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CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI 
 
 
 Rodovia BR 470 - Km 71 - n​o​ 1.040 – Bairro Benedito – Caixa 
Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC 
 Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site: 
www.uniasselvi.com.br 
 
 
 
O LÚDICO E A AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO: 
ferramentas essenciais no processo de ensino 
aprendizagem 
 
Autor Helena Dalago e Josiane Carneiro de Oliveira 
Prof. Orientador Roselania de Brida 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI 
Curso Licenciatura em Pedagogia (1659) - Projeto educacional 
23/03/2020 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
Este trabalho tem como objetivo apresentar o lúdico como ferramenta na construção do 
conhecimento. Através de brincadeiras, da vivência das crianças e do comprometimento do 
educador, é possível tornar a experiência de ensino aprendizagem mais efetiva e menos traumática 
para as crianças, podendo ser utilizada como ferramenta pedagógica capaz de transpor diversas 
dificuldades, transformando a aula em algo significativo e prazeroso. Conforme defendido por Jean 
Piaget e Vygotsky, o lúdico possui grande efetividade no processo de desenvolvimento da criança, 
onde ela torna-se capaz de compreender melhor a si, ao outro e à comunidade que pertence. Como 
complemento do estudo, apresentam-se à importância da afetividade, que facilita a integração 
professor-aluno e é capaz de romper muitos paradigmas, auxiliando a criança no enfrentamento de 
dificuldades. Por fim demonstra-se através das práticas aplicadas nos estágios de Educação 
Infantil e Ensino Fundamental que a aprendizagem lúdica, combinada com posturas afetivas, 
possibilita o alcance dos objetivos educativos de maneira mais eficiente e prazerosa. Esse trabalho 
foi realizado através de pesquisa bibliográfica e das impressões obtidas durantes os estágios em 
Educação Infantil, Ensino Fundamental e Gestão Escolar. 
 
 
Palavras-chave: Lúdico - Afetividade - Aprendizagem 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
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A educação no Brasil tem sofrido mudanças de maneira acelerada. Essas mudanças 
acontecem por diversos fatores, como a globalização, as novas tecnologias, ligadas à política e 
economia devido à necessidade da população se adequar às exigências do mercado. Ter uma 
segunda língua (Linguagem Estrangeira) é uma dessas exigências e pode ser um diferencial na hora 
de conseguir um emprego. Infelizmente no Brasil, diferente de países europeus onde é mais 
acessível o estudo de outra língua e cultura, a maioria da população não tem conhecimento de 
outras línguas. Isso falando de um segundo idioma, mas sabemos que, a aprendizagem como um 
todo, possui limitações. Os alunos possuem dificuldades com raciocínio lógico, interpretação de 
texto, compreensão de artes e muitas vezes, dificuldades em relacionamentos sociais. 
De acordo com essa perspectiva, muitas linhas de pensamento apontam para um problema 
relacionado à base da educação, ou seja, como as crianças têm sido estimuladas desde a infância? 
Como é possível criar uma aptidão maior na construção dos conhecimentos a fim de que essa 
criança se torne um adulto com plena capacidade de administrar conflitos e evoluir seus 
conhecimentos de forma adequada? Refletindo nessas formas de incentivo, pensou-se na 
importância de um trabalho que garanta à criança um ambiente de sala de aula que seja estimulador 
e divertido. Sendo o lúdico considerado um recurso pedagógico importante no 
ensino-aprendizagem, podemos considerar que esse recurso resgata o interesse dos alunos e 
desenvolve o conhecimento intelectual da criança. O lúdico é uma estratégia insubstituível como 
material pedagógico para ser usada como estímulo na construção do conhecimento humano e na 
progressão das diferentes habilidades infantis, além disso, é uma importante ferramenta de 
progresso pessoal e de alcance de objetivos institucionais. 
Atualmente, percebemos que a escola ainda é vista como um lugar cheio de regras e de 
adquirir conhecimentos através da transmissão professor-aluno. O modelo tradicional ainda impera 
em muitas salas de aula, onde o professor se comporta como o detentor do conhecimento e os 
alunos meros espectadores que necessitam se calar e absorver aquele conteúdo exatamente da 
maneira que lhes é transmitido, sem voz ativa e sem possibilidade de contribuir. As aulas são 
monótonas, sem brilho e, aos poucos, o aluno vai perdendo o interesse. Não há nenhuma 
preocupação qualitativa de conteúdo, mas somente a preocupação de que o conteúdo programático 
precisa ser repassado para o cumprimento do currículo proposto. 
Na Educação Infantil isso se repete. Dia após dia as crianças são instruídas de maneira 
mecanizada, com muitas colagens, muitas cópias para colorir, muitas instruções em “como fazer”. 
O trabalho pedagógico segue as mesmas linhas tradicionais, onde a criatividade fica retida nas 
educadoras e monitoras, que realizam um trabalho lindo, mas muitas vezes sem a participação dos 
alunos. 
Diante dessa realidade, muitos educadores têm se esforçado para transformar sua aula em 
algo agradável. Percebe-se que existe um movimento em muitos profissionais da educação em 
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adequar todo o conteúdo de maneira a estimular de maneira lúdica a construção do conhecimento. 
Isso é necessário, pois diante de tantas mudanças vividas, de tantas novidades, de crianças cada vez 
mais “conectadas”, fica cada vez mais complicado manter a atenção dessas crianças em atividades 
sem brilho. 
Em meio à tantas tecnologias, ainda é possível realizar atividades que cumpram o objetivo 
de estimular as crianças, por isso optou-se por discorrer sobre o que é o lúdico e as diversas linhas 
que podem ser seguidas. A utilização do lúdico, do brincar, correr, pular, pode-se chegar à grandes 
conquistas, mas é necessário um esforço ainda maior dos educadores no que diz respeito à 
adaptação dessas brincadeiras, pois sem um bom planejamento, essas atividades correm o risco de 
se tornar apenas um momento de “bagunça” sem propósito. 
 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: 
 
2.1 O QUE É O LÚDICO? 
Lúdico, do latim ​ludus, significa brincar. Brincar com relação à jogos, brinquedos e 
divertimentos. Esse brincar, aplicado a função educativa, auxilia no processo de aprendizagem, 
propicia o aumento das capacidades cognitivas e possibilitando novas conexõesneurais, otimizando 
o saber, o conhecimento e a compreensão de mundo. 
Santos (2000) acrescenta que o lúdico significa “brincar” e neste ato criam-se as 
brincadeiras, os brinquedos e os jogos. Isso faz parte da natureza humana, não tem hora para 
acontecer ou para terminar, não depende de um lugar específico para acontecer, gerando uma 
incomparável sensação de prazer. O lúdico faz parte do exercício de se (re)construir. 
