O lúdico e a Aprendizagem

Prévia do material em texto

O LÙDICO NÒS DEVOLVE A PUREZA DO SONHAR 
Liria DIAS
UNINTER
RESUMO
Ao começarmos a entender o pensamento de uma criança, iremos viajar em seu mundo, pois só se ensina a quem se quer aprender. A importância do lúdico, jogos e brincadeiras na vida de uma criança, eficazes na construção do conhecimento infantil através de estimulações necessárias na produção de sua aprendizagem. O brincar faz parte da infância, e através deste possibilitam um repertorio de desenvolvimento, seja na esfera cognitiva, quanto na social. Através do jogo a criança se socializa e aprende, além de poder reproduzir sua realidade através da imaginação, expressando assim suas angustias, dificuldade, que por meio das palavras seria difícil. O portfolio desenvolveu-se através da pesquisa bibliográficas ou fontes secundárias. A ludicidade é um grande laboratório para o desenvolvimento integral da criança, que merece atenção dos pais e dos educadores, pois é através dos jogos e da leitura, que a criança, descobre a si mesmo e os outros.
Palavras-Chave: Lúdico, Aprendizagem, Jogos 
Introdução
Nós como futuros profissionais devemos sempre buscar, o crescimento como profissionais e também como seres humanos, para que possamos estar sempre acompanhando as mudanças no decorrer da nossa profissão. 
Pois temos o dever oferecer uma educação de qualidade, com isso contamos com o auxilio dos jogos, brincadeira e principalmente a leitura, onde se pode viajar pelo mundo sem sair do lugar. O que podemos deixar aos nossos alunos é uma educação de qualidade e ampliar seus horizontes para serem cidadão participativos em nossa sociedade. 				
Os jogos também devem ser valorizados por fazer parte da cultura de um povo, onde possibilita uma aprendizagem significativa na alfabetização, é a possibilidade da criança descobrir as palavras através do lúdico. Todos os envolvidos na aprendizagem precisam estar conscientes da importância em que os jogos e brincadeiras possuem na construção do conhecimento da criança. 										
As reflexões são necessárias e enriquecedoras, uma vez que todos precisam estar envolvidos na educação. Jogar ajuda a criança no seu desenvolvimento como um todo, reduz sua agressividade e auxilia na sua inserção à sociedade, bem como na construção de seu conhecimento. Jogando, a criança consegue comparar, analisar, nomear, associar, calcular, classificar, compor, conceituar e criar.
 Assim, os jogos trazem o mundo para a realidade da criança, possibilitando o desenvolvimento de sua inteligência, sua sensibilidade, habilidades e criatividade. 								
As atividades lúdicas ao processo de ensino e aprendizagem pode ser de grande valia, para o desenvolvimento do aluno, um exemplo de atividade que desperta e muito o interesse do aluno é o jogo. 				
Para que se consiga verificar como os jogos são utilizados, no Ensino Fundamental, como recurso didático, para o desenvolvimento de um ambiente alfabetizador e ainda se o professor se utiliza de inúmeros artifícios, dentre os quais a utilização de jogos, que podem permitir o trabalho de muitas facetas da alfabetização, desde o ensino das letras e das sílabas, até a relação grafema e fonema de cada uma delas. 							
O ambiente escolar deve ser um local onde se busque constantemente a eficácia no processo educativo através de momentos em que os jogos possam estar inseridos para se auxiliar a construção de conhecimentos de maneira eficaz e contagiante. 								
O olhar sobre o lúdico não deve ser visto apenas como diversão, mas sim, de grande importância no processo de ensino-aprendizagem na fase da infância.
Desenvolvimento
O objetivo deste estudo é mostrar a importância do lúdico, jogos e brincadeiras no processo ensino aprendizagem na educação infantil, mostrando como o habito de ler ajuda na formação psicológica, cognitiva e psicomotora daquele que pratica a leitura. 
A leitura por sua vez proporciona a criança viajar pelo mundo do faz de conta, pois o universo infantil e cheio de ludicidade e por meio desta pratica professor e aluno se integram para que o processo de ensino e aprendizagem aconteça satisfatoriamente. 
