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Prévia do material em texto

DOCÊNCIA E GESTÃO DO ENSINO SUPERIOR 
 TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 
RENATA GOMES VASCONCELLOS 
 
 
 
 
 TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 1 
Prezado aluno, 
 
Esta apostila é a versão estática, em formato .pdf, da disciplina online e contém 
todas as informações necessárias a quem deseja fazer uma leitura mais linear 
do conteúdo. 
Os termos e as expressões destacadas de laranja são definidos ao final da 
apostila em um conjunto organizado de texto denominado NOTAS. Nele, você 
encontrará explicações detalhadas, exemplos, biografias ou comentários a 
respeito de cada item. 
Além disso, há três caixas de destaque ao longo do conteúdo. 
A caixa de atenção é usada para enfatizar questões importantes e implica um 
momento de pausa para reflexão. Trata-se de pequenos trechos evidenciados 
devido a seu valor em relação à temática principal em discussão. 
A galeria de vídeos, por sua vez, aponta as produções audiovisuais que você 
deve assistir no ambiente online – aquelas que o ajudarão a refletir, de forma 
mais específica, sobre determinado conceito ou sobre algum tema abordado na 
disciplina. Se você quiser, poderá usar o QR Code para acessar essas produções 
audiovisuais, diretamente, a partir de seu dispositivo móvel. 
Por fim, na caixa de Aprenda mais, você encontrará indicações de materiais 
complementares – tais como obras renomadas da área de estudo, pesquisas, 
artigos, links etc. – para enriquecer seu conhecimento. 
Aliados ao conteúdo da disciplina, todos esses elementos foram planejados e 
organizados para tornar a aula mais interativa e servem de apoio a seu 
aprendizado! 
Bons estudos! 
 
 
 TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 2 
Tecnologia e rec. educ. digitais no Ensino 
Superior - Apostila 
Aula 8: TICs e atuação docente nas IES 
Introdução 
Como vimos no decorrer desta disciplina, as Tecnologias da Informação e 
Comunicação (TICs) causaram transformações profundas nos modos de viver, 
de pensar, de agir e de se relacionar das pessoas. Em outras palavras, o 
surgimento das novas tecnologias gerou uma revolução social e cultural. 
Como parte desse cenário, a universidade não fica ausente de tal processo. 
Afinal, se essa instituição é responsável pela formação do cidadão, é necessário 
que se mantenha atualizada com relação às tendências do mercado de 
trabalho. 
Mas como é possível instruir o educador a formar sujeitos? 
Nesta aula, destacaremos, justamente, o uso das TICs nas Instituições de 
Ensino Superior (IES) como ferramentas de apoio à formação de professores e 
pedagogos – futuros agentes da educação. 
Você saberá, então, se tais instrumentos modificam as etapas do processo de 
ensino e aprendizagem – o planejamento, os objetivos educacionais e as 
metodologias utilizadas nas modalidades online, presencial ou híbrida. 
 
Objetivo: 
1. Classificar as TICs como recursos didático-pedagógicos na formação de 
novos pedagogos e professores; 
2. Identificar a necessidade de mudanças na formação inicial ou específica do 
educador para o novo cenário do século XXI, dentro de uma perspectiva de 
formação continuada. 
 
 TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 3 
Conteúdo 
Impacto da tecnologia no ensino 
Você já percebeu que todas as atividades que realizamos hoje envolvem 
tecnologias? Inclusive, esse foi o tema do enredo da escola de samba Portela 
no Carnaval de 2010, no Rio de Janeiro. 
 
 
A letra do enredo da Portela nos prova que as TICs invadiram a vida das 
pessoas, a cultura, o trabalho, o lazer e a educação na sociedade 
contemporânea. 
Não se trata mais de discutir, então, sobre a necessidade de utilizar ou não 
esses recursos, mas sobre como sua existência pode trazer mudanças 
estruturais para as instituições de ensino. 
São essas transformações que geram certa insegurança na aplicabilidade da 
tecnologia como instrumento de apoio à aprendizagem.Vejamos por que isso 
acontece... 
 
TICs como ferramentas didático-pedagógicas 
As épocas são marcadas por necessidades socioculturais e, atualmente, tais 
necessidades estão voltadas para o uso da tecnologia. Afinal, não é preciso ser 
nenhum especialista no assunto para saber que, hoje, é praticamente 
impossível viver sem esse recurso, não é verdade? 
Até as comunidades escolar e universitária já entendem a necessidade do uso 
das TICs como ferramentas didático-pedagógicas e como objetos de mudanças 
no processo de ensino e aprendizagem. 
O fato é que tais instrumentos possibilitam a troca de ideias e experiências, 
bem como estimulam a curiosidade e a busca de informação e de conhecimento 
– tanto na modalidade de ensino presencial quanto na Educação a Distância 
(EAD). 
Por isso, o contexto da educação neste século apela por uma qualidade elevada 
de ensino, bem como pela adequação às metodologias e aos recursos vigentes. 
 
 TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 4 
Mas como é possível investir na educação na era digital? Vamos 
descobrir? 
 
Devido à evolução tecnológica e sua crescente aplicação nas diferentes áreas 
do conhecimento, as entidades educativas têm encontrado dificuldades para 
atender os anseios de docentes e discentes no processo de ensino e 
aprendizagem. 
Além disso, dentro do âmbito educacional, há uma carência de atividades 
didáticas voltadas para a utilização dos recursos tecnológicos. Conforme 
estudamos em aulas anteriores, isso ocorre porque muitos professores não 
recebem uma formação adequada e direcionada para esse trabalho pedagógico. 
 
