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Revisão 02 Página �1
REVISÃO PAD
Definição de Psicologia
É a ciência que estuda a mente(processos mentais(memória e inteligência) e fenômenos 
psicológicos) e o comportamento.
Sua origem é baseada na filosofia (estudo da alma) e na fisiologia (propriedades do 
cérebro).
Wundt é o pai da psicologia, criou o 1o laboratório e transferiu o funcionamento do corpo 
humano para os processos mais elementares de percepção e a velocidade dos processos mentais 
mais simples. Foi o 1o formador psicólogos cientistas.
Singularidade do saber psicológico
centra-se nos estudos do Homem, seus desejos, percepções, discursos/práticas enquanto 
um ser social, historicamente capaz de influenciar e ser influenciado por diferentes atores e 
cenários socioeconômicos-políticos. Mantém com outras ciências uma relação de horizontalidade 
e transversalidade(atravessamento) não temos ciência maior ou menor elas se entrelaçam.
Psicologia do senso comum ou Psicologia ingênua 
o conjunto de ideias, crenças e convicções transmitidas culturalmente e que cada indivíduo 
possui a respeito de como as pessoas funcionam, se comportam, sentem e pensam. A teoria do 
senso comum é um auxílio para a construção da teoria cientifica e uma fonte de hipóteses.
Mitos
HOMEM NATURAL = tem uma essência natural que é boa, mas por influência da 
sociedade isso se modifica 
HOMEM ISOLADO = é um ser isolado não social, e que aos poucos desenvolve 
essa necessidade de relacionar
HOMEM ABSTRATO = é um ser cujas características independem de suas 
situações de vida.
Linhas de Teoria da Psicologia
Não é um campo unitário, nenhuma teoria é melhor que a outra ou mais importante, elas 
se complementam.
Psicanálise 
Os fatores inconscientes são essenciais à constituição de uma boa saúde 
mental, estando presente nas mais diversas e ricas expressões do ser humano. Sonhos, 
esperanças, desejos e fantasias como as experiências vividas nos primeiros anos de vida em 
família.
Behavorismo ou Comportamentalismo
Tem como base o estudo dos comportamentos animais controlados em 
laboratório de acordo com estímulos.
Gestalt
A organização dos dados que nos cercam é a parte do processo perceptivo. 
toda percepção é um Gestalt, é um todo que não pode ser compreendido em parte. As 
características do estímulo, as experiências passadas, atitudes e características da personalidade 
do indivíduo. 
Humanismo
Conceito de motivação atrelado ao modelo de hierarquia de necessidades.
Pirâmide de Maslow 
Maslow define um conjunto de cinco necessidades descritas 
na pirâmide. da base para o topo:
necessidades fisiológicas (básicas), tais como a 
fome, a sede, o sono, o sexo, a excreção, o abrigo;
necessidades de segurança, que vão da simples 
necessidade de sentir-se seguro dentro de uma casa a formas mais elaboradas de segurança 
como um emprego estável, um plano de saúde ou um seguro de vida;
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO PROF. DOUGLAS 2017.2
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necessidades sociais ou de amor, afeto, afeição e 
sentimentos tais como os de pertencer a um grupo ou fazer parte de um clube;
necessidades de Auto estima, que passam por duas 
vertentes, o reconhecimento das nossas capacidades pessoais e o reconhecimento dos outros 
face à nossa capacidade de adequação às funções que desempenhamos;
necessidades de auto-realização, em que o 
indivíduo procura tornar-se aquilo que ele pode ser: 
Carl Rogers 
Terapia centrada na pessoa.
Tendência atualizante a tendência inata de cada 
pessoa atualizar suas capacidades e potenciais. 
Autoconceito-padrão organizado e consciente das 
características de cada um desde a infância que, à medida que novas experiências surgem, esses 
conceitos podem ser substituídos ou reforçados. 
Base para a formação da personalidade-capacidade 
do indivíduo de modificar consciente e racionalmente seus pensamentos e comportamentos
Sociohistórica 
Considera o homem um ser social, histórico reativo. Imerso em um 
processo de interações sociais e relações com claras marcas culturais. Ele constrói e reconstrói a 
sociedade, a história social e a si mesmo sobre influências culturais.
PSICOLOGIA E O DIREITO
No passado, a doença mental e a criminalidade foram o universo de atuação da Psicologia 
no judiciário, hoje são as crianças, os jovens e as famílias os principais protagonistas da 
intervenção psi.
Psicologia Jurídica a demanda encaminhada à Psicologia está concentrada, basicamente, 
na solicitação de laudos psicológicos que orientam o juiz em suas decisões (situações–
problemas). Na atualidade os psicólogos do judiciário vêm construindo outra prática psicológica 
uma intervenção que venha a dar a palavra, dar legitimidade a pessoas que habitualmente não 
têm a possibilidade, de dizer o que para elas é a realidade, ouvir suas trajetórias, suas 
ansiedades, suas formas de perceber e estar no mundo.
FORMAÇÃO DO INDIVÍDUO
•nossa natureza é social, isto é, o ser humano não está só frente ao mundo que o cerca; 
•viver com outros humanos é uma condição para se humanizar e se individualizar;
•é na sociedade que temos a oportunidade de entrarmos em contato com a cultura;
•Por meio de nossas relações sociais que vamos construindo nossa identidade, 
desenvolvendo aptidões, aprendendo a usar qualquer ferramenta ou objeto cultural, criando 
pertencimento à determinada sociedade;
•O desenvolvimento ocorre no nascimento e só termina na morte;
•É compreender o que ocorre em cada idade, da fase da vida;
•Os psicólogos do desenvolvimento estudam a interação entre os padrões biologicamente 
pré-determinados e um ambiente dinâmico, em constante mudança.
