Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 1 Prezado aluno, Esta apostila é a versão estática, em formato .pdf, da disciplina online e contém todas as informações necessárias a quem deseja fazer uma leitura mais linear do conteúdo. Os termos e as expressões destacadas de laranja são definidos ao final da apostila em um conjunto organizado de texto denominado NOTAS. Nele, você encontrará explicações detalhadas, exemplos, biografias ou comentários a respeito de cada item. Além disso, há três caixas de destaque ao longo do conteúdo. A caixa de atenção é usada para enfatizar questões importantes e implica um momento de pausa para reflexão. Trata-se de pequenos trechos evidenciados devido a seu valor em relação à temática principal em discussão. A galeria de vídeos, por sua vez, aponta as produções audiovisuais que você deve assistir no ambiente online – aquelas que o ajudarão a refletir, de forma mais específica, sobre determinado conceito ou sobre algum tema abordado na disciplina. Se você quiser, poderá usar o QR Code para acessar essas produções audiovisuais, diretamente, a partir de seu dispositivo móvel. Por fim, na caixa de Aprenda mais, você encontrará indicações de materiais complementares – tais como obras renomadas da área de estudo, pesquisas, artigos, links etc. – para enriquecer seu conhecimento. Aliados ao conteúdo da disciplina, todos esses elementos foram planejados e organizados para tornar a aula mais interativa e servem de apoio a seu aprendizado! Bons estudos! TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 2 Introdução Na aula passada, tratamos dos impactos que a evolução tecnológica trouxe para a sociedade. Dentre eles, discutimos sobre a Revolução Industrial e o aumento do desemprego causado pela invasão das máquinas. Atualmente, no século XXI, essa invasão é ainda maior. Afinal, a tecnologia já faz parte de nosso cotidiano, mesmo sem nos darmos conta disso. A sensação é de que, em breve, todos os serviços serão substituídos por máquinas e robôs. É claro que essa não é uma situação real, pois, por maior que seja a evolução, o pensamento humano continua sendo indispensável. No entanto, para que possamos nos adaptar a essa nova realidade, algumas mudanças de paradigma são necessárias. Se, há 10 anos, um profissional precisava ter um conjunto de habilidades, hoje, certamente, elas não são as mesmas. Como saber, então, que habilidades preciso para desempenhar minha função? Como adequar o conhecimento que já possuo com as novas exigências do mercado de trabalho? Essas e outras questões serão abordadas nesta aula. Objetivo: 1. Identificar a educação adequada à atualidade, contextualizada com a qualificação profissional e o trabalho humano, bem como com os impactos causados pelas novas tecnologias; 2. Sublinhar a expectativa do mercado de trabalho e a escolaridade necessária ao jovem do século XXI para o moderno mundo da produção. TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 3 Conteúdo Atividade proposta 1 Como vimos na aula anterior, a tecnologia traz benefícios para a sociedade, mas, em contraponto, causa alguns impactos que se podem tornar negativos caso não haja um preparo para receber essas mudanças. Imagine se jornalistas resolvessem ignorar os avanços que houve nos meios de comunicação e continuassem agindo, em sua profissão, como se ainda estivéssemos na época da prensa? Pensando nessa questão, compare as charges a seguir e indique que tipo de mudanças as novas tecnologias acarretaram à veiculação de notícias pelo mundo. Primeira charge disponível em: www.nanquim.com.br. Acesso em: 22 ago. 2014. Segunda charge disponível em: https://sites.google.com/site/tcoetania/reflexao-sobre-a-evolucao-da- comunicacao. Acesso em: 22 ago. 2014. Chave de resposta 1 A cada nova invenção, uma revolução acontece no meio social! Assim ocorreu com o surgimento da escrita, do alfabeto e da imprensa: a sociedade se organizava de determinada maneira, mas, para se adequar as essas novas TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 4 ferramentas tecnológicas, precisou se reinventar. Como é possível observar nas charges, por exemplo, as mudanças trazidas pelas novas tecnologias não afetaram apenas a forma com que a notícia é veiculada, mas, principalmente, a velocidade de sua circulação. Isso alterou a maneira com a qual o usuário precisa lidar com as informações que recebe. Como fazer, então, para comunicar uma notícia, checando sua veracidade e fonte antes que ela chegue às redes sociais? Essa, certamente, não era uma preocupação dos jornalistas há 20 anos. Antes de prosseguir com seu estudo, reflita sobre essa questão... Desafio da Universidade e da tecnologia Adaptado de: http://wlaumir-souza.blogspot.com.br “Hoje, a humanidade dispõe das melhores ferramentas de todos os tempos – graças à mídia digital e social – para agir de modo inteligente. Mas essas ferramentas não nos tornarão mais inteligentes por elas mesmas. Na verdade, de muitas formas, elas podem nos tornar estúpidos.” TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 5 Fonte: GEE, James Paul. The Anti-Education Era: creating smarter students through digital learning. New York: Palgrave Macmillan Trade, 2013. Esse breve fragmento de texto nos faz refletir sobre a real funcionalidade das novas tecnologias na atualidade – mais precisamente na educação. Elas estão disponíveis para nós em todo lugar e em qualquer espaço, mas precisamos saber usá-las de forma adequada e a nosso favor. Para isso, é preciso mudar! O fato é que modificar o pensamento e a