Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
57 Re vi sã o: J an an dr ea - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 4/ 05 /1 2 CONTABILIDADE EMPRESARIAL Unidade II Na unidade II, estudaremos as consequências dos empréstimos/financiamentos e aplicações financeiras na contabilidade, operações largamente utilizadas na maioria das empresas. Não se trata de um assunto que destoe do que estudamos na Unidade I, ao contrário, acompanha-se o mesmo tipo de apuração – pré e pós-fixados – e os efeitos referenciados da apuração dos juros pré e pós-fixados sobre as operações de empréstimos. E, para as aplicações financeiras, estão na escolha do tipo de rendimento, pré ou pós-fixado. Nos empréstimos/financiamentos e aplicações financeiras é que se evidenciam tanto os cálculos, os registros, quanto os efeitos dessas operações sobre o resultado (lucro ou prejuízo) apurado no período. Ou seja, são operações que requerem grande atenção dos contadores. Muitos autores costumam separar o sucesso (ou insucesso) das empresas em aspectos operacionais e financeiros. Não raramente, na ânsia de trazer bons resultados para as suas empresas, os executivos acabam por abusar de facilidades oferecidas pelos agentes financeiros mesmo sem ter essa intenção. Empresas com uma operação muito competente podem vir a enfrentar problemas com sua administração financeira, e o contrário também é observável. O contador, nesse ambiente, tem uma função importantíssima, agindo como um árbitro que orienta os executivos a tomarem boas decisões e mostrando os resultados. Como fazer isso? Convidamos você a estudar com muita atenção as páginas a seguir! 5 EMPRÉSTIMOS/FINANCIAMENTOS – OPERAÇÕES PREFIXADAS 5.1 Empréstimos e financiamentos Empréstimos/financiamentos são dívidas contraídas por pessoa física ou jurídica geralmente junto às instituições financeiras, mediante contrato entre as partes. No contrato, precisa estar demonstrado o valor do empréstimo, a forma e a data de pagamento, os juros envolvidos na operação e as garantias. Enfim, todas as informações necessárias que possam evidenciar este tipo de dívida – empréstimos/financiamentos. Nesse tipo de negócio, o credor fornece uma quantia em dinheiro ao devedor que, de acordo com o contrato firmado, pode ser devolvido em parcelas ou não. Geralmente, a quantia é devolvida em prestações regulares, mas perfazendo um total acima daquele que foi emprestado, ou seja, valor do principal mais juros. Os principais fornecedores de empréstimos para as empresas (pessoas jurídicas) e pessoas físicas são as instituições financeiras. Quando uma empresa precisa de recursos para sanar problemas emergenciais ou expandir seus negócios, poderá recorrer aos bancos e obter os valores necessários para suprir suas necessidades. Essas operações, sempre formalizadas por meio de um contrato, poderão ser feitas em 58 Unidade II Re vi sã o: J an an dr ea - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 4/ 05 /1 2 moeda nacional ou moeda estrangeira, e ainda em curto ou longo prazo. São considerados empréstimos em curto prazo aqueles cujo prazo de pagamento vai no máximo até 360 dias. Os de longo prazo são os que ultrapassam esse prazo de pagamento. Observação Os empréstimos de curto prazo devem ser efetuados, exclusivamente, para atender às necessidades que aparecem periodicamente dentro de cada ciclo operacional, isto é, para pagamento de gastos que, normalmente, são recuperados com a venda dos produtos ou serviços. Quando, porém, a empresa planeja aumentar seus negócios, o empréstimo deverá ser o de longo prazo e, assim, passa a ser denominado financiamento. Para os empréstimos e financiamentos recebidos, a empresa ou a pessoa física tem de fornecer certa garantia aos bancos. Essa garantia pode ser em bens, emissão de nota promissória1 ou duplicatas a receber de seus clientes. As garantias sempre existirão, uma vez que são elas que permitirão que as instituições financeiras possam gerar este tipo de operação. Porém, a sua forma dependerá do acordo entre as partes – devedor e credor. Basicamente, temos duas modalidades de empréstimos/financiamentos, os prefixados e pós- fixados. Nos primeiros, os juros são conhecidos no ato da operação, enquanto no segundo tipo, os juros somente serão conhecidos durante o período de empréstimos/financiamentos, em outras palavras, para a modalidade de pós-fixados, os juros são apurados tomando-se como base a variação de um indexador escolhido para a operação. Além disso, os empréstimos/financiamentos podem ser realizados em moeda nacional e estrangeira. Sendo em moeda nacional, têm encargos financeiros prefixados e ou pós-fixados; em moeda estrangeira, serão efetuados somente na modalidade pós-fixada, uma vez que não seria possível conhecer a variação da moeda estrangeira no ato da operação de empréstimo/financiamento. No item a seguir, serão abordadas as dívidas contraídas por pessoa jurídica (empresa) junto às instituições financeiras, em que os encargos financeiros (juros) são conhecidos no ato da operação e reconhecidos de acordo com o regime de competência, sendo a operação ilustrada no balanço patrimonial. No item 6, teremos uma operação de empréstimos/financiamentos pós-fixada. Por meio de um exemplo, demonstraremos os cálculos, contabilizações e os reflexos da respectiva operação no balanço patrimonial. 5.2 Empréstimos/financiamentos – operação prefixada Os empréstimos/financiamentos podem ser realizados em moeda nacional ou moeda estrangeira, devendo sempre ser convertido para nossa moeda – o real. A operação financeira pode ter os encargos financeiros (juros, taxas etc.) conhecidos no momento da contratação. Nesse caso, dizemos que é uma 1 Nota promissória: título que representa uma promessa direta de pagamento ao credor, emitida pelo devedor. 59 Re vi sã o: J an an dr ea - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 4/ 05 /1 2 CONTABILIDADE EMPRESARIAL operação prefixada, já que no momento tem-se a condição de conhecer o valor dos encargos que envolvem a operação como um todo. 5.2.1 Exemplo de cálculo Vamos supor que a empresa Ambiciosa S/A efetue um empréstimo junto ao Banco Norte S/A nas seguintes condições: • Saldo inicial da conta Banco conta Movimento = R$ 399.840,00. • Empréstimo no Banco Norte S/A, em 31/10/20X8, no valor de R$ 2.000.000,00 com vencimento para 29/01/20X9. Como garantia, foi assinada uma nota promissória. • Juros simples cobrados pelo Banco Norte, antecipadamente, de 6% ao mês. • Despesas cobradas pelo banco: comissões de 1% sobre o valor da nota promissória; despesas de cobrança: R$ 1.400,00. Lembrete Essa operação é conhecida como prefixada, já que estão, desde o início, definidos e prefixados os valores dos encargos financeiros e do montante total a pagar. A efetivação do empréstimo implicará os seguintes lançamentos feitos pelo banco na conta-corrente da empresa, mediante a emissão de um aviso de lançamento com os dados demonstrados a seguir. A crédito R$ 2.000.000,00 – valor nominal da nota promissória. A débito • 360.000,00 – valor do juro cobrado antecipadamente a 6% ao mês, ou seja, R$ 2.000.000,00 x 0,06 = R$ 120.000 x 3 meses (31/10/20X8 a 29/01/20X9). • R$ 20.000,00 – valor da comissão de 1% sobre R$ 2.000.000,00. • R$ 1.400,00 – valor das despesas de cobrança. De posse do aviso, a empresa procederá em sua contabilidade os seguintes lançamentos, em 31/10/20X8: D – Banco conta movimento 2.000.000,00 C – Promissórias a pagar 2.000.000,00 60 Unidade II Re vi sã o: J an an dr ea - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 4/ 05 /1 2 D – Despesas bancárias • despesa de comissão 1% 20.000,00 • despesa de cobrança 1.400,00 C – Banco contamovimento 21.400,00 D – Juros a vencer (redutora do passivo) 360.000,00 C – Banco conta movimento 360.000,00 Observações: — Os valores de despesa de comissão e de cobrança irão diretamente para a conta de resultado, já que esses valores são irrecuperáveis e não serão reduzidos se houver, por exemplo, quitação antecipada do empréstimo. — O valor dos juros não pode ser lançado como despesa imediatamente, já que se refere ao tempo a decorrer da data do empréstimo até a data do vencimento, deve-se sempre respeitar o regime de competência. E essa conta de juros a vencer fica como redutora de passivo para fazer com que esse passivo fique a valor presente (BERBEL, 2000). Quadro 10 – Representação no balanço patrimonial em 31/10/20X8 Ativo Passivo Circulante ... ... ... Não circulante Circulante ... ... ... Notas promissórias a pagar 2.000.000,00 (-) Juros a vencer (360.000,00) Não circulante Patrimônio líquido Total Total • Tomando-se como base o