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Aula 1: Habilidades cognitivas e a sua importância para o desenvolvimento do potencial humano: o estudo da inteligência Desenvolvimento Humano e Social Psicologia Profª. Denise M. F. Romero Aula 2: A inserção social dos portadores de necessidades especiais: possibilidades e limitações Universidade Anhembi MorumbiHabilidades cognitivas e a sua importância� Introdução Aula 1: Habilidades cognitivas e a sua importância para o desenvolvimento do potencial humano: o estudo da inteligência Ao ler este texto você deverá ser capaz de identificar a trajetória histórica dos testes de inteligência, reconhecendo a aplicabilidade deste conhecimento e analisando as limita- ções que este tipo de avaliação oferece, para que se possa identificar as competências intelectuais de uma pessoa de modo adequado. Discriminar de que maneira a Teoria das Inteligências Múltiplas (H. Gardner) e a Teoria da Inteligência Emocional (Daniel Goleman) nos auxiliarão a ampliar o conhecimento a respeito das diversas habilidades mentais de uma pessoa. Universidade Anhembi MorumbiHabilidades cognitivas e a sua importância� A avaliação do potencial intelectual segundo a Psicometria Clássica Conhecer o perfil de desenvolvimento intelectual de um indivíduo é uma tarefa que requer alguns cuidados. Nas últimas duas décadas tem ocorrido uma grande discussão em relação à validade dos testes de inteligência, enquanto medidas preditivas do de- sempenho intelectual das pessoas.Um dos fatores que certamente tem contribuído para essa controvérsia, é a dificuldade de se definir consensualmente no que consiste a inteli- gência. Com o objetivo de superar esta dificuldade, usualmente identificamos alguns aspec- tos do desempenho do indivíduo como indicadores da sua capacidade intelectual, tais como: a sua facilidade para resolver problemas; a sua facilidade de adaptação diante de situações inesperadas;a sua facilidade para aprender e a sua capacidade para racio- cinar de modo abstrato. Entretanto, existem ainda outros elementos relevantes para se avaliar o potencial intelectual, tais como a inteligência verbal, a criatividade, a percep- ção espacial, a memória auditiva e visual, dentre outros, que não são passíveis de uma avaliação empírica, através da mera observação espontânea do comportamento. Visando esclarecer melhor alguns desses aspectos, cabe neste momento apresentar resumidamente o contexto histórico que favoreceu o surgimento dos primeiros testes de inteligência e a contribuição dessas informações para o planejamento educacional e para o ingresso no mercado de trabalho. Universidade Anhembi MorumbiHabilidades cognitivas e a sua importância� Breve Histórico dos Testes de Inteligência O primeiro teste de inteligência foi elaborado na França, entre 1904 - 1905, por Alfred Binet; este procedimento tinha como objetivo identificar as razões das dificuldades de aprendizagem de algumas crianças, contribuindo para o diagnóstico médico das causas dessas limitações. Elaborou-se então, uma escala de tarefas padronizadas e se aplico esses itens a diversas crianças, com diferentes idades cronológicas; os itens que fossem respondidos corretamente pela maioria de crianças de determinada faixa etária, reve- lavam a idade mental dessas crianças. Por exemplo: os itens corretamente respondidos pela maioria das crianças de 7 anos de idade, poderiam identificar o perfil intelectual esperado para avaliar a idade mental de 7 anos. Esse conceito foi definido em 1908, nos Estados Unidos e partir destes resultados foi possível compreender que as crianças que não conseguiam aprender, possuíam uma idade mental inferior à sua idade crono- lógica. Em 1916 surgiu nos Estados Unidos, as Escalas Terman e Stanford-Binet, que utilizavam o conceito de Quociente Intelectual (Q.I.); esta avaliação revelava a relação que existia entre a idade cronológica e a idade mental do indivíduo e a sua posição em relação à maioria da população. Portanto, o Q.I. constitui-se numa medida porcentual e estatís- tica, que retrata se a pessoa possui uma inteligência normal, abaixo ou acima da mé- dia. Em 1917 desenvolveram-se os testes para aplicação coletiva, o que comprovava a credibilidade desse instrumento para se prever o potencial intelectual das pessoas.No Brasil, o primeiro teste de inteligência teria sido utilizado em 1913.Vejamos agora quais são as informações que obtemos sobre a capacidade de raciocínio de uma pessoa, ao se utilizar os testes de inteligência. Alfred Binet Universidade Anhembi MorumbiHabilidades cognitivas e a sua importância� A avaliação quantitativa do Quociente Intelectual Segundo Wechsler (1981), a classificação do Q.I. baseia-se nos seguintes resultados : • Escores abaixo de 69: retardo mental. • Entre 70 – 79: limítrofes. • Entre 80 – 89: médio-inferiores. • Entre 90 - 109: médio. • Entre 110 – 119: médio-superiores. • Entre 120 – 129: superior. • Acima de 130: muito superior. Constatamos que, embora o resultado quantitativo do perfil de desempenho intelectual se constitua numa medida objetiva do potencial do indivíduo, devemos considerar tam- bém os riscos de uma rotulação do seu comportamento, principalmente para aqueles que se encontram acima ou abaixo do esperado. Outra objeção que os críticos dos testes de inteligência fazem, refere-se à natureza da inteligência avaliada através desses instrumentos.Existem duas