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Aulas Curso de Extensão em Psi Hosp AHERJ Barra 2016.2

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Curso de Extensão em Psicologia Hospitalar 
 Teórico e Prático 
 
 
 
 
 
Coordenação Psi Márcia Velasco CRP 05/20600 
Programa 
 14/09 
 Profa. Márcia Velasco 
 
 *Apresentação do curso e dos alunos 
 *Hospital – definição e dinâmica 
 
Programa 
 21/09 
 Profa. Márcia Velasco 
 
* Concepção de Saúde e Doença 
Psicossomática 
*A Psicologia no Hospital 
 Objetivos e Campo de Atuação 
 
 
 
Programa 
 28/09 
 Profa. Márcia Velasco 
 
* Intervenções Psicológicas nos 
diversos setores do Hospital 
 
 
Programa 
 05/10 
 Profa. Daniele Baptista 
 
 Intervenções Psicológicas no CTI 
 
 
 
Programa 
 12/10 
 
 FERIADO 
Programa 
 19/10 
 Profa. Marcia Regina Costa 
 
Trabalho em equipe Interdisciplinar: o 
papel do psicólogo junto à equipe e 
o registro em prontuário. 
 
Programa 
 26/10 
 Profa. Daniele Baptista e Márcia 
Velasco 
 
*A morte no contexto hospitalar: 
atuação junto ao enlutado e a equipe 
de saúde. 
*Instruções para a prática 
*Vivência de situações hospitalares e a 
atuação do psicólogo 
 
Programa 
 02/11 
 FERIADO 
 PSICOLOGIA 
O que é 
HOSPITAL 
 Breve histórico 
 Definição 
 Características 
 
O Hospital - Histórico 
 Primeiro Momento - Na 
Antiguidade: 
 O Hospital era um local específico 
de isolamento onde as caridades 
eram exercidas. 
 Não havia uma definição de doença. 
O doente era qualquer pessoa que a 
sociedade desejasse excluir. 
O Hospital - Histórico 
 Segundo Momento: Dá-se a 
importância da Fisiopatologia e 
Etiopatologia. 
 O Hospital passou a ser um local de 
encaminhamento dos doentes para 
cuidados por pessoas 
especializadas/médico e local de 
formação/construção do saber e 
prevenção. 
O Hospital - Histórico 
 Terceiro Momento: Sec. XX/XXI, o 
hospital além de curar, local de 
registro e de formação e prevenção. 
 
 Passa a ser um local de alta 
tecnologia e de pesquisas. 
O Hospital 
 Lugar de uma complexa rede de 
profissionais e normas 
estabelecidas; 
 
 Lugar onde muitas pessoas 
trabalham e circulam diariamente; 
 
 Organização com seus objetivos, 
missão e hierarquia. 
O Hospital 
 Local de acontecimentos 
inesperados, onde as perdas das 
pessoas internadas são constantes: 
 
 Perda de uma condição de saúde; 
 
 Perda da privacidade; 
 
 Perda da autonomia 
 
 
Definição da OMS 
 “O Hospital é a parte integrante de 
um sistema coordenado de saúde, 
cuja função é dispensar à 
comunidade completa assistência à 
saúde, tanto curativa quanto 
preventiva, incluindo serviços 
extensivos à família, em seu 
domicílio e ainda em centro de 
formação para os que trabalham no 
campo da saúde e para as 
pesquisas biossociais.” 
Internação 
 Rotina hospitalar x individualidade 
 
 
 Exames e conduta clínica invasiva 
 
 
O Paciente 
 A rotina de sua vida será alterada, 
passará por um estado de privação, 
isolamento, sua vida entregue a 
outras pessoas(profissionais de 
saúde). 
 
 Se sentirá desamparado. 
 
 Sofrerá a DESPERSONALIZAÇÃO 
 
 
 
ADOECER SEGUNDO A 
PSICOSSOMÁTICA 
 Escola Brasileira de Psicossomática 
 Definição de doença e adoecer 
 Visão biopsicossocial 
ADOECER 
 
 O indivíduo tem um modo de viver e , 
portanto, um modo de adoecer. 
 
 M.Filho : “a biografia de cada paciente 
explica as suas possibilidade de 
adoecer”. 
 