Os psicólogos, atualmente, concordam que tanto a hereditariedade como o ambiente 
produzem padrões de desenvolvimento específicos, ninguém está livre destas influências.
O estudo do desenvolvimento humano é muito importante para várias questões jurídicas 
que devem ser avaliadas a partir da etapa do desenvolvimento em que o indivíduo se encontra, 
exemplo: 
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) pressupõe certo entendimento 
sobre a infância e a adolescência;
O Estatuto do Idoso abrange sujeitos que estão em outro ciclo vital, com 
características específicas.
O Código Penal está fundamentado em questões da maior idade.
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO PROF. DOUGLAS 2017.2
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INSTRUMENTOS PARA A AVALIAÇÃO DA PERSONALIDADE
Personalidade é um conjunto biopsicossocial (organismo, psiquismo, sociedade) dinâmico 
que possibilita a adaptação do homem consigo mesmo e com o meio, numa equação de fatores 
hereditários e vivenciais”.
Nossa Personalidade
•recebe influências do meio e de nossa bagagem genética;
•está em contínua transformação, fundamentada em uma construção que tem início com a 
vida, se modificando e se aperfeiçoando ao longo do desenvolvimento; 
•é um grupo de características adquiridas a partir do nascimento, que se transformam; 
•inclui várias abordagens teóricas.
ALGUMAS TEORIAS DA PERSONALIDADE
PSICODINÂMICAS Freud descreveu a estrutura da personalidade em três 
componentes que são apresentados, de forma didática, em separado, mas são interativos e 
relacionados a aspectos conscientes e inconscientes. São eles: Id (inconscientes, máximo da 
satisfação), Ego (Conscientes e inconscientes, equilíbrio do desejo do ID) e Superego (Normas 
regras internalizadas no decorrer da vida, o que é certo e errado).
SÓCIOCOGNITIVAS Enfatizam a influência da cognição, pensamentos, 
sentimentos, expectativas e valores —e da observação do comportamento de outras pessoas na 
determinação da personalidade. A base da personalidade está na habilidade humana consciente e 
automotivada de mudar e se aprimorar, se aperfeiçoar.
BIOLÓGICAS E EVOLUCIONISTAS Sugerem que os componentes da 
personalidade são herdados. A personalidade é determinada, em parte, pelos nossos genes. As 
característicasda personalidade que tiveram sucesso entre os nossos ancestrais apresentam 
mais chances de serem preservadas e passadas para as próximas gerações. Alguns 
pesquisadores a firmam que existem genes específicos relacionados à personalidade.
TRAÇOS DA PERSONALIDADE para os teóricos dessa abordagem, 
seriam características do comportamento consistentes, que aparecem em diferentes situações. O 
grau em que os traços se apresentam nas pessoas varia. Principal desafio é identificar os 
principais traços predominantes em nossa personalidade. Os teóricos, nesta área, explicam a 
personalidade em termos de traços, mas diferem em termos de quais e quantos traços são 
considerados mais flexíveis.
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DA PERSONALIDADE
•ENTREVISTAS (podem ser mais ou menos estruturadas, consistindo em 
um diálogo que possui um propósito definido)
•ESCALAS DE AVALIAÇÃO GRÁFICA (é um teste respondido pelo 
avaliador ou pela própria pessoa, que resulta é uma demonstração gráfica.
•INVENTÁRIOS DE PERSONALIDADE ( são questionários extensos e 
minuciosos, podem medir várias características da personalidade)
•TESTES PROJETIVOS (caracterizam-se por respostas a estímulos 
poucos estruturados e bastante ambíguos, revela aspectos inconscientes e profundos da 
personalidade)
•TESTES SITUACIONAIS (o indivíduo em situação simulada da vida real)
A avaliação psicológica é feita com entrevistas e testes que embasam as 
entrevistas finais de orientação psicológica, além de um relatório por escrito.
PSICOLOGIA SOCIAL
É o estudo das condutas humanas que são influenciadas por outras pessoas.
DEFINIÇÃO DE ATITUDES SOCIAIS
uma organização duradoura de pensamentos e crenças (cognições) dotadas de 
uma carga objetiva pró ou contra um objeto social que predispõe o indivíduo para a ação 
(cognição, objeto ação).
Preconceito - atitude que apresenta duas características específicas: é 
afeto negativo e é dirigido contra um indivíduo ou grupo de pessoas;
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO PROF. DOUGLAS 2017.2
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Estereótipos são colocações de certas características a pessoas 
pertencentes a determinados grupo s sociais. Os estereótipos podem ser definidos por atitudes 
positivas ou negativas, em relação a estas pessoas;
Discriminação é o comportamento ou ação que deriva do preconceito e do 
estereótipo;
Estigma é o mal que deve ser evitado, a marca.
NORMAL E PATOLÓGICO
Sob o ponto de vista cultural, o que em uma sociedade é considerado “normal”, aceito e 
valorizado, em outra sociedade, ou na mesma sociedade, em outro momento histórico, pode ser 
considerado anormal, desviante ou patológico. EX.: escravidão no Brazil
Critérios de Normalidade
•Normalidade como ausência de doença;
•Normalidade “ideal”;
•Normalidade estatística;
•Normalidade como “bem estar”;
•Normalidade funcional;
•Normalidade como processo;
•Normalidade subjetiva;
•Normalidade como liberdade;
•Normalidade operacional.
A resiliência é um conceito psicológico,é a capacidadede do indivíduo de lidar com 
problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas — choque, estresse e 
etc. sem provocar danos psicológicos. 
O conceito de Saúde Mental é mais amplo que a ausência de transtornos mentais.
LEI 10.216/2001 –LEI ANTIMANICOMIAL
A partir desta lei, o Brasil tem eliminado leitos psiquiátricos e substituído pelos serviços dos 
Centros de Atenção Psicossocial (Caps), residências terapêuticas, programas de redução de 
danos, centros de convivência, oficinas de geração de renda, entre outros programas.
