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Contabilidade Empresarial Unidade II(2)

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CONTABILIDADE EMPRESARIAL
Unidade II
Na unidade II, estudaremos as consequências dos empréstimos/financiamentos e aplicações financeiras 
na contabilidade, operações largamente utilizadas na maioria das empresas. Não se trata de um assunto 
que destoe do que estudamos na Unidade I, ao contrário, acompanha-se o mesmo tipo de apuração – pré 
e pós-fixados – e os efeitos referenciados da apuração dos juros pré e pós-fixados sobre as operações de 
empréstimos. E, para as aplicações financeiras, estão na escolha do tipo de rendimento, pré ou pós-fixado.
Nos empréstimos/financiamentos e aplicações financeiras é que se evidenciam tanto os cálculos, os 
registros, quanto os efeitos dessas operações sobre o resultado (lucro ou prejuízo) apurado no período. 
Ou seja, são operações que requerem grande atenção dos contadores. 
Muitos autores costumam separar o sucesso (ou insucesso) das empresas em aspectos operacionais 
e financeiros. Não raramente, na ânsia de trazer bons resultados para as suas empresas, os executivos 
acabam por abusar de facilidades oferecidas pelos agentes financeiros mesmo sem ter essa intenção. 
Empresas com uma operação muito competente podem vir a enfrentar problemas com sua 
administração financeira, e o contrário também é observável. O contador, nesse ambiente, tem uma 
função importantíssima, agindo como um árbitro que orienta os executivos a tomarem boas decisões e 
mostrando os resultados. 
Como fazer isso? 
Convidamos você a estudar com muita atenção as páginas a seguir! 
5 EMPRÉSTIMOS/FINANCIAMENTOS – OPERAÇÕES PREFIXADAS
5.1 Empréstimos e financiamentos
Empréstimos/financiamentos são dívidas contraídas por pessoa física ou jurídica geralmente junto às 
instituições financeiras, mediante contrato entre as partes. No contrato, precisa estar demonstrado o valor do 
empréstimo, a forma e a data de pagamento, os juros envolvidos na operação e as garantias. Enfim, todas as 
informações necessárias que possam evidenciar este tipo de dívida – empréstimos/financiamentos. Nesse tipo 
de negócio, o credor fornece uma quantia em dinheiro ao devedor que, de acordo com o contrato firmado, 
pode ser devolvido em parcelas ou não. Geralmente, a quantia é devolvida em prestações regulares, mas 
perfazendo um total acima daquele que foi emprestado, ou seja, valor do principal mais juros.
Os principais fornecedores de empréstimos para as empresas (pessoas jurídicas) e pessoas físicas são 
as instituições financeiras. Quando uma empresa precisa de recursos para sanar problemas emergenciais 
ou expandir seus negócios, poderá recorrer aos bancos e obter os valores necessários para suprir suas 
necessidades. Essas operações, sempre formalizadas por meio de um contrato, poderão ser feitas em 
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Unidade II
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moeda nacional ou moeda estrangeira, e ainda em curto ou longo prazo. São considerados empréstimos 
em curto prazo aqueles cujo prazo de pagamento vai no máximo até 360 dias. Os de longo prazo são os 
que ultrapassam esse prazo de pagamento.
 Observação
Os empréstimos de curto prazo devem ser efetuados, exclusivamente, 
para atender às necessidades que aparecem periodicamente dentro de cada 
ciclo operacional, isto é, para pagamento de gastos que, normalmente, 
são recuperados com a venda dos produtos ou serviços. Quando, porém, 
a empresa planeja aumentar seus negócios, o empréstimo deverá ser o de 
longo prazo e, assim, passa a ser denominado financiamento.
Para os empréstimos e financiamentos recebidos, a empresa ou a pessoa física tem de fornecer 
certa garantia aos bancos. Essa garantia pode ser em bens, emissão de nota promissória1 ou duplicatas 
a receber de seus clientes. As garantias sempre existirão, uma vez que são elas que permitirão que as 
instituições financeiras possam gerar este tipo de operação. Porém, a sua forma dependerá do acordo 
entre as partes – devedor e credor.
Basicamente, temos duas modalidades de empréstimos/financiamentos, os prefixados e pós-
fixados. Nos primeiros, os juros são conhecidos no ato da operação, enquanto no segundo tipo, os juros 
somente serão conhecidos durante o período de empréstimos/financiamentos, em outras palavras, para 
a modalidade de pós-fixados, os juros são apurados tomando-se como base a variação de um indexador 
escolhido para a operação.
Além disso, os empréstimos/financiamentos podem ser realizados em moeda nacional e estrangeira. 
Sendo em moeda nacional, têm encargos financeiros prefixados e ou pós-fixados; em moeda 
estrangeira, serão efetuados somente na modalidade pós-fixada, uma vez que não seria possível 
conhecer a variação da moeda estrangeira no ato da operação de empréstimo/financiamento.
No item a seguir, serão abordadas as dívidas contraídas por pessoa jurídica (empresa) junto às 
instituições financeiras, em que os encargos financeiros (juros) são conhecidos no ato da operação e 
reconhecidos de acordo com o regime de competência, sendo a operação ilustrada no balanço patrimonial. 
No item 6, teremos uma operação de empréstimos/financiamentos pós-fixada. Por meio de um exemplo, 
demonstraremos os cálculos, contabilizações e os reflexos da respectiva operação no balanço patrimonial.
5.2 Empréstimos/financiamentos – operação prefixada
Os empréstimos/financiamentos podem ser realizados em moeda nacional ou moeda estrangeira, 
devendo sempre ser convertido para nossa moeda – o real. A operação financeira pode ter os encargos 
financeiros (juros, taxas etc.) conhecidos no momento da contratação. Nesse caso, dizemos que é uma 
1 Nota promissória: título que representa uma promessa direta de pagamento ao credor, emitida pelo devedor.
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operação prefixada, já que no momento tem-se a condição de conhecer o valor dos encargos que 
envolvem a operação como um todo.
5.2.1 Exemplo de cálculo
Vamos supor que a empresa Ambiciosa S/A efetue um empréstimo junto ao Banco Norte S/A nas 
seguintes condições:
• Saldo inicial da conta Banco conta Movimento = R$ 399.840,00.
• Empréstimo no Banco Norte S/A, em 31/10/20X8, no valor de R$ 2.000.000,00 com vencimento 
para 29/01/20X9. Como garantia, foi assinada uma nota promissória.
• Juros simples cobrados pelo Banco Norte, antecipadamente, de 6% ao mês.
• Despesas cobradas pelo banco: comissões de 1% sobre o valor da nota promissória; despesas de 
cobrança: R$ 1.400,00.
 Lembrete
Essa operação é conhecida como prefixada, já que estão, desde o início, 
definidos e prefixados os valores dos encargos financeiros e do montante 
total a pagar.
A efetivação do empréstimo implicará os seguintes lançamentos feitos pelo banco na conta-corrente 
da empresa, mediante a emissão de um aviso de lançamento com os dados demonstrados a seguir.
A crédito
R$ 2.000.000,00 – valor nominal da nota promissória.
A débito
• 360.000,00 – valor do juro cobrado antecipadamente a 6% ao mês, ou seja, R$ 2.000.000,00 x 0,06 
= R$ 120.000 x 3 meses (31/10/20X8 a 29/01/20X9).
• R$ 20.000,00 – valor da comissão de 1% sobre R$ 2.000.000,00.
• R$ 1.400,00 – valor das despesas de cobrança.
De posse do aviso, a empresa procederá em sua contabilidade os seguintes lançamentos, em 
31/10/20X8:
D – Banco conta movimento 2.000.000,00
C – Promissórias a pagar 2.000.000,00
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D – Despesas bancárias
• despesa de comissão 1% 20.000,00
• despesa de cobrança 1.400,00
C – Banco contamovimento 21.400,00
D – Juros a vencer (redutora do passivo) 360.000,00
C – Banco conta movimento 360.000,00
Observações:
— Os valores de despesa de comissão e de cobrança irão diretamente para a conta de resultado, 
já que esses valores são irrecuperáveis e não serão reduzidos se houver, por exemplo, quitação 
antecipada do empréstimo.
— O valor dos juros não pode ser lançado como despesa imediatamente, já que se refere ao 
tempo a decorrer da data do empréstimo até a data do vencimento, deve-se sempre respeitar 
o regime de competência. E essa conta de juros a vencer fica como redutora de passivo para 
fazer com que esse passivo fique a valor presente (BERBEL, 2000).
Quadro 10 – Representação no balanço patrimonial em 31/10/20X8
Ativo Passivo
Circulante
...
...
...
Não circulante
Circulante
...
...
...
Notas promissórias a pagar 2.000.000,00
(-) Juros a vencer (360.000,00)
Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total
• Tomando-se como base o regime de competência
Como os juros se referem a um período de três meses, da data da operação ao seu vencimento, ou 
seja, de 31/10/20X8 a 29/01/20X9, mês a mês será apropriada as despesas de juros, ou seja, nos meses 
de novembro e dezembro de 20X8 e janeiro de 20x9, conforme cálculos:
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CONTABILIDADE EMPRESARIAL
R$ 360.000 / 3 meses = R$ 120.000 ao mês
Lançamento contábil da apropriação dos juros em 30/11/20X8:
1) D – Despesas de juros 120.000,00
 C – Juros a vencer 120.000,00
Razonetes
Notas promis. a pagar Juros a vencer
2.000.000,00 360.000,00 120.000,00 1)
 240.000,00
Despesas de juros
1) 120.000,00
Quadro 11 – Representação no balanço patrimonial em 30/11/20X8
Ativo Passivo
Circulante
...
...
...
Não circulante
Circulante
...
...
...
Notas promissórias a pagar 2.000.000,00
(-) Juros a vencer (240.000,00)
Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total
• Tomando-se como base o regime de competência
Agora, iremos apropriar as despesas de juros referentes ao mês de dezembro/20X8:
Lançamento contábil da apropriação dos juros em 30/12/20X8:
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1) D – Despesas de juros 120.000,00
 C – Juros a vencer 120.000,00
Razonetes
Notas promis. a pagar Juros a vencer
2.000.000,00 240.000,00 120.000,00 1)
120.000,00
Despesas de juros
1) 120.000,00
Quadro 12 – Representação no balanço patrimonial em 31/12/20X8
Ativo Passivo
Circulante
...
...
...
Não circulante
Circulante
...
...
...
Notas promissórias a pagar 2.000.000,00
(-) Juros a vencer (120.000,00)
Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total
Observação:
― — Resta, no balanço patrimonial de 31/12/20X8, apenas uma parcela dos juros a vencer, devendo 
ser apropriado somente em 29/01/20X9, independente do pagamento, uma vez que, para 
apropriação das despesas, o que prevalece é o regime de competência.
• Pagamento do empréstimo na data do vencimento – 29/01/20X9
A empresa Ambiciosa S/A quitou sua dívida de empréstimo junto ao Banco Norte S/A na data do 
respectivo vencimento, ou seja, 29/01/20X9.
Lançamento contábil da apropriação dos juros em 29/01/20X9:
1) D – Despesas de juros 120.000,00
 C – Juros a vencer 120.000,00
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CONTABILIDADE EMPRESARIAL
Lançamento contábil referente ao pagamento do empréstimo em 29/01/20X9:
2) D – Notas promissórias a pagar 2.000.000,00
 C – Banco conta movimento 2.000.000,00
Razonetes
Despesas de juros Juros a vencer
1) 120.000,00 120.000,00 120.000,00 1)
Notas promis. a pagar Banco conta movimento
2) 2.000.000,00 2.000.000,00 SI 399.840,00
2.000.000,00
21.400,00
360.000,00
2.000.000,00
2.399.840,00 2.381.400,00
SF 18.440,00
onde:
SI = Saldo inicial
SF = Saldo Final
5.2.2 Exercício resolvido
Em 1º de setembro de 20X7, a Cia. Delta S/A tomou emprestado R$ 50.000,00 do Banco Creditício 
S/A, pelo desconto de uma nota promissória para 90 dias, a taxa de 2% ao mês. As despesas cobradas 
pelo banco foram, além dos juros, R$ 500,00 a título de Taxa de Abertura de Crédito (TAC). A nota 
promissória foi paga em 1º de dezembro de 20X7.
Em 1º de setembro, o Banco Creditício S/A enviou o aviso com as seguintes informações: 
a) crédito na conta-corrente da Cia. Delta S/A no valor de R$ 50.000,00.
 