ADOECER 
A DOENÇA DE CADA UM 
 
 A primeira noção a considerar é a da 
existência no organismo de todos nós, 
locais ou órgãos de menos resistência. 
Essa fraqueza seria constitucional e 
genética. 
 
 Há também, o valor simbólico do 
órgão e sua relação com o conflito 
psíquico da pessoa. 
 
PSICOSSOMÁTICA 
 
 Para a psicossomática o ser só pode ser 
visto e entendido como um ser 
biopsicossocial. 
 
 A psicossomática vai de encontro a 
definição de saúde da OMS (1948): 
Saúde é o bem estar biopsicossocial e 
não apenas a ausência de doença. 
PSICOSSOMÁTICA 
 ESCOLA BRASILEIRA – DANILO 
PERESTRELLO 
 1965 – Cria-se a Sociedade Brasileira 
de Medicina Psicossomática 
 Funda a Medicina da Pessoa 
 “A existência da pessoa é que 
determina a doença”. 
 “A doença não é psicossomática mais a 
pessoa que é psicossomática”. 
DOENÇA 
 
 
 A doença, seja ela qual for, pode ser entendida 
como um desequilíbrio no interior do ser vivo 
(soma e psique) e em sua interação com o 
ambiente que o cerca. 
 
 O desequilíbrio no organismo pode vir tanto do 
interior do indivíduo quanto do meio externo. A 
primeira reação do organismo é tentar 
restabelecer o equilíbrio. 
DOENÇA 
 O processo saúde/doença dependerá da 
conjunção da carga genética da pessoa e dos 
fatores de risco a que se expõe ao longo da 
vida. Sendo modulada sempre pela interação 
do ser humano com seus aspectos psíquicos e 
com o meio social. 
 
 A doença acontece como decorrência de vários 
fatores, pluricausalidade ou multifatorial, e não 
por um único agente. É uma conjunção de 
causas externas e internas 
 
 
 
 ADOECER 
 O adoecer também é entendido como a 
incapacidade da pessoa de exprimir de forma 
adequada(inclusive verbalmente) suas 
emoções, fazendo-o pois, pela linguagem dos 
órgãos. 
 
 É a impossibilidade de exteriorizar o seu 
desejo, as suas necessidades ou o seu 
sofrimento. 
 
 ADOECER 
 Outro motivo para embasar o adoecer 
é o desejo de autopunição. 
 
 Refere-se a pessoa que se sentem 
culpadas e merecedoras de castigo. 
 
 
 
NECESSIDADE DE ADOECER 
Outra razão que justifica a opção 
pelo adoecer, são os chamados 
ganhos secundários da doença que, 
em nossa cultura, a doença orgânica 
traz consigo. Ao adoecer, o indivíduo 
regride, como se voltasse a ser 
criança, passando a ser objeto de 
afeições e carinhos especiais e a ser 
merecedor da indulgência dos outros. 
 
NECESSIDADE DE 
ADOECER 
Outra vantagem de natureza mais 
prática, é que a pessoa doente está 
isenta dos papéis sociais normais: 
não precisa ganhar seu sustento, 
trabalhar, etc. 
 
 
 Psicologia Hospitalar 
 
Psicologia no Contexto Hospitalar: diversidade e prática 
A História da inserção do psicólogo no 
contexto hospitalar 
 
 
 
 Márcia Velasco 
 
 
Nossa História 
 Início em 1954 com a psicóloga 
Matilde Neder na então Clínica 
Ortopética e Traumatológica da 
Universidade de São Paulo. 
 
 Hoje o Instituto de Ortopedia e 
Traumatologia do Hospital das 
Clínicas da Faculdade de Medicina 
de São Paulo (USP) 
Matilde Neder (1954) 
 Convidada a acompanhar os 
pacientes submetidos à cirurgia de 
coluna. 
 
 Seu trabalho consistia em preparar 
esses pacientes para a cirurgia, 
bem como para a recuperação pós-
cirúrgica. 
Matilde Neder (1957) 
 É transferida para o Instituto 
Nacional de Reabilitação da USP. 
 
 Suas atividades ganham 
notoriedade e são expostas no 
 I Seminário do Instituto de 
Reabilitação da Faculdade de 
Medicina da USP - 1959 
Matilde Neder 
 Neste Seminário ela expos suas 
preocupações com os pacientes, 
com o serviço e principalmente com 
o psicólogo que estava entrando em 
um ambiente desconhecido. 
Bellkiss Romano (1974) 
 É convidada a organizar e implantar 
o Serviço de Psicologia do Instituto 
do Coração do Hospital das Clínicas 
da Faculdadede Medicina da USP. 
 
