI = 3l/dia,sendo ~ 2,3l como 
bebidas em geral; 
- Bebidas energéticas: evitar, já que muitassubstâncias não foram estudadas em 
termos desugurança durante a gestação; 
- Bebidas adoçadas: evitar, já que aumentamconsumo de calorias sem adicionar valor 
nutricional. 
 
 
 
Intervenções que Previnem DesordensMetabólicas em Gestantes Obesas 
 
 
 
 
 
Apostila do Curso de Nutrição na Saúde da Mulher 
Ensino à Distância 
- Redução de carboidratos simples; 
- Aumento de fibras; 
- Redução de Ácidos Graxos Saturados e aumento de Ácidos Graxos Poliinsaturados; 
- Adequação da ingestão de Cálcio; 
- Ingestão de ômega-3; 
- Restrição de Sódio; 
- Atividade física. 
 
Concluindo... 
 
- Gestação: requerimentos nutricionaisadicionais; 
- Período pré-natal: período crítico de fatoresque afetam a saúde materna e fetal; 
- Objetivo da nutrição no pré-natal: possibilitardesenvolvimento uterino ótimo e 
saúdematerna; 
- Orientação para evitar consumo excessivo eprevenir desnutrição fetal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Manejo Nutricional da Síndrome Pré-
Mentrual: Quais são as evidências? 
 
 
 
 
Apostila do Curso de Nutrição na Saúde da Mulher 
Ensino à Distância 
 
 
Apesar dos avanços da ciência e dos equipamentos da mais alta tecnologia, a 
Medicina ainda não conseguiu resolver uma das complicações mais desagradáveis para 
vida da mulher, em função da subjetividade dos sintomas e causa não identificada que 
traz várias controvérsias. 
 
TPM: 
Recorrência de sintomas comportamentais (cansaço excessivo), psicológicos 
(irritabilidade) e físicos (dor de cabeça) negativos que ocorrem durante a fase lútea 
do ciclo menstrual e desaparecem durante a fase folicular. 
 
 
 
 
 
A maioria das mulheres passa por algumas alterações durante o ciclo menstrual, 
mas somente quando essas mudanças tornam-se desconfortáveis, a ponto de interferir 
de forma importante em seu estilo de vida, diz-se que elas têm TPM. 
 
 
 
 
Apostila do Curso de Nutrição na Saúde da Mulher 
Ensino à Distância 
 
Etiologia 
 
A etiologia da TPM é desconhecida, complexa e multifatorial, englobando os 
seguintes fatores: 
- Desequilíbrio hormonal (estrogênio/progesterona) ->Influência sobre a ação central 
de neurotransmissores; 
- Genética (30-35%); 
- Deficiência de Prostaglandinas; 
- Fatores ambientais (efeito psicossomático); 
- Consciência do estágio do ciclo menstrual. 
 
 Diagnóstico Clínico 
 
 Não há um teste laboratorial ou hormonal que diagnostique TPM; 
 Determinação... 
- timing dos sintomas em relação ao ciclo menstrual; 
- mudança significativa da severidade dos sintomas entre o período pré e pós 
menstrual; 
- significância clínica da severidade dos sintomas (grau de prejuízo funcional) 
 Sintomatologia (registros diários) presente em pelo menos 2 ciclos menstruais; 
 Diferenciação de outras condições clínicas. 
 
 
 
 
Prevalência 
 
 
 
 
 
Apostila do Curso de Nutrição na Saúde da Mulher 
Ensino à Distância 
 99% das mulheres têm a percepção de sintomas característicose 81,2% relatam 
algum tipo de interferência da síndrome no seucotidiano; 
 80% das mulheres apresentam algum tipo de alteração noperíodo pré-menstrual e 
em 52% delas, os sintomas interferemdrasticamente no humor e no 
comportamento; 
 TPM presente em 96,7% da amostra investigada, sendo que 63,4% apresentaram 
manifestação severa e 3,3% leve3. 
 