postura de uma sociedade já estruturada requer o rompimento de paradigmas mantidos, muitas vezes, por séculos. À medida que a tecnologia sofre alteração e se desenvolve, a sociedade deve seguir esse ritmo. Do contrário, o que significaria avanço pode ocasionar o retrocesso. O desafio é: Como romper esses paradigmas e se adequar à nova realidade em todos os ambientes da sociedade? Não há uma fórmula pronta, uma receita de bolo para que isso aconteça, mas sabemos que a universidade é o lugar em que, normalmente, o ser humano passa a ter um contato maior com a formação institucionalizada, cultural e aceita pela sociedade. Logo, as mudanças precisam partir desse espaço. Vejamos como... Contexto educacional: ontem e hoje Hoje, mesmo com todo o desenvolvimento da tecnologia, muitas instituições e docentes ainda se mostram resistentes ao uso das ferramentas tecnológicas em sala de aula, valendo-se, por exemplo, apenas da escrita cifrada como a tecnologia mais avançada em termos de educação. TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 6 Fonte: GROENING, M. The Simpsons. Estados Unidos: Fox Broadcasting Company. Disponível em: http://www.dvdbeaver.com/film2/DVDReviews49/simspons_20th_blu-ray.htm. Acesso em: 9 set. 2014. Ainda se mantém uma estrutura de sala de aula voltada para os parâmetros da era industrial: alunos sentados em fileiras, seguindo uma hierarquia rígida e com uma fonte única de saber – o professor. Tal configuração não se adéqua ao tipo de aprendizagem que a situação atual exige, em que as fontes de informação são cada vez maiores e mais rápidas. O aluno necessita ter discernimento para receber essas informações, analisá-las e transformar o que for relevante em conhecimento. TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 7 Fonte: GROENING, M. The Simpsons. Estados Unidos: Fox Broadcasting Company.Disponível em: http://www.minhaoperadora.com.br/2014_08_01_archive.html Acesso em: 9 set. 2014. Apesar dessa resistência, as tecnologias estão invadindo, a seu modo, os espaços escolar e universitário. O que antes era copiado do quadro, tomando grande parte do tempo de aula, hoje, é fotografado pelos alunos, em questão de segundos, através de smartphones. Isso influencia a formação profissional dos jovens e não pode ser ignorado pelos educadores! Vamos tratar, a seguir, justamente das especificidades desse preparo para o mercado de trabalho. Educação profissional O Parecer CNE/CEB Nº 16/99, que trata das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional de Nível Técnico, complementa o que a Lei nº 9.394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – rege a respeito do ensino profissionalizante. TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 8 Infelizmente, o Parecer aponta que a educação para o trabalho não tem sido colocada na pauta das conversas tanto da sociedade brasileira quanto do mundo inteiro. O entendimento da educação profissional no que diz respeito ao direito à educação e ao trabalho foca, especificamente, na formação de mão de obra, reproduzindo a educação bancária tão condenada por Paulo Freire. Trata-se de um modelo que reproduz opressores e oprimidos – a maioria da população –, e que acredita que a Educação Superior está desvinculada da profissional. Disponivel em: http://strelacadente.wordpress.com/modulo-iv/profissao- docente" Strelacadente. Acesso em: 22 ago. 2014. A charge retrata muito bem o que acontece na educação bancária: há uma preocupação em ensinar, porém, não importa se o aluno aprendeu. Ensino médio e superior x Ensino profissional Historicamente, a formação profissional sempre foi ofertada àqueles considerados melhores dentro das classes menos favorecidas, criando, dessa forma, dois guetos: TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 9 Os que detêm o saber Ensinos Médio e Superior Os que executam, principalmente, tarefas manuais e esforço físico – ensino profissional A sistematização do conhecimento através da escola ou universidade e sua universalização só foram incorporadas e aceitas como direito social e do cidadão no século XX. Apenas nas décadas de 1970 e 1980, as empresas começaram a se preocupar com a formação do indivíduo e passaram a exigir trabalhadores mais qualificados. Após muita luta, atualmente, é inconcebível que a educação profissional seja tratada como uma política assistencialista ou que apenas sirva para atender às possíveis demandas geradas pelo mercado de trabalho. Longe disso, o ensino profissionalizante deve ser considerado como estratégia para que os cidadãos tenham acesso às conquistas científicas e tecnológicas da sociedade. Atenção O enfoque arcaico da formação profissional a que nos referimos, voltado apenas para a execução de determinado conjunto de tarefas, já não tem mais sentido nos dias de hoje. TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 10 Além do domínio operacional de determinado objeto de trabalho, a educação profissional necessita promover a: • Compreensão do processo de produção como um todo; • Apreensão do saber global e tecnológico; • Valorização da cultura e do trabalho; • Tomada de decisões, • Autonomia; • Disciplina. Alfabetização científica Diante do cenário atual, com destaque para os avanços tecnológicos, a educação profissionalizante e a preocupação com o mercado de trabalho, surge um conceito muito interessante: alfabetização científica. Essa noção se direciona, justamente, para a formação profissional do indivíduo. Historicamente, principalmente no Brasil, o ensino profissionalizante é voltado para a classe