regime de competência Como os juros se referem a um período de três meses, da data da operação ao seu vencimento, ou seja, de 31/10/20X8 a 29/01/20X9, mês a mês será apropriada as despesas de juros, ou seja, nos meses de novembro e dezembro de 20X8 e janeiro de 20x9, conforme cálculos: 61 Re vi sã o: J an an dr ea - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 4/ 05 /1 2 CONTABILIDADE EMPRESARIAL R$ 360.000 / 3 meses = R$ 120.000 ao mês Lançamento contábil da apropriação dos juros em 30/11/20X8: 1) D – Despesas de juros 120.000,00 C – Juros a vencer 120.000,00 Razonetes Notas promis. a pagar Juros a vencer 2.000.000,00 360.000,00 120.000,00 1) 240.000,00 Despesas de juros 1) 120.000,00 Quadro 11 – Representação no balanço patrimonial em 30/11/20X8 Ativo Passivo Circulante ... ... ... Não circulante Circulante ... ... ... Notas promissórias a pagar 2.000.000,00 (-) Juros a vencer (240.000,00) Não circulante Patrimônio líquido Total Total • Tomando-se como base o regime de competência Agora, iremos apropriar as despesas de juros referentes ao mês de dezembro/20X8: Lançamento contábil da apropriação dos juros em 30/12/20X8: 62 Unidade II Re vi sã o: J an an dr ea - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 4/ 05 /1 2 1) D – Despesas de juros 120.000,00 C – Juros a vencer 120.000,00 Razonetes Notas promis. a pagar Juros a vencer 2.000.000,00 240.000,00 120.000,00 1) 120.000,00 Despesas de juros 1) 120.000,00 Quadro 12 – Representação no balanço patrimonial em 31/12/20X8 Ativo Passivo Circulante ... ... ... Não circulante Circulante ... ... ... Notas promissórias a pagar 2.000.000,00 (-) Juros a vencer (120.000,00) Não circulante Patrimônio líquido Total Total Observação: ― — Resta, no balanço patrimonial de 31/12/20X8, apenas uma parcela dos juros a vencer, devendo ser apropriado somente em 29/01/20X9, independente do pagamento, uma vez que, para apropriação das despesas, o que prevalece é o regime de competência. • Pagamento do empréstimo na data do vencimento – 29/01/20X9 A empresa Ambiciosa S/A quitou sua dívida de empréstimo junto ao Banco Norte S/A na data do respectivo vencimento, ou seja, 29/01/20X9. Lançamento contábil da apropriação dos juros em 29/01/20X9: 1) D – Despesas de juros 120.000,00 C – Juros a vencer 120.000,00 63 Re vi sã o: J an an dr ea - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 4/ 05 /1 2 CONTABILIDADE EMPRESARIAL Lançamento contábil referente ao pagamento do empréstimo em 29/01/20X9: 2) D – Notas promissórias a pagar 2.000.000,00 C – Banco conta movimento 2.000.000,00 Razonetes Despesas de juros Juros a vencer 1) 120.000,00 120.000,00 120.000,00 1) Notas promis. a pagar Banco conta movimento 2) 2.000.000,00 2.000.000,00 SI 399.840,00 2.000.000,00 21.400,00 360.000,00 2.000.000,00 2.399.840,00 2.381.400,00 SF 18.440,00 onde: SI = Saldo inicial SF = Saldo Final 5.2.2 Exercício resolvido Em 1º de setembro de 20X7, a Cia. Delta S/A tomou emprestado R$ 50.000,00 do Banco Creditício S/A, pelo desconto de uma nota promissória para 90 dias, a taxa de 2% ao mês. As despesas cobradas pelo banco foram, além dos juros, R$ 500,00 a título de Taxa de Abertura de Crédito (TAC). A nota promissória foi paga em 1º de dezembro de 20X7. Em 1º de setembro, o Banco Creditício S/A enviou o aviso com as seguintes informações: a) crédito na conta-corrente da Cia. Delta S/A no valor de R$ 50.000,00. b) débito referente aos juros de R$ 3.000,00. c) débito da despesa com a TAC no valor de R$ 500,00. Lançamentos contábeis em 01/09/20X7: 1) D – Banco conta movimento 50.000,00 C – Notas promissórias a pagar 50.000,00 2) D – Juros a vencer 3.000,00 C – Banco conta movimento 3.000,00 3) D – Despesas bancárias 500,00 C – Banco conta movimento 500,00 64 Unidade II Re vi sã o: J an an dr ea - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 4/ 05 /1 2 • Tomando-se como base o regime de competência Os juros referem-se a um período de três meses, da data da operação ao seu vencimento, ou seja, de 01/09/20X7 a 01/12/20X7. Haverá a apropriação das despesas de juros mês a mês: outubro, novembro e dezembro, sendo R$ 1.000,00 por mês, totalizando os juros de R$ 3.000,00. Importante: para a apropriação dos juros no mês de setembro, consideram-se somente 29 dias e o valor dos juros será de: R$ 1.000 / 30 = R$ 33,33 x 29 dias = R$ 966. Vale ressaltar que, na opção de apropriar os juros proporcionais ao número de dias do mês de setembro, deve-se levar em consideração a relevância do valor em questão. 1) D – Despesas de juros 966,00 C – Juros a vencer 966,00 Razonetes Notas promis. a pagar Juros a vencer 50.000,00 3.000,00 966,00 1) 2.034,00 Despesas de juros 2) 966,00 Quadro 13 – Representação no balanço patrimonial em 30/09/20X7 Ativo Passivo Circulante ... ... ... Não circulante Circulante ... ... ... Notas promissórias a pagar 50.000,00 (-) Juros a vencer (2.034,00) Não circulante Patrimônio líquido Total Total 65 Re vi sã o: J an an dr ea - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 4/ 05 /1 2 CONTABILIDADE EMPRESARIAL • Tomando-se como base o regime de competência Segue a apropriação de juros no valor de R$ 1.000,00 referente ao mês de outubro/20X7. Lançamento contábil da apropriação dos juros em 31/10/20X7: 1) D – Despesas de juros 1.000,00 C – Juros a vencer 1.000,00 Razonetes Notas promis. a pagar Juros a vencer 50.000,00 2.034,00 1.000,00 1) 1.034,00 Despesas de juros 1) 1.000,00 Quadro 14 – Representação no balanço patrimonial em 31/10/20X7 Ativo Passivo Circulante ... ... ... Não circulante Circulante ... ... ... Notas promissórias a pagar 50.000,00 (-) Juros a vencer (1.034,00) Não circulante Patrimônio líquido Total Total • Tomando-se como base o regime de competência Segue a apropriação de juros no valor de R$ 1.000,00 referente ao mês de novembro/20X7. Lançamento contábil da apropriação dos juros em 30/11/20X7: 1) D – Despesas de juros 1.000,00 C – Juros a vencer 1.000,00 66 Unidade II Re vi sã o: J an an dr ea - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 4/ 05 /1 2 RazonetesNotas promis. a pagar Juros a vencer 50.000,00 1.034,00 1.000,00 1) 34,00 Despesas de juros 1) 1.000,00 Quadro 15 – Representação no balanço patrimonial em 30/11/20X7 Ativo Passivo Circulante ... ... ... Não circulante Circulante ... ... ... Notas promissórias a pagar 50.000,00 (-) Juros a vencer (34,00) Não circulante Patrimônio líquido Total Total • Pagamento do empréstimo em 01/12/20X7 Em 1º de dezembro de 20X7, o Banco Creditício S/A enviou o aviso com a informação que havia debitado na conta-corrente da Cia. Delta S/A o valor de R$ 50.000,00, referente à liquidação do empréstimo. 1) D – Notas promissórias a pagar 50.000,00 C – Banco conta movimento 50.000,00 A Cia. Delta S/A faz a apropriação dos juros, referentes somente a um dia do mês de dezembro/20X7. 2) D – Despesas de juros 34,00 C – Juros a vencer 34,00 67 Re vi sã o: J an an dr ea - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 4/ 05 /1 2 CONTABILIDADE EMPRESARIAL Razonetes Notas promis. a pagar Juros a vencer 1) 50.000,00 50.000,00 34,00 34,00 2) Banco conta movimento Despesas de juros Sl 62.300,00 50.000,00 1) 2) 34,00 12.300,00 6 EMPRÉSTIMOS/FINANCIAMENTOS – OPERAÇÕES PÓS-FIXADAS Os empréstimos e financiamentos na modalidade pós-fixada significam que os juros podem ter conjugação com outros fatores, como variação de indicadores nacionais ou estrangeiros. Sendo assim, os empréstimos e financiamentos em moeda nacional sob a operação pós-fixada possuem os encargos financeiros (juros mais variação de indicadores) com lastro nacional, enquanto que os empréstimos e financiamentos em moeda estrangeira têm encargos financeiros tomando-se como base a variação de uma moeda estrangeira, por exemplo, o dólar. De acordo como Banco Central do Brasil, os principais indicadores econômicos nacionais que medem a variação da moeda no tempo são: • INPC/IBGE: Índice Nacional de Preços ao Consumidor, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. • IGP-M/FGV: Índice Geral de Preços-Mercado, da Fundação Getúlio Vargas. • TJLP/BNDES: Taxa de Juros de Longo Prazo, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. 6.1 Diferenças entre os principais indicadores econômicos 6.1.1 IPC-Fipe Índice de Preços ao Consumidor, calculado semanalmente pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) – USP, mede a variação dos preços de produtos e serviços consumidos pelas famílias com rendas entre um e vinte salários mínimos, na cidade de São Paulo. As variações são obtidas comparando-se preços médios das quatro últimas semanas (referência) com os das quatro semanas anteriores (base). 