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www.cers.com.br 1 www.cers.com.br 2 IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS (Continuação) e TRIBUTOS (Início) PROF. EDUARDO SABBAG DOUTOR EM DIREITO TRIBUTÁRIO – PUC/SP DOUTOR EM LÍNGUA PORTUGUESA – PUC/SP PROFESSOR DE DIREITO TRIBUTÁRIO (UNIVERSIDADE MACKENZIE /SP) ADVOGADO TRIBUTARISTA DAS IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS ART. 150, VI, “a” e “b”, CF: já estudadas. ART. 150, VI, “c”, “d” e “e”, CF: a estudar (hoje). ART. 150, VI, “c”, CF IMUNIDADES NÃO AUTOAPLICÁVEIS DISSECANDO O DISPOSITIVO... : ALÍNEA “C” . Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distri-Art. 150 to Federal e aos Municípios: - instituir impostos sobre: VI dos , , das c) patrimônio, renda ou serviços partidos políticos inclusive suas fundações entidades sindicais dos tra- , das e de , sem fins lucrativos, atendidos balhadores instituições de educação assistência social OS REQUISITOS ; DA LEI Que lei é essa...? Resposta: é a lei complementar (imunidade = limitação constitucional ao poder de tributar; art. 146, II, CF) Que lei complementar é essa? É o “CTN”. Existe algum dispositivo no CTN que regula a fruição da norma imunizante ora comentada? Sim, é o art. 14. www.cers.com.br 3 ATENÇÃO: O inciso NÃO impede que se paguem salários razoáveis e compatíveis com a prática de mer-I do art. 14 do CTN cado aos mantenedores da instituição imune. Isso não se confundirá com a distribuição de lucros (ver, no Pleno do STF, em 1998, a ADI-MC 1.802-3/DF, na qual se suspenderam por inconstitucionalidade o art. 12, §§2º e 3º e o art. 13, parágrafo único, da Lei 9.532/97). E... (LER COM) - As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e , compreendem somente o patrimônio, a ren-Art. 150, § 4º "c" da e os serviços, com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas. relacionados VER, AINDA: Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao o imóvel pertencente a qual-SÚMULA 724, STF: IPTU quer das entidades referidas pelo art. 150, VI, "c", da Constituição, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tais entidades. – Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel perten-SÚMULA VINCULANTE N. 52 cente a qualquer das entidades referidas pelo artigo 150, inciso VI, alínea “c”, da Constituição Federal, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram constituídas. (Sessão Plená- ria: 18 de junho de 2015) DICAS FINAIS: “A imunidade tributária conferida a instituições de assistência social sem fins lucrativos 1. SÚMULA N. 730, STF: pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição, somente alcança as entidades fechadas de previdência social privada se não houver contribuição dos beneficiários”. 2. ENTIDADES DO “SISTEMA S ): imunidade para o ITBI na aquisição de ” (SERVIÇOS SOCIAIS AUTÔNOMOS imóvel pelo SENAC (STF, RE 470.520, em set. 2013) JURISPRUDÊNCIA ATUALIZADÍSSIMA: O STF, em março de 2017, analisou importante caso. Veja, antes, o que havíamos destacado em nosso Manual, acerca do tema (Trecho extraído do Manual de Direito Tributário, 9ª ed., 2017, p. 385): “(...) Ademais, em 4 de junho de 2014, o Plenário do STF iniciou um vultoso julgamento conjunto de um recurso extraordinário (com Repercussão geral reconhecida e relatoria do Min. Marco Aurélio), e de quatro ações diretas de (...) inconstitucionalidade (relatoria do então Min. Joaquim Barbosa), debatendo a (in)constitucionalidade do art. 55 da Lei n. 8.212/91. São eles: RE 566.622/RS e ADIs 2.028/DF, 2.036/DF, 2.621/DF e 2.228/DF. Como se sabe, o decantado art. 55 dispõe sobre as exigências que devem ser cumulativamente cumpridas por entidades beneficentes de (...) assistência social para fins de concessão de imunidade tributária em relação às contribuições para a seguridade social. No fundo, temos o embate entre a lei ordinária e a lei