Surgiu como uma garantia de direitos e de reinserção social das pessoas estigmatizadas 
por serem portadoras de transtornos mentais. Ainda se faz necessária uma luta mais ampla pelo 
respeito e garantia de direitos à diversidade e à singularidade de cada um.
Após AV1
FAMÍLIA 
A família é, em princípio, o primeiro grupo ao qual o ser humano pertence.
A família, enquanto instituição, pode ser entendida como uma construção social que varia 
ao longo da história da humanidade.
Modelo Patriarcal
Na civilização romana antiga, a consanguinidade (o parentesco biológico) não era 
necessária para o pertencimento à família. Se partirmos da família patriarcal, observaremos que 
esta não era composta apenas de marido, mulher e filhos. Ela se caracterizava como família 
extensa e poderia incluir parentes, criados, escravos, e todos aqueles que vivessem sob o 
comando do patriarca.
O sentimento de família, como nós o conhecemos, começou a ser desenvolvido a partir do 
século XVI. Antes disso, a família não era entendida como um espaço privado.
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO PROF. DOUGLAS 2017.2
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Modelo Nuclear 
O casamento por amor foi se estabelecendo como o desejável e, entre os séculos XVIII e 
XIX, o amor romântico se torna o ideal de casamento e deu sustentação ao casamento 
monogâmico e à família nuclear burguesa, ou seja, aquela composta por pai, mãe e filhos 
biológicos.
No final do século XIX e início do século XX passamos de uma sociedade repressiva para 
uma sociedade mais permissiva. Início do declínio do modelo patriarcal no meio doméstico a 
relação entre pais e filhos se modificou. O domínio do homem neste terreno se enfraqueceu e a 
mulher se consagrou como rainha do lar. Espaço privado passou a ser o território feminino, 
enquanto o espaço público se consolidou como território masculino.
Invenção da maternidade (mito do amor materno)e quando se exaltou a importância da 
mãe na criação dos filhos. A criança tornava-se propriedade exclusiva da mãe, havendo 
praticamente um desconhecimento do pai no início de sua vida. A família se firmou como base de 
sustentação da sociedade. A família patriarcal evoluiu e deu lugar à família caracterizada como um 
grupo vinculado pelo afeto.
A inserção da mulher no mercado de trabalho e as possibilidades por ela adquiridas 
de controle da natalidade contribuíram para o declínio progressivo do patriarcado. A 
estrutura familiar tradicional foi redefinida com a diluição da supremacia do homem no 
contexto familiar.
Modelo Monoparental 
é aquela em que apenas um dos pais de uma criança arca com as responsabilidades de 
criar o filho. Podem ser beneficiadas por uma rede de apoio social e afetiva, ou seja, pela 
presença de pessoas significativas, sejam da família extensa, amigos ou membros da 
comunidade, com os quais possam manter relações afetivas.
Modelo Família recomposta ou família reconstituída
define-se pela presença, no lar, de filhos provenientes de uniões anteriores de um ou de 
outro cônjuge, ou seja, uma pessoa que já tem uma família leva seus filhos, oriundos desta 
família, para conviverem com a sua nova relação, que pode também já ter filhos. Não existe uma 
família recomposta típica
Famílias homoafetivas
colocam em questão o modelo tradicional fundado na reprodução biológica e a 
heterossexualidade do casal, pois as crianças não nasceram de sua união sexual.
Modelo da opção por não constituir família 
o casamento contemporâneo não necessariamente envolve um projeto de filiação e 
descendência e vem crescendo o número de casais que optam por não ter filhos. Há muita 
estigmatização e pressão social sofrida por casais que optam por não ter filhos.
Parentalidade
Conjugalidade - Dois sujeitos, com suas diferentes histórias de vida, se unem e 
estabelecem uma relação.
Parentalidade -é a relação estabelecida entre pais e filhos. Não se estabelece 
automaticamente a partir da chegada de um filho, mas é um complexo e lento processo.Tornar-se 
pai ou mãe é investir afetivamente na criança, reconhecendo a como filho. A filiação não está 
apoiada apenas na realidade genética, mas deve ser fundada no desejo e na disponibilidade de 
assumir a função parental.
Mito do amor materno (Badinter) 
O amor materno enquanto instinto (universal e natural), é um mito construídosóciohistoricamente. 
O amor materno, portanto, não é inato nem inscrito desde sempre na natureza feminina.A 
mulher era feita para ser mãe, e uma boa mãe. As exceções eram consideradas patológicas.
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO PROF. DOUGLAS 2017.2
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O amor materno, portanto, não é uma norma, mas é adquirido ao longo dos dias passados 
ao lado do filho, e por ocasião dos cuidados que lhe são dispensados.
Filiação socioafetiva 
Aqueles que se intitulam pais que irão inscrever o sujeito em uma família. É necessário 
também que tenha sido tratado, educado e mantido por aqueles como filho e, portanto, 
reconhecido como tal pela sociedade e pela família.
No caso de uma adoção não existe gestação, mas os pais adotivos vão falar de uma 
“gestação psicológica”, que indica seu desejo de recebera criança adotada como filho.Qualquer 
processo de construção da parentalidade se inicia com uma criança imaginária, sonhada pela 
mãe durante a gravidez ou durante o período de espera da adoção.
Conjugalidade X Parentalidade: separações e recasamentos 
O fracasso conjugal dos pais não impede que se continue a assegurar conjuntamente as 
funções parentais. 
Os laços conjugais se rompem, mas há necessidade de cuidar dos laços parentais. 
Mesmo que o laço conjugal se desfaça, espera-se que o laço parental se fortaleça e, 
idealmente, os ex-cônjuges devem permanecer pais em conjunto e de comum acordo.
