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(20170918225401)Aula 6 Salário Remuneração

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DIREITO DO TRABALHO – 2º SEMESTRE 
MANHÃ
AULA 6 - SALÁRIO / REMUNERAÇÃO
PROFA. FERNANDA QUAGLIO CASTILHO
FERNANDA.CASTILHO@ANHANGUERA.COM
Conceitos:
Salário -“É o pagamento efetuado pelo empregador (sujeito
ativo) ao empregado (sujeito passivo) para que possa aproveitar
o trabalho dessa pessoa, sem que necessariamente o faça; a
obrigação de pagar salário corresponde o direito de contar com
o trabalhador em ocasiões normais.” – Amauri Mascaro
Nascimento;
✓ Deriva do latim salariu, representava na antiguidade uma
ração de sal – forma primitiva de pagamento ao escravo
✓ O pagamento do salário constitui a principal obrigação do
empregador obrigação de dar
✓ Quando a retribuição de pagamento é pelo Estado ao
servidor ocupante de cargo público, o termo é vencimentos
✓ Já os agentes Públicos (Presidente, Ministros, Senadores,
Deputados, Governadores, Prefeitos, Magistrados)
recebem subsídio.
Conceitos:
Salário-base: salário contratual, é pago diretamente pelo empregador e
utilizado normalmente como base para os cálculos das;
Salário mínimo: fixado por lei, valor mínimo a ser recebido pelo empregado
com jornada mensal de 220hs, corrigido anualmente pelo governo;
Piso salarial: valor determinado pela categoria do empregado ou atividade
econômica da empresa; previsto em dissídio, norma ou acordo coletivo;
Salário profissional: exclusivo para as categorias dos profissionais liberais:
médicos, advogados, engenheiros, dentistas, etc. instituído pela legislação que
regulamenta a profissão.
Salário normativo: valor determinado pela categoria do empregado ou
atividade econômica da empresa; previsto em dissídio, norma ou acordo col.
Salário líquido: valor a ser recebido pelo empregado após os cálculos legais
das verbas trabalhistas devidas: folha de pagamento, rescisão, férias, décimo
terceiro; e os respectivos descontos: IRRF, INSS, contribuição sindical, vale
refeição, vale transporte, entre outros.
Salário bruto: valor que se apresenta nos cálculos legais antes da redução dos
encargos e descontos devidos: folha de pagamento, rescisão, férias, décimo
terceiro.
Disponível em: http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=12011.%20Acesso
Conceitos:
Segundo Mauricio Godinho Delgado: “As expressões
remuneração e salário corresponderiam, assim, ao conjunto
de parcelas contraprestativas recebidas pelo empregado, no
contexto da relação de emprego, evidenciadoras do caráter
oneroso do contrato de trabalho pactuado.”
Remuneração – Segundo José Cairo Jr.: “Remuneração
constitui toda e qualquer prestação econômica percebida pelo
obreiro, seja em utilidade, seja em dinheiro, em razão do seu
trabalho, pelo patrão ou por terceiros, enquanto o salário
corresponde à contraprestação paga apenas pelo
empregador”.
Conceitos:
*Remuneração: é o conjunto de prestações recebidas
habitualmente pelo empregado pela prestação do serviço, seja
em dinheiro ou em utilidades provenientes do empregador ou
de terceiros, mas decorrente do contrato de trabalho, para
satisfazer suas necessidades básicas. (Sergio Pinto Martins)
- Quando a remuneração é paga diretamente pelo
empregador chama-se salário;
- Quando a remuneração é paga por terceiro, um exemplo
prático é a gorjeta, cobrada na nota de serviço ou fornecida
espontaneamente pelo cliente.
- Os programas de remuneração conglomeram diversas
modalidades de remuneração, sendo as principais as
seguintes modalidades: Prêmios; Adicionais; Salário in-
natura ou salário utilidade; PLR; Gorjeta e gratificações.
