Crise na Petrobras expõe atuação de conselhos

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Matheus da Cunha Ribeiro (00191536) 
Uma análise do modelo burocrático de M. Weber na atual política sócio 
econômica brasileira. 
Para Max Weber, uma organização só seria eficiente seguindo um modelo pré-estabelecido que 
ele denominou como “Burocrático”. Um modelo impessoal baseado no mérito do trabalhador 
que ocupa o cargo, definido por uma cadeia hierárquica liderada por um indivíduo ou grupo 
qualificado para tal. 
O modelo mais simplista de ser analisado é o modelo burocrático seguido pelas entidades 
governamentais –não é o único modelo, mas é o mais comum. Elas demonstram tanto as 
características positivas quanto as negativas; mesmo que os membros da sociedade que 
dependem desse sistema observe apenas as falhas, que diga-se de passagem, com o passar do 
século XX pode se constatar que são inúmeros os problemas desse modelo de organização. 
De acordo com o modelo criado por Weber, é necessário a criação de um conjuntos de leis que 
irão reger a máquina burocrática que se pretende formar. Dessa forma, impondo uma ordem 
impessoal aos funcionários o que “garante” um melhor desempenho. Uma vez que os membros 
da máquina estão realizando tarefas mecânicas o ciclo tem menos possibilidade de ser 
interrompido. A impessoalidade é outro fator extremamente relevante para esse modelo 
gerando um sistema que flerta com a robotização. 
Warren G. Bennis descreve a construção de um grupo de robôs pelos sistema burocrático de 
Weber, salientando a falta de crescimento do indivíduo culminando com a ineficácia do servidor, 
devido à falta de reconhecimento do indivíduo com a organização em que está inserido. (Warren 
G. Bennis, “The Dicline of Bureaucracy and Organizations of the Future”, in Readings on Behavior 
in Organizations, Edgar F. Huse, James L.Bowditch e Dalmar Fisher (eds.), Readings, Mas, 
Addison-Wesley Publishing Company, 1975, p. 27.). 
A base do sistema é construído sobre normas fundamentais garantindo a sobrevivência e 
estabilidade dos funcionários, mas mais importante ainda a segurança dos administradores no 
topo da cadeia hierárquica. O modelo de hierarquia que citei antes, é semelhante ao da teoria 
Fayolistas, na verdade, pode ser acrescentado que quase a completude do sistema é baseado 
nas teorias de Fayol e Taylor, que seguiram o modelo de Weber como um ideal. 
Nesse momento estou me referindo apenas ao modelo governamental, onde os funcionários 
tem a tendência de serem bem remunerados além de possuírem privilégios que podem ser 
estendidos tanto por toda a carreira administrativa, quanto após a aposentadoria, ou não. Além 
da boa remuneração, existe a segurança da estabilidade, tanto financeira, quanto na carreira. E 
a possibilidade de galgar posições a medida que o período de funcionalidade passa, claro se for 
seguido de melhoras significativas no desempenho da organização essa ascensão hierárquica 
será mais relevante. 
Demonstrei algumas das características mais relevantes do modelo burocrático de Weber, são 
onze as características estabelecidas por Weber eu apresentei apenas três. Antes de seguir vou 
colocar o ponto de vista de Robert K. Merton e Alvin Goudner com relação as disfunções desse 
modelo. Essas disfunções também são as características mais ressaltadas que os leigos notam 
no sistema. 
A três características, “caráter legal das normas”, “impessoalidade das relações”, “hierarquia de 
autoridade”, provocam o que Merton chama: “Disfunções da burocracia”. Eu vou além, 
acrescentando ao que Goudner disse, o sistema burocrático por mais democrático e 
meritocrático que ele possa aparentar, não passa de um modelo de controle autárquico 
beirando a cartel e porquê não, a ditadura. 
A recente exposição das disfunções administrativas do conselho da Petrobras é um exemplo 
muito claro das disfunções agregadas aos supostos valores de Weber. 
 
 
 
“CRISE NA PETROBRAS EXPÕE ATUAÇÃO DE CONSELHOS” 
“POUCO TEMPO DISPONÍVEL PARA ANALISAR DOCUMENTOS É UMA DAS PRINCIPAIS FALHAS 
QUE OCORREM NAS EMPRESAS PÚBLICAS”. 
 
MARINA SCHMIDT; (JORNAL DO COMÉRCIO, PORTO ALEGRE 31 DE MARÇO DE 2014; P.6, CADERNO DE 
ECONOMIA) 
 
“A COMPRA DA REFINARIA DE PASADENA, NOS ESTADOS UNIDOS, CONCRETIZADA EM 
2006, LEVOU A PETROBRAS A UMA CRISE POLÍTICA QUE REFLETE, SOBRETUDO, A FORMA 
DE ATUAÇÃO DOS CONSELHOS ADMINISTRATIVOS EM ESTATAIS. A AQUISIÇÃO DA REFINARIA 
ESTÁ SENDO INVESTIGADA PELO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO (TCU), POLÍCIA FEDERAL 
E DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. A SUSPEITA É DE SUPERFATURAMENTO. 
A REFINARIA FOI ADQUIRIDA, EM 2005, POR US$ 42,5 MILHÕES PELA ASTRA OIL. NO ANO 
SEGUINTE, A PETROBRAS COMPROU METADE DA EMPRESA MAIS PARTE DOS ESTOQUES DE 
PETRÓLEO POR US$ 360 MILHÕES. O VALOR TOTAL, NO ENTANTO, ESTÁ SOB ANÁLISE E 
PODE CHEGAR A MAIS DE US$ 1 BILHÃO, ISSO PORQUE UMA DAS CLÁUSULAS POLÊMICAS 
DO CONTRATO (PUT OPTION) OBRIGAVA A PETROLEIRA BRASILEIRA A ADQUIRIR A OUTRA 
METADE DA REFINARIA EM CASO DE DESENTENDIMENTO ENTRE OS SÓCIOS. DESSA FORMA, 
A PETROBRAS TERIA COMPRADO, EM 2012, OS OUTROS 50% DA REFINARIA POR US$ 
820,5 MILHÕES, VALOR QUE INCLUIRIA TAMBÉM ESTOQUES DE PETRÓLEO, JUROS, MULTAS 
E HONORÁRIOS. O OBJETIVO DAS INVESTIGAÇÕES É AVALIAR SE OS FATOS FORAM UMA 
CASUALIDADE DOS NEGÓCIOS OU SE HOUVE IMPERÍCIA OU MESMO MÁ INTENÇÃO. 
