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DESAFIO PROFISSIONAL 4° Serie ElizabethMarinho

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP 
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
POLO EAD 
CURSO LICENCIATURA EM PEDAGOGIA 
Disciplinas norteadoras: ORGANIZAÇÃO E METODOLOGIA EM 
EDUCAÇÃO INFANTIL; BRINQUEDOTECA E O ELEMENTO LÚDICO; 
DIDÁTICA DE CONTAR HISTÓRIAS; LITERATURA INFANTOJUVENIL; 
MULTIMEIOS APLICADOS À EDUCAÇÃO. 
 
 
ELIZABETH MARINHO GOMES DA SILVA 
RA 1057516496 
 
 
 
 
 
PLANO DE AÇÃO VISANDO À IMPLANTAÇÃO DE UMA 
BRINQUEDOTECA NO CENTRO MUNICIPAL DE 
EDUCAÇÃO INFANTIL. 
 
 
NOME DA TUTORA: Eliane Maria da Silva Anunciação 
 
 
 
 
MANAUS/AM 
2016 
INTRODUÇÃO 
 
A teoria sobre o desenvolvimento humano, desenvolvida por Jean Piaget, destaca a 
importância da interação no desenvolvimento infantil. Quanto maior a vivência de mundo e 
experiência da criança, maior será seu enriquecimento pessoal e desenvolvimento geral. 
Por isso as atividades lúdicas são tão importantes, porque são fundamentais para o 
processo de aprendizagem. E um dos ambientes que permitem que elas aconteçam é na 
escola. A escola é um elemento essencial, para a construção da formação e aprendizagem da 
criança. Segundo Jean Piaget, “a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades 
intelectuais da criança, sendo por isso, indispensáveis à pratica educativa.” 
E uma das maneiras mais significativa da escola conseguir que essas atividades 
lúdicas aconteçam é através da formação de uma brinquedoteca. Esse espaço é 
especialmente formado pelas escolas para proporcionar a seus alunos o favorecimento 
da brincadeira de forma livre, espontânea e prazerosa, possibilitando através de diferentes 
estímulos de aprendizagem, o desenvolvimento físico, emocional, intelectual e social da 
criança, tornando-se um importante instrumento pedagógico, indispensável e complementar 
aos estudos escolares. 
 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
PASSO 1 
 
No vídeo assistido de “Jean Piaget – Fases do desenvolvimento”, pude compreender 
o aparecimento de inovações, mudanças e transformações no percurso do desenvolvimento 
intelectual, assim como dos mecanismos responsáveis por essas transformações. Para tanto ele 
distinguiu em quatro períodos do desenvolvimento cognitivo, que são eles: sensório motor, 
pré-operacional, operacional-concreto e operacional-formal, deixando visível que ele vem a 
conceber uma criança em constante processo de aprendizagem, construindo-se pelas 
interações com o objeto, sendo ações construídas sucessivamente e precisam acontecer ao 
longo da vida da criança. 
Diante desse contexto, fica evidenciado que todo professor precisa conhecer as fases 
de desenvolvimento da criança para reconhecer se um aluno precisa de mais estímulos, sé há 
alguma dificuldade especifica ou se ela esta se desenvolvendo naturalmente, pois a relação 
professor/aluno representa um esforço a mais na busca da praticidade, afetividade e eficiência 
no preparo do educando para a vida, numa redefinição do processo ensino-aprendizagem. 
 
Nas elucidações de Jean Piaget, podemos responder as seguintes questões: 
 
a) Como as crianças se desenvolvem? 
Piaget explica que só se torna possível a criança aprender por meio de um processo 
de construção e reconstrução de seu pensamento, por meio dos quais a criança irá assimilar e 
acomodar suas estruturas. Estes estágios, como Piaget denominou o processo de construção, 
se desenvolve em quatro momentos, e cada um destes é essencial para o desenvolvimento 
motor, sensorial, psicológico e cognitivo da criança. 
 