teorias a esse respeito: a teoria dos dois fatores e a dos múlti- plos fatores. A teoria dos dois fatores discrimina dois tipos de índices da capacidade intelectual do indivíduo: o fator g, que refere se ao nível elementar de abstração, necessário para a solução de qualquer tarefa intelectual , tais como a lógica, a coerência, etc. Através da identificação deste resultado torna-se possível prever o desenvolvimento intelectual de uma pessoa. Já o fator s refere-se a raciocínios específicos, que são necessários para a solução de algumas tarefas, tais como o raciocínio numérico, a orientação espaço-tem- poral, dentre outros. Fator g Fator s Universidade Anhembi MorumbiHabilidades cognitivas e a sua importância� Já através da teoria dos múltiplos fatores podemos identificar capacidades mentais primárias, essenciais para a resolução das atividades intelectuais mais complexas. São elas: a compreensão verbal, a fluência vocabular, o raciocínio numérico, espacial, a memória associativa, a rapidez perceptiva e a indução. Outro tema muito discutido diante da necessidade de se identificar o nível intelectual de uma pessoa, refere-se aos determinantes biológicos ou ambientais da inteligência. Os autores que destacam o papel da hereditariedade, defendem a existência de algumas pré-disposições, que poderão se desenvolver ou não, dependendo da qualidade da esti- mulação ambiental. Já aqueles que salientam a importância do ambiente, identificam a aprendizagem como o elemento mais significativo para o desenvolvimento da capacida- de intelectual do indivíduo. Diante desta análise, deve-se salientar também que é importante considerar o nível de motivação da pessoa que está sendo avaliada; as oportunidades educacionais que lhe foram oferecidas; a qualidade nutricional da sua dieta alimentar (durante a gestação e primeiros anos de vida, especialmente); o seu estado emocional e a sua condição sócio- cultural, pois esses elementos certamente irão influenciar na qualidade do seu desempe- nho durante a avaliação. Finalmente, cabe discutir até que ponto é possível prever o desenvolvimento intelectual de uma pessoa, baseando-se unicamente no resultado dos testes de inteligência e con- siderar a constância do Q.I. ao longo de todo o desenvolvimento do indivíduo. Os testes de inteligênciapossuem coeficientes de validade, precisão e exatidão, que refletem a confiabilidade dos seus resultados. Entretanto,deve-se salientar a limitação desse instru- mento, na medida em que não identifica todas as possibilidades de utilização do poten- cial intelectual do indivíduo (até porque alguns testes baseiam-se primordialmente na identificação do fator g ou fator s). Universidade Anhembi MorumbiHabilidades cognitivas e a sua importância� É importante comentar também que, uma vez identificada a classificação do quociente intelectual de uma pessoa, esta medida deve se manter ao longo de toda a sua vida; podemos investir no aprimoramento das suas capacidades, porém, não se deve esperar a possibilidade do indivíduo progredir na escala quantitativa do seu nível de inteligência. Dito de outro modo : caso se avalie o perfil intelectual de uma pessoa e constatemos que se trata de um indivíduo portador de um rebaixamento no seu quociente intelectual, podemos (e devemos) estimular o seu desenvolvimento, porém, com o conhecimento que dispomos até este momento, não será possível fazer com que esta pessoa se torne um indivíduo com inteligência normal. É de fundamental importância assinalar também que a capacidade intelectual de um indivíduo aperfeiçoa-se continuamente, em função dos conhecimentos e informações que a pessoa possa adquirir ao longo de sua vida. Porém, quando for diagnosticada essa condição de sub ou superdotação intelectual (principalmente àquela associada às síndromes genéticas, como a Síndrome de Down, por exemplo), o perfil de desempenho cognitivo da pessoa irá se manter durante toda a sua existência. Caberá, portanto, ao meio ambiente oferecer todas as possibilidades para o pleno desenvolvimento do poten- cial que esses indivíduos possuem. Sendo assim, podemos afirmar que a avaliação do potencial intelectual de uma pessoa é um processo muito sério e deve observar todos os cuidados necessários para que esta informação possa ser útil para o pleno desenvolvimento do indivíduo e não contribua apenas para a sua estigmatização. Por outro lado, as modificações no contexto histórico e sócio-econômico, como o avan- ço tecnológico ou a injustiça social não são levados em consideração pelos testes mais utilizados. Portanto, os resultados obtidos pelo indivíduo através do seu desempenho nessas avaliações devem ser considerados com critérios adequados; sendo assim, deve- Universidade Anhembi MorumbiHabilidades cognitivas e a sua importância� mos observar que, mais importante do que o perfil quantitativo do teste, é a avaliação qualitativa dos resultados obtidos pela pessoa. Devemos destacar também que, ao se conhecer o nível intelectual de uma pessoa, de- vemos considerar esse resultado como um dos aspectos que compõem seu perfil, obser- vando também as suas condições de saúde geral, o seu estado emocional,o seu funcio- namento neurológico e perceptivo e como o indivíduo utiliza esse potencial nas tarefas do seu cotidiano. Outras abordagens do potencial intelectual: a contribuição de Howard Gardner (Teoria das Inteligências Múltiplas) e Daniel Goleman (Teoria da Inteligência Emocional) As controvérsias em relação ao conceito e avaliação da inteligência contribuiriam para que nos anos 90 surgissem novas maneiras de se conhecer os determinantes da capa- cidade de raciocínio de uma pessoa. Segundo Gardner (1994), os testes tradicionais de inteligência avaliam apenas as habilidades verbais e matemáticas, excluindo a possibi- lidade de se conhecer outras aptidões também importantes. Sendo assim, devem-se de- senvolver instrumentos de medida que possibilitem identificar essas aptidões e oferecer à pessoa chances de aprimorar as suas habilidades e desenvolver melhor aquelas funções pouco desenvolvidas. Para que se concretize esse objetivo, deveríamos identificar as competências intelectu- ais do indivíduo e os procedimentos educativos deveriam estimular a totalidade dessas aptidões. Ao agirmos desse modo seria possível ampliar as oportunidades de auto-rea- lização e proporcionar melhores recursos para a interação social dos indivíduos. Partin- do-se desse princípio, deve-se considerar, portanto, que existem sete tipos de inteligên-Howard Gardner Universidade Anhembi MorumbiHabilidades cognitivas e a sua importância� cia. Essas modalidades dependem de áreas cerebrais específicas, que atuam de modo relativamente independente, e que, através do estímulo educacional, poderiam desen- volver-se. São elas: • A lógico-matemática – relacionada à capacidade de trabalhar com números e dis- cernir padrões lógicos; • A linguística – responsável pela sensibilidade para os sons e o significado das pala- vras; • A musical – que se revela através da facilidade para lidar com a expressão musical, com as harmonias sonoras; • A espacial – que se observa através da habilidade para compreender a relação espaço temporal, para dimensionar proporções no plano tridimensional; • A cinético corporal – responsável pela aptidão para lidar com a destreza corporal; • A inter pessoal – que desenvolve a habilidade para lidar com diferentes estados de humor das pessoas, revelando a capacidade para identificar as motivações e as necessidades dos demais e • A intra pessoal – que se revela através da facilidade do indivíduo para perceber e diferenciar os próprios sentimentos, conhecendo os seus pontos fracos e as suas potencialidades. Ao se descrever essas competências, percebe-se a importância dessa teoria na amplia- ção do nosso conhecimento a respeito das capacidades cognitivas do indivíduo.Con- tudo, ainda observam-se alguns aspectos que não são contemplados pela teoria das inteligências múltiplas, como a possibilidade do indivíduo obter sucesso pessoal e pro- fissional, utilizando a sua capacidade intelectual. Surgem então a proposta da teoria da Inteligência Emocional. Segundo Daniel Goleman (1990), as avaliações do Q.I. não oferecem uma base segura para se prever o sucesso ou fracasso social do indivíduo, pois a sua autopercepção e a Daniel Goleman Universidade Anhembi MorumbiHabilidades cognitivas e a sua importância10 maneira como a pessoa lida com as suas emoções também são elementos importantes para o bom desenvolvimento das suas capacidades. Ao se considerar esses aspectos, aqueles que são capazes de criar motivações para si mesmos, controlar impulsos e saber a hora certa de agir, controlando a própria ansiedade e desenvolvendo a auto- confiança, poderão ser pessoas melhor ajustadas ao convívio social, do que aquelas que possuem uma excelente capacidade de raciocínio abstrato, porém, não aprendem a lidar consigo mesmas e com os outros de modo adequado. De acordo com a teoria da Inteligência Emocional, para que se alcance esse objetivo é necessário aprender a: • conhecer as próprias emoções, especialmente quando elas ocorrem; • lidar com as emoções: saber livrar-se da ansiedade; ser tolerante consigo mesmo; expressar a raiva objetivamente; motivar-se, utilizando a energia das emoções em benefício próprio; • saber reconhecer as emoções dos outros : ser empático, habilidoso no trato com as outras pessoas e • lidar com os relacionamentos : saber ser popular no grupo, liderar pessoas, saber administrar conflitos e propor soluções pertinentes. Finalmente, considerando-se a capacidade que a pessoa possui em relação ao domínio das suas emoções, segue-se uma tipologia das pessoas, observando-se em considera- ção a maneira como elas identificam e como reagem diante das próprias emoções e das emoções dos demais: • Pessoas Auto-conscientes: essas sabem identificar claramente as suas emoções no momento em que ocorrem e são racionais para saber como agirem cada situa- ção. Apresentam uma boa saúde emocional e tendem a ter uma perspectiva po- sitiva diante de si mesmas, dos outros e da vida de modo geral. Evitam ruminar problemas e sabem utilizar as próprias emoções em benefício próprio. Universidade Anhembi MorumbiHabilidades cognitivas e a sua importância11 • Pessoas Mergulhadas: essas não sabem identificar as emoções que experenciam e se deixam levar por essas emoções; são instáveis; têm dificuldades para modificar o seu modo de agir, pois não se dão conta do ponto que atingem. Mostrando-se temperamentais e são facilmente desacreditadas devido ao seu descontrole emo- cional. Podem se sentir emocionalmente perturbadas, acreditando que as emoções dominam o seu raciocínio. • Pessoas Resignadas: essas podem identificar os seus estados emocionais, porém pouco fazem para ajustá-los, reagindo de modo