complementar (art. 14 do CTN c/c art. 146, II, CF). Após o voto do então Relator Min. Joaquim Barbosa, (...) julgando parcialmente procedente as ações diretas, no que foi acompanhado pelos Ministros Cármen Lúcia e Roberto Barroso, pediu vista dos autos o Min. Teori Zavascki, em junho de 2014. Em 19 de outubro de 2016, o Min. Teori Zavascki negou provimento ao recurso, tendo sido acompanhado pelos Ministros Luiz Fux, Dias Toffoli, Rosa Weber e Ricardo Lewandowski. (...) www.cers.com.br 4 Em seguida, no mesmo dia, o Min. Marco Aurélio (Relator) pediu vista das ações diretas e indicou adiamento do recurso extraordinário. Resta-nos acompanhar de perto o deslinde dessa paradigmática questão.” O STF, em 2 de março de 2017, julgou as ações, e, no mérito, prevaleceu o voto do ministro Teori Zavascki, (...) que julgou procedentes os pedidos veiculados nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade 2.028 e 2.036 para declarar a inconstitucionalidade do art. 1º da Lei 9.732/1998, na parte em que alterou a redação do art. 55, III, da Lei 8.212/1991 e acrescentou-lhe os §§ 3º, 4º e 5º, bem como dos arts. 4º, 5º e 7º da Lei 9.732/1998. Note alguns trechos do voto: “(...) Portanto, não se pode conceber que o regime jurídico das entidades beneficentes fique sujeito a flutuações legislativas erráticas, não raramente influenciadas por pressões arrecadatórias de ocasião. É inadmissível que tema tão sensível venha a ser regulado por medida provisória. (...) Assim, diante da relevância das imunidades de contribuições sociais para a concretização de uma política de Es- tado voltada à promoção do mínimo existencial e da necessidade de evitar que as entidades compromissadas com esse fim sejam surpreendidas com bruscas alterações legislativas desfavoráveis à continuidade de seus tra- balhos, deve incidir nesse caso (...) a reserva legal qualificada prevista no art. 146, II, da CF. É essencial frisar, todavia, que essa proposição não pro- duz uma contundente reviravolta na jurisprudência da Corte a respeito da matéria, mas apenas um reajuste pon- tual. Aspectos meramente procedimentais referentes à certificação, à fiscalização e ao controle administrativo continuam passíveis de definição em lei ordinária. (...) A lei complementar é forma somente exigível para a definição do modo beneficente de atuação das entidades de assistência social contempladas pelo art. 195, § 7º, da CF, especialmente quanto às contrapartidas a serem ob- servadas por elas. (...) As sucessivas redações do art. 55, II, da Lei 8.212/1991 têm em comum a exigência de registro da entidade no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), a obtenção do certificado expedido pelo órgão e a validade trienal do documento. Como o conteúdo da norma tem relação com a certificação da qualidade de entidade bene- ficente, fica afastada a tese de vício formal. (...) Essas normas tratam de meros aspectos procedimentais necessários à verificação do atendimento das finalidades constitucionais da regra de imunidade. ART. 150, VI, “d”, CF IMUNIDADE DE IMPRENSA DISSECANDO O DISPOSITIVO... ALÍNEA “D”: Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distri-Art. 150. to Federal e aos Municípios: - instituir impostos sobre: VI livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão. d) JURISPRUDÊNCIA ATUALIZADÍSSIMA: O STF, em março de 2017, analisou importante caso. Veja, antes, o que havíamos destacado em nosso Manual, acerca do tema (Trecho extraído do Manual de Direito Tributário, 9ª ed., 2017, p. 394): www.cers.com.br 5 “Em fevereiro de 2010, o Ministro Dias Toffoli, em decisão monocrática no RE 330.817/RJ, afastou a imunidade dolivro eletrônico. O mencionado recurso extraordinário foi movido pelo governo do Rio de Janeiro contra acórdão da Justiça fluminense, que imunizara a Editora Elfez Edição Comércio e Serviços quanto ao pagamento de ICMS sobre