Sintomatologia 
 
Distribuição de alunas e funcionárias da Faculdade de Medicina de São José do 
RioPreto – São Paulo, segundo sintomas no período menstrual (n=101): 
 
 
 
 
 
 
Distribuição dos sintomas da TPM manifestados pela amostra (n=30): 
 
 
 
 
 
Apostila do Curso de Nutrição na Saúde da Mulher 
Ensino à Distância 
 
 
 Dentre os sintomas frequentemente observados no período da TPM, 
encontram-se sensibilidade e dor na região dos seios, irritabilidade, sensibilidade 
emocional aumentada e choro, aumento do apetite, inchaço abdominal, retenção 
hídrica e possível aumento de peso. 
 
Manejo da TPM: Baseado na Sintomatologia 
 
Registro diário dos sintomas: identifica o momento em que o tratamento deve 
serimplementado e o monitoramento da melhora da sintomatologia. 
 
OBJETIVOS 
 Aliviar / eliminar os sintomas; 
 Reduzir o impacto desses sintomas nas atividades e relações interpessoais; 
 Minimizar os efeitos adversos do tratamento. 
 
 
TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO 
 Dieta / suplementação;Apostila do Curso de Nutrição na Saúde da Mulher 
Ensino à Distância 
 Atividade física; 
 Terapia cognitivo-comportamental; 
 
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO 
 Antidepressivos; 
 Ansiolíticos; 
 Hormônios. 
 
Papel da Nutrição na TPM: Evidências Científicas 
 
 
 
 
 
A cada 1 kg/m2 a mais no índice de massa corporal está associado com o 
aumento de 3% no risco de desenvolvimento de TPM. 
 
 
Flutuação na concentração hormonal durante o ciclo menstrual e a mudança 
concomitante no consumo alimentar quando a concentração hormonal está elevada: 
 
 
 
 
Apostila do Curso de Nutrição na Saúde da Mulher 
Ensino à Distância 
 
 
 
- Maioria dos estudos:consumo energético menor na fase folicular do que na lútea 
(média 240 Kcal, podendo chegar além de 480 Kcal!) 
- Ingestão alimentar: 
* inversamente relacionada à concentração de estrogênio; 
* progesterona: efeito estimulador do apetite? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Possíveis Mecanismos Envolvidos na Alteração do Consumo Alimentar 
durante o Ciclo Menstrual: 
 
 
 
 
Apostila do Curso de Nutrição na Saúde da Mulher 
Ensino à Distância 
 
Ação do Estrogênio no Sistema Neurotransmissor Central – Evento crítico na regulação 
do apetite: 
 
 
 
TPM e ingestão de macronutrientes 
 
Macronutrient intake for eighty-two women with PMS expressed as percent of total 
energy intake and for 40 women without PMS 
(values are means and their standard deriations) 
Data from a double-blind placebo-controlled study 
 
 
 
Consumo de energia e de macronutrientes nas fases folicular e lútea (n = 30; 
estudantes entre 18-35 anos dos cursos do PPG da UFSC). 
 
 
 
 
 
Apostila do Curso de Nutrição na Saúde da Mulher 
Ensino à Distância 
 
 
TPM e alimentos ricos em carboidratos: Evidências dessa relação 
- REAÇÃO FISIOLÓGICA – 
 Pode ser que a “compulsão” por determinados alimentos ricos em HC ocorre de 
forma a aumentaros níveis de serotonina (mecanismo de adaptação para 
compensar a relativa falta deserotonina na fase pré-menstrual); 
 HC (aumento daprodução de 3-fosfoglicerato " metabólito daglicólise que promove 
a síntese de AA aromáticos: dentreeles, o triptofano) ->triptofano-hidroxilase -> 
aumento daSEROTONINA " “auto-medicação” para melhorar humor; 
 Ceia rica emHC e pobre emproteínas melhora humor de mulheres quesofrem com 
TPM na fase lútea, mas não tem efeito nafase folicular e em mulheres não 
sintomáticas. 
 
 
 
 
- REAÇÃO PSICOLÓGICA – 
 
 
 
 
Apostila do Curso de Nutrição na Saúde da Mulher 
Ensino à Distância 
 No entanto, essa compulsão por HC podem ser, na verdade, um apetite 
“incontrolável” por uma ampla variedade de substâncias doces incluindo 
Chocolates, bolos, sorvetes... 
 Influência dos aspectos orosensitivos atribuídos à gordura; 
 Alimentos com características únicas capazes de satisfazer necessidades biológicas 
e psicológicas " reação contra a depressão e o estresse " comida como forma de 
conforto. 
 