Conceitos:
*Salário é sempre remuneração, mas remuneração nem
sempre é salário. Isto porque existem também
remunerações chamadas in natura, que são aquelas onde
o empregado recebe bens ou serviços como parte da
contrapartida de seu trabalho. O caseiro que reside nas
dependências do empregador, por exemplo, tem uma parte
de sua remuneração total que não é salário e sobre a qual
não incidem encargos sociais. Assim, por exemplo,
acontece quando se fornecem benefícios como seguro
saúde, ticket de auxílio para refeições etc.
Art. 457, CLT - Compreendem-se na remuneração do
empregado, para todos os efeitos legais, além do salário
devido e pago diretamente pelo empregador, como
contraprestação do serviço, as gorjetas que receber.
§ 1º - Integram o salário não só a importância fixa estipulada,
como também as comissões, percentagens, gratificações
ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo
empregador.
NR: § 1º Integram o salário a importância fixa estipulada, as
gratificações legais e as comissões pagas pelo empregador.
§ 2º - Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim
como as diárias para viagem que não excedam de 50%
(cinqüenta por cento) do salário percebido pelo empregado.
NR § 2º: As importâncias, ainda que habituais, pagas a título
de ajuda de custo, auxílio-alimentação, vedado seu
pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e
abonos não integram a remuneração do empregado, não se
incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de
incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário.
A proposta é de que salário seja somente a importância fixa paga ao
empregado, acrescidas de comissões e gratificações, estas últimas de
forma justificada, caso haja dúvidas da sua procedência.
Não mais se tem o percentual de 50% do salário como limite de ajuda
de custo e diárias de viagem, como forma indenizatória e acima deste
percentual era considerada como salarial o valor total do benefício. A
reforma não limita mais o percentual de ajuda de custo e diárias de
viagem, ficando a cargo do Judiciário Trabalhista averiguar as situações
de fraude na utilização destes institutos. Ex. se o empregado recebe R$
1.000,00 de salário e R$ 3.000,00 de ajuda de custo e diárias de viagem,
presume-se a fraude, sendo que o inverso afastaria a presunção da
fraude, teoricamente. (Shiguemori, Gerson)
✓ Art. 457, parágrafo 1º, CLT, indica os componentes do
salário.
✓ Salário tem caráter retributivo X Indenização, cujo caráter é
a recomposição de danos
✓ gorjetas – parcelas recebidas pelo empregado de terceiros
em decorrência da prestação de serviços sejam
aquelas livremente concedidas como aquelas integrantes
da nota de serviços. Tem, assim, natureza remuneratória.
Direta (cliente ao empregado) ou indireta (cliente quando paga
a nota de serviços)
Art. 457, § 3º, CLT - Considera-se gorjeta não só a importância
espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, como
também aquela que fôr cobrada pela emprêsa ao cliente, como
adicional nas contas, a qualquer título, e destinada a
distribuição aos empregados.
Súmula nº 354 do TST
GORJETAS. NATUREZA JURÍDICA. REPERCUSSÕES (mantida) -
Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. As gorjetas, cobradas
pelo empregador na nota de serviço ou oferecidas
espontaneamente pelos clientes, integram a remuneração do
empregado, não servindo de base de cálculo para as parcelas
de aviso-prévio, adicional noturno, horas extras e repouso
semanal remunerado.
✓ Entretanto, conforme entendimento da Doutrina, entram
na base de cálculo de férias, 13º salário, e FGTS.
-No Brasil adotamos o sistema facultativo, o cliente não é
obrigado a pagar a gorjeta, mesmo que ela venha incluída na
nota.
Composição do Salário:
✓ O salário stricto sensu é o chamado salário-base, sobre ele
acrescem-se prêmios, gratificações, adicionais, abonos e
demais parcelas em razão do trabalho.