trabalhadora, que visa ao mercado de trabalho. Franco (1994), por sua vez, enfatiza essa ideia quando analisa o ensino sob duas perspectivas de: Caráter terminal Enfatiza a profissionalização e sua natureza técnica. Exemplo: consertos, troca de pneus e câmara de ar, furados ou que tenham sofrido qualquer avaria, reparo de rodas, alinhamento da direção e balanceamento das rodas. Caráter intermediário Enfatiza o acesso a estudos superiores. Exemplo: ter um controle do estoque e dos atendimentos com planilhas, ampliar os negócios, comercializando pneus e câmaras novos, usados e recauchutados. TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 11 Reflexões sobre a dinâmica do contexto da educação formal Refletindo sobre a dinâmica do contexto da educação formal a que nos referimos, algumas perguntas precisam ser respondidas: • Que técnicas podem facilitar a alfabetização científica adequada da clientela dos programas de formação profissional? • Como assegurar a formação para a cidadania na atual sociedade tecnológica, com foco na alfabetização científica dos técnicos de Nível Médio, na escola ou universidade para o mercado de trabalho? • Como facilitar o acesso e a permanência do técnico a um conhecimento científico e tecnológico? Atenção De acordo com Franco (1994, p. 20-21): “[Admitir] uma relação linear entre escola e trabalho [...] seria limitar o papel da escola, concebendo-a apenas como uma agência de adestramento, em que o domínio de técnicas ganharia primazia sobre as atividades voltadas para a formação integral do aluno. [...] Isso, por outro lado, não implica fazer o raciocínio inverso e eximir a educação de qualquer responsabilidade pela formação profissional. Mais do que isso, acreditamos ser a escola uma das oportunidades para capacitar o aluno a compreender o trabalho como categoria social – e histórica, desde que existe [na] escola a preocupação de levá-lo a entender as formas diferenciadas de vivenciar as relações de produção e as desigualdades delas decorrentes.” TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 12 Inclusão da tecnologia no mercado de trabalho As novas tecnologias afetaram o mercado de trabalho: isso é um fato! Em contrapartida, houve atraso no critério de inclusão social e de poder político nas relações sociais. Desde a Revolução Industrial, o mundo do trabalho passou por muitas mudanças que, por sua vez, atingiram diretamente a vida da população no que diz respeito a vínculo empregatício e direito a trabalho e à renda. Apesar de todas as fatias da sociedade sofrerem os efeitos dessas transformações, os jovens aumentaram ainda mais a problemática atual em torno do assunto. O jovem brasileiro está adquirindo um status político e social cada vez mais considerável, ainda que esteja em processo de consolidação. Sua TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 13 organização em torno de reivindicações sobre si mesmo e sobre a sociedade em geral tem aumentado muito. A marca desse processo é que ele não se tem acomodado em ser apenas o objeto das ações sociais e das políticas públicas, pois, em muitas situações, tenta se colocar – e se coloca – como sujeito da formulação das próprias soluções para os problemas levantados. Vejamos como essa situação vem influenciando sua inserção no mercado profissional... Jovens x mundo de trabalho A prática tipicamente humana do trabalho adquiriu um papel central tanto na inserção social de cada indivíduo e na decorrente formação de sua identidade quanto na constituição e na sustentação da sociedade. Nesse contexto, os jovens enfrentam dificuldades para buscar trabalho e nele se manterem, uma vezque, além de inexperientes, encontram poucas oportunidades de emprego. Atenção O fato é que, hoje, o novo padrão organizacional e tecnológico exige das pessoas capacidades para lidar com diferentes tipos de informações. Governo, empresários e sociedade civil empenham- se para educar a população. No entanto, precisamos estar atentos para a gestão das informações e da comunicação no processo de ensino e aprendizagem oferecido à maioria do povo, dentro e fora do universo do trabalho, para que não priorizemos uma formação puramente tecnicista, que logo se tornará ultrapassada. TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 14 Essa situação fica significativamente mais grave entre jovens pobres, pois eles são impelidos a precipitar a ocupação de um posto de trabalho para obter uma renda, a fim de sustentar as despesas familiares ou a própria sobrevivência. Isso costuma comprometer a possibilidade de formação escolar e de maior qualificação profissional, as quais, adiante, provavelmente contribuiriam para a sequência de sua carreira de trabalho. Formação profissional e desenvolvimento tecnológico Na sociedade da informação, mais do que o trabalhador, precisamos formar o CIDADÃO que atuará na transformação social: um indivíduo capaz de APRENDER A APRENDER sempre. Até porque, agora: A formação do ser humano tornou-se um diferencial competitivo para todos os setores sociais. Já dizia Lévy (1993, p. 8): “[No século XX], as próprias bases do funcionamento social e das atividades cognitivas se modificaram a uma velocidade que todos podem perceber diretamente.” Isso ocorreu devido ao desenvolvimento das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs). Hoje, seu uso dita regras às relações do mercado econômico global através de seu ritmo ágil de funcionamento, impondo produtividade, qualidade e competitividade, o que redefine o perfil de competências dos indivíduos e os modos como