Fitoterápicos, Vitaminas e Minerais Recomendados na TPM 
 
 
 
Cálcio 
 
DRA: 1000-1300 mg/dia 
UL: 2500-3000 mg/dia 
 
 
 
Considerado tratamento de primeira linha na TPM, visto que... 
 
 
 
 
Apostila do Curso de Nutrição na Saúde da Mulher 
Ensino à Distância 
 Único micronutriente com evidência de boa qualidade na relação ingestão vs 
melhora da sintomatologia da TPM; 
 Sintomas de hipocalcemia e TPM semelhantes! 
 Flutuações dos H reguladores do Ca durante o ciclo menstrual de mulheres 
com TPM; 
 Dosagem terapêutica: 1000-1200 mg/dia, embora estudos recentes também 
tenham demonstrado efeito com 500 mg/dia; 
 Seguro para gestantes; 
 Não é caro; 
 Importante na prevenção da osteoporose; 
 Americanas em idade reprodutiva consomem 600-800mg/dia! 
 
Effects of 1,200 mg/day of Calcium Carbonate or Placebo Taken by 466 Women 
Diagnosed with PMS for Three Menstrual Cycles on PMS Symptom Scores 
A prospective, multicenter, randomized double blind placebo controlled clinical trial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apostila do Curso de Nutrição na Saúde da Mulher 
Ensino à Distância 
Calcium and Vitamin D Intake and Risk of PMS 
Case-control study (NHS II Cohort) 
 
 O objetivo deste estudo foiverificar se o alto consume de cálcio poderia prevenir o 
desenvolvimento de TPM em mulheres assintomáticas. 
 Maior ingestão (1283 mg/dia) vs. menor ingestão (529 mg/dia)de Ca/dia: RR = 0,70 
 Cálcio suplementado vs. Ca de fonte alimentar:resultados diferentes! 
 Ingestão de leite (4 porções/dia vs. 1 porçãoou menos/semana): RR 0,68; 
 Leite integral vs. leite magro: 
o integral tem aumentomodesto no risco; 
o Ingestão de leite desnatado (4 porções/dia vs. 1 porção oumenos/semana): 
RR 0,54. 
 
4 porções / dia 
Fontes de cálcio pobres 
em gorduras 
1200 mg Ca 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vitamina B6 
 
 
 
 
Apostila do Curso de Nutrição na Saúde da Mulher 
Ensino à Distância 
 
 OR (relativo ao placebo) da melhora dos sintomas gerais:2,32; 
 OR da melhora dos sintomasdepressivos: 1,69; 
 Baixa qualidade dos trials; 
 Sem efeito dose-resposta; 
 Até 100mg/dia (possivelmente mais próximo de 50 mg/dia pode trazer algum 
benefício. 
 
ECR duplo-cego com 160 Universitárias diagnosticadas com TPM: 
 
 Grupo tratado: 40 mg B6 (2x/dia); 
 Grupo controle: placebo; 
 Severidade dos sintomas < grupo piridoxina quando comparado ao controle, 
especialmente dos sintomas depressivos. 
 
Vitamina B6: 
 
 Cofator na síntese de triptofano e tirosina, precursores da serotonina e dopamina 
Respectivamente; 
 Atuação na síntese de prostaglandinas (sintomas de dor?); 
 Baixosníveis de B6 aumentam aprodução de prolactina ->edema e sintomas 
psicológicos da TPM; 
 Relatos de toxicidade > 200 mg/dia (neuropatia periférica). 
 
Vitaminas do Complexo B 
 
 A fisiopatologia da TPM pode incluir a interação de diversos hormônios 
ovarianos com neurotransmissores cerebrais, tais como serotonina e GABA. As 
 
 
 
 
Apostila do Curso de Nutrição na Saúde da Mulher 
Ensino à Distância 
vitaminas do Complexo B estão envolvidas no metabolismo de neurotransmissores 
através de diferentes mecanismos: 
 A riboflavina é necessária para ativar a B6 (cofator durante a geração de serotonina 
a partir do aminoácido triptofano); 
 A deficiência de niacina pode acarretar na depleção de triptofano, redução sua 
disponibilidade para a formação de serotonina; 
 Tiamina é requerida para o metabolismo de precursores do GABA. 
 B12, B6 e folato: associados com a formação de S-adenosil-metionina e 
tetrahidrobiopterina, os quais são requeridos no metabolismo da serotonina e 
dopamina. 
 