*Salário-base
Complexo *Adicionais - Hora extra
Salarial - Noturno
- Insalubridade, Periculosidade
- Transferência
*Prêmios
*Gratificações Tempo de serviço e natalina (13º)
*Abonos
Composição do Salário:
✓ Adicionais: Quando há condições anormais de trabalho, é pago
um plus ao trabalhador. Segundo Maurício Godinho Delgado “os
adicionais consistem em parcelas contra prestativas
suplementares devidas ao empregadoem virtude do exercício
do trabalho em circunstâncias tipificadas mais gravosas”.
a) Horas extras: Segundo art. 7º, XIII um adicional mínimo de 50%
a hora normal trabalhada, quando ultrapassada a oitava hora
trabalhada no dia. Cálculo salário/220 x 0,5.
b) Adicional noturno: Art. 73 da CLT adicional de 20% sobre a
hora diurna, quando o trabalho é executado das 22h00 as
5h00, e a hora é de 52m e 30 segundos (cada hora noturna
sofre a redução de 7 minutos e 30 segundos ou ainda 12,5%
sobre o valor da hora diurna), com exceção ao trabalhador
rural que a hora é cheia e o adicional é de 25%.
c) Adicional de Insalubridade, Periculosidade: Art. 7º, XXIII da CF
impõe um adicional, sem ainda ambos poderem ser cumulativos
(art. 193, §2º da CLT) – veja a pré-aula. A periculosidade é
caracterizada no art. 193, § 1º da CLT (agentes inflamáveis,
explosivos, energia elétrica, atividades do trabalhador em
motocicleta), e corresponde ao pagamento do adicional de 30%
do salário-base. Já a insalubridade é decorrente das atividades
constantes à NR15 do MTE, como calor, ruído, frio, podendo ser
pagas sobre o salário mínimo (SV04 x Súmula TST n° 228) na
seguinte porcentagem: em grau máximo 40%, médio 20%, ou
mínimo 10%.
RECURSO DE EMBARGOS REGIDO PELA LEI Nº 13.015/2014.
CUMULAÇÃO DOS ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE E
PERICULOSIDADE - IMPOSSIBILIDADE. Incontroverso nos autos que a
reclamada foi condenada ao pagamento do adicional de
insalubridade em grau médio no percentual de 20% e do adicional de
periculosidade equivalente a 30% do salário base do reclamante. ...
O ordenamento jurídico brasileiro prevê a percepção do adicional de
periculosidade, de que trata o artigo 193 da CLT, ao trabalhador
exposto à situação de risco, conferindo-lhe, ainda, o direito de optar
pelo adicional de insalubridade previsto no artigo 192 do mesmo
diploma legal, quando este também lhe for devido. É o que dispõe o
artigo 193, §2º, da Consolidação das Leis do Trabalho: “§ 2º O
empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que
porventura lhe seja devido.” Desse modo, o referido dispositivo legal
veda a cumulação dos adicionais de periculosidade e insalubridade,
podendo, no entanto, o empregado fazer a opção pelo que lhe for
mais benéfico. Precedentes da SBDI-1 do TST. Recurso de embargos
conhecido e provido. (TST. PROC. Nº TST-E-RR-1072-72.2011.5.02.0384.
Relator Ministro Renato de Lacerda Paiva. D.J. 08/09/2017)
d) Adicional de Transferência: Adicional de 25% sobre o salário-
base para compensar as despesas decorrentes do exercício do
trabalho em localidade diversa onde o empregado vinha
prestando serviços, em caso de transferência provisória.
Composição do Salário:
✓ Gratificações: Também é pago um plus ao trabalhador, mas sem
obrigação legal nesse sentido, integra a remuneração, mas é
feita por mera liberalidade do empregador.
a) Gratificação de natal – 13º: Era de liberalidade do empregador,
mas passou a ser obrigatória em 1962, com a edição da lei
4.090/62, em seguida obrigatória também segundo a CF, art.
7º, VIII. Verba de natureza salarial equivalente a 1/12 do salário
do empregado, por cada mês laborado ou fração superior a 15
dias, devida até 20 de dezembro de cada ano, sendo que
primeira parcela do 13º salário deve ser paga de: - 01/fevereiro
a 30/novembro ou - por ocasião das férias (se solicitado pelo
empregado) – art. 2º Lei 4.749/65
b) Gratificação Comissionada: É devida por força de regulamento
da empresa, destinada a remunerar a função cujo exercício
demanda maior grau de confiança por parte do empregador.