b) Segundo Piaget, a criança passa por quatro períodos no processo de 
desenvolvimento cognitivo, quais são eles? 
Estágio Sensório-Motor (0 a 2 anos); 
Estágio do Pensamento Pré-Operatório (2 a 6 anos, aproximadamente); 
Estágio do Pensamento Operatório Concreto (6 a 12 anos, aproximadamente); 
Estágio Operatório Formal (A partir dos 12 anos, aproximadamente); 
 
c) Quais as características de cada fase de desenvolvimento? 
1. Estágio Sensório-Motor (0 a 2 anos) – Momento em que a criança desenvolve a 
coordenação motora, além de diferenciar os objetos de seu próprio corpo. O bebê consegue 
progressivamente organizar atividades com relação ao meio em que vive, por intermédio de 
atividades sensórios-motoras. A criança começa, neste estágio, a compreender o mundo que a 
cerca. 
2. Estágio do Pensamento Pré-Operatório (2 a 6 anos, aproximadamente) – O 
pensamento da criança está centrado nela mesma. Por este motivo, ela pode até mesmo 
apresentar um comportamento egocêntrico. Nesta fase, inicia-se o desenvolvimento da 
linguagem; e também, dá-se início ao processo de socialização da criança. Ela se comunica 
através de gestos, desenhos e dramatizações. 
3. Estágio do Pensamento Operatório Concreto (6 a 12 anos, aproximadamente) – 
Nesta fase, dá-se início a um processo de desenvolvimento cognitivo das operações mentais 
da criança, que pensa logicamente sobre eventos concretos, mas ainda tem dificuldade de lidar 
com conceitos hipotéticos e abstratos. A criança já consegue combinar, separar, ordenar e 
transformar objetos e ações. Há um declínio do egocentrismo, pois a criança já consegue se 
socializar por meio da participação em grupos; e principalmente já reconhece a liderança, o 
estabelecimento de regras e compromissos. Possuem uma linguagem característica à 
socialização e ao meio em que está inserida; mas, mesmo assim ainda possui dificuldade em 
lidar com pontos de vistas diferentes. 
4. Estágio Operatório Formal (A partir dos 12 anos, aproximadamente) – Nesta 
fase são desenvolvidas a capacidade de pensar em conceitos abstratos. Há presença do 
pensamento hipotético e dedutivo, além do raciocínio lógico e na capacidade de solucionar 
problemas. A linguagem está desenvolvida e permite, assim, a chegada à conclusão em 
discussões lógicas; portanto, nesta fase a linguagem possui um papel fundamental na 
comunicação. 
 
PASSO 2 
 
No vídeo assistido com a Professora Drª.Tizuko Morchida Kishimoto, em “A 
Importância de Brincar”, pude perceber que é na brincadeira de faz de conta que se percebe 
com mais evidência a presença da situação imaginária. A brincadeira sócio-dramática surge 
com o aparecimento da representação e da linguagem por volta dos dois e três anos quando a 
criança começa a alterar o significado dos objetos, dos eventos, a expressar seus sonhos e 
fantasias e assumir papéis presentes no seu contexto social, o faz de conta permite tanto a 
entrada no imaginário como a expressão de regras implícitas que se manifestam nos temas das 
brincadeiras. Pois o brinquedo estimula a representação, a expressão de imagens que evocam 
aspectos da realidade, já o jogo explicitamente ou implicitamente determina o desempenho de 
certas habilidades definidas por uma estrutura pré-determinada no objeto em si e em suas 
regras. Para a professora Drª Kishimoto, a brincadeira é a ação que a criança desempenha ao 
realizar as regras do jogo, ao ir fundo, ao se envolver completamente na ação lúdica. É o 
lúdico em ação. Assim, o brinquedo e a brincadeira se relacionam estreitamente com a criança 
e não se confundem com o jogo. 
Ao longo das elucidações da Drª Kishimoto, poderemos responder as seguintes 
questões: 
 
a) Por que a brincadeira é importante? 
Segundo a Drª Kishimoto, a brincadeira é uma situação importante vivenciada pelas 
crianças e este exercício lúdico proporciona descobertas de novos conhecimentos e 
desenvolvimento de muitas habilidades de forma natural e agradável. Ao brincarem, as 
crianças estão mais aptas a desenvolverem bons sentimentos, partilharem, sociabilizarem-se, 
respeitarem-se mutuamente e obedecerem a regras. A brincadeira oferece a elas a 
oportunidade de se prepararempara o futuro e experimentarem o mundo que as rodeia. 
 