mais equilibrado diante das dife- rentes situações que surgem.Podemos observar que há pessoas que tendem a agir como se estivessem constantemente de bom humor, (o famoso “cuca fresca”), que, aparentemente, não se importam com nada e quando menos se espera explodem diante de uma situação que não requeria esse tipo de comportamento. Há também o indivíduo impulsivo, que age de modo agressivo e depois pede desculpas, ale- gando que “ ele é assim mesmo e que não se deve levar em conta o que ele fala num momento de nervosismo”. Pessoas que agem desse modo, deixam-se levar pelas emoções, porém reconhecem o seu descontrole. Apesar das dificuldades de convívio que este comportamento produz, devemos admitir que estes indivíduos apresentam melhores possibilidades para o convívio social do que as pessoas mer- gulhadas, pois identificam a inadequação da sua conduta. Vemos, portanto, que através dessas maneiras de se conceber o desenvolvimento da capacidade intelectual de uma pessoa, enriquecemos a compreensão dos determinantes do comportamento e poderemos desenvolver uma visão mais abrange do modo como devemos agir e saber lidar com as outras pessoas. Para concluir, podemos afirmar que o estudo da inteligência é ainda um grande desa- fio; as diferentes maneiras de se conceber esse processo podem nos auxiliar a ter uma visão mais enriquecida a respeito deste aspecto, porém há ainda a necessidade de se Universidade Anhembi Morumbi A inserção social dos portadores de necessidades especiais: possibilidades e limitações� Introdução Aula 2: A inserção social dos portadores de necessidades especiais: possibilidades e limitações Ao ler este texto você deverá ser capaz de identificar as principais condições envolvidas com a ocorrência de limitações sensoriais e intelectuais e projetar ações educativas e/ou profissionalizantes, que possam auxiliar na inserção social desses indivíduos; e também identificar medidas cabíveis para a prevenção desses problemas, ao nível primário, se- cundário e terciário. Universidade Anhembi Morumbi A inserção social dos portadores de necessidades especiais: possibilidades e limitações� Lidando com as diferenças O significado dos níveis de prevenção em saúde e a possibilidade de se aplicar esses conceitos no âmbito educacional e profissionalizante Faz parte da crença popular que “sempre é melhor prevenir do que remediar”; contudo, quando analisamos ações concretas que as próprias pessoas e o poder público adotam para evitar a ocorrência de alguns problemas, nos deparamos com inúmeros problemas que tornam a prevenção apenas um discurso, com poucas medidas efetivamente sendo colocadas em prática. Para que possamos conhecer melhor no que consiste realmente a prevenção e de que maneira podemos aplicar esse conhecimento no dia a dia, descre- veremos a seguir quais são os níveis de prevenção e de que modo se pode agir, visando a redução de algumas condições incapacitantes que comprometem o desenvolvimento do potencial do indivíduo. O conceito de saúde e a descrição dos níveis de prevenção Definir saúde pode parecer um procedimento banal e óbvio; porém, quando refletimos a respeito das nossas condições de saúde no cotidiano, percebemos que ocorrem vá- rias situações que podem comprometer o nosso bem estar. Conceitua-se a saúde como um estado de relativo bem estar, que permite à pessoa gerenciar a sua própria vida, de modo gratificante e produtivo, combatendo de forma eficaz e prontamente, os agentes agressores que possam prejudicar esse equilíbrio. Universidade Anhembi Morumbi A inserção social dos portadores de necessidades especiais: possibilidades e limitações� Vemos, portanto, que não existe um estado permanente de bem estar; é necessário desenvolver ações que possam assegurar essa condição na maioria das vezes. Conside- rando-se essas ações, é importante descrever no que consistem os níveis de prevenção e de que forma se poderia utilizar melhor esses recursos na população. Conceitua-se como prevenção primária todas as ações educacionais ou intervenções clínicas que impedem a ocorrência do problema. Podemos classificar como prevenções primárias : as campanhas de vacinação; os serviços de orientação e prevenção de aci- dentes nos locais de trabalho; a formação de grupos de orientação de pais ou adoles- centes, visando abordar algumas condições que podem ocorrer durante esse período de desenvolvimento. Através da prevenção primária pode-se eliminar totalmente a ocor- rência de algumas dificuldades, pois essas ações impediriam que a pessoa adquirisse a patologia ou incapacidade, se intervindo antes que o problema ocorresse.Este nível de prevenção é o mais favorável, pois envolve os menores custos financeiros e promove as melhores condições de vida para a população. Já a prevenção secundária ocorre através do diagnóstico precoce e da rápida interven- ção, oferecendo-se o tratamento adequado no início dos sintomas. O acesso aos meios de diagnóstico e orientação é a principal conduta a ser adotada para que este proce- dimento ocorra a contento.Os custos operacionais serão um pouco maiores do que na prevenção primária, porém se pode impedir que as condições incapacitantes se tornem permanentes. A prevenção terciária, por sua vez, ocorre quando o indivíduo sofre alguma forma de agressão que o incapacite permanentemente; neste caso, será possível desenvolver ações de reabilitação e medidas que evitem seqüelas