as organizações e a sociedade atingirão suas metas. Atenção Diante do exposto, são questões imprescindíveis: • A adoção das novas tecnologias no universo do trabalho; • Os processos de automação industriais; TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 15 • A atual necessidade de educação continuada das pessoas para atuação nos diversos setores da sociedade. É preciso pensar sobre a gestão e a distribuição do poder que advém do domínio de informações e de conhecimentos. Afinal, o mercado de trabalho modificou-se substancialmente em virtude da globalização e da revolução informatizada. Antigas profissões desapareceram e as que ainda existem – mesmo aquelas mais tradicionais e conhecidas – tiveram seu perfil alterado, exigindo novas habilidades e outros saberes. Cabe a nós nos adequarmos a esse novo mundo! Atenção Para Costa (2003, p. 48-49): “A revolução tecnológica torna as tarefas cada vez mais abstratas, obrigando o jovem trabalhador a utilizar cada vez mais o raciocínio e a criatividade em vez de atitudes convencionais e retóricas”. Já para Takahashi (2000, p. 7): “A mão de obra qualificada, capaz de atender às exigências do novo paradigma técnico- econômico, é, assim, fundamental para assegurar ganhos de produtividade às empresas brasileiras e melhorias da TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 16 competitividade, permitindo-lhes ampliar a oferta de empregos e trabalho dignos e adequadamente remunerados”. Atividade proposta 2 Antes de finalizarmos esta aula, vamos fazer uma atividade! Analise a charge a seguir: Adaptado de: http://www.teckler.com Como estudamos no decorrer deste conteúdo, muitos são os atrativos e as ferramentas que podemos utilizar da internet. De certa forma, esses mecanismos até nos auxiliam em nosso cotidiano, nas redes sociais, no mercado de trabalho, nos estudos, enfim, em diversos contextos. No entanto, como você percebeu pela leitura da charge, nem sempre, os instrumentos tecnológicos nos beneficiam. Qual seria, então, o grande problema da internet para o jovem de hoje? Chave de resposta 2 A dificuldade está na forma de usar as ferramentas disponíveis na internet. A web 2.0 trouxe uma gama de vantagens aos usuários – principalmente as redes sociais –, mas devemos ter cuidado com a exposição e a má utilização desses instrumentos. TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 17 Não basta apenas sermos usuários mas também estarmos conscientes do papel que exercemos enquanto colaboradores do mundo virtual. Até a próxima! Aprenda Mais Para saber mais sobre a normatização do ensino profissionalizante e tecnológico no Brasil, navegue pelo Portal do Ministério da Educação. Observe que, para cada estado, o Conselho Estadual de Educação tem normas que não podem ferir a Lei Maior, como podemos identificar nos links a seguir: • http://www.cee.rj.gov.br; • http://www.cee.pa.gov.br. Para saber mais sobre o papel do jovem no mercado de trabalho, sugerimos as seguintes leituras: • FRIGOTTO, G. Juventude, trabalho e educação no Brasil: perplexidades, desafios e perspectivas. In: NOVAES, R; VANUCHI, P. Juventude e sociedade: trabalho, educação, cultura e participação. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2004. • ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A CULTURA (UNESCO). Políticas públicas de/para/com juventudes. Brasília: Unesco, 2005. • POCHMANN, M. A batalha pelo primeiro emprego. São Paulo: Publisher Brasil, 2000. TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 18 Para saber mais sobre a influência das novas tecnologias na educação e sobre os desafios do trabalho docente, assista à entrevista com o professor José Pacheco: https://www.youtube.com/watch?v=Y3VFIfjc_X8 Fonte: PACHECO, José. José Pacheco: entrevista [out. 2007]. Publicação: Instituto Futuro de Educação. São Paulo: Sindicato dos Professores de São Paulo (SINPRO-SP), 2007. Referências CARVALHO, J. A. S. de. Alguns aspectos da inserção de jovens no mercado de trabalho no Brasil: concepções, dados estatísticos, legislação, mecanismos de inserção e políticas públicas. Formação Política da Escola de Governo de São Paulo. São Paulo: Universidade de São Paulo (USP), 2004. COSTA, M. C. C. Educomunicador é preciso! In: SOARES, I. de O. Caminhos da educomunicação. São Paulo: Salesiana, 2003. p. 47-52. FRANCO, M. L. P. B. Ensino Médio: desafios e reflexões. Campinas: Papirus, 1994. LACERDA, G. Conception d'un outil de formation technique assistée par ordinateur intégrant une approche pédagogique adaptée. In: CONGRÈS DE L'ASSOCIATION CANADIENNE FRANÇAISE POUR L'AVANCEMENT DES SCIENCES (ACFAS), 63., 1995, Quebec. Anais. Quebec: Universidade do Quebec em Chicoutimi, 1995. ______. Alfabetização científica e formação profissional. Revista Educação & Sociedade, Campinas, ano XVIII, n. 60, dez. 1997. LÉVY, P. As tecnologias da inteligência – o futuro do pensamento na era da informática. Rio de Janeiro: 34, 1993. TAKAHASHI, T. (Org.). Sociedade da informação no Brasil: Livro verde. Brasília: Ministério da Ciência e Tecnologia, 2000. Exercícios de fixação Questão 1 TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 19 De acordo com o que estudamos Hoje, a humanidade dispõe das melhores ferramentas de todos os tempos – graças à mídia digital e social – para agir de modo inteligente. Mas essas ferramentas não nos tornarão mais inteligentes por elas mesmas. Na verdade, de muitas formas, elas podem nos tornar estúpidosFonte: GEE, James Paul. The Anti-Education Era: creating smarter students through digital learning. New