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Resenha Critica do Filme o Garoto Selvagem

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Universidade Federal de Goiás 
Regional Jataí
Disciplina: Políticas Públicas de Inclusão Escolar – 2017.2 
Docente: Vanderlei Balbino da Costa
Discente: Brena Mirele Santana de Souza
Síntese Crítica
Filme: o Garoto Selvagem
O filme “L’ enfant sauvage” traduzido no Brasil com o título o Garoto Selvagem, foi realizado por François Truffaut, no ano de 1970 na França, com duração de 1 hora e 25 minutos. Um filme verídico, tratasse da história de um menino que foi capturado numa floresta francesa por três caçadores, no verão de 1798. Por ser uma notícia extraordinária chega aos jornais da época, logo no início do filme aparece um jovem doutor com o nome de Itard, que tem um interesse em particular pelo menino. 
O garoto selvagem logo que é capturado no bosque de Caune, é levado a uma aldeia próxima, ficava atrás das grades e pesquisadores da época já apontavam que seria uma criança surdo-mudo. Por ter vivido muito tempo na floresta, seu comportamento era o mesmo que de um animal, andava de quatro, não falava, só grunhia, ficava farejando tudo a sua volta e quando se sentia ameaçado pelas pessoas, defendia-se por mordidas. O povo do vilarejo se divertia com ele, era motivo de chacota, as pessoas sempre quando tinham oportunidade o agredia, que para eles eram como forma de brincadeira. 
O caso ficara tão famoso que foi chegar até Paris, nisso o menino é transferido para lá para ser estudado que tipo de deficiência ele poderia ter. Sua chegada foi motivo de muita repercussão, era uma celebridade, que infelizmente era vista de forma grotesca, as visitas que frequentavam a instituição, tinham que pagar para ver de perto esse fato histórico. Apelidado de o menino selvagem, será estudado pelo professor Pinel e o Doutor Itard; todas as informações eram necessárias e deveriam ser relatadas em um papel pelo o escrivão, a sua altura, a cor dos olhos e do cabelo, tinha por volta de uns 11 ou 12 anos, eram evidentes cicatrizes em seu corpo, que fora de lutas constantes com animais para sua sobrevivência, e tinha uma sutura na traqueia, então os dois estudiosos do caso chegara a conclusão que ele foi abandonado ainda novo por volta de uns 3 ou 4 anos e por ser novo na época o eu corpo resistiu para que não falecesse. E que quem o abandonou não o queria por ser um “anormal” ou por qualquer outro tipo de problema. 
Durante sua hospedagem no Instituto de Surdos-mudos na época, foi pisoteado e maltratado pelos meninos que se encontravam lá, todos o viam que deveriam o tratar como animal e assim faziam, até que o Doutor Itard se apieda e contra a vontade das pessoas na época leva ele a sua casa e o cria em conjunto com a sua governanta Madame Guérin, era incrível a mentalidade de Itard, ele apostou tanto nesse jovem garoto pois acreditava que o rapaz não era um mongoloide como o professor Pinel sempre afirmava, ele acreditara que por ele não ter tido oportunidade de ter sido criado em um ambiente sociável ele não havia desenvolvido nem a linguagem e nem a inteligência. 
Logo que chega a nova casa, ele é bem recebido, como o próprio ator que fazia o papel do Itard afirmava que tudo que ele fizera era a primeira vez dele, foi cortado suas unhas, seus cabelos e passou a se vestir, é interessante na trama seus avanços, de saber se vestir, calçar os sapatos, pôr a mesa junto com a governanta, a se portar durante a refeição. Todos as pequenas conquistas são registradas num tipo de diário que o Itard tentava comprovar em quais eram os percalços e os avanços do menino da floresta. 
O filme será marcado pelo fascínio do professor ao tentar alfabetizá-lo ou, pelo menos, dar significância ao que era capitado em seus olhos com objetos concretos e suas imagens. A cada acerto ele era compensado com uma água e a cada erro era castigado, isso para a Psicologia do Comportamento é conhecido como reforço, uma técnica que foi bem fundamentalizada por Skinner e que realmente tem validade quando se trata sobre o processo de aprendizagem. Posteriormente ele será chamado com o nome de Victor, porque tinha uma grande preferência pelo som da letra “o”. 
Um dos maiores divertimentos de Victor era quando saia a passeio com o Doutor e ia a casa de uns amigos dele, no qual desenvolvera um gosto por beber leite, é linda a cena quase no final da trama, quando ele felizmente consegue unir cada letra e mostrar que gostaria que lhe dessem leite, houve percalços quando o professor chegou a acreditar que ele talvez teria sido uma perda de tempo, mas é aí que a cena é riquíssima, pois marca que o garoto talvez entendera o que o professor falou e começa a demonstrar um sentimento através das lágrimas pelo que ele ouviu. 
Durante toda essa história, o que mais é significativo de resgatar era a ignorância e preconceito de uma sociedade que estava avançando para ver o deficiente de outra forma, como um ser que deva possuir os mesmos direitos que qualquer pessoa em sua sã consciência. Cada progresso era significativo na vida de ambos, tudo deveria ser registrado para ver que realmente o menino possuía um raciocínio tinha sentimentos mas que não era da forma de que era se esperado pela sociedade, pois a sua constituição de vida fora diferente dos demais e também tudo que era desenvolvido no lar era enviado para o Estado pra realmente saber se poderia insistir nesse caso e custear sua pensão e tutela sobre o Itard e a Madame. 
Portanto, a criação do filme é extremamente fantástica, mostra um amor e dedicação pelo Itard para ensinar uma criança ao ver o mundo através da leitura, é interessante sua percepção no Victor, ele dormia pouco e se preocupava com ele como um parente de sua família, quando o menino saia de casa a noite para ter uma interação maior com a natureza ele não era advertido, pois o Doutor saiba o quanto era significante a chuva e a lua na vida dele, ora, a floresta foi sua primeira casa. A relação que se alicerçou naquela casa foi de puro amor, a madame Guérin o chamava de “meu pequeno” tinha doçura ao conversar com ele e em seu tratamento, o Itard mesmo com aquela figura do homem da época que não manifestava tanto sentimento a ele, no fim depois de sua fuga e retorno a casa, o fala que ali era o seu lar, demonstra um extremo laço de carinho, zelo, preocupação em lhe ensinar o que era justo, ele ampara o garoto, e da mesma forma que o constrói se vê construído pelo Victor. 
Referências:

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