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Universidade Católica do Salvador
Disciplina: Estudos socioantropológicos
Professor: Murilo
Aluno: Lolita kkkkk
Resumo do livro de Georg Simmel
Referência Bibliográfica: SIMMEL, Georg. “Sociabilidade: um exemplo da sociologia pura ou formal”. In: Simmel: sociologia. Coleção Grandes Cientistas Sociais. São Paulo: Ática, 1993, pp. 165-181
Para Simmel, a razão pela qual há a constituição da sociologia em uma área de problema específica deriva de duas proposições: a primeira, é que pode-se fazer uma distinção entre a forma e o conteúdo de qualquer sociedade humana. A segunda, é que a própria sociedade em geral se refere à interação entre os indivíduos, a qual é motivada com base em certos impulsos.
Entre os impulsos pelos quais a interação é motivada podem-se destacar: os instintos eróticos, os interesses objetivos, os impulsos religiosos, os propósitos de defesa ou ataque e os propósitos de ganho ou jogo. O conjunto desses impulsos faz com que o homem viva com outros homens, e que todos eles interajam entre si de maneiras diferentes.
Segundo o autor, tudo que está presente nos indivíduos de maneira a exercer influência sobre os outros ou a receber influências é designado como conteúdo, ou seja, como a matéria da sociação. As motivações impulsionam essas matérias não são sociais, tornam-se fatores de sociação apenas quando transformam um simples agregado de indivíduos em indivíduos que interajam entre si. A sociação, pois, é o modo pelo qual os indivíduos se agrupam em conjuntos que satisfazem seus anseios, os quais formam a base das sociedades humanas.
De acordo com nossos propósitos, damos a materiais diferentes certas formas e apenas sob estas formas eles são acionados e usados como elementos da nossa vida. Esses materiais tornam-se autônomos no sentido de que não são mais inseparáveis dos objetos que criaram, passam a produzir ou fazer uso de materiais que servem exclusivamente ao seu próprio funcionamento.
Quando Simmel utiliza a palavra “sociedade” propriamente dita, se refere ao estar com um outro, para um outro, contra um outro, ou seja, à interação entre os indivíduos. As formas nas quais resulta o processo de formação e desenvolvimento dos conteúdos e dos interesses materiais ou individuais ganham autonomia, existem por si mesmas. Este é o fenômeno que recebe o nome de sociabilidade.
A sociabilidade – categoria sociológica – é designada como a forma lúdica da sociação. Sua relação com a sociação concreta, determinada pelo conteúdo, é semelhante à relação do trabalho de arte com a realidade. A sociabilidade depende totalmente das personalidades entre as quais ocorre, ou seja, não tem propósitos objetivos, nem conteúdo, nem resultados exteriores.
Os limiares de sociabilidade superiores e inferiores do indivíduo são transpostos quando os indivíduos interagem motivados por propósitos e conteúdos objetivos e quando seus aspectos subjetivos e totalmente pessoais se fazem perceber. Em ambas as situações, a sociabilidade deixa de ser o princípio formativo e central de suas sociações e se torna uma conexão formalista e superficialmente mediadora, no melhor dos casos.
Todas as formas de interação ou de sociação entre os homens estão cheias de conteúdos intencionais. A expressão “jogo social” é significativa: no jogo, os elementos de interação – a formação de partidos, o desejo de arrancar alguma coisa do outro, os azares de encontros e separações acidentais – são impulsionados exclusivamente pela sua própria atração. Por exemplo, quando o jogo envolve uma aposta monetária, não é o dinheiro a característica específica do jogo, e sim a dinâmica das próprias formas de atividade sociologicamente significativas.
As pessoas conversam por causa de algum conteúdo que querem comunicar ou sobre o qual querem se entender. Conversar pressupõe duas partes, pois é a forma mais pura e elevada de reciprocidade.

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