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Curso de Extensão em Psicologia Hospitalar Teórico e Prático Coordenação Psi Márcia Velasco CRP 05/20600 Programa 14/09 Profa. Márcia Velasco *Apresentação do curso e dos alunos *Hospital – definição e dinâmica Programa 21/09 Profa. Márcia Velasco * Concepção de Saúde e Doença Psicossomática *A Psicologia no Hospital Objetivos e Campo de Atuação Programa 28/09 Profa. Márcia Velasco * Intervenções Psicológicas nos diversos setores do Hospital Programa 05/10 Profa. Daniele Baptista Intervenções Psicológicas no CTI Programa 12/10 FERIADO Programa 19/10 Profa. Marcia Regina Costa Trabalho em equipe Interdisciplinar: o papel do psicólogo junto à equipe e o registro em prontuário. Programa 26/10 Profa. Daniele Baptista e Márcia Velasco *A morte no contexto hospitalar: atuação junto ao enlutado e a equipe de saúde. *Instruções para a prática *Vivência de situações hospitalares e a atuação do psicólogo Programa 02/11 FERIADO PSICOLOGIA O que é HOSPITAL Breve histórico Definição Características O Hospital - Histórico Primeiro Momento - Na Antiguidade: O Hospital era um local específico de isolamento onde as caridades eram exercidas. Não havia uma definição de doença. O doente era qualquer pessoa que a sociedade desejasse excluir. O Hospital - Histórico Segundo Momento: Dá-se a importância da Fisiopatologia e Etiopatologia. O Hospital passou a ser um local de encaminhamento dos doentes para cuidados por pessoas especializadas/médico e local de formação/construção do saber e prevenção. O Hospital - Histórico Terceiro Momento: Sec. XX/XXI, o hospital além de curar, local de registro e de formação e prevenção. Passa a ser um local de alta tecnologia e de pesquisas. O Hospital Lugar de uma complexa rede de profissionais e normas estabelecidas; Lugar onde muitas pessoas trabalham e circulam diariamente; Organização com seus objetivos, missão e hierarquia. O Hospital Local de acontecimentos inesperados, onde as perdas das pessoas internadas são constantes: Perda de uma condição de saúde; Perda da privacidade; Perda da autonomia Definição da OMS “O Hospital é a parte integrante de um sistema coordenado de saúde, cuja função é dispensar à comunidade completa assistência à saúde, tanto curativa quanto preventiva, incluindo serviços extensivos à família, em seu domicílio e ainda em centro de formação para os que trabalham no campo da saúde e para as pesquisas biossociais.” Internação Rotina hospitalar x individualidade Exames e conduta clínica invasiva O Paciente A rotina de sua vida será alterada, passará por um estado de privação, isolamento, sua vida entregue a outras pessoas(profissionais de saúde). Se sentirá desamparado. Sofrerá a DESPERSONALIZAÇÃO ADOECER SEGUNDO A PSICOSSOMÁTICA Escola Brasileira de Psicossomática Definição de doença e adoecer Visão biopsicossocial ADOECER O indivíduo tem um modo de viver e , portanto, um modo de adoecer. M.Filho : “a biografia de cada paciente explica as suas possibilidade de adoecer”. ADOECER A DOENÇA DE CADA UM A primeira noção a considerar é a da existência no organismo de todos nós, locais ou órgãos de menos resistência. Essa fraqueza seria constitucional e genética. Há também, o valor simbólico do órgão e sua relação com o conflito psíquico da pessoa. PSICOSSOMÁTICA Para a psicossomática o ser só pode ser visto e entendido como um ser biopsicossocial. A psicossomática vai de encontro a definição de saúde da OMS (1948): Saúde é o bem estar biopsicossocial e não apenas a ausência de doença. PSICOSSOMÁTICA ESCOLA BRASILEIRA – DANILO PERESTRELLO 1965 – Cria-se a Sociedade Brasileira de Medicina Psicossomática Funda a Medicina da Pessoa “A existência da pessoa é que determina a doença”. “A doença não é psicossomática mais a pessoa que é