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CRUZAMENTO BOVINOS

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Cruzamento bovinos de corte
CRUZAMENTO CONTÍNUO
Também chamado de cruzamento absorvente, tem a finalidade de substituir uma raça ou "grau de sangue" por outra, pelo uso contínuo desta segunda. Produz animais conhecidos como "puros por cruza" ou PC. O esquema deste cruzamento pode ser encontrado na Tabela 1.
No nordeste, esse tipo de cruzamento é utilizado mais frequentemente com as raças Gir, Nelore e Simetal.
Esse tipo de cruzamento beneficia principalmente os produtores que não possuem altas condições de investimento para a obtenção de animais PO para seu rebanho.
TABELA 1. Esquema de cruzamento contínuo, composição genética dos pais, progênie e heterozigose.
	Composição genética (%)
	 
	 
	Pai
	 
	Mãe*
	 
	Progênie*
	 
	Heterozigose*
	A
	 
	A
	B
	 
	A
	B
	 
	(%)
	100
	 
	-
	100
	 
	50
	50
	 
	100
	100
	 
	50
	50
	 
	75
	25
	 
	50
	100
	 
	75
	25
	 
	87
	13
	 
	25
	100
	 
	87
	13
	 
	94
	6
	 
	13
	100
	 
	94
	6
	 
	97
	3
	 
	6
	100
	 
	97
	3
	 
	98
	2
	 
	3
	100
	 
	98
	2
	 
	99
	1
	 
	2
CRUZAMENTO ROTACIONAL
Para KOGER (1973, 1980) e EUCLIDES FILHO & FIGUEIREDO (2003), o cruzamento rotacionado é um sistema de cruzamento que atende todas as premissas teóricas desejáveis, pois além de permitir a manutenção de médias de níveis de heterose individual elevadas no rebanho, ele possibilita que as fêmeas de reposição sejam produzidas no próprio sistema, o uso de fêmeas mestiças, que se explore efetivamente a heterose, que não haja interferência com a seleção, e que tanto machos quanto fêmeas sejam adaptados ao ambiente onde eles e suas progênies serão criadas.
Rotacional com 2 raças
NELORE X CHAROLÊS (Ex.1)
Novilhos Charolês apresentam superioridade para todas as características que expressam musculosidade e para textura e marmoreio da carne em relação aos Nelore.
o cruzamento rotativo envolvendo as raças Charolesa e Nelore foi eficiente em termos de complementaridade, corrigindo a deficiência em musculosidade da carcaça de novilhos Nelore.
Os mestiços resultados foram favoráveis tanto em desempenho quanto em adaptabilidade. Resultados obtidos no cruzamento entre Charolês e zebuínos podem ser obtidos em BARBOSA (2004), em abordagem sobre a contribuição da raça Charolesa para a produção de carne bovina no Brasil.
 X 
RED ANGUS x NELORE (Ex.2)
Duas raças são acasaladas, as fêmeas resultantes (F1) são mantidas como reposição, estas são acasaladas com uma das raças parentais. Nas gerações seguintes as fêmeas são acasaladas com reprodutor da raça diferente da raça paterna, dentre as raças utilizada no cruzamento inicial. Em ambientes tropicais deve-se utilizar preferencialmente a raça mais adaptada, sobre a matriz F1.
Vantagens:
- A reposição é produzida dentro do próprio sistema
-Possibilita o aproveitamento da precocidade sexual das fêmeas, aumentando o desfrute do rebanho.
- Permite execução em rebanhos de menor escala (tamanho de rebanho).
- A partir da segunda geração as matrizes, pelos efeitos da heterose materna,
produzem 15% a mais de Kg de bezerro desmamado/vaca.
FORMAÇÃO GIROLANDO: GIR X HOLANDÊS
Dá-se inicialmente com o cruzamento rotacional e posteriormente com a mestiçagem.
As normas para formação da raça Girolando, elaboradas em 1989, introduziram, à época, uma forma planejada de formação de "raça" bovina. Isto permitiu trabalhar com parâmetros objetivos, proporcionando mais probabilidade de acerto, diminuir o tempo gasto na execução da meta e fornecer maior segurança ao investimento financeiro dos criadores engajados no programa. 
A raça é fundamentalmente produto do cruzamento do Holandês com o Gir, passando por variados graus de sangue. O direcionamento dos acasalamentos busca a fixação do padrão racial, no grau de 5/8 Holandês + 3/8 Gir, objetivando um gado produtivo e padronizado, buscando a consolidação do Puro Sintético da Raça Girolando (PS), a raça propriamente dita. Quaisquer combinações entre a raça Holandesa e a raça Gir, e, seus mestiços poderão ser utilizados para obtenção do PS.
(ESTUDAR A FUNDO A FORMAÇÃO DO GIROLANDO PURO SINTÉTICO)
Rotacional com 3 raças 
NELORE X SENEPOL X RED ANGUS = taurino e 100% adaptado (Ex.1)
Neste sistema duas raças são acasaladas e as fêmeas resultantes (F1) são
