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relatorio de microbiologia geral

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1. INTRODUÇAO: 
Os microrganismos possuem um ciclo natural na água, solo, ar, na nossa superfície corporal e 
de outros animais etc. Estes microrganismos conseguem sobreviver à custa de materiais 
orgânicos e inorgânicos existentes nestes ambientes. O ciclo artificial (meio de cultura) é o 
modo que empregamos em laboratório para cultivarmos os microrganismos. 
Na natureza, encontram-se formando populações mistas, que são vários tipos de 
microrganismos que pertencem a um mesmo habitat. Como todos os seres vivos, os 
microrganismos necessitam de nutrientes apropriados ao seu desenvolvimento, assim como 
condições físicas ou ambientais favoráveis. Quando cultivados em laboratório, estas 
necessidades devem ser respeitadas. O meio de cultura, por mais que não exista um universal 
para o crescimento de todos os microrganismo, deve conter: nutrientes (agua, fontes de 
carbono, energia etc) em concentrações adequadas e não inibitórias ao crescimento do 
microrganismo que desejamos cultivar, além das condições ambientais requeridas como o pH 
ideal, adequado ao seu crescimento, umidade, pressão osmótica, temperatura, entre outros. 
Lembrando que eles tem a finalidade de cultura e isolamento de microrganismos, induzindo o 
crescimentos e as reproduções de microrganismos, e após a sua preparação, cada meio de 
cultura deve ser sujeito à esterilização, de forma que seja eliminado qualquer organismo vivo 
contaminante. 
Estes meios podem ser naturais, que seriam os lagos, oceanos, floresta, ou seja, o meia ambiente 
em si, e os artificiais/sintéticos, que são os produzidos em laboratórios. Os meios de cultura 
são utilizados em três diferentes tipos de consistência: sob a forma líquida (denominados de 
meios líquidos ou caldos. Utilizados para crescimento em massa, ou seja, não promovem a 
formação de colônias, mas sim, crescimento por dispersão), sólida (denominados de meios 
sólidos ou solidificados, para fazer isolamento, devido a formação de colônias. 1,5 % a 2% de 
agar-agar) e eventualmente semissólida (denominados de meios semi-sólidos, para verificação 
de motilidade. 0,5% de agar-agar). O estudo dos microrganismos (fungos e bactérias) ,depende 
da obtenção de uma grande quantidade de microrganismos idênticos ( cultura pura ). Para isto 
devemos preparar meios de cultura estéreis e conservá-los em condições estéreis (desprovidos 
de qualquer forma de vida). 
Ao introduzimos no meio estéril o inóculo (quando estaremos semeando, inoculando), teremos 
o cuidado técnico necessário para que não haja contaminação externa (ambiental). Este 
procedimento denomina-se técnica asséptica. Depois de inoculado, o meio de cultura contendo 
os microrganismos é incubado (colocado para crescer) em local apropriado e se for o caso, em 
local cuja temperatura seja controlada ( por exemplo : a estufa ). O crescimento significará o 
desenvolvimento de uma população a partir de uma ou algumas células. Este poderá ser 
evidenciado a olho nú, sob a forma de turvação (em meio líquido ) ou formação de colônias 
quando em meio sólido. 
As bactérias do género Staphylococcus, formados por mais de 30 espécies, foram isoladas pela 
primeira vez por Robert Kock em 1878, descritas e cultivadas por Pasteur em 1880. Em 1882, 
um cirurgião escocês Alexander Ogston, adaptou o nome da palavra grega “staphylo” que 
significa cacho de uva. O género Staphylococcus reúne bactérias de forma esféricas, Gram-
positivos com 0.5 a 1.5 m de diâmetro, móveis, isolados, dispostas aos pares ou em cachos, 
não esporulados, sendo um dos um dos mais comuns patógenos do ser humano. Existem no ar, 
na poeira, no esgoto, na água, no leite e nos alimentos ou equipamentos de processamento de 
alimentos, nas superfícies expostas aos ambientes, nos seres humanos e nos animais, sendo 
estes dois últimos os principais reservatórios. 
 imagem do gênero Staphylococcus 
Para qualquer ser vivo viver tem que ocorrer uma série de processos para que eles sintetizem 
substância e para que obtenham energia ou ATP ( respiração ou fermentação). É na obtenção 
de ATP ( energia) que está a diferença entre as bactérias, que no caso da Staphylococcus, 
podem ser aeróbios ou anaeróbios facultativos. 
As Bactérias Aeróbicas tem que ter oxigênio para obter a energia. Mas as Bactérias 
Anaeróbicas, o ATP é obtido por um processo chamado de fermentação, não havendo presença 
de oxigênio. As anaeróbicas facultativas são as que usam oxigênio, mas podem crescer sem. 
 
