Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
“Embora o termo "terapia comportamental" possa dar a impressão de estarmos tratando de um tipo específico de intervenção clínica, a literatura mostra-nos que existem diferentes modelos terapêuticos comportamentais: São exemplos, a Psicoterapia Funcional-Analítica (Kohlenberg & Tsai, 1991), a Terapia da Aceitação e Compromisso (Hayes, Strosahl & Wilson, 1999), a Terapia Racional-Emotiva-Comportamental (Ellis & Dryden, 1997; Ellis & Greiger, 1977) e a Terapia Cognitiva (Beck, Rush, Shaw & Emery, 1979/1982), a Terapia por Contingências de Reforçamento (Guilhardi, 2004), dentre outras. Parecenos mais adequado, portanto, tratar a terapia comportamental como um campo mais amplo, constituído de propostas terapêuticas mais ou menos fundamentadas na tradição behaviorista (Franks, 1996; Krasner, 1969).” (BARBOSA; BORBA, 2010) Ao analisar o desenvolvimento histórico da terapia comportamental, Kazdin (1978) classificou os diferentes modelos de intervenção clínica, propondo o termo "modificação cognitivo-comportamental" para se referir ao subgrupo de terapias que enfatiza os aspectos cognitivos relacionados ao comportamento e que compartilham o pressuposto da alteração do comportamento não-verbal como função de uma mudança prévia do pensamento. Posteriormente, tais terapias ficaram mais conhecidas como "terapias cognitivo-comportamentais". “A abordagem cognitivo-comportamental utiliza dos termos cognições e mediações. Passa-se a aceitar cognições (percepções, pensamentos, crenças) como tendo uma influência direta no comportamento (Bandura, 1969; Meichembaum, 1974; Ellis, 1966 e Beck, 1963). Efetivamente, ao se aceitar cognições decorrem a aceitação da mediação na aprendizagem, com a inclusão de processos simbólicos como a percepção e interpretações de eventos do meio em um sistema de crenças ou instruções verbais. De fato, para a TCC (teoria cognitiva comportamental) os indivíduos fariam interpretações estereotipadas, que seriam empregadas em várias situações, causando distúrbios de comportamento. Nesse caso é a análise da interação dos processos cognitivos do indivíduo com os eventos do meio que permite a compreensão de muitos comportamentos.” (RODRIGUES, 1983) “Do ponto de vista teórico, o tratamento dado aos eventos privados foi fundamental para a diferenciação dos terapeutas cognitivo-comportamentais, em relação a seus colegas de orientação respondente ou operante. Para os primeiros, o suposto ambientalismo excessivo, presente na Análise do Comportamento, resultava na desconsideração dos eventos privados enquanto mediadores de qualquer ação do indivíduo, o que justificaria a necessidade de complementar sua atuação clínica com conhecimentos provenientes de outros modelos teóricos (Bandura, 1986; Beck, 1970; Goldfried & Davison, 1976/1994; Lazarus, 1972/1979).” (BARBOSA; BORBA, 2010) Referências RODRIGUES, 1983 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98931983000100002 BARBOSA; BORBA, 2010 http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-55452010000100004
Compartilhar