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Estudo Dirigido Psicologia Comunitaria

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Estudo Dirigido – Psicologia comunitária 
Anne Caroline Amorim Ribeiro- 2014.07.16505-4
Gracielle Heringer Tavares – 2014.07.16502-1
Karen Balbio de Lima – 2014.07.16510-1
Marcela da Silva Siqueira- 2014.07.16504-6
Paloma Laborda Perrud - 2014.07.16513-5
Paola Batista Almo da Silva – 2014.08.39394-8
Nova Friburgo, 11 de Novembro de 2017.
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Estudo Dirigido- Psicologia Comunitária 
Anne Caroline Amorim Ribeiro- 2014.07.16505-4
Gracielle Heringer Tavares – 2014.07.16502-1
Karen Balbio de Lima – 2014.07.16510-1
Marcela da Silva Siqueira- 2014.07.16504-6
Paloma Laborda Perrud - 2014.07.16513-5
Paola Batista Almo da Silva – 2014.08.39394-8
Estudo Dirigido realizado da matéria Psicologia Comunitária , do 7º Período da Graduação Psicologia da Universidade Estácio de Sá Unidade Nova Friburgo, Ministrada pelo Professor Rafael Luz.
Nova Friburgo, 11 de Novembro de 2017.
Estudo Dirigido II- Psicologia Comunitária 
1-Com base nos textos da disciplina , defina o conceito de exclusão, destacando sua relação com a ideia de vinculo social.
R: A Exclusão social designa um processo de afastamento e privação de determinados indivíduos ou de grupos sociais em diversos âmbitos da sociedade. As pessoas que possuem essa condição social, sofrem diversos preconceitos e são marginalizadas. A exclusão não é sinônimo de pobreza ,não é porque ela é pobre que a exclusão acontece a penas e sim pelo processo que gira em torno do sistema, a exclusão é um processo complexo. As pessoas têm uma individualidade própria, no entanto, também estabelecem vínculos afetivos com outras pessoas. Criam relações interpessoais que derivam em vínculos sociais e conexões que com o passar do tempo auxiliam a criar suas próprias identidades, nesse âmbito comunitário e de suma importância esse vinculo com a historia do local e com a identidade criada no local, é a partir disso que as referencias são fortalecidas no individuo.
2 – Com base nos textos da disciplina, explique por que os autores optam pela análise da exclusão social a partir da dialética inclusão/exclusão.
A exclusão é um processo sutil e dialético, pois só existe em relação a inclusão como parte constitutiva dela. Não é uma única coisa ou um estado, é processo que envolve o homem por inteiro e suas relações com os outros. Não tem uma única forma e não é uma falha do sistema, devendo ser combatida como algo que perturba a ordem social, ao contrário, ele é um produto do funcionamento do sistema.
O processo de inclusão/ exclusão caminham juntos, não envolve somente aqueles que estão incluídos e que passam a ser excluídos. Não é somente o movimento de tirar, mas pode ser por uma visão que já existe daquele sujeito que se encontra de fora. Não há a possibilidade de vislumbrar a chance de estar dentro. 
Para se fazer uma análise dessa dialética, é necessário que faça uma leitura de classe social, etnias, gênero, questões territoriais, questões culturais. Como por exemplo, analisar como que uma determinada cultura é mais apagada do que a outra ou de que forma é menos incentivada do que outra. 
Essa dialética gera subjetividades específicas que vão desde o sentir-se incluído até o sentir-se discriminado ou revoltado. Essas subjetividades não podem ser especificadas unicamente pela determinação econômica, elas determinam e são determinadas por formas diferenciadas de legitimação social ou individual, e manifestam-se no cotidiano como identidade, sociabilidade, afetividade, consciência e inconsciência. 
3- Quais as críticas de Wanderley ( 2001) ao conceito de exclusão?