NO CENTRO DAS ATENÇÕES, AS CONDIÇÕES DO CONTRATO FIGURAM COMO DETALHES MAIS 
CONTROVERSOS DA SITUAÇÃO E COLOCAM A ATUAÇÃO DOS CONSELHOS DE 
ADMINISTRAÇÃO DAS ESTATAIS EM EVIDÊNCIA. A PRESIDENTE DO CONSELHO DE 
ADMINISTRAÇÃO DA ESTATAL À ÉPOCA, DILMA ROUSSEFF, ASSEGUROU QUE VALIDOU A 
COMPRA BASEADA EM INFORMAÇÕES INCOMPLETAS. EM NOTA DIVULGADA À IMPRENSA, A 
PRESIDENTE CITOU QUE A DIRETORIA INTERNACIONAL QUE CONDUZIA A NEGOCIAÇÃO 
OMITIU “QUALQUER REFERÊNCIA ÀS CLÁUSULAS MARLIM (GARANTIA DE RETORNO MÍNIMO 
À ASTRA MESMO EM CASO DE RESULTADOS NEGATIVOS) E DE PUT OPTION QUE 
INTEGRAVAM O CONTRATO, QUE, SE CONHECIDAS, SEGURAMENTE NÃO SERIAM 
APROVADAS PELO CONSELHO”. 
O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DE UMA ESTATAL OU DE UMA EMPRESA DE SOCIEDADE 
MISTA REFLETE ESTRATÉGIAS DISTINTAS DAS EMPRESAS PRIVADAS, ESCLARECE O PROFESSOR 
DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DA UFRGS, ARAGON ERICO DASSO JUNIOR. É PRECISO TER 
ESSA DIFERENCIAÇÃO EM MENTE AO AVALIAR AS ATUAÇÕES DOS CONSELHOS. “ANTES DE 
QUALQUER COISA, AS EMPRESAS PÚBLICAS SÃO INTERVENÇÕES DIRETAS DO ESTADO NA 
ECONOMIA”, ESCLARECE, LEMBRANDO QUE A CONSTITUIÇÃO PREVÊ A EXPLORAÇÃO DIRETA 
POR PARTE DO ESTADO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS. NESSE SENTINDO, O OBJETIVO DOS 
CONSELHOS NÃO É O DE BUSCAR APENAS LUCRO, MAS REFLETIR ESTRATÉGIAS PÚBLICAS. 
DASSO JUNIOR RESSALTA QUE, NO CONTEXTO DAS ESTATAIS, SÃO LEVADOS EM CONTA DOIS 
ASPECTOS: OU NECESSIDADE DE SEGURANÇA NACIONAL OU RELEVANTE INTERESSE 
COLETIVO. E, SEGUINDO ESSA LÓGICA, A AQUISIÇÃO DA REFINARIA DE PASADENA FOI UM 
BOM NEGÓCIO, SE DESCONSIDERADAS AS CLÁUSULAS CONTROVERSAS DO CONTRATO. O 
PROFESSOR DESTACA QUE UM DOS FATORES QUE LEVA À DIFICULDADE DE ESTUDAR MELHOR 
DOCUMENTOS É A FALTA DE TEMPO. “MUITAS VEZES, O PRESIDENTE DE UM CONSELHO DE 
ADMINISTRAÇÃO TOMA 200 DECISÕES POR ANO, MAS SE DIVIDE ENTRE DOIS E TRÊS 
CONSELHOS”, COMENTA, RESSALTANDO QUE ESSA CONDIÇÃO LEVA O PRESIDENTE A TOMAR 
DECISÕES TENDO COMO BASE OS SUMÁRIOS EXECUTIVOS. “GERALMENTE, O SUMÁRIO É 
FEITO POR UM PARECERISTA, QUE PODE INDUZIR A ERROS.” 
O CONSELHEIRO INDEPENDENTE E PROFESSOR WESLEY MENDES DA SILVA, DO 
DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE E FINANÇAS DA ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DE 
EMPRESAS DE SÃO PAULO DA FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS (FGV/EAESP), CONCORDA 
QUE A FALTA DE TEMPO PARA AVALIAR DOCUMENTOS É UM DOS ERROS DOS CONSELHOS. 
“O PRIMEIRO PAPEL DE UM CONSELHO, E O MAIS EXPRESSIVO, É GARANTIR O FUTURO DA 
EMPRESA, ENTÃO, OS CONSELHEIROS TÊM QUE REVISAR AS DECISÕES DOS EXECUTIVOS — 
NÃO TEM COMO UM CONSELHO DIZER QUE NÃO SABIA DE ALGUMACOISA, ELE É PAGO PARA 
ISSO”, SUSTENTA.” 
 
O pensamento da autoridade se baseia na capacidade do líder, ou pelo menos na possibilidade 
preexistente dessa capacidade. Do ponto de vista da teoria weberiana, o conselho, formado por 
pessoas mais do que capazes de atuar na função não poderiam estar sujeitos a falhas dessa 
estirpe. Como ressalva o professor Wesley Mendes da Silva “[...]ele é pago para isso.”. Nas 
palavras de Weber: “Autoridade significa a probabilidade de que um comando ou ordem 
específica seja obedecido.” (Max Weber, “OS três aspectos da autoridade legítima”, in 
Organizações Complexas, apud Amitai Etzioni, São Paulo, ed. Atlas, 1956, p. 17). Explicando esse 
argumento Gustavo F. Bayer reforça: “Poder significa, para Weber, a probabilidade de impor a 
própria vontade dentro de uma relação social, mesmo que contra qualquer forma de resistência 
e qualquer que seja o fundamento dessa probabilidade.” (Gustavo F. Bayer, “Considerações 
sobre a Conceituação de Autoridade”, Revista de Administração Pública, cit.,1º sem.1971) 
Para Weber ter autoridade é ter poder – “[...]e o poder dela decorrente depende da 
legitimidade, que é a capacidade de justificar seu exercício.” (Idalberto Chiavenato, “Introdução 
a Teoria da Geral da Administração”, p. 473, 4ªEd, São Paulo, Makron Books, 1993.) Um conselho 
de empresa estatal está representando o interesse do governo - e em teoria do povo - em 
determinada área da economia. O caráter formal das comunicações na organização burocrática 
da Petrobrás claramente foi um fator decisivo para a falha da estatal, além da hierarquia de 
autoridade. Se o critério da impessoalidade fosse levado em conta o presidente de um conselho 
estatal deveria ser escolhido pelo mérito, pela competência de suas funções anteriores. O que 
obviamente não ocorre. Na máquina pública somente os cargos coorporativos - os que fazem a 
máquina girar de fato, ou seja, os funcionários concursados – são escalados de forma devida e 
mesmo assim há poucas chances de ascensão na hierarquia da organização sem ser os chamados 
“costas-de-ferro”, ou como no jargão das forças armadas, “os peixes”. A presidente Dilma 
assumiu a posição de presidente do conselho na época devido a sua filiação política esse é um 
fator mais que importante devendo ser levantado e analisado pois foge a premissa do sistema 
de Weber que o estado brasileiro supostamente segue. Daniel Katz e Robert L. Kahn enfatizam: 
“Os requisitos criativos são mínimos, a submissão à autoridade é quanto basta e não há 
necessidade de identificação com as metas organizacionais” (Apostila da disciplina de “Teoria 
da Administração” da Faculdade de Educação Superior do Paraná; Minouro Ida, Fernando; p14, 
2010). Em suma, não há necessidade de um controle das atitudes da alta hierarquia pois o 
contentamento da estabilidade e a manutenção dos privilégios são a ordem do dia. 
 
 
“SENADORES PEDEM REEMBOLSO DE ATÉ R$ 70 MIL POR TRATAMENTOS 
DENTÁRIOS.” 