2. OBJETIVO: 
 Fazer semeadura, que consiste no plantio de um microrganismo em um meio de cultura, a 
partir de um material contaminado qualquer, em meios liquido de cultura de Staphylococcus 
aureus, obtendo colônia isolada sob diferentes condições físico-químicas 
 
3. MATERIAIS E METODOS: 
Em aula prática no laboratório , alguns métodos foram importantes na hora 
da preparação de cada meio de cultura, objetivando obter melhores resultados. 
Alguns cuidados devem ser tomados para se evitar a contaminação do manipulador 
como também dos meios de cultura empregados e das culturas microbianas. 
 
Técnicas de semeadura e os materiais utilizados: 
- Minimizou-se a atividade microbiana e a contaminação no processo lavando as mãos com 
álcool e trabalhando sempre na zona estéril, zona no entorno da chama do Bico de Bunsen. 
- Flambou-se a alça bacteriológica até que esta atingisse a forma rubra. Flambou-se primeiro 
na chama azul, depois na amarela, após, esperou- se esfriar. 
- Abriu-se, na zona de segurança, um tubo de ensaio contendo a bactéria, com uma das mãos. 
Após abrir com o dedo mindinho e flambar a boca do tubo, introduziu-se a alça 
bacteriológica no tubo, colhendo uma pequena porção de amostra. 
- A boca do tudo de ensaio foi de novo flambada antes de ser vedada. 
- Na zona de segurança o tudo de ensaio, contendo o meio escolhido, foi aberta com apenas 
uma das mãos. Introduzindo a alça com a bacteria. Flambou-se em seguida a alça 
bacteriológica. 
- A boca do tudo de ensaio foi de novo flambada antes de ser vedada. 
 
Repetindo os métodos em todos os tubos de ensaio que sofreriam, posteriormente, diferentes 
condições físico-químicos. 
 
4. RESULTADOS : 
O Staphylococcus selecionado foi testado quanto à sua capacidade de se desenvolver em 
diferentes temperaturas, valores de pH e concentração de NaCl, em meio de cultura que 
continha agar (polissacarídeo obtido a partir de algas rodofícea). 
Abaixo segue tabela dos resultados. 
Bactéria T 
37C 
 T 
45C 
 TA NaCl1% NaCl 
5% 
 NaCl 
10% 
Ph 4,0 Ph 
10,0 
Ph 
12,0 
Staphylo + + - + + - + + + 
 
O crescimento foi avaliado à temperatura de incubação de 37ºC, 45ºC e temperatura ambiente, 
que em termos laboratoriais, consiste em 20ºC, o efeito do NaCl foi determinado com 1%. 5% 
e 10%, com diferentes Ph (4, 10 e 12). 
A cultura de Staphylococcus revelou crescimento em temperatura de 37 e 45ºC, mas não em 
temperatura ambiente(+- 20ºC). 
Obteve crescimento na presença de1% e 10% de cloreto de sódio, e com 10% não observou-se 
analise positiva quanto ao seu crescimento. 
Aumento positivo da bactéria aos diferentes Ph. 
 