Bellkiss Romano (1976) 
 1º. Curso : “Atuação do Psicólogo 
no Hospital” na PUC-SP sob a 
responsabilidade de Bellkiss. 
Matilde e Bellkiss 
 Após essas duas pioneiras, Matilde 
e Bellkiss, muitos outros surgiram 
com trabalhos interessantes, 
complementares, inovadores, mas 
principalmente comprometidos com 
a ética, a formação e a dignidade do 
profissional e da profissão. 
Valdemar A. Angerami-
Camon(1981) 
 Implanta no Instituto Sedes 
Sapientiae o 1º Curso de 
Especialização em Psicologia 
Hospitalar. 
 
 O aprimoramento do psicólogo se 
achava cada vez mais necessário 
Marli Rosani Meleti (1982) 
 Normatiza o Setor de Psicologia do 
Serviço de Oncologia Ginecológica 
da Real e Benemérita Sociedade 
Portuguesa de Beneficência. 
 
 Os procedimentos passaram a ser 
explicados e discutidos com os 
pacientes e seus familiares. 
Heloisa Benevides C Chiattone 
(1982) 
 Implanta o serviço de atendimento 
psicológico para mães e crianças 
hospitalizadas na Pediatria do 
Hospital Brigadeiro – SP. 
Pesquisa Bellkiss Romano 
1987 
 A maior concentração do 
trabalho dos psicólogos em 
hospitais era em SP, RJ, Paraná 
e MG 
 
Os Psicólogos se encontravam 
na: Psiquiatria, Pediatria , 
Cardiologia e Obstetrícia. 
 
Pesquisa Bellkiss Romano 
1997 
 Continua maior concentração 
em SP, seguido de MG, RJ e 
Paraná 
 
Nas Especialidade - redução na 
psiquiatria e pediatria e 
aumento significativo nos 
serviços de doenças infecto 
contagiosas 
 
 
I CONGRESSO 
 O I Congresso Brasileiro de 
Psicologia Hospitalar foi em Agosto 
de 1997 em São Paulo. 
 
 
Finalizando... 
 Sucessivas conquistas foram 
alcançadas até o dia de hoje. 
 Cada vez mais os profissionais se 
empenham em aprofundar e 
desenvolver um trabalho melhor 
dentro do hospital através da 
assistência interdisciplinar e sob 
uma visão biopsicossocial. 
 
 
 
 
 
 Psicologia Hospitalar 
O QUE O PSICÓLOGO FAZ NO HOSPITAL 
 
 
 
 Márcia Velasco 
 
 
O Psicólogo no Hospital 
 Se insere para administrar as 
diferentes demandas, na tentativa 
de convertê-las em algo que 
beneficie a todos. 
 
 Tem que se preparar para lidar com 
a dor, com a doença e a morte. 
 
O Psicólogo no Hospital 
 Procura investigar a vivência da 
pessoa doente; 
 Procura dar voz/sentido a dor de 
quem sofre; 
 Trabalha as relações interpessoais. 
O Psicólogo no Hospital 
 Deve favorecer o trabalho 
interprofissional, facilitando a 
comunicação entre os membros da 
equipe; 
 
 Atua como um mediador na relação 
paciente x equipe x família 
DEFINIÇÃO E ATUAÇÃO DO 
PSICÓLOGO HOSPITALAR 
SEGUNDO O CFP O PSICÓLOGO 
HOSPITALAR É: 
 O Profissional que atua em 
Instituições de Saúde, participando 
da prestação de serviços da atenção 
à saúde. 
 Atende pacientes, familiares e/ou 
responsáveis pelo paciente; 
DEFINIÇÃO DO CFP 
 
 Atende membros da equipe 
multidisciplinar e eventualmente 
administrativa, visando o bem estar 
físico e emocional do paciente. 
 