Nas Famílias recompostas ou famílias reconstituídas a criança irá se defrontar com a 
multiplicação dos papéis parentais e a distribuição da função de pai e mãe para outros homens e 
mulheres, na medida em que padrastos e madrastas passam a conviver com ela.
O sucesso dessas construções dependerá do tipo de relação estabelecida entre os pais, 
entre estes e os novos cônjuges e do lugar que a criança ocupará em cada uma das suas novas 
famílias. É fundamental que a figura parental que estiver provisoriamente ausente do cotidiano do 
filho, em decorrência da separação, deva poder continuar convivendo com ele sem que se faça 
um movimento de tentar substituí-lo pelo novo parceiro do pai ou da mãe.
Guarda Compartilhada Lei nº 13.058, de 22 de dezembro de 2014 
é corresponsabilizar ambos os genitores em todas as decisões e nas atividades referentes 
aos filhos, de modo que possam participar em igualdade de condições. O que se compartilha é a 
guarda jurídica, seus deveres e direitos legais em relação à assistência prestada aos filhos e não, 
necessariamente, à guarda física.
Alienação Parental (Lei 12.318/10)
A Alienação Parental fere o melhor interesse da criança, pois o interesse dos pais 
prevalece sobre os interesses dos filhos, provocando danos em seu desenvolvimento. O termo 
alienação parental foi utilizado em meados dos anos 1980 por Richard Gardner. O autor 
denominou de Síndrome de Alienação Parental (SAP) o que seria um distúrbio infantil provocado 
em menores de idade expostos às disputas judiciais entre seus pais ou manipulação psicológica 
realizada pelo outro genitor
Existem 7 itens elencados, no parágrafo único do Art. 2, da referida lei, em que são 
exemplificadas formas de alienação parental:
•Realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da 
paternidade ou maternidade;
•Dificultar o exercício da autoridade parental;
•Dificultar contato de criança ou adolescente com genitor;
•Dificultar o exercício do direito regulamentado de convivência familiar;
•Omitir deliberadamente a genitor informações pessoais relevantes sobre a criança 
ou adolescente, 
•Apresentar falsa denúncia contra genitor, contra familiares deste ou contra avós, 
para obstar ou dificultar a convivência deles com a criança ou adolescente;
•Mudar o domicílio para local distante, sem justificativa, visando a dificultar a 
convivência da criança ou adolescente com o outro genitor, com familiares deste ou com avós.
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO PROF. DOUGLAS 2017.2
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ABORDAGEM PSICOLÓGICA DA VIOLÊNCIA
Violência e agressividade 
Contexto social e cultural no qual o ato é realizado. 
O comportamento agressivo em um contexto pode ser considerado violência em outro, e 
vice-versa. 
Não há uma linha divisória entre a agressividade e a violência. A interpretação dessas 
situações dependerá do contexto legal e sociocultural. 
Interpretação dinâmica porque se modifica na medida em que os costumes se modificam.
FORMAS DE VIOLÊNCIA
Violência estrutural Nesse grupo de classificação da violência se 
enquadram aquelas violências que negam a cidadania para alguns indivíduos ou determinados 
grupos de pessoas, pautados principalmente na discriminação social contra os “diferentes”.
Violência urbana As formas de violência, tipificadas como violação da 
lei penal, como: 1) assassinatos, 2) sequestros, 3) roubos e, 4) outros tipos de crime contra a 
pessoa ou contra o patrimônio formam um conjunto que se convencionou chamar de violência 
urbana, porque se manifesta principalmente no espaço das grandes cidades, não compreende 
apenas os crimes, mas todo o efeito que provoca sobre as pessoas e as regras de convívio na 
cidade. 
Um dos principais fatores que gera a violência urbana é o crescimento acelerado e 
desordenado das cidades.
Violência institucional A violência institucional é aquela praticada nas 
instituições prestadoras de serviços como hospitais, postos de saúde, escolas, Delegacias, 
Judiciário. É perpetrada por agentes que deveriam proteger as vítimas de violência garantindo-
lhes uma atenção humanizada, preventiva e também reparadora de danos.
Violência simbólica A violência simbólica é um tipo de atentado, 
desvalorização ou restrição do patrimônio material ou imaterial de determinado grupo identificado 
culturalmente. São relações estabelecidas entre grupos dominantes e dominados que aparecem 
de forma “naturalizada”. A violência simbólica é sutil e permeia nosso cotidiano de forma implícita.
Violência doméstica A violência doméstica é o tipo de violência que ocorre 
no lar, compreendido como o espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo 
familiar, inclusive as esporadicamente agregadas. Existem cinco tipos de violência doméstica: 
física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. A negligência é o ato de omissão do responsável 
pela criança/idoso/outra (pessoa dependente de outrem) em proporcionar as necessidades 
básicas, necessárias para a sua sobrevivência, para o seu desenvolvimento.
Violência psicológica Violência psicológica é um tipo de violência que 
geralmente ocorre de forma “indireta”, como humilhações, ameaças, palavrões, privação de 
liberdade, entre outras. A agressão não ocorre necessariamente em seu corpo, mas a violência 
gera transtornos de natureza psicológica, constrangendo a vítima a adotar comportamentos contra 
sua vontade ou tirando-lhe a liberdade. 
Violência sexual A violência sexual ocorre quando o agressor abusa do 
poder que tem sobre a vítima para obter gratificação sexual, sem o seu consentimento, sendo 
induzida ou obrigada a práticas sexuais com ou sem violência física.
Violência verbal Muitas pessoas confundem a violência verbal. Ela pode ocorrer 
através do silêncio, que muitas vezes é muito mais violento do que os métodos utilizados 
habitualmente, como as ofensas morais (insultos), depreciações e os interrogatórios infindáveis.