psicossomática”. DOENÇA A doença, seja ela qual for, pode ser entendida como um desequilíbrio no interior do ser vivo (soma e psique) e em sua interação com o ambiente que o cerca. O desequilíbrio no organismo pode vir tanto do interior do indivíduo quanto do meio externo. A primeira reação do organismo é tentar restabelecer o equilíbrio. DOENÇA O processo saúde/doença dependerá da conjunção da carga genética da pessoa e dos fatores de risco a que se expõe ao longo da vida. Sendo modulada sempre pela interação do ser humano com seus aspectos psíquicos e com o meio social. A doença acontece como decorrência de vários fatores, pluricausalidade ou multifatorial, e não por um único agente. É uma conjunção de causas externas e internas ADOECER O adoecer também é entendido como a incapacidade da pessoa de exprimir de forma adequada(inclusive verbalmente) suas emoções, fazendo-o pois, pela linguagem dos órgãos. É a impossibilidade de exteriorizar o seu desejo, as suas necessidades ou o seu sofrimento. ADOECER Outro motivo para embasar o adoecer é o desejo de autopunição. Refere-se a pessoa que se sentem culpadas e merecedoras de castigo. NECESSIDADE DE ADOECER Outra razão que justifica a opção pelo adoecer, são os chamados ganhos secundários da doença que, em nossa cultura, a doença orgânica traz consigo. Ao adoecer, o indivíduo regride, como se voltasse a ser criança, passando a ser objeto de afeições e carinhos especiais e a ser merecedor da indulgência dos outros. NECESSIDADE DE ADOECER Outra vantagem de natureza mais prática, é que a pessoa doente está isenta dos papéis sociais normais: não precisa ganhar seu sustento, trabalhar, etc. Psicologia Hospitalar Psicologia no Contexto Hospitalar: diversidade e prática A História da inserção do psicólogo no contexto hospitalar Márcia Velasco Nossa História Início em 1954 com a psicóloga Matilde Neder na então Clínica Ortopética e Traumatológica da Universidade de São Paulo. Hoje o Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de São Paulo (USP) Matilde Neder (1954) Convidada a acompanhar os pacientes submetidos à cirurgia de coluna. Seu trabalho consistia em preparar esses pacientes para a cirurgia, bem como para a recuperação pós- cirúrgica. Matilde Neder (1957) É transferida para o Instituto Nacional de Reabilitação da USP. Suas atividades ganham notoriedade e são expostas no I Seminário do Instituto de Reabilitação da Faculdade de Medicina da USP - 1959 Matilde Neder Neste Seminário ela expos suas preocupações com os pacientes, com o serviço e principalmente com o psicólogo que estava entrando em um ambiente desconhecido. Bellkiss Romano (1974) É convidada a organizar e implantar o Serviço de Psicologia do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdadede Medicina da USP. Bellkiss Romano (1976) 1º. Curso : “Atuação do Psicólogo no Hospital” na PUC-SP sob a responsabilidade de Bellkiss. Matilde e Bellkiss Após essas duas pioneiras, Matilde e Bellkiss, muitos outros surgiram com trabalhos interessantes, complementares, inovadores, mas principalmente comprometidos com a ética, a formação e a dignidade do profissional e da profissão. Valdemar A. Angerami- Camon(1981) Implanta no Instituto Sedes Sapientiae o 1º Curso de Especialização em Psicologia Hospitalar. O aprimoramento do psicólogo se achava cada vez mais necessário Marli Rosani Meleti (1982) Normatiza o Setor de Psicologia do Serviço de Oncologia Ginecológica da Real e Benemérita Sociedade Portuguesa de Beneficência. Os procedimentos passaram a ser explicados e discutidos com os pacientes e seus familiares. Heloisa Benevides C Chiattone (1982) Implanta o serviço de atendimento psicológico para mães e crianças hospitalizadas na Pediatria do Hospital Brigadeiro – SP. Pesquisa Bellkiss Romano 1987 A maior concentração