A criança brinca para descarregar sua energia, para se preparar para a vida, 
para dar expansão as suas tendências reprimidas, para afirmar-se, para 
realizar suas aspirações, para aprender a lidar com a realidade. (TELES 1997, 
p. 49) 
A criança desenvolve sua ludicidade de maneira natural quando corre, brinca, grita e ri. Ao 
ver uma criança correndo, inventando uma brincadeira nova, imitando seus personagens favoritos, 
está construindo sentimentos e reconstruindo sua visão de mundo. É um momento mágico que, por 
mais simples que seja, faz toda diferença em seu desenvolvimento. 
O Referencial Curricular Nacional (1998) nos dias que a criança, para crescer com prazer e 
alegria, precisa brincar, precisa do jogo como forma de equilíbrio entre ela e o mundo. Isso nos 
mostra o quanto a brincadeira é necessária para desenvolver seu conhecimento, interagir com o 
meio físico e social, satisfazendo assim suas necessidades e estabelecendo seu vínculo de confiança 
com as pessoas de seu convívio. 
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Feijó (1992) dá a definição de lúdico como necessidade básica na formação da 
personalidade, que faz parte das atividades essenciais da dinâmica humana. Entende-se desta 
maneira que esses estímulos são necessários para que o indivíduo se faça presente no mundo. Desta 
forma, torna-se cada vez mais imprescindível que os educadores trabalhem toda a dimensão que a 
ludicidade possui em sua essência, aperfeiçoando a sua prática pedagógica. 
A ludicidade poderia ser a ponte facilitadora da aprendizagem se o professor 
pudesse pensar e questionar-se sobre sua forma de ensinar, relacionando a 
utilização do lúdico como fator motivante de qualquer tipo de aula. 
(CAMPOS 1986, p.10) 
De acordo com Campos, o lúdico pode ser utilizado como ferramenta em qualquer atividade 
desenvolvida em sala de aula, mas cabe aos profissionais da educação essa visão, essa sensibilidade 
em planejar atividades que possam resgatar esses sentimentos vividos pelas crianças durante a 
brincadeira e formar um paralelo com as áreas de conhecimento. Essa experiência com toda certeza 
fará com que a aprendizagem das crianças seja divertida e muito mais eficaz. 
Piaget (1971) reforça que é através do lúdico que o desenvolvimento da criança acontece, ou 
seja, é através do brincar que ela cresce. Através desse pensamento, compreende-se a importância 
da ludicidade durante a infância. Através dele a criança passa a compreender diversos conceitos, 
trabalha suas emoções, vence seus limites e se transporta para um mundo só seu, que o faz 
compreender melhor o mundo ao seu redor. Para que isso aconteça, é necessário propor às crianças 
atividades que elevem e estimulem seu desenvolvimento global, levando em consideração os 
aspectos da linguagem, do cognitivo, afetivo, social e motor, pois dessa forma estará se 
contribuindo para esse desenvolvimento, ajudando significativamente sua aprendizagem e 
facilitando no processo de socialização, comunicação, expressão e construção do pensamento. 
É nesse sentido que muitos educadores reforçam a importância da ludicidade na educação, 
pois mesmo aqueles que não trabalham com crianças, reconhecem que o “brincar” faz parte do 
cotidiano delas. É necessário porém que haja um entendimento de que não existe uma “parte séria” 
e outra “divertida” durante o processo de ensino aprendizagem, mas sim que todo conhecimento 
“sério” pode ser adquirido de forma “divertida”. 
A descontração do lúdico traz para a sala de aula momentos de felicidade, de 
autoconhecimento, de liberdade de expressão, independente de qual etapa da vida a pessoa esteja. 
Essa forma mais leve faz com que a aprendizagem seja mais prazerosa e, consequentemente, mais 
eficiente. 
As crianças, com a ludicidade entram em um mundo mágico. O corpo, meio, 
a infância e a cultura fazem parte de um só mundo. Esse mundo pode ser 
pequeno, mas é eminentemente coerente, uma vez que o lúdico caracteriza a 
própria cultura, a cultura é a educação, e a educação representa a 
sobrevivência. (ANDRADE, 2013, p.17) 
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Para utilizar o lúdico na educação é necessária a utilização de metodologias agradáveis e 
adequadas às crianças para que o aprendizado aconteça no “seu mundo”, com respeito das coisas 
que são importantes e naturais para elas e que possam repetir no seu âmbito social, respeitando as 
características, seus interesses e seu raciocínio. 
O papel da educação utilizando o lúdico está de acordo com o conteúdo dos Parâmetros 
Curriculares Nacionais, especialmente no tocante aos Temas Transversais, para o ensino 
fundamental. São estes parâmetros que dirigem o foco principal da educação para a cidadania e a 
formação de indivíduos de maneira globalizada, isso significa que o aluno não deve apenas adquirir 
conteúdos, mas precisa desenvolver habilidades, atitudes, formas de expressão e de relacionamento. 
Portanto as atividades lúdicas podem ser o principal veículo para atender estas propostas, pois o uso 
de elementos desafiantes e externos, as interações entre os alunos facilitam a abordagem em 
diferentes temas, de forma interdisciplinar e, sobretudo, com maior adesão e participação dos 
alunos. 
É no brincar que a criança vai construir o conhecimento de sua cultura, de seu ambiente 
social e também aprender a desenvolver os papéis, pois brincando constrói e reconstrói sua 
realidade a partir do imaginário. Nas brincadeiras a criança expõe seus problemas diários, mesmo 
aqueles que parecem ser difíceis de serem solucionados, buscando alternativas para uma resolução. 
Brincar é, portanto, experienciar a vida. É se divertir em todas as etapas que 
compõem este processo, inclusive no ato de errar, pois a possibilidade de 
errar é uma das melhores partes do ato de brincar, uma vez que essa se torna 
desafiadora, e é o desafio que move a brincadeira. (ANDRADE 2013, p.19) 
As brincadeiras fazem a criança ir além. Explorar as possibilidades. Isso faz com que o 
desenvolvimento de seu sistemanervoso fazendo com que se torne um adulto pleno, o que auxilia a 
relação entre o “eu” e o “meio”, como comenta Antunha: 
Todas estas brincadeiras propiciam prazer, mas sua finalidade não termina aí: 
os jogos contribuem para o desenvolvimento integral do sistema nervoso em 
seus aspectos psicomotores e cognitivos, sendo que isto justifica a compulsão 
com que as crianças a eles se dedicam. Em muitos deles estão presentes a 
indução, a imitação, perspicácia, observação, memória e raciocínio. 