 
Por que Tiamina e Riboflavina? 
 
Benefícios com nível de ingestão > DRI! 
* Tiamina: 1,9mg/d ! 25% risco de SPM do que 1,2mg/d (RDA: 1,1mg/d); quantidade 
atingida com a ingestão de 2-3 porções de alimentos ricos em tiamina; 
* Riboflavina: 2,5mg/d ! 35% risco de SPM do que 1,4mg/d (RDA: 1,1mg/d); 
quantidade atingida com a ingestão de 1-2 porções de cereais fortificados ou 6-7 
porções de alimentos ricos em riboflavina; 
 
 
 
 
Apostila do Curso de Nutrição na Saúde da Mulher 
Ensino à Distância 
* E a vitamina B6 neste estudo? Consumo muito ! (4,98mg na suplementação!). 
 
 
 
CHASTEBERRY / AGNOCASTO (Vitex Agnus-Castus) 
 
Resultados com ingestão de 20mg de extrato ao dia ou placebo: 
 
 
 
 
 
 
 
Apostila do Curso de Nutrição na Saúde da MulherEnsino à Distância 
Mecanismos de Ação 
 
 Atividade dopaminérgica ->inibidora da liberação de prolactina; 
 Liga-se aos receptores de estrógeno (controlando a mastalgiaatravés do bloqueio 
da atividade estrogênica das célulasmamárias); 
 Componentes da planta ->ligam-se aos receptoresbenzodiazepínicos (atividade 
antidepressiva e ansiolítica); 
 Fluoxetina x extrato VAC (20-40 mg/dia por 2 meses): 68 x 58%. 
 
Estudos Mais Recentes 
 
 Extrato de Vitex agnus castus (40 mg/dia) reduz os sintomas de TPM no 3° ciclo 
(especialmente mastalgia); 
 Reduz interação medicamentosa; 
 Reduzefeitos colaterais (dor de cabeça, desconforto gástrico); 
 DOSE RECOMENDADA: 20-40 mg/dia. 
 
Vitamina E 
 
 2 ECRs 
 Benefício mostrado em um estudo dequalidade intermediária e tendência 
observadaem um estudo de qualidade inferior; 
 Melhora do humor e sintomas físicos edepressivos; 
 Dose terapêutica usada no estudo: 150-300 UI/dia ( = 100-200 mg/dia). 
 
 
RDA: 15 mg/dia 
UL: 800-1000 mg/dia 
 
 
 
 
 
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Magnésio 
 
 3 ECRs; 
 Benefício mostrado em um estudo dequalidade intermediária. Um estudo de 
qualidade intermediária e outro de qualidadeinferior não mostraram benefício; 
 Melhora dos sintomas gerais e sintomasrelacionados aos sentimentos; 
 Dose terapêutica usada no estudo: 360 mg/dia. 
 
 
DRI: 310-360 mg/dia 
UL: 350 mg/dia 
 
 
 
Intake of Selected Minerals and Risk of Premenstrual Syndrome 
 
 
 
 
 
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Por que Ferro? 
 
 
 Cofator da triptofano-hidroxilase, que catalisa a conversão de triptofano em 5-
hidroxitriptofano → precursor da serotonina; 
 Muitas áreas no cérebro são ricas em Fe, em especial células que recebem 
informações do sistema GABA; 
 ↓ níveis de Fe: associação com depressão pós-parto; 
 Associação especialmente relacionada com Fe não heme (> 20mg/d; RDA Fe 18-50 
anos: 18mg/d) → difícil (?) de ser atingida somente a partir de fontes alimentares 
não enriquecidas. 
 
Nenhuma discussão sobre o manejo da TPM é completa sem levar em consideração 
o efeito placebo... 
 
 
 
 Resposta ao placebo: 30-40% (até 80%!). 
 Possíveis mecanismos: 
o atenção dada às participantes do estudo " efeito psicológico positivo; 
o ao receber o tratamento “X”, poderia haver uma mudança das expectativas 
negativas; 
 
 
 
 
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 expectativas negativas esperadas na auto-eficácia e auto-estima são de 
certa; 
forma “diluídas”, acessando mecanismos mais adaptativos para lidar com o 
problema "resultados comportamentais e emocionais menos catastróficos, se é 
que de fato não melhoram..." mudanças cognitivas. 
 