6.1.2 IPCA O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, calculado mensalmente pelo IBGE, é o índice oficial do governo para medição das metas inflacionárias, estabelecidas no acordo com o Fundo 68 Unidade II Re vi sã o: J an an dr ea - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 4/ 05 /1 2 Monetário Internacional (FMI). Mede a variação nos preços de bens e serviços consumidos por famílias com rendimentos entre um e quarenta salários mínimos. A taxa é calculada nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além do Distrito Federal e do município de Goiânia. 6.1.3 IGP A FGV calcula três índices gerais de preço – IGP-M, IGP-10 e IGP-DI – que diferem entre si apenas pelo período de coleta de dados. Os três são calculados com base em outros três indicadores: o Índice de Preços no Atacado (IPA), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e o Índice Nacional do Custo da Construção (INCC), que representam, respectivamente, 60%, 30% e 10% em cada um dos IGPs. Base: Rio de Janeiro e São Paulo. — IGP-M compreende o período entre o dia 21 do mês anterior ao de referência e o dia 20 do mês de referência. — IGP-10 compreende o período entre o dia 11 do mês anterior ao de referência e o dia 10 do mês de referência. — IGP-DI compreende o período entre o primeiro e o último dia do mês de referência. 6.1.4 INPC Índice Nacional de Preços ao Consumidor, apurado pelo IBGE, foi criado com o objetivo de orientar os reajustes dos salários dos trabalhadores. Mede a inflação para famílias com renda entre um e oito salários mínimos. A taxa é calculada nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador, além do Distrito Federal e do município de Goiânia. 6.1.5 ICV Apurado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o Índice do Custo de Vida mede a variação dos preços de bens e serviços consumidos pelas famílias com renda entre um e três salários mínimos da cidade de São Paulo. Saiba mais Para mais conhecimento sobre os indicadores econômicos, consultar o site do Banco Central do Brasil: <www.bcb.gov.br/?INDECO>. 69 Re vi sã o: J an an dr ea - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 4/ 05 /1 2 CONTABILIDADE EMPRESARIAL A variação de um indicador econômico nacional pode gerar, numa operação de empréstimo/ financiamento, tanto um ganho quanto uma perda, dependendo da oscilação desse mesmo indicador no período de contratação do empréstimo. No caso do ganho, a conta contábil será registrada como “variação monetária ativa”, enquanto que na perda será “variação monetária passiva”, ambas contas de resultado, ou seja, registradas da DRE – Demonstração do Resultado do Exercício. A variação de um indicador econômico estrangeiro também pode gerar, numa operação de empréstimo/financiamento, um ganho ou uma perda e também depende da oscilação desse mesmo indicador no período de contratação do empréstimo. No caso do ganho, a conta contábil será registrada como “variação cambial ativa”, enquanto que na perda será “variação cambial passiva”, ambas contas de resultado, ou seja, registradas da DRE – Demonstração do Resultado do Exercício. Para melhor entendimento, apresenta-se um exemplo sobre um empréstimo realizado em dólar. O registro contábil deve ser efetuado com nossa moeda, ou seja, o valor em dólar (ou em qualquer outra moeda) deverá sempre ser convertido em “real”. 6.1.6 Exemplo de cálculo Fazer os lançamentos relativos à seguinte operação financeira e demonstrar o efeito da operação no balanço de 31/12/20X8. • Empréstimo no Banco Yellow, em 01/12/20X8, no valor de US$ 1.000.000,00 (câmbio do dia R$ 1,00), com vencimento para 31/12/20X9. Como garantia, foi assinada uma nota promissória em moeda estrangeira. • Despesas cobradas pelo banco: comissão de 1% sobre o valor do empréstimo; despesas de cobrança: US$ 1.400,00. • Juro de 3% ao mês, a ser aplicado sobre a dívida já atualizada. • Sabe-se que em 31/12/20X8, o câmbio estava cotado em R$ 1,05. • Contabilização do empréstimo e registro dos encargos em 01/12/20X8 1) D – Bancos conta movimento 1.000.000,00 C – Nota Promissória em moeda estrangeira a pagar 1.000.000,00 US$ 1.000.000,00 x R$ 1,00 = R$ 1.000.000,00 2) D – Despesas bancárias 11.400,00 C – Banco conta movimento 11.400,00 • Despesa de comissão 1% sobre R$ 1.000.000,00 = R$ 10.000,00 • Despesa de cobrança US$ 1.400,00 x R$ 1,00 = R$ 1.400,00 70 Unidade II Re vi sã o: J an an dr ea - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 4/ 05 /1 2 Razonetes Banco conta movimento NP em moeda estrang. a pagar Sl 34.715,00 11.400,00 2) 1.000.000,00 1) 1) 1.000.000,00 1.023.315,00 Despesas bancárias 2) 11.400,00 Em 31/12/20X8, será necessário apropriaras despesas com a variação cambial e os juros já incorridos e não pagos, cujo teor será o seguinte: Em primeiro lugar, faremos o registro da variação cambial, que se incorpora à própria conta original da dívida, ou seja: US$ 1.000.000,00 / R$ 1,00 = R$ 1.000.000,00 x R$ 1,05 = R$ 1.050.000 (BERBEL, 2000). • Como apurar a variação cambial Variação cambial = Dívida corrigida (–) dívida original R$ 1.050.000,00 – R$ 1.000.000,00 = R$ 50.000,00 Observação Se o valor da dívida corrigida for superior ao valor da dívida original, a diferença será uma perda, ou seja, a empresa passou a dever um valor superior à dívida contratada, devido à desvalorização do câmbio, gerando assim, uma “variação cambial passiva”. Se o valor da dívida corrigida for inferior ao valor da dívida original, a diferença será um ganho, ou seja, a empresa passou a dever um valor inferior à dívida contratada, devido à valorização do câmbio, gerando assim, uma “variação cambial ativa”. • Lançamento contábil da variação cambial D – Variação cambial passiva 50.000,00 C – Nota promissória em moeda estrangeira a pagar 50.000,00 71 Re vi sã o: J an an dr ea - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 4/ 05 /1 2 CONTABILIDADE EMPRESARIAL Em seguida, apurar o valor dos juros sobre o montante da dívida atualizada, ou seja, 3% a.m. R$ 1.050.000,00 x 0,03 = R$ 31.500,00 2) D – Despesa de juros 31.500,00 C – Juros a pagar 31.500,00 Razonetes Variação cambial passiva NP em moeda estrang. a pagar 1) 50.000,00 1.000.000,00 Sl 50.000,00 1) 1.050.000,00 Despesas de juros Juros a pagar 2) 31.500,00 31.500,00 2) Quadro 16 – Representação no balanço patrimonial em 31/12/20X8 Ativo Passivo Circulante ... ... ... Não circulante Circulante ... ... ... Notas promissórias em moeda estrangeira a pagar 1.050.000,00 (-) Juros a pagar 31.500,00 Não circulante Patrimônio líquido Total Total Importante: a empresa deverá acompanhar o valor do câmbio mensalmente para ajustar a dívida contraída até o respectivo vencimento, registrando as variações cambiais (passivas ou ativas) bem como os respectivos juros. 72 Unidade II Re vi sã o: J an an dr ea - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 4/ 05 /1 2 No caso de a empresa não saldar sua dívida no vencimento, deverá registrar tanto a variação cambial quanto os juros (e outros encargos financeiros cobrados, por exemplo, multa por atraso de pagamento) até a data da respectiva quitação. 6.1.7 Exercício resolvido Fazer todos os lançamentos contábeis relativos à seguinte operação financeira efetuada pela Cia. Trading. • Empréstimo no Banco Orange, em 01/10/20X1, no valor de US$ 100.000,00 (câmbio do dia R$ 1,00), com vencimento para 30/11/20X1. Como garantia foi assinada uma nota promissória em moeda estrangeira. • Despesas cobradas pelo banco: comissão de 2% sobre o valor do empréstimo; despesas de cobrança: US$ 100,00. • Juros de 3% ao mês, a ser aplicado sobre a dívida já atualizada. • Sabe-se que em 31/10/20X1, o câmbio estava cotado em R$ 1,10 (o real se desvalorizou em relação ao dólar em 10%). • A quitação do empréstimo ocorreu na data de seu vencimento, ou seja, em 30/11/20X1, ao câmbio cotado a R$ 0,95 (o real valorizou-se em relação ao dólar em praticamente 14%). Em 01 de outubro de 20X1, o Banco Orange envia para a Cia. Trading o aviso comunicando os seguintes dados da operação: R$ 100.000,00 relativos ao empréstimo; R$ 2.000,00 relativos à despesa de comissão e R$ 100,00 referentes à despesa de cobrança. • Contabilização do empréstimo e registro dos encargos em 01/10/20X1 1) D – Bancos c/ movimento 100.000,00 C – Nota promissória em moeda estrangeira a pagar 100.000,00 US$ 1.000,00 x R$ 1,00 = R$ 1.000,00 2) D – Despesas bancárias 2.100,00 C – Banco conta movimento 2.100,00 • Despesa de comissão 2% sobre R$ 100.000,00 = R$ 2.000,00 • Despesa de cobrança US$ 100,00 x R$ 1,00 = R$ 100,00 73 Re vi sã o: J an an dr ea - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 4/ 05 /1 2 CONTABILIDADE