A leitura estimula a capacidade criadora, multiplica o vocabulário, simplifica a compreensão do que se lê, facilita a escrita, melhora a comunicação, amplia o conhecimento, acrescenta o senso critico e ajuda na vida profissional. 									
O contato com a leitura deve começar desde a terne idade quando as crianças estão mais flexíveis com a curiosidade aguçada.
 Assim ao se iniciar uma leitura deve se ter cuidado na escolha do livro, na maneira de interpretar a leitura, para que todas as crianças interajam juntas durante a leitura. 						
Na escolha do livro procurei trazer um livro que ensine o respeito, a verdade e a amizade entre os alunos, percebi que com a leitura podemos também trabalhar o convívio em sala de aula, pois hoje em dia em casa não se tem mais o habito pela leitura.				 
Muitas vezes as crianças só tem acesso a livros na escola, com isso devemos despertar o interesse pela leitura em sala de aula. O livro escolhido foi do Pinóquio do autor: Carlo Collodi em edição 3D onde as figuras tem movimentos, prendendo assim a atenção das crianças, também temos que mudar a maneira de contar a historia, ao fazer pesquisas pude perceber que com uma simples bolsa decorada faz toda a diferença pois a criança se sente especial e sabe que é hora da leitura. 
Durante a contação de historia deve se viver a historia não apenas ler deve se trazer a criança para dentro daquele mundo imaginário, ao fazer a leitura mudar o tom de voz, barulhos perguntando a opinião dos alunos e ao terminar pedir a eles que se faça um desenho do que mais gostou na historia para colocar sua imaginação no papel. 
São pequenas atitudes que muda muito no aprendizado basta se ter amor ao que se faz. Por isso a necessidade da escola incluir na proposta pedagógica, objetivos e ações que contribuam para incentivar nos educando o gosto pela leitura, que valorizem suas capacidades de lerem por si mesmos.
 O processo de aprendizagem é prolongado ocorre gradativamente e aprender a ler requer motivação e recursos cognitivos suficientes para faze-lo, no decorrer deste processo é preciso que o aluno reconheça que aprender a ler vendo outras pessoas lendo, exercitando, prestando atenção as leituras que elas fazem para si, tentando ler, experimentando o errado sem serem criticadas mas sim estimuladas, reconhecidas. 
Ler é uma pratica essencial para aprender nada substitui a leitura, mesmo numa época de proliferação dos recursos audiovisuais, e da informática, a leitura é parte essencial do trabalho, do empenho, da perseverança, da dedicação em aprender. 
Na brincadeira, as crianças transformam os conhecimentos que já possuíam anteriormente em conceitos gerais com os quais brinca. Por exemplo, para assumir um determinado papel numa brincadeira, a criança deve conhecer alguma de suas características, seus conhecimentos provem da imitação de alguém ou de algo conhecido, de uma experiência vivida na família ou em outros ambientes, no relato de um colega ou de um adulto, de cenas assistidas na televisão, ou narradas de um livro. 
A fonte de seus conhecimentos é múltiplas é no ato de brincar que a criança estabelece os diferentes vínculos entre característica do papel assumindo, suas competências e as relações que possuem com outros papeis, tomando consciência disto e generalizando para outras situações. 
Para Piaget a criança ao brincar apreende a realidade, pois tem a oportunidade de recriar situações vividas na vida real. Jogar também potencializa o desenvolvimento afetivo, pois a criança aprende a aceitar e submeter seus impulsos e desejos as exigências do jogo, também aprende conviver com frustações e alegrias, além de aprender a aceitar os outros e as suas atitudes. 
O jogo é a forma através do qual a criança entra em contato com o mundo com a sociedade com ela mesmo, através do jogo ela se apresenta como realmente é, e se sente diante e dentro do meio em quese encontra. Dentro de vários tipos de jogos existentes temos os jogos de regras que contribuem para o desenvolvimento social da criança, fazendo com que ela tenha melhor adaptação as mudanças que ocorrem durante sua vida, pois, neste tipo de jogo as regras se transformam a todo momento, dependendo da necessidade e criatividade de seus jogadores. 