(ANTUNHA 2000, p. 39) 
O lúdico é objeto de estudo das ciências, principalmente as humanas, que demonstram a 
ludicidade como um caminho mais amplo para a formação do homem. Negrine (2000) esclarece 
que o jogo já era estudado desde o final do século XIX, por psicólogos, psicanalistas e pedagogos, 
surgindo várias teorias que tentavam explicar seu significado. 
2.2. O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
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O lúdico vem adquirindo destaque a educação do Brasil e chamado a atenção de estudiosos e 
educadores, principalmente nos professores da educação infantil e anos iniciais. Isto porque o ato de 
brincar é parte do cotidiano das crianças e a partir dele que ela se desenvolve, e vai crescendo como 
ser que pertence à uma sociedade, aprendendo a criar, seguir e respeitar regras de convívio social. 
De acordo com Piaget e Vygotsky, a criança tem muito mais facilidade de iniciar seu 
aprendizado quando este é realizado de forma lúdica, pois isso faz com que seu desenvolvimento 
aconteça de forma regular, criando conexões entre o real e o imaginário. Inclusive, no tocante à uma 
segunda língua, a melhor idade é entre os 6 a 11 anos, pois é nesse momento que a criança inicia no 
ensino fundamental, pois isso acontece juntamente com o processo de alfabetização, desenvolvendo 
a linguagem e consequentemente está aberta ao aprendizado de novos sons da fala e às novas 
línguas. 
Brincar com crianças não é perder tempo, é ganhá-lo; se é triste ver meninos 
sem escola, mais triste ainda é vê-los sentados enfileirados em salas sem ar, 
com exercícios estéreis, sem valor para a formação do homem. (ANDRADE, 
Carlos Drummond de) 
O lúdico se faz presente no cotidiano das crianças, sendo em jogos, brincadeiras, músicas, 
entre outros. Portanto, é na aplicação dessas atividades que se motiva a criança à um aprendizado, 
que pode ser utilizado em qualquer área do conhecimento, tornando o aprender uma tarefa mais 
prazerosa e com maior efetividade. Durante uma brincadeira a criança pode descobrir novas 
maneiras de ser e fazer. Ela pode se tornar mais independente, tomar consciência do ser social e 
interagir com outras crianças. E nessa trajetória o professor exerce um papel fundamental, pois é ele 
quem direciona, intermedia e conduz o aluno à esse novo mundo. Além disso, o educador participa 
das atividades, troca ideias, motiva, estimula a criança a questionar e inova, está antenado às novas 
tecnologias, pois ele leva os alunos à uma autonomia maior e à responsabilidade por seu 
aprendizado e atuação no mundo como cidadão. 
2.3. O BRINCAR NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL: A ABORDAGEM PSICOGENÉTICA 
DE JEAN PIAGET 
A teoria piagetiana busca explicar a origem e a evolução da inteligência nos seres humanos, 
daí o nome Epistemologia Genética. Segundo (PIAGET, 1974 p. 48) “a Epistemologia Genética é o 
estudo da passagem dos estados inferiores do conhecimento aos estados mais complexos ou 
rigorosos”. Por isso, entende-se que em uma atividade de ensino pode-se alcançar esse conceito. Por 
exemplo, em uma atividade de apresentação, coloca-se as crianças em círculo, utilizando-se uma 
bola. Quem estiver com a bola pergunta “qual o seu nome” e joga para um colega que responde e 
assim sucessivamente. Isso caracteriza-se como um estado inferior, pois a criança aplica a 
linguagem falando seu nome e cognitivamente ela aprende a falar seu nome e reconhecer a 
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diferença fonética do nome dos colegas, isso caracteriza-se como estados mais complexos e 
rigorosos. 
Em outras palavras, o referido autor, propõe o retorno às fontes e à gênese propriamente dita 
do conhecimento, do qual a epistemologia tradicional conhecia apenas os estados superiores, isto é, 
certas resultantes finais de um complexo processo de formação. Essa abordagem epistemológica 
(episteme = conhecimento; e logia = estudo) é caracterizada como interacionista, pois para Piaget 
(1974), o organismo e o meio ambiente formam um todo indissociável. Do ponto de vista 
epistemológico decorrem as explicações sobre a estrutura da inteligência e do conhecimento, ou 
seja, a interdependência do sujeito e do objeto. O conhecimento é explicado através de uma 
evolução contínua, deste modo, a utilização da palavra ​gênese é concebida no sentido de processo, 
história, algo que tem origem e prosseguimento. Para Piaget (1982), o comportamento dos seres 
vivos não é inato, nem resultado de condicionamentos, mas construído numa interação entre o meio 
e o indivíduo, ou seja, a produção de conhecimentos pela criança são espontaneamente produzidos, 
mediante a cada estágio de desenvolvimento em que esta se encontra. Mas isso é um processo que 
requer tempo para o desenvolvimento desse aprendizado. Para Piaget (apud Bock. 2002), a criança 
passa por quatro estágios de desenvolvimentos, sendo eles: 
O primeiro período compreendido pelo estágio sensório-motor (0 a 2 anos), quando o bebê 
vai assimilando o mundo através de suas percepções e ações (movimentos), constata-se um 
crescimento acelerado do desenvolvimento físico, ocasionando novos comportamentos e 
habilidades. Em relação à linguagem, nessa fase acontece a repetição de sons e palavras. Como 
exemplo, a partir de 1 ano e meio a criança diz apenas a palavra “leite”, para dizer que quer leite. 
O segundo período, correspondido pelo pré-operatório (2 a 7 anos), é conhecido como o 
estágio da Inteligência Simbólica, porque a criança cria imagens mentais na ausência do objeto ou 
da ação, é o período da fantasia, do faz de conta e do jogo simbólico. Caracterizado pelo 
aparecimento da linguagem, da imitação, da dramatização, etc, o que viabiliza o desenvolvimento 
nos aspectos afetivos, sociais e intelectuais da criança. A linguagem está a nível de monólogo 
coletivo, ou seja, todos falam ao mesmo tempo. Sua socialização é vivida de forma isolada, mas 
dentrodo coletivo. Não há liderança e os pares são constantemente trocados. Existem outras 
características do pensamento simbólico como, por exemplo, o ​nominalismo (dar nomes às coisas 
das quais não sabe o nome ainda), superdeterminação “teimosia”, egocentrismo (tudo é “meu”, não 
conseguindo se colocar, abstratamente, no lugar do outro). Com a decorrência do desenvolvimento 
do pensamento, inicia-se a famosa fase dos “porquês”, motivada pela curiosidade da criança em 
conhecer o mundo que a cerca. A criança faz perguntas o tempo todo, não aceita a ideia do acaso e 
para tudo deve ter uma explicação. 