EMPRESARIAL Razonetes Banco conta movimento NP em moeda estrang. a pagar Sl 2.218,00 2.100,00 2) 100.000,00 1) 1) 100.000,00 100.118,00 Despesas bancárias 2) 2.100,00 Em 31 de outubro de 20X1, o Banco Orange envia outro aviso com as seguintes informações: R$ 10.000,00 relativos à atualização da dívida em 10% (variação do dólar de R$ 1,00 para R$ 1,10); R$ 3.300,00 relativos aos juros de 3% ao mês sobre a dívida já atualizada; R$ 110.000,00 relativos ao débito do valor da dívida atualizada. Em primeiro lugar, faremos o registro da variação cambial, que se incorpora à própria conta original da dívida, ou seja: US$ 100.000,00 / R$ 1,00 = R$ 100.000,00 x R$ 1,10 = R$ 110.000,00 • Como apurar a variação cambial Variação cambial = Dívida corrigida (–) dívida original R$ 110.000,00 – R$ 100.000,00 = R$ 10.000,00 → variação cambial passiva • Lançamento contábil da variação cambial 1) D – Variação cambial passiva 10.000,00 C – Nota promissória em moeda estrangeira a pagar 10.000,00 Em seguida, apurar o valor dos juros sobre o montante da dívida atualizada, ou seja, 3% a.m. R$ 110.000,00 x 0,03 = R$ 3.300,00 2) D – Despesa de juros 3.300,00 C – Juros a pagar 3.300,00 74 Unidade II Re vi sã o: J an an dr ea - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 4/ 05 /1 2 Razonetes Variação cambial passiva NP em moeda estrang. a pagar 1) 10.000,00 100.000,00 Sl 10.000,00 1) 110.000,00 Despesas de juros Juros a pagar 2) 3.300,00 3.300,00 2) Quadro 17 – Representação no balanço patrimonial em 31/10/20X1 Ativo Passivo Circulante ... ... ... Não circulante Circulante ... ... ... Notas promissórias em moeda estrangeira a pagar 110.000,00 (-) Juros a pagar 3.300,00 Não circulante Patrimônio líquido Total Total Em 30 de novembro de 20X1, a empresa fará a quitação de seu empréstimo, mas precisa contabilizar a variação cambial e os juros referentes ao mês de novembro para depois efetuar o pagamento de sua dívida. Lembrando que a dívida atualizada em 31 de outubro de 20X1 ficou em R$ 110.000,00, e o câmbio para 30 de novembro de 20X1 está em R$ 0,95. Em primeiro lugar, faremos o registro da variação cambial, mas agora precisamos de uma atenção maior: a dívida original foi de US$ 100.000,00, que na época da contratação do empréstimo era equivalente a R$ 100.000,00 devido ao câmbio de R$ 1,00. Porém, na data do pagamento da dívida, o câmbio foi reduzido a R$ 0,95, ou seja, houve uma valorização da nossa moeda (o real); significa dizer que, em valores da moeda corrente nacional, a dívida foi reduzida. Em outras palavras, teremos um ganho (variação monetária ativa) com a operação. Vejamos os cálculos tomando-se como base o saldo da dívida atualizada do período anterior: 75 Re vi sã o: J an an dr ea - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 4/ 05 /1 2 CONTABILIDADE EMPRESARIAL Valor dívida original: US$ 100.000,00 x R$ 1,00 = R$ 100.000,00 Valor dívida na data do vencimento / pagamento: US$ 100.000,00 x R$ 0,95 = R$ 95.000,00 • Como apurar a variação cambial Variação cambial = Dívida corrigida (–) dívida original R$ 95.000,00 – R$ 100.000,00 = R$ 5.000,00 → variação cambial ativa Porém, temos que analisar qual é osaldo atualizado da dívida até o momento de sua quitação e assim efetuar o ajuste da variação cambial, temos: Dívida atualizada em 31 de outubro de 20X1 R$ 110.000,00 (-) Valor atual da dívida, em 30 novembro de 20X1 R$ 95.000,00 (=) Variação cambial ativa R$ 15.000,00 • Lançamento contábil da variação cambial D – Nota promissória em moeda estrangeira a pagar 15.000,00 C – variação cambial ativa 15.000,00 Em seguida, apurar o valor dos juros sobre o montante da dívida atualizada, ou seja, 3% a.m. R$ 95.000,00 x 0,03 = R$ 2.850,00 2) D – Despesa de juros 2.850,00 C – Juros a pagar 2.850,00 Razonetes Variação cambial ativa NP em moeda estrang. pagar 15.000,00 1) 1) 15.000,00 110.000,00 Sl 95.000,00 Despesas de juros Juros a pagar 2) 2.850,00 3.300,00 Sl 2.850,00 2) 6.150,00 76 Unidade II Re vi sã o: J an an dr ea - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 4/ 05 /1 2 Fizemos os razonetes para um melhor entendimento. Agora, vamos fazer a quitação dos empréstimos: D – Notas promissórias em moeda estrangeira a pagar 95.000,00 D – Juros a pagar 6.150,00 C – Banco conta movimento 101.150,00 Observação Conforme demonstrado no exemplo que acabamos de estudar, um empréstimo/financiamento, quando contratado na modalidade pós-fixada, poderá obter ganhos ou perdas durante o período de sua contratação, estando a dívida sujeita à variação do indexador base (podendo ser relativo aos indicadores econômicos nacionais ou estrangeiros). Tal variação ocorre de acordo com o momento econômico e, hoje, podemos afirmar que, com uma economia globalizada, conhecer a ciência econômica tornou-se fator imprescindível para um bom contador. Em relação ao empréstimo/financiamento na modalidade prefixada, há uma previsão dos encargos financeiros por parte daquele que concede o empréstimo, cabendo ao responsável pela área financeira da empresa em conjunto com o contador, tomar a melhor decisão – pré ou pós-fixado. Não se trata, portanto, de uma modalidade melhor do que outra. Para uma decisão desse porte, caberá aos agentes envolvidos analisar a melhor situação para a empresa no momento. Em seguida, fizemos questão de reproduzir a menção feita na Unidade I (item 4.3) sobre o CPC 12 – Ajuste a Valor Presente, uma vez que o mesmo envolve contas do ativo e passivo. Porém, vale a pena informar que os Pronunciamentos Técnicos publicados pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) devem ser aplicados para as sociedades anônimas em geral (capital aberto ou fechado) ou para as empresas classificadas como de grande porte (Lei nº 11.638 de 28 de dezembro de 2007). Para as pequenas e médias empresas, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) publicou uma edição especial, são Pronunciamentos Técnicos que atendem às necessidades dessas empresas que, na prática, representam mais de 80 % das empresas registradas em nosso país. 7 APLICAÇÕES FINANCEIRAS – OPERAÇÕES PREFIXADAS Aplicação financeira é uma operação que visa a um retorno financeiro, ou seja, que com o tempo devolva não só o capital investido como também uma componente de retorno em excesso, a título de 77 Re vi sã o: J an an dr ea - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 4/ 05 /1 2 CONTABILIDADE EMPRESARIAL rendimentos (ou juros). Com o objetivo de auferir receitas financeiras, as empresas aplicam em bancos praticamente todo dinheiro que elas têm disponível. Normalmente, são aplicações de curto prazo em fundos de investimentos, certificados de depósitos bancários etc. Essas operações financeiras podem ser contratadas a taxas prefixadas ou pós-fixadas. 7.1 Operações prefixadas Nas operações prefixadas, no momento da aplicação, os contratantes já conhecem a taxa de juros efetiva em que está sendo efetuada a transação e, assim, sabe-se o quanto de rendimento terá sobre a aplicação que está sendo realizada. Em relação aos rendimentos auferidos sobre aplicações financeiras, a Receita Federal determina que uma parte seja retida pela instituição financeira em que a aplicação foi realizada, que fica responsável para enviar para valor para os cofres da Receita Federal. O imposto retido tem a seguinte denominação: Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) e sua alíquota varia de acordo com o lastro ao qual a aplicação estiver vinculado. Por tratar-se de legislação específica, os exemplos contemplados neste tópico terão uma alíquota fictícia apenas para informar e contabilizar o IRRF e seu reflexo nas demonstrações financeiras. Devido a amplitude do assunto – Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), voltaremos com ele na disciplina Planejamento Contábil Tributário. Saiba mais Para mais informações em relação ao Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), sobre rendimentos auferidos em aplicações financeiras, bem como rendimentos isentos a este tributo e ainda sobre os tipos de aplicações financeiras, consultar o site da Receita Federal: <www.receita.fazenda.gov.br>. 7.1.1 Exemplo de cálculo A Empresa Reis Souza Ltda. fez uma aplicação no Banco Intercontinental S/A no valor de R$ 500.000,00, em Certificado de Depósito Bancário (CDB) por 90 dias, a uma taxa de juros de 1,5 % ao mês. O IRRF está na ordem de 4% sobre o rendimento total e será apurado somente na data do vencimento, conforme determina a legislação vigente. • Data da aplicação: 1º de junho de 20X6. • Data do vencimento: 1º de setembro de 20X6. 