b) débito referente aos juros de R$ 3.000,00. 
c) débito da despesa com a TAC no valor de R$ 500,00.
Lançamentos contábeis em 01/09/20X7:
1) D – Banco conta movimento 50.000,00
 C – Notas promissórias a pagar 50.000,00
2) D – Juros a vencer 3.000,00
 C – Banco conta movimento 3.000,00
3) D – Despesas bancárias 500,00 
 C – Banco conta movimento 500,00
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• Tomando-se como base o regime de competência
Os juros referem-se a um período de três meses, da data da operação ao seu vencimento, ou seja, de 
01/09/20X7 a 01/12/20X7. Haverá a apropriação das despesas de juros mês a mês: outubro, novembro e 
dezembro, sendo R$ 1.000,00 por mês, totalizando os juros de R$ 3.000,00.
Importante: para a apropriação dos juros no mês de setembro, consideram-se somente 29 dias e o 
valor dos juros será de: R$ 1.000 / 30 = R$ 33,33 x 29 dias = R$ 966. Vale ressaltar que, na opção de 
apropriar os juros proporcionais ao número de dias do mês de setembro, deve-se levar em consideração 
a relevância do valor em questão.
1) D – Despesas de juros 966,00
 C – Juros a vencer 966,00
Razonetes
Notas promis. a pagar Juros a vencer
50.000,00 3.000,00 966,00 1)
2.034,00
Despesas de juros
2) 966,00
Quadro 13 – Representação no balanço patrimonial em 30/09/20X7
Ativo Passivo
Circulante
...
...
...
Não circulante
Circulante
...
...
...
Notas promissórias a pagar 50.000,00
(-) Juros a vencer (2.034,00)
Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total
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CONTABILIDADE EMPRESARIAL
• Tomando-se como base o regime de competência
Segue a apropriação de juros no valor de R$ 1.000,00 referente ao mês de outubro/20X7.
Lançamento contábil da apropriação dos juros em 31/10/20X7:
1) D – Despesas de juros 1.000,00
 C – Juros a vencer 1.000,00
Razonetes
Notas promis. a pagar Juros a vencer
50.000,00 2.034,00 1.000,00 1)
1.034,00
Despesas de juros
1) 1.000,00
Quadro 14 – Representação no balanço patrimonial em 31/10/20X7
Ativo Passivo
Circulante
...
...
...
Não circulante
Circulante
...
...
...
Notas promissórias a pagar 50.000,00
(-) Juros a vencer (1.034,00)
Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total
• Tomando-se como base o regime de competência
Segue a apropriação de juros no valor de R$ 1.000,00 referente ao mês de novembro/20X7.
Lançamento contábil da apropriação dos juros em 30/11/20X7:
1) D – Despesas de juros 1.000,00
 C – Juros a vencer 1.000,00
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RazonetesNotas promis. a pagar Juros a vencer
50.000,00 1.034,00 1.000,00 1)
34,00
Despesas de juros
1) 1.000,00
Quadro 15 – Representação no balanço patrimonial em 30/11/20X7
Ativo Passivo
Circulante
...
...
...
Não circulante
Circulante
...
...
...
Notas promissórias a pagar 50.000,00
(-) Juros a vencer (34,00)
Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total
• Pagamento do empréstimo em 01/12/20X7
Em 1º de dezembro de 20X7, o Banco Creditício S/A enviou o aviso com a informação que havia 
debitado na conta-corrente da Cia. Delta S/A o valor de R$ 50.000,00, referente à liquidação do 
empréstimo.
1) D – Notas promissórias a pagar 50.000,00
 C – Banco conta movimento 50.000,00
A Cia. Delta S/A faz a apropriação dos juros, referentes somente a um dia do mês de dezembro/20X7.
2) D – Despesas de juros 34,00
 C – Juros a vencer 34,00
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CONTABILIDADE EMPRESARIAL
Razonetes
Notas promis. a pagar Juros a vencer
1) 50.000,00 50.000,00 34,00 34,00 2)
Banco conta movimento Despesas de juros
Sl 62.300,00 50.000,00 1) 2) 34,00
12.300,00
6 EMPRÉSTIMOS/FINANCIAMENTOS – OPERAÇÕES PÓS-FIXADAS
Os empréstimos e financiamentos na modalidade pós-fixada significam que os juros podem ter 
conjugação com outros fatores, como variação de indicadores nacionais ou estrangeiros. Sendo assim, 
os empréstimos e financiamentos em moeda nacional sob a operação pós-fixada possuem os encargos 
financeiros (juros mais variação de indicadores) com lastro nacional, enquanto que os empréstimos e 
financiamentos em moeda estrangeira têm encargos financeiros tomando-se como base a variação de 
uma moeda estrangeira, por exemplo, o dólar.
De acordo como Banco Central do Brasil, os principais indicadores econômicos nacionais que medem 
a variação da moeda no tempo são:
• INPC/IBGE: Índice Nacional de Preços ao Consumidor, do Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística.
• IGP-M/FGV: Índice Geral de Preços-Mercado, da Fundação Getúlio Vargas.
• TJLP/BNDES: Taxa de Juros de Longo Prazo, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e 
Social.
6.1 Diferenças entre os principais indicadores econômicos
6.1.1 IPC-Fipe
Índice de Preços ao Consumidor, calculado semanalmente pela Fundação Instituto de Pesquisas 
Econômicas (Fipe) – USP, mede a variação dos preços de produtos e serviços consumidos pelas famílias 
com rendas entre um e vinte salários mínimos, na cidade de São Paulo. As variações são obtidas 
comparando-se preços médios das quatro últimas semanas (referência) com os das quatro semanas 
anteriores (base).
6.1.2 IPCA 
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, calculado mensalmente pelo IBGE, é o índice 
oficial do governo para medição das metas inflacionárias, estabelecidas no acordo com o Fundo 
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Monetário Internacional (FMI). Mede a variação nos preços de bens e serviços consumidos por famílias 
com rendimentos entre um e quarenta salários mínimos. A taxa é calculada nas regiões metropolitanas 
do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, 
além do Distrito Federal e do município de Goiânia.
6.1.3 IGP
A FGV calcula três índices gerais de preço – IGP-M, IGP-10 e IGP-DI – que diferem entre si apenas 
pelo período de coleta de dados. Os três são calculados com base em outros três indicadores: o Índice 
de Preços no Atacado (IPA), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e o Índice Nacional do Custo da 
Construção (INCC), que representam, respectivamente, 60%, 30% e 10% em cada um dos IGPs. Base: 
Rio de Janeiro e São Paulo.
— IGP-M compreende o período entre o dia 21 do mês anterior ao de referência e o dia 20 do mês 
de referência. 
— IGP-10 compreende o período entre o dia 11 do mês anterior ao de referência e o dia 10 do mês 
de referência.
— IGP-DI compreende o período entre o primeiro e o último dia do mês de referência.
6.1.4 INPC 
Índice Nacional de Preços ao Consumidor, apurado pelo IBGE, foi criado com o objetivo de orientar 
os reajustes dos salários dos trabalhadores. Mede a inflação para famílias com renda entre um e oito 
salários mínimos. A taxa é calculada nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo 
Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador, além do Distrito Federal e do município de 
Goiânia. 
6.1.5 ICV 
Apurado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o Índice 
do Custo de Vida mede a variação dos preços de bens e serviços consumidos pelas famílias com renda 
entre um e três salários mínimos da cidade de São Paulo.
 Saiba mais
Para mais conhecimento sobre os indicadores econômicos, consultar o 
site do Banco Central do Brasil:
 <www.bcb.gov.br/?INDECO>.
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CONTABILIDADE EMPRESARIAL
A variação de um indicador econômico nacional pode gerar, numa operação de empréstimo/
financiamento, tanto um ganho quanto uma perda, dependendo da oscilação desse mesmo indicador 
no período de contratação do empréstimo. No caso do ganho, a conta contábil será registrada como 
“variação monetária ativa”, enquanto que na perda será “variação monetária passiva”, ambas contas de 
resultado, ou seja, registradas da DRE – Demonstração do Resultado do Exercício.
A variação de um indicador econômico estrangeiro também pode gerar, numa operação de 
empréstimo/financiamento, um ganho ou uma perda e também depende da oscilação desse mesmo 
indicador no período de contratação do empréstimo. No caso do ganho, a conta contábil será registrada 
como “variação cambial ativa”, enquanto que na perda será “variação cambial passiva”, ambas contas de 
resultado, ou seja, registradas da DRE – Demonstração do Resultado do Exercício.
Para melhor entendimento, apresenta-se um exemplo sobre um empréstimo realizado em dólar. O 
registro contábil deve ser efetuado com nossa moeda, ou seja, o valor em dólar (ou em qualquer outra 
moeda) deverá sempre ser convertido em “real”.
6.1.6 Exemplo de cálculo 
Fazer os lançamentos relativos à seguinte operação financeira e demonstrar o efeito da operação no 
balanço de 31/12/20X8.
• Empréstimo no Banco Yellow, em 01/12/20X8, no valor de US$ 1.000.000,00 (câmbio do dia R$ 
1,00), com vencimento para 31/12/20X9. Como garantia, foi assinada uma nota promissória em 
moeda estrangeira.
• Despesas cobradas pelo banco: comissão de 1% sobre o valor do empréstimo; despesas de 
cobrança: US$ 1.400,00.
• Juro de 3% ao mês, a ser aplicado sobre a dívida já atualizada. 
• Sabe-se que em 31/12/20X8, o câmbio estava cotado em R$ 1,05.
• Contabilização do empréstimo e registro dos encargos em 01/12/20X8
1) D – Bancos conta movimento 1.000.000,00
 C – Nota Promissória em moeda estrangeira a pagar 1.000.000,00
 US$ 1.000.000,00 x R$ 1,00 = R$ 1.000.000,00
2) D – Despesas bancárias 11.400,00
 C – Banco conta movimento 11.400,00
 • Despesa de comissão 
 1% sobre R$ 1.000.000,00 = R$ 10.000,00
 • Despesa de cobrança 
 US$ 1.400,00 x R$ 1,00 = R$ 1.400,00
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Razonetes
Banco conta movimento NP em moeda estrang. a pagar
 Sl 34.715,00 11.400,00 2) 1.000.000,00 1)
1) 1.000.000,00
 1.023.315,00
 