Quanto ao terceiro período, das operações concretas (7 a 12 anos), a criança compreende 
regras, ordena elementos por tamanho, peso, desenvolvimento das noções de tempo, espaço, ordem, 
entre outros. Ao estabelecer relações, a criança passa a pensar logicamente, diminuindo seu 
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egocentrismo, levando em conta inúmeros aspectos de uma determinada situação. Adquire a noção 
de reversibilidade, que é a capacidade de compreender um processo inverso ao observado 
anteriormente. 
No quarto período, onde ocorrem as operações formais (12 anos em diante), é o ápice do 
desenvolvimento cognitivo. A relação corpo, mente e sociedade passam por modificações. Essas 
modificações exigem do indivíduo que mostre a capacidade de estabelecer relações mais complexas 
entre os objetos físicos e sociais, também que tome decisões a respeito de si mesmo, dos outros e do 
mundo. Sendo capaz de pensar em diferentes relações possíveis, a partir de hipóteses e não apenas 
pela observação da realidade. Nessa fase, através da possibilidade de pensar e lidar com os 
conceitos de liberdade e justiça no plano emocional, o adolescente tenta buscar maiores 
informações do mundo que o cerca para se tornar capaz de realizar operações mentais mais 
complexas. Ou seja, sentirá a necessidade de criar outras possibilidades que ainda não estão 
disponíveis no momento. Desenvolverá a habilidade para construir reflexões e teorias sobre o 
mundo, com isso o adolescente se sentirá capaz de interpretar e agir no seu cotidiano. E para agir no 
seu convívio social, necessita conhecer o mundo de acordo com suas próprias reflexões, razão pela 
qual se diz que o jovem precisa sair, aprender com a própria experiência, conhecer novas pessoas e 
ambientes diferentes. 
De acordo com a tese Piagetiana, ao atingir esta fase, o indivíduo adquire a sua forma final 
de equilíbrio da mente, alcança o padrão intelectual que persistirá durante a idade adulta. Mas isso 
não significa que há uma estagnação das funções cognitivas. Pelo contrário, seu desenvolvimento 
intelectual posterior consistirá em uma ampliação de conhecimentos mais profundos, embora já 
tenha atingido a última forma de funcionamento mental. 
Portanto, Bock (2002) ressalta que “o desenvolvimento cognitivo na criança está vinculado à 
mudanças tanto qualitativas como quantitativas relacionadas aos períodos anteriores”. Entende-se 
que as mudanças caracterizadas como quantitativas, são aquelas referentes a números ou 
quantidade, como peso, altura, tamanho do vocabulário. Já, as qualitativas se referem à mudança na 
estrutura do indivíduo. Constata-se então que o desenvolvimento cognitivo da criança permite que 
ela se construa e se reconstrua a cada estágio, tornando-a cada vez mais apta e segura no seu meio 
social. E através disso, a criança desenvolve aprendizagens de novas habilidades através da 
comunicação não verbal para a verbal. 
2.4 TEORIA DE VYGOTSKY 
Um dos precursores sobre o tema Lúdico foi Lev S. Vygotsky, que buscou compreender a 
origem e o desenvolvimento dos processos psicológicos ao longo da história da espécie humana, 
levando em conta a individualidade de cada sujeito, que está imerso no meio cultural que o define. 
Para Vygotski, o homem é um ser social e depende do outro para seu desenvolvimento. Vygotsky, 
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em sua obra, aborda a infância, com destaque para o papel que o brinquedo desempenha, no que diz 
respeito à capacidade de estruturar o funcionamento psíquico da criança. 
Conforme Vygotsky (1984), “é na interação com as atividades que envolvem simbologia e 
brinquedos que o educando aprende a agir em uma esfera cognitiva”. Segundo ele, a criança se 
comporta de maneira muito mais avançada quando utilizada uma atividade lúdica quando 
comparado à vida real, tanto pela vivência de uma situação imaginária, quanto pela capacidade de 
subordinação às regras. De acordo com essa visão, o educador deve propor maneiras didáticas 
diferenciadas, como atividades lúdicas que despertem o desejo e interesse da criança pensar. É 
necessário identificar na criança o interesse, ou falta dele, em determinadas áreas do conhecimento 
e buscar estímulos capazes de manifestar a curiosidade, para que, mais tarde, isso não se reflita em 
predisposição a não gostar de alguma disciplina. 
Vygotsky (1984) afirma que “o brinquedo ajuda a desenvolver uma diferenciação entre a 
ação e o significado. A criança, com o seu evoluir, passa a estabelecer relação entre o seu brincar e 
a ideia que se tem dele”. Nesse sentido entende-se que o brincar é aprender. É esse brincar que 
criará bases importantes no desenvolvimento da criança, fará com que ela cresça e possua as 
habilidades cognitivas necessárias para lidar com a fase adulta. O lúdico é, portanto, uma 
ferramenta indispensável na educação infantil para o enfrentamento das dificuldades no processo 
ensino-aprendizagem. 
De acordo com Vygotsky (1998), “para entendermos o desenvolvimento da criança, é 
necessário levar em conta as suas necessidades e os estímulos pedagógicos que são eficazes para 
colocá-las em ação”. Diante de tal afirmação, entende-se que é necessário em sala de aula, antes da 
temática ser apresentada, propor primeiro uma atividade de estímulo para a criança, pois a mesma 
sente necessidade de gastar energias, de fazer movimentos como: pular, correr, cantar, etc. Isso 
contribui muito para o interesse do aluno nas atividades apresentadas posteriormente. O avanço da 
aprendizagem pela criança está ligado a uma mudança nas motivações e incentivos, por exemplo: 
aquilo que é de interesse para um bebê não o é para uma criança um pouco maior. A criança satisfaz 
certas necessidades no contato com o brinquedo, mas essas necessidadesvão evoluindo no decorrer 
do desenvolvimento cognitivo. Assim, como as necessidades das crianças vão mudando, é 
fundamental conhecê-las para compreender a singularidade da brincadeira como uma forma de 
atividade. 