Mas, se as novas tecnologias perpassam o processo educacional como 
ferramentas eficazes que auxiliam a realidade social, a sociedade pode, dentro 
desse contexto, discutir sobre suas experiências com relação a tais recursos, a 
fim de garantir e facilitar a interatividade em um mundo cada vez mais 
informatizado. 
Para obter sucesso nesse sentido, o educador precisa planejar suas aulas e 
estabelecer os objetivos pretendidos com o uso das novas tecnologias em sala 
de aula, refletindo sobre suas ações para além das atividades comumente 
realizadas. 
Junto aos alunos, esse profissional tem de identificar os pontos positivos e 
negativos dessas ferramentas, adaptar situações, avaliar processos e 
resultados, valendo-se de diversas metodologias que lhes permita integrar-se 
com a turma por meio das novas tecnologias. 
Vamos entender melhor a questão? 
 
Docente em formação 
Muitas são as estratégias para a utilização das TICs em sala de aula. Mas, antes 
de se valer de qualquer uma, o professor precisa internalizar, com clareza: 
• O papel da internet na aprendizagem; 
• Os efeitos das redes na educação; 
 
 TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 5 
• As possibilidades de integração e inserção social das comunidades 
escolar e universitária através da transformação pedagógica. 
 
Para auxiliar nessa conscientização, alguns questionamentos podem ser 
realizados junto aos docentes formadores. Vejamos alguns deles: 
 
A formação em serviço do educador é de extrema importância para que essa 
nova metodologia aumente o interesse dos alunos em todas as disciplinas, 
proporcionando um aprendizado de qualidade? 
 
Que estratégias devemos usar e que cuidados devemos tomar para que as 
novas TICs funcionem, de fato, na educação? 
 
As instituições de ensino estão preparadas para a atual realidade tecnológica? 
 
Quais os possíveis efeitos positivos e negativos das TICs na educação? 
 
De que forma as redes colaborativas influenciam o trabalho pedagógico? 
 
Reflita sobre essas questões e realize, a seguir, uma atividade quetrata da 
importância do desenvolvimento de atividades colaborativas em rede. 
 
Atividade proposta 
Durante o curso da área educacional, dentre os educadores que conhecemos, 
Vygotsky teve papel fundamental na disseminação da aprendizagem 
sociointeracionista, a partir da qual entendemos que o desenvolvimento do 
indivíduo tem origem social e é possibilitado pelas interações mantidas com o 
outro. 
Por outro lado, atualmente, as redes colaborativas surgem como fortes aliadas 
na contribuição da formação em serviço do sujeito aprendiz, pois estimulam 
cadeias de relações entre indivíduos ou grupos através de processos 
colaborativos mediados pelas TICs. 
 
 TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 6 
Diante do que estudamos ao longo desta disciplina, podemos afirmar que a 
linha teórica de Vygotsky e a prática do trabalho de redes colaborativas são 
similares? Justifique sua resposta. 
 
Chave de resposta 
Sim, pois ambas as propostas trabalham com o coletivo e com a aprendizagem 
através da construção do conhecimento entre pares. 
Através das redes colaborativas – ou seja, da aprendizagem sistêmica –, muitos 
alunos atingem sua Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP), pois o 
trabalho flui em grupos heterogêneos. Nesse caso, a ideia é que todos 
aprendam pela motivação do outro. 
Normalmente, os alunos adaptam o nível de ajuda à necessidade de seu grupo. 
A tutoria entre colegas ocorre nessa zona. Ao trocar experiências dentro do 
grupo, há um movimento de ensinar para o outro em particular, isto é, de 
ajustar a explicação à necessidade do outro. 
Por meio desse trabalho, os docentes podem se conscientizar de que vivemos 
na era tecnológica e de que essa realidade exige um novo olhar e uma nova 
postura com relação à prática pedagógica. 
Mas é preciso preparar esses profissionais, motivando-os, oferecendo-lhes 
formação adequada, capacitando-os para utilizar as ferramentas tecnológicas 
como recursos que estimulam a aprendizagem. 
A partir do processo de AÇÃO-REFLEXÃO-AÇÃO, os educadores poderão 
detectar suas possíveis falhas e repensar suas ações, tendo em vista os 
objetivos propostos para determinada atividade. 
Tanto a vertente sociointeracionista quanto àquela voltada para a 
aprendizagem por redes colaborativas são concebidas como meios para ajudar 
o docente em seu processo de crescimento profissional e podem auxiliá-lo a 
usar as novas tecnologias em sala de aula, acompanhando os avanços dos 
últimos anos. 
 
 
 TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 7 
Aprendizagem da geração atual 
Vamos entender, agora, por que é tão difícil reconhecer o poder que a 
tecnologia exerce sobre a educação atual. 
De acordo com Moran (2009, p. 73), o paradigma antigo de ensino: 
“[...] era baseado na transmissão [do conteúdo] pelo professor, na 
memorização dos alunos e em uma aprendizagem competitiva e 
individualizada”. 
E essa parece ser, ainda hoje, a realidade de muitas instituições de ensino. 
Encontrar o professor de pé à frente de um grupo de estudantes é muito 
comum nas universidades, o que caracteriza um modelo de mão única focado, 
única e exclusivamente, no docente. 
Nesse caso, o aluno torna-se desconectado do processo de aprendizagem ou 
aparentemente desconexo. 
Tal situação demonstra que os professores ainda não perceberam que seus 
alunos cresceram no mundo digital e interativo e que, por isso, aprendem de 
maneira diferente. 
 
Sentar-se mudo diante da TV ou de um professor não funciona para a geração 
atual, a que chamamos de nativos digitais. Afinal, eles já nasceram com o 
controle remoto nas mãos. 
O resultado de uma pesquisa recente sinalizou que a maioria das crianças de 
hoje sabe mexer, já aos cinco anos de idade, em um mouse, mas não sabem 
amarrar os sapatos. 
Com o acesso facilitado e o uso mais frequente do computador ou dos 
dispositivos móveis pelas pessoas que a cercam, a criança começa a interagir 
muito cedo com tais ferramentas – seja para conversar com os colegas ou para 
jogar. 
As pesquisas indicam que tanto as crianças quanto os jovens aprendem de 
modo interativo, multitarefa e colaborativo. 
 
