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Sistemas Eleitorais
 “A vontade do povo significa, na prática, a vontade do maior número ou da parte mais ativa do povo, da maioria ou daqueles que conseguem se fazer aceitos como a maioria; consequentemente, o povo pode desejar oprimir uma parte de seu número, e são necessárias tantas precauções contra isto como contra qualquer outro abuso do poder” (J. Stuart Mill, Sobre a Liberdade, 1859)
 
 Neste artigo, é pretendido abordar a definição, características, semelhanças e diferenças sobre os sistemas eleitorais existentes hoje no mundo.
 Para definir resumidamente, o sistema eleitoral de um país determina a forma como serão eleitos os representantes da população, isto é feito através do voto, que em alguns países é obrigatório e em outros não, e acontece em nações que vivem sob o regime democrático. O voto é uma forma de garantir uma captação segura e imparcial da vontade popular democraticamente manifestada, fazendo com que assim os mandatos eletivos sejam exercidos com legitimidade. Então é de fácil entendimento que sistema eleitoral é a vontade expressa do povo para eleger seus representantes, e deste modo, quando eles forem eleitos possam exercer o seu mandato por tempo especificado.
 Existem hoje diversos tipos de sistemas eleitorais, os mais comuns são: Majoritário, Proporcional e o Distrital Misto. Eles podem ser utilizados de forma individual e exclusiva ou de forma combinada. No Brasil é utilizado os sistemas Majoritário e Proporcional, o primeiro é usado para eleger os chefes do executivo, como Presidente da República, Governadores e Prefeitos, e também é usado em eleições do Senado Federal, e o segundo é usado para eleger os representantes estaduais e municipais do legislativo, de acordo com o que diz a Constituição Federal de 1988.
 A modalidade de sistema majoritário é fundamentada na maioria absoluta dos votos para poder eleger o candidato é preciso que ele possua mais de 50% dos votos válidos, e se isso não acontecer, pode ocorrer um segundo turno da eleição com os dois candidatos mais votados no primeiro turno, com exceção das eleições do senado federal e de eleições para prefeito em cidades com menos de duzentos mil habitantes, independente do percentual dos candidatos. Esse sistema recebe muitas críticas, pois os partidos menores não têm força para lançar candidatos próprios, sendo assim, esta modalidade favorece o pluripartidarismo e forma governos de coalização. O senado federal também critica este sistema pois o eleitor não escolhe o vice ou suplente de seus candidatos, e com isso a abertura para uma manobra onde o vice assume o lugar do titular é bem mais fácil.
 O sistema proporcional é utilizado para a eleição de candidatos para várias vagas, como é o caso do legislativo já citado, onde se elege os deputados federais, estaduais e vereadores. Esse sistema é bem criticado por pessoas que desconhecem o processo eleitoral, porque nem sempre o mais votado e com mais popularidade poderá se eleger. O principal elemento do sistema proporcional é o quociente eleitoral, que é determinado dividindo o número de votos válidos pelo de vagas a preencher em cada eleição. A eleição brasileira é feita em lista aberta, na qual se reúne os votos gerais dos candidatos de cada partido, a partir daí são criadas listas partidárias com os candidatos mais bem colocados no sistema eleitoral, e de acordo com os votos de cada partido, é medido o quociente eleitoral e os candidatos mais votados deste partido são eleitos nessas vagas, deste modo, isso exemplifica o porquê de acontecer de um candidato as vezes menos votado ser eleito e o outro mais votado não.
 O sistema distrital misto, é uma combinação do sistema majoritário e do sistema proporcional, nesta modalidade os eleitores possuem dois votos, um para o candidato e outro para a legenda (partido político), ou seja, a metade das vagas vão para os candidatos eleitos por maioria simples, assim como o sistema majoritário, e a outra metade é preenchida conforme o quociente eleitoral pelos candidatos da legenda, como é o sistema proporcional. A crítica é que os eleitores não podem votar em candidatos de outros distritos.
