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Resumo Unidade 8

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Resumo Unidade 8 - http://www.youtube.com/watch?v=bQj6FO8MBhY&feature=youtu.be
 
Patrimônio cultural brasileiro 
O objetivo da unidade 8 é discutir o patrimônio cultural e seus significados historicamente datados. Nesse sentido, diferentemente do patrimônio individual, de âmbito privado, pode ser mencionado o conceito de patrimônio coletivo, que postula tratar-se de uma decisão coletiva sobre o que se deve preservar e o que não deve ser preservado numa nação, o que integra a noção de pertencimento à coletividade e pode gerar intensos conflitos numa determinada sociedade. É destacado, num segundo momento, o patrimônio cultural brasileiro, no que tange à sua materialidade e imaterialidade.
Patrimônio cultural: usos e significados 
O termo patrimônio era definido pelos antigos romanos como “direito a herança”, nessa visão tudo pertencia ao homem, e a mulher também era propriedade a ser herdada. Os patrimônios históricos da igreja católica também eram acrescentados à noção de patrimônio. Como os valores simbólicos e coletivos ligados a religiosidade que eram compartilhados em relação aos cultos e aos santos. 
No período do renascimento, os valores do antropocentrismo, o homem no centro do universo, foi realizada uma critica aos valores religiosos atribuídos pela igreja católica (teocentrismo) ao termo patrimônio da idade média. A noção de patrimônio associada a característica aristocrática ainda é mantida.Nesse período,principalmente na França,começam a ser gestadas coleções de objetos e vestígios da antiguidade.
Na época da Revolução Francesa, em fins do séc. XVIII, a noção de patrimônio passou a estar atrelada a concepção de que o Estado deveria proteger os bens da nobreza, a intenção era a construção da referencia da França como constituição da identidade do povo e da nacionalidade, é nesse momento que nasce o conceito de patrimônio como o conceito de que as obras artísticas e os grandes monumentos devem ser preservados extrapolando a noção de patrimônio como valor privado e religioso porque são bens representativos de uma nação como um todo.
A nova noção de patrimônio passa a ser fundamental para a constituição de uma cultura nacional, foi preciso que os bens materiais tais como esculturas, monumentos e objetos do cotidiano vivido da elite fossem concebidos como representativos do patrimônio de um povo. A partir da Revolução Francesa e da criação dos Estados nacionais surge a noção de patrimônio nacional que persiste até os dias de hoje, os valores artísticos e arquitetônicos são pertencentes ao povo, é o que dá identidade ao povo como nação.
Esse momento histórico é repleto de transformações econômicas, políticas e culturais, nesse sentido foram criadas comissões na França encarregadas de preservar os monumentos da nação.
Pós-segunda guerra mundial se amplia a noção de cultura, passaram a rever as concepções racistas desenvolvidas durante a segunda guerra mundial tais como os movimentos nazistas e fascistas. Nesse contexto histórico foi criada a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura): “A criação da UNESCO é importante nesse contexto, por colocar em relação diferentes culturas, traçar planos e propor investigações sobre o patrimônio que contemplam discussão da diversidade cultural”.
Nessa visão o patrimônio cultural é tudo que expressa o cotidiano vivido de homens e mulheres, dos mais diversos territórios geográficos e culturais do planeta.
O conceito de cultura e de patrimônio passa a fazer referência à noção de que cultura é “tudo aquilo que constitui um bem apropriado pelo homem, com suas características únicas e particulares, deve ser preservado”. Ou seja, não deve ser preservada somente a materialidade e a imaterialidade da cultura oficial, mas a de todos os povos. 
A noção de patrimônio cultural envolve o patrimônio ambiental, de modo a conceber o meio ambiente como produto da ação humana. O patrimônio cultural valoriza a memória das sociedades, a cultura de pessoas anônimas, a partir do entendimento de que o passado e o seu conhecimento servem para que o homem amplie a sua noção de pertencimento e lembre-se da sua cultura.
A partir da convenção geral da UNESCO em 72, foram atribuídos novos valores ao termo patrimônio, passaram a ser valorizados territórios e culturas consideradas como patrimônio da humanidade. Ela aprovou a convenção que protege patrimônios culturais e naturais considerados de importância cultural e natural para a humanidade como um todo. São destacados e colocados em listas patrimônios mundiais que estão sofrendo processos de devastação ou deterioração, após a inclusão na lista de patrimônios da humanidade que estejam correndo riscos de degradação, a UNESCO determinará se o problema é grave e se o sítio será incluído na lista de “patrimônio mundial em perigo”.
Patrimônio Brasileiro: Cultural material e imaterial
O presidente Getúlio Vargas assinou o decreto criando o SHPAN (Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), primeiro órgão federal dedicado a preservação de conjuntos de bens móveis e imóveis do ponto de vista arqueológico, bibliográfico, etnográfico e artístico.
O reconhecimento de um patrimônio histórico se dava e se dá pela lei do tombamento. Tombamento é um ato de preservação de um bem público material em 4 livros do tombo: arqueológico, etnográfico, paisagístico, histórico e belas artes. A legislação sobre tombamento faz referencia as obras culturais móveis e imóveis até os dias de hoje.
Bens móveis: coleções arqueológicas, acervos museológicos, documentais, bibliográficos, arquivísticos, fotográficos, cinematográficos e videográficos.
Bens imóveis: núcleos urbanos, sítios arqueológicos, paisagísticos e bens culturais.
A partir de 1970 o órgão SHPAN passou a ser denominado “Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional”. Abarca o conceito de que todas as formas de manifestação da cultura brasileira devem ser preservadas e conservadas.
A partir da publicação do decreto 3/551/2000 passou a existir no Brasil uma legislação específica não só sobre patrimônio material, mas também de patrimônio imaterial de modo a instituir na prática o registro do que chamamos de patrimônio intangível, e cria nesse sentido os livros de registro.
Assim são valorizados os bens imateriais da cultura brasileira, são eles: 
1) SABERES = conhecimentos e modos de fazer que estão enraizados no dia a dia das comunidades;
2) FORMAS DE EXPRESSÃO = manifestações literárias, musicais, plásticas, cênicas e lúdicas;
3) CELEBRAÇÕES = rituais e festividades que marcam a vivência coletiva do trabalho, da religiosidade e de outras práticas da vida social;
4) LUGARES = lugares que concentram e reproduzem práticas culturais coletivas tais como: mercados, feiras, santuários, praças e demais espaços onde estejam estabelecidos vivências culturais.
O decreto do ano de 2000 atende as especificações da UNESCO que define como patrimônio cultural e imaterial as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas, ou seja, os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que estão associados a todas as comunidades de modo a desenvolver a ideia de que todo grupo social deve ter a sua cultura reconhecida e deve integrar esse patrimônio cultural.
O patrimônio passa a se referir não somente as construções físicas e concretas, ao tangível, mas inclui também a proteção das criações de valores intangíveis de uma sociedade num determinado tempo e época.

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