“GASTOS DO PLANO DE SAÚDE DOS PARLAMENTARES ATINGIRAM MÉDIA DE R$ 6,2 MILHÕES 
ANUAIS NO PERÍODO DE 2008 A 2012” 
 
ERICH DECAT , FÁBIO FABRINI / BRASÍLIA 09 DE MARÇO DE 2014 
 - O ESTADO DE S.PAULO 
 
“BANCADO EXCLUSIVAMENTE PELO CONTRIBUINTE - OU SEJA, A CUSTO ZERO PARA OS 
SENADORES, EX-SENADORES E SEUS DEPENDENTES - O PLANO DE SAÚDE DO SENADO PAGA 
DESPESAS QUE INCLUEM IMPLANTAÇÃO DE PRÓTESES DENTÁRIAS COM OURO E ATÉ SESSÕES 
DE FONOAUDIOLOGIA PARA MELHORAR A ORATÓRIA E DRIBLAR A TIMIDEZ. ALGUNS 
SENADORES CHEGAM A GASTAR ATÉ R$ 70 MIL POR TRATAMENTO DENTÁRIO. 
DOCUMENTOS OBTIDOS PELO ESTADO MOSTRAM QUE, NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS, A CASA 
AUTORIZOU TRATAMENTOS MILIONÁRIOS, PRINCIPALMENTE ODONTOLÓGICOS. TUDO SEM 
FAZER PERÍCIA FÍSICA DOS PACIENTES NEM DEFINIR LIMITES DE COBERTURA. OS GASTOS 
COM OS DENTES DOS SENADORES E OUTROS TRATAMENTOS MÉDICOS, COMO SESSÕES DE 
PSICOTERAPIA E FONOAUDIOLOGIA, ATINGIRAM MÉDIA DE R$ 6,2 MILHÕES ANUAIS ENTRE 
2008 E 2012 - 62% DESSES VALORES DIZEM RESPEITO UNICAMENTE AO REEMBOLSO DE 
NOTAS FISCAIS E RECIBOS. A REPORTAGEM OBTEVE AS DESPESAS EFETUADAS EM 2013, QUE 
AINDA NÃO FORAM CONSOLIDADAS PELO SENADO. A ESTIMATIVA É QUE A MÉDIA DE GASTO 
TENHA SE MANTIDO INALTERADA. 
O PLANO DE SAÚDE DO SENADO É VITALÍCIO. ELE BANCA DESPESAS DE SENADORES, EX-
SENADORES E DEPENDENTES COMO FILHOS, ENTEADOS E CÔNJUGES. PARA USUFRUÍ-LO, O 
PARLAMENTAR NÃO PRECISA FAZER NENHUMA CONTRIBUIÇÃO - BASTA QUE TENHA 
EXERCIDO O CARGO POR 180 DIAS ININTERRUPTOS. APÓS A MORTE DO TITULAR, O 
CÔNJUGE CONTINUA USANDO A CARTEIRINHA. COMO NÃO HÁ UMA LISTA DETALHADA DE 
PROCEDIMENTOS COBERTOS, OS BENEFICIÁRIOS SE SENTEM À VONTADE PARA INCLUIR EM 
SEUS GASTOS TODO TIPO DE SERVIÇO ESPECIALIZADO. 
O PLANO DO SENADO ESTABELECE UM LIMITE ANUAL DE R$ 25,9 MIL PARA GASTOS 
ODONTOLÓGICOS. OS DOCUMENTOS OBTIDOS PELO ESTADO APONTAM, NO ENTANTO, QUE 
A CASA TEM PAGO VALORES QUE EXTRAPOLAM DE LONGE ESSES LIMITES. O CAMINHO PARA 
IGNORAR AS NORMAS É INVADIR A COTA NÃO UTILIZADA DE OUTROS ANOS. 
UMA DAS DESPESAS MAIS COMUNS, NAS NOTAS APRESENTADAS, É A DE MATERIAIS 
SOFISTICADOS USADOS EM PRÓTESES, DIFICILMENTE COBERTOS PELOS PLANOS DE SAÚDE 
DO MERCADO - E QUE DÃO O MELHOR RESULTADO ESTÉTICO. 
PARA O PRESIDENTE NACIONAL DO DEM, JOSÉ AGRIPINO MAIA (RN), A CASA CREDITOU 
R$ 51 MIL EM 2009, REFERENTES A 22 COROAS DE PORCELANA ALUMINIZADA, PRODUTO 
MAIS CARO E QUE CONFERE APARÊNCIA MELHOR. "ESSA É UMA OPÇÃO MAIS ESTÉTICA, 
PORQUE TROCA UMA INFRAESTRUTURA METÁLICA PELA DE PORCELANA ALUMINIZADA", DIZ 
O CIRURGIÃO-DENTISTA ROGÉRIO ADIB KAIRALLA, DO CONSELHO REGIONAL DE 
ODONTOLOGIA DE SÃO PAULO. 
O SENADOR POTIGUAR AFIRMA QUE O TRATAMENTO FOI "ESTRUTURAL" E CUSTOU MAIS 
QUE O REEMBOLSADO PELO SENADO, O QUE O OBRIGOU A PAGAR A DIFERENÇA. "FOI MAIS 
QUE IMPLANTE. TIVE DE RECOMPOR TODA A BASE DOS DENTES, POR CAUSA DA 
BARBEIRAGEM DE UM DENTISTA. IA JANTAR E CAÍA", DIZ AGRIPINO. 
JÁ O EX-SENADOR ADELMIR SANTANA (PSB-DF) PÔS PRÓTESES DE PORCELANA, COM 
INFRAESTRUTURA EM ZIRCÔNIA, O QUE CUSTOU AO CONTRIBUINTE R$ 22,5 MIL. "NA 
PARTE DE PRÓTESE, É A TÉCNICA MAIS REQUINTADA. ACABA CUSTANDO MAIS", AFIRMA 
KAIRALLA. 
REABILITAÇÃO. SENADOR LICENCIADO, O MINISTRO DA PESCA, MARCELO CRIVELLA (PRB-
RJ), APRESENTOU EM 2010 NOTAS QUE SOMAM R$ 42 MIL. NO ANO ANTERIOR, O 
SENADO RESSARCIU DESPESAS DE R$ 23 MIL PARA TRATAMENTO DENTÁRIO COM UM 
TOQUE DE REQUINTE: A REABILITAÇÃO DA BOCA NA PARTE DIREITA SUPERIOR FOI FEITA COM 
COROAS DE CERÂMICA E PINOS EM OURO ODONTOLÓGICO. NO MERCADO, SEGUNDO 
ESPECIALISTAS OUVIDOS PELO ESTADO, ESSE OURO CUSTA MAIS QUE O METAL NA SUA 
VERSÃO CONVENCIONAL, NAS JOALHERIAS, E DIFICILMENTE É COBERTO PELOS PLANOS 
ODONTOLÓGICOS. 