Além disso... 
A maioria dos estudos recentes mostram que os tratamentos baseados nas 
diferenças teorias causais da SPM tem uma eficácia variável e muito limitada, o que 
reforça o argumento de que não estamos lidando com uma causa única, e sim múltipla. 
 
Estar ciente das alterações durante a fase lútea... 
 
 
Avaliar essas modificações de forma adequada (ou a mais adequada possível!)... 
 
 
 
 
 
 
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E manejar o plano alimentar de forma adequada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Contexto Atual 
 
A incidência de DCV aumenta com o envelhecimentopopulacional, 
especialmente nas mulheres. IAM e AVC: principais causas de morte em mulheres commais 
de 50 anos no Brasil. Apesar do risco de CA de mama ser a principal preocupaçãodas 
mulheres, a maior incidência de morte nas mulheres serefere às DCVs (53% quando 
comparado aos 4% do CA demama). Há mais mortes por DCV (41,3%) do que as 
próximas setecausas de morte combinadas, apresentando risco seis vezesmaior de 
morrer por DCV do que por CA de mama§� Somente 46% das mulheres americanas 
têm conhecimento 
deste fato. 
 
 
 
Saúde Cardiovascular da Mulher: Por 
que devemos nos preocupar? 
 
 
 
 
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Diversos fatores contribuem para o aumento do risco para desenvolvimento de 
doenças cardiovasculares, dentre eles a hipertrigliceridemia, HDL-colesterol em baixos 
níveis séricos, altos níveis de apolipoproteína B, inflamação, resistência à insulina, 
hiperinsulinemia, intolerância à glicose, disfunção endotelial, dentre outros. 
 
 
 
 
 
 
 
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Pontos de Corte de Circunferência Abdominal para Risco Cardiometabólico em 
mulheres: 
 
Risco Aumentado: > 80 cm 
Risco Muito Aumentado: > 88 cm 
 
 
Ponto de Corte de RCQ para Risco Cardiometabólico em mulheres: > 0,80 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Como manejar dieteticamente estas metas? 
 
Peso Corporal 
 
- Manutenção do peso = balanço energético neutro; 
- Se for preciso emagrecer, é necessário produzir déficit energético. Técincas que ↓ o 
consumo energético: 
*Especificação de meta de consumo energético < recomendado para balanço 
energético neutro (usualmente 1200-1500Kcal/d para mulheres). As calorias podem 
ser ajustadas de acordo com peso corporal e nível de atividade física *Determinação 
dos requerimentos energéticos individuais e prescrição de déficit de 500-750 Kcal ou 
30% de déficit energético. 
 
Impacto do Emagrecimento sobre os Fatores de Risco: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Padrão Alimentar 
 
 O padrão alimentar mediterrâneo, dieta ovo-lacto-vegetariana, dieta de baixa 
carga glicêmica, dieta pobre em lipídios e rica em derivados lácteos e fibras produzem 
perda de peso e benefícios cardiovasculares semelhantes a uma dieta com restrição 
calórica padrão AHA Step com 25-30% de lipídios em sua composição. 
 Substitutos de refeições líquidos ou em barras estão associados a perda de 
peso até 6 meses quando comparado a dieta usual com restrição calórica, entretanto, 
não existem evidências a longo prazo. 
 Há evidência insuficientes para se comentar sobre a suplementação liquida de 
proteínas após dieta de muito baixo valor calórico como forma de manutenção do 
emagrecimento. 
A dieta DASH baseia-se em frutas e vegetais, derivados lácteos magros, grãos 
integrais, frango e peixe, oleaginosas, redução do teor de gordura e carnes vermelhas, 
assim como de açúcares e bebidas adoçadas. Este padrão alimentar fornece altas 
quantidades de fibras, Cálcio, Magnésio e Potássio. Ademais, é ligeiramente 
hiperprotéica, com preferência às proteínas de origem vegetal, e controlada em 
gordura total, saturada e colesterol. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Comparação entre a dieta padrão ocidental e a dieta DASH para a quantidade de 
macro e micronutrientes: 
 
 
 