do trabalho dos psicólogos em hospitais era em SP, RJ, Paraná e MG Os Psicólogos se encontravam na: Psiquiatria, Pediatria , Cardiologia e Obstetrícia. Pesquisa Bellkiss Romano 1997 Continua maior concentração em SP, seguido de MG, RJ e Paraná Nas Especialidade - redução na psiquiatria e pediatria e aumento significativo nos serviços de doenças infecto contagiosas I CONGRESSO O I Congresso Brasileiro de Psicologia Hospitalar foi em Agosto de 1997 em São Paulo. Finalizando... Sucessivas conquistas foram alcançadas até o dia de hoje. Cada vez mais os profissionais se empenham em aprofundar e desenvolver um trabalho melhor dentro do hospital através da assistência interdisciplinar e sob uma visão biopsicossocial. Psicologia Hospitalar O QUE O PSICÓLOGO FAZ NO HOSPITAL Márcia Velasco O Psicólogo no Hospital Se insere para administrar as diferentes demandas, na tentativa de convertê-las em algo que beneficie a todos. Tem que se preparar para lidar com a dor, com a doença e a morte. O Psicólogo no Hospital Procura investigar a vivência da pessoa doente; Procura dar voz/sentido a dor de quem sofre; Trabalha as relações interpessoais. O Psicólogo no Hospital Deve favorecer o trabalho interprofissional, facilitando a comunicação entre os membros da equipe; Atua como um mediador na relação paciente x equipe x família DEFINIÇÃO E ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO HOSPITALAR SEGUNDO O CFP O PSICÓLOGO HOSPITALAR É: O Profissional que atua em Instituições de Saúde, participando da prestação de serviços da atenção à saúde. Atende pacientes, familiares e/ou responsáveis pelo paciente; DEFINIÇÃO DO CFP Atende membros da equipe multidisciplinar e eventualmente administrativa, visando o bem estar físico e emocional do paciente. DEFNIÇÃO DO CFP Oferece e desenvolve atividades em diferentes níveis de tratamento; Sua principal tarefa é a avaliação e acompanhamento de intercorrências psíquicas dos pacientes, visando basicamente a promoção e/ou recuperação da saúde física e mental. DEFINIÇÃO DO CFP Promove intervenções direcionadas à relação médico/paciente, paciente/família, paciente/paciente e do paciente em relação ao processo de adoecer, hospitalização e repercussões emocionais que emergem neste processo. DEFINIÇÃO DO CFP O acompanhamento pode ser a pacientes em atendimento clínico ou cirúrgico, nas diferentes especialidades médicas. Podem ser desenvolvidas diferentes modalidade de intervenções, dentre elas destacam-se: atendimento psicoterapêutico, grupos psicoterapêuticos, grupos de prevenção, atendimento individual em ambulatórios, enfermarias, UTI, pronto atendimento, psicodiagnóstico, consulta e interconsulta. Na equipe multiprofissional e interdisciplinar Participa de decisões em relação a conduta a ser adotada pela equipe, objetivando promover apoio e segurança ao paciente e família, aportando informações pertinentes à sua área de atuação, bem como na forma de grupo de reflexão, no qual o suporte e manejo estão voltados para possíveis dificuldades operacionais e/ou subjetivas dos membros da equipe”. DEFINIÇÃO A Psicologia Hospitalar tem sido definida como um agregado de contribuições específicas das áreas educacional, clínica, científica e institucional. Que visa a promoção e manutenção da saúde integral do ser humano. Pode promover, ainda, a análise, formação e melhoria do sistema de saúde. Objetivos Minimizar o sofrimento na hospitalização; Contribuir para um trabalho humanizado e em equipe; Resgatar e respeitar a pessoa que esta doente. Proposta de Roteiro de Atendimento Registro: verificar prontuários/relatórios; Apresentação do Psicólogo – atendimento de rotina: eliminação de uma fonte de ansiedade; Atendimento no pré-cirúrgico: História da doença: como começou?, quando começou?, sua evolução, o que