DEFNIÇÃO DO CFP 
 Oferece e desenvolve atividades em 
diferentes níveis de tratamento; 
 
 Sua principal tarefa é a avaliação e 
acompanhamento de intercorrências 
psíquicas dos pacientes, visando 
basicamente a promoção e/ou 
recuperação da saúde física e 
mental. 
DEFINIÇÃO DO CFP 
 Promove intervenções direcionadas 
à relação médico/paciente, 
paciente/família, paciente/paciente 
e do paciente em relação ao 
processo de adoecer, hospitalização 
e repercussões emocionais que 
emergem neste processo. 
 
DEFINIÇÃO DO CFP 
 O acompanhamento pode ser a 
pacientes em atendimento clínico ou 
cirúrgico, nas diferentes 
especialidades médicas. 
 Podem ser desenvolvidas diferentes 
modalidade de intervenções, dentre 
elas destacam-se: 
 atendimento psicoterapêutico, 
 grupos psicoterapêuticos, 
 grupos de prevenção, 
 atendimento individual em 
ambulatórios, enfermarias, UTI, 
pronto atendimento, 
psicodiagnóstico, consulta e 
interconsulta. 
Na equipe multiprofissional 
e interdisciplinar 
 Participa de decisões em relação a 
conduta a ser adotada pela equipe, 
objetivando promover apoio e 
segurança ao paciente e família, 
aportando informações pertinentes 
à sua área de atuação, bem como 
na forma de grupo de reflexão, no 
qual o suporte e manejo estão 
voltados para possíveis dificuldades 
operacionais e/ou subjetivas dos 
membros da equipe”. 
DEFINIÇÃO 
 A Psicologia Hospitalar tem sido 
definida como um agregado de 
contribuições específicas das áreas 
educacional, clínica, científica e 
institucional. Que visa a promoção e 
manutenção da saúde integral do 
ser humano. Pode promover, ainda, 
a análise, formação e melhoria do 
sistema de saúde. 
 
 
Objetivos 
 Minimizar o sofrimento na 
hospitalização; 
 Contribuir para um trabalho 
humanizado e em equipe; 
 Resgatar e respeitar a pessoa que 
esta doente. 
Proposta de Roteiro de Atendimento 
 Registro: verificar prontuários/relatórios; 
 
 Apresentação do Psicólogo – atendimento de 
rotina: eliminação de uma fonte de ansiedade; 
 
Atendimento no pré-cirúrgico: 
 
 História da doença: como começou?, quando 
começou?, sua evolução, o que já fez (ou não) até 
o momento, como esta? 
 
 Doenças anteriores: quais? sequelas? 
 
 Informação sobre a doença atual: sabe o que 
tem? por quê está ali? o que será feito? - 
identificação de dúvidas para posterior 
esclarecimento com o médico 
 
Roteiro de Atendimento 
 Situação hospitalar atual: sentimentos 
relativos ao desconhecido/novo (local, 
outras pacientes, enfermeiras, médicos...) 
 
 Relação médico-paciente: anterior? atual? 
 
 Dúvidas sobre a cirurgia?: identificação 
de dúvidas, reforço da importância de 
perguntar, esclarecer, informar-se sobre 
seu organismo/funcionamento; 
 
 
 
Roteiro de Atendimento 
Atendimento no Pós-cirúrgico: 
 
 Reflexão acerca da cirurgia/internação: houve 
alívio/elevação da tensão inicial? por que? dores? 
perdas? elaboração do que aconteceu – 
fechamento; 
 
 Expectativa ainda quanto a resultados de exames; 
 
 Encaminhamento para alta: quando sairá? para 
onde irá? (relação/atenção da família), como e com 
quem irá embora? algo mudará quando chegar em 
casa? 
 
 Encaminhamento para serviços de psicoterapia. 
 
 
Qual o papel do psicólogo dentro 
de uma equipe de saúde? 
O trabalho em equipe 
“ Como o trabalho em conjunto não 
significa que todos devam saber de 
tudo ou que todos façam tudo, a ideia 
de equipe remete antes a um campo 
de acolhimento, de subjetivação, em 
que cada profissional tem um lugar” 
(ROMANO, 1999, p. 80). 
Atribuições do psicólogo hospitalar 
RESOLUÇÃO CFP Nº 013/2007 
Institui o Título Profissional de Especialista 
em Psicologia e dispõe sobre normas e 
procedimentos para seu registro. 
 No trabalho com a equipe 
multidisciplinar ou interdisciplinar: 
 Participa de decisões em relação à conduta 
a ser adotada pela equipe, aportando 
informações pertinentes à sua área de 
atuação. 
 Atua através de grupo de reflexão, no qual 
o suporte e manejo estão voltados para 
possíveis dificuldades operacionais e/ou 
subjetivas dos membros da equipe. 
 