 
 TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 8 
De acordo com Mamede-Neves e Duarte (2008), esse grupo, que chegou ao 
mundo após a popularização dos computadores pessoais e a criação da 
internet, compõe um segmento de usuário de TICs. 
Certamente, esses jovens esperam outros modelos de aprendizagem – de 
preferência, aqueles que façam uso das TICs. Estamos nos referindo a uma 
educação interativa que vai de encontro ao ensino baseado na transmissão da 
informação. 
Nesse cenário, os alunos se comportam não de forma passiva, enfileirados e 
em silêncio, à espera da informação advinda do professor, e sim de forma 
colaborativa. 
 
O fato é que, atualmente, o mercado de trabalho e o mundo exigem que 
professores e alunos aproveitem os recursos tecnológicos disponíveis para uma 
aprendizagem em outras linguagens. 
Mas a verdade é que os educadores sentem dificuldades em aceitar essa nova 
conjuntura. Você saberia dizer por quê? Vamos retomar essa questão, dando 
sequência a nosso estudo... 
 
 
 
Docentes como estrangeiros digitais 
Precisamos nos lembrar de que muitos dos professores que estão na ativa 
fazem parte de uma geração em transição com relação às tecnologias digitais – 
especialmente o computador e a internet. 
Para Freitas (2009, p. 8): 
 
 TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 9 
“[...] eles podem ser considerados ‘estrangeiros digitais’ diante de seus alunos 
‘nativos digitais’. Essa diferença de culturas precisa ser enfrentada para que o 
diálogo entre elas aconteça”. 
Nesse contexto, observamos uma situação antiquada entre as práticas docentes 
e as expectativas sobre a função da instituição de ensino na atualidade. 
Devido a isso, surge insatisfação e a ideia de que a universidade e, mais 
particularmente, os professores falham na tentativa de cumprir seu papel. 
 
Essa percepção de não corresponder ao esperado traz a esses profissionais o 
sentimento de mal-estar, que tem sido estudado, ultimamente, por 
pesquisadores do campo da educação. Mas eles não podem se esquecer de que 
são figuras fundamentais no processo de ensino e aprendizagem. 
Como argumentam Libâneo e Suanno (2011): 
“[...] não há reforma educacional, não há proposta pedagógica sem 
professores, já que [eles] são os profissionais mais diretamente envolvidos com 
os processos e resultados da aprendizagem escolar”. 
A verdade é que o processo de formação docente é um dos vários fatores que 
afetam a integração entre educador e tecnologias. 
 
Uso limitado da tecnologia 
Se você observar os referenciais teóricos desta aula, perceberá que alguns 
pesquisadores entendem a tecnologia sob uma perspectiva cultural e histórica. 
Mas muitos não fazem essa relação e apenas pontuam a função utilitária de 
ferramentas tecnológicas ou de recursos auxiliares, que estaria distante das 
possibilidades apontadas pelos estudiosos da área. 
De acordo com essa visão, o uso da tecnologia em sala de aula está limitado a 
apenas alguns recursos – tais como Data Show, TV/DVD e TV/vídeo. A internet, 
por sua vez, é utilizada para fins específicos: 
• Estudo e pesquisas em sites de busca; 
• Envio e recebimento de e-mail; 
• Interação professor-aluno. 
 
 
 TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 10 
Nesse caso, as redes sociais são pouco exploradas ou até desconhecidas, o 
que, para Moran (2009), é um retrocesso. 
 
O estudioso chega a afirmar que as escolas não conectadas são incompletas. 
Mesmo que essas instituiçõesestejam didaticamente avançadas, diante da falta 
de acesso contínuo às redes digitais, seus alunos são excluídos de uma parte 
importante da aprendizagem atual, que inclui: 
 
O acesso à informação diversificada e disponível online. 
 
A pesquisa rápida em bases de dados, em bibliotecas virtuais e em portais 
educacionais. 
 
A participação em comunidades virtuais de interesse. 
 
Ainda que todos reconheçam a importância das novas TICs na sociedade atual, 
é inegável que ainda estamos iniciando, de forma vagarosa, a trajetória da 
educação PELAS e PARA TICs na formação dos pedagogos e dos professores. 
Esse fato é evidenciado por vários indicadores. Vejamos alguns: 
 
Resistências dos profissionais docentes de incluir no currículo as aprendizagens 
necessárias à utilização das mídias em sala de aula. 
 
Aprendizagens significativas a partir da produção do novo conhecimento, tendo 
como referência aulas de diferentes áreas do conhecimento. 
 
Preocupação, no âmbito legal, quanto à formação dos professores no que diz 
respeito à utilização dos recursos tecnológicos. 
 
O que é preciso fazer, então, para minimizar essas questões e ingressar nessa 
nova realidade? Descubra-o a seguir! 
 
 
 TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 11 
 
Atenção 
 Na prática, notamos um distanciamento entre o discurso 
governamental/legislativo e a efetiva capacitação do profissional 
que atuará em sala de aula, pois, nem sempre, o professor 
consegue utilizar a tecnologia e integrá-la a sua ação 
pedagógica. 
 
Educação PELAS e PARA as TICs 
Acompanhando o crescimento acelerado da tecnologia nas últimas décadas, 
que modifica a vida em sociedade, Castells (2009) afirma que: 
“[...] as redes interativas de computadores estão crescendo exponencialmente, 
criando novas formas e canais de comunicação, moldando a vida e, ao mesmo 
tempo, sendo moldadas por elas”. Contudo, constatamos: 
 
• A pouca utilização das TICs como recursos didático-pedagógicos. 
 
• A inquietação e a angústia quanto às justificativas de sua não utilização, 
mesmo diante de sua presença massiva na sociedade e de seu uso cada vez 
mais precoce pelas crianças e pelos jovens. 
 
