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Resumão Psicologia

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INTUIÇÃO EIDÉTICA – 19/09/2016 
 
O termo eidós significa essência. 
A intuição eidética refere-se à evidência intelectual que serve de base as ciências eidéticas. Como a intuição empírica 
é um dar-se do objeto individual, a intuição eidetica é um dar-se do eidós ao objeto universal. 
Husserl parte das coisas mesmas como se apresentam em sua pureza à consciência. 
A consciência quando estudada do plano imanente* mostra-se como algo que ultrapassa o plano empírico e emerge 
como condição a priori da possibilidade do próprio conhecimento – consciência transcendental (que transcende o conhecimento). 
Cabe à fenomenologia descrever a estrutura do fenômeno como fluxo imanente de vivências. 
* aquilo que está inseparavelmente contido na essência de um ser ou de um objeto; 
 
A intencionalidade da consciência 
A consciência para Husserl é a intencionalidade, posto que só existe como consciência de algo. 
A análise da consciência abrange a descrição de todos os modos possíveis como alguma "coisa" ideal ou real que é 
dada imediatamente à consciência. 
Husserl tem como tema "a volta às coisas mesmas". 
A fenomenologia propõe partir de uma situação sem pressuposições. 
Husserl desenvolve o método de mostração das estruturas implícitas da experiência, assim definido o conceito de 
intencionalidade como: 
a) Consciência de algo; 
b) Consciência de si mesmo. 
 
O conhecimento, a partir de à Descartes, passa a ser explicado como relação entre duas coisas, quais sejam: 
1. A coisa está na consciência (ideia); 
2. A coisa que está fora da consciência. 
 
A primeira é a representação da segunda. 
Husserl abandona a ideia de representação distinguindo na consciência o ato que conhece (noesis) sendo dotado de 
sentido ao configurar os dados e a coisa conhecida (noema) ou objeto. 
O objeto ou noema é intencional, posto que está presente na consciência sem ser parte dela. É esta coisa que interessa 
à fenomenologia 
 
EXISTENCIALISMO – 03/10/2016 
"Conjunto de doutrinas segundo as quais a filosofia tem como objetivo a análise e descrição da 
existência concreta, considerada como ato de liberdade que se constitui afirmando-se e que 
tem unicamente como gênese ou fundamento esta afirmação em si" (JOLIVET, apud 
FIGUEIREDO, 2010, p. 187). 
Para a fenomenologia husserliana, a consciência era pura sendo a redução fenomenológica absolutamente possível; 
na fenomenologia existencial não é possível parar e se afastar de valores e preconceitos, uma vez que que a 
consciência se constitui de interferências que provém do mundo, são persistentes e estão numa correlação 
intersubjetiva em continua ambiguidade. 
É a existência antecedendo a essência. 
O homem se forma a partir do momento em que existe, vive, imagina, determina suas crenças. 
Os valores que se formam vão fazendo parte das suas escolhas e do seu relacionamento com o mundo. 
O Existencialismo propõe uma visão do homem como ser-no-mundo. 
A valorização do homem passa a envolver sua própria subjetividade, sua liberdade e responsabilidade por suas 
escolhas. 
O Existencialismo foi entendido nos anos 1940/1950 como uma filosofia que transgredia regras. 
Representantes: Nietzsche, Kierkegaard, Heidegger e Sartre. 
Kierkegaard: foi um notável filósofo que se opôs a Hegel e desenvolveu a filosofia Existencialista utilizando 
fundamentos de sua fé cristã. 
Marcel foi o criador da máxima "a existência precede a essência", mostrando que o homem está sempre se 
construindo, sendo criador de si mesmo e da própria essência. A maior realização do homem é reconhecer-se e tornar-
se o que é diante de Deus. Assim, Kierkegaard percebeu o homem como criador de si mesmo. 
 