O trabalho com o jogo da velha já vem de muito tempo atrás, basta ter um pouco de criatividade para se modificar a maneira de jogar, vamos colocar as crianças no lugar das peças fixas assim fazemos com que os alunos se movimentem e trabalhem também a coordenação motora e o raciocínio o jogo funciona assim: escolha seis crianças para iniciarem o jogo, desenhe no chão os quadrados com seis divisões, de a cada três crianças uma cor de camiseta, fazendo assim um time de cada lado. 
Coloca-lós em fila assim que tocar o apito cada criança ira escolher onde ira colocar sua cor dentro dos quadradinhos, assim voltando para o final da fila, assim sucessivamente até o termino do jogo. 
Sempre observar a participação de todos os alunos, e estimular os que não atingiram seus objetivos, fazendo que seus colegas os ajudem nas dificuldades, assim os tornaremos cidadãos prestativos. 
Através dos jogos de regras a criança aprende a respeitar as pessoas e o meio em que vive ela tem maior interação com ela mesmo e com os outros e sua afetividade, que consiste em amor, raiva, ódio, alegria, insegurança, tristeza, ira, influenciar em suas escolhas. 
Os jogos de regras possuem características que vão acompanhar o individuo ate sua fase adulta, onde vivenciara mais explicitamente a concepção de regras. Com esses jogos a criança desenvolve aspectos cognitivos; tem a atenção, o senso de responsabilidade e criticidade despertados; adquirem noções de sociedade, regras, torna-se mais interagida socialmente. 
Ao agrupar crianças em uma sala de aula, ocorre uma pluralidade cultural, o que permite enriquecer a cultura lúdica do grupo, o jogo o brinquedo e a leitura, favorecem as crianças a aprender normas culturais e os valores de uma sociedade, onde se reflete a cultura que vivem. 
O lúdico possibilita o estudo da relação da criança com o mundo externo, integrando estudos específicos sobre a importância do brincar na formação da personalidade. 
Através da atividade lúdica e do jogo, a criança forma conceitos seleciona ideias, estabelece logicas, integra percepções, faz estimativas compatíveis com o crescimento e desenvolvimento físico o que é mais importante vai se socializando e construindo conhecimentos. 
As atividades lúdicas correspondem a um impulso natural da criança, e neste sentido, satisfazem uma necessidade interior, pois o ser humano apresenta uma tendência lúdica.
Considerações Finais
Diante do nosso dia a dia devemos oferecer atividades que venham a favorecer um melhor desenvolvimento dos alunos: como contação de historias, proporcionando um local agradável e convidativo para que as crianças sintam vontade de entrar e descobrir um mundo diferente, onde podem ir onde desejaram. 							
Atividade lúdica e o jogo intervêm no aprendizado da criança na sala de aula. O jogo é agradável, motivador e enriquecedor, possibilitando o aprendizado de várias habilidades e também auxiliando no desenvolvimento mental, na cognição e no raciocínio infantil. 		
A ludicidade precisa ser trabalhada por todos os professores, independente da disciplina que atuam, dentro e fora da sala de aula.  	Os professores devem usar a interdisciplinaridade para ensinar as crianças precisam planejar cuidadosamente os objetivos das aulas e trocar informações entre si. 								
Mas o que realmente acontece nas escolas é uma distância entre os professores, há um imenso abismo, obscuro e íngreme, entre os docentes de classe. Os professores precisariam se unir para trazer novamente o prazer às criança também os próprios professores recuperarem a vontade de ensinar. 
O foco que devemos ter é apenas o benefício da criança, conhecê-la realmente, saber suas dificuldades e vontades; e é através do lúdico que conseguiremos reconhecer os problemas de cada criança, apresentando a elas um mundo real, misterioso e curioso para se aprender e transformar. 
Ensinariam o que fosse preciso, aplicável, usando a dinâmica de jogos e brincadeiras, que poderia estimular o desenvolvimento do raciocínio, além de estimulá-las com desafios que as incitassem a serem mais ágeis, espertas, atenciosas, criativas e dinâmicas, condutoras de seus próprios movimentos. 
Trabalhar as inteligências múltiplas na ludicidade e jogos desenvolveria diversos domínios, além dos motores: o pensar; o compreender; o movimentar; o falar; dentre outros.  
A leitura não deveria estar tão distante da sala de aula, pois ela é quem pode mostrar com propriedade o verdadeiro fundamento da atividade lúdica para o desenvolvimento infantil. 