Multidisciplinar x interdisciplinar 
Equipe de Saúde 
Multidisciplinar Interdisciplinar 
Multidisciplinar x interdisciplinar 
(GALVAN, 2007) 
Multidisciplinaridade: conjunto de 
disciplinas que trata, simultaneamente, de 
umadada questão, sem que os profissionais 
implicados estabeleçam efetivas trocas entre 
si. 
Interdisciplinaridade: é marcada pela ação 
recíproca de um elemento sobre o outro 
havendo a troca de esquemas conceituais 
entre as equipes, instrumentos, técnicas e 
metodologia, ou seja, há um diálogo entre as 
disciplinas envolvidas que leva a um maior 
enriquecimento e transformação. 
 
“ Há necessidade de uma inter-relação entre os 
diferentes profissionais, que devem ver o 
paciente como um todo, tendo uma atitude 
humanizada. É de interesse que o psicólogo 
transmita seus conhecimentos e percepções do 
paciente aos membros da equipe, para que 
estas possam ter uma visão integral do 
paciente.” (CAMPOS, 1995, p.96,) 
 
Desafios da interdisciplinaridade 
(CAMPOS, 1995) 
 Conscientizar os outros 
profissionais quanto a 
importância do trabalho 
interdisciplinar. 
 Esclarecer aos outros membros 
do grupo a abrangência do 
atendimento psicológico. 
 Ser o facilitador no processo de 
comunicação. 
 
Desafios da interdisciplinaridade 
(CAMPOS, 1995) 
 Estar integrado na 
equipe e ser merecedor 
de sua confiança. 
 
 Compreender e atuar na 
relação médico-paciente. 
 
 “Dividir” o paciente com 
a equipe. 
 
 Ter conhecimento 
mínimo sobre outras 
áreas da saúde. 
 
Atuando em conjunto com a 
equipe 
(MELLO FILHO; SILVEIRA, 2005) 
Interconsulta: é uma ação de saúde 
interprofissional e interdisciplinar que tem por 
objetivo integrar e promover a troca de 
saberes de diferentes atores que atuam nos 
serviços de saúde, visando o aprimoramento 
da tarefa assistencial. 
 
Consulta conjunta: reúne, na mesma cena, 
profissionais de diferentes categorias, o 
paciente e, se necessário, a família deste. 
Atuando na equipe de saúde 
 
“Os problemas derivados das 
características ambientais da unidade, do 
cuidado ao paciente, da necessidade de 
uma sólida base de conhecimentos e 
atuação interpessoal [...], aumentam a 
sobrecarga emocional dos responsáveis 
pela assistência a esses 
pacientes.”(BOTEGA, 2006, p. 402). 
 SAÚDE DO TRABALHADOR 
 “Configura um campo de conhecimentos e 
de práticas que tem como objetivo o estudo, 
a análise e a intervenção nas relações entre 
trabalho e saúde-doença” (CREPOP, 2008, p. 
17). 
PSICOLOGIA HOSPITALAR 
 Lida com o indivíduo particular, subjetivo. 
 
 Trata dos aspectos simbólicos da doença. 
 
 Entende que o paciente vem com a sua 
doença, sua família e com todas as 
implicações decorrentes desta intervenção 
em sua vida. Ser biopsicossocial. 
 
 Conscientiza a pessoa a sair do lugar de 
passivo, para o lugar de participante do 
processo de saúde-doença. 
 
 Tríade 
 
 HOSPITAL 
 
 
 
 PSICÓLOGO PACIENTE/FAMÍLIA 
CURSO DE EXTENSÃO EM PSICOLOGIA HOSPITALAR 
TEÓRICO E VIVENCIAL 
Intervenções psicológicas no 
hospital 
Profª. Daniele Baptista – CRP: 05/31955 
 
ÁREAS DE ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO 
HOSPITALAR (ROMANO, 1999) 
 Assistência psicológica 
 