À seguir, apresenta-se uma sugestão do número de porções dos diferentes grupos 
alimentares a serem contempladas na dieta modelo DASH, de acordo com o valor 
calórico do plano alimentar: 
 
 
 
 
 
 
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Lista de equivalênciadas porções de cada grupo alimentar: 
 
 Grãos integrais: 1 fatia de paõ integral, ½ xícara de cereal integral ou massa ou 
arroz; 
 Hortaliças: 1 xícara de folhosas cruas ou ½ xícara de cozidas; 
 Frutas: 1 fruta média ou 1 fatia média ou ¼ xícara de frutas secas ou ½ copo de 
suco de frutas; 
 Leite e derivados magros: 1 xícara de leite ou iogurte, 1 fatia de queijo; 
 Carnes magras, ovos e peixes: 1 fatia pequena de carne magra, ave ou peixe, ou 1 
ovo; 
 Oleaginosas, sementes e leguminosas: 1/3 xícara de oleaginosas ou 2 colheres de 
sopa de sementes ou ½ xícara de leguminosas cozidas; 
 Óleos e gorduras: 1colher de sopa de margarina ou óleo vegetal; 
 Açúcares e doces: 1 colher de sopa de açúcar ou geléia ou gelatina de frutas. 
 
Como recomendar uma dieta estilo DASH 
 
 
 
 
 
 
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Lipídios Séricos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Recomendação AHA: Ingestão de ômega-3 
 
 A American Heart Association – AHA recomenda a utilização diária de 2 a 4 
gramas de EPA e DHA. Tal recomendação pode reduzir em 25-30% os níveis de 
triglicerídeos. 
 
 
 
 Ainda, existem recomendações específicas ao sexo feminino, com foco na 
prevenção de doenças cardiovasculares: 
 
 
 
 
 
 
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Menopausa e Saúde Global da Mulher 
 
A menopausa traz consigo um possível ganho de peso, aumento do risco 
cardiovascular, perda de massa óssea (3-5% ao ano) e aumento na incidência de 
câncer. 
 
 
 
 
 
 
Nutrição e Saúde da Mulher na 
Menopausa 
 
 
 
 
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Osteoporose 
 
Condição complexa, multifatorial e silenciosacaracterizada por redução e 
deterioraçãoarquitetônica da massa óssea, levando aoaumento da suscetibilidade de 
fraturas. É a principal doença óssea, considerada problemade Saúde Pública no mundo 
todo, responsável pela redução da qualidade de vida, especialmente emmulheres mais 
idosas. 
 
Tal condição não tem cura, entretanto, algumas medidas podem auxiliar na 
prevenção da redução da massa óssea, como: 
- Estilo de vida saudável ao longo da vida; 
- Dieta balanceada rica em Ca e vitamina D; 
- Atividade física; 
- Evitar tabagismo e etilismo. 
 
 
 
 
 
 
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 O gráfico à seguir demonstra as diferenças entre idades, com relação ao 
balanço de massa óssea ao longo da vida: 
 
 
Biodisponibilidade de Cálcio 
 
 
 
Absorção ~ 30% (aumenta quando o Ca está bem solubilizado,na presença de 
1,25 (OH)2 D3 e lactose – somente emcrianças, no caso da lactose; reduz na presença 
de agentesquelantes ou doenças intestinais); 
 
- Laticínios: 70% do Ca ingerido nos EUA; 
- Inadequação da ingestão alimentar (POF 2008-2009); 
 
 
 
 
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- Saúde óssea: indicador de base para elaborar a DRI. 
 
 
 
 
 
 
 
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Vitamina D 
 
- Diferente de todas os outros nutrientes, pois o organismo podesintetizá-la com a 
ajuda da luz solar, a partir de um precursor que oorganismo produz a partir do 
colesterol (7-DHC) 
- 10-20% da vitamina D é proveniente da dieta e 80-90% é sintetizadaendogenamente! 
 
Duas formas dietéticas mais importantes: 
- D2 ou ergocalciferol: alimentos vegetais e alguns peixes; 
- D3 ou colecalciferol (mais potente): salmão, sardinha, exposição ao sol. 
 