Violência física É o uso da força com o objetivo de ferir, deixando ou 
não marcas evidentes. São comuns, murros, tapas e agressões com diversos objetos e 
queimaduras. 
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO PROF. DOUGLAS 2017.2
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Bullying e Assédio Moral
Constituição federal de 88 no ART 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de 
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurançae à propriedade…
inciso 3 III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
inciso 10 X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, 
assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; 
inciso 41 XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades 
fundamentais;
Bullying ou vitimização
É quando o estudante é exposto, repetidamente e durante um tempo, a as ações negativas 
de um ou mais estudantes. As ações negativas podem ser: palavras, por contato físico, gestos, 
caretas, excluir intencionalmente de grupo ou até recusar de obedecer à vontade da pessoa.
Assédio Moral
É o assassinato psíquico, um processo de agressões que destrói lentamente a dignidade 
do sujeito. Pode acontecer em qualquer hierarquia ou relação que se sustente pela desigualdade 
social e pela autoridade, podendo ocasionar uma impossibilidade de execução de uma tarefa.
Existe uma dificuldade em penalizar, identificar e sinalizar os casos, no código civil o art 
927, o empregador assumiria o risco pelo tratamento dispensado ao empregado.
O Psicólogo e a violência 
Não se pode isolar a violência do contexto social em que ela esta inserida, a violência deve 
ser tratada e não punida, utilizando a investigação das causas, pesquisas e a partir de um 
trabalho multidisciplinar tornar viável a restruturação da situação onde ocorreu a violência. 
Direito e Justiça
DIREITO é uma invenção humana, um fenômeno histórico e cultural, considerado uma 
técnica de pacificação social e de realização de justiça;
•é um conjunto de princípios e regras destinado a realizar a justiça; 
•nem sempre o Direito alcança essa finalidade, quer por não conseguir 
acompanhar as transformações sociais, quer pela incapacidade daqueles que o conceberam, e, 
além disso, por falta de disposição política para implementá-lo, tornando-se por isso um direito 
injusto;
•o direito está em permanente busca da justiça e, por isso, em permanente 
transformação.
JUSTIÇA envolve valores inerentes ao ser humano, tais como a liberdade, igualdade, 
fraternidade, o que vem sendo chamado de Direito natural desde a Antiguidade;
•é um sistema aberto de valores, em constante modificação.
Qual a finalidade da Justiça? 
Poderíamos dizer que é a transformação social, na busca de uma sociedade justa. O 
psicólogo baseará o seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade, dignidade, da 
igualdade, da integridade do ser humano, da saúde e eliminar quaisquer forma de negligência, 
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, além disso, o acesso a justiça é uma 
forma de lutar contra a discriminação 
Qual a função do operador do Direito ? Adequar o Direito à justiça. A justiça é um 
sistema aberto de valores e suscetível às mudanças, por melhor que seja a lei, sempre terá de ser 
ajustada às transformações sociais e aos novos ideais de Justiça.
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO PROF. DOUGLAS 2017.2
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Justiça Restaurativa x Retributiva ou tradicional
Princípios importantes da Justiça RESTAURATIVA:
•Voluntariedade 
•Horizontalidade 
•Responsabilização do autor do ato infracional
•Resgate de valores que ficam prejudicados quando se pratica um ato 
infracional: respeito, honestidade, humildade, entre outros.
Autor do ato infracional -busca-se alcançar a responsabilização, sem deixar de 
oferecer-lhe o apoio de que necessita. 
Vítima -atendimento e acolhimento de sua dor, bem como a oportunidade de 
ressignificação e restituição de dano, mesmo que simbolicamente.
Protagonistas: vítima, ofensor e sua comunidade.
Por sua vez, a justiça RETRIBUTIVA tem como característica fundamental retribuir 
o mal feito pelo agressor, a sua conduta repugnante, sem que haja qualquer forma de reparar o 
dano feito pelo ofensor, diante da vitima e sociedade, não havendo nenhum benéficos tratando-se 
das partes. Este tipo de justiça tem como propósito o afastamento das partes envolvidas 
diretamente no litígio, determinando-se que haverá apenas uma forma processual, em que o 
poder judiciário interrogará ofensor sobre o delito cometido por ele, sem ao menos investigar ou 
ver necessidade dos motivos que levaram a cometer o delito, não tendo o ofensor uma reflexão 
sobre sua conduta, e nas consequências que trouxe na sua vida, ou na da outra parte, a ofendida.
CONFLITOS E MECANISMOS DE AUTOCOMPOSIÇÃO DOS CONFLITOS
Conflito
Faz parte de nossa vida. Ele se estabelece a partir de expectativas, valores e 
interesses que são contrariados. Cada uma das partes envolvidas no conflito busca encontrar 
argumentos para reforçar suas posições e enfraquecer e destruir os argumentos da outra parte.
Conflito –Proposta Restaurativa
Parte das relações humanas. Resultado de percepções e posições divergentes que 
envolvem, também, expectativas, valores e interesses comuns. Não deve ser considerado 
negativo. É quando compreendemos que o conflito é inevitável que vamos ser capazes de 
desenvolver soluções autocompositivas.
Os conflitos são divididos em quatro espécies que podem aparecer conjugadas em 
algumas situações. São eles: 
•Conflitos de valores 
•Conflitos de informação 
•Conflitos estruturais 
•Conflitos de interesses
São 4 Mecanismos de autocomposiçãodos conflitos (ADRs | MASCs | MESCs)
Negociação, mediação, conciliação e arbitragem
Mediação É um meio de solução de conflitos em que duas ou mais 
pessoas, com a colaboração de um terceiro, que é o mediador, expõem o problema. O mediador 
as escuta, questiona e vai trabalhando com elas a comunicação, de forma construtiva, para 
chegar, eventualmente, a um acordo. Esse profissional deve ser capacitado, imparcial, 
independente e escolhido ou aceito pelas partes. Método interdisciplinar com conhecimentos 
científicos oriundos da Psicologia, Sociologia, Antropologia, Direito e Teoria dos Sistemas.