York: Palgrave Macmillan Trade, 2013. A cada dia que passa, torna-se comum a veiculação de informações não verídicas na internet. Algumas, inclusive, ocasionam até a prisão ou agressão a inocentes, como mostra a notícia a seguir: Jovem comparado com serial killer que estaria em atuação em Goiânia é inocente. Relacione essa leitura com a citação anterior e indique por que a profissão de jornalista está mudando diante da nova realidade tecnológica: a) A tendência é que essa profissão seja esquecida, ficando a cargo da população veicular as informações. b) Para não perder seu emprego e sua importância, cabe ao jornalista o desafio de veicular informações antes que sejam compartilhadas nas redes sociais. c) Assim como as demais profissões, o jornalista precisa se adequar ao novo cenário, atentando apenas para a necessidade de lidar com equipamentos mais modernos. d) Para garantir a veracidade das informações e evitar que sejam repassadas por pessoas sem o devido preparo para tal, cabe ao jornalista o desafio de veicular informações antes que sejam compartilhadas nas redes sociais. e) Em breve, não haverá a necessidade de um curso de formação superior para se denominar jornalista – bastará veicular uma notícia em uma rede social para se tornar um, e isso não impactará, de nenhuma maneira, a sociedade. TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 20 Questão 2 (Adaptada de: Aprova concursos) Leia o seguinte fragmento de texto: Apesar das mudanças que vêm ocorrendo e sendo sugeridas no âmbito do sistema educacional brasileiro, a sala de aula – nosso principal ambiente de aprendizagem – continua anacrônica. Grande parte das práticas pedagógicas atuais ainda privilegia o ensino transmissivo, às custas de uma ênfase na aprendizagem mediada pelo professor e suas escolhas de recursos educacionais. Fonte: GUIMARÃES, A. de M.; DIAS, R. In: COSCARELLI, C. (Org.) Novas tecnologias, novos textos, novas formas de pensar. Belo Horizonte: Autêntica, 2002. p. 24. Essa visão do ensino sugere modificações na prática educativa, EXCETO: a) O uso do potencial educativo das TICs como estratégia para a transferência das informações pelo professor para o conjunto de alunos. b) A criação dos ambientes de aprendizagem, ou seja, dos sistemas de ensino integrados e abrangentes, capazes de promover o engajamento dos alunos. c) A reengenharia da sala de aula, com as ações educativas redirecionadas para colocar o aluno como agente do processo de reconstrução de conhecimentos no contexto escolar/universitário. d) A valorização das múltiplas inteligências – lógica, linguística, musical, espacial, interpessoal, intrapessoal e cinestésica –, a fim de promover uma educação integral do aprendiz. e) A utilização de estratégias de aprendizagem, que envolvam tomada de decisões com base no raciocínio, na afetividade e nas interações sociais para atingir metas e objetivos específicos. TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 21 Questão 3 (Adaptada de AE07-SC) Leia o texto a seguir: A tecnologia não será suficiente para democratizar e reconstruir a educação. A tecnologia sozinha não melhorará, necessariamente, o ensino e a aprendizagem, e, com certeza, não trará a superação das agudas divisões socioeconômicas. Fonte: KELLNER, D. From 9/11 to terror war. Maryland: Rowman & Littlefield, 2003. Com base nesse fragmento, é CORRETO afirmar que: a) A tecnologia deve ser usada em processos meramente operativos. b) As tecnologias devem ser o fim – e não o meio – do processo educacional. c) A formação dos professores para o uso das TICs na educação não é fundamental. d) Não é necessário usar recursos apropriados e práticas educativas adequadas para o sucesso da tecnologia em sala de aula. e) Se não for utilizada de forma orientada, a tecnologia pode até aumentar – ao invés de suplantar – as divisões existentes de poder, capital e de riqueza. Questão 4 <p>De acordo com o que estudamos nesta aula: "O Parecer CNE/CEB nº 16/99, que trata das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional de Nível Técnico, complementa o que a Lei nº 9.394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – rege a respeito do ensino profissionalizante. Infelizmente, o Parecer aponta que a educação para o trabalho não tem sido colocada na pauta das conversas tanto da sociedade brasileira quanto do mundo inteiro. O entendimento da educação profissional no que diz respeito ao direito à educação e ao trabalho foca, especificamente, na formação de mão de obra, reproduzindo a educação bancária tão condenada TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 22 por Paulo Freire. Trata-se de um modelo que reproduz opressores e oprimidos – a maioria da população –, e que acredita que a Educação Superior está desvinculada da profissional. Agora, analise a charge a seguir: Disponível em: http://empregonatela.com/tags/vagas/. Acesso em: 29 ago. 2014. Relacionando as informações apresentadas com a leitura da charge, é CORRETO afirmar que: a) A abordagem apresentada no Parecer CNE/CEB nº 16/99 é adequada, pois cabe à educação somente formar mão de obra. b) A educação bancária – voltada apenas para a mão de obra – não é mais o suficiente para o mercado de trabalho. No entanto, não é papel da escola resolver tal situação. c) A formação profissional voltada apenas para a execução de determinado conjunto de tarefas já não é mais aceitável. Agora, a educação profissionalizante necessita promover a valorização da cultura e do trabalho, bem como a tomada de decisões, a autonomia e a