 
 Ensino 
 
 
 Pesquisa 
FORMAS DE ATUAÇÃO DO 
PSICÓLOGO HOSPITALAR (CFP, Resolução nº 
013/2007) 
 Atendimento psicoterapêutico 
 Grupos psicoterapêuticos 
 Grupos de psicoprofilaxia 
 Atendimentos em ambulatório e Unidade 
de Terapia Intensiva 
 Pronto atendimento 
 Enfermarias em geral 
 Psicomotricidade no contexto hospitalar 
 Avaliação diagnóstica 
 Psicodiagnóstico 
 Consultoria e interconsulta 
 
FORMAS DE INTERVENÇÃO (ROMANO, 1999) 
 Existem três níveis de intervenção do 
psicólogo em hospitais: 
 
 A intervenção psicológica no hospital é a 
etapa final de um processo. 
 
 
 Ela está intimamente ligada com o 
objetivo da avaliação e seu resultado. 
 
AS INTERVENÇÕES PSICOLÓGICAS DENTRO 
DO HOSPITAL PODEM SER REALIZADAS A 
PARTIR: 
 Do local do hospital 
 Da faixa etária do paciente 
 Da patologia: clínica x cirúrgica 
 Da perspectiva individual x coletiva 
 Da relação com a instituição: cliente 
interno x cliente externo 
 Dos níveis de atenção em saúde: primário, 
secundário e terciário 
 
INTERVENÇÃO 
PSICOLÓGICA 
Locais do 
hospital 
Paciente, 
família e equipe 
de saúde 
AMBULATÓRIO – CARACTERÍSTICAS 
(ISMAEL, 2010; ROMANO, 1999) 
 Local onde é realizada investigação 
especializada, tratamento e caso 
necessário, decide-se pela internação. 
 
 Paciente procura o atendimento por 
demanda espontânea ou indicação médica. 
 
 Pode estar agregado ao hospital ou não. 
 Ambulatório de um hospital: casos mais 
complexos cuja intervenção está associada a 
maior tecnologia. Público alvo maior e 
heterogêneo. 
 Ambulatório de um posto de saúde: destina-se 
à atenção primária da saúde de uma pequena 
comunidade que o cerca. Possui pouco ou 
nenhum arsenal diagnóstico. 
AMBULATÓRIO 
ASPECTOS PSICOEMOCIONAIS 
(ISMAEL, 2010; ROMANO, 1999) 
 Variam de acordo com o motivo da busca ou 
encaminhamento ao atendimento 
ambulatorial. 
 
 No caso do atendimento psicológico em 
ambulatório: 
 Paciente vem encaminhado pelo médico. 
 Sentimento de ter além da doença orgânica 
também uma doença mental. 
 
 
AMBULATÓRIO – INTERVENÇÃO 
(ISMAEL, 2010; ROMANO, 1999) 
 Trabalhar por “programas”, ou seja, 
estabelecer metas e propostas a serem 
atingidas a partir de determinadas 
características. 
Ex.: Ambulatório de dor (INCA), ambulatório de 
adolescentes com fatores de risco 
cardiovascular (HUPE/UERJ). 
 
 De acordo com a necessidade e possibilidade, 
intervir no grupo familiar. 
 
 Intervir na queixa do paciente auxiliando-o na 
aceitação da doença e tornando-o ativo e 
participativo em seu processo de tratamento e 
cura. 
SETOR DE PRONTO ATENDIMENTO 
CARACTERÍSTICAS (BORGES, 2009; PEREZ, 2010) 
 “A emergência tem o objetivo de atender 
adequadamente pacientes que, física ou 
psicologicamente, padeçam de enfermidade 
que se caracterize por mal-estar súbito e 
mereça atendimento rápido.” 
 Porta de entrada da assistência médica. 
 Necessidade constante de tomar decisões 
rápidas e eficientes na luta contra doença e 
morte. 
 Imprevisibilidade, o inesperado é rotina. 
 Estrutura com sobrecarga de trabalho. 
 Taxa de mortalidade 5 vezes maior que nas 
unidades de internação. 
 