• A necessidade de repensar a formação de educadores da atualidade, capazes 
de exercer suas funções, criando e promovendo condições de aprendizagem. 
 
Para auxiliar nesse impasse, a formação PELAS e PARA TICs é de grande valia! 
 
De acordo com a Resolução CNE/CP nº 1/06: 
“Art. 4º O curso de Licenciatura em Pedagogia destina-se à formação de 
professores para exercer funções de magistério na Educação Infantil e nos anos 
iniciais do Ensino Fundamental, nos cursos de Ensino Médio, na modalidade 
 
 TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 12 
Normal, de Educação Profissional na área de serviços e apoio escolar e em 
outras áreas nas quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos. 
Parágrafo único. As atividades docentes também compreendem participação na 
organização e gestão de sistemas e instituições de ensino, englobando: 
I - planejamento, execução, coordenação, acompanhamento e avaliação de 
tarefas próprias do setor da Educação; 
II - planejamento, execução, coordenação, acompanhamento e avaliação de 
projetos e experiências educativas não escolares; 
III - produção e difusão do conhecimento científico-tecnológico do campo 
educacional, em contextos escolares e não escolares”. 
 
A formação de pedagogos aptos a exercer tais funções é de suma importância, 
até porque é apenas pela educação que podemos formar novas gerações 
capazes de construir e transformar o mundo no qual estão inseridas. 
Frente a essa constatação, ficam os questionamentos: 
Como os formadores de pedagogos concebem e utilizam as TICs em 
suas práticas pedagógicas? 
Que tendências tecnológicas podem auxiliar nessa formação? 
Vamos discutir mais sobre o assunto adiante... 
 
Conheça alguns dos recursos tecnológicos mais utilizados, hoje, no 
âmbito educacional. 
 
 
 
Disponível em: http://www.sead.ufscar.br/outros/tendenciastec.JPG". Acesso 
em: 27 out. 2014. 
 
Curso de capacitação docente 
Ao fazer uma análise sobre o discurso do Ministério da Educação (MEC) a 
respeito da formação de professores para o uso dos recursos tecnológicos, 
Barreto (2003, p. 283) afirma: 
 
 TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 13 
“As tecnologias são incorporadas como presença que remete à ausência dos 
sujeitos, à multiplicação de seu número, à redução do tempo e ao 
aligeiramento dos processos”. 
O estudioso sinaliza, ainda, que os docentes devem dominar competências para 
se apropriar criticamente dos recursos tecnológicos, o que trará um avanço 
qualitativo à prática pedagógica. 
A ideia é que os professores possam: 
“[...] ultrapassar o gesto mecânico de ligar os aparelhos nas tomadas, recusar 
analogias possíveis com a imagem do monitor [...] e redimensionar as práticas 
de ensino, inventando novos usos para as tecnologias disponíveis [...]. 
Entre suas competências, não podem estar apenas novos formatos para os 
velhos conteúdos, mas novas formalizações [...]. O que está em jogo é a 
apropriação das tecnologias para muito além do acesso limitado à condição de 
consumidor”. (BARRETO, 2003, p. 284) 
 
Não basta que os professores sejam alfabetizados para uso das 
tecnologias, é preciso que haja um letramento digital dos docentes. 
 
 
 
 
Atenção 
 Pelas reflexões de Barreto (2003), percebemos, então, que os 
cursos de capacitação e formação de professores para o uso das 
tecnologias foram organizados com base em teorias e no ensino 
de técnicas. 
Por isso, na maioria das vezes, eles não têm efeito positivo, pois 
não conseguem demonstrar ao educador que tais recursos 
servem como ferramentas pedagógicas. 
Diante desse cenário, fica a seguinte reflexão: 
Os cursos de Pedagogia do Brasil contemplam a oferta de 
disciplinas ou indicam no currículo, por meio de suas 
 
 TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 14 
ementas, a utilização de recursos tecnológicos de 
maneira inovadora? 
 
Formação do professor pedagogo no século XXI 
Sabemos que, hoje, a profissão docente exige uma formação atualizada e 
direcionada a atender as mudanças sociais e científicas que refletem, 
diretamente, na educação e na prática pedagógica do professor. 
Sendo assim, a necessidade de formação inicial e continuada do futuro 
professor e, principalmente, do pedagogo deve estar alinhada às novas 
exigências que a sociedade impõe a essas profissões e às atividades relativas a 
elas. 
Mas esses profissionais precisam entender que a entrada da sociedade na era 
da informação exige habilidades que não têm sido desenvolvidas na 
universidade. 
Tanto os docentes e pedagogos quanto seus formadores devem estabelecer O 
QUÊ, COMO, ONDE, POR QUÊ, PARA QUÊ, A QUEM E PARA QUEM servem as 
tecnologias, de modo que possam usá-las de forma consciente e responsável, 
como aliadas de sua atividade. 
 
 
Atenção 
 Em outras palavras, professores de todos os níveis de ensino 
precisam se aproximar da nova cultura tecnológica e aprender 
com os que dela participam. 
O objetivo é conhecer e compreender o letramento digital de 
seus alunos, bem como construir com eles novas relações de 
aprendizagem permitidas pela utilização das TICs. 
 
Observe, agora, o perfil desejável do atual professor e até pedagogo do século 
XXI: 
 
 
 TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 15 
 
 
Disponível em: http://goo.gl/NVpO49. Acesso em: 27 out. 2014. 
 
As características 1 a 5 não são novidades para quem escolhea profissão 
docente, embora continuem sendo significativamente importantes para os 
profissionais modernos. 
As demais estão associadas às novas tecnologias e contribuem para que o 
professor possa atender às necessidades do contexto atual. 
 