78 Unidade II Re vi sã o: J an an dr ea - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 4/ 05 /1 2 Importante: • Para os 90 dias em que ficarão aplicados os recursos, a empresa precisará reconhecer mensalmente a receita dos rendimentos determinados pela operação, mas proporcionalmente ao número de dias em que o dinheiro ficará aplicado. Sendo assim, estará cumprindo uma exigência legal – o uso do regime de competência, principalmente, em relação ao registro das contas de resultado – despesas e receitas. • A proporcionalidade dos rendimentos sobre a aplicação financeira ficará assim distribuída: —― junho/20X6...... = 29 dias → 30 dias – 01 data da aplicação. —―julho/20X6 ......= 30 dias → mês comercial. —―agosto/20X6.... = 30 dias → mês comercial. —― setembro/20X6 = 01 dia → vencimento da aplicação. —―Total................. = 90 dias de aplicação ou três meses. • Contabilização da aplicação em 01/06/20X6 1) D – Aplicações financeiras (AC) 522.500,00 C – Banco conta movimento (AC) 500.000,00 C – Rendimento a apropriar (AC) 22.500,00 Importante: a conta de rendimento a apropriar mostra o quanto a empresa ganhará com a operação efetuada. Trata-se de uma conta redutora do ativo circulante, em que será demonstrado o quanto a empresa terá rendimento a até ao final da aplicação, conforme ilustra o balanço patrimonial em 30/06/20X6. • Contabilização do rendimento referente ao mês de junho/20X6, considerando-se sempre o regime de competência Cálculo e contabilização dos rendimentos proporcionais a 29 dias do mês de junho/20X6: R$ 22.500,00/90 dias = 250 x 29 dias = R$ 7.250,00 2) D – Rendimento a apropriar (AC) 7.250,00 C – Rendimentos sobre aplicação financeira (DRE) 7.250,00 Razonetes Aplicações financeiras Banco conta movimento 1) 522.500,00 Sl 510.815,00 500.000,00 1) 10.815,00 79 Re vi sã o: J an an dr ea - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 4/ 05 /1 2 CONTABILIDADE EMPRESARIAL Rendimentos a apropriar Rend. sobre apl. financeiras 2) 7.250,00 22.500,00 1) 7.250,00 2) 15.250,00 Quadro 18 – Representação no balanço patrimonial em 30/06/20X6 Ativo Passivo Circulante ...... Aplicação financeira 522.500,00 (-) Rendimentos a apropriar (15.250,00) Não circulante Circulante ... ... Não circulante Patrimônio líquido Total Total • Contabilização do rendimento referente ao mês de julho/20X6, considerando-se sempre o regime de competência Cálculo e contabilização dos rendimentos proporcionais a 30 dias do mês de julho/20X6: R$ 22.500,00/90 dias = 250 x 30 dias = R$ 7.500,00 1) D – Rendimento a apropriar (AC) 7.500,00 C – Rendimentos sobre aplicação financeira (DRE) 7.500,00 Razonetes Aplicações financeiras Rendimentos a apropriar Sl 522.500,00 1) 7.500,00 15.250,00 Sl 7.750,00 Rend. sobre apl. financeiras 7.500,00 1) 80 Unidade II Re vi sã o: J an an dr ea - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 4/ 05 /1 2 Quadro 19 – Representação no balanço patrimonial em 31/07/20X6 Ativo Passivo Circulante ... ... Aplicação financeira 522.500,00 (-) Rendimentos a apropriar (7.750,00) Não circulante Circulante ... ... Não circulante Patrimônio líquido Total Total • Contabilização do rendimento referente ao mês de agosto/20X6, considerando-se sempre o regime de competência Cálculo e contabilização dos rendimentos proporcionais a 30 dias do mês de agosto/20X6: R$ 22.500,00/90 dias = 250 x 30 dias = R$ 7.500,00 1) D – Rendimento a apropriar (AC) 7.500,00 C – Rendimentos sobre aplicação financeira (DRE) 7.500,00 Razonetes Aplicações financeiras Rendimentos a apropriar Sl 522.500,00 1) 7.500,00 7.750,00 Sl 250,00 Rend. sobre apl. financeiras 7.500,00 1) 81 Re vi sã o: J an an dr ea - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 4/ 05 /1 2 CONTABILIDADE EMPRESARIAL Quadro 20 – Representação no balanço patrimonial em 31/08/20X6 Ativo Passivo Circulante ... ... Aplicação financeira 522.500,00 (-) Rendimentos a apropriar (250,00) Não circulante Circulante ... ... Não circulante Patrimônio líquido Total Total Contabilização do resgate da aplicação em 1º de setembro de 20X6, no qual, além de considerar o rendimento somente sobre um dia, haverá a retenção do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre o total dos rendimentos auferidos, referente aos 90 dias que o montante de R$ 500.000,00 ficou aplicado: Cálculo e contabilização dos rendimentos proporcionais a um dia do mês de setembro/20X6: R$ 22.500,00/90 dias = 250 x 1 dia = R$ 250,00 1) D – Rendimento a apropriar (AC) 250,00 C – Rendimentos sobre aplicação financeira (DRE) 250,00 Cálculo e contabilização de 4% do IRRF sobre o rendimento total da operação e resgate da aplicação financeira efetuada: R$ 22.500,00 x 0,04 = R$ 900,00 2) D – Banco conta movimento (AC) 521.600,00 D – IRRF a recuperar (AC) 900,00 C – Aplicações financeiras (AC) 522.500,00 Razonetes Aplicações financeiras Rendimentos a apropriar Sl 522.500,00 522.500,00 2) 1) 250,00 250,00 Sl Rend. sobre apl. financeiras Banco conta movimento 250,00 1) Sl 4.872,00 2) 521.600,00 526.472,00 82 Unidade II Re vi sã o: J an an dr ea - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 4/ 05 /1 2 IRRF a recuperar 1) 900,00 Quadro 21 – Representação no balanço patrimonial em 30/09/20X6 Ativo Passivo Circulante ... ... IRRF a recuperar 900,00 Não circulante Circulante ... ... Não circulante Patrimônio líquido Total Total Observação O IRRF a recuperar registrado no balanço patrimonial poderá ser compensado com o Imposto de Renda Pessoa Jurídica a Pagar (imposto calculado sobre o resultado apurado no período, assunto a ser abordado na disciplina Planejamento Contábil Tributário) ou com quaisquer outros tributos federais, conforme determina a legislação vigente. 7.1.2 Exercício resolvido A Cia. Gama Ltda. efetuou a seguinte aplicação financeira: • 01/12/20X6 – data da aplicação. • R$ 100.000,00 – valor da aplicação. • 0,75% a.m. – taxa de juros simples. • 31/07/20X7 – vencimento da aplicação. • 4% IRRF sobre rendimento total. 83 Re vi sã o: J an an dr ea - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 4/ 05 /1 2 CONTABILIDADE EMPRESARIAL Importante: • A proporcionalidade dos rendimentos sobre a aplicação financeira ficará assim distribuída: — dezembro/20X6..... = 29 dias → 30 dias – 01 data da aplicação. — janeiro/20X7 ......... = 30 dias → mês comercial. — fevereiro/20X7....... = 30 dias → mês comercial. — março/20X7 ......... = 30 dias → mês comercial. — abril/20X7 ............ = 30 dias → mês comercial. — maio/20X7 ........... = 30 dias → mês comercial. — junho/20X7 .......... = 30 dias → mês comercial. — julho/20X7............. = 31 dias → vencimento da aplicação. — Total .................... = 240 dias de aplicação ou oito meses. Pede-se: contabilizar a aplicação financeira, respeitando-se o regime de competência e demonstrar os efeitos da operação, mensalmente, no Balanço Patrimonial: • Contabilização da aplicação financeira em 01/12/20X6 1) D – Aplicação financeira 100.000,00 C – Banco conta movimento 100.000,00 Calcular e contabilizar os juros prefixados: R$ 100.000,00 x 6% = R$ 6.000,00 2) D – Aplicação financeira 6.000,00 C – Rendimentos a apropriar 6.000,00 Razonetes Aplicações financeiras Banco conta movimento 1) 100.000,00 Sl 105.209,00 100.000,00 1) 2) 6.000,00 5.209,00 106.000,00 Rendimentos a apropriar 6.000,00 2) 84 Unidade II Re vi sã o: J an an dr ea - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 4/ 05 /1 2 • Contabilização do rendimento referente ao mês de dezembro/20X6, considerando-se sempre o regime de competência Calcular e contabilizar os rendimentos proporcionais a 29 dias do mês de dezembro/20X6: R$ 6.000,00/240 dias = 25 x 29 dias = R$ 725,00 3) D – Rendimento a apropriar 725,00 C – Rendimentos sobre aplicação financeira 725,00 Razonetes Rendimentos a apropriar Rend. sobre apl. financeiras 2) 725,00 6.000,00 2) 725,00 5.275,00 Quadro 22 – Representação no balanço patrimonial em 31/12/20X6 Ativo Passivo Circulante ... ... Aplicação financeira 106.000,00 (-) Rendimentos a apropriar (5.275,00) Não circulante Circulante ... ... Não circulante Patrimônio líquido Total Total • Contabilização do rendimento referente ao mês de janeiro/20X7, considerando-se sempre o regime de competência Calcular e contabilizar os rendimentos proporcionais a 30 dias do mês de janeiro/20X7: R$ 6.000,00/240 dias = 25 x 30 dias = R$ 750,00 1) D – Rendimento a apropriar 750,00 C – Rendimentos sobre aplicação financeira 750,00 85 Re vi sã o: J an an dr ea - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 4/ 05 /1 2 CONTABILIDADE EMPRESARIAL Razonetes Rendimentos a apropriar Rend. sobre apl. financeiras 1) 750,00 5.275,00 SI 750,00 1) 4.525,00 Quadro 23 – Representação no balanço patrimonial em 31/01/20X7 Ativo Passivo