SETOR DE PRONTO ATENDIMENTO 
ALGUMAS SITUAÇÕES CLÍNICAS 
(BORGES, 2009; ALVES, 2010) 
 Politraumatismo 
 Alcoolismo 
 Dependência química 
 Tentativa de suicídio 
 Crise de pânico 
 Violência urbana 
 Violência doméstica 
 Abuso sexual 
SETOR DE PRONTO ATENDIMENTO 
ASPECTOS PSICOEMOCIONAIS 
(BORGES, 2009; PEREZ, 2010) 
 Sentimento de ruptura, de descontinuidade do 
ser, do não saber sobre si e sobre o próprio 
corpo. 
 Perplexidade frente o inesperado. 
 Sensação de desamparo. 
 Medo da proximidade da morte. 
 Grande angustia sentida pelos familiares e 
acompanhantes. 
SETOR DE PRONTO ATENDIMENTO 
DESAFIOS DURANTE O ATENDIMENTO 
PSICOLÓGICO (PEREIRA, 2008) 
 A duração do atendimento não é pré 
determinada. 
 Todas as questões tratadas durante o 
atendimento necessitam ser encerradas. 
 Frequentes interrupções durante o 
atendimento. 
 Atenção especial ao sigilo profissional. 
 Atuação rápida na urgência psíquica. 
 
SETOR DE PRONTO ATENDIMENTO 
INTERVENÇÃO (BORGES, 2009; PEREZ, 2010) 
 Favorecer a utilização de recursos internos por 
parte do paciente e família, para um melhor 
lidar com a situação adversa. 
 Flexibilizar as relações para que a equipe 
possa adaptar-se às necessidades do paciente 
e famíliae que esses também possam 
adaptar-se as necessidades da equipe. 
 Com o paciente, buscar conhecer como este 
percebe e recebe os procedimentos a que está 
sendo submetido. 
 Intermediar a relação da família com a 
equipe. 
 Realizar encaminhamento a atendimento 
psicológico ambulatorial quando necessário. 
UNIDADES DE INTERNAÇÃO E ENFERMARIAS 
CARACTERÍSTICAS (ROMANO, 1999; ISMAEL, 2010) 
 As unidades de internação e enfermarias, são a 
característica principal de um hospital. É o local 
reservado a receber pacientes que necessitam de 
assistência médica e de enfermagem por 24 horas 
em regime de internação. 
 
 
UNIDADES DE INTERNAÇÃO E ENFERMARIAS 
ASPECTOS PSICOEMOCIONAIS 
(ROMANO, 1999; ISMAEL, 2010) 
 Sentimento de perda da individualidade 
 Afastamento das tarefas e papeis sociais 
 Brusca ruptura com o cotidiano 
 Processo de despersonalização 
 Passividade 
 Agressividade 
 Hospitalismo 
 
 
Proposta de Roteiro de Atendimento 
 Registro: verificar prontuários/relatórios; 
 
 Apresentação do Psicólogo – atendimento de 
rotina: eliminação de uma fonte de ansiedade; 
 
Atendimento no pré-cirúrgico: 
 
 História da doença: como começou?, quando 
começou?, sua evolução, o que já fez (ou não) até 
o momento, como esta? 
 
 Doenças anteriores: quais? sequelas? 
 
 Informação sobre a doença atual: sabe o que 
tem? por quê está ali? o que será feito? - 
identificação de dúvidas para posterior 
esclarecimento com o médico 
 
Roteiro de Atendimento 
 Situação hospitalar atual: sentimentos 
relativos ao desconhecido/novo (local, 
outras pacientes, enfermeiras, médicos...) 
 
 Relação médico-paciente: anterior? atual? 
 
 Dúvidas sobre a cirurgia?: identificação 
de dúvidas, reforço da importância de 
perguntar, esclarecer, informar-se sobre 
seu organismo/funcionamento; 
 
 
 
Roteiro de Atendimento 
Atendimento no Pós-cirúrgico: 
 
 Reflexão acerca da cirurgia/internação: houve 
alívio/elevação da tensão inicial? por que? dores? 
perdas? elaboração do que aconteceu – 
fechamento; 
 
 Expectativa ainda quanto a resultados de exames; 
 
 Encaminhamento para alta: quando sairá? para 
onde irá? (relação/atenção da família), como e com 
quem irá embora? algo mudará quando chegar em 
casa? 
 
 Encaminhamento para serviços de psicoterapia. 
 