Desafio no âmbito da educação 
Diante de todas as mudanças sociais a que nos referimos, chegamos à 
conclusão de que as instituições de ensino não podem se ausentar desse 
processo de inovação educacional possibilitado pelo avanço da tecnologia. 
Afinal, esses são os espaços de formação do sujeito – aqueles que devem dar 
sentido à aprendizagem através de práticas pedagógicas e metodologias que 
atendam as demandas deste tempo. 
Por isso, a formação para a utilização das TICs passa a ser necessária. 
Entretanto, carecemos de políticas públicas que incentivem a aquisição de 
aparelhos eletrônicos por parte das entidades educativas e o desenvolvimento 
de projetos de ensino para seu uso, que envolvam, inclusive, os futuros 
pedagogos. 
Sabemos que sua instrução sob a perspectiva de uma educação PELAS e PARA 
TICs ainda está dando os primeiros passos. Na verdade, essa discussão deveria 
estar na pauta dos debates curriculares e nas propostas de formação. 
 
Aprenda Mais 
Para saber mais sobre a formação em Pedagogia, leia a legislação que rege 
esse curso de Graduação: 
Parecer CNE/CP nº 5/05; 
 Parecer CNE/CP nº 3/06; 
 
 TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 16 
Resolução CNE/CP nº 1/06; 
Parecer CNE/CP nº 3/07; 
Parecer CNE/CP nº 9/09. 
 
Referências 
ALONSO, K. M. Tecnologias da Informação e Comunicação e formação de 
professores: sobre rede e escolas. Revista Educação e Sociedade, 
Campinas, v. 29, n. 104 (Especial), p. 747-768, out. 2008. 
AMARAL, S. F. Internet: novos valores e novos comportamentos. In: SILVA, E. 
T. et al. (Coord.). A leitura nos oceanos da internet. São Paulo: Cortez, 
2003. 
BARANAUSKAS, M. C. C. Design para aprendizado no contexto de trabalho. In: 
VALENTE, J. A.; MAZZONE, J.; BARANAUSKAS, M. C. (Orgs.). Aprendizagem 
na era das tecnologias digitais. São Paulo: Cortez/FAPESP, 2007. 
BARRETO, R. G. Formação de professores, tecnologias e linguagens – 
mapeando velhos e novos (des)encontros. São Paulo: Loyola, 2002. 
______. Tecnologias na formação de professores: o discurso do MEC. Revista 
Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 29, n. 2, p. 271-286, 2003. 
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Brasília: Presidência da 
República, 1996. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>. Acesso em: 27 out. 
2014. 
______. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Parecer 
CNE/CP nº 9, de 8 de maio de 2001. Diretrizes Curriculares Nacionais para 
a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de 
licenciatura, de graduação plena. Brasília: MEC, CNE, 2001. Disponível em: 
<http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/009.pdf>. Acesso em: 27 out. 
2014. 
______. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Parecer 
CNE/CP nº 5, de 13 de dezembro de 2005. Diretrizes Curriculares 
 
 TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 17 
Nacionais para o Curso de Pedagogia. Brasília: MEC, CNE, 2005. Disponível em: 
<http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/pcp05_05.pdf>. Acesso em: 27 
out. 2014. 
______. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação 
Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Introdução aos 
Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC, SEF, 1997. Disponível em: 
<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro01.pdf>. Acesso em: 27 out. 
2014. 
CASTELLS, M. A sociedade em rede. 12. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2009. 
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática 
educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2001. 
FREITAS, M. T. de A. (Org.). Cibercultura e formação de professores. Belo 
Horizonte: Autêntica, 2009. 
KENSKI, V. M. Tecnologias e ensino presencial e a distância. 8. ed. 
Campinas: Papirus, 2010. 
LIBÂNEO, J. C.; SUANNO, M. V. R. Didática e escola em uma sociedade 
complexa. Goiânia: CEPED, 2011. 
MAMEDE-NEVES, M. A. C.; DUARTE, R. O contexto dos novos recursos 
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Sociedade, Campinas, v. 29, n. 104, out. 2008. 
MONTEIRO, E. Nativos digitais já estão dominando o mundo e transformando a 
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maio 2009. Disponível em: <http://goo.gl/YOhaAZ>. Acesso em: 29 out. 2014. 
MORAN, J. M. Ensino e aprendizagem inovadores com tecnologias audiovisuais 
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tecnologias e mediação pedagógica. Campinas: Papirus, 2009. 
SCHEIBE, L. Diretrizes curriculares para o curso de Pedagogia: trajetória longa 
e inconclusa. Cadernos de Pesquisa, v. 37, n. 130, p. 43-62, jan. 2007. 
SILVA, C. S. B. da. Curso de Pedagogia no Brasil: história e identidade. 2. 
ed. Campinas: Autores Associados, 2003. 
VALENTE, J. A. A crescente demanda por trabalhadores mais bem qualificados: 
a capacitação para a aprendizagem continuada ao longo da vida. In: VALENTE, 
 
 TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 18 
J. A.; MAZZONE, J.; BARANAUSKAS, M. C. (Orgs.). Aprendizagem na era das 
tecnologias digitais. São Paulo: Cortez/FAPESP, 2007. 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
Leia a tirinha a seguir: 
 
 
Disponível em: http://goo.gl/u5e5Hw. Acesso em: 25 nov. 2014. 
 
 
 TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 19 
Nessa tirinha, identificamos uma das vantagens do uso da tecnologia que não 
abordamos nesta disciplina: a sustentabilidade. Entre os benefícios da utilização 
dos recursos tecnológicos em sala de aula, podemos citar: 
a) O estímulo à busca do conhecimento e a menor probabilidade de 
reprovação do aluno. 
b) O estímulo à busca do conhecimento e a maior possibilidade de troca de 
ideias e experiências. 
c) O estímulo à busca do conhecimento e a redução de custos por parte 
das instituições de ensino. 
d) A diminuição da carga horária docente e a maior possibilidade de troca 
de ideias e experiências. 
e) A conexão do aluno com o processo de ensino e aprendizagem e a 
negação da responsabilidade do professor quanto a esse processo. 
 