Circulante ... ... Aplicação financeira 106.000,00 (-) Rendimentos a apropriar (4.525,00) Não circulante Circulante ... ... Não circulante Patrimônio líquido Total Total • Contabilização do rendimento referente ao mês de fevereiro/20X7,considerando-se sempre o regime de competência Calcular e contabilizar os rendimentos proporcionais a 30 dias do mês de fevereiro/20X7: R$ 6.000,00/240 dias = 25 x 30 dias = R$ 750,00 1) D – Rendimento a apropriar 750,00 C – Rendimentos sobre aplicação financeira 750,00 Razonetes Rendimentos a apropriar Rend. sobre apl. financeiras 1) 750,00 4.525,00 SI 750,00 1) 3.775,00 86 Unidade II Re vi sã o: J an an dr ea - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 4/ 05 /1 2 Quadro 24 – Representação no balanço patrimonial em 28/02/20X7 Ativo Passivo Circulante ... ... Aplicação financeira 106.000,00 (-) Rendimentos a apropriar (3.775,00) Não circulante Circulante ... ... Não circulante Patrimônio líquido Total Total • Contabilização do rendimento referente ao mês de março/20X7, considerando-se sempre o regime de competência Calcular e contabilizar os rendimentos proporcionais a 30 dias do mês de março/20X7: R$ 6.000,00/240 dias = 25 x 30 dias = R$ 750,00 1) D – Rendimento a apropriar 750,00 C – Rendimentos sobre aplicação financeira 750,00 Razonetes Rendimentos a apropriar Rend. sobre apl. financeiras 1) 750,00 3.775,00 SI 750,00 1) 3.025,00 Quadro 25 – Representação no balanço patrimonial em 31/03/20X7 Ativo Passivo Circulante ... ... Aplicação financeira 106.000,00 (-) Rendimentos a apropriar (3.025,00) Não circulante Circulante ... ... Não circulante Patrimônio líquido Total Total 87 Re vi sã o: J an an dr ea - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 4/ 05 /1 2 CONTABILIDADE EMPRESARIAL • Contabilização do rendimento referente ao mês de abril/20X7, considerando-se sempre o regime de competência Calcular e contabilizar os rendimentos proporcionais a 30 dias do mês de abril/20X7: R$ 6.000,00/240 dias = 25 x 30 dias = R$ 750,00 1) D – Rendimento a apropriar 750,00 C – Rendimentos sobre aplicação financeira 750,00 Razonetes Rendimentos a apropriar Rend. sobre apl. financeiras 1) 750,00 3.025,00 SI 750,00 1) 2.275,00 Quadro 26 – Representação no balanço patrimonial em 30/04/20X7 Ativo Passivo Circulante ... ... Aplicação financeira 106.000,00 (-) Rendimentos a apropriar (2.275,00) Não circulante Circulante ... ... Não circulante Patrimônio líquido Total Total • Contabilização do rendimento referente ao mês de maio/20X7, considerando-se sempre o regime de competência Calcular e contabilizar os rendimentos proporcionais a 30 dias do mês de maio/20X7: R$ 6.000,00/240 dias = 25 x 30 dias = R$ 750,00 1) D – Rendimento a apropriar 750,00 C – Rendimentos sobre aplicação financeira 750,00 88 Unidade II Re vi sã o: J an an dr ea - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 4/ 05 /1 2 Razonetes Rendimentos a apropriar Rend. sobre apl. financeiras 1) 750,00 2.275,00 SI 750,00 1) 1.525,00 Quadro 27 – Representação no balanço patrimonial em 31/05/20X7 Ativo Passivo Circulante ... ... Aplicação financeira 106.000,00 (-) Rendimentos a apropriar (1.525,00) Não circulante Circulante ... ... Não circulante Patrimônio líquido Total Total • Contabilização do rendimento referente ao mês de junho/20X7, considerando-se sempre o regime de competência Calcular e contabilizar os rendimentos proporcionais a 30 dias do mês de junho/20X7: R$ 6.000,00/240 dias = 25 x 30 dias = R$ 750,00 1) D – Rendimento a apropriar 750,00 C – Rendimentos sobre aplicação financeira 750,00 Razonetes Rendimentos a apropriar Rend. sobre apl. financeiras 1) 750,00 1.525,00 SI 750,00 1) 775,00 89 Re vi sã o: J an an dr ea - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 4/ 05 /1 2 CONTABILIDADE EMPRESARIAL Quadro 28 – Representação no balanço patrimonial em 30/06/20X7 Ativo Passivo Circulante ... ... Aplicação financeira 106.000,00 (-) Rendimentos a apropriar (775,00) Não circulante Circulante ... ... Não circulante Patrimônio líquido Total Total • Contabilização do rendimento referente ao mês de julho/20X7, considerando-se sempre o regime de competência → e também no vencimento da aplicação 31/07/20X6 Calcular e contabilizar os rendimentos proporcionais a 31 dias do mês de julho/20X6: R$ 6.000,00/240 dias = 25 x 31 dias = R$ 775,00 1) D – Rendimento a apropriar 775,00 C – Rendimentos sobre aplicação financeira 775,00 Calcular e contabilizar os 4% do IRRF sobre o rendimento total da operação, bem como o resgate da aplicação financeira: R$ 6.000,00 x 0,04 = R$ 240,00 2) D – Banco conta movimento 105.760,00 D – IRRF a recuperar 240,00 C – Aplicações financeiras 106.000,00 Razonetes Rendimentos a apropriar Rend. sobre apl. financeiras 1) 775,00 775,00 Sl 775,00 1) Banco conta movimento IRRF a recuperar Sl 2.118,00 2) 240,00 2) 105.760,00 107.878,00 90 Unidade II Re vi sã o: J an an dr ea - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 4/ 05 /1 2 Aplicação financeira Sl 106.000,00 106.000,00 2) Quadro 29 – Representação no Balanço Patrimonial em 31/07/20X7 Ativo Passivo Circulante ... ... IRRF a recuperar 240,00 Não circulante Circulante ... ... Não circulante Patrimônio líquido Total Total Saiba mais No Brasil, é muito forte o emprego dos agentes públicos como fonte de financiamento das empresas. Praticamente todo o financiamento empresarial é realizado via BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Sendo assim, visite regularmente o site do BNDES e esteja atualizado com as últimas possibilidades. <http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt>. 8 APLICAÇÕES FINANCEIRAS – OPERAÇÕES PÓS-FIXADAS 8.1 Operações pós-fixadas Conforme abordado no assunto “Empréstimos/financiamentos”, nesta Unidade, o que difere uma operação prefixada da pós-fixada nada mais é do que a maneira como se aplica a taxa de juros. Nas operações prefixadas conhecem-se, no ato da operação, tanto os juros a serem pagos sobre os empréstimos/financiamentos contratados, quanto aos rendimentos sobre uma aplicação financeira efetuada. 91 Re vi sã o: J an an dr ea - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 4/ 05 /1 2 CONTABILIDADE EMPRESARIAL Deve-se levar em consideração que, para as operações prefixadas, embute-se na taxa de juros uma expectativa inflacionária, enquanto que nas operações pós-fixadas tem-se somente a taxa de juros, ficando a representação da inflação exatamente registrada pela sua efetiva variação, podendo gerar um ganho ou uma perda inflacionária, ou seja, uma variação monetária ativa ou passiva, respectivamente. Assim, nas operações pós-fixadas, é aplicada uma taxa de juros mais um índice de preços, quer em relação a uma moeda estrangeira, ou a quaisquer outros indicadores econômicos (acordados entre as partes), que venha identificar a variação inflacionária do período contratado para a operação, independente do tipo de operação – empréstimos/financiamentos e ou aplicações financeiras. 8.1.1 Exemplo de cálculo A empresa Reis Souza Ltda. fez uma aplicação no Banco Intercontinental S/A, no valor de R$ 200.000,00, com variação monetária combase no CDB mais juros de 1% ao mês, sobre o valor atualizado (para fins didáticos utilizaremos o método de juros simples). Data da aplicação: 5 de abril de 20X6. Data do resgate: 2 de outubro de 20X6. Juros de 1% ao mês, total de 6% (abril a outubro). Variação do CDB no período: 9%. IRRF sobre o total dos rendimentos: 4%. • Contabilização da aplicação em 05/04/20X6 1) D – Aplicação financeira 200.000,00 C – Banco conta movimento 200.000,00 Razonetes Aplicação financeira Banco conta movimento 1) 200.000,00 Sl 203.122,00 200.000,00 1) 3.122,00 92 Unidade II Re vi sã o: J an an dr ea - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 4/ 05 /1 2 Quadro 30 – Representação no balanço patrimonial em 30/04/20X6 Ativo Passivo Circulante ... ... Aplicação financeira 200.000,00 Não circulante Circulante ... ... Não circulante Patrimônio líquido Total Total • Cálculo e contabilização das receitas auferidas somente na data do regate da aplicação financeira: Variação monetária ativa = variação do CDB no período de 9%. R$ 200.000,00 x 0,09 = R$ 18.000,00 → Ganho. Rendimentos = juros de 1% a.m. = 6% sobre o valor da aplicação atualizada. R$ 218.000,00 x 0,06 = R$ 13.080,00. 1) D – Aplicações financeiras 31.080,00 C – Variação monetária ativa 18.000,00 C – Rendimentos sobre aplicação financeira 13.080,00 Observação Para fins didáticos, o resultado sobre a aplicação financeira, ganhos e rendimentos foram registrados no final da operação. Porém, numa situação empresarial, deve-se acompanhar a variação do índice escolhido para a operação e registrar mensalmente os ganhos, mesmo que sejam de forma aproximada, atendendo, assim, ao regime de competência. Ao final da operação, serão feitos os devidos ajustes. Cálculo e contabilização do IRRF sobre o valor total dos rendimentos, bem como o resgate da operação de aplicação financeira em 02/10/20X6. 