 
 
 
 
 
 
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Deficiência de Vitamina D 
 
- Pele escura, pouca exposição ao sol, localização geográfica, uso de filtrosolar, 
ingestão de leite não fortificado, idade avançada, obesidade esíndromes de má 
absorção são fatores que contribuem para adeficiência; 
- Na deficiência, a produção da proteína que liga o Ca dietético às células intestinais 
fica mais lenta; assim, mesmo se consumidoadequadamente, o Ca não é absorvido. 
Assim, deficiência de vitamina Dcausa deficiência de Ca. 
- Adolescentes podem não atingir seu pico de massa óssea; 
- Raquitismo (crianças); osteomalácia (adultos); 
- Osteoporose. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Ensino à Distância 
VITAMINA D: Recomendações 
 
- Obtenção de vitamina D: suplementos, dieta ou exposição solar; 
- Poucos alimentos são boas fontes de vitamina D; 
 
Poucos alimentos contêm vitamina D. Garantir níveis adequados de vitamina D 
pelaalimentação é muito difícil. A principal forma de obter essa vitamina é por meio 
daexposição ao sol. 
 
 
VITAMINA D: Biodisponibilidade 
 
- Geralmente a vitamina D de origem alimentar é biodisponível duranteas diferentes 
fases da vida; no entanto, sua absorção pode serreduzida em dietas com baixo teor de 
lipídios ou em situações queestejam relacionadas com problemas de absorção 
adequada de lipídios(pancreatites); 
- Roupas e filtro solar reduzem capacidade de síntese cutânea, assim como idade 
avançada (idosos produzem 20-30% da quantidade devitamina D quando comparado a 
um indivíduo jovem exposto à mesmaquantidade de raios UV); 
- 5-10 minutos de exposição solar, 3x/semana seriam suficientes para suprir as 
necessidades de crianças, jovens, adultos e idosos. 
 
 
 
 
 
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Ensino à Distância 
 
 Estas diretrizes referem que um estilo de vida saudável é recomendado para a 
prevenção do risco de câncer e mortalidade, e tais aspectos foram observados: 
 Câncer de mama: evitar bebidas alcoólicas e IMC< 25 kg/m2 aos 18 anos de idade 
foram associados com menor risco. 
 Câncer coloretal: o IMC é fortemente relacionado com a redução do risco, seguido 
de atividade física e dieta. Ingestão de álcool não apresentou qualquer relação. A 
realização de atividade física foi o comportamento mais fortemente relacionado 
com a mortalidade (por todas as causas). 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Recomendações Gerais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1ª Recomendação 
Recomendações individuais 
 Assegurar que o peso corporal durante a infância e adolescência, até a idade de 21 
anos, esteja dentro da normalidade; 
 Evitar ganho de peso e aumento da circunferência da cintura durante a idade 
adulta. 
 
2ª Recomendação 
Recomendações individuais 
 Exercício físico moderado, equivalente à caminhada por, pelo menos, 30 minutos 
ao dia; 
 Com a melhora da performance no exercício, objetivar 60minutos ou mais de 
exercício físico moderado, ou pelo menos 30 minutos de exercício intenso, 
diariamente; 
 Limitar hábitos sedentários, como assistir televisão. 
 
3ª Recomendação 
Recomendações individuais 
 Consumir alimentos ricos em calorias esporadicamente; 
 Evitar bebidas adoçadas / açucaradas; 
 Consumir fast foods esporadicamente,se consumir. 
 
4ª Recomendação 
Recomendações individuais 
 Ingerir no mínimo 5 porções (400g) ao dia de frutas e vegetais variados. 
 
 
 
 
 
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5ª Recomendação 
Recomendações individuais 
 Para as pessoas que consomem carne, consumir menos que 500g por semana, 
evitando carnes processadas. 
 
6ª Recomendação 
Recomendações individuais 
 Se bebidas alcoólicas são consumidas, limitar o consumo para não mais que dois 
drinks ao dia (homens) ou 1 drink ao dia (mulheres). 
 
7ª Recomendação 
Recomendações individuais 
 Evitar alimentos preservados pela adição de sal ou salgados, de modo geral; 
 Limitar o consumo de alimentos processados com sal adicionado para assegurar 
uma ingestão de menos que 6g de sal (2,4g sódio) ao dia; 
 
8ª Recomendação 
Recomendações individuais 
 Suplementos nutricionais não são recomendados para a prevenção de câncer.

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