A crítica que Wanderley faz, são aos estudiosos que acham que exclusão se resume em pobreza e marginalização, na sua visão existem valores e representações do mundo que acabam por excluir as pessoas. Os excluídos não são simplesmente rejeitados física, geográfica ou materialmente, não apenas do mercado e de suas trocas, mas de todas as riquezas espirituais, seus valores não são reconhecidos , ou seja, há também uma exclusão cultural. Ao se tratar concretamente do tema exclusão é necessário precisar o espaço de referência que provoca a rejeição (categoria fundamental). Qualquer estudo sobre exclusão deve se contextualizado no espaço e tempo ao qual o fenômeno se refere. Pobreza e exclusão não podem ser tomadas simplesmente como sinônimos de um mesmo fenômeno, no entanto a exclusão social é um fenômeno multidimensional que superpõe uma multiplicidade de trajetórias de desvinculação.
4- Defina o conceito de desqualificação social, segundo Serge Paugam ( 2001)
Desqualificação social caracteriza o movimento de expulsão gradativa, para fora do mercado de trabalho, de camadas cada vez mais numerosas da população, e as experiências vividas na relação de assistência, ocorridas durante as diferentes fases desse processo. Cumpre realçar que o conceito de desqualificação social valoriza o caráter multidimensional, dinâmico e evolutivo da pobreza e o status social dos pobres socorridos pela assistência, corresponde a uma das possíveis formas de relação entre a população designada como pobre (em função da sua dependência em relação aos serviços sociais) e o resto da sociedade.
5- Em sua pesquisa, Paugam ( 2001) aponta uma correlação entre desemprego e a ruptura do vínculo social. Comente esta correlação, considerando a atualidade brasileira e de boa parte do mundo, onde há uma geração cada vê maior de excedentes do mercado de trabalho formal, e onde a família ainda é a principal instituição de referência para os indivíduos.
Os desempregados têm, invariavelmente, relações mais distintas com os membros de sua família, com o meio social, quanto mais precária for a situação no mercado de trabalho, maior é a responsabilidade de o indivíduo não ter nenhuma relação com a família e com o meio social, quanto maior a precariedade profissional, menor a possibilidade do indivíduo conseguir ajuda do seu meio social. Como a desclassificação social é uma experiência humilhante, ela se desestabiliza as relações com o outro, levando o indivíduo a fechar-se sobre si mesmo. Mesmo as relações no seio da comunidade familiar podem ser afetadas , pois é difícil para alguns admitir que não estejam à altura das pessoas que o cercam. 
6) Segundo Wanderley (2001), a exclusão abriga três diferentes dimensões: a dimensão objetiva da desigualdade social, a da injustiça social e a subjetiva, que explicita o sofrimento relacionado aos processos de exclusão. A partir dos referenciais teóricos e conceituais estudados ao longo da disciplina, explique a importância da Psicologia comunitária no enfrentamento dos processos de exclusão.
R.: No lugar de exclusão, o que temos é a dialética exclusão/inclusão, pois fazem parte do mesmo processo. E é justamente essa lógica dialética que compreende a exclusão social como parte sine qua non do sistema, o que leva à total negação das concepções de adaptação e normatização, ou mesmo da culpabilização individual relacionada à pobreza. “o pobre é constantemente incluído, por mediações de diferentes ordens, no nós que o exclui, gerando o sentimento de culpa individual pela exclusão” e conclui que a exclusão é processo que envolve o homem por inteiro e suas relações com os outros. Não tem uma única forma e não é uma falha do sistema, devendo ser combatida como algo que perturba a Estudos de Psicologia, ordem social, ao contrário, ele é produto do funcionamento do sistema. (Sawaia, 1999, p. 9, itálicos nossos)
A Psicologia Comunitária tem a intenção de prevenir situações de vulnerabilidade, melhorando condições humanas, e, para isso, requer uma abordagem interdisciplinar. A intervenção comunitária é, dessa maneira, um trabalho de relação direta entre facilitador-interventor com o grupo-alvo, que incide em transformações nas histórias, ou melhor, na vida cotidiana, espaço onde as histórias pessoais, grupais ou coletivas ocorrem. Podemos dizer que esse tipo de intervenção, diferentemente da Psicologia individual, se sustenta na prevençãoe educação, na promoção e otimização, no fortalecimento dos recursos e potencialidades dos grupos e coletivos sociais.
7 – Quais diferenças podem ser feitas entre as ideias de carência e de vulnerabilidade?