b) A criança já sabe brincar naturalmente ou ela aprende a brincar? 
Segundo a Drª Kishimoto, o ato de brincar deve ser aprendido, pois o 
desenvolvimento da criança deve ser entendido como um processo global, pois quando ela 
corre, pula, ela desenvolve sua motricidade e, paralelamente, é um desenvolvimento social, 
pois brinca com parceiros, obedece as regras, recebe informações e estabelece relações 
cognitivas, tornando-se assim, um ser humano inteiro. 
 
d) O que a criança aprende através da brincadeira? 
Ainda de acordo com a Drª Kishimoto, o ato de brincar é um espaço explorável, pois 
ao brincar a criança corre, anda, conversa, pula, derruba e etc. Todas essas atividades servem 
como novas descobertas e isso torna-se uma prática importante para o desenvolvimento 
infantil, uma vez que a partir das brincadeiras a criança tem a oportunidade de praticar 
diversas experiências, e assim desenvolvem várias aprendizagens, pois é dada a oportunidade 
de explorar e solucionar problemas, que em situações normais jamais seriam realizadas com o 
medo de errar, porque quando brincam não estão preocupada com o resultado. O brincar torna 
o ensino e aprendizagem como atividades significativas, visto que a medida que a criança vai 
realizando diversas brincadeiras, experimenta e vive momentos significantes de descobertas. 
 
PASSO 3 
 
 De acordo com o texto lido, “Brinquedoteca: a valorização do lúdico no cotidiano 
infantil da pré-escola”, a diferença entre os conceitos “Brincar” e “Brincadeira”, podem 
ser definidos da seguinte forma: 
No dicionário comum, pode-se encontrar que brincar é definido como "divertir-se; 
gracejar" (BUENO, 1994, p. 197) e brincadeira "divertimento, sobretudo entre crianças" 
(BUENO, 1994, p. 197). Essa característica divertida, prazerosa é apenas uma das 
características do brincar. Pois brincar é um comportamento, e não deve ser entendido apenas 
como uma resposta a um estímulo, mas como uma relação estabelecida com um contexto 
social, implicado dentro de um sistema cultural. Ao comportar-se, a criança está alterando o 
contexto e a si mesma. Assim, o comportamento de brincar precisa de um local para ocorrer, 
de certos estímulos anteriores e trará consequências a curto, médio e longo prazo para o 
sujeito que se comporta e para o ambiente em que o faz. Ao definir brincar e brincadeira, faz-
se necessário compreendê-los dentro deste sistema de relações complexas em que estão 
inseridos. 
Para Kishimoto (1999, p. 21), a brincadeira e definida como a "a ação que a criança 
desempenha ao concretizar as regras do jogo, ao mergulhar na ação lúdica". Por sua vez, 
Peters (2009, p. 38) aprofunda a definição de brincadeira no seguinte sentido: "o resultado da 
ação que a criança desempenha ao concretizar e/ou re-criar suas regras, estabelecendo ou não 
relação com um objeto, ao entrar na ação lúdica.". Significa que a brincadeira é uma atividade 
que resulta do comportamento de brincar, sendo necessária a constituição de uma situação 
imaginária/lúdica. 
Portanto, em termos de estrutura, pode-se dizer que o brincar envolve aspectos 
cognitivos, afetivos e sociais. Contudo, além de entender o que é a brincadeira e como ela se 
estrutura, é necessário também compreender a funcionalidade desse comportamento para o 
indivíduo, principalmente durante as fases iniciais do desenvolvimento, onde ocorre com 
maior frequência e intensidade. 
As funções da brincadeira para o desenvolvimento humano são inúmeras, de 
acordo com Lima (1994, 1995, apud PETERS, 2009), pois defende que a brincadeira é uma 
necessidade vital para os seres humanos, por meio da qual a criança constrói conhecimentos 
sobre a realidade em que está inserida. Por outro lado, Froebel, importante filósofo da 
Educação, também compartilha dessa visão, ao afirmar que a criança pequena cresce como ser 
humano a partir da descoberta do seu corpo, dos sentidos que descobre ao brincar consigo 
mesma (KISHIMOTO, 1998a), ou seja, quando está descobrindo o seu próprio corpo, a 
criança pequena está desenvolvendo-se e construindo conhecimento sobre ela mesma. 
Portanto, conclui-se que a brincadeira assume diversas funções para o 
desenvolvimento da criança. Pode-se afirmar que a função da brincadeira para a criança está 
em criar condições para o seu desenvolvimento integral (social, cognitivo, emocional, e 
psicomotor), partindo de objetos concretos, situações imaginárias e interações sociais, 
estabelecendo relações com o mundo e construindo conhecimento sobre ele e sobre si mesma. 
 