mais graves. Este é o meio de pre- venção mais oneroso e que impede o prosseguimento da atividade produtiva do sujeito, exigindo uma re-estruturação na vida da pessoa. Universidade Anhembi Morumbi A inserção social dos portadores de necessidades especiais: possibilidades e limitações� A partir destas informações, vejamos de que modo poderemos aplicar esses conceitos em relação à excepcionalidade sensorial e intelectual. Caracterização de alguns tipos de excepcionalidade sensorial - Características do funcionamento sensorial normal Para que possamos contar com um funcionamento adequado dos órgãos dos sentidos, é essencial que estes possam receber os estímulos do meio e ativar os centros nervosos específicos, acionando os eixos cerebrais responsáveis pela motricidade, memória e aprendizagem. Caso ocorram danos a este sistema, os sintomas poderão aparecer prontamente ou necessitarem de uma observação mais cuidadosa do comportamento do indivíduo. Para que possamos assegurar que uma pessoa possui o funcionamento do seu sistema senso- rial íntegro é necessário proceder à observação do seu comportamento; analisar tam- bém o perfil do seu rendimento escolar ou profissional e verificar os seus resultados nos testes visuais e auditivos. Alguns problemas poderão ser diagnosticados com maior rapidez, a partir da observa- ção da aparência do indivíduo (olhos vermelhos,lacrimejantes, inflamados, pálpebras inchadas), de algumas queixas que ele possa fazer (dor de cabeça, tontura, enjôo, difi- culdade para enxergar, coceira nos olhos, visão nublada, etc.) ou analisando-se o seu desempenho profissional. Uma vez diagnosticada qualquer forma de prejuízo sensorial, caberá a avaliação das medidas necessárias para a recuperação total do indivíduo, ou a orientação necessária para a sua adaptação diante de uma condição permanentemente incapacitante. Veja- mos qual é o impacto das patologias que prejudicam a visão. Universidade Anhembi Morumbi A inserção social dos portadores de necessidades especiais: possibilidades e limitações� A classificação dos distúrbios visuais Existem diferentes níveis de comprometimento da visão, que vão desde a perda total da capacidade de enxergar, até a visão sub-normal,que poderá ser totalmente corrigida, através do uso de óculos. Diversas condições podem prejudicar a capacidade visual de uma pessoa, tais como : a doenças especificamente oculares como a conjuntivite, o ter- çol, a irite, o glaucoma, a catarata, o descolamento da retina, a toxoplasmose, o traco- ma e as seqüelas do sarampo. Podem ocorrer também problemas que comprometam o enfoque da imagem visual, como a hipermetropia, que consiste na dificuldade para se enxergar de perto; neste caso, a pessoa também pode apresentar estrabismo e tende a escrever utilizando letras grandes. Já a miopia irá se manifestar através da dificuldade para se enxergar de longe; neste caso a pessoa tenderá a escrever com letras pequenas e apresentará dificuldades para discriminar os estímulos visuais mais distantes. Conside- rando-se a etiologia desses problemas e os recursos preventivos disponíveis, podemos afirmar que nestes casos aplicam-se os níveis de prevenção primária e secundária. Porém, existem condições que podem comprometer com maior intensidade a capacida- de visual. Vejamos quais poderiam ser as causas e que aspectos do desenvolvimento são afetados pela perda da visão. Causas da Cegueira As causas da cegueira podem ser congênitas, quando adquiridas durante a gravidez ou logo após o nascimento. A rubéola congênita, a toxoplasmose, as infecções causadas pelo vírus da sífilis, a má formação ocular ou a retinopatia de prematuridade podem ser mencionadas como causas congênitas da perda da visão. Universidade Anhembi Morumbi A inserção social dos portadores de necessidades especiais: possibilidades e limitações� É importante salientar que estas condições podem ser prevenidas ao nível primário, através da assistência pré-natal e do bom atendimento no caso de crianças que nascem prematuras e necessitam da oxigenoterapia. Nestes casos é importante que a redução do teor de oxigênio ocorra paulatinamente, para que não aconteça o descolamento de retina, responsável pela retinopatia de prematuridade. Existem também causas adquiridas ao longo da vida, tais como as doenças infecciosas (meningites), as complicações do sarampo, a infecção por tracoma,tuberculose, varice- la, a carência de vitamina A e os traumatismos em geral (cerebrais e oculares). Nestes casos, a prontidão para o diagnóstico e o tratamento efetivo poderão impedir a perda total da visão; infelizmente, para algumas pessoas, os sintomas só serão notados quan- do não existirem mais condições de reverter o quadro. É importante salientar também que o diagnóstico precoce da cegueira é difícil e requer a identificação precisa do quadro, para que se possa verificar se é apenas uma deficiência sensorial ou se está associada a outras deficiências, tais como a surdez, o retardo men- tal, dentre outros. Nesses casos irá se aplicar apenas o nível de prevenção terciária. Considerando-se a ocorrência de um quadro de cegueira congênita, como poderemos agir para que o desenvolvimento global desta pessoa não seja definitivamente compro- metido? Vejamos quais são as implicações e o prognóstico nestes casos. Como perceber se uma criança é cega? Alguns indícios podem nos fazer suspeitar que a criança possui uma perda