R: A ideia de carência parte da ideia de paternalismo, sendo este como pai, patriarca, de ser o salvador. Também trabalha com a “falta de” (Ex: disposição, boa vontade da pessoa, emponderamento). Através disso é levado a uma pratica, uma intervenção que tenta preencher essa falta e com isso tende ao fracasso, pois nunca consegue fazer este preenchimento. Quando a prática é voltada para aquilo que tenta atender a algo que está faltando é assistencialismo e não assistência social. 
Já a vulnerabilidade traz uma ideia processual, de zonas de vulnerabilidade, em que podem se ampliar ou podem diminuir. As pessoas podem pertencer a várias zonas de vulnerabilidade diferentes. Com isso, acarreta a ideia de risco, que é a probabilidade de algo acontecer, uma violação de direito, de algo se concretizar. 
Quanto maior a zona de vulnerabilidade mais risco essa pessoa corre, não sendo somente o risco material, mas também psicossocial. 
A vulnerabilidade trabalha com direitos ou com a ideia de sujeitos de direitos, ou seja, o sujeito não vai estar sendo paternal, fazendo concessão, nada é concedido a política pública de assistência social, mas sim tendo acesso aquilo que é dele por direito. 
Trabalha também com a questão da potencialidade, deixa de olhar o que falta e passa a olhar os recursos. A pergunta: “O que é possível fazer? ” É a pergunta que deve orientar o trabalho na prática.
Quando uma comunidade é analisada em questão de vulnerabilidade, deve primeiramente procurar os recursos que ela dispõe, o que pode ser fomentando, potencializado, o que pode ser desenvolvido no âmbito comunitário. A potencialidade está nas relações e não apenas nas pessoas. 
8) Em seu texto, Sawaia (2001) afirma que o sofrimento decorrente de processos de exclusão, tanto concretos quanto simbólicos, é político porque sua determinação está para além do sujeito. Em outros termos, o sofrimento fala de um contexto histórico, social e cultural que se manifesta/reverbera no sujeito. Trata-se de um sofrimento ético-político, pois seu enfrentamento requer comprometimento com a transformação social. Com base nessas afirmativas, explique como a intersubjetividade se mostra um campo de ação privilegiado da Psicologia comunitária.
R.: O sofrimento ético-político abrange as múltiplas afecções do corpo e da alma que mutilam a vida de diferentes formas.
Qualifica-se pela maneira como sou tratado e trato o outro na intersubjetividade, face a face ou anônima, cuja dinâmica, conteúdo e qualidade são determinados pela organização social. Portanto o sofrimento ético-político retrata a vivência cotidiana das questões sociais, revela a tonalidade ética da vivência cotidiana da desigualdade social, da negação imposta socialmente às possibilidades da maioria apropriar-se da produção material, cultural e social de sua época, de se movimentar no espaço público e de expressar desejo e afeto. 
9) Direitos humanos são direitos básicos, inerentes a todo ser humano, independentemente de raça, sexo, nacionalidade, etnia, idioma, religião ou qualquer outra condição. São divididos em direitos civis e políticos (direito à propriedade privada, à liberdade etc.), direitos econômicos, sociais e culturais (direito ao trabalho, educação, saúde, à igualdade etc.) e direitos dos povos (ou difusos e coletivos, como direitos à paz, autodeterminação, meio ambiente, à fraternidade etc.). Atualmente, falam-se em direitos subjetivos (direito à diferença, à identidade, à felicidade etc.). Com suas palavras, comente sobre importância dos direitos humanos como base ética dos saberes e práticas em Psicologia comunitária.
R.: Os Direitos Humanos nos permitiram como indivíduo em sociedade uma grande independência e igualdade, mesmo que em determinadas situações ainda precisamos evoluir e muito para que o direito seja de todos, mas já obtemos muitas conquistas.
Sabemos que o DH zela pela igualdade e que está diretamente relacionado com a ética.
Na Psicologia Comunitária trabalhamos pela inclusão e bem-estar da comunidade/sociedade. Quando pensamos em ser humano, o entendemos como pessoal e socialmente ético. Quando falamos de ética, falamos de ética de relações, seja conosco, com os outros seres humanos ou com a natureza. Nós nos fazemos e construímos através de relações.
Com isso temos o DH como grande aliado e base para a continuidade do serviço de Psicologia Comunitária, ajudando a desenvolver um trabalho sério e correto para o bem do próximo.

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