A criação de uma situação imaginária não é algo fortuito na vida da criança; 
pelo contrário, é a primeira manifestação da emancipação da criança em 
relação às restrições situacionais. O primeiro paradoxo contido no brinquedo 
é que a criança opera com um significado alienado numa situação real. O 
segundo é que, no brinquedo, a criança segue o caminho do menor esforço – 
ela faz o que mais gosta de fazer, porque o brinquedo está unido ao prazer – e 
ao mesmo tempo, aprende a seguir os caminhos mais difíceis, 
subordinando-se à regras e, por conseguinte renunciando ao que ela quer, 
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uma vez que a sujeição a regras e a renúncia a ação impulsiva constitui o 
caminho para o prazer do brinquedo. (VYGOTSKY, 1998, p. 130) 
Isso nos mostra que a criança, ao ver e tocar o brinquedo, imagina diversas coisas que pode 
fazer com ele. Ela se transporta para um mundo onde ela é a protagonista. Neste momento, o papel 
do educador é observar cada detalhe, pois nesse mundo da imaginação, a criança manifesta suas 
inquietações, suas preocupações, seus anseios e, de certa forma, até pede ajuda. Por isso, o educador 
deve identificar esses detalhes e conduzir de maneira responsável aquela situação visando a 
proteção da criança, sem expô-la diante das outras crianças. A necessidade que a criança tem pelo 
brincar, se dá pelas observações do cotidiano, a qual está inserida. Por exemplo, quando a criança 
imita o mundo real através dos seus brinquedos, em uma brincadeira ela se coloca como o professor 
e seus brinquedos como os seus alunos. Além disso, Vigotski acrescenta que a brincadeira ajuda a 
criança a desenvolver habilidades, como falar, ler e escrever. 
Vygotsky conclui que “o brinquedo surge dessas necessidades não realizáveis de imediato” 
(1998), ou seja, aquilo que a criança ainda não sabe, mas ainda vai aprender. 
“Eles são construídos quando a criança começa a experimentar tendências 
não realizáveis: para resolver a tensão gerada pela não realização de seu 
desejo, a criança envolve-se em um mundo ilusório e imaginário onde seus 
anseios podem ser realizados no momento em que quiser. Esse mundo é o 
brincar.” (VYGOTSKY, 1998) 
Enquanto brinca a criança está aberta à influências externas, pois nesse momento entra em 
cena a imaginação, a qual é um processo psicológico cognitivo na criança, que a faz absorver de 
uma forma mais divertida aquilo que se pretende com a atividade. Vygotsky (1998) ressalta que “a 
imaginação surge originalmente da ação”. Desta forma podemos entender que ao apresentar uma 
nova atividade para a criança, através da aplicação do lúdico como recurso pedagógico, utiliza-se 
uma ação, provocando a assimilação e a aprendizagem daquela atividade na criança. Por exemplo, 
durante uma atividade sobre o natal, pode representar como várias culturas comemoram o natal. 
Isso despertará a curiosidade das crianças, pois elas utilizarão sua imaginação para visitar essas 
diferentes culturas. Outro exemplo seria falar sobre os cuidados com o meio ambiente, contando 
histórias regionais e levando às crianças até locais próximos onde haja lixo depositado, mostrando 
vídeos de poluição, etc. Isso fará com que as crianças sejam remetidas às suas realidades e elas com 
certeza irão dar exemplos de coisas que acontecem no seu dia-a-dia e passarão a cobrar uma atitude 
mais responsável no seu convívio social. Isso, como afirma Vygotsky, traz uma mudança de atitude 
na criança e consequentemente há uma mudança de comportamento frente ao conhecimento de 
novos valores educacionais. 
Para Vygotsky (1988), “o aprendizado e desenvolvimento estão inter-relacionados desde o 
primeiro dia de vida.” Assim, é fácil concluir que o aprendizado da criança começa muito antes dela 
frequentar a escola. Todas as situações de aprendizado que são interpretadas pelas crianças na 
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escola já têm uma história prévia, isto é, a criança já se deparou com algo relacionado do qual pode 
tirar experiências. 
A aprendizagem é o processo pelo qual o indivíduo adquire informações, 
habilidades, atitudes, valores, etc. a partir de seu contato com a realidade, o 
meio ambiente, as outras pessoas. É um processo que se diferencia dos 
fatores inatos (a capacidade de digestão, por exemplo, que já nasce com o 
indivíduo) e dos processos de maturação do organismo, independentes da 
informação do ambiente (a maturação sexual, por exemplo). Em Vygotsky, 
justamente por sua ênfase nos processos sócio-históricos, a ideia de 
aprendizado inclui a interdependência dos indivíduos envolvidos no processo. 
[...] o conceito em Vygotsky tem um significado mais abrangente, sempre 
envolvendo interação social. (OLIVEIRA, 1995, p. 57)​. 
Diante da interpretação de Oliveira (1995), constata-se que ao ensinar sobre determinado 
assunto com o objetivo de adentrar no mundo da criança, ao mesmo tempo insere-se os aspectos 
inerentes a esse assunto, como comportamentos, valores, costumes, etc. Vygotsky afirma que o 
aprendizado é um aspecto necessário para o desenvolvimento das funções psicológicas, as quais são 
organizadas pela cultura e, assim, caracterizam-se como especificamente humanas. Há o percurso 
natural do desenvolvimento definido pela maturação humana, mas é o aprendizado junto ao contato 
do indivíduo com um ambiente cultural que possibilita a realização dos processos psicológicos 
internos. Ou seja, o desenvolvimento intelectual da criança está extremamente ligado a sua relação 
com o ambiente sociocultural. 
2.5 A CRIANÇA: UM SER EMOCIONAL 
A criança é um ser complexo que não é dotado somente de razão, mas antes de afeto, 
componente fundamental para que a aprendizagem ocorra, por isso notadamente a afetividade deve 
ter importância central na formação escolar e integral da criança. É nesse sentido o entendimento de 
Lisboa (1998, p.63) que diz: [...] as creches e escolas são de grande importância para o 
desenvolvimento Cognitivo e emocional das crianças [...]. Nesses locais elas têm de aprender a 
brincar com as crianças, respeitar limites, controlar a agressividade, relacionar-se com o adulto e 
aprender sobre si mesmoe seus amigos, tarefas estas de natureza emocinal [...] fundamental para as 
crianças menores de seis anos é que elas se sintam importantes e queridas. A criança é 
essencialmente emocional. Manifesta-se através do que sente e lê o mundo ao seu redor com base 
no sentimento que este comunica, por isso tudo é muito intenso. Essa relação precisa ser 
compreendida pelo educador. Não é necessário ser um grande estudioso para entender que, quando 
uma criança se sente ameaçada, suas atitudes não serão como as de um adulto que procurará avaliar 
a situação e criar uma estratégia racional de defesa, mas demonstrarão uma agressividade que lhe 
servirá de defesa. 