PEDRO SIMON (PMDB-RS) CONSEGUIU RESSARCIMENTO DE IMPLANTES DENTÁRIOS QUE 
TOTALIZAM R$ 62,7 MIL EM 2012. "FIZ PARA AQUELE ANO E COM PEDAÇO (DA COTA) DO 
ANO SEGUINTE, EM DUAS PARCELAS", EXPLICA O SENADOR GAÚCHO. "DIGO MAIS: FOI 
FEITO A ESSE PREÇO PORQUE CHOREI, CHOREI E FOI UM PREÇO BEM MENOR. O VALOR 
INICIAL ERA COISA DE R$ 80 MIL A R$ 85 MIL." 
EM AÇÃO CIVIL PÚBLICA EM TRAMITAÇÃO NA JUSTIÇA FEDERAL, O MINISTÉRIO PÚBLICO, 
AO ANALISAR OS GASTOS EFETUADOS ATÉ 2010, CONSIDEROU QUE OS "DESEMBOLSOS 
ENVOLVEM VALORES EXORBITANTES, QUE FOGEM A QUALQUER PADRÃO". 
TIMIDEZ. A GENEROSIDADE DO PLANO TORNA-SE EVIDENTE NO CASO DO SENADOR WILDER 
MORAIS (DEM-GO), SUPLENTE QUE ASSUMIU A VAGA DE DEMÓSTENES TORRES (SEM 
PARTIDO-GO) QUANDO ESTE FOI CASSADO. PARLAMENTAR DE PRIMEIRA VIAGEM E DONO 
DE UMA FORTUNA DE R$ 14,4 MILHÕES - SEGUNDO DECLAROU AO TRIBUNAL SUPERIOR 
ELEITORAL -, ELE CONSEGUIU EM 2013 O RETORNO DE R$ 1 MIL REFERENTE A SESSÕES DE 
FONOAUDIOLOGIA. O DINHEIRO PAGOU PARTE DE TRATAMENTO DE "DESENVOLVIMENTO 
DE HABILIDADES DE COMPETÊNCIA COMUNICATIVA"QUE MORAIS FEZ PORQUE NÃO TINHA 
TRAQUEJO NA TRIBUNA. "ELE É TÍMIDO", JUSTIFICOU SUA ASSESSORIA. 
A EX-SENADORA ANA JÚLIA CAREPA (PT) APROVEITOU O PLANO, ENTRE 2007 E 2011, E 
FEZ VÁRIOS IMPLANTES. "EU PODERIA PÔR UMA DENTADURA, MAS ACHO QUE FICARIA 
COMPLICADO, NÉ?" ALÉM DOS IMPLANTES, A EX-SENADORA DIZ TER FEITO TAMBÉM 
CLAREAMENTO NOS DENTES QUE NÃO FORAM MEXIDOS. "É ATÉ CONSEQUÊNCIA. COMO 
VAI TER QUE REFAZER, SERVE PARA IGUALAR", JUSTIFICOU.” 
Selznick dizia que a burocracia existia pelos burocratas para os burocratas. A manutenção de 
privilégios como o plano de saúde dos senadores e ex-senadores, sendo estendido a 
dependentes e conjugues, é um exemplo nítido do poder burocrático. Citando Warren G. Bennis: 
“A burocracia desenvolve o conformismo e o ‘pensamento em grupo’.” (Apostila da disciplina 
de “Teoria da Administração” da Faculdade de Educação Superior do Paraná; Minouro Ida, 
Fernando; p16, 2010). A situação dos privilégios garantidos aos cargos públicos elegíveis vem 
sendo mantido a décadas, não é novidade à população, pode –se até dizer que o conformismo 
burocrático está enraizado no costume brasileiro de ignorar situações obvias. O Senador Pedro 
Simon é, talvez, o maior exemplo desse pensamento coletivo. 
 
“PEDRO SIMON (PMDB-RS) CONSEGUIU RESSARCIMENTO DE IMPLANTES DENTÁRIOS QUE 
TOTALIZAM R$ 62,7 MIL EM 2012. "FIZ PARA AQUELE ANO E COM PEDAÇO (DA COTA) DO 
ANO SEGUINTE, EM DUAS PARCELAS", EXPLICA O SENADOR GAÚCHO. "DIGO MAIS: FOI 
FEITO A ESSE PREÇO PORQUE CHOREI, CHOREI E FOI UM PREÇO BEM MENOR. O VALOR 
INICIAL ERA COISA DE R$ 80 MIL A R$ 85 MIL."” 
Os direitos assegurados ao corpo de funcionários públicos deve ser mantido. Todavia, os 
privilégios concedidos devem ser repensados para determinadas categorias. Como Taylor e 
Fayol concluíram, é necessário uma boa retribuição pelos serviços prestados, ainda mais o que 
há pouca procura e demanda, e a segurança da estabilidade e planos pensionista pelo período 
de exercício são fontes seguras de retorno pelo investimento, uma vez que exige do funcionário 
compromisso com a função e o projeto da administração. Ainda assim não é isso que se tem 
observado nos últimos anos. Como Selznick constatou, no decorrer da existência de uma 
organização formal surge (intrincado no sistema) uma estrutura informal, e por vezes, essa 
estrutura torna-se indispensável e paralela à organização original. Em outras palas surge um 
“Cartel” de pessoas que retêm o poder e deixam isso claro pelas atitudes e trejeitos. Isso ocorre 
pela “[...] cooptação e adaptação a ideologia burocrática tendo em vista a manutenção do poder 
dentro da organização.” (Nota do caderno, 16/04/2014, p. 20) 
Cargos políticos tem recebido todos os bônus do exercício e deixado os ônus ao corpo funcional 
da máquina pública. 
A última gota tem sido as constantes alterações nos planos previdenciários do funcionalismo 
público, a última segurança do cidadão comum. 
 
 
 
 “EDITORIAL: LIMITES PREVIDENCIÁRIOS.” 
(Este texto foi extraído da página - http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2014/03/1429532-editorial.shtml - 
pertencente a Folha de São Paulo, com autorização, preservando assim os direitos autorais do texto. Folha de São Paulo 
23/03/2014, seção opinião.) 
“NA AVALIAÇÃO DO PLANALTO, O MINISTRO GARIBALDI ALVES (PREVIDÊNCIA) PROVOCOU 
CERTO ESTRAGO NA IMAGEM DO PAIS AO COMENTAR, SUPOSTAMENTE SEM RAZÃO, 
PREVISÕES DE GASTOS CONSTANTES DO ORÇAMENTO. 
SEGUNDO DISSE AO JORNAL "VALOR ECONÔMICO", ALVES CONSIDERA SUBESTIMADO O 
DÉFICIT PREVIDENCIÁRIO CALCULADO PELO GOVERNO. O ROMBO NESTE ANO CHEGARIA A 
R$ 50 BILHÕES, OU R$ 10 BILHÕES A MAIS QUE A CIFRA ESTIMADA PELA EQUIPE 
ECONÔMICA. 
MAIS TARDE, O MINISTRO VIU-SE OBRIGADO A SE RETRATAR. SE SUA VERSÃO NÃO FOSSE 
OFICIALMENTE DESMENTIDA, INVESTIDORES TERIAM AINDA MAIS MOTIVOS PARA 
DESCONFIAR DAS METAS DE POUPANÇA DO GOVERNO. 