 
HUMANISMO – 24/10/2016 
A escola humanista tem como representante Abraham Maslow, psicólogo americano que propõe uma visão do 
homem que difere do Existencialismo, principalmente por apresentar uma ótica otimista acerca do homem percebido 
como essencialmente bom. 
A concepção humanista elenca a bondade como uma característica eidética (essencial). O homem em seu estado puro 
é bom, manifestando comportamentos adversos como resposta comportamental a estimulações que poderiam ser 
classificadas como perversas. 
Maslow se notabilizou pela criação de uma teoria motivational que propõe o agrupamento de todas as necessidades 
humanas em cinco categorias, quais sejam: fisiológica, segurança, sociais, ego ou estima e autorrealização. 
Tais categorias, segundo Maslow, são saciadas de acordo com um modelo piramidal de hierarquização de 
necessidades, senão vejamos: 
 
Cada categoria de necessidades somente poderá ser saciada após a saciação das necessidades de categoria anterior, 
com exceção das necessidades fisiológicas que são saciadas continuamente por sua própria natureza. 
Nem todos os indivíduos conseguem atingir a autorrealização, o que lhe dá uma sensação de vazio ou incompletude. 
As experiências culminantes* somente são vivenciadas por indivíduos plenamente saciados. Através destas 
experiências, o homem passa a ser um ser pleno temporariamente. 
Mais de uma vez poderemos nos sentir autorrealizados e plenos. Somos inquietos e insaciáveis e temos como desejo 
o atingimento da plenitude. 
*experiências máximas de vida, que mexem com a gente e que nos transforma. Quando estamos próximos de atingir 
a autorrealização, temos essas experiências. 
 
HUMANISMO (ROGERS) – 07/11/2016 
Rompe com a posição passiva do paciente e propõe a terapia centrada no cliente. 
Temporalidade da psicoterapia: atual/presente 
OS TRÊS PILARES (condições facilitadoras do processo terapêutico): 
a) Empatia: neutralidade do terapeuta. Há o vínculo afetivo, porém, é imparcial. Capacidade de se colocar 
no lugar do outro, ver o mundo através dos olhos dele e sentir-se como ele se sente. 
b) Congruência: correspondência entre o que eu penso, aquilo que eu valorizo, idealizo, às minhas ações. 
Trata-se de um sentimento de integração experimentado pela pessoa quando o "self" e o "self ideal" se 
correspondem. 
self ideal (a pessoa que eu gostaria de ser) + self real (núcleo real da personalidade) 
 
c) Aceitação incondicional (compreensão empática): aceitar o cliente tal qual ele é, da forma que ele se 
apresenta. + expressar uma consideração positiva por ele. 
 
 
GESTALTISMO – 21/11/2016
Escola oriunda do racionalismo alemão de Descartes. A Gestalt estudou profundamente a percepção criando leis e 
princípios. 
“Gestalt” é um termo alemão significando estrutura, forma (no sentido lato) levando em conta não apenas as relações 
externas, mas as relações internas o que configura outra estrutura, logo uma outra maneira de ser percebida. 
Elementos essenciais ao processo perceptivo são: 
1. Sujeito percebedor; 
2. Objeto percebido; 
3. Figura e fundo. 
Figura e fundo são responsáveis pela dinamicidade do processo perceptual, uma vez que apresentam a característica 
da reversibilidade. 
A figura é o elemento que se destaca do fundo sendo facilmente percebido. 
O fundo tem a função de destacar a figura, devendo, pois, ser contrastante em relação à figura. 
Quanto maior for o contraste entre figura e fundo, melhor será a percepção da figura. Ou seja, está será percebida 
com menos investimento energético. 
A gestalt prioriza a apreensão dos objetos totais ao invés de perceber as partes que o constituem. Assim temos 
enunciado o princípio do todo ou gestalt. 
"O todo é muito mais que o simples somatório de suas partes constituintes" 
No ato perceptual que é conhecer os objetos e situações através dos sentidos, apreendemos objetos que nossas 
estruturas neurofisiologicas nos permite apreender, por haver correspondência entre o objeto e a situação apresentada 
e nossa configuração neuronal, o que enuncia o princípio doISOMORFISMO. 
Ex. O ultrassom é uma realidade, podendo ser captado sensorialmente pela audição dos morcegos e, inexistente para 
nossa apreensão auditiva da frequência sonora do mesmo. 
O insight é considerado uma forma de aprendizagem da escola gestaltista em que os elementos da situação de 
aprendizagem são rearrumados rapidamente chegando a solução buscada. 
Alguns autores apontam fatores intervenientes no processo perceptual, senão, vejamos: 
a) fatores objetivos: aqueles atinentes ao objeto percebido. São facilitadores do processo perceptual e considerados 
leis da percepção. São eles: 
1. Lei da proximidade; 
2. Lei da semelhança; e 
3. Lei da boa forma (englobando simetria, movimento, contraste, entre outros). 
b) fatores subjetivos: aqueles atinentes ao sujeito percebedor. Englobam várias condições, porém três são destacadas 
como as principais: 
1. Experiências anteriores; 
2. Necessidade dominante; e 
3. Expectativa diante da situação. 
 