Despesas bancárias
2) 11.400,00
Em 31/12/20X8, será necessário apropriaras despesas com a variação cambial e os juros já incorridos 
e não pagos, cujo teor será o seguinte:
Em primeiro lugar, faremos o registro da variação cambial, que se incorpora à própria conta original 
da dívida, ou seja:
 US$ 1.000.000,00 / R$ 1,00 = R$ 1.000.000,00 x R$ 1,05 = R$ 1.050.000 (BERBEL, 2000).
• Como apurar a variação cambial
 Variação cambial = Dívida corrigida (–) dívida original 
 R$ 1.050.000,00 – R$ 1.000.000,00 = R$ 50.000,00
 Observação
Se o valor da dívida corrigida for superior ao valor da dívida original, 
a diferença será uma perda, ou seja, a empresa passou a dever um valor 
superior à dívida contratada, devido à desvalorização do câmbio, gerando 
assim, uma “variação cambial passiva”.
Se o valor da dívida corrigida for inferior ao valor da dívida original, 
a diferença será um ganho, ou seja, a empresa passou a dever um valor 
inferior à dívida contratada, devido à valorização do câmbio, gerando 
assim, uma “variação cambial ativa”.
• Lançamento contábil da variação cambial 
D – Variação cambial passiva 50.000,00
C – Nota promissória em moeda estrangeira a pagar 50.000,00
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CONTABILIDADE EMPRESARIAL
Em seguida, apurar o valor dos juros sobre o montante da dívida atualizada, ou seja, 3% a.m.
R$ 1.050.000,00 x 0,03 = R$ 31.500,00
2) D – Despesa de juros 31.500,00
 C – Juros a pagar 31.500,00
Razonetes
Variação cambial passiva NP em moeda estrang. a pagar
1) 50.000,00 1.000.000,00 Sl
50.000,00 1)
1.050.000,00
Despesas de juros Juros a pagar
 2) 31.500,00 31.500,00 2)
Quadro 16 – Representação no balanço patrimonial em 31/12/20X8
Ativo Passivo
Circulante
...
...
...
Não circulante
Circulante
...
...
...
Notas promissórias em moeda estrangeira a pagar 1.050.000,00
(-) Juros a pagar 31.500,00
Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total
Importante: a empresa deverá acompanhar o valor do câmbio mensalmente para ajustar a dívida 
contraída até o respectivo vencimento, registrando as variações cambiais (passivas ou ativas) bem como 
os respectivos juros.
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No caso de a empresa não saldar sua dívida no vencimento, deverá registrar tanto a variação cambial 
quanto os juros (e outros encargos financeiros cobrados, por exemplo, multa por atraso de pagamento) 
até a data da respectiva quitação.
6.1.7 Exercício resolvido 
Fazer todos os lançamentos contábeis relativos à seguinte operação financeira efetuada pela Cia. 
Trading.
• Empréstimo no Banco Orange, em 01/10/20X1, no valor de US$ 100.000,00 (câmbio do dia R$ 
1,00), com vencimento para 30/11/20X1. Como garantia foi assinada uma nota promissória em 
moeda estrangeira.
• Despesas cobradas pelo banco: comissão de 2% sobre o valor do empréstimo; despesas de 
cobrança: US$ 100,00.
• Juros de 3% ao mês, a ser aplicado sobre a dívida já atualizada.
• Sabe-se que em 31/10/20X1, o câmbio estava cotado em R$ 1,10 (o real se desvalorizou em 
relação ao dólar em 10%).
• A quitação do empréstimo ocorreu na data de seu vencimento, ou seja, em 30/11/20X1, ao câmbio 
cotado a R$ 0,95 (o real valorizou-se em relação ao dólar em praticamente 14%).
Em 01 de outubro de 20X1, o Banco Orange envia para a Cia. Trading o aviso comunicando os 
seguintes dados da operação: R$ 100.000,00 relativos ao empréstimo; R$ 2.000,00 relativos à despesa 
de comissão e R$ 100,00 referentes à despesa de cobrança.
• Contabilização do empréstimo e registro dos encargos em 01/10/20X1
1) D – Bancos c/ movimento 100.000,00
 C – Nota promissória em moeda estrangeira a pagar 100.000,00
 US$ 1.000,00 x R$ 1,00 = R$ 1.000,00
2) D – Despesas bancárias 2.100,00
 C – Banco conta movimento 2.100,00
 