significativa da visão ou é totalmente cega. São eles: Universidade Anhembi Morumbi A inserção social dos portadores de necessidades especiais: possibilidades e limitações� • A presença de movimentos anormais com os olhos, como o nistagmo e o estrabismo; • A ausência de contração da pupila diante do estímulo luminoso e • A ausência da reação de esquiva. Além da perda da visão, outros aspectos do desenvolvimento também serão afetados. Segue abaixo a descrição de algumas habilidades importantes que são prejudicadas Comprometimentos associados à perda de visão O tônus muscular é reduzido, em função do prejuízo em relação à percepção visual; há um significativo atraso na aquisição da linguagem expressiva, pois a criança cega não pode imitar os movimentos dos lábios do seu interlocutor. São comuns o uso de gestos e de expressões faciais inadequadas (tiques, contrações involuntárias da boca) e podem estar presentes a auto estimulação, o balanceio ritmado do corpo e da cabeça. Diante de todos estes aspectos do desenvolvimento que são afetados pela perda da visão, como se deveria agir para que a pessoa cega possa desenvolver as suas habilida- des, apesar da sua limitação? Observemos algumas condutas que podem ser efetivadas. O tratamento da cegueira O avanço da tecnologia tem contribuído para melhorar a qualidade de vida das pessoas cegas. De qualquer maneira, é importante que se estimule esses indivíduos para que se tornem independentes. Devemos incentivá-los a explorar o ambiente; procurar manter a proximidade física com as crianças cegas,o que irá desenvolver o seu esquema corporal. É importante destacar também que quanto mais precoce for a estimulação oferecida, melhor será o aproveitamento do potencial de desenvolvimento do indivíduo. Universidade Anhembi Morumbi A inserção social dos portadores de necessidades especiais: possibilidades e limitações� No que se refere ao desenvolvimento educacional e profissionalizante, as pessoas cegas podem até seguir a escolarização normal, desde que haja a adaptação arquitetônica da sala de aula e das demais dependências da escola e do local de trabalho. Poderão utilizar também o Método Braille e recorrer a quaisquer outros instrumentos que lhes permitam participar das atividades (computador interativo, por exemplo). Antes de finalizarmos as reflexões a respeito da excepcionalidade sensorial, vale uma breve descrição das condições envolvidas com a perda da audição. Como podemos identificar os distúrbios auditivos, especificamente? Sabemos que a nossa audição é essencial para o desenvolvimento da linguagem expres- siva e, posteriormente, para que possamos adquirir a leitura e a escrita. Porém, pode- rão ocorrer alguns problemas que venham a prejudicar a capacidade auditiva de uma pessoa. Vejamos quais são as causas da perda da audição. As causas da perda da audição Assim como acontece com a visão, a perda da audição pode ocorrer devido a causas congênitas ou adquiridas. Em relação às causas congênitas destacam-se : a rubéola, a toxoplasmose, a má formação do canal auditivo, a fenda palatina. Já em relação às causas adquiridas, podemos citar as infecções do ouvido médio, os traumatismos, a per- furação do tímpano, os efeitos da mudança brusca de pressão atmosférica (por mergu- lho, por exemplo) e a poluição sonora. Universidade Anhembi Morumbi A inserção social dos portadores de necessidades especiais: possibilidades e limitações10 Diante da suspeita de uma lesão auditiva, cabem medidas pontuais para o tratamento e reversão do quadro. É interessante salientar que não é imediata a percepção da perda da audição e este aspectopode prejudicar seriamente a qualidade do atendimento e as possibilidades de recuperação do indivíduo. Observemos de que maneira esse processo se desenvolve, especialmente em relação à perda auditiva congênita. Como perceber se uma criança é surda e o tratamento adequado para essa condição No caso da surdez congênita, os primeiros sinais da perda auditiva podem ser notados entre 6 e 9 meses, pois é neste período que se espera que ocorra o maior desenvolvi- mento da linguagem expressiva e a criança não reagirá aos comandos verbais, apresen- tando, portanto, um atraso do desenvolvimento esperado para a linguagem. Constatada a perda da audição, resta decidir quais serão os melhores recursos para que a pessoa continue o seu desenvolvimento.Refletindo-se sobre a importância da comuni- cação das pessoas surdas, há uma grande controvérsia em relação à adequação da lin- guagem gestual: alguns educadores defendem a posição de que o importante é ensinar a pessoa a se comunicar, utilizando para isso, os meios possíveis. Outros profissionais acreditam que a leitura labial seria um recurso melhor, pois capacitaria a comunicação do indivíduo surdo de modo mais fluente do que através da linguagem dos sinais (libras). Pensando-se na capacitação educacional, o ensino do indivíduo surdo requer um pro- fessor especializado, pois, embora este aluno possa apresentar uma inteligência nor- mal, necessita de dispositivos ambientais condizentes com sua excepcionalidade. Já no contexto profissional, existem algumas atividades compatíveis com a perda da audição. Resta ao empregador a disponibilidade de oferecer ao candidato a chance de demons- trar os seus interesses e aptidões profissionais. Universidade Anhembi Morumbi A inserção social dos portadores de necessidades especiais: possibilidades e limitações11 Daremos prosseguimento agora a nossa reflexão sobre este tema, analisando outras formas de excepcionalidade; pretendemos discutir algumas condições relacionadas ao perfil intelectual do indivíduo, buscando-se identificar de que maneira podemos aprovei- tar melhor o potencial destas pessoas, sem deixar de reconhecer as suas limitações. A condição de excepcionalidade intelectual - A descrição de algumas características do perfil de desempenho dos portadores de deficiência mental moderada Para que uma pessoa excepcional possa ter o seu potencial plenamente desenvolvido, é importante que lhe sejam oferecidas oportunidades de aprendizagem condizentes com a suas necessidades, dando-lhe também a chance de interagir com os demais, tornando- se responsável por si mesma, na medida do possível. Dentre os diversos quadros de excepcionalidade intelectual, iremos destacar algumas características do indivíduo limítrofe (Q.I. entre 70 e 79), uma vez que essas pessoas têm obtido maior sucesso em relação às possibilidades de escolarização e profissionalização nos últimos anos. É muito comum que observemos nas escolas, as dificuldades que algumas crianças pos- suem para aprender. Embora tenham uma aparência física muito semelhante às demais crianças da sua idade, a partir de uma determinada série escolar, começam a apresen- tar limitações que as impedem de prosseguir. Geralmente são pressionadas para que obtenham os mesmos resultados dos seus colegas, e tal expectativa só irá agravar as suas dificuldades. Caberá neste caso uma investigação diagnóstica criteriosa e a conclu- são poderá ser que trata-se de uma pessoa sub-dotada intelectualmente – limítrofe. Universidade Anhembi Morumbi A inserção social dos portadores de necessidades especiais: possibilidades e limitações1� A condição de limítrofe pode ser determinada por diversos fatores; têm-se considerado mais adequado definir essas pessoas como portadoras de um “bloqueio” no seu desen- volvimento, que pode ter ocorrido devido a condições congênitas (doenças maternas, dificuldades no parto) ou adquiridas (traumatismo craniano, doenças infecciosas que prejudiquem o funcionamento neurológico). Em decorrência deste quadro, destacam-se algumas características do comportamento do indivíduo, tais como: as dificuldades de aprendizagem, especialmente relacionadas à expressão verbal e à coordenação motora; as limitações quanto ao raciocínio abstrato, as dificuldades para se concentrar. No contexto social, chama a atenção a sua a imatu- ridade social, que se irá se revelar através da ingenuidade e da sua auto-crítica, muitas vezes, limitada. A somatória de todos esses elementos contribui para que o indivíduo sinta-se deslocado no ambiente em que vive. Em relação ao seu aproveitamento escolar, particularmente, poderá cursar, em média, até a 4ª série do 1° grau, porém já apresentará dificuldades com a matemática, pois irá se limitar a “decorar” a solução dos problemas; sua coordenação motora é pobre, o que também comprometerá a sua escrita. Em relação ao seu comportamento social, poderá apresentar episódios de agressividade, insegurança e isolamento, o que acontece princi- palmente quando se sente ridicularizado em virtude do seu precário desempenho. Diante de todas estas características, essas pessoas devem ser encaminhadas para um ensino especializado, com o objetivo de profissionalizá-las. Deve-se enfatizar as expe- riências concretas, que auxiliarão esses indivíduos a solucionarem problemas práticos. Eles deverão participar também de atividades comunitárias, o que os ajudará a lidarem melhor com as suas frustrações e que também permitirão o desenvolvimento de outras habilidades (como praticar um esporte, dançar, tocar um instrumento, etc.) Universidade Anhembi Morumbi A inserção social dos portadores de necessidades especiais: possibilidades e limitações1� Destacamos também que a necessidade de integração social saudável para essas pesso- as deve ser uma preocupação de todos, pois, as suas dificuldades de entrosamento com os grupos, têm facilitado o seu envolvimento com delinqüentes, uma vez que os limí- trofes possuem uma precária avaliação de alguns aspectos da realidade; são também consideradas legalmente incapazes, o que as eximiria da responsabilidade pelos atos praticados. Antes de finalizarmos, comentaremos algumas características de desenvolvimento pre- sentes nos indivíduos portadores de uma capacidade intelectual acima da média – os superdotados. Descrição de algumas características do perfil de desempenho dos indivíduos superdotados Quando uma família sabe que um dos seus membros possui um nível intelectual acima da média, geralmente sente-se orgulhosa e tende a exigir dessas pessoas, uma “superio- ridade” em relação a todos os demais aspectos de sua vida. Contudo, a observação do comportamento desses indivíduos tem revelado que o fato de serem mais inteligentes do que a maioria da população, não assegura que estarão livres de dificuldades de rela- cionamento e até de aproveitamento escolar, pois nem sempre conseguem estabelecer vínculos afetivos adequados com as outras pessoas. Não há uma unanimidade em relação às condições que favorecem a condição de su- per-dotação intelectual. Destacam-se algumas características físicas, emocionais e inte- lectuais, porém não é possível generalizar esse perfil para todos os superdotados. Universidade