PASSO 4 
 
Algumas reflexões sobre as questões a seguir: 
 
a) Quais os objetivos da brinquedoteca? 
O objetivo principal da brinquedoteca é proporcionar atividades lúdicas para as 
crianças, pois ajuda a desenvolver a cooperação entre elas, possibilitar um espaço para 
brincadeiras não dirigidas, espontâneas, além de transmitir a pais e professores conhecimentos 
sobre a importância do brincar para o desenvolvimento das crianças e produção de 
conhecimento científico sobre desenvolvimento infantil. 
O trabalho desenvolvido nas brinquedotecas auxilia muito no desenvolvimento 
infantil, pois brincando, a criança passa a se relacionar com os brinquedos disponibilizados, 
interage com outras crianças, começa a socializar-se, a aprender sobre regras e a vencer 
alguns desafios. A infância é um período de descobertas, que pode ser ainda mais 
significativo, se os adultos que estiverem ao redor da criança contribuírem para o seu 
desenvolvimento. 
De acordo com Rosa, Kravchychyb e Vieira (2010) por meio da brincadeira, a 
criança aprende comportamentos, constrói conhecimentos, expressa emoções e passa a 
relacionar-se com a cultura a qual está inserida. 
 
b) Que tipos de materiais devem ser disponibilizados em uma brinquedoteca? 
Uma brinquedoteca não exige uma infraestrutura sofisticada e pode ser montada 
numa sala, com as adaptações necessárias para garantir o conforto e a segurança dos usuários. 
Os materiais utilizados como móveis, decoração, brinquedos e jogos devem ser escolhidos 
levando em consideração as especificidades do segmento ao qual a brinquedoteca se destina. 
Neste exemplo, vamos descrever um modelo para os alunos da primeira etapa do Ensino 
Fundamental. Para essa faixa etária, o ideal é oferecer jogos de tabuleiro, peças de montar, 
kits para experimentos científicos, bonecas e bonecos, fantasias, miniaturas diversas - de 
meios de transporte e equipamentos urbanos etc. - e objetos que simulem a vida cotidiana dos 
adultos, como móveis de escritório, de casa e de hospital, entre outros. Tudo o que for 
colocado à disposição dos alunos deve ter o certificado do Instituto Nacional de Metrologia, 
Qualidade e Tecnologia (Inmetro), uma garantia de que os objetos não oferecem perigo ao 
serem manipulados. 
 
c) Qual a relação entre a contação de histórias e a brinquedoteca? 
A literatura infantil também ajuda a criança a descobrir o mundo ao seu redor. Antes 
mesmo de aprender a ler e a escrever, a criança lê as imagens contidas nos livros, 
relacionando-as com os objetos, animais, pessoas e personagens conhecidos por ela. A seguir, 
a criança descobre um mundo mágico, repleto de imaginação, onde ela pode ser quem quiser 
ou visitar lugares encantados. O contato com a literatura infantil ajuda a criança a desenvolver 
a iniciativa, o vocabulário, a curiosidade, a responsabilidade, entre outros. 
Sendo assim, os cantinhos de leitura montados nas salas de aula ou apresentados nas 
brinquedotecas, são de grande importância para o desenvolvimento infantil, assim, tanto a 
leitura como a contação de histórias, devem ser estimuladas nessa faixa etária.d) Que tipo de metodologias são esperadas nesse ambiente? 
A metodologia adotada nestes tipos de ambiente é o processo avaliativo, de caráter 
investigativo e qualitativo. No processo avaliativo foi adotado o diagnóstico processual e 
contínuo a fim de buscar atingir a eficiência, a eficácia e a efetividade, através das atividades. 
Para Libâneo (2010) a "avaliação é como uma componente do processo de ensino que visa, 
através da verificação e qualificação dos resultados obtidos, a determinar a correspondência 
destes com os objetivos propostos e, daí, orientar a tomada de decisões em relação às 
atividades didáticas seguintes". 
 