• Despesa de comissão 
 2% sobre R$ 100.000,00 = R$ 2.000,00
• Despesa de cobrança 
 US$ 100,00 x R$ 1,00 = R$ 100,00
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CONTABILIDADE EMPRESARIAL
Razonetes
Banco conta movimento NP em moeda estrang. a pagar
 Sl 2.218,00 2.100,00 2) 100.000,00 1)
1) 100.000,00
 100.118,00
Despesas bancárias
2) 2.100,00
Em 31 de outubro de 20X1, o Banco Orange envia outro aviso com as seguintes informações: R$ 
10.000,00 relativos à atualização da dívida em 10% (variação do dólar de R$ 1,00 para R$ 1,10); R$ 
3.300,00 relativos aos juros de 3% ao mês sobre a dívida já atualizada; R$ 110.000,00 relativos ao débito 
do valor da dívida atualizada.
Em primeiro lugar, faremos o registro da variação cambial, que se incorpora à própria conta original 
da dívida, ou seja:
US$ 100.000,00 / R$ 1,00 = R$ 100.000,00 x R$ 1,10 = R$ 110.000,00
• Como apurar a variação cambial
Variação cambial = Dívida corrigida (–) dívida original 
R$ 110.000,00 – R$ 100.000,00 = R$ 10.000,00 → variação cambial passiva
• Lançamento contábil da variação cambial 
1) D – Variação cambial passiva 10.000,00
 C – Nota promissória em moeda estrangeira a pagar 10.000,00
Em seguida, apurar o valor dos juros sobre o montante da dívida atualizada, ou seja, 3% a.m.
R$ 110.000,00 x 0,03 = R$ 3.300,00
2) D – Despesa de juros 3.300,00
 C – Juros a pagar 3.300,00
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Razonetes
Variação cambial passiva NP em moeda estrang. a pagar
1) 10.000,00 100.000,00 Sl
 10.000,00 1)
110.000,00
Despesas de juros Juros a pagar
 2) 3.300,00 3.300,00 2)
Quadro 17 – Representação no balanço patrimonial em 31/10/20X1
Ativo Passivo
Circulante
...
...
...
Não circulante
Circulante
...
...
...
Notas promissórias em moeda estrangeira a pagar 110.000,00
(-) Juros a pagar 3.300,00
Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total
 
Em 30 de novembro de 20X1, a empresa fará a quitação de seu empréstimo, mas precisa contabilizar 
a variação cambial e os juros referentes ao mês de novembro para depois efetuar o pagamento de 
sua dívida. Lembrando que a dívida atualizada em 31 de outubro de 20X1 ficou em R$ 110.000,00, e o 
câmbio para 30 de novembro de 20X1 está em R$ 0,95.
Em primeiro lugar, faremos o registro da variação cambial, mas agora precisamos de uma atenção 
maior: a dívida original foi de US$ 100.000,00, que na época da contratação do empréstimo era 
equivalente a R$ 100.000,00 devido ao câmbio de R$ 1,00. Porém, na data do pagamento da dívida, o 
câmbio foi reduzido a R$ 0,95, ou seja, houve uma valorização da nossa moeda (o real); significa dizer 
que, em valores da moeda corrente nacional, a dívida foi reduzida. Em outras palavras, teremos um 
ganho (variação monetária ativa) com a operação. Vejamos os cálculos tomando-se como base o saldo 
da dívida atualizada do período anterior:
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CONTABILIDADE EMPRESARIAL
 Valor dívida original:
 US$ 100.000,00 x R$ 1,00 = R$ 100.000,00
 
Valor dívida na data do vencimento / pagamento:
 US$ 100.000,00 x R$ 0,95 = R$ 95.000,00
• Como apurar a variação cambial
 Variação cambial = Dívida corrigida (–) dívida original 
R$ 95.000,00 – R$ 100.000,00 = R$ 5.000,00 → variação cambial ativa
Porém, temos que analisar qual é osaldo atualizado da dívida até o momento de sua quitação e 
assim efetuar o ajuste da variação cambial, temos:
Dívida atualizada em 31 de outubro de 20X1 R$ 110.000,00
(-) Valor atual da dívida, em 30 novembro de 20X1 R$ 95.000,00
(=) Variação cambial ativa R$ 15.000,00
• Lançamento contábil da variação cambial 
D – Nota promissória em moeda estrangeira a pagar 15.000,00
C – variação cambial ativa 15.000,00
Em seguida, apurar o valor dos juros sobre o montante da dívida atualizada, ou seja, 3% a.m.
R$ 95.000,00 x 0,03 = R$ 2.850,00
2) D – Despesa de juros 2.850,00
 C – Juros a pagar 2.850,00
Razonetes
Variação cambial ativa NP em moeda estrang. pagar
15.000,00 1) 1) 15.000,00 110.000,00 Sl
95.000,00
Despesas de juros Juros a pagar
 2) 2.850,00 3.300,00 Sl
 2.850,00 2)
 6.150,00
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Fizemos os razonetes para um melhor entendimento. Agora, vamos fazer a quitação dos empréstimos:
D – Notas promissórias em moeda estrangeira a pagar 95.000,00
D – Juros a pagar 6.150,00
C – Banco conta movimento 101.150,00 
 Observação
Conforme demonstrado no exemplo que acabamos de estudar, 
um empréstimo/financiamento, quando contratado na modalidade 
pós-fixada, poderá obter ganhos ou perdas durante o período de 
sua contratação, estando a dívida sujeita à variação do indexador 
base (podendo ser relativo aos indicadores econômicos nacionais ou 
estrangeiros). Tal variação ocorre de acordo com o momento econômico 
e, hoje, podemos afirmar que, com uma economia globalizada, 
conhecer a ciência econômica tornou-se fator imprescindível para um 
bom contador.
Em relação ao empréstimo/financiamento na modalidade prefixada, há 
uma previsão dos encargos financeiros por parte daquele que concede o 
empréstimo, cabendo ao responsável pela área financeira da empresa em 
conjunto com o contador, tomar a melhor decisão – pré ou pós-fixado. 
Não se trata, portanto, de uma modalidade melhor do que outra. Para 
uma decisão desse porte, caberá aos agentes envolvidos analisar a melhor 
situação para a empresa no momento.
Em seguida, fizemos questão de reproduzir a menção feita na Unidade I (item 4.3) sobre o CPC 
12 – Ajuste a Valor Presente, uma vez que o mesmo envolve contas do ativo e passivo. Porém, vale 
a pena informar que os Pronunciamentos Técnicos publicados pelo Comitê de Pronunciamentos 
Contábeis (CPC) devem ser aplicados para as sociedades anônimas em geral (capital aberto ou 
fechado) ou para as empresas classificadas como de grande porte (Lei nº 11.638 de 28 de dezembro 
de 2007).
Para as pequenas e médias empresas, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) publicou uma 
edição especial, são Pronunciamentos Técnicos que atendem às necessidades dessas empresas que, na 
prática, representam mais de 80 % das empresas registradas em nosso país.
7 APLICAÇÕES FINANCEIRAS – OPERAÇÕES PREFIXADAS
Aplicação financeira é uma operação que visa a um retorno financeiro, ou seja, que com o tempo 
devolva não só o capital investido como também uma componente de retorno em excesso, a título de 
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CONTABILIDADE EMPRESARIAL
rendimentos (ou juros). Com o objetivo de auferir receitas financeiras, as empresas aplicam em bancos 
praticamente todo dinheiro que elas têm disponível. Normalmente, são aplicações de curto prazo em 
fundos de investimentos, certificados de depósitos bancários etc. Essas operações financeiras podem ser 
contratadas a taxas prefixadas ou pós-fixadas. 
7.1 Operações prefixadas
Nas operações prefixadas, no momento da aplicação, os contratantes já conhecem a taxa de juros 
efetiva em que está sendo efetuada a transação e, assim, sabe-se o quanto de rendimento terá sobre a 
aplicação que está sendo realizada.
Em relação aos rendimentos auferidos sobre aplicações financeiras, a Receita Federal determina que 
uma parte seja retida pela instituição financeira em que a aplicação foi realizada, que fica responsável 
para enviar para valor para os cofres da Receita Federal. O imposto retido tem a seguinte denominação: 
Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) e sua alíquota varia de acordo com o lastro ao qual a aplicação 
estiver vinculado. 
Por tratar-se de legislação específica, os exemplos contemplados neste tópico terão uma alíquota 
fictícia apenas para informar e contabilizar o IRRF e seu reflexo nas demonstrações financeiras. Devido 
a amplitude do assunto – Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), voltaremos com ele na disciplina 
Planejamento Contábil Tributário.
 Saiba mais
Para mais informações em relação ao Imposto de Renda Retido na Fonte 
(IRRF), sobre rendimentos auferidos em aplicações financeiras, bem como 
rendimentos isentos a este tributo e ainda sobre os tipos de aplicações 
financeiras, consultar o site da Receita Federal:
 <www.receita.fazenda.gov.br>.
7.1.1 Exemplo de cálculo
A Empresa Reis Souza Ltda. fez uma aplicação no Banco Intercontinental S/A no valor de R$ 
500.000,00, em Certificado de Depósito Bancário (CDB) por 90 dias, a uma taxa de juros de 1,5 % ao mês. 
O IRRF está na ordem de 4% sobre o rendimento total e será apurado somente na data do vencimento, 
conforme determina a legislação vigente.
• Data da aplicação: 1º de junho de 20X6.
• Data do vencimento: 1º de setembro de 20X6.
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Importante: 
• Para os 90 dias em que ficarão aplicados os recursos, a empresa precisará reconhecer 
mensalmente a receita dos rendimentos determinados pela operação, mas proporcionalmente 
ao número de dias em que o dinheiro ficará aplicado. Sendo assim, estará cumprindo uma 
exigência legal – o uso do regime de competência, principalmente, em relação ao registro 
das contas de resultado – despesas e receitas.
• A proporcionalidade dos rendimentos sobre a aplicação financeira ficará assim distribuída:
—― junho/20X6...... = 29 dias → 30 dias – 01 data da aplicação.
—―julho/20X6 ......= 30 dias → mês comercial.
—―agosto/20X6.... = 30 dias → mês comercial.
—― setembro/20X6 = 01 dia → vencimento da aplicação.
—―Total................. = 90 dias de aplicação ou três meses.
 