Mediandos, na mediação, não são tratados nem devem se 
comportar como adversários, mas como coautores da solução daquele conflito, auxiliados pelo 
mediador.
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Conciliação A conciliação é um meio alternativo de resolução de conflitos 
em que as partes confiam a uma terceira pessoa (neutra), o conciliador, a função de aproximá-las 
e orientá-las na construção de um acordo. O conciliador é uma pessoa da sociedade que atua, de 
forma voluntária como facilitador do acordo entre os envolvidos, criando um contexto propício ao 
entendimento mútuo, à aproximação de interesses e à harmonização das relações.
A conciliação é judicial quando se dá em conflitos já 
ajuizados, nos quais atua como conciliador o próprio juiz do processo ou conciliador treinado e 
nomeado. O conciliador, em relação às partes, toma iniciativas, faz recomendações, advertências 
e apresenta sugestões, com a finalidade de obter o acordo entre as partes.
Área Cível
O psicólogo jurídico atua na área cível nos casos de interdição, sucessões e indenizações, 
entre outras ocorrências cíveis.
Área de Família
O psicólogo trabalha assessorando o juiz, principalmente, nos casos de guarda e 
regulamentação de convivência nas separações que ocorrem de forma litigiosa.
O psicólogo nas Varas de Família
O psicólogo que trabalha nas Varas de Família, ao receber os encaminhamentos pelo juiz 
para avaliação, deve realizar uma compreensão abrangente da situação, buscando soluções com 
base no próprio grupo familiar. Os fatos e as necessidades deste grupo devem ser analisados a 
partir do momento atual. 
O ECA é identificado como a lei federal nº 8.069/1990
Com base nesse documento, crianças e adolescentes passaram a ser considerados 
CIDADÃOS detentores de direitos.
Nas áreas da infância e juventude, no estabelecimento de medidas protetivas, o psicólogo 
trabalhará com questões ligadas àviolência contra crianças e adolescentes em consonância com 
o Conselho Tutelar no atendimento destes, de seus responsáveis e nas situações de abrigamento 
de crianças e adolescentes, quando é impossível a convivência e segurança em seus lares.
O psicólogo, nestes casos, irá elaborar relatório que possa fundamentar a decisão da 
autoridade judiciária competente pela possibilidade de reintegração familiar ou colocação em 
família substituta destas crianças e adolescentes.
A Adoção
Há previsão no ECA de intervenção obrigatória de uma equipe técnica interprofissional na 
adoção, com o intuito de elaborar laudo psicossocial.
O objetivo desse laudo é “analisar a capacidade e o preparo dos candidatos para o 
exercício de uma paternidade ou maternidade responsável, à luz dos requisitos e princípios desta 
Lei”.
Adolescentes
Propostas de trabalho do psicólogo frente aos adolescentes em conflito com a lei:
promover intervenções críticas no programa de atendimento para a execução de medidas 
socioeducativas que incentivem os adolescentes a (re)pensarem seus desejos, seus valores, seus 
ideais e os modos possíveis de transformar a realidade vivida, além da realização de relatórios 
fornecendo subsídios à decisão judicial sobre a aplicação das medidas.
Idoso
Práticas institucionais da Psicologia em prol de um envelhecimento com dignidade:
•usar a notificação de violência para ampliar a análise da dinâmica das relações intra e 
extrafamiliares;
•compreensão das condições sociais, econômicas e culturais que afetam a dinâmica 
familiar;
•criar alternativas de intervenção sobre os conflitos existentes, respeitando os direitos e 
deveres estabelecidos em lei;
•priorizar a proteção aos idosos vítimas de violência;
•trabalhar para a promoção de relações com•menos conflitos.
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Sistema Penitenciário
A função do psicólogo na prisão participando de Comissões Técnicas de Classificação 
(CTCs) e realizando exames criminológicos (EC) é determinada pela Lei de Execução Penal 
(LEP).
As CTCs são compostas por profissionais técnicos e agentes penitenciários, a 
participação do psicólogo, nessas Comissões é muito discutida porque, nesse exame, o que se 
pretende é inferir sobre a periculosidade do sujeito, tendendo a naturalizar as determinações do 
crime, ocultando os processos de produção social da criminalidade.
O exame criminológico é a pesquisa dos antecedentes pessoais, familiares, 
sociais, psíquicos e psicológicos do condenado, para obtenção de dados que possam revelar a 
sua personalidade”. 
• Estudar a personalidade do criminoso;
• Sua capacidade para o delito;
• Medir sua periculosidade;
• Verificar sua sensibilidade à pena e;
• Sua respectiva capacidade de correção.
Juizado da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher
O trabalho do psicólogo nas situações de violência contra a mulher é realizado em equipe 
multidisciplinar. Pode desenvolver trabalhos de orientação, encaminhamento, prevenção e outras 
ações voltadas para a mulher, o agressor e os familiares envolvidos nestas situações. O psicólogo 
irá fornecer subsídios ao juiz, ao Ministério Público e à Defensoria Pública, mediante laudos ou 
oralmente, em audiências.
Perito psicólogo e assistente técnico
A perícia é um estudo realizado por especialistas escolhidos pelos magistrados, de acordo 
com a matéria. Esse estudo é considerado uma prova no processo, complementando as provas 
documentais, confessionais e testemunhais. 
Os peritos são os profissionais de confiança do juízo e têm alguns compromissos: a 
imparcialidade na avaliação do caso; apresentar um parecer técnico para o magistrado; e 
responder aos quesitos formulados no documento.
