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MpMagEst 
Administrativo 
Celso Spitzcovisky 
Data: 26/03/2013 
Aula 06 
 
MpMasEst – 2013 
Anotador(a): Carlos Eduardo de Oliveira Rocha 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
RESUMO 
 
SUMÁRIO 
 
1. Atos administrativos 
2. Serviços Públicos 
 
 
1. ATOS ADMINISTRATIVOS 
 
1.1. Classificação dos atos administrativos. 
 
a) Quando ao grau de liberdade do ato: 
 
(i) Vinculado: é aquele que apresenta solução única prevista em lei, não existindo espaço 
para um juízo de conveniência e oportunidade ex.: aposentadoria compulsória de um 
servidor. 
(ii) Discricionário: é aquele que não apresenta solução única, existindo espaço para juízo 
de valores, de conveniência e oportunidade ex.: permissão de uso para colocação de 
mesas e cadeiras na calçada enfrente ao estabelecimento comercial – depende das 
características do caso concreto. 
 
b) Quanto à formação do ato: 
 
(i) Simples: é aquele que para se aperfeiçoar depende de uma única manifestação de 
vontade ex.: qualquer licença que o servidor peça; aposentadoria do servidor. 
 
(ii) Composto: é aquele que para se aperfeiçoar depende de mais de uma manifestação de 
vontade. Resultam da vontade de um órgão, ficando, entretanto, na dependência de 
confirmação por outro órgão superior. A decisão da secretaria da fazenda que deve 
ser confirmada. 
 
(iii) Complexo: é aquele que para se aperfeiçoar depende de mais de uma manifestação de 
vontade, produzida em órgãos diferentes ex.: investidura de um servidor em cargo 
público pois depende de aprovação em concurso e posse. Ex. celebração de tratado 
internacional é celebrado pelo presidente da república e ratificado pelo congresso. 
 
c) Quanto a validade do ato: 
 
(i) Válido: em cumprimento aos requisitos de validade previstos em lei. 
 
(ii) Inválido: em descumprimento aos requisitos de validade. 
 
d) Quanto à eficácia: 
 
(i) Eficaz: quando está apto a produzir todos os seus efeitos. 
 
2 de 5 
 
(ii) Ineficaz: quando não produz todos os seus efeitos. 
 
e) Quanto a sua perfeição: 
 
(i) Perfeito: é aquele que esgotou todas as fases de sua produção, ou seja, completou 
todo o seu ciclo de formação. 
 
(ii) Imperfeito: é aquele que não completou o seu ciclo de formação. 
 
1.2. Extinção dos atos administrativos – as duas formas implicam na extinção do ato administrativo. 
 
a) Anulação: tem como fundamento a ilegalidade do ato, podendo ser promovida pela própria 
administração ou pelo poder judiciário. 
 
b) Revogação: tem como fundamento razões de conveniência e oportunidade, incidindo 
portanto, até em atos considerados legais. 
 
 Anulação Revogação 
Fundamentos Razões de ilegalidade Razões de conveniência e 
oportunidade. 
Legitimidade A própria ADM pública – de ofício ou 
pela provocação de terceiros e o 
Judiciário 
Somente a própria administração 
pública. 
Efeitos da decisão Efeitos ex tunc. Retroage até o 
momento em que o ato foi editado, 
para eliminar todos os efeitos gerados. 
Efeitos ex nunc. Não retroage, 
porque os efeitos gerados até 
aquele momento devem ser 
mantidos. 
Prazo 05 anos. Art. 54 Lei 9.784/99 A qualquer momento. 
 
Observações: 
Anulação – Autotutela é a denominação que se dá quando a administração anula ou revoga seus 
próprios atos de ofício. O Poder Judiciário só pode declarar a anulação de um ato administrativo se 
provocado. 
Quando da anulação de um ato, como regra geral, não cabe alegação de direitos adquiridos, pois 
ninguém pode se beneficiar de um ato ilegal. Prazo de anulação de atos administrativos é de 05 
anos (lei 9784/99, art. 54). Exceto para aqueles que estejam premidos de má-fé. 
 
“Art. 54 O direito da Administração de anular os atos 
administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os 
destinatários decai em cinco anos, contados da data em que 
foram praticados, salvo comprovada má-fé.” 
 
Revogação – uma vez que os efeitos não retroagem, é possível sustentar direitos adquiridos após a 
revogação do ato. Somente nesse caso o judiciário poderá intervir (veja-se que não entre no 
mérito da questão). 
 
Súmula 473 do STF: 
 
 
3 de 5 
“A administração pode anular seus próprios atos quando eivados 
de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam 
direitos; ou revoga-los por motivos de conveniência e 
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada, em 
todos os casos, a apreciação judicial.” 
 
A parte final da súmula deve ser interpretada em conformidade com o Art. 5º, XXXV, CF. 
 
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão 
ou ameaça a direito;” 
 
1.3. Outras formas de extinção do ato administrativo: 
a) Cassação 
b) Caducidade 
c) Contraposição 
d) Renúncia 
 
 Cassação: forma de extinção dos atos administrativos em razão do descumprimento de 
condições inicialmente estabelecidas pelo destinatário, ex.: permissão de uso de bem 
público para ambulante (a administração determinará as regras do ato administrativo – 
TPU, termo de permissão de uso – o que poderá vender, em qual horário, e em local 
determinado). Caso haja descumprimento das regras estipuladas aos ambulantes, a 
Administração Pública poderá cassar o ato administrativo. 
 