já fez (ou não) até o momento, como esta? Doenças anteriores: quais? sequelas? Informação sobre a doença atual: sabe o que tem? por quê está ali? o que será feito? - identificação de dúvidas para posterior esclarecimento com o médico Roteiro de Atendimento Situação hospitalar atual: sentimentos relativos ao desconhecido/novo (local, outras pacientes, enfermeiras, médicos...) Relação médico-paciente: anterior? atual? Dúvidas sobre a cirurgia?: identificação de dúvidas, reforço da importância de perguntar, esclarecer, informar-se sobre seu organismo/funcionamento; Roteiro de Atendimento Atendimento no Pós-cirúrgico: Reflexão acerca da cirurgia/internação: houve alívio/elevação da tensão inicial? por que? dores? perdas? elaboração do que aconteceu – fechamento; Expectativa ainda quanto a resultados de exames; Encaminhamento para alta: quando sairá? para onde irá? (relação/atenção da família), como e com quem irá embora? algo mudará quando chegar em casa? Encaminhamento para serviços de psicoterapia. Qual o papel do psicólogo dentro de uma equipe de saúde? O trabalho em equipe “ Como o trabalho em conjunto não significa que todos devam saber de tudo ou que todos façam tudo, a ideia de equipe remete antes a um campo de acolhimento, de subjetivação, em que cada profissional tem um lugar” (ROMANO, 1999, p. 80). Atribuições do psicólogo hospitalar RESOLUÇÃO CFP Nº 013/2007 Institui o Título Profissional de Especialista em Psicologia e dispõe sobre normas e procedimentos para seu registro. No trabalho com a equipe multidisciplinar ou interdisciplinar: Participa de decisões em relação à conduta a ser adotada pela equipe, aportando informações pertinentes à sua área de atuação. Atua através de grupo de reflexão, no qual o suporte e manejo estão voltados para possíveis dificuldades operacionais e/ou subjetivas dos membros da equipe. Multidisciplinar x interdisciplinar Equipe de Saúde Multidisciplinar Interdisciplinar Multidisciplinar x interdisciplinar (GALVAN, 2007) Multidisciplinaridade: conjunto de disciplinas que trata, simultaneamente, de umadada questão, sem que os profissionais implicados estabeleçam efetivas trocas entre si. Interdisciplinaridade: é marcada pela ação recíproca de um elemento sobre o outro havendo a troca de esquemas conceituais entre as equipes, instrumentos, técnicas e metodologia, ou seja, há um diálogo entre as disciplinas envolvidas que leva a um maior enriquecimento e transformação. “ Há necessidade de uma inter-relação entre os diferentes profissionais, que devem ver o paciente como um todo, tendo uma atitude humanizada. É de interesse que o psicólogo transmita seus conhecimentos e percepções do paciente aos membros da equipe, para que estas possam ter uma visão integral do paciente.” (CAMPOS, 1995, p.96,) Desafios da interdisciplinaridade (CAMPOS, 1995) Conscientizar os outros profissionais quanto a importância do trabalho interdisciplinar. Esclarecer aos outros membros do grupo a abrangência do atendimento psicológico. Ser o facilitador no processo de comunicação. Desafios da interdisciplinaridade (CAMPOS, 1995) Estar integrado na equipe e ser merecedor de sua confiança. Compreender e atuar na relação médico-paciente. “Dividir” o paciente com a equipe. Ter conhecimento mínimo sobre outras áreas da saúde. Atuando em conjunto com a equipe (MELLO FILHO; SILVEIRA, 2005) Interconsulta: é uma ação de saúde interprofissional e interdisciplinar que tem por objetivo integrar e promover a troca de saberes de diferentes atores que atuam nos serviços de saúde, visando o aprimoramento da tarefa assistencial. Consulta conjunta: reúne, na mesma cena, profissionais de diferentes categorias, o paciente e, se necessário, a família deste. Atuando na equipe de saúde “Os problemas derivados das características ambientais da unidade, do cuidado ao paciente, da necessidade de uma sólida base de conhecimentos e atuação interpessoal [...], aumentam a sobrecarga emocional dos responsáveis pela assistência a esses pacientes.”