Podemos observar que a ludicidade, apesar de diversão e prazer, é uma possibilidade muito rica de aprendizado, com inúmeras potencialidades para se desenvolver habilidades, competências (PERRENOUD, 2000) e produtos culturalmente valorizados atribuídos à resolução de problemas e situações reais ou assimilativas. Consequentemente, estas situações estimulariam momentos de criatividade espontâneos e individualidades; crescimento intelectual e continuidade para o desenvolvimento das inteligências múltiplas. 
Assim sendo, surge nessa proposta a necessidade de um alto engajamento, envolvimento e motivação por parte dos educadores de ensinar e aprender passa a ser uma responsabilidade muito grande... Finalizando, poderíamos pensar no surgimento de outro paradoxo, utópico, mas que poderia se realizar: como a diversão e brincadeiras são coisas que deveriam ser levadas muito "a sério" no ambiente educacional...
Referências
ALMEIDA, Paulo Nunes de. Educação lúdica. São Paulo: Loyola, 1994.
ANTUNES, Celso : O Jogo e a Educação Infantil: falar e dizer, olhar e ver, escutar e ouvir, fascículo 15. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003, 4ª edição.
ANTUNES, Celso. Trabalhando Habilidades: Construindo ideias. São Paulo. 2004.
ANTUNES, Celso: Jogos para a estimulação das múltiplas inteligências.8. ed. Petrópolis: Vozes, 1998.
ARCE, A. A pedagogia na era das revoluções: uma análise do pensamento de Pestalozzi e Froebel. Campinas: Autores Associados, 2002
BETTLLHEIM, Bruno. A psicanálise dos contos de fadas. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980.
BITTENCOURT, Glaucimar Rodrigues; FERREIRA, Mariana Denise Moura. A importância do lúdico na alfabetização. Belém: Universidade de Unama, 2002. 36f.Trabalho de Conclusão de Curso de Pedagogia, Universidade da Amazônia, Pará, 2002.
DIAS, Alessandra Pereira; COSTA, Andréa Aires. A perspectiva do jogo em sala de aula: uma analise psicopedagógico. Maio, 2009. Disponível em: http://www.abpp.com.br/artigos/100.htm. Acesso em 25 Outubro de 2016.
 Educação lúdica: técnicas e jogos pedagógicas. São Paulo: Loyola, 1995.
ELKONIN, Daniel B. Psicologia do jogo. Trad. Álvaro Cabral. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
FERRACIOLLI, Laércio. Aprendizagem, desenvolvimento e conhecimento na obra de Jean Piaget: uma análise do processo de ensino-aprendizagem em Ciências Revista bras. Est. pedag. Brasília, v. 80, n. 194, p. 5-18, jan./abr. 1999. Disponível em: <http://rbep.inep.gov.br/index.php/RBEP/article/view/191/191 :Acesso em 25 de Outubro de 2016.
FERRACIOLLI, Laércio. Aprendizagem, desenvolvimento e conhecimento na obra de Jean Piaget: uma análise do processo de ensino-aprendizagem em Ciências Revista bras. Est. pedag. Brasília, v. 80, n. 194, p. 5-18, jan./abr.1999. disponível em: http://rbep.inep.gov.br/index.php/RBEP/article/view/191/191>. Acesso em 25 de outubro de 2016.
KAMII, Constance. A teoria de Piaget e a educação pré-escolar. Lisboa: Instituto Piaget, 2003.LIMA, Lauro de Oliveira. Piaget para principiantes. São Paulo: Summus, 1980).
LUCKESI, Cipriano Carlos.(org.) Educação e Ludicidade. Salvador UFBA/FACED, 2000.
Margarida dos Anjos... [et al]. 4 ed. rev. Ampliada. – Rio de Janeiro:Nova Fronteira, 2001.
PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança. Rio de Janeiro: Zahar,1975.
SANTOS, Santa Marli Pires dos Santos (org.) Brinquedoteca: A criança, o adulto e o lúdico. 2 ed. Rio de Janeiro. Vozes, 1998.
SANTOS, Santa Marli Pires dos. O Lúdico na Formação do Educador. Petrópolis: Vozes, 1999.