Nas situações em que encontramos partes em oposição, além da perícia, está previsto o 
direito de contratação de assistentes técnicos. Esses profissionais, psicólogos, estarão 
acompanhando os resultados do trabalho realizado pelo perito, profissional de confiança do juiz, 
confirmando ou rejeitando suas conclusões.
os documentos elaborados pelo psicólogo temos:
Declaração É um documento que informa a ocorrência de fatos e situações 
objetivas relacionadas ao atendimento psicológico. Por exemplo: o Sr.X está em atendimento 
psicológico há dois anos, na frequência de duas vezes por semana, terças e quintas-feiras, às 
11horas.
Atestado É um documento elaborado pelo psicólogo que informa determinada 
situação ou estado emocional da pessoa atendida. Na realidade, pode ser usado para justificar 
faltas, impedimentos, aptidões ou não para realizar atividades, afastamentos ou dispensas. No 
atestado pressupõe-se que a pessoa foi avaliada pelo psicólogo.
Relatório ou Laudo Psicológico É uma apresentação descritiva sobre situações 
e/ou condições psicológicas acompanhadas de suas determinações históricas, sociais, políticas e 
culturais. Ele é formado pelos dados que foram colhidos na avaliação psicológica e analisados a 
partir de um referencial teórico e técnico, adotado pelo profissional.
Parecer É um documento fundamentado e resumido sobre uma questão 
psicológica que se quer esclarecer. O resultado do parecer pode ser indicativo ou conclusivo. 
Esse documento é produzido por uma pessoa considerada “expert” na área.
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Questões do BDQ
Analise a seguinte definição: ¿[...] ocorre quando obstáculos interferem na capacidade do 
organismo de dar uma resposta ligada a um objetivo, ou seja, de obter uma redução do impulso.
¿ Esta definição corresponderia ao conceito de:
R.:Frustração.
Entre os muitos significados para a palavra Gênero, o mais aceito pela psicologia é:
R.:trata-se de uma associação entre o biológico, o social e o cultural.
O Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE) salienta a necessidade de se 
ampliar o conceito de família para aquele grupo ou pessoas com as quais os adolescentes 
possuam vínculos afetivos, respeitando-se os diferentes arranjos familiares (p. 74). Assim, para 
um determinado adolescente, cuja convivência familiar compreende o relacionamento com a mãe, 
que fez a opção de manter-se solteira, e uma irmã adotiva, o arranjo é conceitualmente 
denominado de:
R.:Família monoparental.
Ao lidar com a complexidade do ser humano, a Psicologia construiu diferentes teorias no curso da 
sua história, como algumas a seguir apresentadas: I- A Teoria da Gestalt acentua o padrão total da 
percepção, definindo leis da boa forma. II- A Teoria Comportamental estuda a realização de todo 
potencial humano na solução das angústias. III- A Psicanálise define o inconsciente como seu 
objeto de estudo central e decifrá-lo é a sua missão. IV- O Behaviorismo trabalha com o binômio 
estímulo-resposta, postulando a importância dos processos mentais. Está(ão) incorreta(s) :
R.:As alternativas II e IV
A busca de compreensão dos determinantes do comportamento instiga, há anos, os psicólogos e 
alimenta um antigo debate em torno da questão inato X aprendido.Com relação a esse debate, 
estudos que relacionam medidas de inteligência em gêmeos mostram que os coeficientes de 
correlação entre gêmeos monozigóticos são claramente mais elevados do que entre os gêmeos 
dizigóticos, sobretudo na vida adulta. Esses resultados são coerentes com a afirmação:
R.:a determinação genética exerce um evidente e mensurável papel na inteligência .
A familia, enquanto instituição, pode ser entendida como uma construção social que varia ao longo 
da história da humanidade. Sendo assim, podemos afirmar que: I Família é uma instituição social. 
II Nuclear ou tradicional, extensa, monoparental, recompostas, homoafetivas são formas de 
organização familiar estabelecidas desde o século XIX. III O casamento contemporâneo não 
necessariamente envolve um projeto de filiação e descendência e casais optam por nãoter filhos. 
IV O amor materno é um mito construído sócio-historicamente.
R.:Afirmativas I, III e IV estão corretas
O Direito é, portanto, um conjunto de normas e princípios que regulamentam o funcionamento da 
sociedade e o comportamento de seus membros. O Direito protege o organismo familiar, por ser 
uma sociedade natural anterior ao Estado e ao Direito. Não foi, portanto, nem o Estado nem o 
Direito que criaram a família, pois foi esta que criou o Estado e o Direito, como sugere a famosa 
frase de Rui Barbosa: "A pátria é a família amplificada". Com base na afirmativa acima citada e 
nas derivações da temática FAMÍLIA (Conjugalidade, parentalidade, Alienação parental, etc) 
assinale a resposta correta:
R.:O conceito de família, ao ser abordado, evoca obrigatoriamente, os conceitos de papéis 
e funções, como se têm vindo a verificar. Em todas as famílias, independentemente da 
sociedade, cada membro ocupa determinada posição ou tem determinado estatuto, como 
por exemplo, marido, mulher, filho ou irmão, sendo orientados por papéis. Papéis estes, 
que não são mais do que, "as expectativas de comportamento, de benefícios e de direitos 
que estão associados a uma dada posição na família ou no grupo social”
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Com base em nosso estudo sobre FAMÍLIAS, observe as sentenças abaixo e depois assinale a 
alternativa correta:
I) A família monoparental é aquela em que apenas um dos pais de uma criança arca com as 
responsabilidades de criar o filho;
II) Família patriarcal é o modelo de família atual de família tradicional, constituída por um casal, 
casados formalmente e filhos biológicos ou não;
III) O chamado "Pai Mc Donalds", é aquele que reserva apenas ao lazer de final de semana a 
convivência com o filho;
IV) O princípio do melhor interesse da criança deve ser construído a partir da perspectiva dos 
pais, pois o interesse dos pais sobre os filhos são sempre os melhores.