O ATAQUE DE SINCERIDADE, TODAVIA, FEZ MAIS QUE EVIDENCIAR DESCOMPASSOS NA 
GESTÃO DE CONTAS PÚBLICAS. SERVIU PARA RECOLOCAR EM PAUTA O DÉFICIT DA 
PREVIDÊNCIA, TEMA TÃO DELICADO NO PRESENTE QUANTO IMPORTANTE PARA O FUTURO 
DO PAÍS. 
VERDADE QUE, NOS ÚLTIMOS ANOS, TEM-SE MANTIDO EM TORNO DE 1% DO PIB A 
QUANTIA DESTINADA AO FINANCIAMENTO DA PREVIDÊNCIA. O PROBLEMA É QUE ESSA 
RELATIVA ESTABILIDADE DECORRE DO AUMENTO DA FORMALIZAÇÃO DA MÃO DE OBRA, QUE 
PERMITIU AUMENTO DA ARRECADAÇÃO. ESSE PROCESSO, COMO É ÓBVIO, TEM UM LIMITE. 
MAIS IMPORTANTE DO QUE ISSO, AS TENDÊNCIAS DEMOGRÁFICAS PARA AS PRÓXIMAS 
DÉCADAS SUSCITAM JUSTIFICADAS APREENSÕES QUANTO AO AUMENTO DESSE 
DESEQUILÍBRIO. HOJE, MESMO COM UMA POPULAÇÃO JOVEM, OS GASTOS 
PREVIDENCIÁRIOS DO BRASIL EQUIVALEM A 11% DO PIB (7% PARA O INSS E 4% PARA O 
FUNCIONALISMO PÚBLICO). SÃO NÍVEIS COMPARÁVEIS AOS DE PAÍSES DESENVOLVIDOS, 
QUE TÊM PARCELA BEM MAIOR DE IDOSOS. 
POR ENQUANTO, O PERCENTUAL DE BRASILEIROS ATIVOS CRESCE EM RITMO SUPERIOR AO 
DA POPULAÇÃO TOTAL. ISSO LOGO MUDARÁ, ENQUANTO A FATIA DE PESSOAS COM 60 
ANOS OU MAIS PASSARÁ DE 10% EM 2010, PARA 19% EM 2030, E 29% EM 2050. 
A IMAGEM MAIS FREQUENTE PARA TAL ELEVAÇÃO DE GASTOS SEM CONTRAPARTIDA NA 
ARRECADAÇÃO É A DE UMA BOMBA-RELÓGIO. A SITUAÇÃO É AINDA MAIS COMPLEXA DADO 
QUE O ORÇAMENTO DO PAIS JÁ NÃO TEM MUITA ELASTICIDADE, POR ASSIM DIZER. 
NINGUÉM IGNORA QUE A COBERTURA SOCIAL CRESCEU DE FORMA EXPRESSIVA NOS 
ÚLTIMOS 20 ANOS. OS PROGRAMAS DE COMBATE À POBREZA PRODUZIRAM RESULTADOS 
MARCANTES, E O PODER DE COMPRA DO SALÁRIO MÍNIMO ELEVOU-SE EM 150% DESDE 
1994. 
TAMBÉM É FATO QUE SÓ FOI POSSÍVEL DESTINAR MAIS RECURSOS A TAIS FINALIDADES 
GRAÇAS AO CRESCIMENTO ININTERRUPTO DA CARGA TRIBUTÁRIA, QUE PASSOU DE 25% 
PARA 36% DO PIB NO PERÍODO, ÍNDICE SUPERIOR ATÉ SUPERIOR AO PATAMAR DE ALGUNS 
PAÍSES RICOS. 
NÃO SERÁ POSSÍVEL, ASSIM, MANTER ALTAS CONTINUADAS DO GASTO SOCIAL EM RELAÇÃO 
AO PIB SEM QUE OS TRIBUTOS COMPROMETAM AINDA MAIS A ECONOMIA E, A RIGOR, A 
PRÓPRIA SUSTENTABILIDADE DE TAIS PROGRAMAS. 
DADOS O CENÁRIO DA CONTAS PÚBLICAS E AS CARACTERÍSTICAS DEMOGRÁFICAS DO PAIS, É 
FORÇOSO CONCLUIR PELA INEVITABILIDADE DE UMA REFORMA DA PREVIDÊNCIA. SÃO TRÊS 
OS PONTOS FUNDAMENTAIS QUE FAZEM O BRASIL DESTOAR PADRÃO: A IDADE MÍNIMA 
PARA APOSENTADORIA, OS CRITÉRIOS DE CONCESSÃO DE PENSÕES POR MORTE E 
INDEXAÇÃO DO PISO DOS BENEFÍCIOS AO SALÁRIO MÍNIMO. 
O AUMENTO DA EXPECTATIVA DE VIDA PRECISA SE TRADUZIR NA EXPRESSÃO DO TEMPO DE 
TRABALHO. HOMENS AOS 55 ANOS OU MULHERES AOS 52 NÃO PODEM MAIS SER 
CONSIDERADOS IDOSOS - E, NO ENTANTO, ESSA FOI A MÉDIA DE IDADE DAS 
APOSENTADORIAS EM 2013. 
SEM QUE PROSPERASSE, SURGIU COMO SUGESTÃO, HÁ POUCO TEMPO, A FÓRMULA 85/95, 
NA QUAL OS NÚMEROS (QUE PRECISARAM SER BEM ESTUDADOS) SE REFEREM À SOMA DA 
IDADE COM O TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO EXIGIDO, RESPECTIVAMENTE, DE MULHERES E 
HOMENS. HAVERIA, ALÉM DISSO, IDADE MÍNIMA PARA APOSENTADORIA NO CASO DOS 
FUTUROS PARTICIPANTES. 
QUANTO ÀS PENSÕES POR MORTE, HOJE QUASE NÃO HÁ RESTRIÇÕES. O PAIS GASTA 3% DO 
PIB NESSA RUBRICA, QUANTO A MÉDIA MUNDIAL FICA EM TORNO DE 1%. O VIÚVO OU 
VIÚVA RECEBE O VALOR INTEGRAL E DE MANEIRA VITALÍCIA, SEM QUE IMPORTEM IDADE DO 
SOBREVIVENTE OU SE TEM RENDA PRÓPRIA, ENTRE OUTRAS LIBERDADES QUE PRECISAM SER 
REVISTAS. 
POR FIM, HÁ A CONTROVERSA INDEXAÇÃO CONSTITUCIONAL DO PISO PREVIDENCIÁRIO AO 
SALÁRIO MÍNIMO, UM MECANISMO QUE ASSEGURA A CORREÇÃO DOS VALORES PAGOS. O 
BENEFÍCIO DECERTO DEVE TER SEU PODER DE COMPRA PRESERVADO, MAS NÃO CORRIGIDO 
ACIMA DA INFLAÇÃO. TAL RESTRIÇÃO NÃO NECESSARIAMENTE SE APLICA AO SALÁRIO 
MÍNIMO. A VINCULAÇÃO, ALÉM DE PRESSIONAR O DÉFICIT, LIMITA GANHOS REAIS NUM 
CASO E OS ATRIBUI INDEVIDAMENTE NO OUTRO. 