PASSO 5 
 
 De acordo com o artigo lido, “Tecnologia e literatura para crianças”, de Maria 
Auxiliadora Baseio e Maria Zilda da Cunha, a relação entre a literatura e os meios produtores 
de linguagens, sé caracteriza da seguinte forma. 
A literatura, com frequência, é relacionada a um meio produtor de linguagem 
venerável – a escritura – muitas vezes, visto como mais nobre diante de outros. A literatura 
infantil e juvenil, como gênero literário, no entanto, tem se tornado um lócus de orquestração 
de múltiplas linguagens, de sistemas narrativos e de formas de escritura. Assim, diante da 
heterogeneidade de seu material expressivo, torna-se capaz de matizar uma combinação rica 
de possibilidades semânticas e sintáticas e alta densidade de informações, o que, 
constantemente, escapa a olhares mais distraídos. 
Enquanto a literatura infantil e juvenil mantém a especificidade de sua gênese na 
oralidade e na escritura, surpreende a cada momento, com o seu enovelar nas artes visuais, 
como a pintura, a fotografia, o cinema, entre outras, o que vai demandar - aos que se dedicam 
aos estudos da produção literária para crianças e jovens - uma mirada nas relações que 
historicamente se estabelecem entre esses meios produtores de linguagem. 
Já a hipermídia, como meios produtores de linguagem e do ponto de vista da 
linguagem e da comunicação, define-se como o acesso simultâneo a determinados textos, 
imagens e sons, com a utilização de telas eletrônicas. Providencia uma hibridização das 
linguagens, códigos e mídias e provoca uma mistura de sentidos receptores — uma vez que o 
leitor interage com ela, cooperando na sua realização. Ligando essa síntese de linguagens, a 
hipermídia pressupõe um desenho estrutural para a inserção interativa do leitor imersivo. Ao 
escolher um percurso, entre muitas possibilidades, o receptor estabelece sua co-participação 
na produção das mensagens. 
Com base nesses dados, é possível compreender, como assevera Santaella (1998), 
que a invenção da fotografia é um dado paradigmático na história da linguagem. Torna-se 
possível, também, a partir daí, estabelecer três estágios (pré-foto; foto; pós-foto3) como 
marcos da evolução e das interfaces criadas entre as linguagens e as novas mídias de 
informação e comunicação, no bojo dos quais se engendram importantes aspectos 
relacionados aos modos de expressão humana. Entre outros, salientamos alguns desses 
aspectos, que nos parecem importantes às reflexões aqui presentes. 
 
PLANO DE AÇÃO VISANDO À IMPLANTAÇÃO DE UMA BRINQUEDOTECA 
PARA UM CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL. 
 
1) Justificativa – Qual a importância de implantar uma brinquedoteca na Educação Infantil? 
 
Acredita-se que a criança deve ter sua infância respeitada, e a escola tem um papel 
muito importante neste aspecto que é oferecer um espaço favorável às brincadeiras associadas 
à situações de aprendizagem que sejam significativas, contribuindo para o desenvolvimento 
de forma agradável e saudável. A importância de implantar uma brinquedoteca na educação 
infantil, se dá em proporcionar atividades lúdicas para as crianças, pois ajuda a desenvolver a 
cooperação entre elas, possibilitar um espaço para brincadeiras não dirigidas, espontâneas, 
além de transmitir a pais e professores conhecimentos sobre a importância do brincar para o 
desenvolvimento das crianças e produção de conhecimento científico sobre desenvolvimento 
infantil. 
O trabalho desenvolvido nas brinquedotecas auxilia muito no desenvolvimento 
infantil, pois brincando, a criança passa a se relacionar com os brinquedos disponibilizados, 
interage com outras crianças, começa a socializar-se, a aprender sobre regras e a vencer 
alguns desafios. A infância é um período de descobertas, que pode ser ainda mais 
significativo, se os adultos que estiverem ao redor da criança contribuírem para o seu 
desenvolvimento. 
 