(BOTEGA, 2006, p. 402). SAÚDE DO TRABALHADOR “Configura um campo de conhecimentos e de práticas que tem como objetivo o estudo, a análise e a intervenção nas relações entre trabalho e saúde-doença” (CREPOP, 2008, p. 17). PSICOLOGIA HOSPITALAR Lida com o indivíduo particular, subjetivo. Trata dos aspectos simbólicos da doença. Entende que o paciente vem com a sua doença, sua família e com todas as implicações decorrentes desta intervenção em sua vida. Ser biopsicossocial. Conscientiza a pessoa a sair do lugar de passivo, para o lugar de participante do processo de saúde-doença. Tríade HOSPITAL PSICÓLOGO PACIENTE/FAMÍLIA CURSO DE EXTENSÃO EM PSICOLOGIA HOSPITALAR TEÓRICO E VIVENCIAL Intervenções psicológicas no hospital Profª. Daniele Baptista – CRP: 05/31955 ÁREAS DE ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO HOSPITALAR (ROMANO, 1999) Assistência psicológica Ensino Pesquisa FORMAS DE ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO HOSPITALAR (CFP, Resolução nº 013/2007) Atendimento psicoterapêutico Grupos psicoterapêuticos Grupos de psicoprofilaxia Atendimentos em ambulatório e Unidade de Terapia Intensiva Pronto atendimento Enfermarias em geral Psicomotricidade no contexto hospitalar Avaliação diagnóstica Psicodiagnóstico Consultoria e interconsulta FORMAS DE INTERVENÇÃO (ROMANO, 1999) Existem três níveis de intervenção do psicólogo em hospitais: A intervenção psicológica no hospital é a etapa final de um processo. Ela está intimamente ligada com o objetivo da avaliação e seu resultado. AS INTERVENÇÕES PSICOLÓGICAS DENTRO DO HOSPITAL PODEM SER REALIZADAS A PARTIR: Do local do hospital Da faixa etária do paciente Da patologia: clínica x cirúrgica Da perspectiva individual x coletiva Da relação com a instituição: cliente interno x cliente externo Dos níveis de atenção em saúde: primário, secundário e terciário INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA Locais do hospital Paciente, família e equipe de saúde AMBULATÓRIO – CARACTERÍSTICAS (ISMAEL, 2010; ROMANO, 1999) Local onde é realizada investigação especializada, tratamento e caso necessário, decide-se pela internação. Paciente procura o atendimento por demanda espontânea ou indicação médica. Pode estar agregado ao hospital ou não. Ambulatório de um hospital: casos mais complexos cuja intervenção está associada a maior tecnologia. Público alvo maior e heterogêneo. Ambulatório de um posto de saúde: destina-se à atenção primária da saúde de uma pequena comunidade que o cerca. Possui pouco ou nenhum arsenal diagnóstico. AMBULATÓRIO ASPECTOS PSICOEMOCIONAIS (ISMAEL, 2010; ROMANO, 1999) Variam de acordo com o motivo da busca ou encaminhamento ao atendimento ambulatorial. No caso do atendimento psicológico em ambulatório: Paciente vem encaminhado pelo médico. Sentimento de ter além da doença orgânica também uma doença mental. AMBULATÓRIO – INTERVENÇÃO (ISMAEL, 2010; ROMANO, 1999) Trabalhar por “programas”, ou seja, estabelecer metas e propostas a serem atingidas a partir de determinadas características. Ex.: Ambulatório de dor (INCA), ambulatório de adolescentes com fatores de risco cardiovascular (HUPE/UERJ). De acordo com a necessidade e possibilidade, intervir no grupo familiar. Intervir na queixa do paciente auxiliando-o na aceitação da doença e tornando-o ativo e participativo em seu processo de tratamento e cura. SETOR DE PRONTO ATENDIMENTO CARACTERÍSTICAS (BORGES, 2009; PEREZ, 2010) “A emergência tem o objetivo de atender adequadamente pacientes que, física ou psicologicamente, padeçam de enfermidade que se caracterize por mal-estar