REFORMAS DESSA NATUREZA NÃO SÃO INCOMPATÍVEIS COM O COMBATE À POBREZA E À 
DESIGUALDADE,QUE PODE SER LEVADO ADIANTE POR MEIO DE PROGRAMAS DE 
TRANSFERÊNCIA DE RENDA E INVESTIMENTOS EM ÁREAS ESTRATÉGICAS, COMO SAÚDE E 
EDUCAÇÃO. 
SE NÃO PASSAR POR MUDANÇAS, A PREVIDÊNCIA, EM VEZ DE FOMENTAR A SOLIDARIEDADE 
INTER GERENCIAL, DEIXARÁ UMA CONTA IMPAGÁVEL PARA AS GERAÇÕES FUTURAS.” 
 
A previdência tanto do funcionalismo público quanto o INSS estão fadados a alterações. É 
inegável, que ocorrera mudanças drásticas na forma de se aposentar no pais, em um futuro 
próximo. 
Do ponto de vista do “processo de previsibilidade funcional” do modelo burocrático, descrito 
por Weber, isso não gera conforto, ao contrário. A aposentadoria com plenos benefícios, salário 
integral e a manutenção do valor previdenciário em igualdade e conformidade o quadro da ativa 
é o maior atrativo do corpo público. O modelo privado não têm essas garantias, portanto eles 
estão adaptados a uma realidade que começa a ser sentida somente agora pelo quadro público. 
A manutenção desses privilégios é o que garante à burocracia a manutenção do seu modelo 
“racional” e estandardizado. Sem um plano de previdência capaz de permitir a população idosa 
sustentar-se durante a aposentadoria duas consequências graves poderão ser observadas, tanto 
no âmbito público quanto privado; o enfraquecimento crescente do compromisso de 
subordinação do funcionário pelo sistema (e organização) e a manutenção de uma cadeia 
profissional trabalhadora ineficiente. Sem falar no aumento da idade mínima para se aposentar 
comutado ao período de serviço sem um investimento por parte das organizações - e dos 
funcionários – para atualizar-se na sua área de formação. 
Ao restringir a capacidade da população de manter o padrão de vida os trabalhadores 
aposentados continuarão a exercer a função, mesmo com a falta de especialização desse grupo. 
Em resumo um grupo maior de funcionário transitando entre a mediocridade e a total 
ineficiência irá desestabilizar o modelo burocrático que exige constante formação das 
faculdades técnicas dos profissionais, reforçando a análise de Parkinson: “A burocracia é a 
ineficácia multiplicada pela incompetência.” (Nota do caderno, 16/04/2014, p.20). 
Lembrando que segundo Weber: “Na burocracia, a moeda assume o lugar da remuneração em 
espécie para os funcionários, permitindo a centralização da autoridade e o fortalecimento da 
administração burocrática.” (Idalberto Chiavenato, “Introdução a Teoria da Geral da 
Administração”, p. 418, 4ªEd, São Paulo, Makron Books, 1993.). A moeda não é mais o atrativo 
do sistema público a má remuneração dos profissionais, muitas vezes altamente capacitados, é 
uma realidade demonstrada no dia-a-dia da população - como o crescente número de greves e 
manifestação públicas exigindo do governo o reconhecimento devido pelos serviços prestados 
à população. Portanto posso me arriscar em dizer que a segurança da estabilidade empregatícia 
e acima de tudo à aposentadoria exclusiva e independente do INSS é a “real moeda” de 
remuneração. Um investimento de longo prazo com “bolsas” sendo pagas pelos serviços 
prestados ao longo do tempo. 
Talvez um modelo que nem desfavoreça nem favoreça, qualquer umas das partes, possa ser 
pensado com a alteração do salário-mínimo do aposentado, que hoje é muito inferior ao do 
ativo. Um dos muitos fatores que limitam o poder de compra da população. 
Previdência em debate 
Aposentadoria; mudanças do regime dos servidores públicos federais ainda 
é motivo de dúvida. 
Everton Cardoso; Jornal da Universidade- UFRGS, Março de 2014. 
“QUANDO SE FALA EM SERVIÇOS PÚBLICOS NO BRASIL, NORMALMENTE ESTÁ ASSOCIADO 
AO TEMA UM CONJUNTO DE PRIVILÉGIOS QUE INCLUI A POSSIBILIDADE DE UMA 
APOSENTADORIA INTEGRAL E PARITÁRIA COM A REMUNERAÇÃO DOS SERVIDORES DA ATIVA. 
ESSA PERSPECTIVA, NO ENTANTO, FOI ALTERADA POR MAIS UMA MUDANÇA FEITA PELO 
GOVERNO FEDERAL: AQUELES CONCURSADOS CUJO INGRESSO SE DEU A PARTIR DE 4 DE 
FEVEREIRO DE 2013 RECEBERÃO, NO MÁXIMO, UMA APOSENTADORIA EQUIVALENTE AO 
TETO DO INSS, O MESMO PAGO A TRABALHADORES DA INICIATIVA PRIVADA. O VALOR 
ATUAL É DE R$4390,24 E A CONTRIBUIÇÃO MENSAL CORRESPONDENTE É DE 11% DA 
REMUNERAÇÃO, INCLUINDO O VENCIMENTO BÁSICO E AS VANTAGENS DE CARÁTER 
PERMANENTE. 
MAIS UMA TRANSIÇÃO – A PARTIR DESSA MUDANÇA, CONVIVEM TRÊS REGIMES DE 
APOSENTADORIA ENTRE OS SERVIDORES FEDERAIS. O PRIMEIRO, PARA AQUELES QUE 
INGRESSARAM ATÉ 31 DE DEZEMBRO DE 2003, PREVÊ APOSENTADORIA INTEGRAL. QUEM 
INGRESSOU DEPOIS DESSA DATA ATÉ 3 DE FEVEREIRO DE 2013 JÁ ESTÁ SUBMETIDO A UMA 
NOVA PERSPECTIVA: AO APOSENTAR-SE, RECEBERÁ O EQUIVALENTE À MÉDIA DOS 80% 
MAIORES SALÁRIOS RECEBIDOS NA CARREIRA. E O TERCEIRO SISTEMA É O QUE ATUALMENTE 
VIGE: LIMITA O RENDIMENTO DOS APOSENTADOS AO TETO DO INSS E PREVÊ UM FUNDO DE 
PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR. 
NESSE SENTIDO, É IMPORTANTE RESSALTAR QUE ALGUÉM QUE TENHA INGRESSADO NO 
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL SOB UM DOS REGIMES ANTERIORES NELE PERMANECE, MESMO 
QUE VENHA A PRESTAR NOVO CONCURSO OU TROCAR DE CARGO – DESDE QUE NÃO HAJA 
INTERRUPÇÃO DO VÍNCULO, OU SEJA, QUE A POSSE DO NOVO CARGO SE DÊ SEM QUE TENHA 
HAVIDO DESLIGAMENTO. QUEM INGRESSOU NOS DOIS REGIMES ANTERIORES TEM AGORA 
A OPÇÃO DE MIGRAR PARA O ATUAL SISTEMA. ESSE, PORÉM, AINDA É UM TEMA SOBRE O 
QUAL HÁ POUCA INFORMAÇÃO, POIS A ORIENTAÇÃO NORMATIVA QUE TRATA DISSO FOI 
ELABORADA E DIVULGADA PELO MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO APENAS NO FINAL DE 
DEZEMBRO DE 2013. 