2) Objetivos – Quais as finalidades na implantação de uma brinquedoteca? 
 Construção do pensamento, pois o brinquedo permite a criança criar seu mundo 
imaginário; 
 Experiências para aprender a dividir as coisas, a cooperar a ter raciocínio 
lógico, utilizando jogos; diversos; 
 Vivência do mundo adulto, através da brincadeira do “faz de conta”, 
no qual, a criança brinca demonstrando a visão de mundo que têm, desenvolvendo a atenção, 
socialização, despertando a curiosidade e a capacidade de resolver problemas, de uma forma 
prazerosa e divertida; 
 Capacidade de concentração, criação e organização; 
 Acesso a sentimentos afetivos como a auto-estima, por exemplo; 
 Expressar-se livremente. 
 
3) Ações a serem desenvolvidas – Descrição do trabalho a ser realizado. 
 
As ações serão desenvolvidas visando uma aprendizagem mais significativa, 
dinâmica e criativa, que possibilite ao educando, interagir no sentido de trazer e oportunizar 
as atividades lúdicas a desenvolver as habilidades psicomotoras das crianças envolvidas no 
processo educacional. 
As ações para a brinquedoteca, contará com oficinas culturais para os docentes. 
Atividades culturais desenvolvidas por grupos de atores e professores convidados, voltadas 
para complementação escolar, arte, educação e jogos e brincadeiras a fim de buscar novos 
valores culturais e dinamicidade para a educação infantil. 
 
 
4) Recursos – Descreva os materiais utilizados na execução do plano. 
Jogos, brinquedos e brincadeiras, quebra-cabeça, tampas de garrafas pets, lápis 
hidrocor, tintas, pinceis, papel A4, revistas de gibis, livros de histórias infantis, CD, DVD, 
jogos de argolas, domino dos bichos e dos números, EVA, papel, tinta guache, papel seda, 
palito de churrasco, cola, glitter, etc. 
 
5) Avaliação – De que maneira será possível avaliar o trabalho em questão? 
 
O processo avaliativo foi diagnóstico, processual e contínuo, a fim de buscar atingir 
a eficiência , a eficácia e a efetividade, através das atividades. Para Libâneo (2007), a 
"avaliação é como uma componente do processo de ensino que visa, através da verificação e 
qualificação dos resultados obtidos, a determinar a correspondência destes com os objetivos 
propostos e, daí, orientar a tomada de decisões em relação às atividades didáticas seguintes". 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O estudo sobre a implantação de uma brinquedoteca no Centro de Educação Infantil 
permitiu o aprofundamento no conceito entre o ato de “brincar” e “brincadeira”, com 
finalidade pedagógica, que nos leva, a uma reflexão acerca do relevante papel que o Educador 
Infantil tem a desempenhar nesse aspecto, proporcionando possibilidades e oportunidades 
para que a criança brinque, e ao mesmo tempo, aprenda, dentro de um contexto planejado e 
equilibrado, entre a ação do educador e a espontaneidade do educando, com o máximo de 
aproveitamento em prol do desenvolvimento integral da criança. 
 
REFERÊNCIAS 
 
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<http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/per09.htm> 
 
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BUENO, F.S. Dicionário escolar da Língua Portuguesa. 11. ed. Rio de Janeiro: FAE, 1994. 
FONTANA, Roseli. CRUZ, Nazaré. Psicologia e trabalho pedagógico. São Paulo: Atual, 
1997. 
 
JARDIM, Tatiane M. S. Desafio Profissional de Organização e Metodologia em Educação 
Infantil; Brinquedoteca e o Elemento Lúdico; Didática de Contar Histórias; Literatura 
Infanto-juvenil; Multimeios aplicados à Educação. [On-line]. Valinhos, 2016. p. 01-09. 
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O brincar e suas teorias. São Paulo: Pioneira, 1998a, p.57-78. 
 
KISHIMOTO, T.M. O jogo e a educação infantil. In: KISHIMOTO, T.M. Jogo, brinquedo, 
brincadeira e a educação. 3. ed. São Paulo: Cortez, 1999, p.13-43. 
 
KISHIMOTO, Tizuko M. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. São Paulo: Cortez, 
1999. 
 
Kishimoto, Tizuko Morchida Jogo, Brinquedo, Brincadeira e a Educação. 8ª edição São 
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ROSA, Fabiane. KRAVCHYCHYB, Helena. VIEIRA, Mauro. Brinquedoteca: a 
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SANTAELLA, Lúcia; NOTH, Winfried. Imagem: Cognição, semiótica, mídia. Iluminuras. 
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