disciplina. TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 23 d) A formação profissional voltada para a mão de obra é uma das vertentes educacionais oferecidas, exclusivamente, para as classes menos favorecidas, que somente podem ocupar cargos operacionais. e) A formação voltada para a educação profissional limita o papel da universidade, concebendo-a apenas como uma agência de adestramento, em que o domínio de técnicas ganharia primazia sobre as atividades direcionadas para a instrução integral do aluno. Questão 5 Leia o texto Proatividade e sua importância. Considerando o que estudamos sobre formação profissional, assinale a opção CORRETA quanto à conduta de Renato na empresa e à promoção de seu amigo Antônio: a) Certamente, Antônio foi promovido porque recebeu uma educação voltada para a formação de mão de obra e, portanto, executou a tarefa com tamanha destreza. b) Provavelmente, Renato teve uma formação voltada para a alfabetização científica. Por isso, foi prático em sua missão, buscando apenas a informação que lhe foi solicitada. c) A opção de promover Antônio no lugar de Renato foi sensata, pois Renato estava acomodado por ter muito tempo de empresa e precisava ver um colega sendo promovido para repensar sua posição. d) Houve um erro em não promover Renato, pois a informação que lhe foi solicitada foi rapidamente apresentada, como em todas as demais situações de trabalho. O equívoco estava no comando incompleto dado a ele. e) Antônio foi promovido porque mostrou habilidades desenvolvidas pela alfabetização científica, superando as expectativas quanto às informações que lhe foram solicitadas e buscando soluções para possíveis problemas. TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 24 Questão 6 Analise a charge a seguir: . A Disponível em: http://www.espacolegal.net/.Acesso em: 29 ago. 2014. Refletindo sobre o que estudamos ao longo desta aula e com base na leitura da charge, é CORRETO afirmar que: a) A dificuldade em conseguir o primeiro emprego faz com que os jovens não acreditem em seu potencial e percam a ambição em suas carreiras. b) A dificuldade em conseguir o primeiro emprego faz com que jovens, muitas vezes motivados pela necessidade de sustentar suas famílias, aceitem um trabalho que não lhes exija grande qualificação profissional. c) A dificuldade em conseguir o primeiro emprego leva os jovens a desistirem da carreira profissional, pois só aceitariam um trabalho em que pudessem exercer o que lhes foi ensinado na alfabetização científica, dispensando funções meramente operacionais. d) É mais interessante para os jovens buscar um trabalho que não lhes exija grande qualificação profissional, pois, desse modo, não será TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 25 necessário estudar e se atualizar, mas apenas exercer sempre a mesma função – na maioria das vezes, de forma mecânica. e) Os jovens não encontram dificuldade em conseguir o primeiro emprego, mas é preciso ter paciência para exercer, de início, uma função desvalorizada e crescer, aos poucos, dentro da empresa, entendendo que esta lhes está prestando um grande favor em aceitá-los, mesmo sem experiência anterior. Questão 7 Nesta aula, falamos sobre a importância de não priorizarmos uma formação puramente tecnicista, que logo se tornará ultrapassada. Aranha (1996), por sua vez, relaciona o aumento dessa prioridade ao desenvolvimento industrial e científico do mundo contemporâneo, em que a formação técnica especializada passou a ser exigida para que o trabalhador pudesse acompanhar e atender as demandas próprias do momento socioeconômico. Pensando nessas questões, analise a charge a seguir: Fonte: GOULART, F. Crítica à escola: vivência e estudo das comunidades de investigação de Matthew Lipman. Porto Alegre: Editora FI, 2013. TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 26 Com base na visão de Aranha (1996), nos conceitos apresentados neste estudo e na charge analisada, podemos afirmar que esse tipo de formação fundamentalmente técnica NÃO merece atenção especial, porque:</p> a) Forma seres autônomos demais, o que pode vir a prejudicar a ordem social. b) Prevê que o aprendiz precisa se atualizar sempre, mas não garante essa prática. c) É ultrapassada e não prevê o uso de ferramentas atuais, tais como tablets, smartphones, etc. d) Oferece muitas possibilidades ao aprendiz, o que pode confundi-lo. É preciso dar a ele apenas as informações inerentes a sua prática. e) Priva o aprendiz de uma autonomia em sua prática, oferecendo apenas informações julgadas necessárias para sua atuação em um cargo predeterminado. Questão 8 Leia um trecho da música de Gabriel, o Pensador: Estudo errado. Em seguida, compare-o com o seguinte fragmento desta aula: "Na sociedade da informação, mais do que o trabalhador, precisamos formar o CIDADÃO que atuará na transformação social: um indivíduo capaz de APRENDER A APRENDER sempre. Até porque, agora, a formação do ser humano tornou-se um diferencial competitivo para todos os setores sociais". Diante desse paralelo, podemos afirmar que o trecho da canção retrata o desinteresse dos jovens: a) Pelo ensino institucionalizado, visando a uma formação mais imediatista e em menor tempo. b) Pela universidade, pois há muitos atrativos mais interessantes hoje em dia, tais como games, redes sociais etc. TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 27 c) Por um ensino baseado em decoreba, pois essa seria uma maneira mais complicada de aprender, e a falta de sucesso desestimularia o aprendiz. d) Pela universidade, pois, hoje, não se dá mais o devido