93 Re vi sã o: J an an dr ea - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 4/ 05 /1 2 CONTABILIDADE EMPRESARIAL IRRF sobre os rendimentos → R$ 31.080,00 x 0,04 = R$ 1.243,00. 2) D – Banco conta movimento 229.837,00 D – IRRF a recuperar 1.243,00 C – Aplicações financeiras 231.080,00 Razonetes Aplicação financeira Banco conta movimento Sl 200.000,00 231.080,00 2) Sl 8.487,00 1) 31.080,00 2) 229.837,00 238.324,00 Variação monetária ativa Rend. sobre apl. financeiras 18.000,00 1) 13.080,00 1) IRRF a recuperar 3) 1.243,00 Quadro 31 – Representação no balanço patrimonial em 31/10/20X6 Ativo Passivo Circulante ... ... IRRF a recuperar 1.243,00 Não circulante Circulante ... ... Não circulante Patrimônio líquido Total Total Saiba mais Há um esforço do governo brasileiro em aumentar o financiamento privado no Brasil. Em sua dissertação de mestrado, o pesquisador João Roberto Borin analisa o mercado privado de financiamento brasileiro: <http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/4193>. 94 Unidade II Re vi sã o: J an an dr ea - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 4/ 05 /1 2 8.1.2 Exercício resolvido A Cia. Beta S/A fez a seguinte aplicação financeira: • 01/10/20X7 – data da aplicação. • R$ 50.000,00 – valor da aplicação. • 2% a.m. – variação do IGPM/FGV no período. • 1% a.m. – taxa de juros simples. • 31/12/20X7 – data do resgate. • IRRF sobre o total dos rendimentos: 4%. Pede-se: contabilizar toda operação – aplicação, atualização e resgate. 1) Contabilização da aplicação financeira em 01/10/20X7: D – Aplicação financeira 50.000,00 C – Banco conta movimento 50.000,00 2) Calcular e contabilizar a atualização da aplicação financeira pela variação do IGP-M até o resgate em 31/12/20X7: R$ 50.000,00 x 0,06 = R$ 3.000,00 D – Aplicação financeira 3.000,00 C – Variação monetária ativa 3.000,00 3) Calcular e contabilizar os juros até o resgate em 31/12/20X7: R$ 53.000,00 x 0,03 = R$ 1.590,00 D – Aplicação financeira 1.590,00 C – Rendimentos com aplicação financeira 1.590,00 4) Calcular e contabilizar tanto o IRRF sobre os rendimentos quanto o resgate: IRRF equivale a: R$ 4.590,00 x 0,04 = R$ 183,00. D – Banco conta movimento 54.407,00 D – IRRF a recuperar 183,00 C – Aplicação financeira 54.590,00 95 Re vi sã o: J an an dr ea - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 4/ 05 /1 2 CONTABILIDADE EMPRESARIAL Razonetes Aplicação financeira Banco conta movimento 1) 50.000,00 54.590,00 4) Sl 52.321,00 50.000,00 1) 2) 3.000,00 4) 54.407,00 3) 1.590,00 56.728,00 Variação monetária ativa Rend. sobre apl. financeiras 3.000,00 2) 1.590,00 3) IRRF a recuperar 4) 183,00 Saiba mais Em relação às aplicações financeiras, além dos CPC já citados (Conceitual Básico, 12 – Ajuste a Valor Presente e sobre as Pequenas e Médias Empresas), o CPC 08 (R1) – Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários – deverá ser utilizado sobre as transações realizadas pelas sociedades anônimas (capital aberto ou fechado) e empresas de grande porte, conforme determina a Lei nº 11.638 de 28 de dezembro de 2007. Exemplo de aplicação Ao longo da unidade, você teve contato com termos que representam conceitos utilizados no jargão da área contábil. A proposta é que você estude mais um desses termos que surgiram nesta unidade. Nos espaços a seguir, tente explicar com suas próprias palavras o que significa o termo. Caso não consiga explicar, volte ao texto e releia. Em qualquer caso, pesquise na internet, não só o que significa o termo, mas como os profissionais da área contábil o utilizam. O termo é: cobrança. ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________ 96 Unidade II Re vi sã o: J an an dr ea - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 4/ 05 /1 2 E se te perguntarem? Imagine a seguinte situação: Você é procurado(a) pelo departamento de relações públicas da empresa em que trabalha, pois querem que você participe de uma matéria jornalística. No dia seguinte, uma conhecida jornalista lhe faz a seguinte pergunta: — Quais as principais opções de financiamento que as empresas dispõem no momento atual e quais as vantagens de cada um deles? Como você responderia a essa pergunta? ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________ Mapa mental No espaço a seguir, tente montar um mapa mental ou um esquema com os principais conceitos estudados. Resumo Na unidade II, estudamos as consequências na contabilidade dos empréstimos financeiros e aplicações, operações que exigem grande atenção dos contadores, uma vez que são determinantes no sucesso ou 97 Re vi sã o: J an an dr ea - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 4/05 /1 2 CONTABILIDADE EMPRESARIAL insucesso empresarial de grande parte das empresas. São operações como empréstimos financeiros e aplicações financeiras, que evidenciam tanto os cálculos, os registros, quanto os efeitos dessas operações sobre o resultado apurado no período. Finalizando a unidade II, foram analisados os seguintes aspectos: • aplicações financeiras; • financiamentos prefixados; • financiamentos pós-fixados; • financiamentos em moeda estrangeira. Espera-se que, neste momento, você já esteja confortável para seguir para próximos desafios que o aguardam no curso de Ciências Contábeis e para enfrentar a maioria dos problemas que surgem na vida profissional. Como comentado na introdução deste livro, uma aula nunca acaba e você sempre terá uma sensação de insatisfação. Sempre teríamos algum assunto a abordar que não foi abordado. Porém, se você tem dúvidas sobre o conteúdo abordado, mas não sabe como formulá-las e/ou tem vergonha, esqueça isso! Confie no trabalho dos tutores, que sabem como agir nessas situações. Faça suas perguntas com tranquilidade. O fundamental é esclarecer suas dúvidas! Mesmo que após o período de estudos desta disciplina surgir alguma dúvida, não hesite em entrar em contato com os tutores. Exercícios Questão 01 (Enade, 2009, adaptada). Nos trabalhos realizados por um auditor independente, identificaram-se vários procedimentos adotados pela Cia. Calada. No decorrer dos trabalhos, os seguintes fatos foram encontrados: I. A provisão para crédito de liquidação duvidosa foi constituída, tendo como base o índice de inadimplência apresentado nos últimos cinco anos. II. A empresa fez uma aplicação em Certificado de Depósito Bancário (CDB) no Banco Intercontinental S/A com um prazo de 90 dias e juros prefixados. Utilizando o regime de competência, creditou a Ativo Circulante e rendimentos a apropriar o valor correspondente aos juros da operação. 98 Unidade II Re vi sã o: J an an dr ea - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 4/ 05 /1 2 III. As despesas pagas antecipadamente foram registradas como Passivo Circulante. IV. O Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) incidente sobre aplicações financeiras foram deduzidos do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ). Diante dos fatos encontrados na Cia. Calada, sob o ponto de vista da condução do trabalho de auditoria, a conduta correta do auditor independente responsável será: A) Oferecer serviço de consultoria para corrigir os fatos encontrados. B) Solicitar da empresa correções para os fatos I e III. C) Solicitar da empresa correções para os fatos II e IV. D)Solicitar da empresa correções para o fato III. E) Finalizar os trabalhos e indicar em seu relatório que todos os fatos contábeis foram corretamente considerados. Resposta correta: alternativa D. Análise das afirmativas. Afirmativa I: correta. Justificativa: conforme apresentado no livro-texto, o montante de provisão de uma empresa é estabelecido pela experiência acumulada, ou seja, pela estimativa de não recebimento de suas vendas a prazo. Tal sistemática procura estabelecer uma média estatística da inadimplência dos últimos três ou cinco anos. Afirmativa II: correta. Justificativa: a conta de rendimentos a apropriar mostra o quanto a empresa ganhará com a operação efetuada. Trata-se de uma conta redutora do Ativo Circulante, em que será demonstrado o quanto a empresa terá de rendimento até o final da aplicação. Afirmativa III: incorreta. Justificativa: as despesas pagas antecipadamente devem ser registradas como Ativo Circulante em que são apresentadas as disponibilidades, ou de caixa ou de Banco conta movimento. Afirmativa