• Contabilização da aplicação em 01/06/20X6
1) D – Aplicações financeiras (AC) 522.500,00
 C – Banco conta movimento (AC) 500.000,00
 C – Rendimento a apropriar (AC) 22.500,00
Importante: a conta de rendimento a apropriar mostra o quanto a empresa ganhará com a operação 
efetuada. Trata-se de uma conta redutora do ativo circulante, em que será demonstrado o quanto 
a empresa terá rendimento a até ao final da aplicação, conforme ilustra o balanço patrimonial em 
30/06/20X6.
• Contabilização do rendimento referente ao mês de junho/20X6, considerando-se sempre 
o regime de competência
Cálculo e contabilização dos rendimentos proporcionais a 29 dias do mês de junho/20X6:
R$ 22.500,00/90 dias = 250 x 29 dias = R$ 7.250,00
2) D – Rendimento a apropriar (AC) 7.250,00
 C – Rendimentos sobre aplicação financeira (DRE) 7.250,00
Razonetes
Aplicações financeiras Banco conta movimento
1) 522.500,00 Sl 510.815,00 500.000,00 1)
 10.815,00
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CONTABILIDADE EMPRESARIAL
Rendimentos a apropriar Rend. sobre apl. financeiras
 2) 7.250,00 22.500,00 1) 7.250,00 2)
15.250,00
Quadro 18 – Representação no balanço patrimonial em 30/06/20X6
Ativo Passivo
Circulante
......
Aplicação financeira 522.500,00
(-) Rendimentos a apropriar (15.250,00)
 
Não circulante
Circulante
...
...
 
Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total
• Contabilização do rendimento referente ao mês de julho/20X6, considerando-se sempre o 
regime de competência
Cálculo e contabilização dos rendimentos proporcionais a 30 dias do mês de julho/20X6:
R$ 22.500,00/90 dias = 250 x 30 dias = R$ 7.500,00
1) D – Rendimento a apropriar (AC) 7.500,00
 C – Rendimentos sobre aplicação financeira (DRE) 7.500,00
Razonetes
Aplicações financeiras Rendimentos a apropriar
Sl 522.500,00 1) 7.500,00 15.250,00 Sl
7.750,00
Rend. sobre apl. financeiras 
7.500,00 1)
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Quadro 19 – Representação no balanço patrimonial em 31/07/20X6
Ativo Passivo
Circulante
...
...
Aplicação financeira 522.500,00
(-) Rendimentos a apropriar (7.750,00)
 
Não circulante
Circulante
...
...
 
Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total
• Contabilização do rendimento referente ao mês de agosto/20X6, considerando-se sempre 
o regime de competência
Cálculo e contabilização dos rendimentos proporcionais a 30 dias do mês de agosto/20X6:
R$ 22.500,00/90 dias = 250 x 30 dias = R$ 7.500,00
1) D – Rendimento a apropriar (AC) 7.500,00
 C – Rendimentos sobre aplicação financeira (DRE) 7.500,00
Razonetes
Aplicações financeiras Rendimentos a apropriar
Sl 522.500,00 1) 7.500,00 7.750,00 Sl
250,00
Rend. sobre apl. financeiras 
7.500,00 1)
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CONTABILIDADE EMPRESARIAL
Quadro 20 – Representação no balanço patrimonial em 31/08/20X6
Ativo Passivo
Circulante
...
...
Aplicação financeira 522.500,00
(-) Rendimentos a apropriar (250,00)
Não circulante
Circulante
...
...
 
Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total
Contabilização do resgate da aplicação em 1º de setembro de 20X6, no qual, além de considerar 
o rendimento somente sobre um dia, haverá a retenção do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) 
sobre o total dos rendimentos auferidos, referente aos 90 dias que o montante de R$ 500.000,00 ficou 
aplicado:
Cálculo e contabilização dos rendimentos proporcionais a um dia do mês de setembro/20X6:
R$ 22.500,00/90 dias = 250 x 1 dia = R$ 250,00
1) D – Rendimento a apropriar (AC) 250,00 
 C – Rendimentos sobre aplicação financeira (DRE) 250,00
Cálculo e contabilização de 4% do IRRF sobre o rendimento total da operação e resgate da aplicação 
financeira efetuada:
R$ 22.500,00 x 0,04 = R$ 900,00
2) D – Banco conta movimento (AC) 521.600,00
 D – IRRF a recuperar (AC) 900,00
 C – Aplicações financeiras (AC) 522.500,00
Razonetes
Aplicações financeiras Rendimentos a apropriar
Sl 522.500,00 522.500,00 2) 1) 250,00 250,00 Sl
Rend. sobre apl. financeiras Banco conta movimento
250,00 1) Sl 4.872,00
2) 521.600,00
 526.472,00
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IRRF a recuperar 
1) 900,00
Quadro 21 – Representação no balanço patrimonial em 30/09/20X6
Ativo Passivo
Circulante
...
...
IRRF a recuperar 900,00
Não circulante
Circulante
...
...
 
Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total
 Observação
O IRRF a recuperar registrado no balanço patrimonial poderá ser 
compensado com o Imposto de Renda Pessoa Jurídica a Pagar (imposto 
calculado sobre o resultado apurado no período, assunto a ser abordado 
na disciplina Planejamento Contábil Tributário) ou com quaisquer outros 
tributos federais, conforme determina a legislação vigente. 
7.1.2 Exercício resolvido
A Cia. Gama Ltda. efetuou a seguinte aplicação financeira:
• 01/12/20X6 – data da aplicação.
• R$ 100.000,00 – valor da aplicação.
• 0,75% a.m. – taxa de juros simples.
• 31/07/20X7 – vencimento da aplicação.
• 4% IRRF sobre rendimento total.
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CONTABILIDADE EMPRESARIAL
Importante:
• A proporcionalidade dos rendimentos sobre a aplicação financeira ficará assim distribuída:
— dezembro/20X6..... = 29 dias → 30 dias – 01 data da aplicação.
— janeiro/20X7 ......... = 30 dias → mês comercial.
— fevereiro/20X7....... = 30 dias → mês comercial.
— março/20X7 ......... = 30 dias → mês comercial.
— abril/20X7 ............ = 30 dias → mês comercial.
— maio/20X7 ........... = 30 dias → mês comercial.
— junho/20X7 .......... = 30 dias → mês comercial.
— julho/20X7............. = 31 dias → vencimento da aplicação.
— Total .................... = 240 dias de aplicação ou oito meses.
Pede-se: contabilizar a aplicação financeira, respeitando-se o regime de competência e demonstrar 
os efeitos da operação, mensalmente, no Balanço Patrimonial:
• Contabilização da aplicação financeira em 01/12/20X6
1) D – Aplicação financeira 100.000,00
 C – Banco conta movimento 100.000,00
Calcular e contabilizar os juros prefixados:
R$ 100.000,00 x 6% = R$ 6.000,00
2) D – Aplicação financeira 6.000,00
 C – Rendimentos a apropriar 6.000,00
Razonetes
Aplicações financeiras Banco conta movimento
1) 100.000,00 Sl 105.209,00 100.000,00 1)
2) 6.000,00 5.209,00
 106.000,00
Rendimentos a apropriar
6.000,00 2)
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• Contabilização do rendimento referente ao mês de dezembro/20X6, considerando-se 
sempre o regime de competência
Calcular e contabilizar os rendimentos proporcionais a 29 dias do mês de dezembro/20X6:
R$ 6.000,00/240 dias = 25 x 29 dias = R$ 725,00
3) D – Rendimento a apropriar 725,00
 C – Rendimentos sobre aplicação financeira 725,00
Razonetes
Rendimentos a apropriar Rend. sobre apl. financeiras
2) 725,00 6.000,00 2) 725,00
5.275,00 
Quadro 22 – Representação no balanço patrimonial em 31/12/20X6
Ativo Passivo
Circulante
...
...
Aplicação financeira 106.000,00
(-) Rendimentos a apropriar (5.275,00)
Não circulante
Circulante
...
...
 
Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total
• Contabilização do rendimento referente ao mês de janeiro/20X7, considerando-se sempre 
o regime de competência
Calcular e contabilizar os rendimentos proporcionais a 30 dias do mês de janeiro/20X7:
R$ 6.000,00/240 dias = 25 x 30 dias = R$ 750,00
1) D – Rendimento a apropriar 750,00
 C – Rendimentos sobre aplicação financeira 750,00
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CONTABILIDADE EMPRESARIAL
Razonetes
Rendimentos a apropriar Rend. sobre apl. financeiras
1) 750,00 5.275,00 SI 750,00 1)
4.525,00 
Quadro 23 – Representação no balanço patrimonial em 31/01/20X7
Ativo Passivo
Circulante
...
...
Aplicação financeira 106.000,00
(-) Rendimentos a apropriar (4.525,00)
Não circulante
Circulante
...
...
 
Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total
• Contabilização do rendimento referente ao mês de fevereiro/20X7,considerando-se sempre 
o regime de competência
Calcular e contabilizar os rendimentos proporcionais a 30 dias do mês de fevereiro/20X7:
R$ 6.000,00/240 dias = 25 x 30 dias = R$ 750,00
1) D – Rendimento a apropriar 750,00
 C – Rendimentos sobre aplicação financeira 750,00
Razonetes
Rendimentos a apropriar Rend. sobre apl. financeiras
1) 750,00 4.525,00 SI 750,00 1)
3.775,00 
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Quadro 24 – Representação no balanço patrimonial em 28/02/20X7
Ativo Passivo
Circulante
...
...
Aplicação financeira 106.000,00
(-) Rendimentos a apropriar (3.775,00)
Não circulante
Circulante
...
...
 
Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total
• Contabilização do rendimento referente ao mês de março/20X7, considerando-se sempre 
o regime de competência
Calcular e contabilizar os rendimentos proporcionais a 30 dias do mês de março/20X7:
R$ 6.000,00/240 dias = 25 x 30 dias = R$ 750,00
1) D – Rendimento a apropriar 750,00
 C – Rendimentos sobre aplicação financeira 750,00
Razonetes
Rendimentos a apropriar Rend. sobre apl. financeiras
1) 750,00 3.775,00 SI 750,00 1)
3.025,00 
Quadro 25 – Representação no balanço patrimonial em 31/03/20X7
Ativo Passivo
Circulante
...
...
Aplicação financeira 106.000,00
(-) Rendimentos a apropriar (3.025,00)
Não circulante
Circulante
...
...
 
Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total
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CONTABILIDADE EMPRESARIAL
• Contabilização do rendimento referente ao mês de abril/20X7, considerando-se sempre o 
regime de competência
Calcular e contabilizar os rendimentos proporcionais a 30 dias do mês de abril/20X7:
R$ 6.000,00/240 dias = 25 x 30 dias = R$ 750,00
1) D – Rendimento a apropriar 750,00
 C – Rendimentos sobre aplicação financeira 750,00
Razonetes
Rendimentos a apropriar Rend. sobre apl. financeiras
1) 750,00 3.025,00 SI 750,00 1)
2.275,00 
Quadro 26 – Representação no balanço patrimonial em 30/04/20X7
Ativo Passivo
Circulante
...
...
Aplicação financeira 106.000,00
(-) Rendimentos a apropriar (2.275,00)
Não circulante
Circulante
...
...
 
Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total
• Contabilização do rendimento referente ao mês de maio/20X7, considerando-se sempre o 
regime de competência
Calcular e contabilizar os rendimentos proporcionais a 30 dias do mês de maio/20X7:
R$ 6.000,00/240 dias = 25 x 30 dias = R$ 750,00
1) D – Rendimento a apropriar 750,00
 C – Rendimentos sobre aplicação financeira 750,00
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Razonetes
Rendimentos a apropriar Rend. sobre apl. financeiras
1) 750,00 2.275,00 SI 750,00 1)
1.525,00 
Quadro 27 – Representação no balanço patrimonial em 31/05/20X7
Ativo Passivo
Circulante
...
...
Aplicação financeira 106.000,00
(-) Rendimentos a apropriar (1.525,00)
Não circulante
Circulante
...
...
 
Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total
• Contabilização do rendimento referente ao mês de junho/20X7, considerando-se sempre 
o regime de competência
Calcular e contabilizar os rendimentos proporcionais a 30 dias do mês de junho/20X7:
R$ 6.000,00/240 dias = 25 x 30 dias = R$ 750,00
1) D – Rendimento a apropriar 750,00
 C – Rendimentos sobre aplicação financeira 750,00
Razonetes 
Rendimentos a apropriar Rend. sobre apl. financeiras
1) 750,00 1.525,00 SI 750,00 1)
 775,00 
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CONTABILIDADE EMPRESARIAL
Quadro 28 – Representação no balanço patrimonial em 30/06/20X7
Ativo Passivo
Circulante
...
...
Aplicação financeira 106.000,00
(-) Rendimentos a apropriar (775,00)
Não circulante
Circulante
...
...
 
Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total
• Contabilização do rendimento referente ao mês de julho/20X7, considerando-se sempre o 
regime de competência → e também no vencimento da aplicação 31/07/20X6
Calcular e contabilizar os rendimentos proporcionais a 31 dias do mês de julho/20X6:
R$ 6.000,00/240 dias = 25 x 31 dias = R$ 775,00
1) D – Rendimento a apropriar 775,00
 C – Rendimentos sobre aplicação financeira 775,00
Calcular e contabilizar os 4% do IRRF sobre o rendimento total da operação, bem como o resgate da 
aplicação financeira:
R$ 6.000,00 x 0,04 = R$ 240,00
2) D – Banco conta movimento 105.760,00
 D – IRRF a recuperar 240,00
 C – Aplicações financeiras 106.000,00
Razonetes
Rendimentos a apropriar Rend. sobre apl. financeiras
1) 775,00 775,00 Sl 775,00 1)
Banco conta movimento IRRF a recuperar
Sl 2.118,00 2) 240,00
2) 105.760,00
107.878,00
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Aplicação financeira
Sl 106.000,00 106.000,00 2)
Quadro 29 – Representação no Balanço Patrimonial em 31/07/20X7
Ativo Passivo
Circulante
...
...
IRRF a recuperar 240,00
 
Não circulante
Circulante
...
...
 
Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total
 Saiba mais
No Brasil, é muito forte o emprego dos agentes públicos como fonte 
de financiamento das empresas. Praticamente todo o financiamento 
empresarial é realizado via BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento 
Econômico e Social). Sendo assim, visite regularmente o site do BNDES e 
esteja atualizado com as últimas possibilidades. 
<http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt>.
8 APLICAÇÕES FINANCEIRAS – OPERAÇÕES PÓS-FIXADAS
8.1 Operações pós-fixadas
Conforme abordado no assunto “Empréstimos/financiamentos”, nesta Unidade, o que difere 
uma operação prefixada da pós-fixada nada mais é do que a maneira como se aplica a taxa de juros. 
Nas operações prefixadas conhecem-se, no ato da operação, tanto os juros a serem pagos sobre os 
empréstimos/financiamentos contratados, quanto aos rendimentos sobre uma aplicação financeira 
efetuada.
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CONTABILIDADE EMPRESARIAL
Deve-se levar em consideração que, para as operações prefixadas, embute-se na taxa de juros 
uma expectativa inflacionária, enquanto que nas operações pós-fixadas tem-se somente a taxa 
de juros, ficando a representação da inflação exatamente registrada pela sua efetiva variação, 
podendo gerar um ganho ou uma perda inflacionária, ou seja, uma variação monetária ativa ou 
passiva, respectivamente.
Assim, nas operações pós-fixadas, é aplicada uma taxa de juros mais um índice de preços, quer 
em relação a uma moeda estrangeira, ou a quaisquer outros indicadores econômicos (acordados 
entre as partes), que venha identificar a variação inflacionária do período contratado para a 
operação, independente do tipo de operação – empréstimos/financiamentos e ou aplicações 
financeiras.
8.1.1 Exemplo de cálculo
 A empresa Reis Souza Ltda. fez uma aplicação no Banco Intercontinental S/A, no valor de R$ 
200.000,00, com variação monetária combase no CDB mais juros de 1% ao mês, sobre o valor atualizado 
(para fins didáticos utilizaremos o método de juros simples).
Data da aplicação: 5 de abril de 20X6.
Data do resgate: 2 de outubro de 20X6.
Juros de 1% ao mês, total de 6% (abril a outubro). 
Variação do CDB no período: 9%.
IRRF sobre o total dos rendimentos: 4%.
• Contabilização da aplicação em 05/04/20X6
1) D – Aplicação financeira 200.000,00
 C – Banco conta movimento 200.000,00
Razonetes 
Aplicação financeira Banco conta movimento
1) 200.000,00 Sl 203.122,00 200.000,00 1)
 3.122,00
 
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Quadro 30 – Representação no balanço patrimonial em 30/04/20X6
Ativo Passivo
Circulante
...
...
Aplicação financeira 200.000,00
 
Não circulante
Circulante
...
...
 
Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total
• Cálculo e contabilização das receitas auferidas somente na data do regate da aplicação financeira: 
Variação monetária ativa = variação do CDB no período de 9%.
R$ 200.000,00 x 0,09 = R$ 18.000,00 → Ganho.
Rendimentos = juros de 1% a.m. = 6% sobre o valor da aplicação atualizada.
R$ 218.000,00 x 0,06 = R$ 13.080,00.
1) D – Aplicações financeiras 31.080,00
 C – Variação monetária ativa 18.000,00
 C – Rendimentos sobre aplicação financeira 13.080,00
 Observação
Para fins didáticos, o resultado sobre a aplicação financeira, ganhos e 
rendimentos foram registrados no final da operação. Porém, numa situação 
empresarial, deve-se acompanhar a variação do índice escolhido para a 
operação e registrar mensalmente os ganhos, mesmo que sejam de forma 
aproximada, atendendo, assim, ao regime de competência. Ao final da 
operação, serão feitos os devidos ajustes.
Cálculo e contabilização do IRRF sobre o valor total dos rendimentos, bem como o resgate da 
operação de aplicação financeira em 02/10/20X6.
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CONTABILIDADE EMPRESARIAL
IRRF sobre os rendimentos → R$ 31.080,00 x 0,04 = R$ 1.243,00.
2) D – Banco conta movimento 229.837,00
 D – IRRF a recuperar 1.243,00
 C – Aplicações financeiras 231.080,00
Razonetes
Aplicação financeira Banco conta movimento
Sl 200.000,00 231.080,00 2) Sl 8.487,00
1) 31.080,00 2) 229.837,00
 238.324,00
Variação monetária ativa Rend. sobre apl. financeiras
18.000,00 1) 13.080,00 1)
IRRF a recuperar
3) 1.243,00
Quadro 31 – Representação no balanço patrimonial em 31/10/20X6
Ativo Passivo
Circulante
...
...
IRRF a recuperar 1.243,00
Não circulante
Circulante
...
...
 
Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total
 Saiba mais
Há um esforço do governo brasileiro em aumentar o financiamento 
privado no Brasil. Em sua dissertação de mestrado, o pesquisador João 
Roberto Borin analisa o mercado privado de financiamento brasileiro:
<http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/4193>.
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8.1.2 Exercício resolvido 
A Cia. Beta S/A fez a seguinte aplicação financeira:
• 01/10/20X7 – data da aplicação.
• R$ 50.000,00 – valor da aplicação.
• 2% a.m. – variação do IGPM/FGV no período.
• 1% a.m. – taxa de juros simples.
• 31/12/20X7 – data do resgate.
• IRRF sobre o total dos rendimentos: 4%.
Pede-se: contabilizar toda operação – aplicação, atualização e resgate.
1) Contabilização da aplicação financeira em 01/10/20X7:
D – Aplicação financeira 50.000,00
C – Banco conta movimento 50.000,00
2) Calcular e contabilizar a atualização da aplicação financeira pela variação do IGP-M até o resgate 
em 31/12/20X7:
 R$ 50.000,00 x 0,06 = R$ 3.000,00
D – Aplicação financeira 3.000,00
C – Variação monetária ativa 3.000,00
3) Calcular e contabilizar os juros até o resgate em 31/12/20X7:
 R$ 53.000,00 x 0,03 = R$ 1.590,00
D – Aplicação financeira 1.590,00
C – Rendimentos com aplicação financeira 1.590,00
4) Calcular e contabilizar tanto o IRRF sobre os rendimentos quanto o resgate: IRRF equivale a: R$ 
4.590,00 x 0,04 = R$ 183,00.
D – Banco conta movimento 54.407,00
D – IRRF a recuperar 183,00
C – Aplicação financeira 54.590,00
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CONTABILIDADE EMPRESARIAL
Razonetes
Aplicação financeira Banco conta movimento
1) 50.000,00 54.590,00 4) Sl 52.321,00 50.000,00 1)
2) 3.000,00 4) 54.407,00 
3) 1.590,00 56.728,00
Variação monetária ativa Rend. sobre apl. financeiras
3.000,00 2) 1.590,00 3)
IRRF a recuperar
4) 183,00
 Saiba mais
Em relação às aplicações financeiras, além dos CPC já citados 
(Conceitual Básico, 12 – Ajuste a Valor Presente e sobre as Pequenas e 
Médias Empresas), o CPC 08 (R1) – Custos de Transação e Prêmios na 
Emissão de Títulos e Valores Mobiliários – deverá ser utilizado sobre 
as transações realizadas pelas sociedades anônimas (capital aberto ou 
fechado) e empresas de grande porte, conforme determina a Lei nº 11.638 
de 28 de dezembro de 2007.
Exemplo de aplicação
Ao longo da unidade, você teve contato com termos que representam conceitos utilizados no jargão 
da área contábil. A proposta é que você estude mais um desses termos que surgiram nesta unidade. Nos 
espaços a seguir, tente explicar com suas próprias palavras o que significa o termo. Caso não consiga 
explicar, volte ao texto e releia. Em qualquer caso, pesquise na internet, não só o que significa o termo, 
mas como os profissionais da área contábil o utilizam. 
O termo é: cobrança.
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Unidade II
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E se te perguntarem?
Imagine a seguinte situação: Você é procurado(a) pelo departamento de relações públicas da 
empresa em que trabalha, pois querem que você participe de uma matéria jornalística. No dia seguinte, 
uma conhecida jornalista lhe faz a seguinte pergunta: 
— Quais as principais opções de financiamento que as empresas dispõem no momento atual e quais 
as vantagens de cada um deles? 
Como você responderia a essa pergunta? 
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Mapa mental
No espaço a seguir, tente montar um mapa mental ou um esquema com os principais conceitos 
estudados.
 Resumo
Na unidade II, estudamos as consequências na contabilidade dos 
empréstimos financeiros e aplicações, operações que exigem grande 
atenção dos contadores, uma vez que são determinantes no sucesso ou 
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CONTABILIDADE EMPRESARIAL
insucesso empresarial de grande parte das empresas. São operações como 
empréstimos financeiros e aplicações financeiras, que evidenciam tanto os 
cálculos, os registros, quanto os efeitos dessas operações sobre o resultado 
apurado no período. 
Finalizando a unidade II, foram analisados os seguintes aspectos:
• aplicações financeiras;
• financiamentos prefixados;
• financiamentos pós-fixados;
• financiamentos em moeda estrangeira.
Espera-se que, neste momento, você já esteja confortável para 
seguir para próximos desafios que o aguardam no curso de Ciências 
Contábeis e para enfrentar a maioria dos problemas que surgem na 
vida profissional. 
Como comentado na introdução deste livro, uma aula nunca acaba e 
você sempre terá uma sensação de insatisfação. Sempre teríamos algum 
assunto a abordar que não foi abordado. Porém, se você tem dúvidas 
sobre o conteúdo abordado, mas não sabe como formulá-las e/ou tem 
vergonha, esqueça isso! Confie no trabalho dos tutores, que sabem 
como agir nessas situações. Faça suas perguntas com tranquilidade. O 
fundamental é esclarecer suas dúvidas! Mesmo que após o período de 
estudos desta disciplina surgir alguma dúvida, não hesite em entrar em 
contato com os tutores. 
 Exercícios
Questão 01 (Enade, 2009, adaptada). Nos trabalhos realizados por um auditor independente, 
identificaram-se vários procedimentos adotados pela Cia. Calada. No decorrer dos trabalhos, os seguintes 
fatos foram encontrados:
I. A provisão para crédito de liquidação duvidosa foi constituída, tendo como base o índice de 
inadimplência apresentado nos últimos cinco anos.
II. A empresa fez uma aplicação em Certificado de Depósito Bancário (CDB) no Banco Intercontinental 
S/A com um prazo de 90 dias e juros prefixados. Utilizando o regime de competência, creditou a Ativo 
Circulante e rendimentos a apropriar o valor correspondente aos juros da operação.
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Unidade II
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III. As despesas pagas antecipadamente foram registradas como Passivo Circulante. 
IV. O Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) incidente sobre aplicações financeiras foram deduzidos 
do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ). 
Diante dos fatos encontrados na Cia. Calada, sob o ponto de vista da condução do trabalho de 
auditoria, a conduta correta do auditor independente responsável será:
A) Oferecer serviço de consultoria para corrigir os fatos encontrados.
B) Solicitar da empresa correções para os fatos I e III.
C) Solicitar da empresa correções para os fatos II e IV.
D)Solicitar da empresa correções para o fato III.
E) Finalizar os trabalhos e indicar em seu relatório que todos os fatos contábeis foram corretamente 
considerados.
Resposta correta: alternativa D.
Análise das afirmativas.
Afirmativa I: correta.
Justificativa: conforme apresentado no livro-texto, o montante de provisão de uma empresa é 
estabelecido pela experiência acumulada, ou seja, pela estimativa de não recebimento de suas vendas a 
prazo. Tal sistemática procura estabelecer uma média estatística da inadimplência dos últimos três ou 
cinco anos. 
Afirmativa II: correta.
Justificativa: a conta de rendimentos a apropriar mostra o quanto a empresa ganhará com a operação 
efetuada. Trata-se de uma conta redutora do Ativo Circulante, em que será demonstrado o quanto a 
empresa terá de rendimento até o final da aplicação.
Afirmativa III: incorreta.
Justificativa: as despesas pagas antecipadamente devem ser registradas como Ativo Circulante em 
que são apresentadas as disponibilidades, ou de caixa ou de Banco conta movimento.
Afirmativa IV: correta.
Justificativa: o imposto de renda incidente sobre as aplicações financeiras são considerados como 
impostos pagos e, desta forma, podem ser recuperados quando do levantamento do Balanço Patrimonial 
e compensados no IRPJ a pagar, se o caso.
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CONTABILIDADE EMPRESARIAL
Considerações adicionais acerca das alternativas.
Após a análise das afirmativas, o único fato com tratamento incorreto foi o descrito em III e, portanto, 
a alternativa D deve ser indicada.
As alternativas B e C não são verdadeiras por considerarem os fatos I, II e IV como incorretos sendo 
que estão corretos e justificados. 
A alternativa A está incorreta. Não é papel da auditoria independente oferecer serviço de 
consultoria para corrigir os fatos encontrados mas somente o de apurar fatos. Caberá à empresa decidir 
posteriormente.
A alternativa E está incorreta, uma vez que foram encontrados fatos com contabilização incorreta.
Questão 02. Em 16/12/20X5, a Cia. Jacó solicitou junto ao banco Xandra um empréstimo no valor 
de R$ 40.000,00, o qual foi liberado da seguinte forma:
Valor bruto do empréstimo: R$ 40.000,00.
Juros: R$ 5.000,00.
Despesas bancárias fixas: R$ 200,00.
O empréstimo, a juros prefixados, venceu em 04/02/20X6, quando foi totalmente liquidado pela 
Companhia.
Indique a alternativa incorreta acerca das contabilizações geradas a partir das operações.
A) Os empréstimos bancários no valor de R$ 40.000,00 foram lançados no Passivo Circulante.
B) Despesas financeiras no valor de R$ 1.500,00, mais as despesas bancárias no ano 20X5, foram 
transferidas diretamente para o resultado do exercício do mesmo período.
C) No razonete Banco conta movimento, a débito foram lançados R$ 34.800,00 e a crédito R$ 
40.000,00.
D) O razonete da conta Empréstimos bancários recebeu, tanto a débito quanto a crédito, lançamento 
de mesmo valor.
E) Os encargos financeiros decorrentes de tais operações foram contabilizados pelo regime de caixa.
Resolução desta questão na Plataforma.
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REFERÊNCIAS
Textuais
BERBEL, J. D. S. Contabilidade comercial. 2000. Disponível em: <http://www.berbel.pro.br/
Contabilidade%20Comercial%20-%20Apostila.doc>. Acesso em: 23 abr. 2012.
BORIN, J. R. O investimento empresarial privado no Brasil: um estudo de caso. 2003. Disponível em: 
<http://hdl.handle.net/10183/4193>. Acesso em: 23 abr. 2012.
BRASIL. Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966. Código Tributário Nacional. Dispõe sobre o sistema 
tributário nacional e institui normas gerais de Direito Tributário aplicáveis à União, Estados e 
Municípios. 1966. Disponível em: <http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/codtributnaci/ctn.
htm>. Acesso em: 23 abr. 2012.
___. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por ações. 1976. Disponível 
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404consol.htm>. Acesso em: 23 abr. 2012.
___. Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995. Altera a legislação tributária federal e dá outras 
providências. 1995a. Disponível em: <http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/leis/ant2001/
lei898195.htm>. Acesso em: 23 abr. 2012.
___. Lei nº 9.065, de 20 de junho de 1995. Dá nova redação a dispositivos da Lei nº 8.981, de 20 de 
janeiro de 1995, que altera a legislação tributária federal, e dá outras providências. 1995b. Disponível 
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9065.htm>. Acesso em: 23 abr. 2012.
___. Lei do Ajuste Tributário nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996. Dispõe sobre a legislação tributária 
federal, as contribuições para a seguridade social, o processo administrativo de consulta e dá outras 
providências. 1996. Disponível em: <http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/leis/ant2001/
lei943096.htm>. Acesso em: 23 abr. 2012.
___. Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999. Regulamento do Imposto de Renda – RIR/99. 
Regulamenta a tributação, fiscalização, arrecadação e administração do Imposto sobre a Renda e 
Proventos de Qualquer Natureza. 1999. Disponível em: <http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/rir/default.htm>. Acesso em: 23 abr. 2012.
___. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Resolução CNE/CES 10, de 16 
de dezembro de 2004. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rces010_04.pdf>. 
Acesso em: 23 abr. 2012.
___. Lei nº 11.101, de 9 de fevereiro de 2005. Regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a 
falência do empresário e da sociedade empresária. 2005. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11101.htm>. Acesso em: 23 abr. 2012.
101
___. Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007. Altera e revoga dispositivos da Lei no 6.404, de 15 de 
dezembro de 1976, e da Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e estende às sociedades de grande 
porte disposições relativas à elaboração e divulgação de demonstrações financeiras. 2007. Disponível 
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm>. Acesso em: 24 abr. 
2012.
___. Resolução CFC nº 1151/09, de 23 de janeiro de 2009. Aprova a NBC TG 12 – Ajuste a Valor 
Presente. 2009a. Disponível em: <http://www.crcsp.org.br/portal_novo/legislacao_contabil/resolucoes/
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___. Lei nº 11.941/09, de 27 de maio de 2009. Altera a legislação tributária federal relativa ao 
parcelamento ordinário de débitos tributários. 2009b. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
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CARNEIRO, J. D. (coord.). Proposta nacional de conteúdo para o curso de graduação em Ciências 
Contábeis. 2. ed. rev. e atual. Brasília: Fundação Brasileira de Contabilidade, 2009.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. Pronunciamento Técnico CPC 12: Ajuste a Valor 
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FEA/USP. Equipe de Professores. Coordenação Sérgio de Iudícibus. Contabilidade introdutória (Livro 
texto). 11a ed., São Paulo: Atlas, 2010. 
___. Equipe de Professores. Coordenação Sérgio de Iudícibus. Contabilidade introdutória (Livro de 
exercícios). 10a ed., São Paulo: Atlas, 2010.
FRANCO, H. Contabilidade comercial. São Paulo: Atlas, 1996.
IUDÍCIBUS, S.; MARION, J. C. Contabilidade comercial. São Paulo: Atlas, 2004.
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(Mestrado em Ciências Contábeis) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008. Disponível em: 
<http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12136/tde-07102009-143816/pt-br.php>. Acesso em: 
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102
PORTAL DA CONTABILIDADE. Tratamento contábil. Disponível em: <http://www.portaldecontabilidade.
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RIBEIRO, O. M. Contabilidade comercial fácil. São Paulo: Saraiva, 1999.
___. Contabilidade básica fácil. São Paulo: Saraiva, 2003.
SÁ, A. L. Fidelidade da informação contábil e as provisões. Disponível em: <http://www.netlegis.com.br/
index.jsp?arquivo=detalhesArtigosPublicados.jsp&cod2=265>. Acesso em: 23 abr. 2012.
Sites
<http://www.bcb.gov.br/?INDECO>.
<http://www.bndes.gov.br>.
<http://www.cpc.org.br>.
<http://www.itamaraty.gov.br/temas/temas-ultilaterais/desenvolvimento-comercio-e-financas/>.
<http://www.joelmirbeting.com.br/>.
<http://www.portaldecontabilidade.com.br>.
<http://www.receita.fazenda.gov.br>.
EXERCÍCIOS
Unidade I – Questão 2: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO 
TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional do Desempenho dos Estudantes (Enade) 2009. Ciências Contábeis. 
Questão 30. Disponível em: <http://public.inep.gov.br/enade2009/CIENCIAS_CONTABEIS.pdf>. Acesso 
em: 30 abr. 2012.
Unidade II – Questão 1: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO 
TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional do Desempenho dos Estudantes (Enade) 2009. Ciências Contábeis. 
Questão 32. Disponível em: <http://public.inep.gov.br/enade2009/CIENCIAS_CONTABEIS.pdf>. Acesso 
em: 30 abr. 2012.
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APÊNDICE
Balancete 
4.1.4 Exercício nº 2 – Unidade I
Duplicatas a receber Vendas de mercadorias
 
1 34.500 34.500 1
18.000 4
Saldo 16.500
Custo das mercadorias 
vendidas Estoques
 
1a 14.750 14.750 1a
Títulos em cobrança Endossos para cobrança
 
2 34.500 34.500 5 5 34.500 34.500 2
Despesas de cobrança Banco conta movimento
 
3 2.000 2.000 3
4 18.000 110 7
Despesas de protesto
 
6 110
104
105
106
107
108
109
110
111
112
Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000

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