Composição do Salário:
c) Gratificação por tempo de serviço: Tem natureza salarial e o
objetivo é recompensar o tempo de permanência na empresa, ao
estimular a produtividade com o decorrer do tempo., exemplo:
anuênio, triênio, quinquênio, etc.
✓ Prêmios: Verba salarial não prevista em lei, mas é devida
quando o empregado atinge, implementa certas condições
impostas pelo empregador. Exemplo: assiduidade (estimular
que o empregado não falte); bônus por metas.
✓ Abonos: Verba de caráter salarial decorrente de um ato de
liberalidade do empregador, integra a remuneração, e é base de
cálculo para IR, INSS e FGTS. Na maioria das vezes serve para
compensar um reajuste salarial não concedido, ou
complementar salário, geralmente é pago em parcela única. O
abono do PIS e da “venda” de 1/3 das férias – art. 143 da CLT,
não tem natureza salarial.
PARCELAS NÃO-SALARIAIS OU NÃO-REMUNERATÓRIAS:
✓ São as parcelas indenizatórias, que ressarcem as despesas
efetuadas pelo empregado em razão da execução do contrato de
trabalho, não sendo ao salário integradas
✓ Parcelas indenizatórias são destinadas para o trabalho e não pelo
trabalho.
*Pela sua própria natureza ajuda de custo / reembolso de despesas
*Por determinação legal Salário família / vale-transporte / vale-cultura
Parcelas PLR / FGTS / Abono do PIS / Inden. Tempo Serv.
Não-Salariais Abono de férias menos 20 dias /
Diárias inferiores a 50% do salário
*Resultado da conversão Férias Indenizadas
de obrig. fazer ou Aviso Prévio Indenizado
não-fazer em pecúnia
* Tem natureza salarial ou não para fins de salário de contribuição -art. 28 Lei
8.212/91.
SALÁRIO IN NATURA E UTILIDADES:
✓ In Natura: Segundo o art. 458 da CLT são as prestações fornecidas
em espécie ou utilidades pelo empregador, como alimentação,
vestuário, habitação e outras que agregam a remuneração do
empregado, desde que tenham habitualidade, exceto drogas e
bebidas. Será parcela indenizável, se for condição indispensável
para a execução do contrato de trabalho, não tendo natureza
salarial (Súmula 367 –TST).
Regras de Proteção ao Salário:
1) Irredutibilidade salarial – art. 7º, VI, CF/88
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros
que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou
acordo coletivo;
2) Inalterabilidade do salário
Deve haver anuência do empregado e inexistir prejuízo direto ou
indireto – art. 468, CLT;
3) Intangibilidade do salário (natureza alimentar do salário) – art. 462,
CLT.
Vedação de descontos no salário. Exceções:
a) adiantamentos
b) descontos autorizados por lei (exemplos: contribuição sindical,
pagamento de pensão alimentícia por decisão judicial, mensalidade
devida pelo empregado sindicalizado, entre outros)
c) descontos provenientes de acordo ou convenção coletiva
(descontos fixados no instrumento coletivo ou decorrentes da não
observação pelo empregado das recomendações previstas no
instrumento coletivo)
d) dano causado pelo empregado (i) com dolo, independente de
previsão contratual, ou (ii) com culpa (negligência, imprudência ou
imperícia) desde que acordado entre as partes
São admitidos, ainda, descontos nas seguintes hipóteses:
a) descontos efetuados a título de cartão de compras ou de
cooperativas para os trabalhadores (sempre sem intuito de lucro pela
empresa e em benefício dos empregados) - artigo 462, parágrafo 3º, CLT.
b) benefícios ao empregado, desde que autorizados expressamente
(convênio médico e odontológico, farmácia, cooperativa, seguro de vida,
previdência privada, entre outros).