5. DISCUSSAO E CONCLUSAO: 
O crescimento no meio de cultura é indicativo de que o micro-organismo desenvolveu-se nas 
referidas condições submetidas. 
Primeiramente, analisaremos os valores obtidos sobre o pH. Observou-se que houve uma faixa 
de crescimento com relação ao valor do pH que variou entre 4,0 e 12,0. Possivelmente, entre 
esses valores encontra-se o pH ótimo, onde é observado o maior crescimento populacional num 
menor espaço de tempo. Segundo Pelczar, Chan & Krieg as diferentes espécies são adaptadas 
ao crescimentoem vários valores de pH. E essa adaptação inclui possuir um aparato gênico e 
metabólico capaz de fazer com o pH interno se mantenha constante independentemente do pH 
externo. Com relação a concentração de NaCl adicionada, cresceram na presença de ate 5% de 
cloreto de sódio. Em condições mais extremas de pH, os microrganismos devem possuir tal 
aparato para que possam sobreviver nos mais diversos ambientes, por isso deve haver esse tipo 
de adaptação. 
Com relação a concentração de NaCl (mantém o equilíbrio osmótico do meio e serve como 
fonte dos íons Na e Cl) adicionada observado que a cultura estudada suporta uma concentração 
de até 5,0% ( essa concentração estimula a produção de coagulase, que é característico do S. 
aureus), acima esse valor o meio tornou-se hipertônico, fazendo com as células, provavelmente, 
desidratassem e o crescimento foi inibido. 
A temperatura é um fator que tem grande influência sobre o crescimento bacteriano. Na 
verdade, a temperatura é um fator que está associado diretamente a velocidade das reações 
químicas do microrganismo. Isso se deve ao fato de que tais reações são catalisadas por enzimas 
específicas, que tem a sua atividade aumentada ou diminuída de acordo com a temperatura. 
Porém, a temperatura não deve exceder ao valor de temperatura ótima (To), pois a partir daí as 
enzimas são danificadas pelo calor, perdem sua atividade e as células param de crescer. A 
cultura revelou crescimento em temperatura de 37 a 45 graus, conforme a literatura que diz 
que seu crescimento ótimo está entre 35 e 40ºC, porém não se teve crescimento em temperatura 
ambiente, contrariando parte da literatura que expõe seu crescimento cem uma temperatura 
compreendida entre 18 e 40 graus (De Vos et al., 2009). Vale ressaltar que são bactérias que 
geralmente estão associadas a órgãos de animais de sangue quente como intestino, pele e 
mucosas. 
 Portanto através da análise dos resultados obtidos, foi possível concluir que existem inúmeros 
fatores físicos que influenciam o crescimento bacteriano, podendo essa influência ser negativa 
ou positiva. Alguns fatores, como temperatura, ph e concentração de sais são de grande 
influência sobre o meio e devem ser considerados quando se lida com manutenção de culturas 
de microrganismos. 
 
6. BIBLIOGRAFIA: 
Patrick R. Murray; et al. (2004). Microbiologia Médica 4 ed. [S.l.]: Guanabara Koogan 
Santos, a. l., et al. Staphylococcus aureus: visitando uma cepa de importância hospitalar • J 
Bras Patol Med Lab • v. 43 • n. 6 • p. 413-423 • dezembro 2007. 
Gonçalves, E.S. (2013). Influência do sal, pH e temperatura no desenvolvimento de 
Estafilococos Coagulase Negativa isolados de produtos cárneos fermentados. Dissertação de 
Mestrado. Universidade de Lisboa, Faculdade de Medicina Veterinária, Lisboa 
PELCZAR, M.; REID,R. & CHAN, E.C.S., 1997. Microbiologia: Conceitos e 
 Aplicações. – Volume I. Edta. Makron Books do Brasil. 2ª edição. 
PELCZAR, M.; REID,R. & CHAN, E.C.S., 1997. Microbiologia: Conceitos e 
 Aplicações. – Volume II. Edta. Makron Books do Brasil. 2ª edição. 
De Vos, P., Garrity, G.M., Jones, D., Krieg, N.R., Ludwig, W., Rainey, F.A., Schleifer, K.-H. 
& Whitman, W.B. 2009. Volume Three. The Firmicutes. In G.M. Garrity (ed.), Bergey's 
Manual of Systematic Bacteriology, Second Edition. Springer-Verlag, New York: [I]-XXVI, 
1-1422. 
Alim. Nutr. ISSN 0103-4235 , Araraquara v.20, n.2, p. 307-311, abr./jun. 2009 
CAMPAGNOL, P. C. Cultura starter produzida em meio de cultura de plasma suíno e 
antioxidante natural na elaboração de salame. 2007. 74f. Dissertação (Mestrado em Ciência e 
Tecnologia de Alimentos) - Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2007.9

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