IV: correta. Justificativa: o imposto de renda incidente sobre as aplicações financeiras são considerados como impostos pagos e, desta forma, podem ser recuperados quando do levantamento do Balanço Patrimonial e compensados no IRPJ a pagar, se o caso. 99 Re vi sã o: J an an dr ea - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 4/ 05 /1 2 CONTABILIDADE EMPRESARIAL Considerações adicionais acerca das alternativas. Após a análise das afirmativas, o único fato com tratamento incorreto foi o descrito em III e, portanto, a alternativa D deve ser indicada. As alternativas B e C não são verdadeiras por considerarem os fatos I, II e IV como incorretos sendo que estão corretos e justificados. A alternativa A está incorreta. Não é papel da auditoria independente oferecer serviço de consultoria para corrigir os fatos encontrados mas somente o de apurar fatos. Caberá à empresa decidir posteriormente. A alternativa E está incorreta, uma vez que foram encontrados fatos com contabilização incorreta. Questão 02. Em 16/12/20X5, a Cia. Jacó solicitou junto ao banco Xandra um empréstimo no valor de R$ 40.000,00, o qual foi liberado da seguinte forma: Valor bruto do empréstimo: R$ 40.000,00. Juros: R$ 5.000,00. Despesas bancárias fixas: R$ 200,00. O empréstimo, a juros prefixados, venceu em 04/02/20X6, quando foi totalmente liquidado pela Companhia. Indique a alternativa incorreta acerca das contabilizações geradas a partir das operações. A) Os empréstimos bancários no valor de R$ 40.000,00 foram lançados no Passivo Circulante. B) Despesas financeiras no valor de R$ 1.500,00, mais as despesas bancárias no ano 20X5, foram transferidas diretamente para o resultado do exercício do mesmo período. C) No razonete Banco conta movimento, a débito foram lançados R$ 34.800,00 e a crédito R$ 40.000,00. D) O razonete da conta Empréstimos bancários recebeu, tanto a débito quanto a crédito, lançamento de mesmo valor. E) Os encargos financeiros decorrentes de tais operações foram contabilizados pelo regime de caixa. Resolução desta questão na Plataforma. 100 REFERÊNCIAS Textuais BERBEL, J. D. S. Contabilidade comercial. 2000. Disponível em: <http://www.berbel.pro.br/ Contabilidade%20Comercial%20-%20Apostila.doc>. Acesso em: 23 abr. 2012. BORIN, J. R. O investimento empresarial privado no Brasil: um estudo de caso. 2003. Disponível em: <http://hdl.handle.net/10183/4193>. Acesso em: 23 abr. 2012. BRASIL. Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966. Código Tributário Nacional. Dispõe sobre o sistema tributário nacional e institui normas gerais de Direito Tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios. 1966. Disponível em: <http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/codtributnaci/ctn. htm>. Acesso em: 23 abr. 2012. ___. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por ações. 1976. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404consol.htm>. Acesso em: 23 abr. 2012. ___. Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995. Altera a legislação tributária federal e dá outras providências. 1995a. Disponível em: <http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/leis/ant2001/ lei898195.htm>. Acesso em: 23 abr. 2012. ___. Lei nº 9.065, de 20 de junho de 1995. Dá nova redação a dispositivos da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, que altera a legislação tributária federal, e dá outras providências. 1995b. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9065.htm>. Acesso em: 23 abr. 2012. ___. Lei do Ajuste Tributário nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996. Dispõe sobre a legislação tributária federal, as contribuições para a seguridade social, o processo administrativo de consulta e dá outras providências. 1996. Disponível em: <http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/leis/ant2001/ lei943096.htm>. Acesso em: 23 abr. 2012. ___. Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999. Regulamento do Imposto de Renda – RIR/99. Regulamenta a tributação, fiscalização, arrecadação e administração do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza. 1999. Disponível em: <http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/rir/default.htm>. Acesso em: 23 abr. 2012. ___. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Resolução CNE/CES 10, de 16 de dezembro de 2004. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rces010_04.pdf>. Acesso em: 23 abr. 2012. ___. Lei nº 11.101, de 9 de fevereiro de 2005. Regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária. 2005. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11101.htm>. Acesso em: 23 abr. 2012. 101 ___. Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007. Altera e revoga dispositivos da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divulgação de demonstrações financeiras. 2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm>. Acesso em: 24 abr. 2012. ___. Resolução CFC nº 1151/09, de 23 de janeiro de 2009. Aprova a NBC TG 12 – Ajuste a Valor Presente. 2009a. Disponível em: <http://www.crcsp.org.br/portal_novo/legislacao_contabil/resolucoes/ Res1151.htm>. Acesso em: 23 abr. 2012. ___. Lei nº 11.941/09, de 27 de maio de 2009. Altera a legislação tributária federal relativa ao parcelamento ordinário de débitos tributários. 2009b. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l11941.htm>. Acesso em: 23 abr. 2012. CARNEIRO, J. D. (coord.). Proposta nacional de conteúdo para o curso de graduação em Ciências Contábeis. 2. ed. rev. e atual. Brasília: Fundação Brasileira de Contabilidade, 2009. COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. Pronunciamento Técnico CPC 12: Ajuste a Valor Presente. Disponível em: <http://www.cpc.org.br/pdf/cpc_12.pdf>. Acesso em: 23 abr. 2012. FEA/USP. Equipe de Professores. Coordenação Sérgio de Iudícibus. Contabilidade introdutória (Livro texto). 11a ed., São Paulo: Atlas, 2010. ___. Equipe de Professores. Coordenação Sérgio de Iudícibus. Contabilidade introdutória (Livro de exercícios). 10a ed., São Paulo: Atlas, 2010. FRANCO, H. Contabilidade comercial. São Paulo: Atlas, 1996. IUDÍCIBUS, S.; MARION, J. C. Contabilidade comercial. São Paulo: Atlas, 2004. ___. Contabilidade comercial. 9a ed., São Paulo: Atlas, 2010. MARION, J. C. Contabilidade empresarial. São Paulo: Atlas, 2007. MARTINS, E.; GELBCKE, E. R.; IUDÍCIBUS, S. Manual de contabilidade das sociedades por ações. São Paulo: Atlas; FIPECAFI, 2003. NAGATSUKA, D. A. S; TELES, E. L. Manual de contabilidade introdutória. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002. OLIVEIRA, E. B. A contabilidade a valor justo e a crise financeira mundial. 2009. 145 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Contábeis) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12136/tde-07102009-143816/pt-br.php>. Acesso em: 23 abr. 2012. 102 PORTAL DA CONTABILIDADE. Tratamento contábil. Disponível em: <http://www.portaldecontabilidade. com.br/guia/descontoduplicatas.htm>. Acesso em: 23 abr. 2012. RIBEIRO, O. M. Contabilidade comercial fácil. São Paulo: Saraiva, 1999. ___. Contabilidade básica fácil. São Paulo: Saraiva, 2003. SÁ, A. L. Fidelidade da informação contábil e as provisões. Disponível em: <http://www.netlegis.com.br/ index.jsp?arquivo=detalhesArtigosPublicados.jsp&cod2=265>. Acesso em: 23 abr. 2012. Sites <http://www.bcb.gov.br/?INDECO>. <http://www.bndes.gov.br>. <http://www.cpc.org.br>. <http://www.itamaraty.gov.br/temas/temas-ultilaterais/desenvolvimento-comercio-e-financas/>. <http://www.joelmirbeting.com.br/>. <http://www.portaldecontabilidade.com.br>. <http://www.receita.fazenda.gov.br>. EXERCÍCIOS Unidade I – Questão 2: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional do Desempenho dos Estudantes (Enade) 2009. Ciências Contábeis. Questão 30. Disponível em: <http://public.inep.gov.br/enade2009/CIENCIAS_CONTABEIS.pdf>. Acesso em: 30 abr. 2012. Unidade II – Questão 1: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional do Desempenho dos Estudantes (Enade) 2009. Ciências Contábeis. Questão 32. Disponível em: <http://public.inep.gov.br/enade2009/CIENCIAS_CONTABEIS.pdf>. Acesso em: 30 abr. 2012. 103 APÊNDICE Balancete 4.1.4 Exercício nº 2 – Unidade I Duplicatas a receber Vendas de mercadorias 1 34.500 34.500 1 18.000 4 Saldo 16.500 Custo das mercadorias vendidas Estoques 1a 14.750 14.750 1a Títulos em cobrança Endossos para cobrança 2 34.500 34.500 5 5 34.500 34.500 2 Despesas de cobrança Banco conta movimento 3 2.000 2.000 3 4 18.000 110 7 Despesas de protesto 6 110 104 105 106 107 108 109 110 111 112 Informações: www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000
Compartilhar