a venda de CDs (...) relativos à sua Enciclopédia Jurídica Soibelman. É oportuno registrar, ainda, que, antes de Toffoli, os ministros Joaquim Barbosa, Eros Grau e Cezar Peluso já haviam votado monocraticamente contra a extensão da imunidade a conteúdos eletrônicos (ver, respectivamente, RE 416.579/RJ, RE 282.387/RJ e AI 530.958/GO). Ocorre, porém, que o Ministro Toffoli reconsiderou a sua decisão e manifestou pela existência da repercussão geral da questão constitucional suscitada. (...) O Pleno do STF acatou a decisão em setembro de 2012. (...)” O STF, em 8 de março de 2017, julgou o caso. Observe o excerto do julgado: “ De igual modo, as mudanças históricas e os fatores políticos e sociais da atualidade, seja em razão do avanço tecnológico, seja em decorrência da preocupação ambiental, justificam a equiparação (...) do “papel”, numa visão panorâmica da realidade e da norma, aos suportes utilizados para a publicação dos livros. Nesse contexto moder- no, portanto, a teleologia da regra de imunidade igualmente alcança os aparelhos leitores de livros eletrônicos (“e- readers”) confeccionados exclusivamente para esse fim, ainda que eventualmente equipados com funcionalidades acessórias ou rudimentares que auxiliam a leitura digital, tais como dicionário de sinônimos, marcadores, escolha do tipo e tamanho da fonte e outros. (...) Apesar de não se confundirem com os livros digitais propriamente ditos, esses aparelhos funcionam como o papel dos livros tradicionais impressos, e o propósito seria justamente mimetizá-lo. Estão enquadrados, portanto, no conceito de suporte abrangido pela norma imunizante. Entretanto, esse entendimento não é aplicável aos apare- lhos multifuncionais, como “tablets”, “smartphones” e “laptops”, (...) os quais são muito além de meros equipamen- tos utilizados para a leitura de livros digitais. No caso concreto, o CD-Rom é apenas um corpo mecânico ou supor- te e aquilo que está nele fixado (seu conteúdo textual) é o livro, ambos abarcados pela imunidade do citado dispo- sitivo constitucional. (RE 330.817/RJ, rel. Min. Dias Toffoli, j. em 8.3.2017; RE 595.676/RJ, rel. Min. Marco Aurélio, j. em 8.3.2017) IMUNIDADE DE IMPRENSA E O ÁLBUM DE FIGURINHAS: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IMUNIDADE. ART. 150, VI, “D” DA CF/88. “ÁLBUM DE FIGURI-EMENTA: NHAS”. ADMISSIBILIDADE. (...) 2. O Constituinte, ao instituir esta benesse, não fez ressalvas quanto ao valor artístico ou didático, à relevância das informações divulgadas ou à qualidade cultural de uma publicação. 3. Não cabe ao ... aplicador da norma constitucional em tela afastar este benefício fiscal instituído para proteger direito tão importante ao exercício da democracia, por força de um juízo subjetivo acerca da qualidade cultural ou do valor pedagógico de uma publicação destinada ao público infanto-juvenil. 4. Recurso extraordinário conhecido e provido. (RE 221.239/SP, 2ª T., rel. Min. Ellen Gracie, j. 25- 05-2004) ART. 150, VI, “e”, CF (EC n. 75/13) IMUNIDADE MUSICAL DISSECANDO O DISPOSITIVO... ALÍNEA “E”: Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distri-Art. 150. to Federal e aos Municípios: - instituir impostos sobre VI fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de e) autores brasileiros e/ou obras em www.cers.com.br 6 DOIS BONS TESTES ACERCA DA IMUNIDADE MUSICAL... 