R.:Somente I e III estão corretas
O debate sobre a dicotomia entre o corpo e a mente permanece atual e, mesmo com todo avanço 
da ciência, natureza e cultura estão conectadas. No que se refere aos fatores determinantes da 
nossa personalidade, analise as afirmativas apresentadas e assinale aquela que se mostra a mais 
completa.
R.:A personalidade é determinada pela síntese singular de fatores inatos e adquiridos.
Embora tenha passado por uma fase bastante voltada para a avaliação psicológica (a exemplo 
dos exames criminológicos), a atuação do psicólogo jurídico hoje tem se ampliado e deve ter 
como foco:
R.:Para além das perícias e pareceres, o trabalho do psicólogo jurídico é o de apoiar, 
informar e dar orientação a cada caso, se preocupar com a saúde mental dos envolvidos, e 
criar condições para o fim da opressão e marginalização.
Marque VERDADEIRO ou FALSO em relação a família homoafetiva
É uma família que não tem muita ética e/ou moral
É uma família organizada partir das relações sexuais
 R.:Certo É uma família baseada na sexualidade homossexual
É uma família que deveria ser mais fiscalizada pelos psicológicos
É uma família em que o pai é homossexual
A Psicologia do Desenvolvimento ocupa-se das mudanças de comportamento e de habilidades 
que ocorrem durante toda a vida do indivíduo, da sua concepção à morte. O desenvolvimento é 
considerado um processo em que certas habilidades aparecem e mudam de acordo com 
mecanismos específicos. Podemos dividir as diferentes fases do desenvolvimento da seguinte 
maneira: desenvolvimento físico, da linguagem, da cognição e desenvolvimento socioemocional.
Marque a opção que diz respeito à dimensão socioemocional do desenvolvimento:
R.:Ao longo da vida, as histórias inter-relacionais de apego do indivíduo evoluem, desde as 
primeiras relações de apego do bebê.
Define-se pela presença, no lar, de filhos provenientes de uniões anteriores de um ou de outro 
cônjuge. A qual modelo familiar a definição acima se refere?
R.:Família recomposta
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Para além da procriação, a família é responsável pela sobrevivência física e psíquica das crianças 
e a função social atribuída à família é transmitir os valores que constituem a cultura, as ideias 
dominantes em determinado momento histórico, isto é, educar as novas gerações segundo 
padrões dominantes e hegemônicos de valores e de condutas. Neste sentido, revela-se o caráter 
conservador e de manutenção social...(BOCK,2003) E podemos afirmar que: I.A família 
desempenha papel fundamental na formação do indivíduo e da sociedade, pois é através dela que 
advêm os primeiros ensinamentos de cunho ético e moral. II.A família é o primeiro agente 
socializador e a primeira transmissora de valores ideológicos. III.É na família que ocorrem os 
primeiros aprendizados dos hábitos e costumes da cultura.
R.: Estão corretas as afirmativas I, II e III
O nascimento da psicologia científica na Europa deu-se:
R.: Na segunda metade do século XIX, quando se criou o primeiro laboratório de psicologia 
experimental;
João e Maria, após receberem de herança uma casa de doces, não conseguem chegar a um 
acordo sobre como dividir a referida casa, e esta situação já inviabiliza a comunicação entre os 
dois, que frequentemente trocam acusações e agressões verbais. Resolvem então buscar o 
auxílio de um profissional, que atuará junto às partes na construção de uma solução benéfica a 
ambas as partes, utilizando sugestões, persuasão e outras estratégias que se fizerem 
convenientes à situação. Uma vez formalizado, o acordo é levado a um juiz para homologação. 
Frente a esta atuação, podemos dizer que o profissional em questão é um…
R.: Conciliador
Periodicamente os noticiários mostram reportagens envolvendo adolescentes em conflito com a 
lei. Com relação ao adolescente em confronto com a lei, alguns fatores podem potencializar a 
delinqüência, exceto:
R.: A família é a única responsável pelos comportamentos delinquentes dos filhos.
Com relação à produção escrita (laudos ou pareceres) elaborada pelos psicólogos no universo do 
judiciário é correto afirmar que:
 (F) Essa produção deve apontar, conclusivamente, uma alternativa de encaminhamento à 
demanda solicitada.
 (V) Essa produção deve considerar os discursos e as percepções do demandado.
 (V) Os psicólogos, na elaboração de tais documentos, devem se basear exclusivamente nos 
instrumentos técnicos (entrevistas, testes, observações, dinâmicas de grupo, escuta e 
intervenções verbais) que se configurem como métodos e técnicas psicológicas para a coleta de 
dados , estudos e interpretações de informações a respeito da pessoa ou grupos atendidos.
 (F) O Judiciário deve considerar, prioritariamente, o laudo fornecido por umas O judiciário deve 
considerar, prioritariamente, o laudo produzido por um Assistente Técnico.
 (F) Em caso de perícias de processos penais, o estudo do delito é secundário, sendo o 
indivíduo que cometeu o delito o foco principal.
A atuação da Psicologia junto ao direito de família traz uma possibilidade de redução do retorno 
das partes ao judiciário, pois…
R.: a Psicologia atua buscando resolver os conflitos latentes, de modo que estes não se 
materializem em novas demandas judiciais.
O mediador pode assumir vários papéis para ajudar as partes na resolução de disputas, entre eles 
o de agente de realidade, ou seja, ele:
R.: Ajuda a elaboração de um acordo razoável e viável e questiona e desafia as partes que 
têm objetivos radicais e não-realistas.
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