valor ao ensino institucionalizado, já que as informações são facilmente encontradas através dos meios tecnológicos. e) Por um ensino baseado em decoreba, pois, hoje, a sociedade se organiza de tal modo que a constante formação é necessária, o que exige aprender a pensar, e não apenas memorizar fatos. Questão 9 Como vimos nesta aula: "Hoje, o uso das TICs dita regras às relações do mercado econômico global através de seu ritmo ágil de funcionamento, impondo produtividade, qualidade e competitividade, o que redefine o perfil de competências dos indivíduos e os modos como as organizações e a sociedade atingirão suas metas". Observe como a charge a seguir representa essa realidade: TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 28 Disponível em: http://espaco-rh.blogspot.com.br/2012/04/google-sinonimo-de- inovacao.html. Acesso em: 29 ago. 2014. Relacionando ambas as leituras, indique se é natural que o perfil do profissional exigido pelas empresas seja alterado:</p> a) Sim, pois essa é uma determinação dos sindicatos trabalhistas. b) Não, pois essa deve ser uma orientação fixa, jamais modificada. c) Sim, diariamente, pois, para manter uma empresa competitiva no mercado, modificações constantes são necessárias – sejam elas quais forem. d) Não com tanta frequência, pois os funcionários que ali já trabalham podem não saber mais qual é sua função dentro do ambiente empresarial e deixar de se enquadrar no padrão requerido. TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 29 e) Sim, com certa periodicidade, sem o exagero apresentado na charge, tendo em vista que as TICs fazem com que o padrão de competências se modifique constantemente, visando à competitividade no mercado. Questão 10 Um estudo realizado pela empresa Sparks & Honey listou as principais atividades profissionais que devem estar presentes no mercado de trabalho daqui a alguns anos, como podemos observar no texto: Tendência revela as 20 profissões do futuro. Algumas já até existem – como, por exemplo, o consultor de carreiras via Skype –, mas passarão a ser mais procuradas. Comparando esse estudo com as informações apresentadas nesta aula, é possível afirmar que o mercado de trabalho: a) Passará por uma revolução, e nada do que hoje é tratado como habilidade fará parte das profissões listadas. b) Sofrerá grandes mudanças, e as profissões do futuro exigirão competências como criatividade, autonomia e habilidades tecnológicas. c) Será alvo de pequenas modificações, e os profissionais de hoje necessitarão apenas de uma breve atualização relacionada às ferramentas tecnológicas mais recentes. d) Será marcado por uma grande revolução que dará prioridade às atividades convencionais e retóricas, deixando de lado as abstratas e aquelas que necessitam de raciocínio e de criatividade. TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 30 Smartphones: Termo de origem inglesa que significa “telefone celular” – também conhecido como telefone inteligente. Esse aparelho digital possui tecnologias avançadas, tais como programas executados em um sistema operacional, equivalente aos computadores, com hardware e software, que conectam redes de dados para acesso à internet, sincronização desses dados, além de agenda de contatos. Alfabetização científica: Para Lacerda (1997, p. 99), a alfabetização científica é: “[...] ancorad[a] sobre a detenção de um saber específico e eminentemente funcional, centrado na compreensão crítica e nas aplicações práticas do conhecimento científico, e na resolução de problemas relacionados com as aplicações da ciência e com o uso de recursos tecnológicos”. Guetos: Qualquer grupo segregado ou marginalizado; o reduto desse grupo. Fonte:Dicionário Aulete online. Jovem: De acordo com Carvalho (2004): “[Para as Organização das Nações Unidas (ONU)], jovem é a pessoa entre 15 e 24 anos. Nesse período, ele alcança a maturação biológica, psicológica e social, [o que lhe daria plenas condições] de compartilhar das relações sociais do mundo adulto”. Mas, ainda conforme o autor, é fundamental compreender as contradições dessa faixa etária, reproduzidas por razões históricas, sociais e culturais. Dessa forma, não há juventude homogênea, e sim juventudes com variações. Paradigmas: Do grego paradeigma, que significa “modelo”, “padrão”. Trata- se do que serve de exemplo a ser seguido para determinada situação, das normas criadas por um grupo que estabelecem limites e indicam como cada sujeito deve agir dentro deles. Paulo Freire: Educador, pedagogo e filósofo brasileiro que influenciou o TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 31 movimento da pedagogia crítica. Sua coragem de pôr em prática um autêntico trabalho de educação, que identifica a alfabetização com um processo de conscientização, capacitando o oprimido tanto para a aquisição dos instrumentos de leitura e escrita quanto para a sua libertação, fez dele um dos primeiros brasileiros a serem exilados. Disponível em: http://www.paulofreire.org/institucional/fundadores/paulo-freire. Acesso em: 29 ago. 2014. Trabalho: Etimologicamente, trata-se de um termo associado ao tripalium: um instrumento usado para tortura. Aula 2 Exercícios de fixação Questão 1 - D Justificativa: Com a rápida veiculação da informação através dos meios digitais, é grande a importância do jornalista, mas esse profissional precisa se adequar à nova realidade. Se, antes, ele dispunha de determinado tempo para averiguar uma matéria, hoje, caso demore muito, essa informação já pode estar disponível nas redes sociais de maneira equivocada, acarretando