1. (FCC - TJ/CE – JUIZ SUBSTITUTO) Raquel, violonista, Flávia, flautista e Beatriz, pianista, também são cantoras de música popular brasileira. Essas três artistas brasileiras decidiram, em novembro de 2013, gravar um DVD com canções, cujas letras e melodias são de autores brasileiros. Decidiram produzir o DVD no Estado do Ceará, porque, além de ser mais barato do que produzi-lo em outro Estado, ou até mesmo no exterior, foram informadas de que o DVD já estaria nas lojas a tempo para as vendas de Natal. A criação desse DVD (...) A) está sujeita ao Imposto sobre Produtos Industrializados, na fase de multiplicação industrial de seus suportes materiais gravados. B) está sujeita ao Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza, relativamente à gravação das canções. C) não está sujeita a imposto algum, desde a gravação do videofonograma até sua comercialização no varejo, porque Raquel, Flávia e Beatriz são brasileiras. D) não está sujeita a imposto algum, desde a gravação do videofonograma até sua comercialização no varejo, porque os autores das canções são brasileiros. E) está sujeita ao ICMS, nas vendas dos DVDs pelos estabelecimentos varejistas aos consumidores finais. 2. (TRF 2Rª, JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO) Julgue o item a seguir: É lícito exigir impostos sobre a comercialização ao consumidor final de DVD que contenha videofonograma produ- zido por produtores brasileiros, em território nacional, contendo obras musicais de autores estrangeiros interpreta- das por artistas brasileiros. www.cers.com.br 7 SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL ESTUDO DOS TRIBUTOS CONCEITO DE TRIBUTO ANÁLISE DAS CINCO ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS Detalhamento: a) A pecúnia é o modo pelo qual o tributo deve ser carreado ao Fisco. Portanto, paga-se o tributo em dinheiro (Real . Além disso, o tributo poderá ser pago em (ler o art. 162, I, CTN). E quanto aos bens (i)móveis? ) CHEQUE Não se admite o tributo “in natura”, ou seja, não se pode pagar o tributo com produtos agrícolas, por exemplo, café, laranja etc. Quanto aos , a LC n. 104/2001 trouxe para o CTN o inciso XI do art. 156, prevendo a bens imóveis DAÇÃO EM , exclusivamente para tais bens. Isso significa que o expediente não era legítimo antes de 2001 e, PAGAMENTO após essa data, passou a ter a chancela do CTN (Condições: só para e necessidade de lei ordinária bem imóvel autorizativa). Atenção: o art. 146, III, “b”, CF condiciona o regramento do , avocando a necessidade de crédito tributário lei com- plementar. Sabe-se que a dação em pagamento é causa , e tal instituto se adstringe a normas extintiva do crédito tributário gerais constantes de uma . Por isso que se editou a , a qual alterou lei complementar LEI COMPLEMENTAR n. 104 o CTN. b) O tributo é . Com efeito, a prestação NÃO é facultativa, contratual ou voluntária (uma prestação compulsória constatação trivial). Além disso, o comando quer significar outra coisa (em uma constatação mais sofisticada): a compulsoriedade decorre do fenômeno da incidência tributária, ou seja, da subsunção tributária (a hipótese de incidência encontrando o fato gerador, e vice-versa). Exemplo: (...) : circular mercadorias (pressuposto normativo) HI : Maria circula mercadorias (consequente) FG → → (aqui está a compulsoriedade, a inafastabilidade, a HI FG NASCIMENTO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA inexorabilidade do dever de pagar o imposto) c) O tributo se confunde com . Paga-se o primeiro, em razão do FG ( ); paga-se a NÃO multa subsunção tributária última, em virtude do . Daí se falar no caráter pedagógico da multa. A doutrina costu-inadimplemento obrigacional ma ofertar duas modalidades de multa: a multa de mora com viés , ; e a mul- (moratória), indenizatório ressarcitório ta punitiva, com viés . sancionatório www.cers.com.br 8 Ver alguns artigos pertinentes (sobre multa): - (o tributo não elide/elimina a exigência de multa (e vice-versa), justamente por serem Art. 157, CTN exações inconfundíveis); - (o descumprimento de deflagra uma com Art. 113, §3º, CTN obrigação tributáriaacessória obrigação principal relação à ). multa d) O tributo é prestação dependente de . Isso resgata o princípio da legalidade tributária (art. 150, I, CF c/c art. lei 97, CTN) em sua inteireza. Todos os tributos estarão submetidos a essa exigência, ressalvadas as hipóteses