- Sistemas Eleitorais pelo Mundo:
Afeganistão:
 O sistema eleitoral afegão é chamado de “distritão” e vem sendo alvo de grandes críticas e polêmicas, pois é um modelo que não é proporcional, em que se elege em todos os ramos, como executivo e legislativo, por meio da maioria absoluta dos votos, e isso enfraquece os partidos políticos e as campanhas para os candidatos se tornam mais caras, pois eles estão concorrendo uns contra os outros, o que torna menos importante a valorização do partido. Também prejudicaria o chefe do executivo (Presidente, Governador e Prefeito), pois sem maiorias de mesmo pensamento e ideologia no Legislativo, fica difícil realizar ainda mais concessões em nome da chamada governabilidade. A escritora Bertha Maakarun, do jornal Estado de Minas, cita em seu artigo sobre o distritão: “...Os escândalos são intermináveis, como o recente caso amplamente noticiado pela imprensa internacional – uma espécie de mensalão afegão: a compra de apoio pelo governo do ex-presidente Hamid Karzai, que antecedia a quase todas as votações importantes. Até os parlamentares da própria base governamental costumavam ameaçar se opor aos projetos se não recebessem a sua parte.”
 A grande polêmica no Brasil sobre esse sistema afegão é que ele é defendido pelo partido do PMDB para a reforma política.
Reino Unido:
 O sistema eleitoral do Reino Unido é Distrital, desta maneira, o Reino Unido é dividido em seiscentos e cinquenta distritos eleitorais, sendo que cinquenta e nove deles são na Escócia, quarenta no País de Gales e dezoito na Irlanda do Norte, cada um com mais ou menos setenta mil eleitores. O eleitor só pode votar nos candidatos do seu distrito, e cada distrito elege um representante para o Parlamento, e o partido que tiver a maioria absoluta de representantes eleitos é convocado pela Rainha a formar governo e o seu líder se torna então primeiro-ministro. Ou seja, os eleitores elegem os parlamentares, mas não elegem o primeiro-ministro. 
 Existe também a House of Lords (Casa dos Lordes), que é composta por oitocentos e trinta membros que não são eleitos pelos cidadãos britânicos, e sim nomeados pela rainha e recomendados pelo primeiro-ministro e por outros líderes de partido. Os Lords não recebem salário, mas recebem benefícios do governo, e isso faz com que o povo queira uma reforma política para que os Lords, assim como o resto do parlamento, sejam eleitos pelos cidadãos. 
Estados Unidos:
 O voto nos Estados Unidos não é obrigatório, e desta maneira, os candidatos tentam mobilizar muito mais o eleitorado para ir votar. As eleições americanas são de sistema eleitoral indireto, ou seja, o voto do eleitor não vai direto para o seu candidato, a soma dos votos dos eleitores de cada estado serve para eleger delegados do Colégio Eleitoral, e estes que representarão os eleitores do seu Colégio Eleitoral para a eleição de Presidente. E o concorrente a presidente que tiver a maioria de votos vence a eleição. Existem quinhentos e trinta e oito delegados divididos em cinquenta estados americanos.
 Nos Estados Unidos a votação ocorre no modelo apelidado de “O vencedor leva tudo”, neste modelo o partido do candidato com mais votos populares no Estado leva todos os delegados do Colégio Eleitoral, e os delegados seguem normalmente a preferência do voto popular, desta maneira, é muito importante a vitória em cada um dos Estados dos EUA, pois é isto que decide a eleição presidencial.
 O direito a voto, segundo a legislação americana, é permitido em todos os Estados a pessoas maiores de dezoito anos e não pode haverdiscriminação por causa de raça ou sexo, além disso é responsabilidade dos próprios Estados definir quem além pode ou não votar, em alguns Estados presos não podem, e em outros, pessoas lidas como incapazes, loucas também não.
 BIBLIOGRAFIA 
- Tribunal Superior Eleitoral - www.tse.jus.br
- Jornal Estado de Minas – www.em.com.br
- Site Âmbito Jurídico - www.ambitojuridico.com.br
- Site Terra – www.terra.com.br
- Site Globo – www.globo.com.br
- Site Brasil Escola – www.brasilescola.uol.com.br
- Site Opera Mundi – www.operamundi.uol.com.br

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