Em sua teoria do desenvolvimento, Henry Wallon defende que a criança é essencialmente 
emocional. De acordo com Galvão (2000), esse autor destaca o fato de que as trocas de experiências 
nos primeiros anos de vida de uma criança são essenciais para seu desenvolvimento social e 
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cognitivo, ou seja, sua interpretação do mundo dependerá dos que estão em seu convívio. Essas 
primeiras trocas se iniciam na família: os pais, irmãos, avós, são os primeiros a imprimir na criança 
as bases de seu conhecimento empírico. Assim, cada criança recebe marcas de uma cultura, 
comportamentos, dialetos, costumes passados de geração em geração. Quando essa criança inicia na 
Educação Infantil, todo esse conhecimento adquirido em casa, se mistura com outros, trazidos de 
outras casas e é então que o papel do professor torna-se essencial, pois ele será o mediador que 
conciliará esses diversos conhecimentos e, em cima de cada um deles, iniciará um novo processo, 
onde serão feitas novas descobertas. Ainda citando Galvão (2008), a afetividade abrange diversas 
manifestações das emoções e sentimentos, conceitos esses que podem ser positivos ou negativos. O 
carinho, o amor, a atenção, a raiva, a confiança, são exemplos dessas manifestações que a criança 
começa a criar desde recém-nascida. É através dos vínculos afetivos com as pessoas mais próximas 
e visam a expressão e comunicação de algo como desconforto, alegria, dor, no início por meio do 
choro, forma mais primitiva da comunicação dos seres humanos. Em suas pesquisas sobre o 
psiquismo humano, Wallon (1987) volta sua atenção para a criança destacando que por meio dela é 
possível ter acesso à gênese dos processos psiquicos. Assim investiga a criança nos vários campos 
de sua atividade e nos vários momentos de sua evolução psiquica. Para isso enfocou o 
desenvolvimento em seus domínios afetivo, cognitivo e motor. Isso demonstra o quanto a 
afetividade é importante no processo de aprendizagem, ou seja, ele necessariamente precisa fazer 
parte do ser pedagógico. 
2.6 O PAPEL DO PROFESSOR 
É impossível falarmos de afetividade, de educação infantil, de crianças, sem falar do 
professor. Dentro desse universo, encontramos diversos tipos de atuação, posturas e características 
individuais desses profissionais, o que gera diferentes impactos na vida das crianças. A educação 
está carente de profissionais que chamem o aluno para a construção do conhecimento, que o 
instiguem a desbravar o mundo do saber, da curiosidade, estimulem a criatividade e a atenção. 
Profissionais comprometidos estão sempre em busca de novas metodologias de trabalho para 
melhorar a qualidade do ensino e deixá-lo atrativo, prazeroso, equilibrando a prática com a teoria. 
(MELO, 2011, p. 54) A citação acima, do ano de 2011, ainda é uma realidade. Infelizmente ainda 
hoje nos deparamos uma educação engessada, com profissionais pouco preocupados em construir o 
conhecimento, mas sendo apenas repetidores de informações, transmissores de um conhecimento 
estático e desinteressante, pois não reflete o dia-a-dia do aluno. Em termos de Educação Infantil, 
podemos dizer que esses profissionais corroboram com a expressão “depósito de crianças”, que 
muitos acreditam ser a realidade das creches, principalmente na educação pública. Muitas vezes, 
por não existir um projeto, um planejamento, esses profissionais transformam o ambiente em um 
local de repressão, onde as crianças são expostas a gritos quase histéricos de “silêncio!” e ficam 
diante de uma TV, assistindo desenho durante quase todo período em que estão na escola. 
Geralmente esse tipo de atitude permeia nosso mundo da Educação Infantil a ponto de existir dentro 
de uma mesma turma: a diferença de metodologia – ou ausência dela! É necessário que esses 
profissionais busquem uma organização de seu trabalho, colocando a criança como prioridade de 
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seu trabalho. Não adianta pensar que basta um vídeo, um monte de peças de montar ou um desenho. 
É uma questão de respeito, pois: [...] essa visão de organização do trabalho pedagógico considera as 
crianças como coautoras do seu processo de aprendizagem, tirando-as do lugar de passividade que a 
escola as têm colocado para um papel ativo e participativo. Quando trabalhamos com projetos, 
construímos na verdade uma comunidade de aprendizagem, na qual o professor, as crianças e suas 
famílias são igualmente “protagonistas”. (BARBOSA e HORN, 2008, p. 84) 
O trabalho na Educação Infantil refletirá na vida de cada criança de maneira a marcar essa 
etapa. Por isso, a afetividade é uma ferramenta fundamental para o professor. Sem ela, torna-se 
impossível conquistar a confiança da criança a ponto de que todo o resto seja absorvido. É 
necessário, além do preparo desse ambiente e de todo planejamento, o conhecimento da realidade 
dessa criança. As condições em que vive, sua situação familiar, os motivos que levam à 
determinadas atitudes. Ao ingressar na Educação Infantil ocorre uma ruptura com o ambiente 
familiar onde a criança encontra, ou deveria encontrar, sua segurança. A primeira impressão dela ao 
ser recebida na escola precisa ser a melhor possível. Ela precisa sentir-se bem-vinda. De certa 
maneira, quebrar essa barreira emocional é uma tarefa bastante complexa para algumas crianças e, 
se ela não sentir que a professora “gosta dela”, pode bloquear o desenvolvimento e integração com 
a turma e tornar a adaptação traumática. 
Diretamente ligada à emoção, a afetividade consegue determinar o modo com que as pessoas 
visualizam o mundo e também a forma com que se manifesta dentro dele. Todos os fatos e 
acontecimentos que houvena vida de uma pessoa traz recordações e experiências por toda a sua 
história. Dessa forma, a presença ou ausência do afeto determina a forma com que um indivíduo se 
desenvolverá. Também determina a auto-estima das pessoas a partir da infância, pois quando uma 
criança recebe afeto dos outros consegue crescer e desenvolver com segurança e determinação. 
(MUNDO EDUCAÇÃO, 2018) A responsabilidade do professor na Educação Infantil vai muito 
além do conhecimento que é construído: ela também forma caracteres, desenvolve auto-estima e 
molda o cidadão do amanhã. 
 
3. MATERIAIS E MÉTODOS 
Esse trabalho foi realizado através de pesquisa bibliográfica e das experiências obtidas 
durante os estágios realizados na Educação Infantil, Ensino Fundamental I e Gestão Escolar. As 
referências utilizadas foram retiradas de livros e artigos, depois de realizada uma busca por autores 
que discorreram sobre o tema da pesquisa, mesmo porque o assunto abordado é bastante amplo e 
ainda muito discutido. 