até julgamentos feitos pela população, como o exemplo apresentado. Caberá ao jornalista, então, auxiliar a mídia digital de forma inteligente, evitando o uso desmedido dessa ferramenta. Questão 2 - A Justificativa: De nada adiantará o uso de tecnologia em sala de aula se não houver uma mudança no paradigma educacional e, principalmente, uma nova perspectiva sobre o papel docente. O educador não é responsável pela transferência de informações ao aluno. Afinal, o educando tem acesso a todas TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 32 elas através das mídias digitais. Cabe ao professor o papel de mediador: aquele que transforma as informações em conhecimento. Questão 3 - E Justificativa: Como vimos ao longo da aula, historicamente, a formação profissional sempre foi oferecida aos melhores, criando, dessa forma, dois guetos – os que detêm o saber e os que executam tarefas meramente manuais. A inserção da tecnologia na educação, por si só, não dará conta de resolver os problemas da educação e, caso não seja bem orientada, pode vir a aumentá- los. Questão 4 - C Justificativa: Ao longo dos anos, ficou evidente que a educação bancária não se adequou à realidade atual. Afinal, nela, cada um aprende determinada função e a executa sem pensar em seus meios ou processos. No entanto, cabe à educação formar profissionais capazes de tomar decisões, pensar sobre seus processos de trabalho, e não apenas seguir uma ordem predeterminada de atividades. Questão 5 - E Justificativa: Como vimos nesta aula, a alfabetização científica prevê uma autonomia do ser humano. Dessa forma, o profissional não é mais passivo, ou seja, aquele que apenas recebe ordens e as executa em uma sequência predeterminada. Na história, Antônio demonstrou essas habilidades e foi atrás de informações que não lhe foram solicitadas, mas que julgou importantes para a resolução do problema – diferente de Renato. Questão 6 - B Justificativa: Na charge, um jovem executa uma função meramente operacional, que não o possibilita exercer sua autonomia. Mesmo assim, ele possui a ambição de crescer na empresa. Como estudamos nesta aula, a situação atual é de dificuldade: os jovens não conseguem arrumar o primeiro TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 33 emprego, pois as empresas estão cada vez mais exigentes. Motivados pela necessidade de se sustentar e, algumas vezes, de dar suporte a seus familiares, os jovens se submetem a funções operacionais e, por muitas vezes, deixam de lado a qualificação profissional em prol de uma remuneração imediata. Questão 7 - E Justificativa: Como podemos observar na charge e no relato de Aranha (1996), a formação tecnicista está voltada para uma prática especializada e ignora tudo o que não esteja relacionado a ela. Tal formação é perigosa, pois, com a evolução cada vez mais rápida de equipamentos e meios digitais, uma prática pode ser modificada de maneira muito ágil. Se houver profissionais destinados apenas para determinada função, sem habilidade de <em>olhar para fora da janela</em>, em pouco tempo, eles se tornarão obsoletos. Questão 8 - E Justificativa: Saber quem descobriu o Brasil ou como se dividiam as capitanias hereditárias não constituem mais informações relevantes para o aluno de hoje. Tais dados são facilmente encontrados através de uma simples pesquisa no <em>Google</em>. A música de Gabriel, o Pensador retrata a insatisfação diante de um ensino que não forma o aluno para a realidade atual: empresas que exigem cada vez mais profissionais autônomos e em constante formação, que compreendam que, para se qualificar, não basta aceitar as informações que lhe são passadas. É preciso sempre questioná-las. Questão 9 - E Justificativa: A alteração do perfil profissional exigido pelas empresas é apenas um exemplo de como as funções se reestruturam a todo o momento, principalmente em organizações que giram em torno de inovação e competitividade – como a <em>Google</em>, por exemplo –, requerendo sempre do funcionário o aperfeiçoamento. Questão 10 - B TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 34 Justificativa: As modificações previstas no mercado de trabalho vão exigir profissionais cada vez mais autônomos e criativos e que, basicamente, saibam lidar com a tecnologia. Profissões convencionais e com práticas retóricas não terão espaço nesse novo quadro que se apresenta, e a criatividade será uma habilidade importante dentro dessas novas funções. TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 35 Renata Vasconcellos é Especialista em Administração Escolar e em Reengenharia e Gestão de Recursos Humanos pela Universidade Cândido Mendes (UCAM), Especialista em Mídias em Educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Graduada em Pedagogia, com ênfase em Administração Escolar e Orientação Educacional, e em Treinamento e Desenvolvimento Empresarial pela Universidade Gama Filho (UGF). Atua, há mais de seis anos, na modalidade de Ensino a Distância (EAD), tendo trabalhado com desenvolvimento de material didático, gravação de videoaulas, tutoria, supervisão e coordenação de área pela Faculdade Signorelli e pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). Atualmente, é Coordenadora de Projetos Educacionais II em Educação pela Estácio, estando à frente de uma equipe responsável pela produção de aplicativos e de conteúdo interativo para disciplinas dos cursos de Pós-Graduação, dos projetos Universidade Corporativa e Educação Continuada, e do Programa de Incentivo à Qualificação Docente (PIQ). Currículo Lattes.
Compartilhar