 
UNIDADES DE INTERNAÇÃO E ENFERMARIAS 
INTERVENÇÃO 
(ROMANO, 1999; ISMAEL, 2010) 
 Intervenção focal. 
 Visar aspectos relacionados á doença, as dificuldades 
adaptativas à instituição hospitalar, o processo de 
adoecer e os meios diagnósticos. 
 Sensibilizar o paciente quanto a importância da adesão 
ao tratamento durante a internação e após a alta 
hospitalar. 
 Encaminhar para acompanhamento psicoterapêutico 
após a alta, quando necessário. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ALVES, J. G. O médico, o paciente e o atendimento de emergência no 
Brasil. In: MELLO FILHO, J. D. (Org.). Psicossomática hoje. 2. Porto 
Alegre: Artemed, 2010. cap. 39, p.472-477. 
 
ANGERAMI CAMON, V. A.; NICOLETTI, E. A.; CHIATTONE, H. B. D. C. O 
doente, a psicologia e o hospital. Pioneira, 1996. 
 
BORGES, E. S. Psicologia clínica hospitalar: trauma e emergência. São 
Paulo: Vetor, 2009. 
 
BOTEGA, N. J. Prática psiquiátrica no hospital geral: interconsulta e 
emergência. 2. Artmed, 2006. 
 
BRASIL. Ministério da saúde; Organização Pan-Americana do Brasil, 
Doenças relacionadas ao trabalho: manual de procedimentos para os 
serviços de saúde. Brasília: Ministério da Saúde do Brasil, 2001. Disponível 
em: 
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_relacionadas_trabal
ho1.pdf>. Acesso em: 15 de Março de 2015. 
 
CAMPOS, T. C. P. Psicologia hospitalar: a atuação do psicólogo em 
hospitais. São Paulo: EPU, 1995. 
 
CFP. Conselho Federal de Psicologia. Resolução nº 013/2007. 
Institui a consolidação das resoluções relativas ao título profissional de 
especialista em psicologia e dispõe sobre normas e procedimentos para 
seu registro, 2007. Disponível em: 
<http://site.cfp.org.br/resolucoes/resolucao-n-13-2007/>. Acesso em: 
14 de Março de 2007. 
 
DATASUS. Departamento de Informática do SUS. Taxa de incidência 
de acidentes e doenças do trabalho em segurados da 
Previdência Social. Casos doença do trabalho por região - 
Período 2011. IDB - Indicadores e Dados Básicos, 2012. Disponível 
em: <http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?idb2012/d06.def>. 
Acesso em: 15 de Março de 2015. 
 
GALVÁN, G. B. Equipes de saúde: o desafio da integração disciplinar. 
Revista da SBPH, v. 10, n. 2, p. 53-61, 2007. Disponível em: 
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1516-
08582007000200007&script=sci_arttext>. Acesso em: 14 de Março de 
2015. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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In: ________. (Org.). A prática psicológica e sua interface com 
as doenças. 2. São Paulo: Casa do Psicólogo, v.1, 2010. p.17-35. 
 
MELLO FILHO, J. D.; SILVEIRA, L. M. C. D. Consulta conjunta: uma 
estratégia de capacitação para a atenção integral à saúde. Rev. 
bras. educ. méd, v. 29, n. 2, p. 147-151, 2005. Disponível em: 
<http://www.educacaomedica.org.br/edicoes/numero_int.php?nume
ro=13>. Acesso em: 14 de Março de 2015. 
 
PEREIRA, J. A. Pronto socorro... Socorro e pronto? Reflexões sobre 
o trabalho do psicológico em unidade de emergência cardiológica. 
In: ALMEIDA, C. P. D. e RIBEIRO, A. L. A. (Org.). Psicologia em 
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PEREZ, G. H. O psicólogo na unidade de emergência. In: ISMAEL, 
S. M. C. (Org.). A prática psicológica e sua interface com as 
doenças. 2, v.1, 2010. p.53-65. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ROMANO, B. W. Princípios para a prática da psicologia clínica 
em hospitais. São Paulo: Casa do psicólogo, 1999. 
 
SEBASTIANI, R. W. Atendimento psicológico no centro de terapia 
intensiva. In: ANGERAMI CAMON, V. A. (Org.). Psicologia 
hospitalar: teoria e prática. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 
2003. cap. 2, p.29-71. 
 
SOUZA, R. D. et al. Manual rotinas de humanização em 
medicina intensiva. 2. São Paulo: Atheneu, 2010. 
 
STRAUB, R. O.; COSTA, R. C. Psicologia da saúde. Artmed, 2005. 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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