súbito e mereça atendimento rápido.” Porta de entrada da assistência médica. Necessidade constante de tomar decisões rápidas e eficientes na luta contra doença e morte. Imprevisibilidade, o inesperado é rotina. Estrutura com sobrecarga de trabalho. Taxa de mortalidade 5 vezes maior que nas unidades de internação. SETOR DE PRONTO ATENDIMENTO ALGUMAS SITUAÇÕES CLÍNICAS (BORGES, 2009; ALVES, 2010) Politraumatismo Alcoolismo Dependência química Tentativa de suicídio Crise de pânico Violência urbana Violência doméstica Abuso sexual SETOR DE PRONTO ATENDIMENTO ASPECTOS PSICOEMOCIONAIS (BORGES, 2009; PEREZ, 2010) Sentimento de ruptura, de descontinuidade do ser, do não saber sobre si e sobre o próprio corpo. Perplexidade frente o inesperado. Sensação de desamparo. Medo da proximidade da morte. Grande angustia sentida pelos familiares e acompanhantes. SETOR DE PRONTO ATENDIMENTO DESAFIOS DURANTE O ATENDIMENTO PSICOLÓGICO (PEREIRA, 2008) A duração do atendimento não é pré determinada. Todas as questões tratadas durante o atendimento necessitam ser encerradas. Frequentes interrupções durante o atendimento. Atenção especial ao sigilo profissional. Atuação rápida na urgência psíquica. SETOR DE PRONTO ATENDIMENTO INTERVENÇÃO (BORGES, 2009; PEREZ, 2010) Favorecer a utilização de recursos internos por parte do paciente e família, para um melhor lidar com a situação adversa. Flexibilizar as relações para que a equipe possa adaptar-se às necessidades do paciente e famíliae que esses também possam adaptar-se as necessidades da equipe. Com o paciente, buscar conhecer como este percebe e recebe os procedimentos a que está sendo submetido. Intermediar a relação da família com a equipe. Realizar encaminhamento a atendimento psicológico ambulatorial quando necessário. UNIDADES DE INTERNAÇÃO E ENFERMARIAS CARACTERÍSTICAS (ROMANO, 1999; ISMAEL, 2010) As unidades de internação e enfermarias, são a característica principal de um hospital. É o local reservado a receber pacientes que necessitam de assistência médica e de enfermagem por 24 horas em regime de internação. UNIDADES DE INTERNAÇÃO E ENFERMARIAS ASPECTOS PSICOEMOCIONAIS (ROMANO, 1999; ISMAEL, 2010) Sentimento de perda da individualidade Afastamento das tarefas e papeis sociais Brusca ruptura com o cotidiano Processo de despersonalização Passividade Agressividade Hospitalismo Proposta de Roteiro de Atendimento Registro: verificar prontuários/relatórios; Apresentação do Psicólogo – atendimento de rotina: eliminação de uma fonte de ansiedade; Atendimento no pré-cirúrgico: História da doença: como começou?, quando começou?, sua evolução, o que já fez (ou não) até o momento, como esta? Doenças anteriores: quais? sequelas? Informação sobre a doença atual: sabe o que tem? por quê está ali? o que será feito? - identificação de dúvidas para posterior esclarecimento com o médico Roteiro de Atendimento Situação hospitalar atual: sentimentos relativos ao desconhecido/novo (local, outras pacientes, enfermeiras, médicos...) Relação médico-paciente: anterior? atual? Dúvidas sobre a cirurgia?: identificação de dúvidas, reforço da importância de perguntar, esclarecer, informar-se sobre seu organismo/funcionamento; Roteiro de Atendimento Atendimento no Pós-cirúrgico: Reflexão acerca da cirurgia/internação: houve alívio/elevação da tensão inicial? por que? dores? perdas? elaboração do que aconteceu – fechamento; Expectativa ainda quanto a resultados de exames; Encaminhamento para alta: quando sairá? para onde irá? (relação/atenção da família), como e com quem irá embora? algo mudará quando chegar em casa? Encaminhamento para serviços de psicoterapia. UNIDADES DE INTERNAÇÃO E ENFERMARIAS INTERVENÇÃO (ROMANO, 1999; ISMAEL, 2010) Intervenção focal. Visar aspectos relacionados á doença, as dificuldades adaptativas à instituição hospitalar, o processo de adoecer e os meios diagnósticos. Sensibilizar o paciente quanto a importância da adesão ao tratamento durante a internação e após a alta hospitalar. Encaminhar para acompanhamento psicoterapêutico após a alta, quando necessário. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVES, J. G. O médico, o paciente e o atendimento de emergência no Brasil. In: MELLO FILHO, J. D. (Org.). Psicossomática hoje. 2. Porto Alegre: Artemed, 2010. cap. 39, p.472-477. ANGERAMI CAMON, V. A.; NICOLETTI, E. A.; CHIATTONE, H. B. D. C. O doente, a psicologia e o hospital. Pioneira, 1996. BORGES, E. S. Psicologia clínica hospitalar: trauma e emergência. São Paulo: Vetor, 2009. BOTEGA, N. J. Prática psiquiátrica no hospital geral: interconsulta e emergência. 2. Artmed, 2006. BRASIL. Ministério da saúde; Organização Pan-Americana do Brasil, Doenças relacionadas ao trabalho: manual de procedimentos para os serviços de saúde. Brasília: Ministério da Saúde do Brasil, 2001. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_relacionadas_trabal ho1.pdf>. Acesso em: 15 de Março de 2015. CAMPOS, T. C. P. Psicologia hospitalar: a atuação do psicólogo em hospitais. São Paulo: EPU, 1995. CFP. Conselho Federal de Psicologia. Resolução nº 013/2007. Institui a consolidação das resoluções relativas ao título profissional de especialista em psicologia e dispõe sobre normas e procedimentos para seu registro, 2007. Disponível em: <http://site.cfp.org.br/resolucoes/resolucao-n-13-2007/>. Acesso em: 14 de Março de 2007. DATASUS. Departamento de Informática do SUS. Taxa de incidência de acidentes e doenças do trabalho em segurados da Previdência Social. Casos doença do trabalho por região - Período 2011. IDB - Indicadores e Dados Básicos, 2012. Disponível em: <http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?idb2012/d06.def>. Acesso em: 15 de Março de 2015. GALVÁN, G. B. Equipes de saúde: o desafio da integração disciplinar. Revista da SBPH, v. 10, n. 2, p. 53-61, 2007. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1516- 08582007000200007&script=sci_arttext>. Acesso em: 14 de Março de 2015. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ISMAEL, S. M. C. A inserção do psicólogo no contexto hospitalar. In: ________. (Org.). A prática psicológica e sua interface com as doenças. 2. São Paulo: Casa do Psicólogo, v.1, 2010. p.17-35. MELLO FILHO, J. D.; SILVEIRA, L. M. C. D. Consulta conjunta: uma estratégia de capacitação para a atenção integral à saúde. Rev. bras. educ. méd, v. 29, n. 2, p. 147-151, 2005. Disponível em: <http://www.educacaomedica.org.br/edicoes/numero_int.php?nume ro=13>. Acesso em: 14 de Março de 2015. PEREIRA, J. A. Pronto socorro... Socorro e pronto? Reflexões sobre o trabalho do psicológico em unidade de emergência cardiológica. In: ALMEIDA, C. P. D. e RIBEIRO, A. L. A. (Org.). Psicologia em cardiologia: novas tendências. Campinas, SP: Editora Alínea, 2008. cap. 7, p.75-85. PEREZ, G. H. O psicólogo na unidade de emergência. In: ISMAEL, S. M. C. (Org.). A prática psicológica e sua interface com as doenças. 2, v.1, 2010. p.53-65. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ROMANO, B. W. Princípios para a prática da psicologia clínica em hospitais. São Paulo: Casa do psicólogo, 1999. SEBASTIANI, R. W. Atendimento psicológico no centro de terapia intensiva. In: ANGERAMI CAMON, V. A. (Org.). Psicologia hospitalar: teoria e prática. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003. cap. 2, p.29-71. SOUZA, R. D. et al. Manual rotinas de humanização em medicina intensiva. 2. São Paulo: Atheneu, 2010. STRAUB, R. O.; COSTA, R. C. Psicologia da saúde. Artmed, 2005. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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