mantidas como reposição, estas são acasaladas com uma terceira raça não
relacionada com as raças utilizadas anteriormente, preservando as mesmas
características maternais do primeiro cruzamento. É importante frizar conferindo ao produto adaptabilidade ao ambiente de criação.
Para que o produto possa usufruir dos benefícios da heterose, ele deve ser
adaptado ao meio ambiente. Nas condições tropicais brasileiras, o uso de raças Taurinas Adaptadas constitui-se uma grande alternativa como terceira raça da rotação.
São indicados como terceira raça, os taurinos adaptados (Caracu) ou mesmo as raças bimestiças, tais como; Canchim, Simbrasil, Santa Gertrudis, Braford e Brangus. (Franklin)
Vantagens:
- A reposição é produzida dentro do próprio sistema
- Possibilita o aproveitamento da precocidade sexual das fêmeas, aumentando o desfrute do rebanho.
- A partir da segunda geração as matrizes, pelos efeitos da heterose materna,
produzem até 25% a mais de Kg de bezerro desmamado/vaca.
- Na primeira e segunda geração, obtêm-se 100% de heterose. Nas gerações
sucessivas este sistema retém níveis de heterose estabilizados em torno de 87%.
Cruzando-se o Senepol com as ½ RED, produzir-se-á uma progênie de tamanho moderado, adaptados, com grande composição, em que 100% da heterose foi novamente obtida através do cruzamento de três raças distantemente relacionadas.
A progênie de Senepol sobre as matrizes ½ Red ½ Zebú possui 75% de genes
taurinos, sendo 75% de genes adaptados (50% Senepol + 25% Zebuíno), e apresenta 100% de heterose. Sua alta concentração de sangue taurino favorece as características de qualidade de carne e de carcaça (O’Connor et al, 1997; Chase et al, 1998) que são Importantes em mercados de preço médio mais elevado enquanto sua grande adaptação (Hammond et al, 1998) reduz os custos e permite que sua alta heterose se expresse.
A alta heterose individual gerada na progênie de Senepol combinada com as
características das raças que compõem o cruzamento, resulta na alta produtividade da progênie.
CRUZAMENTO TERMINAL (INDUSTRIAL)
Terminal com 2 raças
TAURINO CONTINENTAL x MATRIZ ZEBU = F1 destinada ao abate (Ex.1)
Vantagens:
- 100% de heterose nos produtos
- Elevado potencial de crescimento
- Simplicidade na execução e flexibilidade do sistema
Obs: Reposição deverá ser comprada no mercado ou incorporado de outros rebanhos, sendo, então, potencialmente o mais produtivo. Entretanto, as fêmeas de reposição não são geradas pelo sistema, pois machos e fêmeas produtos do cruzamento são comercializados (não há retenção de novilhas cruzadas para reposição de matrizes)
De forma alternativa, fêmeas de reposição adequadas devem ser compradas. A lucratividade do sistema é dependente da diferença entre o preço de compra e o de descarte das fêmeas. Mesmo assim, um cruzamento terminal de 2 raças é ainda potencialmente mais produtivo do que o de raças puras.
No contexto brasileiro, raças de alto potencial de crescimento e alto mérito de
carcaça, como o Charolês, Limousin, Blonde, Marchigiana e Piemontês ou ainda o Simental, Braunvieh e Gelbvieh (caso queira comercializar as fêmeas para receptoras de embrião) deverão ser cruzadas com vacas Nelore. O potencial de crescimento da progênie F1 é aumentado em até 20%, dependendo do ambiente e do touro da raça terminal usado. Assim, quando acasaladas com raças terminais, o mesmo peso total de vacas Nelore desmamara até 20% a mais de peso total de bezerros F1, que se fossem
filhos de touros de sua mesma raça (Nelore neste caso), diluindo-se os requerimentos de manutenção do rebanho de vacas Nelore e aumentando-se a produtividade de todo o sistema.(Frisch, 2002)
Terminal com três raças
TAURINO BRITÃNICO x MATRIZ ZEBU = F1 destinada a reprodução
3a RAÇA x MATRIZ F1 = Todos produtos destinados ao abate
RED ANGUS x MATRIZES NELORE = MATRIZES ½ + RED ½ + NELORE
CANCHIM x MATRIZES ½ + RED ½ + NELORE
 
PRODUTOS
 ½ CANCHIM+¼ RED +¼ NELORE = ANIMAIS PRONTOS PARA O ABATE
O cruzamento terminal de 3 raças utiliza a heterose materna da F1, mas sofre as mesmas limitações relacionadas à produção de fêmeas de reposição, como ocorre no cruzamento terminal de 2 raças. É indicado como terceira raça, os taurinos adaptados (Caracu) ou mesmo as raças bimestiças, tais como; Canchim, Simbrasil, Santa Gertrudis, Braford e Brangus. (Franklin)

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