Questão 2 
Analise a charge a seguir: 
 
 TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 20 
 
Disponível em: http://goo.gl/V3kQcI. Acesso em: 25 nov. 2014. 
 
De acordo com a leitura dessa charge e com o que estudamos nesta aula, 
podemos afirmar que, muitas vezes, os docentes se escondem das tecnologias 
e as ignoram em sala de aula, porque: 
a) Recebem formação para trabalhar com tais ferramentas e as utilizam, 
mas de forma inadequada. 
b) Não consideram esse uso importante, apesar de receberem formação 
para trabalhar com tais ferramentas. 
c) Não recebem formação para trabalhar com tais ferramentas, o que 
aumenta sua resistência em usá-las por insegurança. 
d) Não recebem formação para trabalhar com tais ferramentas e, por isso, 
não conseguem usá-las, apesar de não haver resistência nesse sentido. 
 
 TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 21 
e) Apresentam certa resistência em usar essas ferramentas por medo de 
serem substituídos por elas, apesar de receberem formação para 
trabalhar com tais recursos. 
 
Questão 3 
Analise, a seguir, os dados de uma pesquisa sobre os maiores desafios 
encontrados pelos docentes quando da tentativa de utilização das TICs em sala 
de aula: 
 
Fonte INSTITUTO CLARO – Novas tecnologias, novas formas de aprender. Uso 
das TICS em sala de aula: desafiopara os professores. Publicação: 11 mar. 
2011. 
Disponível em: http://goo.gl/nCOJkD. Acesso em: 25 nov. 2014 
Relacionando a enquete dessa pesquisa com o conteúdo desta aula, podemos 
afirmar que: 
a) A segunda maior dificuldade dos docentes – dominar a tecnologia 
existente e conseguir dialogar com os alunos – advém da resistência em 
usar essa ferramenta em sala de aula. 
 
 TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 22 
b) Todas as questões levantadas pelos professores poderiam ser resolvidas 
se o processo de formação docente fosse voltado para o uso da 
tecnologia como ferramenta de aprendizagem. 
c) Os professores usam como desculpa o fato de que outros colegas não 
demonstram interesse em trabalhar com as TICs em sala de aula, 
quando, na verdade, poderiam fazer isso sozinhos. 
d) O segundo maior problema indicado pelos professores – encontrar 
laboratórios e equipamentos disponíveis nas escolas – é uma desculpa 
para não usar as TICs como ferramentas de aprendizagem. 
e) A maior dificuldade dos docentes é envolver outros professores nos 
projetos que utilizam as TICs em sala de aula, porque a maioria encontra 
resistência nesse sentido, devido à falta de formação para lidar com tais 
ferramentas. 
 
Questão 4 
Observe, na charge a seguir, a evolução das gerações com base no surgimento 
das tecnologias: 
 
Disponível em: http://goo.gl/kVVqtG. Acesso em: 25 nov. 2014. 
 
 TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 23 
Diante do que estudamos nesta aula e da leitura da charge, assinale (V) para 
as afirmativas verdadeiras e (F) para as falsas: 
( ) A escola não tem de se adaptar aos novos perfis de estudantes, e sim 
fazer com que eles se adaptem ao modelo da escola. 
( ) O modelo de escola em que o professor é o detentor do conhecimento 
não atinge os alunos das gerações Y e Z. 
( ) Assim como as gerações evoluem e mudam seus perfis de 
comunicação e aprendizagem, a escola precisa evoluir e acompanhá-
las. 
( ) Independente dos perfis dos alunos – sejam da geração X, Y ou Z –, o 
modelo de ensino adotado pela escola sempre funcionou e continuará 
funcionando. 
( ) Os alunos da geração Z não têm interesse em aprender. Portanto, de 
nada adianta a escola se preparar para recebê-los. 
 
Questão 5 
Um grande problema encontrado nas salas de aula é o conflito de gerações: os 
professores, em sua maioria, fazem parte da geração X, enquanto os alunos 
são compostos, principalmente, pelas gerações Y e Z. Sobre essa barreira no 
ensino, podemos afirmar que: 
a) Os alunos precisam se adaptar ao docente da geração X, já que o 
professor é sempre autoridade em sala de aula. 
b) O problema só será resolvido quando houver professores da mesma 
geração que os alunos atuando em sala de aula. 
c) Os alunos não estão preparados para lidar com o professor da geração X 
– portanto, é preciso ensiná-los a aprender com esse docente. 
d) Apesar de serem estrangeiros digitais, os professores precisam vencer 
esse obstáculo através do diálogo com seus alunos – os nativos digitais. 
 
 TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 24 
e) Os professores da geração X se sentem desestimulados a trabalhar com 
os alunos das gerações Y e Z, o que justifica o fato de não usarem a 
tecnologia em sala de aula. 
 
Questão 6 
Analise a charge a seguir: 
 
Disponível em: http://goo.gl/MkWbkM. Acesso em: 25 nov. 2014 
Nesse caso, o professor usa a tecnologia em sala de aula, mas: 
a) Apenas informatiza a educação e não proporciona a construção do 
conhecimento. 
b) Por dispor de apenas um recurso tecnológico, não obtém sucesso no 
processo de ensino e aprendizagem. 
c) O recurso de que dispõe não apresenta conteúdo interessante – logo, de 
nada adianta aplicá-lo nesse ambiente. 
 
 TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 25 
d) Não traz inovação alguma ao processo de ensino e aprendizagem, apesar 
de proporcionar a construção do conhecimento. 
e) Por se tratar de um Datashow – um recurso tecnológico já ultrapassado 
–, sua implementação não desperta o interesse dos alunos. 
 
