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Resumo av1 Penal I - Gilson

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Resumo - Penal 
Princípios limitadores de poder
Princípio da legalidade (art. 5º da CF): Não há crime sem lei anterior que o anteceda.
Princípio da anterioridade da lei penal: A lei não retroagirá senão em benefício do réu
Princípio do ne bis in idem: O agente não poderá ser julgado duas vezes pelo mesmo ato.
Princípio da insignificância ou bagatela: O Direito penal não deve se preocupar com delitos de baixa significância, como o furto de um chiclete. 
Princípio da taxatividade: A lei deve ser clara e objetiva afim de saber seu intuito e suas consequências.
Princípio da instranscedência: Somente o agente causador da ação pode ser julgado pelo tal ato, não podendo ser passado para terceiros.
Princípio da ofensividade: Não é crime se não houver ameaça ou lesão ao bem jurídico.
Princípio da intervenção mínima: O direito penal só deve intervir se os outros ramos do direito não solucionarem o problema.
Principio da adequação social: As condutas que forem adequadas socialmente, não se importará o direito penal intervi-las.
Princípio da proporcionalidade: O legislador não pode cominar pena leve a um crime grave nem uma pena alta a um crime brando.
Princípio da humanização da pena: Não pode ser violada a humanização do ser humana em efeito das consequências de seu crime.
Princípio da culpabilidade: A pessoa só pode responder criminalmente se agir com dolo ou culpa.
Conflito aparente da norma (SECA)
Princípio da especialidade: Quando houver conflito de normas sempre deverá ser aplicada a lei especial.
Princípio da subsidiariedade (soldado de reserva): Se um crime mais grave não puder ser aplicado, entrará um mais leve. 
Ex.: Estacionamento ilegal
- Tácita: Quando expressamente se diz secundária
- Expressa: Ocorre quando um crime menor está implícito na descrição do crime maior (Furto está no roubo)
Princípio da consunção (absorção): Um crime constitui meio necessário para preparação ou execução de outro delito. Em outras palavras, o agente, para satisfazer sua intenção criminosa, pratica dois ou mais crimes, estabelecendo entre os mesmo uma relação de meio e fim. 
Ex.: A matou B mas para realização do fato teve que invadir o domicilio de B. A responderá por homicídio (art. 121), visto que pelo princípio em questão, o crime fim (homicídio) absorve o crime meio (violação de domicílio).
 - Antefactum impunível: O agente comete um fato para a realização de outro mais grave. Ex.: Ameaçar alguém a tirar a roupa para que haja um estupro (Grave ameaça + estupro)
- Post factum impunível: Após a realização da conduta, o agente ataca novamente objetivando tirar proveito da prática anterior: 
Ex.: O agente furta um objeto e o destrói depois, ele não responde por furto e dano, somente por furto.
- Crime progressivo: Para o agente chegar no crime mais grave ele passa por crimes menores. A intenção do agente já é o crime maior.
Ex.: Para ocorrer o homicídio geralmente ocorre lesão corporal.
- Crime progressão criminosa: Ocorre quando um crime o agente começa com um crime menos grave porém nessa mesma ação, resolve praticar uma ação mais grave que absorve a primeira.
Ex.: O agente começa desferindo socos e pontapés (Lesão corporal) depois decide matar a vítima (Homicídio).
Princípio da alternatividade: Aplica-se este princípio para o crime plurinuclear, quando várias condutas configuram um mesmo crime.
Ex.: Art. 33 da lei 11.343/06
Normal penal 
Normal penal incriminadora: São todos os artigos incriminantes do código penal.
Normal penal em branco: São aquelas normas que necessitam de um complemento para serem entendido.
- Homogêneas: Tem sua complementação na mesma fonte legislativa.
Ex.: Art.237 CP c/c art. 1521 CC
- Heterogêneas: É quando sua complementação está fonte legislativa diferente.
Ex.: Lei de drogas complementada por autarquias federais, ANVISA e ministério da saúde.
Norma penal não incriminadora: As normas penais não incriminadoras são aquelas que estabelecem regras de impunidade ou licitude, de situações relevantes ao Direito Penal.
Ex.: Art. 121 torna crime matar alguém porém o art. 23 trás exceções.
Permissivas
- Exculpante: Elimina a culpabilidade isentando o agente da pena.
Ex.: art. 26 caput e art. 28 CP
- Justificantes: Afasta a ilicitude da conduta do agente.
Ex.: art. 23,24 e 25 CP
Explicativas: Esclarecem conceitos.
