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Direito Ambiental

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Aula 1
Prof.: LUIZ FILIPE LIMA
Assunto: Introdução ao Direito Ambiental e Princípios do Direito Ambiental
DIREITO AMBIENTAL
CONCEITO DE DIREITO AMBIENTAL
 Parte do Direito que abrange a legislação ambiental em vigor, as jurisprudências e demais instrumentos da ciência jurídica aplicados ao meio ambiente. Focaliza as questões relativas ao controle da poluição de uma forma geral; a biodiversidade; à saúde ocupacional e ambiental; ao planejamento ambiental; às políticas de avaliação de impacto ambiental; à conservação de herança natural; ao desenvolvimento ecologicamente sustentável; e um grande número de convenções internacionais relativas à proteção ambiental .
2. CONCEITO DE MEIO AMBIENTE
 Meio ambiente é o objeto do Direito Ambiental e compõe o conjunto dos elementos naturais, artificiais e culturais que, uma vez integrados, propiciam o desenvolvimento equilibrado da vida em todas as suas formas.
3. CLASSIFICAÇÃO DO MEIO AMBIENTE
3.1 – Meio Ambiente Natural (físico)
É constituído pelo solo,
 ar, água, flora.
3.2 – Meio Ambiente Artificial
 Composto pelo espaço urbano construído (conjunto de edificações) e pelos equipamentos públicos (ruas, praças, áreas verdes) – fruto da interação do homem com o meio ambiente natural.
3. CLASSIFICAÇÃO DO MEIO AMBIENTE
3.3 – Meio Ambiente Cultural
 
 Integrado pelo patrimônio histórico, artístico, paisagístico, turístico –também considerado fruto da interação do homem com o meio ambiente natural, mas diferindo do anterior pelo valor especial que adquiriu ou de que se impregnou.
3.4 – Meio Ambiente do Trabalho
 Entendido como o local onde se desenvolvem as atividades do trabalho humano. O complexo de bens móveis e imóveis de uma empresa. Importante destacarmos que sua proteção é vital para a saúde e integridade física dos trabalhadores.
4. PRINCÍPIOS DO DIREITO AMBIENTAL
4.1 – Princípio da Prevenção – Art. 225 § 1º, IV da Constituição Federal. – Agir antecipadamente!
 É o mais importante dos princípios. “É melhor prevenir do que remediar...” Busca-se evitar a ocorrência do dano ambiental e consequente perda de vidas, perda econômica e danos inestimáveis ao meio ambiente. É melhor prevenir, do que gastar fortunas na recuperação ambiental.
 Mas, como prevenir? Utilizando instrumentos para tanto, tais como o EIA/RIMA (Estudo de Impacto Ambiental / Relatório de Impacto de Meio Ambiente), incentivos fiscais e eventualmente uma legislação que imponha severas multas e sanções utilizadas como forma de prevenir a ação danosa.
4. PRINCÍPIOS DO DIREITO AMBIENTAL
4.2 – Princípio da Participação – Art. 225 § 1º, IV da Constituição Federal.
 A tutela do meio ambiente é dever de todos, do Poder Público e da sociedade (art. 225 da CF). Assim, entende-se por cooperação o dever de todos prevenir e ajudar a manter um meio ambiente saudável, sendo necessário portanto, haver um trabalho conjunto entre a sociedade civil e o Poder Público.
 Assim, a informação e a educação ambiental são ferramentas indispensáveis para que haja a efetivação do referido princípio.
4. PRINCÍPIOS DO DIREITO AMBIENTAL
4.3 – Princípio do Poluidor Pagador – Art. 225 § 3º da Constituição Federal e arts. 4º, VII e 14 § 1º da Lei 6.938/81.
 Por esse princípio busca-se consagrar a ideia de que aquele que poluir terá de arcar com os custos da reparação do dano causado.
 “As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados” CF, art. 225 § 3º.
4. PRINCÍPIOS DO DIREITO AMBIENTAL
4.4 – Princípio do Desenvolvimento Sustentável – Art. 170, VI, c.c art. 225, V, da Constituição Federal e arts. 4º e 5º, da Lei 6.938/81.
 Por esse princípio busca-se compatibilizar o desenvolvimento econômico-social e preservação da qualidade do meio ambiente.
 Obs.: O referido princípio não tem por finalidade impedir o crescimento econômico, mas procura determinar que as atividades sejam desenvolvidas utilizando todos os meios colocados à disposição através da menor degradação possível. Ex.: Instalação de filtros nas chaminés das fábricas, correta disposição dos resíduos sólidos, utilização racional da água, rodízio de carros...
 É atender às necessidades da presente geração, sem comprometer as gerações futuras.
4. PRINCÍPIOS DO DIREITO AMBIENTAL
4.5 – Princípio da Função Socioambiental da Propriedade – Art. 170, III e VI e art. 186 da Constituição Federal , c.c art. 1.228, § 1º do Código Civil.
 
 Por esse princípio busca-se afirmar que o direito ambiental deve ser exercido levando-se em conta a noção de sustentabilidade ambiental. A noção de função social da propriedade não se limita à propriedade rural, mas também à propriedade urbana.
4. PRINCÍPIOS DO DIREITO AMBIENTAL
4.6 – Princípio do Limite – Art. 225, § 1º da Constituição Federal , e art. 4º, III c.c art. 8º, VII c.c art. 9º,I da Lei 6.938/81.
 
 Por esse princípio a administração tem o dever de estabelecer os padrões de emissão de partículas, ruídos e a presença de corpos estranhos no ambiente, tendo em vista a necessidade de proteção da vida e do próprio ambiente.
4. PRINCÍPIOS DO DIREITO AMBIENTAL
4.7 – Princípio da Cooperação Entre os Povos – Art. 4º, IX da Constituição Federal , e art. 4º, V da Lei 6.938/81.
 
 Por esse princípio, deve-se buscar a cooperação internacional para preservação do meio ambiente, notadamente porque os danos ambientais podem espalhar-se além da área de sua ocorrência, afetando países vizinhos.
4. PRINCÍPIOS DO DIREITO AMBIENTAL
4.8 – Princípio do Usuário Pagador – Lei 6938/81, art. 4º, VII.
 Por esse princípio, aquele que usar os recursos ambientais deve pagar por esse uso, na medida em que está usando algo que é um bem de uso comum, isto é, de fruição coletiva. 
 Nesse sentido, está estruturada a cobrança pelo uso da água, nos moldes da Lei 9.433/97 – Lei da Política Nacional de Recursos Hídricos.
 Vale ressaltar, que o referido pagamento não tem natureza de penalidade, mas de compensação.
4. PRINCÍPIOS DO DIREITO AMBIENTAL
4.9 – Princípio da Informação – Lei 6938/81, art. 9º.
 Esse princípio consagra o acesso da sociedade aos dados ambientais, no intuito de permitir-lhe o controle preventivo das atividades exercidas sobre o meio ambiente. Como exemplo, podemos citar a publicidade no processo de licenciamento ambiental, com a máxima transparência possível.

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