Questão 7 
Apesar de ainda haver resistência e falta de formação docente adequada para a 
utilização das tecnologias em sala de aula, existem algumas políticas no âmbito 
legal que priorizam essa questão.<p style="border:3px solid black">Vamos 
relembrar um trecho da Resolução CNE/CP nº 1/06: 
"Art. 4° [...] 
Parágrafo único. As atividades docentes também compreendem participação na 
organização e gestão de sistemas e instituições de ensino, englobando: 
I - planejamento, execução, coordenação, acompanhamento e avaliação de 
tarefas próprias do setor da Educação; 
II - planejamento, execução, coordenação, acompanhamento e avaliação de 
projetos e experiências educativas não escolares; 
III - produção e difusão do conhecimento científico-tecnológico do campo 
educacional, em contextos escolares e não escolares [...]".</p>Assinale, entre 
as frases listadas a seguir – proferidas por pedagogos que atuam em sala de 
aula –, aquela que está de acordo com esse trecho da legislação: 
a) "Não faz parte do meu escopo de trabalho responder as dúvidas de meus 
alunos no Facebook, fora do ambiente escolar. Portanto, não usarei as 
tecnologias em sala de aula." 
b) "É meu dever, enquanto docente, fazer com que meu aluno utilize as 
tecnologias de maneira adequada e guiá-lo nesse processo, dando 
assistência a ele exclusivamente dentro de sala de aula." 
 
 TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 26 
c) "É meu dever, enquanto docente, fazer com que meu aluno utilize as 
tecnologias de maneira adequada e guiá-lo nesse processo, dando 
assistência a ele sempre que preciso, dentro ou fora da sala de aula." 
d) "Se quero trabalhar com as tecnologias em sala de aula, não usarei as 
redes sociais, pois elas demandarão de mim um trabalho fora do 
ambiente escolar, o que não é minha obrigação." 
e) "Se não recebo formação para trabalhar com as tecnologias em sala de 
aula, irei ignorá-las e farei meu trabalho como sempre fiz. Afinal, não é 
meu dever usá-las no universo de ensino." 
 
Questão 8 
Hoje em dia, é difícil encontrar alguém que não saiba, ao menos, ligar um 
computador. A maioria dos docentes utiliza as tecnologias fora de sala de aula: 
possuem e-mails, smartphones, redes sociais etc. No entanto, quando chegam 
ao ambiente acadêmico, não conseguem se apropriar dessas ferramentas para 
a construção da aprendizagem. 
Assim como o analfabeto funcional conhece as letras, mas não consegue 
dominá-las para redigir um texto coeso, o professor conhece os recursos 
tecnológicos, mas não sabe utilizá-los de maneira proveitosa. 
Para vencer essa dificuldade, os docentes precisam: 
a) Escolher uma única tecnologia e implementá-la em sala de aula, 
facilitando seu domínio sobre ela. 
b) Conhecer todas as ferramentas tecnológicas disponíveis e identificar a 
mais adequada para cada situação. 
c) Pedir auxílio ao aluno – nativo digital – para usar as tecnologias em sala 
de aula, a fim de evitar gafes nesse momento. 
 
 TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 27 
d) Conhecer melhor as ferramentas tecnológicas antes de utilizá-las em sala 
de aula. Não basta apenas saber ligar um computador, mas dominar as 
formas de uso de tais recursos. 
e) Reinventar suas práticas pedagógicas através das tecnologias. Não basta 
apenas ligar um computador em sala de aula e acreditar que a 
construção do conhecimento acontecerá através dele. 
 
Questão 9 
Sabemos que, para atender aos novos perfis de alunos, precisamos, também, 
formar um novo perfil de professor. De acordo com o que estudamos nestaaula, o pedagogo do século XXI deve ser: 
I. Inovador, social e jovem. 
II. Entusiasta das novas tecnologias, conectado e social. 
III. Social, inovador e rigoroso. 
Entre os itens anteriores, está(ão) CORRETO(S): 
a) Somente I 
b) Somente II 
c) Somente III 
d) I e II 
e) I e III 
 
Questão 10 
Analise a tirinha a seguir: 
 
 TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 28 
 
Disponível em: http://goo.gl/OefekT. Acesso em: 25 nov. 2014. 
 A sociedade está se reorganizando e as relações sendo modificadas pelo uso 
das TICS em todos os âmbitos. Com base na leitura da tirinha, assinale a opção 
que apresenta os desafios do governo e das instituições de ensino para que 
essa realidade faça parte, também, das salas de aula: 
a) A formação docente voltada para o uso das tecnologias e a criação de 
mais escolas para atender a toda a população. 
b) A formação docente voltada para o uso das tecnologias e a 
conscientização dos alunos sobre a importância do ensino formal. 
c) A criação de políticas públicas que incentivem a compra de aparelhos 
tecnológicos para as escolas e a seleção de corpo docente mais jovem. 
d) A criação de políticas públicas que incentivem a compra de aparelhos 
tecnológicos para as escolas e o maior preparo dos alunos nas séries 
iniciais. 
 
 TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 29 
e) A criação de políticas públicas que incentivem a compra de aparelhos 
tecnológicos para as escolas e a formação docente voltada para o uso 
das tecnologias. 
 
 
 
 TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 30 
Notas 
Nativos digitais: De acordo com Monteiro (2009), trata-se de uma 
expressão: 
“[...] cunhada, em 2007, por Marc Prensky – pensador e desenvolvedor de 
games. [...] Hoje, essa geração representa 50% da população ativa (pessoas 
de até 25 anos), mas, em 2020, com o crescimento demográfico, eles serão 
80% da população”. 
Além disso, para a autora, esses jovens são: 
“[...] capazes de ver TV, ouvir música, teclar no celular e usar o notebook – 
tudo ao mesmo tempo. [...] [Eles] adoram experimentar novos aplicativos, têm 
facilidade com blogs e [sabem] lidar com múltiplos links, pulando de site em 
site sem se perder”. 
 
Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP): Distância entre as práticas 
que uma criança já domina e as atividades nas quais ela ainda depende de 
ajuda. Para Vygotsky, é no caminho entre esses dois pontos que ela pode se 
desenvolver mentalmente por meio da interação e da troca de experiências. 
Não basta, portanto, determinar o que um aluno já aprendeu para avaliar seu 
desempenho. Disponível em: href="http://goo.gl/ULVhaa" 
http://goo.gl/ULVhaa. Acesso em: 28 out. 2014. 
 
 
 
Chaves de resposta 
Aula 8 
Exercícios de fixação 
Questão 1 - B 
Justificativa: O uso das tecnologias em sala de aula permite uma maior 
integração entre alunos e professores, bem como uma maior troca de ideias e 
de experiências. No entanto, por mais que sejam utilizadas no universo de 
 
 TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 31 
ensino, essas ferramentas jamais substituirão o papel do docente – apenas 
sugerirão que esse profissional assuma uma postura distinta da tradicional 
(transmissor do conhecimento). O fato é que esse uso não tem nenhuma 
relação com a diminuição de custos do processo de ensino e aprendizagem. Por 
disponibilizarem a todos uma gama enorme de informações, as novas 
tecnologias propiciam, também, de forma autônoma, a busca do conhecimento 
por parte dos alunos. 
 
Questão 2 - C 
Justificativa: Os professores não são formados para lidar com as tecnologias em 
sala de aula. O despreparo, o desconhecimento dessas ferramentas e, 
principalmente, a ignorância quanto a sua forma de utilização aumentam a 
resistência desses profissionais nesse sentido. 
 
Questão 3 - E 
Justificativa: Ao longo desta disciplina, identificamos que o uso das TICs em 
sala de aula pressupõe, também, uma equipe multidisciplinar que auxilie os 
docentes em suas atividades e que trate os conteúdos de forma 
transdisciplinar. A falta de formação docente para a utilização dessas 
ferramentas dificulta tal processo, o que é retratado na pesquisa do Instituto 
Claro. 
 
Questão 4 - F, V, V, F, F 
Justificativa: As gerações estão mudando. O jovem de hoje não consegue se 
concentrar nem mesmo diante da TV por mais de uma hora somente como 
ouvinte. Portanto, se mantiver o modelo de educação em que o aluno é 
somente receptor de informações, a escola não conseguirá atingir esses jovens 
das gerações Y e Z. Precisamos tornar esse ambiente mais interessante e fazer 
com que os educandos sejam construtores de seu conhecimento. 
 
Questão 5 - D 
 
 TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 32 
Justificativa: Há uma grande barreira entre os nativos e os estrangeiros digitais. 
No entanto, cabe aos professores – com o apoio das instituições de ensino – 
vencer esses obstáculos e se incluir no contexto das novas tecnologias. 
 
Questão 6 - A 
Justificativa: Na tentativa de utilizar as tecnologias em sala de aula, muitos 
professores acabam apenas informatizando a educação com ferramentas que 
não auxiliam o processo de ensino e aprendizagem. Na charge em questão, o 
Datashow exerce a mesma função que o quadro-negro e não promove 
nenhuma interação entre aluno e professor. 
 
Questão 7 - C 
Justificativa: Por mais que, muitas vezes, o professor não receba formação 
docente adequada para trabalhar com as tecnologias em sala de aula, as 
legislações já se mostram exigentes em relação à postura do educador nesse 
sentido. Na Resolução CNE/CP nº 1/06, por exemplo, é cobrada a difusão do 
conhecimento científico e tecnológico, dentro e fora do ambiente escolar. 
 
Questão 8 - E 
Justificativa: Não basta que o professor seja alfabetizado para utilizar as 
ferramentas tecnológicas. É necessário que haja um letramento digital do 
docente. O educador precisa identificar nesses recursos uma possibilidade de 
criação, de produção do conhecimento, e não só de reprodução do saber. 
 
Questão 9 - B 
Justificativa: O pedagogo do século XXI precisa ser entusiasta das novas 
tecnologias, conectado e social, mas isso nada tem a ver com a idade do 
docente tampouco com o rigor aplicado ao ensino. 
 
Questão 10 - E 
Justificativa: Para que usem as tecnologias em sala de aula, os professores 
precisam, primeiramente, das ferramentas necessárias e, essencialmente, de 
 
 TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 33 
uma formação que os prepare para essa nova realidade digital. Esse é o grande 
desafio que temos de enfrentar para implementar as TICs nas IES. 
 
 
 
 TECNOLOGIA E REC. EDUC. DIGITAIS NO ENSINO SUPERIOR 34 
Conteudista 
Renata Vasconcellos é Especialista em Administração Escolar e em 
Reengenharia e Gestão de Recursos Humanos pela Universidade Cândido 
Mendes (UCAM), Especialista em Mídias em Educação pela Universidade Federal 
do Rio de Janeiro (UFRJ) e Graduada em Pedagogia, com ênfase em 
Administração Escolar e Orientação Educacional, e em Treinamento e 
Desenvolvimento Empresarial pela Universidade Gama Filho (UGF). Atua, há 
mais de seis anos, na modalidade de Ensino a Distância (EAD), tendo 
trabalhado com desenvolvimento de material didático, gravação de videoaulas, 
tutoria, supervisão e coordenação de área pela Faculdade Signorelli e pela 
Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). Atualmente, é Coordenadora de 
Projetos Educacionais II em Educação pela Estácio, estando à frente de uma 
equipe responsável pela produção de aplicativos e de conteúdo interativo para 
disciplinasdos cursos de Pós-Graduação, dos projetos Universidade Corporativa 
e Educação Continuada, e do Programa de Incentivo à Qualificação Docente 
(PIQ). 
Currículo Lattes.

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