Conflitos de norma no tempo
Novatio legis incriminadora: A nova lei que passa a incriminar um crime que foi praticado antes da vacância. NÃO RETROAGE
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Novatio legis in Pejus: Uma nova lei passa a ser mais severa que a anterior. Utiliza-se a Ultratividade da lei pois ela vale mesmo depois de ser revogada. NÃO RETROAGE
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Novatio legis in Mellius: Lei mais branda retroage em benefício do réu. RETROAGE
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Abolitio Criminis (descriminalização): A nova lei descriminaliza um crime que estava vigente.
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Leis temporárias (art. 3º CP): Já são publicadas com sua data de início e fim, depois são autorevogadas.
Leis excepcionais: São criadas para determinadas situações e tem vigência somente nesse período.
Extratividade da lei: Possibilita a lei ser aplicada fora de sua vigência 
Tempo do crime (art. 4º)
Atividade: Momento da ação ou omissão
Resultado: Momento do resultado
Ubiquidade: Tanto o momento da ação quanto do resultado
Lugar do crime (art. 6º)
Atividade: Lugar onde ocorreu a conduta
Resultado: Lugar onde ocorreu o resultado
Ubiquidade: Tanto o lugar da conduta quanto o lugar do resultado
LUTA
Lei no espaço
Principio da territorialidade temperada (art. 5º CP): Em regra, aplica-se a lei brasileira ao crime cometido no Brasil, regra que não é absoluta, quando excepcionalmente poderá a lei estrangeira ser aplicada a delitos cometidos total ou parcialmente em território nacional. 
Princípio da extraterritorialidade (art. 7º CP): A lei penal brasileira só poderá ser aplicada no exterior em alguns casos.
- Incondicionada (art. 7º, I, CP): Será aplicada a lei brasileira, sem qualquer restrição, mesmo que o agente tenha sido julgado no exterior (art. 7º, I, CP), para crimes contra a liberdade ou a vida do Presidente da República, crimes contra o patrimônio ou a fé pública da União ou genocídio (quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil).
- Condicionada (art.7º, §2, CP): Só é aplicada aos crimes de que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir (Princípio cosmopolito/justiça universal); praticados por brasileiro; (princípio da nacionalidade ativa); praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados. (princípio da bandeira)
Fontes do direito penal
Fontes materiais: Refere-se ao organismo que tem poderes para sua elaboração e criação. O artigo 22, I, da Constituição Federal estabelece que a União Federal é a fonte de produção do Direito Penal.
Fontes formais: são aquelas pela qual o direito se manifesta. 
- Imediatas: É a própria lei.
- Mediatas: costumes e princípios gerais do direito.
Teoria do crime
Crime: Pena de reclusão ou detenção 
Contravenção: Prisão simples ou multa
Conceito analítico de crime: Todo crime é fato típico, ilícito e culpável.
Elementos do fato típico:
- Conduta: Deve ser praticada com dolo ou culpa
- Nexo Causal: Elo entre a conduta e o resultado
- Resultado: Está ligado a conduta do agente
- Tipicidade: Formal: é simplesmente à adequação do FATO à NORMA // Material: consiste numa efetiva lesão ou ameaça ao bem jurídico protegido.
Dolo x Culpa
Dolo: É uma vontade livre e consciente dirigida a produção de um resultado.
- Direto: Quando o agente deseja o resultado, a conduta já está voltada para isso.
- Indireto: Ocorre quando o agente não direciona a sua conduta para a produção do resultado. 
*Alternativo: Ocorre quando o agente se satisfaz com um resultado ou outro. 
Ex.: Atirar para matar ou ferir.
* Eventual: Quando o agente não quer o resultado mas assume o risco de produzi-lo sem se importar com o resultado. O agente não faz nada para evitar o resultado.
Ex.: O agente pega a contramão de uma avenida movimentada embriagado e acaba batendo o veículo e matando uma pessoa. Isso é homicídio doloso eventual.
Culpa: Age com culpa quem realiza o fato legalmente descrito por inobservância do dever de cuidado que lhe incumbe. O crime é culposo quando há imprudência, negligência e imperícia.
- Culpa consciente: Consciência de que uma conduta pode gerar um resultado. O agente se importa com o resultado. O agente evita o resultado.
Ex.: Atirador de facas, ele sabe que um dia pode atingir a assistência de palco, nunca aconteceu nada mas um dia pode acontecer.
Conduta: Toda ação ou omissão humana, voluntária, dolosa ou culposa dirigida a uma finalidade.
- Conduta comissiva: exige uma atividade concreta do agente, uma ação, isto é, o agente faz o que a norma proíbe
- Conduta omissiva: é o que descreve a simples omissão de quem tinha o dever de agir (o agente não faz o que a norma manda).

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