Anhembi Morumbi A inserção social dos portadores de necessidades especiais: possibilidades e limitações1� No que se refere ao desenvolvimento físico, essas pessoas geralmente apresentam um peso e altura superiores às crianças da sua idade; seu amadurecimento sexual pode ocorrer com maior rapidez, o que também acarretará uma ossificação mais acelerada; dificilmente apresentam problemas neurológicos. Já em relação ao seu desempenho intelectual, destacam-sepela curiosidade e criativi- dade; seu raciocínio lógico e abstrato mostra-se acima do esperado. Possuem facilidade para a leitura e cálculo; apresentam maior número de amigos imaginários na infância e gostam de jogos mais sofisticados. Já o seu comportamento emocional pode revelar dificuldades de entrosamento com o grupo de pessoas da mesma idade; são muito auto-críticos e, em função de serem in- centivados a desenvolver apenas o seu perfil intelectual, ficam defasados em relação às suas emoções. Podem apresentar sérias dificuldades escolares, em função da desmotiva- ção diante do que os professores ensinam ou em razão dos desajustes de relacionamen- to com os colegas. O ensino especializado seria o mais indicado, porém, há pouca oferta desse tipo de es- cola. Muitas vezes os superdotados deverão seguir a escolaridade compatível com a sua idade cronológica. Porém, é importante assinalar que, o fato de possuir um Q.I. acima da média, não implica na necessidade de ter uma sobrecarga de estudos. As atividades de lazer são imprescindíveis para que essas pessoas possam se integrar com os demais e serem melhor aceitas, desenvolvendo outras habilidades que talvez desconheçam. No contexto profissional, estão sujeitas às mesmas atividades oferecidas à maioria da população e precisarão aprender a se adequar às exigências do convívio social neste segmento. Universidade Anhembi Morumbi A inserção social dos portadores de necessidades especiais: possibilidades e limitações1� Bibliografia ADRADOS, I. Orientação Infantil. 6. ed. São Paulo: Vozes, 1985. BATSHAW, M. L. e PERRET, Y. M. Criança com deficiência: uma orientação médica. São Paulo: Maltese, 1990. Leituras Sugeridas LUCHESI, M.R.C. Educação de pessoas surdas: experiências vividas, histórias narradas. São Paulo: Papirus, 2003. RIBAS, J.B.C. O que são pessoas deficientes. São Paulo: Brasiliense, 2003. Filmografia O Oitavo Dia de Jaco van Dormael, Bélgica/França/Reino Unido. Este filma trata da questão do portador da Síndrome de Dow na fase adulta, discutindo as dificuldades para o enfrentamento das crises naturais da vida. Além da qualidade do filme, vale ressaltar que os atores realmente são portadores da síndrome, o que revela uma atitude efetiva de inclusão social destas pessoas. Meu Pé Esquerdo de Noel Pearson, Inglaterra e Irlanda. Este filme aborda as dificul- dades das pessoas com deficiência física e o esforço de superação que o personagem principal revela, para inserir-se em diversos setores da vida social. Universidade Anhembi Morumbi A inserção social dos portadores de necessidades especiais: possibilidades e limitações1� Uma Lição de Amor de Jessie Nelson, Estados Unidos. Este filme analisa a questão do adulto portador de uma sub-dotação intelectual e as dificuldades para lidar com a sua subsistência, especialmente no que se refere ao cuidado de uma criança intelectualmen- te normal. Sites de Interesse Para conhecer um pouco mais sobre as diferentes condições de excepcionalidade e o trabalho de reabilitação desenvolvido por essas instituições. Deficiência auditiva: www.derdic.org.br Deficiência visual: www.laramara.org.br Deficiência do aparelho locomotor e sub-dotação intelectual: www.aacd.org.br; www.lesf.org.br; www.avape.com.br; www.entreamigos.com.br. Assistência psicopedagógica e profissionalizante de indivíduos limítrofes: www.institutocisne.org.br Universidade Anhembi MorumbiHabilidades cognitivas e a sua importância1� pesquisar melhor cada uma dessas abordagens, utilizando-as de maneira cuidadosa e responsável, pois através delas podemos rotular as pessoas, o que certamente não irá colaborar para o conhecimento adequado dessa forma de potencialidade humana. Bibliografia CÓRIA-SABINI, M.A. Psicologia aplicada à educação. São Paulo: EPU, 1986. DAVIDOFF, L.L. Introdução à psicologia. 3. ed. Tradução: Lenke Perez. São Paulo: Makron Books, 2001. GARDNER, H. Estruturas da Mente: a teoria das inteligências múltiplas. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1994. MYERS, D. Introdução à psicologia geral. Rio de Janeiro: LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 1999. TELFORD, C.W. e SAWREY, J.M. O indivíduo excepcional. 3. ed. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1978. WEITEN, W. Introdução à Psicologia: temas e variações (versão abreviada). São Paulo: Pioneira Thomson, 2002. Leituras Sugeridas ANCONA-LOPEZ, M. O contexto geral do diagnóstico psicológico. São Paulo: EPU, 2001. BALLESTRO-ALVAREZ, M.E. Exercitando as inteligências múltiplas. São Paulo: Papirus, 2005. WEISINGER, H. Inteligência emocional no trabalho. São Paulo: Objetiva, 1997. Este documento é de uso exclusivo da Universidade Anhembi Morumbi, está protegido pelas leis de Direito Autoral e não deve ser copiado, divulgado ou utilizado para outros fins que não os pretendidos pelo autor ou por ele expressamente autorizados. 0003_(5_1) 0003_(5_2)
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