Durante toda a atuação nos estágios, o foco da pesquisa foi relacionada às Metodologias de 
Ensino, em particular a utilização de atividades lúdicas e da afetividade, buscando obter resultados 
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que confirmassem ou refutassem as linhas de referência com o objetivo de embasar o trabalho final 
de conclusão do curso. 
 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Somos seres que aprendem com descobertas. Somos impulsionados instintivamente para 
buscar o conhecimento em qualquer fase de nossas vidas seja pelo contato com nossos semelhantes, 
seja pelo domínio do ambiente em que vivemos. Quando essa característica nata é acompanhada de 
novos estímulos, novos questionamentos e incentivos, somos capazes de desenvolver ainda mais 
nossas faculdades. 
Para uma criança, os primeiros passos no caminho da educação são de grande importância 
uma grande responsabilidade para os educadores. É ali que toda base do desenvolvimento do 
indivíduo será fundada, por isso é necessário tornar essa experiência algo marcante, e essa busca, 
essa troca, essa interação e de apropriação de conhecimento não existe por si só, é uma ação 
conjunta entre as pessoas que cooperam, comunicam-se e comungam do mesmo objetivo que é 
tornar essas crianças indivíduos críticos, cidadãos que respeitam e buscam o respeito, que 
questionam e são agentes transformadores da sociedade. 
Essa é a importância do tema apresentado, pois as atividades lúdicas na educação escolar 
tem o poder de tornar as descobertas de uma criança algo significativo. É através do lúdico que se 
demonstra que a educação não pode ser limitada ao repasse de informações, em demonstrar um 
caminho que o docente acredita ser o certo, mas é fazer com que o aluno tome consciência de si, do 
outro e da sociedade, oferecendo ferramentas, que possibilitem escolhas compatíveis com os 
diferentes valores, diferentes visões de mundo e também com circunstâncias adversas que cada um 
poderá encontrar. 
Realizar um trabalho lúdico não é uma tarefa fácil e infelizmente nem todos estão dispostos 
a pagar o preço requerido. Requer pesquisa, requer envolvimento, requer criar e recriar o 
planejamento, fazer adaptações, aceitar que muitas vezes será necessário mudar a própria visão e 
aceitar que não somos os protagonistas das atividades. É necessário também superar a falta de 
recursos e utilizar materiais alternativos. Substituir o “não dá para fazer” pelo “como fazer”. Ser 
criativo, buscar parcerias e apoio de outros docentes e equipe pedagógica e, acima de tudo, não 
pedagógica e, acima de tudo, não desanimar. 
Esse é um compromisso que precisa ser assumido desde o início da vida acadêmica daqueles 
que escolhem a educação como profissão. É saber que será necessário sempre ir além e aceitar a 
mutabilidade das metodologias, tornando-se flexível e ao mesmo tempo um crítico dos processos 
para que o ensino aprendizagem seja sempre efetivo e que o objetivo de educar com qualidade para 
formar cidadãos mais conscientes seja alcançado. 
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5. CONCLUSÃO 
O objeto desta pesquisa foi a investigação da importância do lúdico e da afetividade nos 
processos de ensino e aprendizagem. Por meio de jogos e brincadeiras na Educação Infantil e 
mesmo nos anos iniciais do Ensino Fundamental, verificou-se que a criança tem maior capacidade 
de compreensão das atividades, pois pode associar elementos de sua vivência e criar conexões que 
vão proporcionar uma maior habilidade de compreensão das atividades propostas. 
Com base nas pesquisas bibliográficas sobre o tema, através de um levantamento teórico 
para melhor compreensão do conceito lúdico dos jogos e brincadeiras, procurou-se diagnosticar 
como esses mecanismos podem auxiliar na aprendizagem das crianças. Também através das 
observações dos estágios e das atividades aplicadas dentro da mesma linha de pesquisa, buscou-se a 
comprovação de toda a matéria defendida pelos autores que embasaram o trabalho. 
Pelo lúdico, as crianças desenvolvem a linguagem oral, a atenção, o raciocínio e a habilidade 
do manuseio, além de resgatar as potencialidades e conhecimentos. Desenvolve também a 
imaginação, a espontaneidade, o raciocínio mental, a atenção, a criatividade. Percebe-se que o 
lúdico, aliado aos jogos e brincadeiras é de fundamental importância para aprendizagem das 
crianças da educação infantil, pois ensinam brincando e colocam regras às atividades planejadas 
pelo professor. A adaptação desses jogos, aplicadas ao ensino das diversas áreas do conhecimento, 
também possui um resultado bastante importante quando utilizados durante as aulas do Ensino 
Fundamental. 
O lúdico desperta no aluno o desejo do saber, ou seja, do aprender desenvolvendo sua 
personalidade, criando conceitos e relações lógicas de socialização. Associadas à afetividade, pode 
tornar a criança mais segura, sentindo-se capaz de resolver seus conflitos e criando mecanismos de 
fortalecimento do caráter e contribuindo para seu desenvolvimento pessoal e social. 
A brincadeira é uma metodologia de aprendizagem que auxilia no ensino dos conteúdos 
escolares, pois ao brincar a criança aprende sem medo de errar, se socializando através da 
convivência com o outro. A criança que brinca na educação infantil aprende de maneira lúdica e 
atribui sentido ao mundo que é assimilado e interpretado de maneira significativa e prazerosa. Essa 
mesma criança,ao iniciar no Ensino Fundamental, terá maior facilidade de assimilar as novas 
rotinas, desde que não haja uma ruptura brusca. Por isso a importância de que os educadores 
mantenham essa metodologia nos anos iniciais do Ensino Fundamental, demonstrando que é 
possível continuar sendo criança, adquirir mais conhecimento e responsabilidade, mas também de 
forma agradável, gerando assim maior interesse na continuidade da vida escolar. 
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Tanto os jogos como as brincadeiras desenvolvem a socialização, a comunicação e a 
expressão da criança por isso integra a mesma ao mundo do conhecimento, mas para que a 
aprendizagem seja significativa precisa ser planejada e mediada pelo professor de maneira 
consciente e didática. Os jogos e as brincadeiras na escola proporcionam o aprendizado 
significativo, pois despertam a criatividade e favorecem a autoaprendizagem através da exploração 
e da investigação, desta forma, contribuem na construção do conhecimento. 