de mitigação da legalidade: II, IE, IPI, IOF, CIDE-COMBUSTÍVEL e ICMS-COMBUSTÍVEL. e) O tributo depende de . No CTN, menciona-se “atividade administrativa plenamente vinculada”. Com lançamento efeito, o ato de cobrança – quer do tributo, quer da multa – é VINCULADO, ou seja, balizado pela lei, não havendo espaço para a discricionariedade. Por fim, se o lançamento tem feição documental, (...) (...) não se admite a exigibilidade do tributo oralmente. Exemplo: um fiscal “diz” que fulano deve e exige o paga- mento, sem o documento de cobrança pertinente. Observação: o detalhamento de lançamento será feito no Carreiras II (art. 142, CTN). QUAIS SÃO OS TRIBUTOS NO BRASIL? O sistema tributário possui tipos de tributos. Todos são mencionados na CF e apresentam detalhamentos CINCO no CTN. O art. 146, III, “a”, CF indica que FGs, bases de cálculo, entre outros elementos, devem estar em uma lei comple- mentar (...) o CTN “faz as vezes de”. NA CF: - Art. 145: indica TRÊS modalidades ( ). impostos, taxas e contribuições de melhoria - Art. 148: (quarta modalidade); empréstimos compulsórios - Art. 149: (quinta modalidade). contribuições Trata-se da , segundo a qual as cinco exa-Teoria PENTAPARTIDA / PENTAPARTITE / QUINQUIPARTITE(TIDA) ções supracitadas enquadram-se com fidelidade ao art. 3º do CTN, já estudado. Essa teoria é a prevalecente no STF e na doutrina majoritária. DETALHAMENTO DOS TRIBUTOS (FORA DE ORDEM): CINCO 1. EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO (“ECOM”) - Art. 148, “caput”, CF; - Tributo federal (UNIÃO); - ( , aqui, NÃO!!! – ); LEI COMPLEMENTAR MP art. 62, §1º, III, CF - , sobretudo à luz da doutrina majoritária e da jurisprudência (no passado, muito se discutiu sobre a É tributo, sim sua natureza, se tributária ou não); - , não se confundindo com as demais espécies tributárias (há posicionamento minoritário É tributo autônomo, sim que vê no ECOM a figura de “imposto restituível”); - (o STF defende a restituição em dinheiro e de modo corrigido!). O seu traço característico é a É tributo restituível RESTITUIBILIDADE; - Os dois incisos do art. 148 da CF não hospedam “fatos geradores”, mas simples pressupostos fáticos (situações deflagrantes). Vamos a eles: www.cers.com.br 9 Observação: a situação a) despesas extraordinárias (em virtude de calamidade pública ou de guerra externa). calamitosa deve ser limítrofe, por exemplo, hecatombes avassaladoras, cataclismos ou catástrofes. Além disso, quanto à guerra externa (iminente ou eclodida), veja que tal contexto pode ensejar DOIS tributos no Brasil: o ECOM (agora estudado) E o IMPOSTO EXTRAORDINÁRIO – ART. 154, II, CF. b) investimento público de caráter urgente e relevante interesse nacional. Observação: a exemplificação é difícil, não sendo objeto de questionamento frequente em provas. são dois pressupostos, apenas! Qualquer ECOM que venha com base em pressuposto distinto será CUIDADO: inconstitucional! Exemplo (Questão Delegado PF/CESPE): “É inconstitucional o ECOM criado em face de conjun- tura econômica que exija a absorção temporária de poder aquisitivo da moeda Por quê? Primeiro: porque não ”. está na CF; Segundo: porque não foi recepcionado pela CF/88. o art. 15, III, CTN DICAS FINAIS: O PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE TRIBUTÁRIA E O ECOM DICA 1. INCISO I: exceção às duas anterioridades tributárias (exigência imediata); INCISO II: regra às DUAS anterioridades (anual e nonagesimal), não obstante a óbvia (porque única à época) menção ao art. 150, III, “b”, CF. ali se mencionou que a receita do ECOM deve estar vinculada à sua DICA 2. Parágrafo único do art. 148 da CF: despesa. Não pode haver tredestinação ou desvio de finalidade! O comando entrou no texto constitucional em 1988! Muito obrigado! #EstudeMais #EstudeSempre Prof. Sabbag www.cers.com.br 10
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