 Caducidade: forma de extinção dos atos administrativos pela edição pela administração 
pública de norma posterior incompatível com a anterior que autorizou o ato. Ex.: 
caducidade da permissão para explorar parque de diversões em determinado local, por 
mudança da lei de zoneamento se tornar incompatível aquela atividade. 
 
 Contraposição: forma de extinção dos atos administrativos pela superveniência de um ato 
posterior em sentido contrário ex.: é o caso de exoneração/demissão de funcionário 
público, que possui efeitos contrapostos ao da nomeação. 
 
 Renúncia: forma de extinção dos atos administrativos em razão da desistência do 
destinatário. 
 
1.4. Convalidação dos atos administrativos. 
 
Significa tornar válido o que de início não era. 
 
Atenção: há entendimento doutrinário no sentido da não possibilidade de convalidação, conforme 
preceitua Hely Lopes Meirelles: “o ato administrativo é legal ou ilegal; é válido ou inválido. Jamais 
poderá ser legal ou meio legal; válido ou meio válido, como ocorreria se se admitisse a nulidade 
relativa ou anulabilidade (...). O que pode acontecer é mera correção de irregularidades que não 
torna o ato nem nulo e nem, mas simplesmente defeituoso ou ineficaz até a sua retificação.” 
 
A lei 9.784/99 (processos administrativos na área federal) permite a convalidação em seu artigo 
50, III e 55, desde que preenchida as condições estabelecidas. 
 
“Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com 
indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos quando: 
 
4 de 5 
VIII – importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação 
de ato administrativo.” 
 
“Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão 
ao interesse púbico nem prejuízo a terceiros, os atos que 
apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela 
própria Administração.” 
 
(i) Que o ato não tenha causado danos para o interesse público ou para terceiros; 
(ii) Que o vício inicialmente apresentado possa ser corrigido; 
 
Obs.: a convalidação integra as esferas de violação da competência, forma, finalidade, objeto e 
motivo. 
Vício com relação ao objeto (o objeto era ilícito quando editado) é impossível cogitar em 
convalidação. 
Vício em decorrência de desvio de finalidade, se alterar a finalidade do ato, ele não mais será o 
mesmo, terá outra finalidade e também não passível de convalidação. 
Vício na falta de motivação e forma é possível sua convalidação. 
Vício com relação á competência, é possível se não se tratar de competência exclusiva. 
 
2. SERVIÇO PÚBLICO 
 
É todo aquele editado pelaAdministração, ou por particulares, debaixo de regras de direito público 
para a preservação dos interesses da coletividade. 
 
a) Quem presta? A administração ou particulares. 
b) Como presta? Debaixo de regras de direito público. 
c) Para que presta? Para preservar os interesses da coletividade. 
 
A titularidade de um serviço público pertence à administração e é intransferível. Portanto nunca a 
iniciativa privada vai assumir a titularidade de um serviço, porque os objetivos perseguidos não são os 
mesmos (interesse público). 
 
Reflexos: 
 
(i) Quem é titular tem legitimidade unilateral para fixar as normas para execução dos serviços. 
(ii) Quem detém a titularidade, também possui a legitimidade de fiscalizar seu cumprimento. 
(iii) Também tem legitimidade para aplicar sanções em caso de descumprimento dessas normas. 
 
Qual o papel único que a iniciativa privada pode assumir? A única possibilidade é assumir a execução 
dos serviços. Uma vez assumido esse papel, a iniciativa privada seguirá as regras estabelecidas pela 
administração, sujeitas a sua fiscalização e sanções. 
 
Quem decide sobre a forma de execução dos serviços é a própria administração, nas suas quatro 
esferas de governo: Federal, Estadual, Municipal e Distrital. 
 
 Execução direta ou centralizada: a administração, decidindo que executará os serviços através 
de sua estrutura direita, por um de seus órgãos (ministérios, secretarias de estado, 
subprefeituras). 
 
 
5 de 5 
 Desconcentração: a administração decide transferir competências de um órgão para outro, 
sem sair da estrutura direta (ex. transferência da secretaria de segurança pública para a 
secretaria de organização penitenciaria). 
 
 Execução indireta ou descentralizada: a administração decide que a execução dos serviços será 
realizada pelas pessoas integrantes da Administração indireta (Autarquia, fundações, 
sociedade de economia mista, empresas públicas). 
 
Transferência de execução para particulares: (através de licitação – concessão, permissão, autorização 
– que são instrumentos através dos quais a administração transfere a execução de serviços públicos 
para particulares). 
 
Art. 175 da CF. 
 
“Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente 
ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de 
licitação, a prestação de serviços públicos. 
Parágrafo único. A lei disporá sobre: 
I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de 
serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua 
prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e 
rescisão da concessão ou permissão; 
II - os direitos dos usuários; 
III - política tarifária; 
IV - a obrigação de manter serviço adequado.”

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