PARA QUEM TEM PROVENTOS MAIORES QUE O TETO PREVISTO OU DESEJA RENDIMENTOS 
MAIS ALTOS PARA A APOSENTADORIA, O GOVERNO CRIOU A FUNDAÇÃO DE PREVIDÊNCIA 
COMPLEMENTAR DO SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL DO PODER EXECUTIVO (FUNPRESP-EXE). 
SEGUNDO O DIRETOR-PRESIDENTE DA INSTITUIÇÃO, RICARDO PENA, AINDA NÃO HÁ DADOS 
CONSOLIDADOS SOBRE O NÚMERO EXATO DE SERVIDORES QUE TOMARAM POSSE DESDE 
QUE ENTROU EM VIGÊNCIA O NOVO REGIME PREVIDENCIÁRIO, MAS ELE ESTIMA UM ÍNDICE 
DE 20% DE ADESÃO. “MUITOS ÓRGÃOS REALIZARAM CONCURSOS E AINDA NÃO 
EFETIVARAM OS SERVIDORES, OUTROS FAZEM LONGOS CURSOS DE FORMAÇÃO”, JUSTIFICA. 
NO CASO DA UNIVERSIDADE, ATÉ O DIA 25 DE FEVEREIRO PASSADO HOUVE, SEGUNDO 
DADOS DA PRÓ-REITORA DE GESTÃO DE PESSOAS, QUINZE ADESÕES. ESSES SERVIDORES 
OPTARAM POR FAZER CONTRIBUIÇÕES DE 7,5%, 8% OU 8,5% SOBRE SEUS RENDIMENTOS 
AO FUNDO, PARA ALÉM DOS 11% OBRIGATÓRIOS. NESSES CASOS A UFRGS CONTRIBUI 
COM O MESMO PERCENTUAL. NO QUADRO DA INSTITUIÇÃO, PORÉM, SOMENTE 
SERVIDORES TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS DE NÍVEL SUPERIOR E COM ALGUM ADICIONAL – 
COMO O INCREMENTO DE 52% SOBRE O VENCIMENTO MENSAL BÁSICO DADO ÀQUELES QUE 
TÊM MESTRADO – E PROFESSORES ATINGEM O TETO ESTIPULADO. AINDA ASSIM, 
SERVIDORES QUE NÃO ATINJAM O TETO PODEM CONTRIBUIR COM O FUNDO DE MANEIRA 
VOLUNTÁRIA, MAS SEM A CONTRAPARTIDA DA UNIVERSIDADE. O MESMO VALE PARA 
AQUELES CUJO REGIME PREVIDÊNCIA SEJA ALGUM DOS ANTERIORES A FEVEREIRO DE 2013. 
PERSPECTIVAS – A ECONOMISTA TANISE BUSSMANN INGRESSOU NO SERVIÇO PÚBLICO EM 
8 DE AGOSTO DE 2013. POR ESTAR FAZENDO MESTRADO EM SUA ÁREA DE FORMAÇÃO, A 
SERVIDORA QUE ATUA NO DEPARTAMENTO DE INFORMAÇÕES E PESQUISAS 
INSTITUCIONAIS DA PRÓ-REITORA DE PLANEJAMENTO DA UFRGS OPTOU POR DESIGNAR 
AO FUNDO, MENSALMENTE, DESDE 29 DE AGOSTO DO ANO DE SEU INGRESSO, 8,5% DE 
SUA RENDA. “RESOLVI CONTRIBUIR COMO UMA FORMA DE POUPANÇA”, EXPLICA SOBRE A 
CONTRIBUIÇÃO AINDA SEM A CONTRAPARTIDA DA UNIÃO. 
AOS 26 ANOS E COM PREVISÃO DE OBTER O TÍTULO DE MESTRE NESTE ANO – MOMENTO 
EM QUE ATINGIRÁ O TETO -, JÁ PROSPECTA QUE SE APOSENTAR APENAS COM O INSS SERIA 
INSUFICIENTE PARA MANTER O PADRÃO DE VIDA QUE DESEJA. ELA PREVÊ, AINDA, QUE SERÁ 
PREJUDICADA PELO FATO DOS RENDIMENTOS NA APOSENTADORIA DEPENDEREM DOS 
REAJUSTES OFERECIDOS PELO GOVERNO. ISSO DIFERE DO QUE ACONTECIA NOS REGIMES 
ANTERIORES,CUJOS AUMENTOS ESTAVAM VINCULADOS ÀQUELES CONCEDIDOS AOS 
SERVIDORES DA ATIVA. 
NUMA LINHA SEMELHANTE À DE TANISE, O PRESIDENTE DA FUNPRESP-EXE ENFATIZA A 
NECESSIDADE DE PLANEJAMENTO PARA SE TER UM FUTURO MAIS TRANQUILO. RICARDO 
PENA DESTACA, AINDA, DUAS OUTRAS VANTAGENS PARA QUEM OPTAR PELO FUNDO: MAIS 
IMEDIATISTA É A POSSIBILIDADE DE ABATER AS CONTRIBUIÇÕES NO IMPOSTO DE RENDA; A 
MÉDIO E LONGO PRAZOS, AS COBERTURAS POR INVALIDEZ OU MORTE AO PARTICIPANTE. 
O PROFESSOR RODRIGO DE OLIVEIRA, DO DEPARTAMENTO DE DIREITO PÚBLICO E 
FILOSOFIA DO DIREITO DA FACULDADE DE DIREITO, TAMBÉM DEPOSITA NA FUNPRESP-EXE 
A PERSPECTIVA DE UMA APOSENTADORA MELHOR. ÁLEM DOS 8,5% - O PERCENTUAL 
MÁXIMO COM CONTRAPARTIDA DA UNIÃO -, O DOCENTE CONTRIBUI MENSALMENTE COM 
R$100. “EU GOSTARIA DE CONTRIBUIR COM 15%”, SUBLINHA. SEU INGRESSO SE DEU 
EXATAMENTE NO MÊS DE TRANSIÇÃO ENTRE OS REGIMES PREVIDENCIÁRIOS, EM FEVEREIRO 
DE 2013. “NÃO ME SENTI PREJUDICADO. ESSE SISTEMA É UMA TENDÊNCIA, POIS HÁ UMA 
CRISE DO ESTADO SOCIAL, E A MAIORIA DOS PAÍSES TEM REFORMADO SEUS MODELOS 
PREVIDENCIÁRIOS, COMO FOI O CASO DA ESPANHA”, PONDERA. E DIZ, COM A EXPECTATIVA 
DE PODER COLABORAR, DE ALGUMA FORMA, NOS COMITÊS DE SERVIDORES QUE TERÃO 
PARTICIPAÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO DA FUNPRESP: “FAÇO VOTOS DE QUE O FUNDO TENHA 
UMA GESTÃO TRANSPARENTE E DEMOCRÁTICA, PARA QUE AS PESSOAS ADQUIRAM 
CONFIANÇA NELE. É CEDO PARA VER SE VAI FUNCIONAR, MAS A IDEIA É QUE SE TENHA 
MUITA INFORMAÇÃO”. 