No período de estágio na Educação Infantil, atuando com crianças de 2 e 3 anos pertencentes 
à uma comunidade mais necessitada, observou-se que o cumprimento das regras estabelecidas pela 
professora regente eram facilmente cumpridas, pois foram apresentadas de uma maneira que 
propiciava a fácil visualização e que faziam sentido às crianças. Os projetos de ensino tinham 
características de aplicação lúdica e a professora demonstrava bastante conhecimento e técnica na 
construção das atividades, o que gerava resultados muito interessantes. 
A sala era composta por 18 crianças, muitas delas com histórico de abusos, violência 
doméstica e de extrema pobreza. Essas crianças eram as que tinham maior dificuldade em se 
integrar nas atividades, pois apresentavam uma desconfiança e até medo de se relacionar com as 
estagiárias. Esse fato só foi superado porque foram seguidas as mesmas diretrizes da professora 
regente, dando continuidade ao projeto trabalhando naquele momento, com o tema de “Brinquedos 
e brincadeiras dos tempos do Vovô”. Durante os dias regência, foram construídos brinquedos com 
sucata, apresentados temas musicais e objetos antigos como discos de vinil, fitas k-7 e recriadas 
brincadeiras antigas. Diante das atividades, verificou-se que houve um grande desenvolvimento das 
crianças, inclusive algumas que não tinham oralidade e passaram a pronunciar algumas palavras 
básicas. 
Já durante o estágio no ensino fundamental, observou-se que a professora seguia a linha 
tradicional de ensino e que a turma do 5º ano do fundamental tinha uma realidade bastante 
diferente. Os alunos com melhor compreensão sentavam-se nas primeiras carteiras enquanto que os 
que tinham maior dificuldade, ficavam espalhados nas últimas, isolados e sem nenhum 
acompanhamento. Os conteúdos eram todos escritos na lousa para a cópia e, os que não conseguiam 
acompanhar ficavam com várias lacunas nos textos, visto que a professora não esperava e apagava o 
início para continuar escrevendo. Os alunos eram inseguros, desmotivados e havia muito ​bulling 
por parte dos mais desenvolvidos. 
Para a atuação a professora propôs que fossem abordados os temas dos livros didáticos nas 
áreas de conhecimento: Matemática – frações; Português – pronomes; Ciências – aparelho urinário; 
Geografia – Região Centro-Oeste; História – A primeira constituição brasileira. Foi orientado que 
sua metodologia fosse seguida e que “não inventassem muito”. De qualquer forma, seguiu-se o 
trabalho e metodologia objeto da pesquisa e a construção das atividades teve como foco a aplicação 
de jogos e brincadeiras, conforme demonstração na tabela abaixo: 
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TABELA 1 
ÁREA DE 
CONHECIMENTO OBJETIVO APLICAÇÃO 
MATEMÁTICA 
Compreender as 
operações com frações 
simples 
Utilizou-se rolos de papel higiênico coloridos, onde 
cada equipe deveria representar as frações propostas 
em menor tempo. Durante a realização desta 
atividade, observou-se que a compreensão sobre 
frações foi facilmente absorvida pelos alunos. 
PORTUGUÊS 
Compreender a 
utilização dos Pronomes 
Possessivos 
Utilizou-se a oitiva de músicas de conhecimento 
popular para a identificação dos Pronomes 
Possessivos, sua utilização e ligação no contexto 
musical 
CIÊNCIAS 
Compreender o 
funcionamento do 
Sistema Urinário 
Utilizou-se a visualização do Sistema Urinário em 
mapa do corpo humano e a realização de 
demonstração do funcionamento através de 
experiência com filtro de café, água misturada com 
terra e processo de filtragem 
GEOGRAFIA 
Compreender a 
localização e atividades 
da região Centro-Oeste 
Utilizou-se identificação da região no mapa do Brasil, 
apresentação de imagens da cultura, agricultura, 
animais e demais características da região e seus 
estados 
HISTÓRIA 
Compreender a criação 
da 1ª Constituição do 
Brasil 
Utilizou-se vídeos com trechos da novela "Novo 
Mundo" para explicação da realidade do 
Brasil-Império, apresentou-se a Constituição de 1988 
e criação de paralelos entre aquele contexto e o atual 
com discussão envolvendo os alunos 
 
Os objetivos do trabalho foram alcançados, pois através das pesquisas realizadas, juntamente 
com a observação da sala e análise das necessidades presentes na turma, foi possível verificar como 
a aplicação das atividades de maneira lúdica e com metodologia diversa à aplicada pela professora, 
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a turma demonstrou maior interesse na realização das tarefas e, consequentemente, obteve uma 
maior compreensão dos temas das áreas de conhecimento propostos. 
Assim, tornou-se possível visualizar e comprovar na prática a importância do lúdico aliado 
aos jogos e brincadeiras e com a afetividades como ferramenta de integração, pois os mesmos 
auxiliam no desenvolvimento, na autonomia e no fortalecimento psicológico das crianças, 
independente se fazem parte da Educação Infantil ou do Ensino Fundamental, contribuindo para que 
sua vida escolar evolua de maneira mais completa e sem traumas. 
Desta forma o estudo constatou que ensinar ludicamente através dos jogos e brincadeiras 
torna a aprendizagem mais significativa e prazerosa, porque ambas proporcionam um aprendizado 
sem cobranças e pode ser aplicadaem qualquer fase do desenvolvimento infantil, bem como na 
adolescência e fase adulta. 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
ANDRADE, S. S. ​O lúdico na vida e na escola: desafios metodológicos.​ Curitiba: Appris, 2013 
ANTUNHA, Elsa Lima Gonçalves. ​Jogos Sazonais – Coadjuvantes do amadurecimento das 
funções cerebrais. In: OLIVEIRA, Vera Barros de (Org.). O brincar e a criança do nascimento aos 
seis anos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000. 
BRASIL, ​Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil - Ministério da Educação e 
do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998. 
CAMPOS, D. M. S​. – Psicologia da Aprendizagem, ​19º ed., Petrópolis: Vozes, 1986 
 
FEIJÓ, O. G​. – Corpo e Movimento. ​Rio de Janeiro: Shape, 1992. 
 
OLIVEIRA, Marta Kohl de. ​Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento um processo 
sócio-histórico​. 3. ed. São Paulo: Scipione, 1995 
PIAGET, J. ​A formação do símbolo na criança, imitação, jogo, sonho, imagem e representação 
de jogo. ​São Paulo: Zanhar, 1971 
PIAGET, Jean. ​A Epistemologia Genética e a Pesquisa Psicológica​. Rio de Janeiro: Freitas 
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