SÚMULA nº 342 do TST
DESCONTOS SALARIAIS. ART. 462 DA CLT (mantida) - Res. 121/2003, DJ
19, 20 e 21.11.2003
Descontos salariais efetuados pelo empregador, com a autorização
prévia e por escrito do empregado, para ser integrado em planos de
assistência odontológica, médico-hospitalar, de seguro, de previdência
privada, ou de entidade cooperativa, cultural ou recreativo-associativa
de seus trabalhadores, em seu benefício e de seus dependentes, não
afrontam o disposto no art. 462 da CLT, salvo se ficar demonstrada a
existência de coação ou de outro defeito que vicie o ato jurídico.
4) Impenhorabilidade do salário (natureza alimentar do salário)
✓ art. 833, IV, Novo CPC – salvo pensãoalimentícia
CPC, Art. 833: São impenhoráveis: [...]
IV: os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as
remunerações, os proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios
e os montepios, bem como as quantias recebidas por liberalidade de
terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua família, os ganhos
de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal,
ressalvado o § 2º;
✓ Época do pagamento:
Art. 459, CLT - O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade
do trabalho, não deve ser estipulado por período superior a 1 (um) mês,
salvo no que concerne a comissões, percentagens e gratificações.
§ 1º Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser
efetuado, o mais tardar, até o quinto dia útil do mês subsequente ao
vencido.
O salário deve ser pago de forma periódica, contudo o período não
pode ser superior a 01 mês. Prazo: até o 5º dia útil seguinte ao mês
vencido.
✓ Época do pagamento:
-Excepcionalmente algumas verbas trabalhistas são pagas
antecipadamente, ou seja, antes do labor, para incentivar a
produtividade e qualidade do serviços, como o vale-transporte, que não
tem seu valor integrado a remuneração.
-Ainda pelo princípio da persistência ou continuidade, o salário é devido
mesmo quando não exercer qualquer atividade, desde de fique a
disposição do empregador ou até quando esteja afastado
temporariamente dos serviços, como por exemplo nas férias.
Comprovação e local do pagamento:
Art. 464, CLT - O pagamento do salário deverá ser efetuado contra
recibo, assinado pelo empregado; em se tratando de analfabeto,
mediante sua impressão digital, ou, não sendo esta possível, a seu rogo.
Parágrafo único. Terá força de recibo o comprovante de depósito em
conta bancária, aberta para esse fim em nome de cada empregado, com
o consentimento deste, em estabelecimento de crédito próximo ao local
de trabalho.
-A prova do pagamento do salário deverá necessariamente ser escrita
(recibo de pagamento ou comprovante de depósito em conta), pois
constitui instrumento de quitação. -Deve ser especificado no recibo
cada um dos pagamentos, cada qual com rubricas próprias (vedado o
pagamento de forma complessiva – um único título). – Súmula 91 TST
-Entretanto, pelo princípio da primazia da realidade, há a possibilidade
de se provar o pagamento por meio de testemunhas, principalmente
quanto ao salário pago “por fora”, extrafolha , a latere, ou oficioso.
Comprovação e local do pagamento:
Art. 465, CLT - O pagamento dos salários será efetuado em dia útil e no
local do trabalho, dentro do horário do serviço ou imediatamente após o
encerramento deste, salvo quando efetuado por depósito em conta
bancária, observado o disposto no artigo anterior.
- A regra acima, excetua-se o pagamento por meio de conta-corrente,
por questões de segurança.
-Entretanto, se o empregado não tiver conta corrente, não pode o
empregador deixar de efetuar o pagamento, que como regra geral do
direito comum é que o pagamento deve acontecer no domicílio do
devedor, segundo o art. 327 do CC.
-Como temos uma dívida de natureza quérable ou quesível, sendo o
credor responsável por procurar o devedor para haver o seu
pagamento, sendo o domicílio do devedor é competente, pois a
empresa deve fazer o pagamento. Exemplo: Depósito no BB em caso de
abandono de emprego, ou ação de consignação (art. 539 Novo CPC)

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