ESTADO EM MUDANÇA: 
NA AVALIAÇÃO DA PROFESSORA MÁRIS GOSMANN, DA FACULDADE DE CIÊNCIAS 
ECONÔMICAS, ESSA MUDANÇA REPRESENTA UMA ADEQUAÇÃO DO BRASIL A UMA 
TENDÊNCIA JÁ VISTA NA INICIATIVA PRIVADA. “TIRA-SE A RESPONSABILIDADE TOTAL DO 
GOVERNO PELA APOSENTADORIA”, EXPLICA. SEGUNDO ELA, O FUNPRESP DESIGNA AO 
PRÓPRIO PARTICIPANTE A GESTÃO DE SUA APOSENTADORIA INDIVIDUAL. “AINDA NÃO ESTÁ 
TUDO MUITO CLARO, MAS DAQUI A POUCO CHEGAMOS LÁ”, PREVÊ. “É ÓBVIO QUE O 
BENEFICIÁRIO SAI PERDENDO”, RESSALVA, “MAS AINDA ASSIM PERMANECE VANTAGENS DO 
SERVIDOR PÚBLICO.” MÁRIS FAZ ANÁLISE MAIS AMPLA DO CONTESTO BRASILEIRO PARA 
PENSAR SOBRE O TEMA: SEGUNDO A PESQUISADORA, A POPULAÇÃO NÃO TEM O HÁBITO DE 
POUPAR, O QUE SE TEM MODIFICADO AOS POUCOS NOS ÚLTIMOS ANOS EM RAZÃO DO 
MAIOR ACESSO A UMA RENDA SUPERIOR A R$2 MIL – VALOR ESTE CONSIDERADO UM 
PARÂMETRO PARA PERMITIR GUARDAR DINHEIRO. 
JÁ O PROFESSOR CLÁUDIO MAZZILLI, DA ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO, PERCEBE ESSA 
MUDANÇA COMO RESULTADO DA IMPLEMENTAÇÃO DE UM ESTADO MÍNIMO, SUBMETIDO 
A UMA ESTRUTURA CAPITALISTA E NÃO AO POSICIONAMENTO TÍPICO DE UMA 
SOCIALDEMOCRACIA. TOMANDO A PERSPECTIVA DA BUROCRACIA TOMADA PELO 
SOCIÓLOGO MAX WEBER, O PESQUISADOR VÊ NA APOSENTADORIA INTEGRAL E COM 
IGUALDADE DE PROVENTOS AOS FUNCIONÁRIOS DA ATIVA UM DIREITO DESSES 
TRABALHADORES POR SUA DEDICAÇÃO E ESPECIALIZAÇÃO DEMANDADA PELO TIPO DE 
FUNÇÕES QUE EXERCERAM. AS RECENTES MUDANÇAS, SERIAM CONFORME CLÁUDIO, UMA 
FORMA DESRESPEITOSA DE TRATAR OS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS. AINDA DE ACORDO 
COM O PROFESSOR, DEVE HAVER PRESSÃO POR PARTE DESSE TRABALHADORES PARA QUE O 
FUNCIONAMENTO DESSE FUNDO SE DÊ DE FORMA TRANSPARENTE E CLARA. PARA ELE, HÁ 
EXEMPLOS DE ENTIDADES DO GÊNERO QUE DEIXARAM SEUS PARTICIPANTES NO PREJUÍZO. 
FOI O CASO DA AERUS, FUNDO DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR DA VARIG – QUE CHEGOU 
A SER A QUARTA MAIOR COMPANHIA AÉREA DO MUNDO E PARECIA SER EMPRESA SÓLIDA. 
A INSTITUIÇÃO FOI LIQUIDADA EXTRAJUDICIALMENTE NO MÊS PASSADO (JANEIRO DE 2014) 
E HÁ DÚVIDAS SOBRE SE HAVERÁ DINHEIRO PARA PAGAR TODOS OS PARTICIPANTES, COMO 
AFIRMOU O LIQUIDANTE DO FUNDO, JOSÉ PEREIRA FILHO, AO JORNAL O ESTADO DE 
S.PAULO.” 
 
 (As partes sublinhadas foram destacadas por mim.) 
Como eu mencionei antes, a alteração do plano de previdência está fadado a mudanças radicais 
nos próximos anos. 
O novo programa de aposentadoria do corpo de docentes da Universidade Federal do Rio 
Grande do Sul é apenas uma das muitas mudanças que acarretarão consequências a iniciativa 
pública federal. Merton ressalvava essa condição no que ele chamava de “disfunção da 
Burocracia”, na resistência a mudanças é inerente ao modelo de Weber. O ambiente de 
estabilidade, tanto presente quanto futura, vivenciado pelo funcionário público é o que garante 
a gestão das organizações o bom rendimento de suas metas uma vez que a remuneração nem 
sempre está de acordo com o devidamente esperado pelos funcionários. Como expliquei antes, 
a verdadeira remuneração do professor universitário, hoje em dia, é a possibilidade de uma 
aposentadoria confortável. Bom, agora não é mais. 
A criação de uma entidade paralela a universidade que ficará responsável pelo recolhimento da 
contribuição a pensão dos professores é um risco sendo imposto a profissionais que dedicaram 
suas vidas a pesquisa e qualificação do país. 
A professora Marís Gosmann explicou que a criação da Funpresp, “[...] designa ao próprio 
participante a gestão de sua aposentadoria individual.”, isso me parece ridículo. Isso em 
conformidade com a observação do professor Cláudio Mazzilli de que é o “[...] resultado da 
implementação de um estado mínimo [...]” me permite concluir que o estado brasileiro está se 
isentando da responsabilidade que possui com seus servidores. É ultrajante! 
Os três pilares do serviço público em nosso país são: Boa remuneração, bom plano de 
aposentadoria e estabilidade empregatícia. Tendo retirado dois dos pilares fundamentais o 
terceiro não irá sustentar o sistema e suas demandas por muito tempo. Talvez essa seja a 
intenção, não sei e não posso afirmar, mas posso garantir que o interesse por essa categoria de 
empregos vai diminuir consideravelmente no futuro, tanto quanto o interesse pelo privado 
diminui em contraste ao aumento da demanda de concursados. 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: 
 TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇAO (2006) - VASCONCELOS, ISABELLA F. GOUVEIA DE / 
MOTTA, FERNANDO PRESTES - THOMSON PIONEIRA 
 INTRODUÇÃO À TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO (1993) – CHIAVENATO, IDALBERTO – 4ª ED., 
MAKRON BOOKS 
 DAVID BEETHAM, MAX WEBER AND THE THEORY OF MODERN POLITICS, CAMBRIDGE, POLITY PRESS, 
1985. 
 WEBER, MAX. ENSAIOS DE SOCIOLOGIA, RIO DE JANEIRO, ZAHAR, 1971