GESTALT – 21/11/2016 
Kurt Lewin foi o destaque na teoria gestaltista ao propor a teoria de campo. 
Segundo Lewin, nosso espaço fenomênico se constitui de forças magnéticas constituindo um campo de forças que 
constitui o espaço vital do sujeito. Este espaço vital apresenta forças que contribuem para a realização das 
necessidades do indivíduo, e outras que se convertem em obstáculos para esta realização. Tais forças, então, 
apresentam valores diferenciados que poderão aproximar ou afastar o indivíduo dos "alvos". 
Estas forças apresentam valores que são chamados valências. As situações vivenciadas no espaço vital são avaliadas 
através de valências que podem ser positivas ou negativas. 
As situações com valência positiva são aquelas que nos POSSIBILITAM realizações, sendo geralmente prazerosas 
e motivadoras. 
As situações com valência negativa são aquelas que nos AFASTAM dos nossos desejos e motivações, mas que 
temos de realizá-las. São geralmente desprazerosas e entediantes e passam a sensação de desconforto. 
Em razão da valoração diferenciada das situações, muitas vezes são formados conflitos que terão que ser dirimidos. 
O conflito NÃO se instala diante de situações com valências diferentes, posto que o indivíduo optará pela situação 
com valência positiva. O conflito se instala diante de situações com valências iguais, quer sejam positivas ou 
negativas. Qualquer que seja a escolha ainda assim o indivíduo sentir-se-á perdedor. 
Os indivíduos deverão experenciar situações com valências variadas para que possa exercer a flexibilidade 
comportamental, o que favorecerá sua adaptação a novas situações. 
O espaço vital dos indivíduos pode ser ampliado ou restrito, dependendo das estimulações recebidas pelos 
indivíduos. É certo que ele sempre constituir-se-á de um campo geográfico e um campo psicológico que dará 
diferentes significados ao campo geográfico. 
 
EXISTENCIALISMO – RESUMO PARA PROVA AV1/AV2 
 KIERKEGAARD: traz a necessidade da apropriação subjetiva da verdade, além dos três estágios da 
existência humana: estético, ético e espiritual. 
 HEIDEGGER: traz o conceito de dasein (ser-no-mundo), ou seja, antes da consciência existe o próprio 
homem. 
 SARTRE: traz sua concepção de homem como aquilo que se projeta ser. Para ele, não existe determinismo, 
o homem é livre. 
 NIETZSCHE: criticou duramente a metafísica (essencialismo). 
 
Histórico: ocorreu entre as duas grandes guerras mundiais (1918-1945) e localizou-se entre o eixo Alemanha-França. 
O contexto em que o mundo se encontrava era de crise geral nas esferas política, social, econômica, moral e 
financeira. DESÂNIMO, DESESPERANÇA. 
Surgimento: os pioneiros do existencialismo moderno Nietzsche e Kierkegaard, criticaram duramente a tradição 
essencialista que sempre pautou a realidade. 
Definição: conjunto de doutrinas que tem como objetivo a análise e descrição da existência concreta, considerada 
com ato de uma liberdade que se constitui afirmando-se, e que tem unicamente como fundamento esta afirmação em 
si. 
Consciência para o existencialismo 
Enquanto para a fenomenologia de Husserl, a consciência era pura e a redução fenomenológica era absolutamente 
possível, na fenomenologia existencial não é possível para e afastar-se de valores e preceitos, uma vez que a 
consciência é formada de interferências persistentes no mundo, numa correlação intersubjetiva em contínua 
ambiguidade.

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